Curso de Jornalismo
Artigo Original
A CONSTRUÇÃO DE UMA CAMPANHA ELEITORAL NAS REDES SOCIAIS
THE CONSTRUCTION OF AN ELECTION CAMPAIGN ON SOCIAL NETWORKS
1
Nayane Rodrigues dos Santos Brito Francisco de Paula Lima Júnior
1 Aluna do Curso de Jornalismo
2 Professor do Curso de Jornalismo
2
Resumo
Introdução: Este artigo científico tem como propósito mostrar de que forma uma campanha eleitoral é feita nas redes sociais, mais
especificamente no facebook. Peguei como exemplo a campanha à deputado distrital do jornalista e Doutor em comunicação,
Francisco Sant' anna, pelo partido PSOL, no Distrito Federal. Entrevistei o candidato para saber o que o fez escolher o facebook, além
do seu blog que já utilizava antes da campanha eleitoral. De que forma e com que frequência ele alimenta sua página, como monitora
e como é a interação entre o candidato e o eleitor. Além disso, como o candidato consegue visualizar as demandas do público que ele
alcança e se as suas propostas estão agradando ou não ao eleitorado. Fiz, também, pesquisa bibliográfica.
Palavras-Chave: campanha eleitoral; redes sociais; facebook
Abstract
Introduction: This scientific article is about how an election campaign is done on social media, more specifically on Facebook. As an
example, I took Francisco Sant'anna's campaign (journalist and Doctor in Communication), who intended to become a congressman,
from the PSOL political party, in Federal District. I interviewed the candidate in order to know why he chose Facebook instead of his
personal blog (which was already being used), in which way and how often he updates his page, how he is monitoring his voters and
performing with them, whether the candidate can observe and understand the needs of the audience that appeals to him, and, also, if
his proposals are pleasing the electorate or not. I also did a bibliographic research.
Keywords: election campaign; social media; Facebook.
Contato: [email protected]
Introdução
Esse artigo trata a forma em que uma
campanha eleitoral é feita nas redes sociais,
quais as estratégias utilizadas para se aproximar
do eleitor, como o candidato trabalha a imagem
através de suas postagens nas redes sociais.
Como
ele
monitora
as
reações
(compartilhamentos, comentários e curtidas) das
postagens de sua campanha. O motivo pelo qual
ele escolheu o facebook nas redes sociais, entre
outros demonstrados adiante, foi o objetivo deste
trabalho.
Como estudo de caso, escolhi a campanha
do candidato a deputado distrital, pelo PSOL,
Chico Sant'anna.
Em seu “Elementos de Teoria e Pesquisa
da Comunicação e dos Media”, Jorge Pedro
Sousa, nos mostra que há algumas décadas,
Habermas sublinhou a importância das técnicas
de marketing político e de relações públicas no
processo de construção dos conteúdos difundidos
pelos meios de comunicação de massa. E que
Bourdieu, por sua vez, frisou que “a produção das
representações do mundo social é uma dimensão
fundamental da luta política e é quase um
monopólio dos intelectuais”. A outra parcela deste
monopólio, diríamos nós, estaria nas mãos das
forças econômicas. Todas elas agem como portavozes defensores dos interesses dos grupos.
Assim sendo, se na concepção marxista a
ideologia preponderante exprime os interesses da
classe dominante – as ideias que compõem a
ideologia são paradigmas articuladores das
ambições, dos interesses e das decisões dos
grupos sociais dominantes dentro de um período
histórico particular, e se os meios de
comunicação são peças chaves do mecanismo
de fazer prevalecer sobre a esfera pública tais
conceitos
dominantes,
torna-se,
portanto,
estratégico controlá-los ou, ao menos, influenciar
os conteúdos massificados pelas mídias e
aportado à sociedade. Na impossibilidade de
interferir satisfatoriamente na mídia tradicional,
cresce a função estratégica da Mídia das Fontes,
como afirma em seu “Mídia das fontes: o difusor
do jornalismo corporativo”, resultado de um
programa de Doutorado na Universidade de
Rennes-1, França, onde analisou tal fenômeno a
partir de parâmetros como o da construção da
agenda midiática para a disputa da esfera
pública, bem como o da construção do território
profissional,
Francisco
Sant’Anna,
ou
simplesmente Chico Sant’Anna, que é alvo do
estudo deste artigo cientifico, observa que na
sociedade três naturezas de poder convivem
regulamente. “São elas a econômica, baseada
nos meios de produção; a política, que tem como
base a hegemonia nas relações sociais; e a
simbólica, que tem como base a força
legitimadora e que se apresenta, hoje, como um
dos mais importantes devido, principalmente, ao
desenvolvimento dos meios de comunicação.”
No Brasil, o perfil nacional provocou uma
simbiose destes três poderes, uma vez que a
classe política é a grande detentora dos meios de
comunicação de massa, principalmente rádio e
TV que serviram no passado de moeda de
barganha política, e ao mesmo tempo, quando
não são os políticos os próprios empresários,
estão eles representando no cenário nacional o
interesse da classe econômica.
Saúde e das Secretarias de Trabalho e de Saúde
do Distrito Federal. Foi responsável pelo material
educativo para o Programa Saúde em Casa e
implantou a TV Saúde, um canal voltado aos
usuários dos serviços de Saúde do DF.
Como dirigente sindical presidiu o Sindicato
dos Jornalistas Profissionais do DF e foi vicepresidente da Federação Nacional dos Jornalistas
- Fenaj. Quando titular da Internacional dos
Jornalistas - FIJ, coordenou e realizou, em
Brasília, a 1ª Conferência Latino-americana de
Mulheres Jornalistas, evento preparatório à
Conferência Mundial das Mulheres, promovida
pela ONU.
A trajetória política do candidato Chico
Sant´anna começou no sindicato dos Jornalistas
do DF onde ele mantinha uma espécie de coluna
tanto no jornal do sindicato como no jornal da
Fenae, de notícias, sobre a mídia, “por que
normalmente a imprensa brasileira não fala da
mídia”, então ele criou a coluna. Quando vieram
as eleições em 2010, quando foi candidato ao
Senado, e naquele ano ele criou o “Brasília por
Chico Sant´Anna” para divulgar o seu olhar sobre
Brasília, mas não quis misturar com o outro blog
(Chico Sant´Anna e a Info com), criado em 2009,
pois era profissional, cientifico e acadêmico. Veja
abaixo os textos mais lidos desde a criação do
blog:
Quem é Chico Sant'anna
Nascido no Rio de janeiro, chegou em
Brasília em 1958 onde foi criado, formado em
Jornalismo pela Universidade de Brasília (UNB),
rádio, TV, produção de cinema, e concluiu
mestrado em comunicação com pesquisa no
campo de Imprensa e Integração Latino americana, na Faculdade de Comunicação da
UnB. Em 2007, fez Doutorado em Ciências da
Informação e Comunicação na Universidade de
Rennes 1, na França, onde defendeu tese sobre
Comunicação Pública - Legislativa. Por este
trabalho, recebeu o prêmio Le Prix de Thèse du
Sénat, conferido em 2008, pelo parlamento da
República da França. A tese virou livro ( A mídia
das Fontes) na França e no Brasil e está
disponível para compra no site do Senado
Federal.
Uma de suas bandeiras políticas é
melhorar a mobilidade urbana do Distrito Federal,
que está entre umas das piores no Brasil,
segundo o candidato, por dia são perdidas 2
horas nos engarrafamentos do DF.
Chefiou
a
Comunicação
Social
da
Universidade de Brasília – UnB, do Ministério da
Quando veio o processo eleitoral para ser
candidato, ele trouxe todo o debate da campanha
para dentro do blog “Brasília por Chico
Sant´Anna”, e em junho mais ou menos daquele
ano, entrou no facebook. “Eu tinha Orkut, mais
nunca gostei, sempre tive dificuldade, o achava
burocrático, você tem que está criando grupos
para poder debater sobre determinado tema, e o
facebook eu achei mais prático” disse ele.
Sobre as mudanças nos processos de
comunicação de massa, e que se dão, também,
pela importância midiática que pessoas e
instituições buscam cada vez mais, Chico
Sant’Anna, em seu livro, sustenta com muita
propriedade e rigor acadêmico que no cenário da
difusão de informação no Brasil desponta um
novo ator que se diferencia das tradicionais
mídias. Entre os meios tradicionais de
comunicação, públicos ou privados, novos
veículos informativos são ofertados ao público por
organizações profissionais, sociais e inclusive por
segmentos do Poder Público.
“São
mídias
mantidas
e
administradas por atores sociais
que, até então, se limitavam a
desempenhar o papel de fontes
de informações. E por isso as
denominamos
MÍDIA
DAS
FONTES. Estas fontes são, em
grande
parte,
verdadeiras
organizações
políticas.
Elas
atuam de forma semelhante às
entidades
representativas
e
grupos de interesse que se
apresentam na esfera pública
desempenhando o papel de
atores políticos. (OFFERLÉ, 1994
:47). Deter uma visibilidade
pública é o objetivo desses
grupos, uma vez que para
interferir na esfera pública, neste
período de pós-modernidade, é
necessário estar inserido na
agenda midiática”. (Sant’Anna,
página 3)
Segundo o gráfico abaixo, de 2010 até
2014, o maior número de acessos no blog, foi no
ano de 2013, no mês de outubro com 25.422
acessos registrados.
Roberta Li, com formação em análise de mídias
sociais e profissional em marketing eleitoral,
ajudou o Chico no início de sua campanha.
Segundo ela:
“Tem
dois
tipos
de
monitoramento nas redes sociais.
Um é feito pessoal e diretamente
na página ou perfil, identificando
fakes, mensagens. O Outro é
feito por uma ferramenta, um
programa que apanha os nomes
que você quer numa busca para
identificar fatos negativos e
positivos e monitorar possíveis
adversários. A ferramenta faz
busca nas mídias e sites, aliás
em toda a web”. (Roberta Lientrevista)
Metodologia
Este Artigo Científico de Conclusão de
Curso foi realizado ao logo dos meses de agosto
a outubro deste ano de 2014. É visível a
dificuldade em se conquistar eleitores nos dias
atuais onde todos estão descrentes com a política
brasileira. Sabendo da necessidade de uma maior
aproximação candidato x eleitor, e o crescente
uso da internet no Brasil, o objetivo do artigo é
mostrar como uma campanha eleitoral é feita nas
redes sociais, destacando o facebook. Quais as
estratégias que o candidato utilizou para construir
uma imagem e se aproximar do seu eleitor. No
processo da campanha eleitoral o candidato deve
criar uma mensagem única e que, ao mesmo
tempo, seja compreendida pelas diversas áreas
da sociedade. Segundo o cientista social, doutor
em ciência política Antonio Lavareda:
"Estratégia é a busca deliberada
de um plano de ação para
desenvolver e ajustar a vantagem
competitiva de uma empresa.
Troque-se
empresa
por
candidatura, causa, ou partido, e
teremos um conceito ambientado
no marketing político. Estratégia,
assim é competição refletida,
calculada, planejada, na qual, as
diferenças entre você e seu
competidor são a base de sua
vantagem. Pois bem, nesses
tempos em que há um enorme
culto explícito do conceito, em
poucas áreas de atividade a sua
aplicação se faz tão importante
quanto nas batalhas eleitorais.
Afinal, nesse terreno, pode-se
afirmar, sem medo de exagero,
apesar
de
uma
execução
modesta, de qualidade apenas
regular, ao passo que uma
estratégia precária jamais será
compensada, nem mesmo por
uma campanha de elevado apuro
formal." (lavareda, 2009, páginas
126 e 127)
Para mostrar como funciona o processo,
quais as vantagens e desvantagens, foi feito um
estudo de caso com o candidato a deputado
distrital, pelo PSOL, Chico Sant´Anna.
máximo as visões sobre o
assunto em pauta, ainda que não
possa se desvencilhar de seu
próprio ponto de vista".
Segundo “Robert K. Yin (1994), Ph.D.,
presidente do Conselho e CEO da COSMOS
Corporation e autor de vários livros e artigos
revisados por pares, incluindo o caso de
Investigação e Aplicações de Processo Research
Study Study”:
Na entrevista com o doutor em
comunicação e candidato a deputado distrital
Chico Sant´Anna, foram questionadas quais as
redes sociais que ele utiliza, quais as ferramentas
e quais as razões dessas serem as escolhidas,
quem gerencia as suas postagens, qual ele utiliza
mais e como ele monitora a receptividade.
Fatores que comprovamos logo após as eleições,
através de dados colhidos e gráficos.
“Estudo de caso trata-se de uma
abordagem
metodológica
de
investigação
especialmente
adequada quando procuramos
compreender,
explorar
ou
descrever
acontecimentos
e
contextos complexos, nos quais
estão
simultaneamente
envolvidos diversos fatores”.
Da mesma forma, João Pedro da Ponte,
professor do Departamento de Educação e
Centro de Investigação em Educação, Faculdade
de Ciências da Universidade de Lisboa, Portugal
(2006) considera que:
“É uma investigação que se
assume como particularística, isto
é,
que
se
debruça
deliberadamente
sobre
uma
situação específica que se supõe
ser única ou especial, pelo menos
em certos aspectos, procurando
descobrir a que há nela de mais
essencial e característico e,
desse modo, contribuir para a
compreensão global de um certo
fenômeno de interesse.” (Ponte,
2006:2).
Neste artigo, utilizou-se a entrevista e
monitoramento das redes sociais do candidato
em parceria com mesmo, e com dados por ele
fornecidos. Na entrevista procurei saber o por que
dele utilizar o facebook em sua campanha, de
que maneira ele acreditava que iria contribuir e
qual o retorno que ele esperava. Segundo a
jornalista Stela Guedes Caputo:
“Entrevista é mais do que uma
técnica para obter respostas
através de um questionário: é
preciso que haja comunicação
entre as pessoas e uma das
características fundamentais para
qualquer jornalista é saber
realmente ouvir. Outro ponto
importante no jornalismo e que é
pouco praticado, de acordo com a
autora é o de: "Pluralizar ao
Redes Sociais
Entendendo como redes sociais:
“Rede Social é uma estrutura
social composta
por pessoas ou organizações,
conectadas por um ou vários
tipos
de
relações,
que
compartilham valores e objetivos
comuns. Uma das características
fundamentais na definição das
redes é a sua abertura e
porosidade,
possibilitando
relacionamentos horizontais e
não
hierárquicos
entre
os
participantes. "Redes não são,
portanto, apenas outra forma de
estrutura, mas quase uma não
estrutura, no sentido de que parte
de sua força está na habilidade
de se fazer e desfazer
rapidamente."
(http://www.webartigos.com/artigo
s/importancia-das-redessociais/75958/)
O professor, pesquisador e acadêmico Gaudêncio
Torquato, em seu artigo publicado no jornal O
Estado de São Paulo, em 21 de Setembro de
2014, na coluna Opinião, afirma:
“Atualmente, três em cinco
eleitores brasileiros estão nas
redes sociais, somando, algo em
torno de 84 milhões de votantes.
Tudo indica que a campanha
eleitoral é marcante nas redes
sociais. E a linguagem é como
nas
ruas,
desbocado,
as
interpretações
maldosas
de
situações,
na
defesa,
nos
xingamentos e acusações a
candidatos, deixando claro que
existem dois lados a puxarem
cabo de guerra de candidaturas.
Segundo
o
monitoramento
realizado pela cientista política
norte americana Katie Harbath,
de julho até 16 de setembro o
facebook registrou 58 milhões de
mensagens
relacionadas
às
eleições, propiciando curtidas,
compartilhamentos, comentários
a favor e contra”.
Segundo Zbigniew Brzezinski, ex- conselheiro de
Segurança Nacional dos EUA, e também citado
por Gaudêncio
“O Brasil está entre os cinco
principais consumidores mundiais
das redes, reside no fato de que
esse aparato eletrônico funciona
como extensão da liberdade de
expressão, um pulmão a oxigenar
fluxos institucionais, ampliando os
circuitos da participação social,
propiciando o deslocamento do
discurso eleitoral para a esfera
dos participantes”.
De acordo com pesquisa feita por meio de
Hitwise (uma ferramenta de inteligência competitiva online, fornecida pela Serasa Experian, que
analisa a interação de 25 milhões de pessoas em
mais de 1 milhão de sites no mundo e permite a
seus
clientes
entender
seu
desempenho online em comparação com seu setor de
atuação e concorrentes, além de fornecer insights sobre o comportamento do consumidor na internet.) , e publicada no site
www.agenciamestre.com no ano de 2014. “o Facebook é a rede social mais utilizada no Brasil,
sendo que em fevereiro ela teve 69,00% de participação de visitas, um crescimento de 3,97% em
relação ao mesmo mês no ano anterior, em segundo lugar aparece o Youtube em com 21,51%,
o Yahoo Respostas Brasil em terceiro com 1,50%
e o Twitter com 1,48% em quarto lugar. Já o Instagram apareceu em sexto, com 0,60%, deixando
para trás o Orkut, o Badoo e o G+”. Veja no gráfico logo abaixo.
Fonte:
http://www.agenciamestre.com/redes-
sociais/novamente-o-facebook-e-lider-entreredes-sociais-brasil/
Quase metade do eleitorado que tem
acesso à internet possui uma conta em pelo
menos uma rede social. Desse grupo, 46%
compartilham notícias sobre eleições em suas
contas. Conforme publicado no jornal Correio
Brasiliense, do dia 21 de outubro, sob o título
“Publicações em redes sociais influenciaram a
escolha do voto de 39% dos eleitores
conectados”, conforme o gráfico abaixo:
Fonte:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/e
speciais/eleicoes-2014/2014/10/21/noticiaseleicoes-2014,453549/publicacoes-em-redessociais-influenciaram-a-escolha-do-voto-de-39dos-eleitores.shtml
Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha
no dia 20/10/2014, mostra que 75% dos
internautas inscritos nas redes sociais costumam
ler notícias sobre as eleições por meio de sua
conta. A internet se mostra um instrumento de
convencimento
político
do
eleitorado
brasileiro, 39% dos entrevistados disseram ser
influenciados de alguma forma por publicações
nas redes sociais, sendo que 19% se considera
muito influenciado e 20% um pouco. A leitura e o
compartilhamento de notícias também se mostrou
bastante expressivo. 75% dos internautas
inscritos em redes sociais costumam se informar
por meio de suas contas - sendo o Facebook a
rede mais popular, com 68% dos entrevistados - e
46% afirmam ainda compartilhar noticias sobre
eleições em alguma rede social”.
Segundo Roberta Li, em entrevista para este
trabalho:
“Em
Brasília,
metade
dos
eleitores usam facebook e destes,
26%
se
influenciam
por
candidatos na rede na hora de
votar. É um número baixo, já que
temos 900 mil eleitores no face. O
retorno é pequeno, mas já é um
começo para uma ferramenta tão
nova! A campanha eleitoral nas
redes sociais é bem diferente do
que a campanha na rua. O corpo
a corpo não consegue ser
substituído por cards bonitos e
aspas”.
Facebook
O facebook foi lançado no dia 4 de
fevereiro de 2004, foi crido por quatro colegas de
dormitório
da
Universidade
Harvard
(os
americanos Dustin Moskovitz e Chris Hughes , o
brasileiro Eduardo Saverin, e o Zuckerberg), o
objetivo inicial era um site apenas para comparar
garotas
da
universidade,
classificando-as
segundo a beleza e sex appeal. Rapidamente, o
rede mostrou seu poder de conectar pessoas
segundo afinidades e interesses, atraindo assim a
atenção de todos. Hoje, “o Facebook tem 1,23
bilhão de usuários, recebe diariamente 4,75
bilhões de conteúdos, fatura 7,8 bilhões de
dólares ao ano e possui 6.336 funcionários
espalhados em 36 escritórios ao redor do
planeta”. Nessa década, chegou aonde nenhuma
outra rede virtual ousou ir, e superou grandes
desafios, como a migração acelerada dos
usuários dos tradicionais desktops para os
dispositivos móveis. Agora, se prepara para
enfrentar outros: manter-se relevante diante de
concorrentes como os aplicativos de mensagem
instantânea (WhatsApp), já por ele adquirido.
Diariamente são publicadas:
Fonte:
http://veja.abril.com.br/reportagensespeciais/10-anos-facebook/
O aparecimento do facebook e o sucesso,
é resultado da aplicação de um conjunto de ideias
desenvolvidas ao longo do tempo pelo
Zuckerberg, um jovem de 19 anos. O seu foco era
atrair universitários. Muitos estudantes queriam
fazer parte da comunidade pois originalmente a
rede era restrita aos alunos de Harvard, passando
em seguida a receber estudante de Stanford,
Columbia e Yale. Todos aguardavam por um
convite para fazer parte do seleto grupo de
cadastrados, o que despertou o interesse de
jovens de outros países. “Todos queriam fazer
parte da maior balada do planeta”, diz Karen
North, diretora do programa de comunidades online da Universidade do Sul da Califórnia e
especialista em redes sociais. “O Facebook
reuniu pessoas sedentas por interação no mundo
digital que começava a se desenhar.”
Fonte:
http://veja.abril.com.br/reportagensespeciais/10-anos-facebook/
Discussão
Antes de iniciarmos a leitura da discussão,
considero relevante abordarmos outro trecho do
livro do Chico Sant’Anna, cujo título já citei acima,
onde
ele
observa
que
a
imprensa
tradicionalmente vista como um expectador
externo aos fatos começa a perder a totalidade do
domínio da cena informativa. A opinião pública
passa a contar com informações coletadas,
selecionadas, tratadas editorialmente, filtradas e
difundidas por entidades ou movimentos sociais,
ou seja, corporações detentoras de interesses
corporativos. Assim sendo, esta nova mídia
poderia ser igualmente classificada como MÍDIA
CORPORATIVA,
um
meio
informativo
preocupado
não
apenas
em
transmitir
informações intracorporis, mas principalmente
ocupar a agenda midiática com o ponto de vista
setorial referente aos fatos gerais. Ele explica
assim a sua afirmação:
“Um veículo que permite trazer à
sociedade em geral, mediante a
difusão
de
informações,
a
perspectiva do segmento sócio
político que o mantém e que
permite igualmente interferir na
moldagem da esfera pública.
Assim sendo, poderíamos pensar
em classificar o conjunto de
informações difundidas por esta
mídia enquanto uma modalidade
diferente de prática jornalística,
denominando-a de Jornalismo
das Fontes e considerar os
profissionais que nela atuam de
Jornalistas das Fontes. Estas
considerações preliminares nos
permitem ousar a pensar no
surgimento de um novo modelo
de Jornalismo, um Jornalismo de
Influência e, consequentemente,
de
um
novo
segmento
profissional, qual seja o Jornalista
de Influência”.
Uma luta por um espaço na esfera pública
A existência de mecanismos de difusão de
ideias, valores, mensagens e conceitos por meios
de comunicação de massa distintos dos
tradicionais deve ser vista como uma busca de
espaço na esfera pública, como uma disputa por
um pedaço, grande ou pequeno, hegemônico ou
não, de um lugar ao sol em nossa sociedade
contemporânea.
Sobre isso, em seu livro já citado aqui,
Chico Sant’Anna salienta que:
“A nossa referência é a luta por
um espaço dentro da esfera
pública, nas bases definidas por
HABERMAS.(1992: 195.) Por
elas, os meios e os conteúdos
das mensagens divulgadas são
os objetivos da disputa. O conflito
a que nos referimos comporta
uma característica ideológica. Se
no idioma habitual todas as
palavras já são consideradas
instrumentos
de
combate
(BOURDIEU, 2002 : 12), os
meios de difusão massiva de
informação terão, portanto, um
aspecto muito mais importante e
estratégico. Beneficia-se do poder
simbólico, que detém a força
legitimadora, aquele que tem
acesso aos recursos que criam e
garantem esse poder simbólico,
que
são
os
meios
de
comunicação
(GUARESCHI,
2000: 64). Antes mesmos da
existência dos meios eletrônicos
ou do atual poderio da imprensa
escrita, Marx e Engels já
associavam a capacidade de
produzir informação e de difundir
ideias à relação entre as classes
sociais. Para eles, as ideias da
classe dominante são as ideias
dominantes dentro de esfera
pública. A classe que detém a
força material no seio da
sociedade é, ao mesmo tempo, a
força intelectual dominante desta
mesma sociedade (THOMPSON,
1995: 54). Quem detém a
informação, detém o fator central
de
desenvolvimento.
(GUARESCHI,
2000:
39).
Atualizando as terminologias, as
ideias dominantes referidas por
Marx e Engels constituem a
agenda e a classe que detém o
poder
material
dentro
da
sociedade detém também mais
recursos para intervir sobre o
processo de construção da
agenda, o agendamento”.
Na América Latina, os processos político
decisórios são bastantes subordinados a um perfil
de informações que atende a interesses políticos,
econômicos, com características globais e
hegemônicas. Sobre isso, Gilberto Dupas, em seu
“Ética e Poder na sociedade de informação. De
como a autonomia das novas tecnologias obriga a
rever o mito do progresso”, observa que:
“(...) é a rede global das novas
mídias que define a essência da
expressão cultural e da opinião
pública. Elas constituem a nova
morfologia de nossas sociedades,
e a difusão de sua lógica altera
radicalmente a operação e os
processos produtivos e o estoque
de experiência, cultura e poder.”
[...] Liderar a morfologia das
redes
é,
antes
de
tudo,
reorganizar e controlar o poder
nas
sociedades
pósmodernas.”(DUPAS, 2001: 45-47)
Desta maneira, a luta pelo conteúdo da
agenda se constitui de fato numa disputa pela
predominância dentro da esfera pública de
determinadas
ideias.
Em
função
dessa
predominância, poder-se-á influenciar, dentre
outros efeitos, a definição de políticas públicas,
privilegiando ou prejudicando este ou aquele
segmento social.
Chico Sant’Anna destaca que “É assim que
o controle dos meios de comunicação e dos
fluxos simbólicos assume um papel crucial como
instrumento de poder nas sociedades modernas,
já que quem define as práticas materiais, as
formas e o sentido do dinheiro, do tempo e do
espaço, fixa igualmente as regras do jogo social”.
Em resumo, estar inserido na agenda é
uma tentativa de garantir um referencial
ideológico dentro de uma sociedade. Os meios de
comunicação se transformam em campos de
batalha, onde o território a ser ocupado é a
hegemonia na “construção da agenda”, no
agendamento, que é feita a partir de diferentes
iniciativas e técnicas. A evolução tecnológica
aportou aos meios de comunicação um potencial
estratégico de intervir sobre a esfera pública. E,
consequentemente, a difusão de conteúdos
estará no centro deste conflito. O trabalho das
mídias e a capacidade dos cidadãos em intervir
sobre a esfera pública estão diretamente
conectados.
“A
sociedade
contemporânea,
ao
utilizar
estrategicamente os meios de
comunicação, desenvolveu as
condições ideais para que grupos
organizados se transformem em
atores chaves no processo de
modelagem da esfera publica.
Esta característica é mais forte
para os grupos do que para os
cidadãos individualmente” (Chico
Sant’Anna, página 11)
consegui
conquistar
alguns
eleitores, como também alguns
apoiadores que fizeram corpo a
corpo.
Isso
aconteceu
em
Taguatinga,
Octogonal,
Park
Way, Lago Sul e na região do
Entorno, próximo a Santo Antônio
do Descoberto”.
Os dados que comprovam a eficácia desta
ferramenta, é o fato dele ter tido votos em todas
as 21 zonais do DF, inclusive em várias que ele
nunca esteve presente, como o Gama, Brazlândia
e Planaltina, e nas quais ele não tinha nenhuma
base de apoio organizada. Vide gráfico abaixo.
Voltando ao propostito deste Artigo
Científico e com base no monitoramento das
atividades de Chico Sant´Anna, em sua página no
facebook, durante o período de agosto a outubro
e conforme o seu depoimento:
“As redes sociais me foram
importante para dar uma maior
visibilidade ao meu nome e as
minhas propostas. Sem esta
ferramenta e com o pouquissímo
tempo de TV que eu pude contar:
4 dias com 8 segundos com duas
veiculação em cada dia, seria
muito
complicado
fazer
a
campanha”.
Segundo o candidato o facebook é a
ferramenta mais completa, “mas usei também o
twitter e o instagram, inclusive de forma
integrada. O que saia em um saia em todos". O
uso das ferramentas utilizadas pelo candidato,
incluindo o seu blog, proporcionaram a
interatividade e retorno registrados durante a sua
campanha.
Chico Sant Anna diz que:
“Pelas redes sociais não só
Meme
Uma das estratégias de campanha utilizada
pelo candidato foi o meme, que é um termo grego
que significa imitação. Na internet, o significado
de meme refere-se a um fenômeno em que uma
pessoa, um vídeo, uma imagem, uma frase, uma
ideia, uma música, uma hashtag, um blog etc.,
alcança muita popularidade entre os usuários. O
conceito de "meme" foi criado pelo zoólogo e
escritor Richard Dawkins, em 1976, quando
escreveu no livro "The Selfish Gene" (O Gene
Egoísta) que tal como o gene, o meme é uma
unidade de informação com capacidade de se
multiplicar, através das ideias e informações que
se propagam de indivíduo para indivíduo. Os
memes constituem um vasto campo de estudo da
Memética. Com este recurso, os simpatizantes e
apoiadores do candidado aparecem com uma
declaração justificando por que votariam no
candidato. É o que ele classificou como "uma
santinho reverso. Nele não aparecia a minha foto.
Ele justificou assim o uso desde recurso:
"alguém que estivesse indeciso e desse conta de
fulano ou beltrano estava me apoiando, poderia
seguir o exemplo". Ele disse que tentou colocar
dois mil novos santinhos reversos por dia. O
cuidado maior na utilização deste recurso foi a
segmentação. Exemplo: Se o apoiador era um
profissional de comunicação, o memê era
compartilhado nos grupos de imprensa e
jornalistas. Se era ambientalista, em grupos que
se preocupam com o meio ambiente, e assim por
diante. Vide exemplo abaixo.
apenas 919 votos e não foi eleito. Veja abaixo o
desempenho do candidato:
Fonte: http://noticias.uol.com.br/politica/politicosbrasil/2014/deputado-distrital/df/04101957-chicosantanna.htm?dados-cargo-disputadoid=08&anoeleicao=2014&p=chico+AND+sant%C3%A1nna
Roberta Li, perguntada sobre o que achou
do desempenho do candidato Chico Sant'Anna
nas eleições disse:
Conclusão
Como demonstrado, esse artigo científico é
fruto de monitoramento que fiz nas redes sociais
do candidato a deputado distrital Chico
Sant'Anna, com a sua colaboração fornecendo
extratos de suas páginas, concedendo entrevista,
além do apoio da especialista em mídias sociais
Roberta Li, em contatos que mantivemos, e que
confirma a importância das redes sociais em uma
campanha eleitoral. O que é reforçado, por
exemplo, em artigo de Gaudêncio Torquato,
também aqui utilizado, onde afirma que "Três em
cinco eleitores brasileiros estão nas redes sociais,
algo em torno de 84 milhões de votantes (do total
de 141.824.607 milhões de eleitores segundo
TSE). O dado é expressivo, indica que a
campanha eleitoral entrou bem nos corredores
eletrônicos" É indispensável verificar que apesar
da grande influência dessas ferramentas em uma
campanha eleitoral, isso não garante, por si só, a
vitória. Como veremos adiante.
Pela observação dos aspectos analisados
concluímos que o uso das redes sociais numa
campanha eleitoral permite que o candidato com
suas publicações e estratégias tenha uma
aproximação maior com o seu eleitor, porém é
uma ferramenta que ainda não garante certeza de
voto a ninguém.
O resultado da campanha de Chico
San'Anna não foi o que ele esperava. Ele obteve
“Chico fez um grande trabalho
com os eleitores e apoiadores
pelas redes sociais. Fez reuniões
prévias com vários setores não
satisfeitos no DF. Ele abriu
inicialmente uma página tema
para lançar suas ideias na précampanha. Com isso, ele passou
a dar entrevistas em rádios,
jornais pequenos, se tornou mais
conhecido por lançar propostas
de mobilidade urbana e qualidade
de vida "pra" Brasília e matérias
gerais sobre vários assuntos
importantes, já que é jornalista,
ponto a favor de quem escreve
bem e observa muito”.
Em entrevista que fiz com o candidato logo após
o resultado das eleições, ele disse que
“Pessoalmente, esperava um retorno maior. O
contato via rede social apenas deixa uma falta de
compromisso no ar. Não há uma fidelização
100% segura do eleitor".
Roberta Li também deu a sua opinião sobre
o resultado da campanha de Chico Sant'Anna:
"Sabemos que redes sociais para
campanha eleitoral ainda é um
bebê no Brasil. Ela não reflete o
sentimento nas urnas ainda.
Tanto que aconselho sempre
gastar sola de sapato e entregar
propostas olhando olho no olho.
Chico teve praticamente os votos
dos apoiadores diretos: pouco
mais de 940 votos. Esses
apoiadores diretos teriam que
virar voluntários para as ruas,
famílias, amigos, grupos com
ideias em comum, para que ele
recebesse voto suficiente a atingir
o coeficiente eleitoral e garantir a
representação
pela
proporcionalidade. Essa eleição
com redes sociais foi um
termômetro para as próximas. Há
que se traçar bons planos para
conseguir ganhar o olhar, a
atenção e a credibilidade do
eleitor".
Podemos concluir que as redes sociais são
apenas mais uma importante ferramenta, sujeita
ao mesmo viés ideológico das redes de televisão
e jornais. O eleitor que utiliza as redes sociais, na
sua maioria, tem uma posição pré-definida, e às
vezes até mesmo já definida em relação a
determinados temas, e não é influenciado
facilmente com vídeos de denúncias ou imagens
atribuindo a um ou outro candidato um
determinado comportamento. Até porque as
mesmas montagens feitas para prejudicar o
adversário, podem ser feitas no sentido contrário.
E o eleitor quase sempre percebe esse tipo de
manipulação. Ele busca nas redes sociais
informações pertinentes apenas aos temas que
considera relevantes para o seu cotidiano.
Ataques pessoais, por exemplo, até chamam a
atenção de parte significativa do eleitorado. Mas
segundo Lavareda, não são os principais
elementos que compõem o leque dos motivos
que levam o eleitor a decidir em quem votar.
Ainda segundo Lavareda, as respostas às
suas demandas pessoais e dos grupos aos quais
pertence, como família, comunidade onde mora,
local de trabalho, e em alguns casos, templos
religiosos que frequenta, são decisivos para o
eleitor decidir em quem votar. Além disso, ainda
segundo Lavareda, é nesses grupos, ou
subgrupos, que o eleitor busca a confirmação da
escolha do seu voto.
Por fim, concluo que este Artigo Científico
de Conclusão de Curso cumpriu o seu propósito
ao analisar uma campanha de candidato a
deputado distrital, elegendo como ponto principal
de monitoramento as ações do candidato nas
redes sociais, mais especificamente em seu
facebook. O seu desempenho, a eficácia do seu
trabalho e o resultado com a sua votação.
Agradecimentos:
Quero agradecer, еm primeiro lugar, а
Deus, pela força е coragem durante esta longa
trajetória.
Agradeço ao meu querido professor
Francisco de Paula pela paciência е incentivo
durante a orientação, qυе tornaram possível а
conclusão deste artigo.
Agradeço ao meu esposo Henrique Brito,
que durante todos esses anos tem sido meu
amigo e meu maior motivador a seguir todo esse
percurso da faculdade.
Agradeço ao professor e coordenador do
curso de Jornalismo Dacio Renault pela atenção
e disponibilização sempre que precisei.
Deixo meu agradecimento final aos meus
amados pais, Nicacio Luis e Vera lúcia, com
muito carinho e apoio, não mediram esforços para
que eu chegasse até esta etapa de minha vida.
Espero um dia retribuir por tudo o que vocês
fizeram por mim. Amo vocês.
Referências:
1 - CAPUTO, Stela Guedes. Sobre Entrevistas: Teoria, Prática e Experiências. Editora Vozes, 2006.
2 - CARDOSO, Cláudio. O papel das redes sociais na campanha política 2012 [site na internet].
Disponível
em:
<http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed714_o_papel_das_redes_sociais_na_campanha
_politica_2012> acesso em 11 se setembro de 2014, às 18:25 horas.
3 – Dupas, Gilberto. Ética e Poder na sociedade de informação. De como a autonomia das novas
tecnologias obriga a rever o mito do progresso. Editora UNESP, 2001.
4 - Justiça Eleitoral registra aumento do número de eleitores em 2014 [site na internet]. Disponível em:
<http://www.tse.jus.br/noticias-tse/2014/Maio/justica-eleitoral-registra-aumento-do-numero-de-eleitores-em2014> acesso em 28 de novembro de 2014, às 13:06 horas.
5 - LAVAREDA, Antonio. Emoções ocultas e estratégias eleitorais. Editora Objetiva, 2009.
6 - MAFRA, Jessica. Facebook [site na internet]. Disponível em: <http://www.agenciamestre.com/redessociais/novamente-o-facebook-e-lider-entre-redes-sociais-brasil/> acesso em 21 de outubro de 2014, às
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7 - MÓDOLO, Bruno. Afinal, o que é um Roteiro?[site na internet]. Disponível em:
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8 – O marketing político em redes sociais [site na internet]. Disponível em: <http://luckcomm.com.br/omarketing-politico-em-redes-sociais/> acesso em 14 de setembro de 2014, às 10:45 horas.
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12 - SANT´ANNA, Chico. Mídias das fontes: o difusor do jornalismo incorporativo. Edições Técnicas do
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16 - TORQUATO, Gaudêncio. As redes sociais e as eleições [site na internet]. Disponível em:
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17 - Uol notícias políticas. Uol.com [site na internet]. Disponível em: <http://migre.me/nlJMr> acesso em 5
de novembro de 2014, às 17:55 horas.
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