1.2 – Organização de
directórios e ficheiros
1.2.1 – A linha de comandos
A linha de comandos



Quando fazemos login no sistema, utilizando um
username e uma password, o computador fica à
espera das nossas ordens
O dispositivo que tradicionalmente é usado para
ordenar instruções ao computador é o teclado
As interfaces com o utilizador baseadas nos comandos
escritos pelo teclado são geralmente denominadas por
“linha de comandos”, pois o utilizador escreve linhas
de texto contendo comandos para o computador
executar
A linha de comandos



A linha de comandos é constituída por uma mensagem
inicial, denominada prompt, seguida de um cursor a
piscar
A prompt serve para nos avisar de que o sistema está
à espera de ordens
Por seu turno, o cursor serve para indicar a posição de
escrita, onde aparecem os caracteres que são escritos
no teclado.
Exemplo:
[user01@saturno] >

A linha de comandos
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


Neste exemplo, a prompt é constituída pelo texto
«[user01@saturno]», que identifica o nome do
utilizador (user01) e o nome do computador (saturno)
O cursor é um bloco intermitente que aparece a seguir
ao carácter «>»
O texto que compõe a prompt pode variar de sistema
para sistema e pode ser personalizado ao gosto de
cada utilizador
Em todos os exemplos que se seguem, parte-se
sempre do princípio de que a prompt é constituída
apenas pelo carácter «>»
A linha de comandos



Para usar a linha de comandos dentro do sistema de
janelas X11, é necessário abrir uma ou várias janelas
do tipo terminal ou consola
Estas janelas apresentam uma prompt exactamente
igual à que aparece na consola do sistema, quando o
sistema de janelas X não está em funcionamento
Se entrou directamente em ambiente gráfico, deverá
escolher o programa «consola» do submenu de
ferramentas do sistema que aparece no menu
principal, situado no canto inferior esquerdo do ecrã
A linha de comandos

Alternativamente poderá usar a tecla direita do rato sobre o
fundo do ecrã para accionar um menu onde pode lançar uma
nova consola

Para experimentar a linha de comandos, vamos escrever o
comando «ls» (list statistics), que mostra a listagem dos
ficheiros contidos numa directoria

Para executar este comando, basta escrever simplesmente «ls»

É importante reparar que o comando deve ser escrito em letras
minúsculas, pois o sistema interpreta as letras maiúsculas de
forma diferente

Por exemplo, «Ls» ou «LS» seriam comandos inválidos
A linha de comandos
Fig. 1.3 – Uma janela de terminal, no sistema de janelas X11
A linha de comandos

Depois de ter escrito esta palavra, é necessário
confirmar o comando para que o mesmo seja
executado, carregando numa das teclas ENTER ou
RETURN

Antes de carregar em RETURN, é possível utilizar um
conjunto de teclas auxiliares, que são bastante úteis
para editar e corrigir o texto escrito

Algumas dessas teclas são apresentadas nos
diapositivos seguintes
A linha de comandos
RETURN (ENTER)
BACKSPACE
Confirma / executa o comando em edição
Apaga o carácter que se encontra atrás do
cursor
Apaga o carácter que se encontra sob o
DELETE
cursor
Teclas direccionais Servem para movimentar o cursor ao
longo da linha que está a ser editada

CTRL-A
CTRL-E
Faz o cursor saltar directamente para o
início da linha
Faz o cursor saltar directamente para o
fim da linha
A linha de comandos
CTRL-W
CTRL-U
Teclas direccionais

CTRL-L
CTRL-C
Apaga a palavra atrás do cursor
Apaga toda a linha
Permitem recuperar os comandos que
haviam sido escritos anteriormente
Apaga todo o conteúdo do ecrã ou da
janela de terminal usada
Cancela o comando que estava a ser
escrito. Também serve para interromper
comandos em execução, caso estes
estejam bloqueados
A linha de comandos
TAB
Completa automaticamente o comando ou nome de
ficheiro que estava a ser escrito
CTRL-D Se for executado na início da linha, termina o
interpretador de comandos e faz logout. Se for
ou
executado após ter uma palavra meio escrita, mostra
TAB-TAB uma lista com todas as possibilidades para completar
essa palavra
CTRL-Z Congela o comando que estava em execução, mas
não o termina: fica apenas parado até que o utilizador
o mande continuar, com o comando «fg»
CTRL-S Faz parar o ecrã (scroll) durante as listagens
CTRL-Q Manda continuar as listagens (após CTRL-S)
1.2.2 – Listagens de ficheiros e
directorias
Listagens de ficheiros e
directorias

O comando «ls» apresenta uma lista com os ficheiros
e subdirectórios existentes na directoria actual
Listagens de ficheiros e
directorias



Existe um pseudónimo do comando «ls» com o
nome «dir»
O «dir» é equivalente ao «ls», mas é mais fácil
de memorizar pelos utilizadores familiarizados
com outros sistemas operativos
Contudo, o comando original é o «ls» e por
esse motivo deve ser utilizado
preferencialmente
Listagens de ficheiros e
directorias




Neste exemplo, a prompt que aparece antes do
cursor, foi configurada para mostrar muita informação
útil
Os números 119 e 120 representam a quantidade de
comandos que haviam sido executados anteriormente
Em seguida está o nome do utilizador (fjp), o nome do
computador em que estamos a trabalhar (zeus) e, por
fim, a directoria actual de trabalho («~», que
representa a directoria pessoal, designada por home,
do utilizador fjp)
O comando «ls» tem muitas opções, que permitem
configurar o seu funcionamento.
Listagens de ficheiros e
directorias

Por exemplo, a opção
«-l» mostra uma
listagem longa:
Listagens de ficheiros e
directorias

Esta listagem é bastante mais longa e mais intrigante
do que a anterior

Na verdade, a listagem é demasiado extensa para
caber integralmente no ecrã

Para visualizar toda a informação, pode ser necessário
utilizar as teclas <SHIFT+PgDn>, que fazem rolar a
imagem do ecrã/janela para cima e para baixo

Cada linha da listagem representa um ficheiro ou uma
subdirectoria e contém informação organizada em
várias colunas, que iremos analisar detalhadamente
Listagens de ficheiros e
directorias

A última coluna mostra o nome dos ficheiros e
subdirectórios

A penúltima coluna contém a data em que os ficheiros
foram criados ou foram modificados pela última vez

Imediatamente antes da data, está a dimensão de
cada ficheiro, medida em bytes

A terceira coluna contém o nome do dono de cada
ficheiro, que em geral corresponde ao utilizador que o
criou
Listagens de ficheiros e
directorias


Neste exemplo, estamos a visualizar a
directoria pessoal do utilizador fjp, pelo que a
maioria dos ficheiros lhe pertence
O subdirectório «httpd» é a única excepção,
pois pertence a um grupo com o mesmo nome
(root)
Listagens de ficheiros e
directorias



A coluna que está antes do dono dos ficheiros é
um número inteiro que representa o número de
links associado a cada ficheiro
O significado deste número será analisado mais
tarde
No caso dos ficheiros, costuma ser sempre 1 e,
no caso das directorias, está relacionado com a
quantidade de subdirectorias contidas no seu
interior
Listagens de ficheiros e
directorias


A primeira coluna é a mais curiosa de todas,
porque consiste numa série de letras «drwx» e
traços «-»
Esta coluna descreve as protecções de cada
ficheiro e possui o nome técnico de modo
Listagens de ficheiros e
directorias

O primeiro carácter do modo identifica o tipo de cada ficheiro:
Letra Tipo de ficheiro
d
l
Um ficheiro normal
c
b
Dispositivos do tipo carácter e bloco
Identificam ficheiros virtuais que estão associados a periféricos (portas
série, portas paralelo, discos, etc.). Quando alguém escreve nesses
ficheiros, a informação não é guardada em ficheiro algum: em vez
disso, é enviada para o periférico associado.
s
p
Representam sockets e pipes, que correspondem a ficheiros virtuais,
utilizados para estabelecer comunicação entre diversas aplicações.
Uma subdirectoria
Um link, que corresponde a um apontador. Trata-se de um ficheiro que
aponta para outro ficheiro.
Listagens de ficheiros e
directorias
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

Os dois tipos mais frequentes são o «-» e o
«d», pois os ficheiros normais e as
subdirectorias constituem a esmagadora
maioria dos ficheiros contidos no sistema
Pelo contrário, os dispositivos «c» e «b» só
costumam ser encontrados na directoria «/dev»
Para melhor compreender a listagem anterior,
vamos analisar as ocorrências «fact»e
«fact.gz»:
Listagens de ficheiros e
directorias
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


A linha «fact» começa com um carácter «d», o que
significa que representa uma directoria
O nome «fact» está relacionado com o tipo de
informação contida no seu interior, pois a directoria é
usada para guardar ficheiros de uma aplicação de
facturação
A linha «fact.tgz» começa com o carácter «-», o que
significa que descreve um ficheiro normal
Foi-lhe atribuído o nome «fact.tgz» porque guarda
uma cópia comprimida de todos os ficheiros que
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1.2 – Organização de directórios e ficheiros