METODOLOGIA DO ENSINO DE
CIÊNCIAS APLICADA À ESCOLA
DO CAMPO
Prof. Ms. Fábio Luis Quintal Carvalho
Apresentação
Apresentação
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Fábio Luis Quintal Carvalho
Ciências Biológicas – Licenciatura em Ciências (UFRGS, 1986)
Ciências Biológicas – Bacharelado em Botânica (UFRGS, 1988)
Ciências Biológicas – Mestrado em Ecologia (UFRGS, 1992)
Professor de Zoologia de Invertebrados (UFRGS, 1990)
Professor de Ecologia Geral e Especial (UFRGS, 1990)
Biólogo da Prefeitura Municipal de Londrina (1997-1998)
Professor de Botânica Aplicada à Farmácia, de Biologia Geral e
de Fisiologia Humana (UNOPAR, 2000-2002)
• Professor de Ecologia e de Prática de Ensino de Ciências e
Biologia (FAP, 2004)
• Professor de Biologia no ensino médio (1984-2012)
Apresentação
• Professor de Ecologia e Impactos Ambientais, Mecanismos de
Qualidade Ambiental, Auditoria Ambiental, Geografia Aplicada
e Proteção de Recursos Naturais, Metodologia do Ensino de
Ciências aplicada à Educação no Campo, Educação no Campo e
Desenvolvimento Sustentável (ESAP, 2004-2012)
• Professor de Recursos Naturais e Controle Ambiental e de
Saúde e Higiene no Trabalho (IAPEC, 2012)
• Professor de Gestão Ambiental (UNIVALE, 2011 – 2012)
• Coordenador do curso tecnológico superior de Segurança no
Trabalho (IAPEC, 2010 – 2012)
• Autor do material didático de Biologia (SISTEMA MAXI DE
ENSINO, 2006)
• Assessor educacional do Sistema Maxi de Ensino (2006-2011)
Apresentação
• Tradutor de língua inglesa (1987 – 2012)
• Mergulhador autônomo (CMAS, 1994 – 2012)
• Consultor Ambiental – elaboração de laudos, perícias, estudos
de impactos ambientais, projetos de recuperação de áreas
degradadas,
licenciamento
ambiental,
projetos
de
reflorestamento, projetos de gerenciamento de resíduos
sólidos urbanos (1991 – 2012)
Apresentação
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Fábio Luis Quintal Carvalho
Rua Lauro Alves do Nascimento, 183
Jardim Pinheiros – Londrina - PR
86063-170
(43) 33280245
(43) 99946456
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Redes sociais – MSN, Facebook, Orkut
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Introdução
• O que é Ciência?
• Scientia, do latim, significa “aprender ou obter conhecimento”.
• Scirem, do grego, significa “conhecimento criticamente
fundamentado”.
• A Ciência, como um todo, caracteriza-se pelo conhecimento
racional, sistemático, exato, verificável e, falível.
• A Ciência pode ser ainda definida como uma atividade que
propõe a aquisição sistemática de conhecimento sobre a
natureza biológica, social e tecnológica.
Introdução
• Todas as Ciências possuem as seguintes características:
– Objetivo ou finalidade – distinguir as leis que regem
determinados fenômenos;
– Função - uma utilidade;
– Objetos – que se subdividem em dois grupos distintos, a
saber:
•Material – o que se pretende estudar;
•Formal – o enfoque especial, necessário em face das
várias ciências que possam possuir o mesmo objeto
material.
Introdução
• Deste modo,
– A Ciência como pensamento racional, objetivo, lógico,
confiável e falível;
– A Ciência como metodologia que determina como produzir
novos conhecimentos de forma confiável;
– Assim, a Ciência pode ser reconhecida por três critérios
básicos:
• Confiabilidade em seu corpo de conhecimento;
• Sua organização;
• Sua metodologia.
Introdução
• No mundo atual, a Ciência tem como função aperfeiçoar o
conhecimento nas diversas áreas com o objetivo de tornar a
existência humana mais significativa.
• Segundo o MEC, existe atualmente um déficit de
aproximadamente 200 mil professores de química, física,
matemática e biologia no país.
• Enquanto isso, países como a Argentina, Uruguai, Chile, Costa
Rica e Cuba detêm os melhores indicadores educacionais
quanto ao ensino de Ciências, revelando seu impacto positivo
sobre a educação.
Introdução
• Existem três motivos básicos pelos quais o ensino de Ciências
deveria ser o foco de melhorias no plano educacional do país:
– O ensino de Ciências é um importante exercício de raciocínio,
que desperta no aluno seu interesse, seu espírito criativo e
empreendedor, o que contribui para a melhoria do processo de
aprendizagem em todas as disciplinas curriculares;
– Quanto melhor o ensino de Ciências desde as séries iniciais,
melhores são as chances de captação de novos talentos para
suprir a demanda nas carreiras científicas;
– O conhecimento científico é fundamental para que a população
possa se posicionar frente a questões sobre as quais precisa ter
uma opinião formada visando a sua legitimação.
A Atitude Científica
• A Ciência desconfia de nossas certezas!
• A Ciência vê o mundo através de problemas e obstáculos.
• O conhecimento científico é:
– Objetivo – busca as estruturas universais;
– Quantitativo – busca medidas e padrões;
– Homogêneo – busca as leis gerais de funcionamento do universo;
– Generalizador – reúne objetos percebidos como diferentes sob
leis científicas semelhantes;
– Diferenciador – pode separar os objetos aparentemente
semelhantes.
A Atitude Científica
• A Ciência somente estabelece relações depois de investigar a
natureza dos fatos.
• A Ciência procura apresentar explicações racionais, simples e
claras.
• A Ciência procura renovar-se e modificar-se continuamente no
processo de construção do conhecimento.
Os Fatos Científicos
• Os fatos científicos são construídos através da investigação
(pesquisa) científica, que está embasada em uma metodologia
científica que possibilita:
– Distinguir o objetivo do subjetivo;
– Construir o fenômeno de maneira controlável e verificável;
– Demonstrar e provar os resultados obtidos;
– Relacionar um determinado fato com outros;
– Formular uma teoria geral sobre o conjunto de fenômenos e
fatos investigados.
Os Fatos Científicos
• A Teoria Científica é um sistema ordenado de proposições
baseados em um pequeno número de princípios.
• A Teoria Científica serve para descrever, explicar e prever do
modo mais complexo possível um conjunto de fenômenos,
oferecendo suas leis.
• Como exemplo de uma Teoria Científica temos:
– A Teoria da Relatividade
– A Teoria da Evolução Biológica
– A Teoria do Big Bang
– ...
As Concepções Científicas
• A Ciência apresenta três concepções principais:
– Racionalista – é a comprovação da verdade dos enunciados sem
sombra de dúvidas (Matemática);
– Empirista – é a concepção baseada na observação dos
fenômenos naturais e nos experimentos (Medicina e História
Natural);
– Construtivista – é a concepção da Ciência como instrumento de
construção de modelos explicativos do mundo.
O Ensino de Ciências
• Nos Parâmetros Curriculares Nacionais são propostos os
seguintes objetivos para o ensino de Ciências no ensino
fundamental II:
• Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano como
parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive;
• Identificar relações entre conhecimento científico, produção de
tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução
histórica;
• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a
partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática
conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado
escolar;
• Saber utilizar conceitos científicos básicos;
O Ensino de Ciências
• Saber combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc.,
para coleta, organização e discussão de fatos e informações;
• Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e
cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;
• Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser
promovido pela ação coletiva;
• Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades
humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles
prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem.
Construindo o Conhecimento
PERSPECTIVA EMPIRISTA
PERSPECTIVA NÃO EMPIRISTA
Fazer
Ciência
As leis e os princípios científicos
emergem dos fenômenos naturais,
cabendo ao cientista extrair o
conhecimento que ali já está
definido.
Teorias e hipóteses são decorrentes
de interpretações da realidade que
levam em conta não só os fatos
objetivos, mas também as visões
pessoais, especulações, expectativas,
preferências estéticas e motivações
dos cientistas.
Aprender
Ciência
O aluno aprende por absorção de
informações que já estão prontas
no discurso do professor, no livro,
no quadro-negro, nos fenômenos
da natureza.
O conhecimento adquirido pelo aluno
resulta de uma síntese pessoal, sendo
uma reelaboração daquilo que é dito
pelo professor ou está no livro.
A Ciência na Mídia e na Escola
• Alguns questionamentos comuns em relação ao papel da
mídia no ensino e aprendizagem em Ciências são:
• Os programas de televisão ajudam ou atrapalham o ensino de
Ciências?
• Que elementos da cultura científica são incorporados pelos filmes
comerciais?
• Devo utilizar filmes como material didático na educação científica dos
meus alunos?
• De que forma?
• Que veículos de mídia são formadores do imaginário social acerca da
Ciência?
A Ciência na Mídia e na Escola
• Esses questionamentos ocorrem uma vez que:
• A veiculação da Ciência na TV recorre a mitos e ritos que são da ordem do
fantasioso, do metafórico e do ilógico;
• Aparece o mito do encantamento do mundo, no qual a Ciência apresenta
todas as soluções buscadas pelo homem, quase magicamente;
• Os cientistas e/ou especialistas costumam aparecer em locais
representativos das suas funções como laboratórios e escritórios, com
grande quantidade de livros e equipamentos;
• O repertório social do pesquisador não entra em pauta;
• A ênfase está nos resultados e não na trajetória percorrida;
• Os programas tentam estabelecer um “gancho” entre Ciências e cotidiano,
buscando mostrar ao público que o que vai ser veiculado tem alguma
relação com a sua vida.
A Ciência na Mídia e na Escola
Gênero
Ciência
Exemplos
Documentário
A narrativa não envolve construção de Uma verdade inconveniente,
personagens humanos. As características A marcha dos pinguins
didáticas e conceituais prevalecem sobre os
elementos narrativos
Drama
Reconstrução de casos reais de descobertas e O óleo de Lorenzo,
debates científicos.
Tempo de despertar
Biografia
Narrativas sobre a vida de personagens Giordano Bruno,
célebres da história da Ciência.
Freud, além da alma,
Uma mente brilhante
Ensaio
Filmes cujos enredos ilustram teorias ou Ponto de mutação,
debates sobre pressupostos científicos.
Quem somos nós?
Ficção Científica
A Ciência e i imaginário científico são
personagens
centrais.
São
narrativas
fantasiosas e/ou irreais nas atuais condições
do conhecimento. Representam uma espécie
de experimento mental sobre as implicações
da Ciência e da tecnologia.
De volta para o futuro,
Parque dos dinossauros,
A ilha,
Admirável mundo novo,
Gattaca
A Ciência na Mídia e na Escola
• Sugestões práticas para trabalho com filmes:
• Palavra-chave - o professor pronuncia uma palavra-chave relacionada ao tema
que será apresentado no filme. Palavras associadas ao tema devem ser
apresentadas pelos alunos e registradas no quadro. Após a apresentação do
filme, uma nova lista de palavras é registrada e comparada com a primeira. Com
a comparação entre as listas o professor pode verificar se houve alguma
transformação nas ideias dos alunos após a exibição do filme.
• Escrever uma carta – cada aluno deve escrever uma carta ao colega relatando o
que aprenderam com o filme e como os aspectos apresentados interferem no
seu cotidiano. Uma adaptação possível é solicitar aos alunos que escrevam uma
carta a um dos personagens do filme.
• Comparação com meios de comunicação de massa – previamente os alunos são
orientados a buscar o assunto a ser exibido no filme em outros meios de
comunicação para uma comparação das informações após a exibição do filme.
A Ciência na Mídia e na Escola
• Sugestões práticas para trabalho com filmes:
• Primeira exibição muda – o som é suprimido durante a primeira exibição do
filme, sendo que em seguida os alunos devem elaborar um texto, em grupos,
daquilo que compreenderam. Isso estimula a participação ativa do aluno, sua
intuição e sua criatividade.
• Interrupção da exibição – a exibição do filme é interrompida antes da solução
final. Em seguida, solicita-se aos alunos que formulem as suas próprias
conclusões, que serão confrontadas posteriormente com exibição do final do
filme.
• Tribunal e julgamento – quando o tema tratado for polêmico, o professor pode
atribuir “papéis” para os quais os grupos de alunos irá apresentar argumentos
de acordo com a opinião que está assumindo. Posteriormente o professor abre
a discussão entre os grupos.
A Ciência na Mídia e na Escola
• Sugestões práticas para trabalho com filmes:
• Roteiro orientador – recurso utilizado quando os filmes são de longa duração e
que apresentam muitas informações. Um roteiro prévio de perguntas ou
indicações é elaborado pelo professor e entregue aos alunos, sendo que o
mesmo será discutido ao final da exibição do filme.
• Justaposição de cenas – o professor prepara previamente uma coletânea de
cenas de diversas fontes, que tratem do mesmo assunto , que serão
apresentadas aos alunos para posterior reflexão crítica sobre o tema.
• Desenho individual ou em grupo – é solicitada aos alunos a elaboração de um
desenho sobre o que imaginam que será apresentado no filme. Os desenhos
são recolhidos e, após a exibição do filme, são comparados com os novos
desenhos elaborados pelos alunos, evidenciando-se a transição dos mesmos.
A Ciência na Mídia e na Escola
• Sugestões práticas para trabalho com filmes:
• Mímica – divididos em grupos, os alunos devem representar através de mímicas
a parte do filme que mais gostaram. Posteriormente o professor dirige as
discussões sobre as mensagens transmitidas pelo filme.
• Poesia – após a exibição do filme, os alunos são convidados a redigir um poema
sobre o que acharam mais significativo. Posteriormente, os poemas são lidos e
reunidos em uma coleção que será distribuída a cada aluno como forma de
trabalhar os principais argumentos do filme.
• Alteração do roteiro – ao término da exibição, os alunos são incentivados a se
manifestar sobre quais partes mudariam no roteiro do filme, sempre
apresentando justificativas para tais mudanças.
Temas Científicos Polêmicos
• Muitos são os temas científicos polêmicos e controversos que
de alguma forma acabam fazendo parte do cotidiano dos
alunos. Assim sendo, novos questionamentos surgem, tais
como:
• Como articular os conhecimentos científicos com o cotidiano social do
aluno?
• Como trabalhar temas que não envolvem apenas conhecimento, mas
principalmente atitudes e valores?
• Existe uma articulação entre ética e o ensino de Ciências?
• Como trabalhar com questões para as quais não há uma resposta
única?
• O que fazer quando a opinião do aluno sobre determinado tem diverge
da do professor?
Temas Científicos Polêmicos
• O trabalho com temas científicos polêmicos e controversos
tem sido cada vez mais utilizado pelos professores no ensino
de Ciências, sendo que três justificativas são apresentadas:
• Aumentar a motivação dos alunos, se os temas estão diretamente
associados a problemas que afligem pessoalmente os estudantes ou
interferem diretamente na vida da sociedade;
• Promover maior interação entre os alunos e destes com o professor,
permitindo a mudança de uma postura mais individualista para uma
que considere o coletivo, admitindo e valorizando a existência d e
opiniões e pontos de vista diferentes.
• Diminuir a divisão entre a escola e o mundo no qual os alunos vivem, na
medida em que estes podem constatar as relações entre pesquisa
científica, a produção industrial e a tecnologia tradicionalmente usada
em sua comunidade.
Temas Científicos Polêmicos
• Entre os temas científicos polêmicos vivenciados atualmente,
podemos citar:
• O efeito estufa e a hipótese do aquecimento global antropogênico;
• A clonagem de animais e plantas;
• A utilização de agrotóxicos e demais insumos na agricultura;
• A utilização
transgênicos;
dos
organismos
geneticamente
modificados
ou
• As implicações para a natureza do novo código florestal;
• O desmatamento para a ampliação das áreas de plantio e de criação de
gado bovino;
• ...
O Ensino de Ciências
• Abaixo são expostos alguns tópicos importantes em relação
ao processo de ensino e aprendizagem em Ciências:
• Reconhecer a existência de concepções espontâneas dos alunos;
• Entender que o processo de aprendizagem de conteúdos científicos
requer construção e reconstrução de conhecimentos;
• Aproximar a aprendizagem de Ciências das características do fazer
científico;
• Propor a aprendizagem a partir de situações-problema;
• Reconhecer o caráter social da construção do conhecimento científico;
• Entender o pluralismo que envolve o processo de ensino e aprendizagem
em Ciências.
O Ensino de Ciências
• O ensino de Ciências enfrenta hoje em nosso país uma série de
problemas, sendo alguns desses são de fácil resolução.
• Várias questões foram levantadas em diversos estudos sobre o
tema:
– O desinteresse dos alunos;
– A falta de estrutura física adequada para as aulas teóricas e as
atividades práticas;
– A falta de bibliotecas;
– A falta de incentivo;
– Número insuficiente de aulas para “vencer” o conteúdo;
– A formação inadequada e o despreparo dos professores.
O Ensino de Ciências
• Para muitos professores, a falta de uma estrutura adequada
para o desenvolvimento de atividades práticas é o principal
problema apontado.
• Contudo, a falta de um laboratório de Ciências não impede a
realização de algumas atividades práticas muito interessantes,
capazes até de despertar o interesse dos alunos mais apáticos.
• Através de um bom planejamento, as poucas aulas semanais
podem ser aproveitadas para o desenvolvimento das
atividades práticas, sem o comprometimento do conteúdo a
ser “vencido”.
O Ensino de Ciências
• Quando os alunos indagam o professor de Ciências sobre a
realização de atividades práticas é comum o surgimento de
várias dúvidas por parte do professor, tais como:
• Devo trabalhar com atividades práticas no ensino fundamental?
• Como podem ser essas aulas práticas?
• De que forma posso desenvolver aulas que aproximem meus alunos da
cultura científica?
• Existem experimentos que “dão certo” ou “dão errado”?
• E se o experimento “der errado”, o que posso fazer?
• Como conseguir os materiais para as aulas práticas?
• Minha escola não tem laboratório de Ciências. O que fazer?
• E se ocorrer algum imprevisto, algum acidente, o que fazer?
O Ensino de Ciências
• As principais funções das atividades práticas no ensino de
Ciências estão listadas a seguir:
• Despertar e manter o interesse dos alunos;
• Envolver os alunos em investigações científicas;
• Desenvolver nos alunos a capacidade de resolver problemas;
• Compreender conceitos científicos básicos;
• Desenvolver habilidades;
• Analisar cuidadosamente os resultados e significados de experimentos,
voltando a investigar quando ocorrerem eventuais contradições conceituais;
• Compreender as limitações do uso de um pequeno número de observações
para gerar conhecimento científico;
• Distinguir observações de inferências, comparar crenças pessoais com
compreensão científica e compreensão das hipóteses e teorias.
O Ensino de Ciências
• As atividades práticas podem ser classificadas como:
• Demonstrações práticas – atividades realizadas pelo professor, que
possibilitam ao aluno maior contato com os fenômenos já conhecidos e
com equipamentos, instrumentos, técnicas laboratoriais e até seres
vivos. Esse tipo de atividade prática normalmente é utilizado quando
não existe material suficiente para cada aluno ou grupo de alunos ou
quando a atividade programada pode oferecer algum tipo de risco
devido ao uso de reagentes químicos tóxicos ou chama.
• Experimentos ilustrativos – atividades que os alunos podem realizar
sob a supervisão e orientação do professor. Cumprem as mesmas
finalidades das demonstrações práticas e podem ser realizadas
individualmente ou em pequenos grupos de acordo com a
disponibilidade dos materiais.
O Ensino de Ciências
• As atividades práticas podem ser classificadas como:
• Experimentos descritivos – atividades que o aluno realiza e que não são
obrigatoriamente dirigidas o tempo todo pelo professor. Nelas o aluno
tem contato direto com coisas ou fenômenos que precisa apurar,
sejam ou não comuns ao seu cotidiano. Aproximam-se muito das
atividades investigativas, porém não implicam a realização de testes de
hipóteses.
• Experimentos investigativos – atividades práticas que necessitam da
participação ativa do aluno durante a sua execução. Diferem das outras
por envolverem obrigatoriamente discussão de ideias, elaboração de
hipóteses investigativas e experimentos para testá-las.
A Atividade Prática
• A atividade prática requer um bom planejamento.
• É necessária a identificação da relevância da atividade prática
frente ao conteúdo programático a ser desenvolvido.
• É necessária a definição dos objetivos e dos motivos da
realização da atividade prática.
• É necessária a definição dos critérios de avaliação da atividade.
• É necessária a definição da logística da atividade, como local
de realização, materiais e reagentes necessários, o protocolo
da atividade, bem como a definição da conclusão da atividade.
A Atividade Prática
• O local da realização da atividade prática pode variar de
acordo com os objetivos propostos. Laboratório de Ciências
(quando disponível), sala de aula, pátio da escola, cantina ou
cozinha, ou ainda locais fora do espaço físico escolar.
• Neste caso, antes da realização da atividade, deve ser
solicitada uma autorização por escrito dos pais ou
responsáveis pelos alunos.
• Cada local apresenta vantagens e desvantagens, sendo que a
segurança de todos os envolvidos na atividade deve ser
considerada sempre em primeiro plano.
A Atividade Prática
• Basicamente, a atividade prática pode ser demonstrativa ou
participativa, individual ou coletiva, de acordo com os
objetivos propostos, a disponibilidade de local, dos recursos
necessários e da segurança dos envolvidos.
• Os recursos necessários (materiais e reagentes) a serem
utilizados na atividade prática podem ser solicitados aos
alunos, quando necessário.
• Durante a realização da atividade prática, todos os alunos
devem seguir as orientações do professor e do protocolo da
atividade, fornecido antecipadamente pelo professor.
O Protocolo da Atividade Prática
• O protocolo nada mais é do que uma ficha contendo as
orientações básicas necessárias para o desenvolvimento da
atividade prática.
• Cada protocolo deve ser estruturado da seguinte maneira:
– Identificação da instituição de ensino;
– Identificação do aluno;
– Local e data da realização da atividade;
– Nome da atividade, assim como seus objetivos, os materiais e os
reagentes necessários para sua realização e os procedimentos que
devem ser adotados;
– Questões para a análise e a conclusão da atividade.
A Atividade Prática
• Toda atividade prática deve ser iniciada com a leitura completa
e explicação do protocolo por parte do professor de dos
alunos.
• Posteriormente, todos os materiais e reagentes devem ser
conferidos e dispostos sobre a bancada ou mesa.
• Se a atividade prática for participativa, individual ou em grupo,
cada aluno deverá estar ciente de seu papel durante a
realização dos procedimentos.
• Seguindo o protocolo e as demais orientações do professor, a
atividade prática pode, então, ser iniciada.
A Atividade Prática
• Antes da realização da atividade prática, tanto alunos quanto
o professor devem ter conhecimento do que são os resultados
esperados e os resultados obtidos, que podem ou não ser
concordantes.
• Cabe ressaltar que não existem resultados ERRADOS em uma
atividade prática, apenas o resultado obtido diferindo do
resultado esperado.
• Todos os resultados obtidos devem ser considerados e
analisados.
• Ao final dos procedimentos, os alunos devem chegar às
conclusões propostas durante o planejamento da atividade
prática.
A Atividade Prática
• Durante a análise dos resultados obtidos, mediante a
intervenção do professor quando necessária, os alunos devem
estabelecer as relações entre o que foi ou não observado e os
conteúdos programáticos relacionados à atividade prática
proposta.
• O professor NUNCA deve encerrar a atividade sem que essas
relações acima descritas tenham sido estabelecidas.
• Consequentemente, a boa utilização do TEMPO disponível
para a realização da atividade prática é de fundamental
importância.
A Atividade Prática
• Algumas atividades práticas propostas demandam um período
de tempo maior do que aquele disponível para a aula (50
minutos).
• Assim sendo, a conclusão da atividade deverá ocorrer
somente ao término dos procedimentos. Por exemplo,
atividades que envolvam a germinação de sementes, análise
de crescimento e desenvolvimento de vegetais e animais,
análise de características ambientais necessitam um período
de tempo maior para sua realização.
A Atividade Prática
• Para o bom desenvolvimento de qualquer atividade prática
existem regras ou NORMAS DE SEGURANÇA que devem ser
obedecidas, mesmo que essa atividade seja realizada fora de
um laboratório de Ciências.
• O uso de um jaleco é recomendado para a proteção dos
alunos. Caso não exista a possibilidade de aquisição, o mesmo
pode ser improvisado utilizando-se uma fronha velha ou uma
camiseta velha de um adulto;
• Não é recomendado o uso de calçados abertos, bem como de
saias, bermudas ou calças curtas durante a atividade prática,
de modo a não deixar as extremidades inferiores do corpo
expostas;
A Atividade Prática
• Os trajes de tecidos sintéticos devem ser evitados, sobretudo
quando a atividade prática envolver a utilização de chama;
• Bolsas, mochilas ou pastas devem ser deixadas no chão, longe
da local de realização da atividade prática. Segue para a mesa
somente o material necessário para anotações e o protocolo
da atividade;
• Todos os trabalhos devem ocorrer com método, calma e
atenção;
• É recomendado evitar o contato dos dedos com os olhos, a
boca, o nariz, os ouvidos ou ferimentos durante a realização
da atividade prática.
• Lavar sempre as mãos ao término da atividade prática;
A Atividade Prática
• As substâncias utilizadas na atividade prática NUNCA devem ser
provadas ou aspiradas sem a recomendação expressa do
professor;
• Os materiais utilizados durante a realização da atividade prática,
principalmente os de vidro, devem estar em perfeito estado de
conservação. Em caso de dúvida o professor deverá ser avisado;
• Reagentes NUNCA devem ser aquecidos em sistemas fechados;
• Chama NUNCA deve ser utilizada sem a autorização e supervisão
do professor;
• Os rótulos dos reagentes devem ser lidos antes de sua utilização,
para a verificação de sua toxicidade;
A Atividade Prática
• Os materiais aquecidos não devem ser deixados em locais que
possam oferecer riscos aos envolvidos na realização da
atividade prática;
• Tubos de ensaio devem ser aquecidos somente pela parte do
meio e NUNCA voltados na direção dos participantes da
atividade prática;
• Se algum reagentes for derramado, o professor deverá ser
alertado imediatamente e o local deverá ser lavado com
bastante água;
• Cuidado ao manusear materiais perfuro-cortantes;
• Acidentes de qualquer natureza devem ser imediatamente
comunicados ao professor.
A Atividade Prática
• Durante a realização de uma atividade prática, os envolvidos
estão expostos aos mais diversos agentes: físicos, químicos,
microbiológicos, ergonômicos, entre outros.
• Os riscos mais comumente observados durante a realização
das atividades práticas são cortes, perfurações, queimaduras,
quedas, intoxicações e contaminações.
• A entrada de substâncias químicas no organismo pode ocorrer
pelas vias respiratórias (inalação), por via oral (ingestão
acidental) ou tópica (contato com a pele e mucosas do
organismo).
• Assim sendo, é terminantemente proibida a ingestão de
alimentos durante a realização das atividades práticas.
A Atividade Prática
• A absorção de substâncias depende de vários fatores, tais
como as suas características físico-químicas (solubilidade,
volatilidade, acidez, entre outras), e a via de contato com o
organismo.
• Uma vez absorvida, a substância passa para a corrente
sanguínea e, posteriormente, aos tecidos.
• As interações das substâncias no interior do organismo podem
gerar outros produtos também tóxicos.
• Após a absorção, o organismo inicia o processo de eliminação
dessas substâncias, caso essa seja possível. Várias substâncias
permanecem armazenadas no interior do organismo.
Atividades Práticas - Exemplos
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