MALÁRIA
CEREBRAL
O QUE DIZEM
OS
LH S.
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
A malária é responsável por 660
mil mortes por ano. As manifestações oftalmológicas associadas a encefalopatia difusa
por malária são específicas e
permitem confirmar o diagnóstico desta patologia e orientar o
tratamento de forma a reduzir
o risco de sequelas neurológicas e mortalidade associadas.
OBJECTIVO
Salientar
a
apresentação
clínica da retinopatia da
malária, a propósito de um
caso, sublinhando a sua importância na suspeita e diagnóstico de malária cerebral.
DISCUSSÃO
Retinopatia da malária:
Factor de diagnóstico da infecção a P. falciparum em estadios graves.
Sinal clínico mais sensível e específico de sequestro eritrocitário cerebral - marco histopatológico da malária cerebral.
Director de Serviço:
Dr. António Melo
Autores:
Pedrosa C., Ramalho M.,
Pina S., Santos C.,
Teixeira S., Prieto I.
OD - 10/10
CASO CLÍNICO
39 anos, Sexo masculino, Raça
caucasiana, Residente em
Angola.
Durante
viagem
turística,
recorreu
ao
hospital
de
Huntington Beach, Califórnia,
por síndrome gripal, icterícia
e alteração do estado de
consciência.
Diagnóstico:
Malária
a
falciparum.
HOSPITAL
Prof. Doutor Fernando Fonseca
A retinopatia da malária é uma
manifestação de diagnóstico
simples e, por vezes, fundamental no decurso terapêutico
de casos graves de malária.
Plasmodium
Hemorragia em toalha das camadas
profundas da retina, redonda, de 1
diâmetro pupilar, na arcada temporal
superior
OE - escotoma central
Hemorragia foveolar, hemorragias superficiais no feixe inter-papilomacular
e lesão hemorrágica periférica profunda, com centro esbranquiçado
OBSERVAÇÃO INICIAL
Actualmente, com a crescente facilidade de deslocações
entre países e continentes, o
conhecimento das suas características torna-se fundamental
em qualquer local do mundo,
no sentido de diminuir a mortalidade associada a esta patologia.
Indicador de prognóstico.
Manifestações
principais:
fundoscópicas
- Coloração esbranquiçada área macular e peri-foveal
- Alterações vasculares - principalmente ao nível dos capilares,
nas zonas periféricas da retina
OD - 10/10
APÓS 1 MÊS
OE - 10/10
- Hemorragias retinianas região central de cor branca
(conteúdo fibrinóide)
Medicado com Quinino e
Doxiciclinia,
evoluiu
para
encefalopatia severa (coma)
com
paragem
cardiorespiratória que respondeu a
manobras de reanimação.
!
Iniciou
terapêutica
com
Artesunate,
com
melhoria
neurológica e hematológica.
Transferido para Portugal.
BIBLIOGRAFIA
1.Maude RJ et al. The spectrum of retinopathy in adults with Plasmodium falciparum malaria. Trans R Soc Trop Med Hyg. 2009 Jul;103(7):665-71.
2.Beare N, Lewallen S, Taylor T, Molyneux M. Redefining cerebral malaria by including malaria retinopathy. Future Microbiol. 2011 March ; 6(3): 349–355
3.Lewallen S et al. Ocular fundus findings in Malawian children with cerebral malaria. Ophthalmology. 1993 Jun;100(6):857-61
4.Maude R et al. The eye in cerebral malaria: what can it teach us? Trans R Soc Trop Med Hyg. 2009 July; 103(7): 661–664.
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Retinopatia da Malária