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Departamento de Ecologia e Recursos Naturais/ UFES e-mail albino @ npd.ufes.br fax 0273352500
Instituto de Geociências/USP
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Pesquisador do CNPq junto ao Departamento de Geociências da Fundação Universidade de Amazonas
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Durante um período de doze meses foram realizados levantamentos de perfis de praia,
complementados por dados sobre as ondas na arrebentação e as texturas das areias de seis
estações praiais ao longo da planície deltaica do rio Doce, localizada na porção centro- norte do
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Estado do Espírito Santo, entre as latitudes de 19 10' e 19 50' S e longitudes 39 40' e 40 05' W.
Análises granulométricas das areias do leito do rio Doce e da plataforma continental interna adjacente
também foram realizadas.
Os resultados mostram que a dinâmica das praias, associadas a esta planície costeira, é diretamente
influenciada pelo rio Doce, sendo uma continuação dos processos identificados na história geológica
da área, por Suguio & Martin (1981) e Martin & Suguio (1992), iniciada há cerca de 2.500 anos AP.
Esta idade corresponde ao total preenchimento da laguna, atrás das ilhas barreira pelo delta
intralagunar e ao início do despejo da descarga e carga do Doce diretamente no Oceano Atlântico. As
inversões nos sentidos das correntes longitudinais, causadas pelas alternâncias na direção dos
ventos na região, são as responsáveis pela assimetria da planície costeira (Martin & Suguio, 1992),
desempenhando também o papel principal na distribuição dos sedimentos da carga do rio às praias
adjacentes e pelos comportamentos construtivo e/ou erosivo de trechos sob atuação da descarga do
rio Doce, segundo o modelo desenvolvido por Dominguez K L2M N O (1983).
Na situação de predominância dos efeitos dos ventos alísios de NE, as correntes longitudinais
apresentam sentido de norte para sul, e durante as passagens de frentes frias, os ventos
provenientes de SE e SW desenvolvem uma corrente longitudinal orientada de sul para norte. Os
ventos alísios tornam-se efetivos sob o efeito de El Niño, cujo jato de ar quente e úmido proveniente
do Pacífico bloqueia a passagem das frentes frias. Deste modo, as correntes de NE atuariam mais
eficientemente no transporte e distribuição dos sedimentos.
A proximidade da desembocadura do rio Doce e a sua influência como molhe hidráulico determinam
a morfodinâmica ao longo das praias. As características texturais das areias das praias próximas à
foz são semelhantes às encontradas no leito do rio, cujo aporte contínuo fica armazenado na praia e
antepraia dos perfis adjacentes. Desta forma, são encontrados abundantes sedimentos fluviais e
marinhos nos perfis praiais emerso e submerso, sendo este trecho caracterizado por praias
intermediárias.
Nas praias mais ao sul, distantes da desembocadura, foi verificado o intercâmbio de areias grossas a
muito grossas, hoje depositadas nos cordões litorâneos e na praia, com as da antepraia. Esta troca
se daria sob ação de altas ondas incidentes, que alcançam a linha de costa com arrebentação
ascendente, proporcionada pelas altas declividades da plataforma continental interna e da antepraia.
Neste trecho as praias apresentam-se como refletivas.
Sendo os processos de sedimentação atuais semelhantes aos responsáveis pela evolução milenar
desta planície, pode-se supor que as praias associadas, mesmo registrando recuo do perfil praial em
adaptação às alternâncias das intensidades e sentidos das correntes, apresentam tendência à
progradação, e os sedimentos atualmente disponíveis poderiam responder morfologicamente a uma
eventual subida do nível relativo do mar.
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DOMINGUEZ, J.M.L., BITTENCOURT, A.C.S.P., MARTIN, L. 1983 O papel da deriva litorânea de
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São
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p7q r q s t u,s t u v q plains
w,x y z2p7q associated
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VII Congresso da ABEQUA, Porto Seguro - BA 03-09 de Outubro de 1999
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VII Congresso da ABEQUA, Porto Seguro - BA 03-09 de Outubro de 1999
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