EM MARÇO COMEMORAMOS
XXI ANIVERSÁRIO
Ano XXI • Nº 251
FEVEREIRO
2010
Acordos com:
ADVANCECARE - MEDIS - MULTICARE - ADM
OEIRAS: 21 442 51 00
OEIRAS 2: 21 442 79 44 (M. Antas)
PAÇO D’ARCOS: 21 442 27 17
Sonho concretizado
em Cascais
página 8
Director: Paulo Pimenta
Preço 1.25 E
(IVA incluido)
Tarzans no Jamor
páginas 10 e 11
Feira do Fumeiro
volta a Oeiras
páginas 21
Na Amadora
Vila Chã inaugura
super-escola
páginas 12 e 13
Dia 20 de Março
vamos todos
limpar o Ambiente
páginas 16 e 17
www.montraantiga.com
“Cousas” com história
Actual
26 Fevereiro 2010
Passeio temático em Queluz
A Junta de Freguesia de Queluz
promoveu no passado dia 21 de
Fevereiro, em colaboração com
os SMAS de Sintra, o Passeio Te­
mático Circuito da Água entre a
Barragem Romana de Carenque
e a Fonte da Carranca, em Que­
luz.
O passeio teve como guias Pedro
Paulo e Rui Oliveira e contou
com a presença de 51 pessoas de
várias colectividades e institui­
ções da freguesia, nomeadamen­
te os Bombeiros Voluntários de
Queluz, Ginásio Clube de Que­
luz, Grupo Coral de Queluz e
UNIQUE - Universidade Sénior
de Queluz.
Cascais recebe papagaios
O Clube dos Papagaios organiza nos
dias 24 e 25 de Abril, em Cascais, o se­
minário «Venha aprender a ensinar o
seu papagaio! O Voo, O Treino e o Bem
Estar dos Papagaios», que irá contar
com a presença do especialista Chris
Biro.
O seminário destina-se essencialmente
a veterinários, estudantes de veteriná­
ria e psicologia, criadores e donos de
papagaios e trará também a Cascais
a inglesa Dorothy Schwarz que conta
com inúmeras publicações nesta maté­
ria comportamental de psitacídeos.
O Clube dos Papagaios tem como mis­
são investigar o comportamento de
psitacídeos (papagaios), dar-lhes for­
mação, treino e organizar eventos di­
dác­ticos.
Os seus objectivos prendem-se unica­
men­te com o bem-estar físico e psicoló­
gico dos papagaios em cativeiro, sen­
do para isso necessário chegar, formar
e informar os seus donos, a fim de
criar um elo mais harmonioso entre
es­pécies.
S. Marcos com coração
Decorreu no passado dia 20 de Fevereiro, na zona dos Capuchos, Serra de
Sintra, a primeira caminhada no âmbito do projecto «São Marcos com Coração
2010».
O Centro Carlos Paredes foi o ponto de encontro de cerca de 50 caminhantes que,
por volta das 09h00, se deslocaram de autocarro até ao parque dos Capuchos, local
escolhido para dar inicio à caminhada, que começou com um percurso que se de­
senrolou entre o Convento dos Capuchos e a aldeia do Penedo, sempre rodeados
pela bela fauna da Serra de Sintra.
O percurso foi realizado em cerca de 3h15 com alguns obstáculos à mistura que
facilmente foram superados e também com alguma chuva que, ainda assim, não
desanimou os caminhantes.
Por voltas das 13h45, os participantes chegaram ao restaurante «Refugio do
Ciclista», no Penedo, onde almoçaram, conviveram e puderam repor as energias
despendidas na caminhada.
Teatro infantil na Regaleira
O Teatro Tapafuros leva a cena até ao
próximo dia 25 de Abril, na Quinta
da Regaleira, em Sintra, a peça de teatro infantil «As Aventuras de Puck,
o Duende». A peça é uma adaptação da versão de Hélia Correia do
«Sonho de uma Noite de Verão» de
William Shakespeare e tem encenação de Rui Mário e música original
de Pedro Hilário.
Com exibições aos sábados pelas
16h00 e aos domingos às 11h00, «As
Aventuras de Puck, o Duende» contam a história de Puck, o irrequieto
duende de mil risos que se entretém
a trocar o lugar às coisas e a deixar
de cabeça perdida todos aqueles
que moram nas florestas e nos verdejantes bosques de luz e sombra
da peça.
Delta Q ajuda a Natureza
Através da Missão Reciclar, a Delta Q
percorreu nos últimos dois meses 22
municípios de Norte a Sul do conti­
nente e da Madeira, uma iniciativa pro­
movida em parceria com a Amb3E e a
ANEFA.
Com a participação de voluntários
Delta, foram plantados no município
de Portalegre sobreiros que a médio
pra­zo vão beneficiar todo o ecossis­
tema local e acres­
cer aos espaços de
lazer já existentes,
melhorando a qua­
lidade de vida dos
habitantes desta
região.
“Os portu­gue ses
mos­­traram ser cida­
dãos
preocupados
com a sustentabilida­
de do país, entregan­
do mais de sois mil
equipamentos eléc­tri­
cos em fim de vi­da.
Con­seguimos ain­da
passar com su­cesso a
mensagem da impor­
tância da reci­clagem.
É essencial preparar
o país para o futuro e estas árvores, são
apenas o princípio”, afirmou Rui Miguel
Nabeiro, administrador da Delta Cafés.
Ao longo de dois meses, a iniciativa,
organizada pela Amb3E e Delta Q,
percorreu 22 municípios de Portugal
continental, divulgando a necessidade
de reciclagem e recolhendo para este
efeito, máquinas de café eléctricas
usadas ou avariadas.
Tertúlias na Verney
O Núcleo de Oeiras e Cascais da Liga
dos Combatentes promove, com o
apoio da Câmara Municipal de Oei­
ras, a tertúlia «Fim do Império», na
Livraria-Galeria Municipal Verney,
em pleno centro histórico de Oeiras,
às terceiras terças-feiras do mês, pelas
15h00.
O principal objectivo desta acção é ten­
tar contribuir para uma reflexão sobre
este importante período da História
lusa, convidando para cada sessão um
autor de uma obra literária sobre o
tema, o qual, por sua vez, convida ou­
tra personalidade para o acompanhar
na mesa.
Cada sessão é dividida em duas partes
de cerca de 45 minutos cada, reservan­
do-se a primeira parte para interven­
ções da mesa e a segunda para diálogo
da mesa com a assistência sobre o tema
do dia.
O primeiro ciclo da tertúlia desenvol­
veu-se de Janeiro a Maio de 2009, in­
clusive, tendo sido prelectores nessas
cinco sessões os autores coronéis João
Sena, José Aparício, José Parente, Carlos
Matos Gomes, Aniceto Afonso, Rui
Marcelino, Manuel Barão da Cunha e o
Carlos Gueifão (ex-capitão miliciano).
De realçar ainda que participaram na
mesa do último encontro os presiden­
tes da Câmara Municipal de Oeiras,
da Comissão Portuguesa de História
Militar e da Liga dos Combatentes,
res­pectivamente, Isaltino Morais e te­
nentes generais Sousa Pinto e Chito
Rodrigues, tendo este último apresen­
tado também o livro «Tempo Africano»,
de Manuel Barão da Cunha.
Teve depois lugar um segundo ciclo que
foi designado de «Olhares Civis» e que
decorreu de Outubro de 2009 a Janeiro
de 2010. Aqui, os prelectores foram
He­lena Pinto Magalhães e Beja Santos
(ex-alferes miliciano), acompanhados,
respectivamente, por Fernando Nobre
(presidente da AMI) e Luís Graça. As
outras duas sessões foram de homena­
gem póstuma aos autores pintor Albano
Neves e Sousa e Rui Neves da Silva,
tendo como prelectores Luísa Neves e
Sousa e o conselheiro de Estado Miguel
Anacoreta Correia e Neves da Silva (fi­
lho) e editor Daniel Gouveia.
O terceiro ciclo decorre agora de Feve­
reiro a Maio de 2010 e volta a denomi­
nar-se «Olhares Militares». Os prelec­
tores serão os autores coronéis David
Martelo, Manuel Bernardo, Fernando
Vouga e Rui Marcelino, sendo acompa­
nhados pelos professores universitários
Henrique Gouveia, Artur Anselmo,
Sara Leite e general António Barrento.
Na última sessão está previsto procederse ao lançamento do livro «Crónica dos
últimos dias de Timor Português e outras
histórias de guerra» que será o primeiro
da colecção literária «Fim do Império»,
com o patrocínio já confirmado da Liga
dos Combatentes e da Comissão Portu­
guesa de História Militar e, ainda por
confirmar, da Câmara Municipal de
Oeiras.
A coordenação da tertúlia tem vindo
a ser feita pelos coronéis José Montez
e Manuel Barão da Cunha, respectiva­
mente, presidente do Núcleo de Oeiras
e Cascais da Liga dos Combatentes e
só­cio da Liga, membro da direcção do
Núcleo Impulsionador das Conferên­
cias da Cooperativa Militar e assessor
principal aposentado do Município de
Oeiras.
CM Amadora cede instalações
A Câmara Municipal da Amadora cedeu as antigas instalações da Junta de
Freguesia da Damaia à Associação Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos
da Freguesia da Damaia e ao Grupo Coral da Damaia “Os Alentejanos”.
Na sequência da transferência da Junta de Freguesia para as antigas instalações do
Tribunal da Amadora, a autarquia encontra assim uma forma de continuar a utili­
zar aquele espaço, que passa agora a apoiar duas Associações daquela freguesia.
As duas instituições já haviam solicitado o apoio da CM Amadora, uma vez que
as suas instalações são desadequadas para o cumprimento dos seus objectivos,
pretensão essa que foi agora assumida pela autarquia.
Actual
26 Fevereiro 2010
Câmara e Juntas de Freguesia de Oeiras
assinam protocolo
A Câmara Municipal de Oeiras (CMO)
e as dez Juntas de Freguesia do con­
celho assinaram no passado dia 27 de
Janeiro os Protocolos de Delegação
de Competências que conferem às
Juntas um reforço dos seus poderes e
capacidades de intervenção junto das
populações locais.
O protocolo foi celebrado no Gabinete
do Presidente, nos Paços do Concelho,
entre Isaltino Morais, Presidente da
CMO, e os vários Presidente de Junta
(a excepção foi Paço de Arcos que se
fez representar pelo Adjunto Nuno
Luís).
A entrega da gestão dos polidesporti­
vos às Juntas de Freguesia é uma das
novidades deste novo protocolo, que
incide também em áreas tão díspares
como as intervenções em ruas, nome­
adamente a conservação e limpeza de
valetas e de sistemas de escoamento
de água ou a conservação e reparação
de calcetamento. Contempla também
a limpeza de espaços públicos ou a
manutenção de parques infantis e as
intervenções de conservação em equi­
pamentos de apoio à infância e à ter­
ceira idade, entre outras competências.
Salvador Martins, Presidente da Junta
de Freguesia de Porto Salvo, falou em
seu nome e dos demais autarcas para
destacar a importância deste protoco­
lo para os órgãos do poder local: “Com
um protocolo desta natureza não está em
causa, em nenhuma altura, que as Juntas
de Freguesia passem a realizar obra de
grande envergadura em vez da autarquia,
porque penso que as obras de maior impor­
tância no tecido social devem continuar a
ser da competência da Câmara. As Juntas
estão vocacionadas para as obras simples
mas que permitem em tempo oportuno
satisfazer os fregueses”, sublinha.
O decano dos Presidentes de Junta do
concelho de Oeiras salientou depois
que “este protocolo tem vindo, ao longo do
tempo, a ser alancado no seu âmbito e na
forma como ele é praticado, sendo de salien­
tar o cuidado que a autarquia tem tido em
controlar a forma como as juntas realizam
as suas obras”.
Antes de concluir o seu breve depoimen­
to, Salvador Martins deixou um agra­
decimento à autar­
quia e à Assembleia
de Freguesia porque
“têm a ideia perfeita do
que é necessário para
tirar o máximo partido
daquilo que as juntas
podem realizar. É por
toda esta complemen­
taridade que Oeiras
está mais à frente”, re­
matou.
Maior eficiência na CMO e Juntas assinaram protocolo
acção do poder local,
nomeadamente ao nível dos equipa­ de não ser limitador em termos de despesa
mentos e espaços urbanos, património, global, o importante é que o dinheiro seja
trânsito, ambiente, educação e despor­ bem gasto e, de uma forma geral, as verbas
to, entre outras áreas, são os objectivos afectas à delegação de competências têm
deste protocolo, que tem vindo a alcan­ sido muito bem utilizadas”.
çar uma abrangência cada vez maior. Isaltino Morais está consciente “que os
Isso mesmo foi destacado por Isaltino senhores Presidentes de Junta gostariam de
Morais, que elogiou a capacidade de ter mais verbas” mas recorda que “tam­
trabalho desenvolvida pelas Juntas de bém as Câmaras gostariam de ter mais
Freguesia: “Começámos cautelosamente meios ao seu dispor. Não se pode pedir às
com a delegação de competências às Juntas autarquias que atribuam uma verba cega às
de Freguesia mas devo reconhecer que, por Juntas de Freguesia para estas depois faze­
mérito próprio, foi sendo ampliado o leque rem o que as câmaras fazem”, reitera o au­
de competências que foram atribuídas às tarca, enquanto recorda os Presidentes
de Junta que “tudo tem de ser formalizado
freguesias”, salientou.
Mais competências implicam, no caso, no Gabinete de Apoio às Freguesias porque,
maior investimento nas Juntas de caso contrário, o sistema não funciona de
Freguesia, facto que não passou em forma correcta! Quando alguém da Câmara
claro ao Presidente da CMO: “Em 2005 ou das Juntas de Freguesia não respei­
a verba que estava afecta à delegação de ta estas regras obviamente que vai haver
competências era de um milhão de euros atrasos. O objectivo do Gabinete não é ser
enquanto neste acordo que acabámos de ce­ uma entidade controladora mas sim ajudar
lebrar já estamos a falar de 2,5 milhões de a garantir que não haja erros de ambas as
euros. Houve, efectivamente, uma elevada partes”.
capacidade de resposta por parte das fregue­ Antes de dar por encerrada a ceri­
sias na resolução de pequenos problemas mónia de assinatura do Protocolo da
mas que não deixam de ter a mesma impor­ Delegação de Competências, Isaltino
tância que os grandes. Estamos a falar de Morais prometeu continuar a aumen­
milhares de intervenções que foram feitas tar o leque de competências afectas
ao longo dos últimos anos, sobretudo de às Juntas: “Tudo isto é dinâmico e, hoje
pequenas questões que causam problemas mesmo, a autarquia vai aprovar uma deli­
aos munícipes e que as Juntas resolvem com beração que visa a entrega da gestão dos po­
maior rapidez”.
lidesportivos às Juntas de Freguesia. Com
A respeito do investimento municipal, a assinatura deste protocolo estamos a dar
Isaltino Morais destacou depois o facto mais um passo de continuidade do que tem
de todas as dez freguesias do concelho vindo a ser feito mas é também uma expec­
terem aumentado, ao longo dos anos, tativa de que podemos alargar os horizon­
a sua capacidade de realização. “Faço tes convictos que chegaremos ao fim deste
um balanço muito positivo da delegação de mandato ultrapassando as metas a que nos
competências. Este protocolo tem a virtude propusemos”.
Belas Club do Campo
recebeu torneio golfe
Amadora adere
ao Pacto dos Autarcas
O Belas Clube de Campo recebeu recentemente a primeira
jornada do circuito Honda Golf & Drive Tour que, ao lon­
go do ano, irá percorrer uma dezena de clubes de Golfe da
Região de Lisboa.
Em cada clube são apurados dois jogadores da classificação
gross e três jogadores da classificação Net, sendo também
atribuído um wild card ao presidente do clube. São estes seis
jogadores que vão representar e defender as cores dos res­
pectivos clubes, na Final Interclubes, que terá lugar em Tróia,
no dia 09 de Outubro.
José Alberto Carvalho foi o grande vencedor da classifica­
ção Stableford Net, tendo relegado Vasco Alexandre e José
Lampreia para a segunda e terceira posição, respectivamen­
te. Relativamente à classificação Stableford Gross o vence­
dor foi Carlos Andrade, tendo os segundo classificado sido
Orlando Santos.
A Honda é um dos patrocinadores do Golf & Drive Tour, ten­
do marcado presença com dois dos seus modelos automó­
veis de luxo, ao expor o CR-V e ao disponibilizar o Accord
Sedan Aut e Accord Tourer para test-drive.
Foi ainda sorteado um taco de golfe «Driver» entre os joga­
dores que testaram estes modelos. Rui Portela, da GolfSport,
entidade que organizou a iniciativa, salientou que “a presença
de patrocínios no meio do Golfe Nacional tem um significado muito
especial e revelador de grande coragem, numa altura em que a pala­
vra crise é pronunciada até à exaustão.
A Câmara Municipal da Amadora aderiu recentemente ao
Pacto dos Autarcas – compromisso para as energias sus­
tentáveis locais de forma a assegurar o objectivo de garantir a
necessária sustentabilidade ambiental urbana.
O Pacto dos Autarcas é uma iniciativa comunitária, da qual
fazem já parte quinze cidades portuguesas, em que os respon­
sáveis autárquicos se comprometem a superar os objectivos
definidos pela União Europeia para 2020, de reduzir em pelo
menos 20% as emissões de CO2 nos respectivos territórios.
Outra das suas missões é apresentar, no prazo de um ano a
contar da data da assinatura, um plano de acção para a energia
sustentável, incluindo um inventário de referência das emis­
sões que defina o modo de concretizar os objectivos. Com a as­
sinatura deste pacto, a autarquia da Amadora compromete-se
também a apresentar um relatório de execução o mais tardar
de dois em dois anos após a apresentação do plano de acção,
para fins de avaliação, acompanhamento e verificação. Outro
objectivo passa por organizar Jornadas da Energia, em coope­
ração com a Comissão Europeia e outros agentes, para que os
cidadãos possam beneficiar directamente das oportunidades
e vantagens decorrentes de uma utilização mais inteligente da
energia, e informar regularmente os meios de comunicação lo­
cais sobre a evolução do plano de acção. Finalmente, a Câmara
presidida por Joaquim Raposo compromete-se, com a assina­
tura do Pacto dos Autarcas, a assistir à Conferência anual de
Autarcas da União Europeia, dando-lhe o seu contributo.
Alive
regressa
em Julho
Pearl Jam, Phoenix, Gossip e Kasabian
são os nomes já confirmados para ac­
tuarem na edição de 2010 do Optimus
Alive. Aquele que é definido como
o maior festival de música e arte de
Portugal está de volta ao Passeio Marí­
timo de Algés entre os dias 8 e 10 Ju­
lho.
Os Pearl Jam chegam a Algés como ca­
beças de cartaz do último dia do certa­
me, sendo esta uma óptima maneira de
os milhares de fans nacionais se asso­
ciarem à banda, que irá celebrar vinte
anos de carreira encerrando a digressão
europeia do álbum “Backspacer” no dia
10 de Julho no Optimus Alive 2010.
Vinda directamente de Seattle, a banda
composta por Eddie Vedder (Vocal &
Guitarra), Jeff Ament (Baixo), Matt Ca­
meron (Bateria), Mike McCready (Gui­
tarra Solo) e Stone Grossard (Guitarra
Basse) vai seguramente mostrar porque
é que «BackSpacer» alcançou o 1º lugar
na Billboard Top 200 vendendo cerca
de 350 mil copias, 250 mil das quais nos
primeiros dois dias do lançamento.
Os Phoenix estarão no Palco do Opti­
mus Alive para, no primeiro dia do
cer­tame, apresentar o quarto disco de
originais, «Wolfgang Amadeus Phoenix».
Este álbum foi premiado recentemente
com um Grammy tendo sido conside­
rado o melhor álbum de musica alter­
nativa do mundo.
Quem também está de volta a Portugal
são os Gossip, que actuam a 9 de Julho
no palco principal, depois de terem es­
tado presentes no Optimus Alive 2008.
Também os britânicos Kasabian estão
con­firmados no cartaz do Optimus
Alive, subindo ao palco principal do
even­to a 8 de Julho para apresentar
«West Ryder Pauper Lunatic Asylum»,
o seu mais recente álbum de originais,
editado em 2009.
Dentro de um mês deverá já estar de­
finida a distribuição das bandas pelos
três palcos do evento – o Palco Optimus,
o Palco Super Bock e o Palco Optimus
Discos, por onde já passaram gran­
des nomes da música mundial como
Metallica, Black Eyed Peas, Beastie
Boys, The White Stripes, Rage Against
the Machine ou Boy Dylan.
A apresentação da edição de 2010 teve
lugar no passado dia 8 de Fevereiro
no Palácio Anjos, em Algés, e foi feita
pela Everything is New, promotora do
evento.
A Câmara Municipal de Oeiras asso­
cia-se uma vez mais ao Optimus Alive
cedendo o espaço contíguo à zona ri­
beirinha do Passeio Maritimo de Algés.
Por dia são esperados 40 mil visitantes,
custando os bilhetes 50 euros (um dia)
ou 90 euros (passe para os três dias).
Entrevista
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: Espanta Espíritos
26 Fevereiro 2010
Corvos lançam novo
álbum em Março
Depois de três anos de interregno, os Corvos aprestam-se para
lançar o quinto álbum da banda já no final do mês de Março.
«Medo» é o nome do novo trabalho dos Corvos, que recentemente pass­aram de quatro para
cinco elementos com a adição de
um baterista. O Correio da Linha falou com a banda natural de
Oeiras e dá-lhe agora a conhecer
o percurso, os projectos futuros
e as novidades de uma banda
constantemente inovadora e que
quer oferecer-lhe muito, muito
«Medo».
O Correio da Linha (C.L.) - Os Corvos
preparam-se para lançar em Março
um novo trabalho, como definem este
novo álbum?
Corvos - É mais um passo da nossa carreira discográfica, que acreditamos que
irá surpreender muita gente, umas pessoas irão gostar muito, outras não irão
gostar tanto, mas é um álbum variado
e que seguramente dará para agradar a
muito gente, nomeadamente quem ainda não nos conheça.
C.L. - Que novidades traz, em termos
sonoros, o novo álbum?
Corvos - Todos os álbuns trazem elementos novos, nomeadamente novos
instrumentos. Desta vez, introduzimos
o baixo, que dá muita liberdade ao
vio­loncelo. Até aqui, o violoncelo era
quem fazia os graves e agora temos o
baixo como suporte, havendo temas em
que vai ser acompanhado por algumas
vozes, essa é outra das surpresas do
novo álbum. Por outro lado, ao fim de
dez anos os Corvos passaram de quatro
para cinco elementos, temos um baterista que até agora era sempre convidado para os espectáculos e para as gravações dos CD’s e que agora decidimos
integrar na banda.
C.L. - Porque sentiram a necessidade
de incluir agora esse quinto elemento?
Corvos - Não é novidade para nós! Em
todos os espectáculos temos bateria e
achámos que musicalmente seria importante haver um trabalho de base. Ao
longo destes anos, alguns dos membros
dos Corvos foram sendo substituídos e,
no caso específico do baterista, achámos
que seria uma boa adição para nos ajudar a crescer musicalmente e para haver
uma maior coesão dentro do grupo.
C.L. - Quem ouvir o novo álbum associa-o facilmente aos Corvos?
Corvos - Como dissemos anteriormente ele está musicalmente muito variado,
tem muitos estilos diferentes que representam vários anos de composição. Até
agora o Pedro (primeiro violino) era o
praticamente o único compositor mas
neste álbum o Tiago também já tem
uma música feita por ele. Todos nós
vamos aprendendo, vamos crescendo e
criando um estilo próprio.
C.L. - A opção por editar um álbum
musicalmente variado tem motivações comerciais ou trata-se, sobretudo, de uma opção de gosto próprio
da banda?
Corvos - Foi uma questão de composição, de gosto. Quando compomos há
alturas em que estamos mais alegres e
há outras onde estamos mais melancó-
licos e amorfos e isso nota-se nas músicas mas isso não invalida que o álbum
tenha uma linha lógica, um fio condutor.
C.L. - Como definem este álbum?
Corvos - Penso que o nome do álbum
[Medo] já desvenda muita coisa, até
porque os medos são muito variados.
C.L. - Os Corvos são, pois, um grupo
sem receios mas com «Medo».
Corvos - [Risos] Sempre com «Medo»...
mas não temos medo de dar o passo!
C.L. - Onde e quando será possível
começar a ouvir as novas músicas
dos Corvos?
Corvos - Está programado que o álbum
seja lançado no dia 25 de Março e, a
partir daí, iremos começar a divulgalo um pouco por todo o país. Aqui na
zona ainda não está nada definido mas
já vai havendo conversas exploratórias
porque temos muitos fans nesta zona
de Oeiras, temos participado regularmente no concerto de Natal da Junta
de Freguesia de Oeiras com o Coro de
Santo Amaro de Oeiras, também temos
Um espectáculo de som, luz e cor
clusivamente deste projecto para pagar
água e luz pelo que temos a liberdade
de fazer a música com que nos identificamos. Todos temos ideias diferentes,
como é óbvio, mas é a soma de tudo
isso que faz os Corvos. Temos a sorte de
encher todos os locais onde tocamos em
Portugal, quando vamos ao estrangeiro
ninguém faz ideia de quem somos mas
a receptividade também
é muito positiva e após a
primeira música já toda a
gente se rendeu à música
que fazemos.
C.L. - É desafiante ensinar o público a ouvir
música instrumental?
Corvos - Sempre, os tons
que tocamos são associados à música clássica.
Somos um quarteto de
cordas, com dois vio­
linos, uma viola de arco
e um violoncelo e temos
consciência que esta não
é a música que vende
mais ou que passa mais
nas rádios. Há um grupo
Um grupo inovador e que marca uma geração
restrito de pessoas que
recebido vários pedidos para actuar no nos ouve e que tem alguma dificuldade
concelho de Cascais por isso oportu- em dissociar-nos de um grupo de músinidades não irão faltar para os nossos ca clássica mas é importante referir que
fans nos ouvirem.
os nossos gostos musicais não se restrinC.L. - Têm actuado com vários tipos gem à música clássica.
de bandas e artistas...
C.L. - Os Corvos completaram em
Corvos - Sim, um dos nossos elementos 2009 uma década de existência. Que
faz parte da Banda do Exército e pro- balanço fazem deste período?
pôs que fizéssemos um concerto em Corvos - Foram dez anos óptimos, com
conjunto. Foi uma parceria que correu muito trabalho e muitas histórias para
bastante bem, tal como as que realizá- contar! Fomos criando uma família que
mos com grupos de ballet, de fado e
com outras bandas estrangeiras, o que
se explica por sermos uma banda bastante eclética.
C.L. - O facto de os Corvos serem
um grupo cujo reportório foge ao
tradicional pop e ao rock tem sido
prejudicial ao crescimento da banda
ou é na diferença que reside a força
deste projecto?
Corvos - Nós não fugimos de estilo
nenhum mas temos consciência que é
complicado ser-se uma banda instrumental em Portugal porque as pessoas
sentem muita falta de haver alguém a
cantar ou a dizer algo, talvez para assim perceber melhor a música, não sabemos. Por ser instrumental, pensamos
que a nossa música dá muito mais espaço sobre o que quer transmitir. É tudo
uma questão de educação musical e de
perceber que as bandas instrumentais
dão liberdade para que quem as ouve
sinta e interprete a música da maneira
que quiser! De qualquer forma, nenhum
dos elementos dos Corvos depende ex- Actuações são intimistas e arrebatadoras
foi sendo reformulada em alguns elementos mas que sai fortalecida destes
dez anos. A 25 de Março sai o quinto álbum, porventura não são tantos quanto
gostaríamos, mas estamos cá para continuar a trabalhar...
C.L. - Três anos entre a edição de dois
álbuns não é muito tempo de interregno?
Corvos - Parece que foi o ano passado!
[risos] O tempo de entrar em estúdio,
sair o álbum e começar a ensaiar e gravar o outro faz com que os três anos
passem num instante. É muito curto o
tempo em que estamos sem fazer nada
em termos de produção de álbum.
C.L. - Sentem que existe no panorama
musical português um A.C (antes de
Corvos) e um D.C. (depois de Corvos)?
Corvos - [risos] Não temos a coragem
de colocar os Corvos como uma marca
tão importante para a música nacional
mas é verdade que quando aparecemos
não havia nada do género e agora, passados estes dez anos, não faltam no país
bandas que foram buscar alguma da sua
inspiração aos Corvos, nomeadamente
ao nível dos instrumentos que utilizam.
Essa situação deixa-nos obviamente satisfeitos e orgulhosos mas seria presunçoso assumirmos essa marca.
C.L. - Ao longo da última década alguns elementos dos Corvos foram
sendo substituídos mas o projecto
manteve-se sempre inalterável. Qual
é o segredo para um grupo como este
resultar há uma década?
Corvos - Tentamos ser nós próprios,
não entrando em conflitos desnecessá-
Entrevista
26 Fevereiro 2010
rios nem impondo a nossa vontade de
forma autoritária. O segredo é ir aprendendo uns com os outros e respeitarmos
a vontade de todos porque uma banda é
como um casamento onde o sexo são os
concertos e os filhos os nossos álbuns.
[risos] O respeito e a consideração entre as pessoas que formam a banda é
a base do segredo da longevidade dos
Corvos porque é lógico que estes dez
anos implicam muito esforço e muitos
meses dispendidos a este projecto. Ele
tem-nos trazido muitas dores de cabeça
mas também muitas alegrias mas isso
só é possível porque estas pessoas se
dedicam a fundo.
C.L. - São representados, desde há
algum tempo, pela Espanta Espíritos...
Corvos - Infelizmente não foi desde o
início do projecto, a Espanta Espíritos
tem feito um trabalho fantástico a nível
de promoção e marcação de concertos.
Tem-nos ajudado imenso na solidificação deste projecto!
C.L. - Os Corvos têm vindo também
a entrar em diversos mercados estrangeiros, como tem sido a aceitação
«lá fora»?
Corvos - A realidade lá fora é totalmente diferente pois não somos únicos no
panorama internacional. Existem milhares de quartetos de cordas a tocar
por esse mundo fora mas gostamos
de mostrar aquilo de que somos capazes pelo que, sempre que vamos ao
estrangeiro, procuramos mostrar aos
outros povos alguma da nossa música e, em muitos casos, temos sido embaixadores do país. Já estivemos na
Argélia, Espanha, Inglaterra, Turquia,
Suíça e ainda recentemente estivemos
na Sérvia, por exemplo. As culturas de
cada país são muito diferentes das nossas mas a receptividade tem sido óptima em todos eles, até porque devemos
admitir que têm um nível cultural que
não existe em Portugal.
C.L. - Qual o país de que guardam melhores recordações?
Corvos – É da Argélia, do concerto que
demos em Argel, a capital. A sala estava cheia mas estávamos receosos porque a cultura argelina nada tem a ver
com a nossa mas o concerto foi um dos
maiores sucessos da história da banda.
A Argélia não tem máquinas de fumo
e nós normalmente temos fumo a sair
do palco para criar todo um ambiente
muito próximo. Como não havia essas
máquinas o nosso técnico teve a brilhante ideia de queimar incenso e proporcionou um ambiente indescritível a
toda aquela gente. Estávamos a tocar
há um minuto e já estava tudo aos pulos. Sentimos essa vibração positiva por
parte do público, que é importantíssima, e demos um dos nossos melhores
concertos.
C.L. - E como é o público de Oeiras, de
onde são originários?
Corvos - É dos que mais está identificado com os Corvos, dos que mais percebeu o nosso conceito.
C.L. - Como reagem quando um dos
elementos tem uma «branca» e se
esquece da letra?
Corvos - Com naturalidade, um marceneiro de vez em quando também
acerta no dedo quando está a pregar
um prego, mesmo que já faça aquilo
há vários anos. Todos nós erramos e
de vez em quando é algo que acontece mas como somos unidos e temos o
trabalho de casa feito quando um falha
os outros apoiam-no. Quase nem precisamos de conversar em palco porque
falamos entre nós com os instrumentos. Há também situações em que, em
vez de uma branca, é um instrumento
que falha e aí também temos que saber
gerir esse problema técnico. Há cerca
Grupo prepara-se para lançar novo álbum
de oito anos atrás, nos Açores, a via do
primeiro violino deixou de funcionar
e, para minimizar a situação, trocámos
de violino a meio do espectáculo para
as pessoas não perderam assim o fio à
meada.
C.L. - Qual foi o momento mais alto da
história a banda?
Corvos - Um dos momentos mais altos foi o concerto fabuloso que demos
com a Banda do Exército e que estamos
a tentar que seja visto por muito mais
gente porque foi, de facto, um grande
espectáculo. Estamos a tentar gravar
um DVD mas esse projecto envolve
muita gente, só a Banda do Exército são
mais de cem músicos e queremos fazer
uma coisa a sério porque com os Corvos
as coisas só funcionam dessa maneira,
ou são bem-feitas ou não vale a pena.
C.L. - O que podem os Corvos continuar a dar de novo ao panorama musical nacional nos próximos anos?
Corvos - Muita entrega, muito empenho e muita música. Queremos continuar a dar algo de novo e a querer
mostrar que projecto é este dos Corvos,
tentando sempre inovar. Uma música
é como uma pintura onde retratamos o
que nos vai na alma e através da qual
transmitimos sensações únicas que
nos ligam a quem nos ouve. Enquanto
a união se mantiver e houver teimosos
a quererem ouvir-nos nós estaremos
cá!
C.L. - Como definem a musical nacional actualmente?
Corvos - Há muitos projectos bons mas
também há muita porcaria, como em
qualquer área social. Há dez anos que
os álbuns que vendem mais são sempre dos mesmos artistas, a música que
surge vai sempre de encontro ao que já
existe mas acredito que, de certa forma,
já vamos marcando alguma diferença e
queremos insistir nesse ponto porque
acreditamos no nosso trabalho. Sinto
que já alcançámos o nosso espaço e que
preenchemos uma lacuna que existia
em Portugal. Sabemos que o produto
que temos em mãos é de qualidade e
atractivo, é lógico que se nos perguntar
se está como nós queríamos nós somos
obrigados a dizer que não mas isso
também é porque somos muito perfeccionistas. Mas é sempre bom almejar
mais e nunca estar satisfeito com o que
já conseguimos.
C.L. - A história dos Corvos está desde sempre ligada a Oeiras, considera
que o concelho dedica suficiente importância à cultura, nomeadamente
à música?
Corvos - Sim, sem sombra de dúvidas.
Oeiras é um bom exemplo para mostrar
a outros concelhos no que diz respeito à
área cultural mas sabemos que tudo gira
à volta das possibilidades económicas
de cada concelho, da sua organização e
das pessoas que dinamizam esta área.
Damos como exemplo o Maestro César
Batalha cujo Coro de Santo Amaro de
Oeiras parece estar melhor a cada ano
que passa, ele «batalha» diária e arduamente para que o grupo tenha cada vez
mais sucesso. É óbvio que nem tudo
está bem no concelho de Oeiras pois
há sempre a possibilidade de se fazer
mais. Da nossa parte, vamos continuar
a querer aguçar a curiosidade dos portugueses para querer saber, ver e aprender mais música.
Entrevista
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e Mestre d´Armas
26 Fevereiro 2010
Mestres d´Armas recria
e ensina a história
Sedeado em Algueirão - Mem
Martins, o Mestre d´Armas é um
ori­ginal projecto de exposição e
venda de réplicas de artigos his­
tóricos e decorativos alusivos à
Antiguidade Clássica, ao Re­nas­
cimento mas sobretudo à Idade
Média. Vera Rebelo e Fernando
Brecha são os promotores deste
projecto, que funciona em paralelo com um outro denominado
Companhia Livre. Aqui, o objectivo é a recriação histórica do período medieval através de espectáculos de rua e feiras temáticas
mas sobretudo com workshops
nas escolas, de forma a estimular
nos mais jovens o gosto pelo seu
passado histórico.
É no primeiro andar de um armazém
do Elos Parque, em Algueirão - Mem
Martins, que Vera Rebelo e Fernando
Brecha têm o showroom onde estão
expostos diversos artigos históricos
e decorativos alusivos a períodos tão
dispersos como a Antiguidade Clássica, o Renascimento ou a Idade Média.
Neste espaço podemos encontrar diversos adereços militares que são réplicas autênticas do que era feito no
passado, nomeadamente armaduras,
elmos e todo o tipo de armas ofensivas como espadas, machados ou
alabardas.
Pelo valor, mas sobretudo pela sua
importância histórica, estes artigos
destinam-se sobretudo “a museus e coleccionadores que se interessam pelo artigo
tal e qual ele era feito e utilizado numa de-
Diversos útensilios que fizeram história
segurança sem se magoarem”, distingue.
Neste projecto nada fica ao acaso e são
os próprios responsáveis quem testa a
qualidade do aço das peças que posteriormente transacciona: “Temos uma
sala de armas onde se aprende a combater e
onde o material que é adquirido para combate é devidamente testado”. Algumas das
peças são feitas por artesãos nacionais
que trabalham para o Mestre d´Armas
enquanto outras são adquiridas na
Alemanha ou na Inglaterra.
Também as armaduras – chegam a pesar mais de 30 quilos e custam entre 2
mil e 8 mil euros – são feitas com todo
o rigor e pormenor: “Fazemos armaduras
por encomenda e por medida, tal e qual um
alfaiate, a diferença é que estamos a trabalhar com aço forjado à mão. Se forem armaduras de exposição, que à partida existem
terminada época histórica”, explica Vera em stock, entregamo-las ao cliente num
Rebelo.
prazo de duas a cinco semanas mas se forem
Além da vertente militar, o Mestre de armaduras feitas à medida o prazo médio já
Armas possui também uma área civil varia entre os três e os cinco meses, se bem
onde estão expostos vários utensílios que há peças que chegam a levar quase um
que se utilizavam na altura e de diver- ano até estarem prontas”, indica.
sos materiais como o vidro, o estanho, A pormenorização de todas as peças
o barro e o chifre. Lanternas, quadros históricas obriga a um trabalho que
de cera que eram utilizados para escre- envolve muitas horas de investigação,
ver, espelhos, tesouras, molas da roupa, onde os responsáveis têm de “consulcarrinhos de linhas, óculos ou cadeados tar inúmeros textos, iluminuras e outros
são apenas alguns dos artigos para ven- documentos onde todos estes artigos estão
da.
descritos. Felizmente, a Internet veio faciliExiste depois uma vertente decorativa, tar este nosso trabalho porque permite-nos
“destinada a pessoas que gostam de ter em chegar a bibliotecas que estão do outro lado
casa artigos bonitos para decorar a casa do mundo sem termos de nos deslocar fisimas cujo rigor histórico é menor. Entre camente até lá”, suspira.
Entre os adereços
pre­dilectos dos portugueses estão “as
peças decorativas sem
um rigor absoluto mas
alusivas a esse período histórico. Estão
muito virados para «o
Senhor dos Anéis» e
para a época dos templários” refere a rir,
enquanto
explica
que também “alugamos e vendemos peças,
mas neste caso réplicas fidedignas, para
a realização de filmes
e documentários ou
exposições. Também
vendemos algumas a
museus e a particulaVera Rebelo, uma das responsáveis pelo projecto
res que gostam de ter
as várias peças vendemos jogos de xadrez em casa uma réplica fiel de uma armadura
com figuras alusivas a vários períodos ou de uma arma que já esteve num campo
históricos, miniaturas de elmos, cavaleiros de batalha, por exemplo”.
em miniatura ou espadas decorativas”, A ideia de criar um projecto com estas
descreve.
características surgiu quando, numa
Como se distingue visita aos Estados Unidos, Fernando
uma espada fidedig- Brecha assistiu a um evento medieval.
na de uma decorati- Tal facto despertou-lhe a atenção e,
va? A resposta é-nos quando regressou a Portugal, decidiu
dada pela respon- explorar esta área: “Portugal tem uma
sável: “As espadas história e um património imenso e é impordecorativas não têm tante fazer chegar à população o gosto pela
o equilíbrio de uma sua história, pelo seu passado”, justifica
espada de combate, o Vera Rebelo, admiradora confessa da
formato é semelhante Idade Medieval.
mas não servem para Todo o material em exposição no shocombater pois o aço wroom é vendido no site da empresa
é muito mais fraco. (www.omestredearmas.com). “Pode haJá as outras são mais ver algumas peças que tenhamos mais que
pesadas e, não sendo uma unidade em stock e aí podemos vendetão bonitas, estão pre- las a alguém que visite o showroom mas o
paradas para treino, material de venda ao público encontra-se
para combate. Temos todo no site”, esclarece.
ainda alguns adereços Da venda de réplicas e peças decoratiem madeira para as vas surgiu a ideia de realizar recriações
crianças brincarem em históricas. “O Mestre d´Armas tinha um
Entrevista
26 Fevereiro 2010
Uma fase de um treino
Durante as recriações
históricas,
um grupo de pelo
menos doze pessoas encarnam personagens medievais e fazem uma
viagem no tempo,
voltando assim ao
século XIV: “Eu já
fui uma mulher da
corte, uma burguesa, uma mulher do
povo... o que diferencia as personagens é
o que tenho vestido,
os utensílios utilizados e obviamente o
período histórico de
que estamos a falar”.
A Companhia Livre tem andado não
só por todo o país mas também pelo
estrangeiro com as suas recriações.
Aliás, este ano foi mesmo convida-
grupo de amigos que se interessavam pelo
período medieval e esse interesse levou-nos
a realizar recriações históricas. Começámos,
enquanto grupo privado, a ir a escolas e a
feiras levar um pouco
da nossa história mas,
como não tínhamos uma
necessidade comercial
por detrás deste projecto
mas apenas o gosto pela
história,
resolvemos
criar uma associação
sem fins lucrativos chamada Companhia Livre.
Essa associação permite-nos fazer algo que
gostamos, divulgar a
história, nomeadamente
a portuguesa, junto de
entidades que não têm
muito dinheiro para
gastar com esta vertente cultural”, explica a
empresária.
Espadas são experimentadas na Sala de Armas
da para fazer parte da Guarda
Real na recriação da Batalha de
Tewksbury, em Inglaterra, situação que Vera Rebelo considera
“uma grande honra para nós portugueses”. Em Portugal participam
“em even­tos de grande dimensão
como as Feiras Medievais de Castro
Marim ou de Óbidos mas curiosamente não participamos na de
Sintra. A Câmara conhece o nosso
trabalho e dá-lhe valor mas até à
data ainda não fomos convidados
para participar”, revela.
Relativamente à opção por Sin­
tra para implementar este projecto, a explicação é simples: “Eu
e o meu sócio vivemos em Sintra e
nada mais prático que fundarmos
aqui este projecto, até porque Sintra
tem um enquadramento histórico
fantástico, tem turismo, tem beleza natural, tem clima, tem praias e
serra, por tudo isso entendemos que
era uma boa zona para dinamizar a
História”, justifica.
Além das feiras medievais, a
Companhia Livre realiza festas
par­ticulares,
nomeadamente
ban­quetes e jantares em hotéis
e restaurantes e promove festas
de aniversário com combates,
danças, jogos e música. Todavia,
aquilo que mais gostamos é
de ir às escolas dar workshops Preparado para a recriação histórica
medievais. “Levamos mesteres
(ofício medieval) e damos-lhes a conhecer a delas”, assegura.
medicina, a olaria, a tecelagem, a pintura, Com este projecto, e sem falsas modésa esgrima ou o tiro com arco. Todas estas tias, Vera Rebelo acredita que está “a
actividades existiam no período medieval contribuir positivamente para que as criane vamos até à escola para que as crianças ças se interessem mais pela História e a provejam e participem. Acreditamos que, para va disso é que, de ano para ano, há cada vez
todas elas, esta é uma experiência inesquecí- mais instituições a contactarem-nos para
vel e isso vê-se no entusiasmo e na excitação essas oficinas”, conclui.
Saúde
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q.
Sócrates inaugurou novo hospital
Sonho concretizado em Cascais
O Primeiro-Ministro, José Sócrates, inau­
gurou no passado dia 22 de Fevereiro
o HPP Hospital de Cascais Dr. José de
Almeida, gerido pela HPP Saúde em regime de parceria público-privada.
Perante um mar de gente onde constavam, entre outros, a Ministra da Saúde,
Ana Jorge, o Ministro de Estado e das
Finanças, Teixeira dos Santos, e os
Presidentes das Câmaras Municipais
de Cascais e Sintra, António Capucho e
Fernando Seara, respectivamente, além
de centenas de personalidades do concelho de Cascais, José Sócrates des­cerrou
a simbólica placa que assinalou a inauguração oficial do imponente edifício.
“Cascais tem finalmente o seu novo hospital, uma unidade que era reclamada há mais
de 30 anos. Este hospital é também um
símbolo da área que o Governo elegeu como
prioritária para o seu investimento público.
Estamos muito orgulhosos da obra agora
inaugurada, sabendo tudo aquilo que ela
representa para todos os que aqui residem”,
sublinhou o Primeiro-Ministro.
Por sua vez, a Ministra da Saúde, Ana
Jorge, lembrou que a inauguração do
novo complexo hospitalar “é o sonho de
muitos anos das populações, dos autarcas e
dos profissionais de saúde de Cascais e passa agora a ser uma realidade. Este é mais
um hospital da rede do Serviço Nacional de
Saúde, mais um hospital que garante que
a saúde é um valor para todos. O Governo
lançou a maior operação de sempre de requalificação do parque hospitalar em 30
anos do SNS”.
Quem também exibia um sorriso «de
orelha a orelha» era José Miguel Bo­
quinhas, Presidente do Conselho de
Administração da HPP Cascais e cicerone de José Sócrates na visita que o
Primeiro-Ministro realizou ao hospital:
“Estamos a viver um momento mágico para
a população de Cascais, que há tantos anos
ansiava por ter uma unidade hospitalar de
excelência e que servisse a população de
acordo com os mais modernos parâmetros
de prestação de cuidados de saúde”, subli-
nhou o responsável, que assegurou aos
jornalistas que “fizemos um contrato com
a principal organização internacional na
área da acreditação da qualidade para, dentro de dois anos, termos o hospital acreditado em termos de qualidade na prestação de
cuidados de saúde”.
Já António Capucho, Presidente da
Câ­­mara Municipal de Cascais (CMC),
admitiu “não encontrar na minha carreira
política de mais de 40 anos qualquer outro
momento tão gratificante como este que
hoje me é dado viver”, uma vez que “com
a inauguração deste Hospital melhoramos
claramente a mais antiga e premente necessidade dos cidadãos de Cascais”.
O autarca destacou os oito milhões de
euros investidos pelo município de
Cascais “em obras diversas e expropria­
ções de terrenos que foram necessárias
para complementar o perímetro cedido
pelo Governo para este fim” e lembrou
que a CMC teve a seu cargo a tarefa
de “promover as acessibilidades viárias e
o fornecimento de electricidade, água, gás
e telecomunicações, bem como a drenagem
de águas residuais domésticas, o reforço
da iluminação pública e a requalificação
dos espaços exteriores”.
O autarca destacou ainda o trabalho desenvolvido pelo patrono do Hospital,
Dr. José de Almeida, no início do século passado no Hospital Ortopédico de
Cascais, edifício que doou ao Estado e
que desde então tem estado ao serviço
da população de Cascais mas que será
agora desactivado: “Aguardo com expectativa o destino que o Governo lhe quer proporcionar, sendo certo que estaremos muito
receptivos e recomendamos o seu aproveitamento para uma unidade de cuidados continuados e paliativos e ainda para acolher a
extensão de saúde de Carcavelos. Creio que
o produto da alienação do edifício de Cascais
seria suficiente para financiar aquele desígnio, proposta que deixo hoje à consideração
do Governo”, concluiu.
O Hospital de Cascais torna-se, assim, o
primeiro hospital do Serviço Nacional
de Saúde a ser concessionado e construído em regime de parceria públicoprivada. Irá abranger uma
população de cerca de 300
mil pessoas dos concelhos
de Cascais e Sintra, sendo
que a prestação de cuidados
de saúde à população do
concelho sintrense é feita em
exclusivo na área maternoinfantil para as seguintes freguesias: Algueirão-Mem Mar­
tins, Pêro Pinheiro, Colares,
S. João das Lampas, Santa
Maria, S. Martinho, S. Pedro
de Penaferrim e Terrugem.
A partir de agora, cerca de
300 mil pessoas passam a ter ao seu
dispor uma unidade que todos acreditam representar um salto qualitativo na
gestão e na qualidade dos cuidados de
saúde prestados à comunidade, entre
os quais se encontram mais duas especialidades até agora não existentes: a
urologia e a psiquiatria.
O novo hospital oferecerá igualmente
meios complementares de diagnóstico
e terapêutica, nomeadamente mamografia, TAC, ecografia, implantes de pacemakers provisórios, entre outros, na
área da medicina física e reabilitação,
como a terapia ocupacional e terapia da
voz e fala, exames de neurologia, oftalmologia e otorrinolaringologia.
Localizado na zona das antigas baterias militares, em Alcabideche, o
novo Hospital de Cascais
tem uma capacidade de 277
camas, 33 gabinetes de consulta, seis salas de bloco
operatório e dez blocos de
partos. Em 2018, prevê ter
uma capacidade máxima
anual de 115 mil consultas,
67 mil diárias de internamento e 6474 cirurgias.
De realçar ainda que o novo
hospital de Cascais tem
uma contratualização assen­
te na descentralização e na
responsabilização de todos
os profissionais que ali trabalham, contratualização
essa que é feita por cinco
de­partamentos
transversais ao Hospital: Medicina
e Especialidades Médicas;
Ci­rurgia e Especialidades
Ci­rúrgicas, Anestesia e Blo­
cos Operatórios, Mulher e
Criança e Urgência e Cui­
dados Intensivos.
26 Fevereiro 2010
26 Fevereiro 2010
Actual
10
Aventura
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e J.R.
26 Fevereiro 2010
Tarzans à solta no Adventure Park
O Complexo Desportivo do Jamor
tem a decorrer, desde Abril do ano
passado, um projecto inédito na região da Grande Lisboa: o Adventure Park. Ao longo de cerca de seis
hectares, miúdos e graúdos podem
divertir-se percorrendo três circuitos
compostos por diferentes obstáculos
que os levam de árvore em árvore,
soltando assim o Tarzan ou a Jane
que existe dentro de cada um.
Hugo Lameiras, 28 anos, veio proposi­
tadamente da Costa da Caparica para
fazer o Mega Circuito (percurso para
adultos) do Adventure Park. Incitado
por um amigo que trabalha no parque
a conhecer aquele projecto, viveu duas
horas de pura adrenalina e, no final do
circuito, foi com um enorme sorriso
nos lábios que falou ao jornal O Correio
da Linha: “Foi uma óptima experiência, o
percurso é fenomenal e gostei muito de ter
vindo. Tinham-me dito que esta era uma
experiência diferente, com muita adrenalina, e as expectativas confirmaram-se”,
descreveu.
Depois de apontar o enorme slide como
“a melhor experiência da tarde”, o visitan­
te admitiu, no entanto, que “não contava
com um circuito tão grande mas adorei fazer o percurso, nunca havia experimentado
nada do género e valeu bem a pena”.
A avaliar pelas expressões faciais das
pessoas com quem nos cruzámos, a
opi­nião de Hugo Lameiras era parti­
lhada por todos quantos visitavam o
A equipa do Adventure Park
Adventure Park naquele dia. E os nú­
meros comprovam o sucesso do projec­
to. Em menos de um ano [o parque assi­
nala o seu primeiro aniversário no pró­
ximo mês de Abril], o Parque Aventura
do Jamor já registou a entrada de mais
de doze mil visitantes, números ele­
vados que deixam até os responsáveis
surpreendidos: “Foi um primeiro ano mui­
to bom, superou tudo aquilo que estávamos
a espera mas penso que estes dados também
poderão ser explicados por uma filosofia inovadora que aqui introduzimos. Enquanto os
outros parques europeus fecham durante o
período de Inverno, nós mantivemo-nos
abertos, quisemos testar a viabilidade do
projecto nos meses mais frios e estamos
satisfeitos com os resultados alcançados”,
descreve Carlos Alves, Coordenador
do Adventure Park.
O Parque Aventura do Jamor é cons­
tituído por três circuitos diferentes de
arborismo e destinados a vários tipos
de público. O maior e mais atractivo
é o Mega Circuito, disponível para
adultos e para menores que tenham,
pelo menos, 1,40 metros (um adulto
por cada duas crianças). O segundo cir­
cuito denomina-se Pequena Floresta e
destina-se a receber as crianças com
menos de 1,40 metros. Finalmente, o
terceiro e último circuito foi ofertado
ao Instituto do Desporto de Portu­
gal (IDP) e tem como destinatárias as
crianças cuja altura não seja superior
a 1,10 metros.
Trata-se de um projecto privado que
funciona em parceria com o IDP, que
foi quem cedeu o espaço
para a instalação do par­
que e que surgiu “através
de uns sócios que viram
este projecto em Inglaterra, acharam-no interessante e trouxeram a ideia para
Portugal. Depois de algum
tempo à procura de uma empresa que fizesse o projecto,
contactámos uma empresa
francesa que nos montou
os três circuitos que constituem o Adventure Park”,
refere o responsável, que
destaca a centralidade ge­
ográfica do recinto: “Na
região da Grande Lisboa não
existem muitas actividades
ao ar livre e acreditamos que
a população sentia falta de algo do género
nesta zona. Estamos a dez minutos do
centro de Lisboa e ter uma área de desporto radical no meio da natureza tão perto
de Lisboa é fantástico”.
O Arborismo é «rei e senhor» no
Parque Aventura do Jamor, sendo a
única actividade que os responsáveis
proporcionam neste recinto: “É um
desporto radical que nasceu através de
uns cientistas que estavam na Amazónia
para estudar a copa das árvores, a fauna e a flora daquela zona, e para ajudar
a movimentar-se de árvore para árvore
começaram por utilizar umas cordas e
mais tarde começaram a fazer umas passadeiras. Uns anos depois, um francês
conseguiu desenvolver esta actividade
e transformá-la num desporto radical”,
revela o responsável.
E é precisamente em Oeiras que está
instalado o maior parque de arboris­
mo da península ibérica. “Queremos
pro­porcionar às pessoas a sensação de andar nas árvores e sentirem-se um Tarzan
ou uma Jane em cima das árvores, sempre
com a máxima segurança”, justifica o
Coor­denador.
Mas o que podem os visitantes encon­
trar em concreto neste espaço? “Temos
a tradicional pista de obstáculos mas, em
vez de ser feita no chão, adequamo-la à
Hugo Lameiras adorou a experiência
Uma experiência radical para miúdos e
graúdos
copa das árvores. Temos pontes, túneis,
tra­vessias de cordas, um salto de Tarzan
em que a pessoa está presa a uma corda e
se manda para o vazio para uma rede que
está no outro lado, e depois no final de
cada circuito existe um slide com mais de
200 metros”, conta o Coordenador.
Além do tempo que leva a ser com­
pletado o percurso (duas horas para
o Mega Circuito e 30 a 40 minutos a
Pequena Floresta), existem diferenças
claras ao nível da monitorização dos
dois circuitos. Enquanto os mais novos
são acompanhados em permanência
por monitores, os adultos e
demais participantes do Me­
ga Circuito são responsáveis
por si próprios. “Pelo conhecimento que já temos do projecto,
constatamos que, em termos
psicológicos, as pessoas fazem
menos asneiras se não tiverem
um monitor por perto”, justifica
Carlos Alves.
Mas não se pense que a segu­
rança foi descurada por este
projecto. Ao contrário, ela é
“a nossa principal preocupação”.
Quando uma pessoa, uma fa­
mília ou um grupo chega ao
Adventure Park começa por
se dirigir ao chalé da recep­
ção, onde faz a inscrição e as­
sina um termo de responsabi­
lidade. Depois, todas aquelas
que se aprestam para fazer o
Mega Circuito, são equipadas
com um arnês que tem três
pontos de vida. Já as crianças
também usam um arnês que
tem um adaptador que encaixa na linha
de vida. Aí são os próprios monitores
que as prendem para as crian­ças faze­
rem o percurso à vontade, sem o medo
de se magoarem.
A segurança é um aspecto vital para
os promotores deste projecto. De tal
forma que desde o momento em que
saem do chão até que voltam a pisar
terra firme, as crianças estão sempre
presas a um cabo de vida pelo que,
mesmo que escorreguem, nada lhes
acontece pois ficam penduradas. Nos
adultos, como já foi referido, são eles
que se prendem mas, antes de inicia­
rem o percurso, é-lhes dado um brie­
fing em que são explicadas todas as
normas de segurança. “Existe um mosquetão azul e um vermelho e os visitantes
vão associar sempre esses mosquetões às
cores que vão encontrando no percurso.
Fazemos esse teste às pessoas e, se virmos que elas estão aptas, deixamo-las sair
para o percurso, se não conseguirem damos-lhes uma segunda oportunidade e, se
ainda assim, continuarem sem conseguir
nós restituímos-lhes o valor que haviam
pago”, salienta.
O Adventure Park tem como princi­
pal meta divertir os seus visitantes
e proporcionar-lhes uma experiência
Aventura
26 Fevereiro 2010
diferente mas há também situações em que
este tipo de experiência
ajuda as pessoas a superarem medos e fobias:
“Para as pessoas que têm
medo de alturas nós ajudamo-las a ultrapassar esse
medo, desde que ele seja
psicológico. Medo de alturas é possível ser superado
e vertigens também, desde
que estas sejam psicológicas. Apenas em situações
que influem na saúde da
pessoa, nomeadamente ao
nível do ouvido interno, Carlos Alves, Coordenador do Adventure Park
é que não podemos fazer
nada. Em todo o caso, é muito positivo cinto tem sido visitado por todo o tipo
alguém chegar até nós com medo de altu- de pessoas, oriundas dos mais diversos
ras, achando que não vai conseguir fazer locais do país. “Já vieram pessoas do Porto
o percurso, mas que no fim, afinal, até já e do Algarve propositadamente para vir ao
quer repetir a experiencia”.
Adventure Park, tem sido fantástico”, conApesar de toda a adrenalina que o firma.
percurso proporciona, o Coordenador Actualmente, este complexo dá emassegura que não é necessária gran- prego a 12 pessoas, seis das quais a
de destreza física para concluir os tempo inteiro. Tem capacidade mávários obstáculos que são propostos xima para receber, em simultâneo, 78
aos visitantes: “Já aqui tivemos uma pessoas no Mega circuito e 40 na Pesenhora com 71 anos que fez o parque na quena Floresta, sendo regularmente
totalidade, tal como um senhor com 74 utilizado para despedidas de solteiro,
anos que também fez todo o percurso sem festas de aniversário, visitas escolares
grandes problemas”, exemplifica Carlos ou «corporate days» de grandes emAlves, que aconselha no entanto os presas. O parque funciona das 10h00
visitantes a virem vestidos de forma às 18h00, sendo que a última entrada
simples e informal. “Nos dias de mais para grupos ocorre às 16h30, excepfrio aconselhamos que tragam luvas, além tuando nos meses de Verão em que
a última entrada tem
lugar às 17h30. Todavia, convém sempre
contactar antecipadamente os responsáveis
do parque, sobretudo
ao fim de semana em
que o Adventure Park
costuma lotar, mas
também durante a semana em época baixa
porque os responsáveis nem sempre têm
o circuito montado.
O sucesso do parque
de arborismo do Jamor
tem sido de tal forma
Uma das atracções do parque de arborismo
evidente que os resdos tradicionais ténis, calças de ganga ou ponsáveis ponderam não só estender
de fato de treino, um pólo ou uma t-shirt os seis hectares já existentes como ine muita energia e vontade de se divertir”, clusivamente abrir projectos idênticos
em outros pontos do país: “Temos novos
diz bem-disposto.
Inaugurado em Abril de 2009, o Adven- projectos em estudo, de momento existe
ture Park registou já cerca de doze mil uma proposta para alargar este parque para
visitantes mas, curiosamente, não foi uma zona um pouco mais deslocada aqui da
nos meses de Verão que registou o seu recepção mas não está nada ainda definido.
pico de visitas: “O grande boom aconte- Por outro lado, andamos também atentos a
ceu nos meses de Setembro e Outubro, che- outros sítios em que haja oportunidade de
gámos a ter pessoas que esperaram cerca de podermos instalar um parque como este
uma hora para poderem fazer o percurso o pois queremos continuar a crescer mas semque, para um parque com apenas um ano, é pre mantendo o mesmo conceito e a aposta
extraordinário”. E a verdade é que o re- no arborismo”, assegura Carlos Alves.
11
Bombeiros de Oeiras
recebem apoio da Câmara
A Câmara Municipal de
Oeiras atribuiu recentemente 105 mil euros a várias corporações de bombeiros do concelho para
acções diversas, tais como
reparações em viaturas,
obras e fardamento, entre
outras.
À Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Algés foram atribuídos
cerca de 8.500 euros destinados a formação prática
de bombeiros e reparações
em viaturas e equipamento.
A autarquia atribuiu à
Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Paço de Arcos um subsídio no valor de 804 euros
e comparticipações financeiras superiores a 11 mil
euros para aquisição de
fardamento e equipamento individual e apetrechamento do seu
novo Quartel.
Por sua vez, a Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários do Dafundo
recebeu perto de 10 mil euros para
aquisição de equipamento, enquanto a
Associação dos Bombeiros Voluntários
de Carnaxide recebeu um montante superior 18 mil euros para formação prática de bombeiros, obras de reparação
no quartel, aquisição de equipamento
fundamental para o adequado desempenho das suas funções e aquisição de
fardamento e equipamento individual.
À Associação Humanitária dos Bombeiros Linda-a-Pastora foram atribuídas
comparticipações financeiras de aproximadamente 28 mil euros que se destinam à formação prática de bombeiros,
à aquisição do fardamento e equipamento individual, à aquisição de equipamento e a reparações em viaturas e
equipamento.
Finalmente, a autarquia atribuiu ainda
uma comparticipação à Associação
dos Bombeiros Voluntários Progresso
Barcarenense de quase 6,5 mil euros
para grandes reparações em viaturas
e mais de 21 mil euros à Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oeiras para aquisição de equipamento individual.
Ficha Técnica
JORNAL MENSAL DE ACTUALIDADE
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I.C.S. N.º 114185. Tiragem do mês: 15 mil exemplares
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12
Ensino
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J. R.
26 Fevereiro 2010
Vila Chã tem super-escola
Joaquim Raposo destacou empenho da CMA em ter escolas de
excelência
A Ministra da Educação, Isabel Alçada, e o
Presidente da Câmara
Municipal da Amadora
(CMA), Joaquim Raposo,
inauguraram
no passado dia 15 de
Janeiro a Escola EB1/
JI/Creche Aprígio Gomes, situada na Urbanização Casal de Vila
Chã, Freguesia de São
Brás.
Na presença de várias
entidades e convidados, nomeadamente vereadores, presidentes
de Juntas de Freguesia
do concelho e familiares de Aprígio Gomes,
entre outros, a ministra
e o autarca descerra-
ram a placa que
marcou a inauguração deste novo
equipamento escolar, que tem as
valências de Creche, Jardim de
Infância (JI) e 1.º
Ciclo do Ensino
Básico (CEB).
Após a cerimónia
protocolar, Isabel
Alçada começou
por salientar que
a inauguração daquela escola “é o
resultado de um
trabalho de unidade entre o Ministério da
Educação e a Câmara da Amadora”.
A Ministra da Educação lembrou depois
que “a minha antecessora fez um trabalho
de colaboração permanente com a CMA, eu
A sua
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?6G9>B9:>C;ÙC8>6
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Todos os dias das 9 às 21h.
Encerra ao Domingo
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6k#;ZgcVcYdKVaaZ!AdiZC°(%Ad_V7™JgWVc^oVdYZK^aV8]
',%%"(.'8VhVaYZH#7g{h"6bVYdgV
IZa#(%..%').+™Iab#.+')**.(,q.+(.'*&&)
própria vim aqui para celebrar o primeiro
protocolo com o Plano Nacional de Leitura,
e este trabalho entre as organizações deu
como fruto uma escola unida. Antigamente
havia várias escolas, que agora se unem
numa estrutura que abre
com outras valências, como
é o caso da creche e do jardim-de-infância, além das
18 turmas de primeiro ciclo”, destaca.
Para Isabel Alçada, as
várias instituições presentes na cerimónia
“representam a união de
forças que aqui surgiu com
o intuito de criar condições
cada vez melhores para as
novas gerações e por isso
fico muito contente por
poder participar deste movimento”.
A responsável pelo Ministério da Educação fez
ainda questão de deixar
uma palavra de apreço
aos familiares de Aprígio Gomes, um importante comerciante que fixou residência
na cidade da Amadora no início do
século XX e que ficou conhecido pela
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Descerrando a placa comemorativa
Cabeleireiro
Estética
Ensino
26 Fevereiro 2010
Joaquim Raposo e Isabel Alçada convivem com os alunos
sua paixão pelas ciências, que o levou
mesmo a aproveitar o torreão da sua
casa (onde actualmente se encontra o
Centro de Ciência Viva da Amadora)
para nele instalar uma luneta astronó­
mica através da qual observava o céu.
“É uma escola que assume a dimensão
Jovens dão as boas vindas aos visitantes
13
objectivo: ter equipamentos de
educação do mais alto nível.
Uma das metas que traçámos
para os próximos quatro anos é
ter capacidade para receber todas as crianças com 4 e 5 anos
e propomo-nos atingir outro
ainda mais difícil, que é alcançar a total cobertura ao nível
do pré-escolar”, concluiu.
Após o final da cerimónia
protocolar, a comitiva li­
derada por Isabel Alçada e
Joaquim Raposo teve opor­
tunidade de visitar as mo­
dernas instalações daquele
equipamento escolar, ten­
do mesmo confraternizado Ministra destacou qualidade da infra-estrutura
com algumas das crianças
que agora passam a ter mais e me­ la», que mais não era que um vídeo
lhores condições para desenvolver as realizado pelos alunos da nova Escola
suas capacidades cognitivas.
EB1/JI/Creche Aprígio Gomes cujo
No final da visita, a Ministra da Edu­ intuito foi precisamente apresentar,
cação foi ainda brindada com a apre­ de forma lúdica, o novo equipamento
sentação de «Uma Aventura na Esco­ escolar a Isabel Alçada.
das escolas que a integram e que honra
a memória de uma figura histórica como
é Aprígio Gomes. É uma escola aberta à
modernidade, com as condições próprias
para trabalhar na nossa época, com os
recursos necessários para que as crianças
tenham acesso à informação e às novas
tecnologias que são
indispensáveis para
uma escola da nossa
época”, disse Isa­
bel Alçada.
A CMA investiu
per­to de três mi­
lhões de euros na
construção da EB1/
JI/Creche Aprí­gio
Gomes, um mega
equipamen­to es­
colar que receberá
crianças das anti­
gas EB1 Aprígio
Gomes, EB1 Mina
D’Água e JI de Sta.
Filomena. Terá ca­
pacidade para receber 450 alunos do 1.º
CEB, 100 de JI e 50 crianças na área de
Creche.
Presentemente, estão a funcionar ape­
nas as valências de JI e 1.º CEB, preven­
do-se que a Creche (para crianças dos
4 meses aos 3 anos), gerida pela Santa
Casa da Misericórdia da Amadora, en­
tre em funcionamento ainda no decor­
rer deste ano lectivo.
O Presidente da CMA, Joaquim Ra­
poso, salientou que “sinto sempre um
enorme prazer quando se trata de inaugurar uma nova unidade escolar” e lem­
brou que “Aprígio Gomes merecia ter o
seu nome associado a uma escola nova e
moderna”.
O autarca explicou depois que “esta
escola insere-se naquele que é o nosso
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14
Entrevista
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e F.P.E.P.T.T.
26 Fevereiro 2010
Elisabete Ferreira
Casa da Barragem
Em 1986 a Santa Casa da Miseri­
cór­dia de Cascais (SCMC) criou
a Fundação Portuguesa para o Es­
tudo, Prevenção e Tratamento da
Toxicodependência (FPEPTT) com
o objectivo de objectivo de estudar, prevenir e tratar a toxicodependência. Um dos projectos desta Fundação é a Casa da Barragem,
uma comunidade terapêutica para
toxicodependentes e alcoólicos
que funciona na Quinta do Pisão,
em Alcabideche. O Correio da
Linha visitou esta IPSS, conheceu histórias de luta e coragem
de alguns utentes e dá-lhe agora
a conhecer esta instituição através
da Directora-Geral daquela Fun­
dação, Elisabete Ferreira.
O Correio da Linha (C.L.) - Como surgiu a FPEPTT?
Elisabete Ferreira (E.F.) - A Fundação
foi criada pela SCMC em Dezembro
de 1986 com o intuito de dar uma resposta às problemáticas do concelho
mas também às problemáticas relacionadas com a toxicodependência
a nível nacional. As pessoas chegam
até nós enviadas por equipas de tratamento do Instituto da Droga e da
Toxicodependência (IDT) ou através
de outras pessoas que já cá estiveram
e se trataram ou através de familiares
e amigos dessas pessoas. De salientar
que o nosso Conselho de Administração é composto pelas mesmas pessoas
que compõem a Mesa da SCMC. A
Dra. Isabel Miguens Bouça é simultaneamente Provedora da SCMC e Presidente do Conselho de Administração
da Fundação.
C.L. - Quais são as valências desta instituição?
E.F. - No departamento psico-social
existe uma porta de entrada onde são
feitas as triagens e um Centro de Dia
cujo objectivo é preparar as pessoas
para entrar na Casa da Barragem. Os
que são enviados pelas equipas de tratamento do IDT têm os seus terapeutas pelo que se faz apenas uma ponte
até entrar na comunidade terapêutica
mas todas as outras pessoas que chegam à Fundação são acompanhadas no
Centro de Dia para se fazer um balanço
da sua vida, das percas associadas aos
consumos das substâncias e um forte
reforço na motivação para a adesão a
um tratamento, seja em ambulatório ou
em internamento em comunidade. Este
departamento tem a particularidade de
envolver as famílias das pessoas porque é um projecto que traz uma evidente mais-valia dado que possibilita que
a própria família aprenda a lidar com
o problema e faça um esforço positivo
para o superar.
C.L. - Quais são os critérios que diferenciam os utentes que ficam em
ambulatório dos que ficam em internamento?
E.F. - Nem todas as pessoas aceitam
o internamento em comunidade terapêutica. Por vezes, precisam de algum
tempo de motivação para entenderem
a importância desse internamento, há
também os que estão doentes e é preciso fazer uma ponte com os médicos de
família ou com os hospitais mas o internamento depende essencialmente de
um factor: a motivação da pessoa! Ela
tem que aceitar que tem um problema
de tal forma grave que precisa de estar
internada durante um período para o
solucionar.
C.L. - O ambulatório é suficiente para
combater o vício da toxicodependência?
E.F. - Há inúmeros casos de pessoas
que estão unicamente em ambulatório
e com sucesso mas fica mais difícil
atingir os objectivos porque não existe
um espaço contentor onde as pessoas
são acompanhadas 24 horas por dia.
No ambulatório os utentes vão lá uma
vez por semana ou de quinze em quinze dias. Seguramente que nem todas
as pessoas precisam de internamento
mas a taxa de sucesso é menor.
C.L. - Consegue dar-nos dados concretos?
E.F. - Fizemos recentemente um folow
up das pessoas que saíram da casa há
três anos atrás e, das 56 pessoas que tivemos internadas, 37 estavam limpas e
integradas socialmente. Duas pessoas
tinham falecido e os outros recaíram.
Destes, houve alguns que pediram aju­
da imediatamente, ou
a nós ou às equipas que
os colocaram cá, enquanto ou­tros recomeçaram a consumir com
assiduidade e aí tornase mais problemática a
sua recuperação.
C.L. - Todos os que
entram na Casa da
Barragem fazem-no
de livre e espontânea
vontade?
E.F. - Não, nem to­­dos.
Há quem che­gue por
pressão da família, dos
amigos ou até mesmo das entidades
patronais e há inclusivamente alguns
utentes que chegam por medidas judiciais como alternativa à pena. Nesses
casos as pessoas vêm obrigadas mas
quase todas reconhecem que o internamento em comunidade terapêutica
se torna uma mais-valia e uma vantagem para a sua recuperação.
C.L. - Em média, quanto tempo permanece uma pessoa na Casa da Barra­
gem?
E.F. - Na comunidade terapêutica temos vários programas a funcionar em
simultâneo que depois adequamos a
cada caso. Existe um programa geral de
nove meses para toxicodependentes,
sendo que este programa está dividido
por três fases, cada uma com três meses. Na primeira fase há um corte com a
rede social, nomeadamente com a família, porque esse facto facilita a adesão
ao programa sem estar disperso com
outras preocupações, nomeadamente
em frequentar os locais onde habitualmente consumia. Na segunda fase, os
utentes já podem ir passar um sábado
ou um domingo a casa por semana,
enquanto na terceira fase já têm todo
o fim-de-semana. Todavia, a passagem
de uma fase para outra também depende de cada pessoa e da evolução que a
equipa técnica acha que a pessoa está
a ter para depois assumir maior responsabilidade. Há muitas
pessoas que não se sentem
preparadas para ir de fimde-semana, por exemplo.
C.L. - Que especificidades
tem este programa geral?
E.F. - Eles fazem te­ra­pia de
grupo, têm seminários temá­
ti­cos, preparação e ava­liação
do fim-de-semana e acompa­
nha­mento individualizado.
Outra par­ticularidade é o
facto da reinserção se fazer
em tratamento, em virtude
deste ser um programa longo, ou seja, a última fase do
programa é virada para a
reinserção socioprofissional
e familiar. Partimos de um
pressuposto que a alta clínica é dada no momento em que eles já
estão a trabalhar e têm sitio onde viver.
Quando acabam o programa podem ir,
por exemplo, para o apartamento de
reinserção que temos no Murtal e que
lhes facilita a reentrada na sociedade.
Olhamos para estas pessoas como alguém que em determinado momento
da vida teve um problema de substâncias, estão aqui para conseguir dar um
novo sentido à sua vida e, como qualquer outro jovem que precisa de trabalhar, tem de ir à procura de emprego
nos canais próprios. Instigamo-los a
completarem o 9º ou o 12º ano ao abrigo
das Novas Oportunidades, damos-lhes
possibilidades de poderem tirar a carta
de condução ou de frequentarem cursos de formação profissional.
C.L. - Além do programa geral, que
outros programas tem a instituição?
E.F. - Temos também outros programas
que estão inseridos neste programa
geral mas com algumas particularidades. Existe, por exemplo, um programa
para doença psiquiátrica concomitante
para situações de pessoas com doença
mental grave e que simultaneamente
consomem drogas ou álcool. Entre estas pessoas, há alguns que já tinham
problemas psiquiátricos anteriormente
mas outros adquiriram estas problemáticas como consequência do consumo.
Temos, por outro lado, um programa
específico para grávidas ou mães ou
pais com filhos que também tem diversos momentos individualizados relativamente à gravidez ou ao facto de já
terem tido outros filhos. Pretendemos
aí activar as suas competências parentais e paternais, ajudá-las a vivenciar
com as suas culpabilidades pelo facto
de terem andado a consumir durante
a gravidez. Para os que são pais, sejam
homens ou mulheres, focamo-nos essencialmente nas competências parentais mas também em algumas saídas
onde eles possam desenvolver essas
competências e desfrutar delas. De
salientar ainda o programa específico
para alcoólicos cujo período máximo
de permanência aqui é de seis meses,
enquanto os toxicodependentes podem
ficar até 18 meses. Neste programa investimentos sobretudo em trabalho escrito, em avaliação relativa às percas e
aos ganhos com o álcool. Neste programa investimos fortemente nos sinais na
prevenção, nomeadamente nos sinais
de recaídas em comportamento.
C.L. - Quantas pessoas tem a Fundação
ao seu cuidado?
E.F. - Temos 40 em internamento e 18
no apartamento. São homens e mulheres desde os 20 aos 56 anos.
C.L. – As actuais instalações correspondem às reais necessidades desta
população?
E.F. - Sim correspondem. Esta casa
está licenciada para dar resposta a 46
utentes, 37 dos quais estão convencionados com o IDT. No entanto, com a
equipa que temos o máximo de utentes que recebemos é 40 para o serviço
não perder qualidade.
C.L. - Quais são as substâncias que
mais viciam e mais motivam estes
internamentos?
E.F. - A maioria das pessoas que vemos aqui são pessoas que consumiam
heroína, cocaína ou ambas. A margem
de álcool é bem mais pequena.
C.L. - Na sua opinião, o que deveria
ser feito para reduzir o tráfico e o
consumo de estupefacientes?
E.F. - Neste momento há um problema bem mais complexo que esse! O
consumo de heroína até tem vindo a
diminuir, o maior problema em relação aos jovens actualmente é o álcool
e o extasy que está a inundar o mercado e acredito que dentro de alguns
anos estes problemas serão bem mais
complexos.
C.L. - Como se combatem esses problemas?
Entrevista
26 Fevereiro 2010
15
ajuda a combater o vício
E.F. - Com mais e melhor prevenção
primária nas escolas. Nem sempre a
informação chega correctamente aos
jovens e é importante que haja projectos de prevenção com continuidade
para eles poderem fazer as suas escolhas de uma forma mais adequada.
Não chega dizer que a droga faz mal,
eles têm de perceber que as substâncias podem trazer sensações aparentemente positivas mas que, com o
tempo, podem reverter em factores
muito negativos.
C.L. - Dos 58 utentes que a Fundação recebe actualmente, há algum
de Cascais?
E.F. - Sim, há vários, diria que são cerca
de dez por cento. Há pouco referia que
este programa é essencialmente psicoterapêutico mas importa referir que
nesta casa tudo é terapêutico. Existem
aqui diversos sectores como a lavandaria, a cozinha, os jardins ou a administração em que são os residentes com
mais tempo de casa quem coordena o
funcionamento da casa para assim lhes
dar responsabilidades e os treinar para
a vida fora deste espaço contentor.
C.L. - De que verbas vive este projecto?
E.F. - O IDT paga um determinado
valor pelo internamento de cada utente e as famílias deveriam pagar uma
mensalidade de 165 euros. Há famílias
que não podem pagar esse valor e,
nesses casos, a Segurança Social comparticipa com a mensalidade. Gostaria no entanto de destacar o apoio
financeiro que a Câmara Municipal
de Cascais nos tem dado, um apoio
financeiro que é indispensável para o
nosso funcionamento porque o que o
IDT paga não chegaria para assegurar
o funcionamento deste projecto.
C.L. - O isolamento a que
estas pessoas estão sujeitas é estritamente necessário para que os tratamentos funcionem?
E.F. - Na minha perspectiva não. Embora este espaço
esteja isolado no meio da
serra, eles gostam muito
de viver aqui porque isto é
realmente muito tranquilo.
Temos uma carrinha que
os transporta a Alcabideche ou a Cascais pelo que
as pessoas podem fazer a
sua vida normal quando se
trata de resolver assuntos
pessoais ou ir ao médico, por exemplo.
Por esse motivo não há uma sensação
de isolamento total, eles não se sentem
aprisionados aqui. Pessoalmente, acho
que as pessoas têm vantagem em estar
próximas do local onde vivem – embora recebamos utentes de todo o país
– porque eles vão ter de aprender a
lidar com as pessoas e os locais onde
vão viver. Nesse sentido, defendemos
que as pessoas que residem longe possam ir passar o fim-de-semana fora,
até porque também intervimos nos
outros elementos da família através
da terapia familiar. Isso também nos
permite avaliar como eles se adaptam
e como a família os recebe.
C.L. - Como se faz essa avaliação familiar?
E.F. - Estas famílias estão muito desgastadas, o álcool e a toxicodependência têm um impacto enorme na
família porque gera inúmeros conflitos e inverte os papéis naturais que
cada elemento deveria desempenhar
numa família. O toxicodependente e
o alcoólico é um manipulador nato e
isso faz com que a família se desgaste
na impotência de ser capaz de lidar
com este problema. Para além dos
evidentes gastos financeiros, há também um enorme desgaste emocional e,
como tal, são famílias que beneficiam
muito em ter um espaço terapêutico
onde pode falar das suas angústias, da
sensação de perda e impotência, mas
também reaprender a colocar limites.
O facto de o utente estar em tratamento e não consumir faz com que a
família se adapte na relação com eles
de uma forma diferente.
C.L. - Como é o ambiente na Casa da
Barragem?
E.F. - Antes de mais, convém não es-
quecer que as pessoas que
aqui estão em tratamento,
independentemente das
circunstâncias de vida, estão a viver uma situação
difícil mas não tão difícil
quanto a que estavam a
viver lá fora. Muitos dos
conflitos destas pessoas
são inter-pessoais e estes
processos de crescimento internos geram alguma inquietação. Há dias em
que o nível de conflitualidade é maior
mas, em regra, as pessoas percebem
quais são as semelhanças entre os seus
problemas e há um movimento de
aproximação geral. Todos eles estão
a fazer um processo individual e de
grupo, adaptando-se a novas rotinas
e confrontando-se com os erros e as
perdas, o que leva a que haja alguns
momentos de tensão mas é algo perfeitamente natural numa viagem longa como esta. Todos percebem que
estar aqui não é uma medida punitiva
mas sim terapêutica. Eles não se tratam apenas com bons conselhos porque isso a família e os amigos sempre
lhos deram, tem que haver medidas
terapêuticas que os faça reflectir para
não caírem em recaídas de comportamento.
Um caso entre muitos
Paulo, 37 anos, é natural de Cascais e está pela segunda vez internado na Casa
da Barragem depois de uma recaída após dez anos com o organismo limpo.
Uma destruturação da sua vida pessoal e profissional abalou a sua estabilidade emocional e levou Paulo a recair em maus hábitos antigos, que só não o
conduziram à ruína total porque pediu auxílio à Casa da Barragem, instituição
onde tinha estado dez anos: “É um sítio que me dá muita segurança e confiança
no trabalho que se faz aqui diariamente com os terapeutas, com a filosofia da casa e
com o próprio tratamento”, esclarece.
Oito meses volvidos, o Paulo que entrou na Casa da Barragem nada tem a ver
com a pessoa que fala com O Correio da Linha. É o próprio quem o assegura:
“No início entra-se desorganizado, frágil, desesperado e com espírito derrotista e tudo
isso impossibilita que consigamos viver com normalidade. A pouco e pouco, com o
decorrer dos meses e com as responsabilidades que progressivamente nos vão sendo
atribuídas, o bem-estar vai voltando. Oito meses depois, posso dizer que voltou a
energia e o acreditar, voltam os projectos e volta a fazer sentido estar aqui”.
Por ser um dos que está há mais tempo na instituição, Paulo ocupa actualmente uma posição de destaque entre os utentes da Casa da Barragem. “Sou o
Coordenador Geral, faço a ponte entre os restantes utentes e a equipa técnica”, conta
com visível orgulho.
A entrada na instituição obrigou Paulo a readquirir hábitos de socialização
em grupo entretanto perdidos: “Temos que nos habituar a trabalhar em conjunto
porque a dinâmica da casa não pode parar, todos temos consciência que quem aqui
tem as suas fragilidades pelo que é tudo uma questão de entrar nos hábitos e nas
rotinas da casa”, diz.
Quando pensa no futuro, as expectativas são elevadas mas os receios também
existem. Paulo sabe que as (más) tentações estão «lá fora»: “Este sítio é um porto
seguro, um local muito envolvente e onde se estabelecem relações de amizade muito
fortes. No tratamento tem que haver uma entrega absoluta e uma enorme confiança
para resolver estes problemas que nos são comuns a todos. Ao sair daqui há um corte
com esta estabilidade mas não será um corte definitivo pois faço questão de continuar a
telefonar e a dar notícias, mesmo quando tiver a minha vida organizada”, afiança.
E projectos para o futuro não lhe faltam: “Tentarei encontrar uma saída profissional e reforçar as relações familiares e de amizades que ficaram afectadas com esta
recaída”, conclui.
(N.º GRATUITO)
*
juro6s%
/
s
x
12
: 11,9
G
*TAE
Exemplo para um Preço de Venda de 600� em 11 mensalidades de 50,00� com entrada obrigatória de 50� e pagamento de despesas de contrato e manutenção de 25�. À mensalidade
acresce um fee de 0,50�. Montante Total Imputável ao Consumidor: 580,50�. TAN: 0%; TAEG: 11,96%. Crédito sujeito à aprovação pelo Cetelem. Mais informação junto do Cetelem cuja
actividade se encontra autorizada pelo Banco de Portugal e está sujeita aos seus poderes de supervisão.
16
Ambiente
26 Fevereiro 2010
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e J.R.
Raul Dionísio, Coordenador do Concelho de Oeiras
Vamos todos ajudar o ambiente
O próximo dia 20 de Março irá ser
assinalado, um pouco por todo o
país, com uma iniciativa de cariz
ambiental que se propõe juntar o
maior número de voluntários e
parceiros para limpar a floresta
portuguesa num só dia. O jornal
O Correio da Linha associa-se à
iniciativa e falou com o coordenador concelhio de Oeiras, Raul
Dionísio, para perceber o que ali
irá ser feito e de que forma podem os munícipes associar-se a
esta acção ambiental.
O Correio da Linha (C.L.) - De que
for­ma está o concelho de Oeiras a
pre­parar o projecto Limpar Portugal
no seu território?
Raul Dionísio (R.D.) - Tem vindo a ser
preparado de acordo com o que diz o
manual da coordenação nacional e que
está publicado no site oficial. Os voluntários organizaram-se em termos concelhios sendo que há um coordenador
geral em cada concelho que nomeia
depois vários responsáveis para coordenar áreas específicas do concelho.
C.L. - Existe um coordenador por
cada freguesia?
R.D. - Não, não é dessa forma que as
coisas funcionam. A escolha foi feita um
pouco ad hoc no dia 28 de Novembro,
aquando da primeira reunião e das
pessoas que ali estavam presentes. No
meu caso, não estou nem nunca estive
ligado à área do Ambiente, sou militar
reformado mas quem estava presente
entendeu que eu tinha aptidões suficientes para coordenar o projecto em
Oeiras. Convidei depois outras pessoas
presentes que acei­taram encarregar-se
das diversas áreas.
C.L. - Que áreas são essas?
R.D. - Há quatro áreas distintas: Edu­
ca­ção Am­­biental, Re­gis­to
de Lixeiras e GPS, De­fesa
Ambiental e Contac­tos,
Sensi­bilização e Divul­
gação. Cada coordenador
tem a ser cargo uma determinada área nas dez
freguesias do concelho.
C.L. - Quantos voluntários já estão assegurados
para a acção?
R.D. - Até hoje [22 de Fevereiro] tinhamse inscrito 287 pessoas. A freguesia que
tem registado mais aderentes é, claramente, Oeiras e São Julião da Barra,
talvez por ser a mais urbanizada, por
ser a que tem maior densidade populacional. Nos primeiros dias houve um
progresso muito rápido no número de
voluntários mas a partir de certa altura
tem sido extremamente lento, apesar
das mensagens que temos difundido.
C.L. - De que forma tem feito chegar a mensagem aos munícipes de
Oeiras?
R.D. - Temos uma página na rede social Ning onde são disponibilizadas
in­formações que posteriormente são
dis­tribuídas pelos correios electrónicos
de todos. Escrevi uma mensagem para
to­dos os voluntários chamando a atenção de que o número era ainda muito
reduzido para os objectivos que tínhamos em mente e que havia necessidade de cada um repassar o e-mail para
todos quantos fazem parte da sua lista
de contactos.
C.L. - Com quantas pessoas está a
contar no dia 20 de Março?
R.D. - Não tenho um número específico
em mente porque continuamos a descobrir com alguma frequência lixeiras ilegais no concelho e, quantas mais lixeiras
houver, mais voluntários serão necessários. Mas à luz dos projectos que já temos, as 287 pessoas que já se inscreveram são manifestamente insuficientes...
C.L. - Quantas lixeiras tem localizadas?
R.D. - Nesta altura temos mais de 130
lixeiras localizadas, só no concelho de
Oeiras. No país todo foram já descobertas mais de 6.600. As zonas mais
críticas são os locais não urbanizados
uma vez que a larga maioria das lixeiras detectadas, pelo menos 80 por
cento, diz respeito a entulho de obras.
Infelizmente, continua a haver muitos
construtores que, em vez
de ir depositar os resíduos
nos locais próprios, procura
zonas pouco vigiadas para
descarregar esses entulhos.
Por ser uma freguesia muito
urbanizada, Oeiras e São Julião da Barra não sofre muito com esse problema mas
o mesmo já não podemos
dizer de Barcarena ou Porto
Salvo, por exemplo.
C.L. - Especificamente, o
que irão os voluntários fazer na acção Limpar Portugal?
R.D. – Tudo depende de a
Câmara Municipal de Oeiras (CMO) aceitar, ou não,
a proposta de articulação
que lhe fizemos. Entendemos que seria pouco eficaz
sermos nós a encarregar-nos
pessoalmente de limpar as
lixeiras porque isso envolve
a necessidade de dispor de
recursos que não temos. A
Câmara tem todos os meios
necessários, quer pessoais, quer materiais, pelo que acreditamos ser muito
mais eficaz nós envolvermos os voluntários a empenhar-se a descobrir
novas lixeiras clandestinas e denunciá-las à autarquia para que esta, com
os seus meios, possa fazer a limpeza
dessas lixeiras. Caso a nossa proposta
seja aceite, pretendemos juntarmos
todos os voluntários num único sítio
e realizar uma grande acção de sensibilização num local concreto escolhido
por nós. Se a CMO não aderir, teremos que fazer uma distribuição prévia
dos voluntários pelas várias lixeiras,
mediante o material que consigamos
angariar junto de algumas empresas
que também apoiam esta acção. É
inconcebível pensar que muitas das
lixeiras por nós localizadas poderão
ser limpas sem máquinas, apenas com
a boa vontade das pessoas.
C.L. - Não receia que a acção caia em
saco roto e que poucos dias depois da
recolha do entulho haja alguns locais
novamente cheios de lixo?
R.D. - Completamente. A nossa atitude tem em vista, sobretudo, gerar
alguma consciencialização. É pedagógica e não repressiva. Além desta
acção ambiental, decorre nas escolas
do concelho a apresentação do nosso projecto, que também pode ser
visto no nosso site. Esta é uma acção
que arrancou na Estónia em Julho de
2008, quando se conseguiu reunir 50
mil voluntários que andaram pelas
florestas e recolheram 10 mil toneladas de detritos. Esse exemplo colheu
interesse em vários países europeus,
entre eles Portugal, cada vez são dados mais conselhos sobre práticas a
ter com o Ambiente e a população,
sobretudo as faixas etárias mais jovens, sabe cada vez mais quais são
os preceitos a respeitar em matéria
ambiental, nomeadamente recolha e
separação de resíduos. É aí que está
a esperança de futuro desta iniciativa, queremos que ela seja uma acção
de sensibilização que permita deixar
uma mensagem de que há cada vez
mais pessoas que se preocupam com
estes assuntos. Queremos que daqui
a uns anos já não seja tão necessário
realizar uma iniciativa como esta!
Em todo o caso, e respondendo concretamente à questão, é provável que
logo após a acção de sensibilização
haja pessoas adultas mal formadas
que inclusivamente
agradeçam a limpeza
porque passam a ter
as lixeiras livres para
lá irem deixar mais
detritos.
C.L. - Entre os voluntários já confirmados
está assegurada a
presença do Presidente da Câmara ou
de algum vereador
na iniciativa?
R.D. - Não faço ideia!
Há algumas semanas
pedi para ser recebido pelo senhor Presidente mas ainda não
consegui chegar até
ele, fui recebido pela Vereadora Madalena Castro que me encaminhou
para a Directora do Departamento
de Ambiente para saber o que eu pretendia. Pediram-me para enviar um
e-mail dizendo o que precisávamos
em concreto para a acção, o e-mail foi
enviado no dia 13 de Janeiro e, até à
data, não obtive resposta. Relativamente a Juntas de Freguesia, no início de Dezembro pedi uma pequena
reunião com os vários Presidentes e
até ao momento já fui recebido por
sete das dez Juntas do concelho. Algumas delas mostraram de pronto
interesse no projecto disponibilizando no seu site um link para a página
oficial.
Ambiente
26 Fevereiro 2010
C.L. - Oeiras é um concelho com muitas preocupações ambientais?
R.D. - Todos ouvimos falar que Oeiras
é um concelho de excelência e, na verdade, verificamos que há uma organização montada com preocupações ambientais.
Todavia, não esperava
encontrar tantos focos de
problemas como os que
encontrei graças a este
projecto, tal como esperava encontrar maiores
facilidades em chegar a
quem pode solucionar
estes focos. Eu consigo
entender que os serviços
de recolha do lixo da Câmara não andem com a
mesma preocupação que
nós andamos pelas terras a ver o que se passa
aqui e acolá.
C.L. - Mas a Câmara tem
conhecimento dos cerca
de 135 pontos que assinalaram como lixeiras?
R.D. - Se alguém da autarquia consultar o nosso site pode consultar
diversas informações
relativamente a cada espaço. Disponibilizamos
as coordenadas de cada
local, definimo-las como
pequenas, médias ou
grandes lixeiras, damos
a conhecer o tipo de entulho que ali
está presente e apresentamos algumas
fotografias do local.
C.L. - Mas a Câmara não foi contactada directamente dando conhecimento
destes locais?
R.D. - Não. Antes de mais é preciso
que a autarquia tenha interesse nesse
tipo de comunicação verbal. O site
tem um mapa do concelho de Oeiras
onde estão assinaladas as diversas
lixeiras e a sua descrição. Se a Câmara estiver interessada basta consultar
essa informação e confirmar que o lixo
está onde dizemos estar. A maioria
das lixeiras contém, como disse, entulho de obras mas há locais que vão
obrigar a movimentar meios pesados
pois têm várias toneladas de entulho
ali acumulado.
C.L. - Os voluntários têm algum tipo
de apoio de empresas ligadas à recolha ou ao tratamento de resíduos?
R.D. - Sim, temos vindo a estabelecer contactos com diversas entidades, instituições e empresas a quem
expomos o problema e apresentamos
o programa, pedindo-lhes que nos
apoiem das mais diversas formas. As
nossas maiores necessidades estão
centradas na divulgação do projecto
para angariar cada vez mais voluntários mas estamos dependentes da
parceria com a Câmara para imprimir vários milhares de cartazes que
queremos distribuir por escolas, ins-
tituições, bombeiros e paróquias. A
Tratolixo e a Tetrapack foram outras
entidades com as quais estabelecemos uma parceria. A Tratolixo recebe
os resíduos enviados pelos meios da
Câmara Municipal e a empresa faz o
aproveitamento e reciclagem de parte
desses resíduos. Chegámos à fala com
a administração que acedeu apoiarnos aceitando os detritos que nós lhes
levarmos e disponibilizando alguns
camiões para esse efeito. Por sua vez,
com a Tetrapack estabelecemos uma
parceria bastante interessante pois foi
com agrado que verificámos que esta
empresa dispõe todos os anos de uma
determinada verba para iniciativas
sociais e culturais. Assim, a Tetrapack
vai ajudar-nos a custear alguns equipamentos individuais, nomeadamente
luvas, pás, forquilhas, máscaras, etc.
Também temos vindo a contactar empresas do ramo da construção no sentido de nos cederem camiões, tractores
e contentores para recolha do entulho
mas, como disse, todas estas parcerias
só serão necessárias se aquela que propusemos à Câmara não avançar.
C.L. - Porque devem as pessoas associar-se a esta iniciativa?
R.D. - Estou convencido que ninguém
gostará de ter na sua rua ou nas imediações da sua casa detritos atirados
a esmo que não só prejudicam o Ambiente como a Saúde Pública. Como
17
tal, faz todo o sentido
integrar um movimento
cívico como este.
C.L. - Quem quiser participar o que deve fazer e
a quem se deve dirigir?
R.D. - Pode faze-lo através da Internet, indo à
rede social Ning e procurando a nossa página
para aí se inscrever como
voluntário. Quem não
souber trabalhar muito
bem com a Internet pode
sempre dirigir-se às Juntas de Freguesia aderentes e pedir ajuda nessa
inscrição.
Limpar Portugal em Queluz
A freguesia de Queluz vai também
associar-se à iniciativa, havendo já
mais de uma centena de voluntários
dispostos a limpar as matas, ruas e
ruelas da freguesia!
Manuel Guedelha, Vogal da Junta
de Freguesia de Queluz e responsável pelo pelouro do Saneamento naquela entidade foi, desde início, um
dos mais entusiastas defensores da
iniciativa em Queluz.
“Geralmente são os projectos que vão
à procura dos intervenientes mas neste
caso fomos nós que fomos ter com o pro-
jecto e nos mostrámos disponíveis para
colaborar”, conta Manuel Guedelha:
“Curiosamente, estávamos a pensar
fazer algo semelhante em Queluz mas
entretanto soubemos desta acção e decidimos juntar-nos a ela por ser mais
fácil captar voluntários e divulgar uma
acção de âmbito nacional”.
Garantida está já a presença de várias forças vivas da freguesia, nomeadamente associações e colectividades, escuteiros, escolas, GNR e
muito provavelmente os bombeiros
voluntários da freguesia.
Sobre os locais onde irá decorrer
a acção, o Vogal da Junta adianta
que “Queluz não
tem qualquer aterro
sanitário mas tem
três ou quatro pontos
tos
que merecem especial
pecial
atenção. Recordo a
zona do Rio Jamor e
da Ribeira de Caren-que, que é possível
limpar, há jardins e
ruas públicas, é es-sencialmente nessas
zonas que este ano
iremos focar a nossa
atenção mas no futu-ro esperamos intervir
na área da Quinta do
Mirante”, refere.
O re p re s e n t a n t e
do executivo que--
luzense assegurou também que a
área do saneamento “é uma preocupação da Junta de Queluz porque
esta freguesia tem sido esquecida pela
Câmara a esse nível. Cada vez tem menos cantoneiros e tem de ser a Junta a
mobilizar o cidadão para o sensibilizar
para um problema que é de todos”.
Ana Monteiro inscreveu-se como
voluntária para esta acção, tendo
depois sido escolhida para Coordenadora Adjunta das Juntas de Freguesia de Monte Abraão, Massamá,
Queluz e Belas: “Espero que tanto
pessoas como
entidades adi
adiram de forma a
conseguirmos
a maior adesão
possível. Por
aquilo que te
tenho constatado,
as pessoas estão
entusiasmadas,
têm divulgado
o assunto jun
junto dos amigos e
esperamos que
haja um núme
número extenso de
voluntários a
ajudar-nos no
dia 20 de Março”, revela.
Esta é a primeira vez que Ana Monteiro participa numa acção ambiental deste âmbito e logo como responsável: “Ninguém gosta de ver o
lixo espalhado na sua rua, na sua terra,
e como faltou quem tomasse a iniciativa
de mobilizar as pessoas para este evento
ofereci-me eu para, junto com o senhor
Manuel Guedelha da Junta de Freguesia, tornar a acção possível”.
As inscrições têm decorrido a bom
ritmo, quer via e-mail ou através do
site nacional mas também devido
a contactos directos estabelecidos
com as Juntas de Freguesia.
18
Entrevista
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.F.P.P.
26 Fevereiro 2010
Pêro Pinheiro realiza aniversário
A freguesia de Pêro Pinheiro comemora no próximo mês de Março
o seu 22º aniversário assinalando
a data com várias actividades dedicadas à população. Em tempo
de festa, O Correio da Linha falou
com o Presidente da Junta de Pêro
Pinheiro, Carlos Parreiras, que nos
deu a conhecer os novos projectos
da freguesia mas também algumas
preocupações com o desemprego
que continua a aumentar na área
geográfica de Pêro Pinheiro.
O Correio da Linha (C.L.) - A freguesia de Pêro Pinheiro assinala o 22º
aniversário no dia 11 de Março, que
iniciativas está a Junta de Freguesia a
preparar para assinalar esta data?
Carlos Parreiras (C.P.) - O dia 11 começa com a habitual alvorada, na parte
da manhã desse mesmo dia está previsto um espectáculo dedicado a toda
a população escolar da nossa freguesia.
Ainda no dia 11, iremos ter pela noite
um colóquio sobre desporto no Auditório da Sociedade Filarmónica Recreativa. No dia 12 haverá lugar a um espectáculo com um grupo de cantares em
Cortegaça e no dia 13 as celebrações do
22º aniversário da freguesia culminam
com outro espectáculo e outro grupo
na localidade de Quarteiras.
C.L. - São as comemorações possíveis
ou as desejadas pela freguesia?
C.P. - Eu diria que são as comemorações que vão de encontro à realidade
actual. Os dinheiros não abundam
pelo que tivemos de executar uma
programação que fosse de encontro à
nossa carteira...
C.L. - Mas espera, seguramente, que a
população adira em massa aos eventos, sobretudo aos concertos...
C.P. - Naturalmente que sim, espero
que as populações das localidades de
Cortegaça e Quarteiras adiram e espero uma adesão mais generalizada no
que concerne ao colóquio que vamos
levar a cabo na noite do dia 11 pois
vamos procurar trazer a Pêro Pinheiro
pessoas ligadas ao desporto, mormente ao futebol de âmbito nacional.
C.L. - Pelo que constatamos do programa, a Junta de Freguesia teve a
preocupação de não centralizar as festividades apenas em Pêro Pinheiro...
C.P. - Sim é verdade, este ano escolhemos as localidades de Cortegaça
e Quarteiras para a realização dos
concertos porque estamos a comemorar o aniversário da freguesia, a sede
é Pêro Pinheiro mas a freguesia não
é só Pêro Pinheiro. Como tal, temos
sempre a preocupação de descentralizar algumas das actividades nestas
comemorações.
C.L. - Que expectativas tem a freguesia de Pêro Pinheiro para o ano de
2010? Será um ano de contenção ou
tem previsto realizar diversas obras
de relevo no corrente ano?
C.P. - Será, infelizmente, um ano de
forte contenção. Ainda assim, acreditamos que neste ano irão começar as
obras inerentes à construção do novo
mercado, edifício que contempla ainda a instalação de serviços públicos,
nomeadamente a Junta de Freguesia.
Prevemos que a obra recomece em
Abril/Maio deste ano e esperamos
que tenha finalmente início a obra
que venha resolver o
que de mais negativo
tem a freguesia que é
o facto de ainda não
termos instalado em
toda a área da freguesia o saneamento básico. De acordo com
as indicações que fo-
mos recebendo dos SMAS de Sintra
estamos em crer que as obras poderão
começar ainda este ano, esses são os
principais projectos previstos para
2010 muito embora tenhamos presente
a ideia de que se trata de um ano de
muita contenção. A Câmara Municipal
de Sintra também está à espera de
ver o que se irá passar relativamente
ao Orçamento Geral do Estado, o orçamento da autarquia também é um
orçamento de contenção pelo que não
se vislumbra um ano com grandes
obras.
C.L. - Expectativas positivas mas moderadas...
C.P. - São muito moderadas mesmo,
mas temos de ser realistas face à situação financeira que a freguesia está
a viver!
C.L. - No ano passado o desemprego,
nomeadamente das muitas pessoas
que trabalhavam na indústria do
mármore, era uma das situações que
mais o preocupavam...
C.P. - ... E continua a preocupar, na
medida em que o desemprego continua a aumentar na freguesia de Pêro
Pinheiro. A indústria passa por grandes dificuldades, há falta de trabalho
e isso faz com que haja empresas que
se vejam obrigadas a encerrar portas.
Consequentemente, o desemprego tem
vindo a aumentar e estamos hoje na
freguesia com a mesma média nacional nesse indicador do desemprego.
Se continuar a grassar esta grande
dificuldade na indústria das rochas
ornamentais, que é o maior empregador da freguesia, Pêro Pinheiro vai
sentir enormes dificuldades uma vez
que além da indústria temos todo um
comércio que gravita à volta daquele
sector. Essa é uma preocupação premente deste Executivo e assumo que
ainda não sabemos como é que Pêro
Pinheiro pode «dar a volta ao texto»
a esta situação.
C.L. - Mas acredita que 2010 pode
ser um ano de recuperação de alguns
postos de trabalho?
C.P. - Segundo os indicadores e aquilo
que vou ouvindo por parte dos empresários, o ano 2010 será ainda mais
negativo que o de 2009.
C.L. - Não receia vir a ter uma freguesia desertificada em termos de oferta
de emprego?
C.P. - Naturalmente que sim, o desemprego tem repercussões graves na
vivência diária da freguesia, as pessoas são obrigadas a procurar outras
soluções, a menos que haja um volte
face e consigamos que outros ramos de
actividade se instalem aqui. Se estivermos unicamente direccionados para a
indústria das rochas ornamentais isso
não nos trará nada de bom, a nossa
esperança é que venham outras actividades instalar-se na área e, evidentemente, que haja mais oferta de emprego
para todos aqueles que aqui residem.
C.L. - Pêro Pinheiro vai associar-se
em breve à acção ambiental Limpar
Portugal. Quantos associados e que
áreas da freguesia estarão abrangidos
por este projecto?
C.P. - As inscrições ainda estão abertas, o assunto tem vindo a ser tratado
em parceria com a Câmara Municipal
pelo que ainda não existe um número definido de voluntários que irão
participar na acção. Relativamente às
áreas que irão ser limpas escolhemos
essencialmente zonas de lixeiras da
freguesia.
C.L. - A área do Ambiente, até mesmo por ainda não ser uma freguesia
totalmente coberta pelo saneamento
básico, é uma área que o preocupa?
C.P. - Naturalmente que sim,
Pêro Pinheiro tem alguma zonas um pouco desertificadas
e há pessoas não identificadas
que em determinadas ocasiões
afluem aqueles locais unicamente para ali despejar inadvertidamente lixo e essa é uma
situação que nos causa grandes
preocupações.
C.L. - Quais são as prioridades do actual executivo para o
mandato em curso?
Construção do novo mercado de Pêro Pinheiro
C.P. - O actual executivo pensa
levar a cabo as obras que concluam o saneamento básico em
toda a extensão da freguesia,
pretende terminar a legalização das quatro AUGI´S (Áreas
Urbanas de Génese Ilegal) existentes na freguesia e requalificar
o actual mercado, quer da localidade de Pêro Pinheiro, quer
Esteticista Visagista
da localidade de Fazão. Existe
Massagista
ainda o sonho de construir uma
Na apresentação
Depilação por Ceras
piscina na área geográfica da
deste anúncio
freguesia, neste momento já tedesconto de 10%
Depilação Eléctrica
mos disponível o terreno para a
Pedicure e Manicure
construção deste equipamento,
são essas as grandes metas do
Praceta Movimento C. J. S. Pero Pinheiro, Lote 3 – 1º – 2715
actual executivo de Pêro PinheiPero Pinheiro • Tel.: 21 927 13 04
ro para o actual mandato.
Antónia
Instituto de Beleza
Berçário • Creche • Jardim de Infância
Apoio Escolar 1.º e 2.º Ciclo • Expressão Motora
Expressão Musical • Expressão Dramática
Expressão Plástica • Natação • Karaté • Dança
Inglês • Informática • Actividades de Verão
Aprender é divertido
A Junta de Freguesia Pêro Pinheiro
convida a população para participar
nas festas comemorativas do XXII Aniversário
Consulte o programa
20
Actual
26 Fevereiro 2010
A noite com um novo visual
A empresária e es­
ti­lista Tina Dias
par­ticipou recente­
mente num desfile
de moda de uma
noite temática do
V Bar, um novo
espaço da noite de
Lisboa, inaugurado
no passado dia 4 de
Dezembro, na Rua
Rodrigues Faria, nº
13, em Alcântara.
O desfile contou
com a presença
da actriz e mode­
lo Sónia Brazão e
de várias clientes Os proprietários do V-Bar
da Donna Ricci,
loja sedeada em Algés de que é pro­ confortáveis e passem aqui uma bela noite”,
prietária Tina Dias. Entre as peças da explica Eduardo Neves.
loja constava uma criação da própria Os vinhos perfilam-se como uma das
empresária, que foi apresentada por peças-chave do V Bar para criar um
Sónia Brazão e posteriormente ofere­ ambiente acolhedor, selectivo e inti­
cida à actriz.
mista, onde nada foi deixado ao acaso.
O sucesso da parceria justifica a rea­ Uma das apostas da nova gerência é
lização de novas iniciativas em con­ a realização de festas temáticas que
junto pelo que, em Abril, Tina Dias quase não existam na Grande Lisboa:
irá apresentar um desfile de moda “É praticamente impossível encontrar um
Primavera/Verão no V Bar onde dará sítio que promova uma noite árabe em
a conhecer as suas novas criações.
Lisboa e o V Bar consegue proporcionar
Andreia Falcão e Eduardo Neves são uma noite agradável e acolhedora, com
os gerentes do V Bar, um espaço que se música árabe, cachimbos de água, e outros
caracteriza por um ambiente tranquilo, adereços alusivos a essa mesma noite”,
música ambiente relaxante e uma deco­ exemplifica.
ração inspirada em tendências orien­ Mas há mais! Além da noite mexicana,
tais. O bar tem capacidade para receber onde não faltam as margaritas, os som­
65 pessoas, encontrando-se aberto de breros e a música tradicional daquele
quarta-feira a domingo, entre as 21h00 país, o V Bar promove também todas
e as 04h00. “Criámos as condições necessá- as primeiras quintas-feiras de cada mês
rias, quer no tipo de música, quer no tipo de a Noite Esotérica em que uma taróloga
bebidas ou na decoração para que as pesso- dá mini-consultas (pagas) aos clientes.
as da faixa etária dos 30-40 anos se sintam Este espaço nocturno organiza ainda
regularmente noites de música ao vivo
ou a noite Five (oferta da quinta bebi­
da), bem como a noite do saxofone e
desfiles de moda com modelos da loja
Dona Ricci.
Apesar da música ambiente, os dois
gerentes do V Bar não pretendem, de
todo, que este seja um bar de dança.
“Este espaço era bastante mal frequentado
e, depois de alguns meses fechado, reabre agora com nova gerência e um novo
conceito. Pode, por exemplo, ser um bom
ponto de partida para pessoas que queiram
passar a noite na zona das Docas. Há bons
restaurantes aqui nas imediações para se
jantar antes de vir ao V Bar beber um
copo e escutar um pouco de música até
às 02h00 ou mais e depois, quem quiser
prolongar a noite, pode ir até uma discoteca aqui das Docas”, conclui Eduardo
Neves.
Tina Dias e Sónia Brasão
Escola de Sintra ganha prémio
A Escola E.B. 2,3 DE Sarrazola-Colares, em Sintra, foi a vencedora no Distrito de
Lisboa do concurso «Rock in Rio – Escola Solar», prémio que assegura àquela
unidade escolar a instalação de painéis fotovoltaicos e 50 bilhetes para aquele
festival de música.
A escola sintrense venceu o concurso graças ao projecto «Biodiversidade – Actuar
para Preservar», no âmbito do programa Eco-Escolas, sendo de realçar que
participaram nesta acção cerca de 200 escolas oriundas de todo o país.
Os projectos tinham como objectivo conjugar benefícios sociais, nomeadamente
a integração de minorias e de idosos na vida da comunidade ou a melhoria das
acessibilidades para pessoas com deficiência mas também a defesa do património
natural, a preservação e requalificação de espaços verdes ou a eficiência energética,
entre outros.
SD de Rana ajuda Madeira
A Junta de Freguesia de São Domingos
de Rana vai organizar uma gala destina­
da a angariar donativos que reverteram
a favor das vítimas das catástrofes na­
turais recentemente ocorridas no Haiti
e na Madeira.
A acção de cariz solidário terá lugar no
próximo dia 13 de Março, pelas 20h00,
no Complexo Desportivo de São Domin­
gos de Rana, no Bairro de Massapés.
Carnaval na Cruz Quebrada
A freguesia de Cruz Quebrada – Dafun­
do assinalou no passado dia 12 de
Fevereiro o Carnaval com uma festa
no Salão Nobre da SIMECQ, contando
para o efeito com a participação das
escolas do Jardim Infantil «Bambi» e
«Roberto Ivens».
Todavia, as festividades não puderam ser
apresentadas em desfile à população de­
vido ao mau tempo, situação que no en­
tanto não tirou a boa disposição a todas
as crianças devidamente mascaradas.
Numa tarde de grande convívio, a fes­
ta de Carnaval da freguesia de Cruz
Quebrada – Dafundo contou ainda com
uma demonstração de Karaté ministra­
da por vários elementos da Federação
Portuguesa de Karaté, acção a que se
seguiu um concurso de máscaras onde
foram distinguidas as crianças melhor
caracterizadas.
Junta lança Cartão do Cidadão
A partir de 16 de Março, também já será
possível obter o cartão do cidadão nas
instalações da Junta de Freguesia da
Cruz Quebrada / Dafundo.
Além de facilitar a adesão dos muní­
cipes ao cartão, a iniciativa pretende
evitar sobrecargas nos outros postos
de atendimento com esta finalidade
como são as Conservatórias e a Loja do
Cidadão.
SMAS solidários com escola
Os SMAS de Oeiras e Ama­dora
entregaram, no passado dia 26
de Janeiro, diverso equipamen­to
de apoio aos pro­fessores do en­
sino especial do Agru­pa­mento
de Escolas Professor Noronha
Feio, em Queijas, ma­terial que
se destina a motivar o desenvol­
vimento de crianças com mul­
tideficiência.
A iniciativa resulta de um pe­
dido daquele agrupamento e
está inserida no âmbito da sua
política de responsabilidade so­
cial dos SMAS de Oeiras e Ama­
dora que assim garantem a estas
crianças e às suas famílias me­
lhores condições de educação e
desenvolvimento individual.
Assim, os Serviços Municipalizados
con­­tri­buíram com a aquisição de tec­
no­­lo­gias de apoio à comunicação e
equipamento terapêutico, para que os
docentes ajudem estas crianças no seu
processo de aprendizagem.
Os SMAS de Oeiras e Amadora proce­
deram no passado 19 de Fevereiro à en­
trega de mochilas de equipamen­tos de
protecção individual e de caixas de pri­
meiros socorros aos seus funcionários,
uma iniciativa que se insere na política
de segurança e pro­tecção dos funcio­
nários implementada pela Divisão de
Gestão de Recursos Humanos daqueles
Serviços Municipalizados.
A sessão de entrega destes equipamen­
tos contou com a presença de inúme­
ros funcionários das diversas divisões
dos SMAS de Oeiras e Amadora, bem
como de vários representantes da
Administração e da Direcção.
Alunos visitam Junta de Oeiras
Dezassete crianças do Externato Nova
Oeiras visitaram no passado dia 19
de Fevereiro a Junta de Freguesia de
Oeiras e S. Julião da Barra, e tiveram
oportunidade de verificar como fun­
cionam os serviços daquela entida­
de. As crianças foram recebidas pelo
Presidente da Junta, Carlos Morgado,
que deu a conhecer aos alunos as com­
petências e alguns dados relacionados
com a instituição, distribuindo no fi­
nal, para além de umas lembranças do
município de Oeiras e dos SMAS de
Oeiras e Amadora, um dossier a cada
criança com diversa informação sobre
a Freguesia de Oeiras e S. Julião da
Barra.
CERCIOEIRAS assinala 35 anos
A Cooperativa de S. Pedro, agora designada CERCIOEIRAS, vai comemorar o
seu 35º aniversário no próximo dia 17 de Março, pelas 18h00, com a realização
de diversas actividades que pretendem dar visibilidade ao trabalho desenvolvido
por aquela instituição e, paralelamente, aprofundar os temas ligados à temática da
deficiência. O aniversário será assinalado ao longo de todo o ano, sendo o primeiro
deles o II Ciclo de Desporto Adaptado, que decorre nas instalações da CERCI, en­
tre Abril e Junho. Em Maio terá lugar a II Caminhada Mágica no Passeio Marítimo
de Oeiras havendo também lugar à exposição e venda de trabalhos das oficinas do
Centro de Actividades Ocupacionais, na Fábrica da Pólvora.
Está também prevista uma acção de formação sobre «Cuidados Continuados»
e a exposição «35 anos - da Sociedade Cooperativa de S. Pedro à CERCIOEI­
RAS». Nos dias 7 e 8 de Outubro tem lugar um seminário sobre o tema da
Deficiência, no Auditório do Taguspark, terminando as comemorações com
uma Sessão Solene de homenagem aos colaboradores com vinte ou mais anos
de trabalho na CERCIOEIRAS.
26 Fevereiro 2010
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: Raul Coelho - CM Vinhais
Oeiras volta a receber
Vinhais capital do fumeiro
O Mercado Municipal de Oeiras recebe de 12 a 14 de Março
a XI Promoção Gastronómica e
Mos­tra de Artesanato de Vinhais,
organizada pelas Câmaras Municipais de Oeiras e Vinhais, pela
Turimontesinho – EEM e pela
Casa do Concelho de Vinhais. Ao
longo de três dias, os visitantes
poderão saborear e adquirir os
mais variados tipos de fumeiro
vinhaense nas tasquinhas ali presentes, bem como apreciar e comprar artesanato e outros produtos
típicos daquela região transmontana. O jornal O Correio da Linha falou com Roberto de Morais
Afonso, Vereador da Cultura e
Turismo da Câmara Municipal
de Vinhais (CMV) e Presidente
do Conselho de Administração
da Turimontesinho para nos dar
a conhecer as novidades deste
cer­tame, cada vez mais apreciado
pelos oeirenses.
produtos de grande qualidade e muito
apreciados por quem lá vai. Por isso,
também a edição deste ano alcançará o
sucesso das edições anteriores e recebe­
rá, certamente, alguns milhares de vi­
sitantes para recordar, saborear e levar
um pouco da cultura transmontana.
C.L. - Tenciona marcar presença na
feira? Quando e porquê?
R.M.A. - A autarquia marca sempre
presença no evento, como prova do
reconhecimento pela importância que
este certame tem e para saudar as cen­
tenas de vinhaenses que residem na
zona e ali se deslocam nesses dias.
C.L. - Qual a importância deste intercâmbio cultural entre dois municípios geograficamente tão distantes?
R.M.A. - Qualquer intercâmbio que se
realize entre autarquias de diferentes
pontos do país enriquece ambas as
partes, por permitir conhecer e dar
a conhecer culturas distintas e por
permitir criar laços que poderão servir
de base a projectos conjuntos que se
venham a desenvolver no futuro.
O Presidente da Câmara de Vinhais
C.L. - O que mais recomenda em ter­
mos gastronómicos e artesanais a todos os visitantes do certame?
R.M.A. - Todos os produtos que mar­
O Correio da Linha (C.L.) - Que ex- cam presença no evento são de qualida­
pectativas tem para mais esta mostra de reconhecida e apreciados pelos mais
da gastronomia e do artesanato de exigentes, quer em termos gastronómi­
Vinhais em Oeiras?
cos, onde o fumeiro é obrigatório, quer
Roberto de Morais Afonso (R.M.A.) em termos de artesanato, bem repre­
- A Promoção Gastronómica e Mostra sentativo dos valores culturais caracte­
de Artesanato de Vinhais, que há 11 rísticos da nossa região. Assim, a minha
anos se realiza em Oeiras, tem sido recomendação é no sentido dos visitan­
um importante meio para a promoção tes irem preparados para degustarem
do concelho de Vinhais. São inúmeros a excelente gastronomia vinhaense e
os vinhaense espalhados por este país regressarem a casa de sacos cheios de
fora que anualmente se deslocam a produtos de Vinhais.
Oei­ras, onde tem sido possível mostrar C.L. - Como tem corrido esta parceria
tripartida com a Casa
de Vinhais em Oeiras
e a Câmara Municipal
de Oeiras?
R.M.A. - O relaciona­
mento tem sido exce­
lente reflectindo-se no
sucesso que tem tido
este evento e no inte­
resse mútuo em que se
continue a realizar.
C.L. - Esta é uma
aposta para continuar, pelo menos da
parte da autarquia de
Vinhais?
R.M.A. - Certamente
que sim, principal­
mente enquanto se
con­tinuar a verificar
a enorme adesão de
Vinhais traz a Oeiras diversas peças de artesanto
Feira
21
C.L. - Além da gastronomia, que outros pontos de interesse existem em
Vinhais?
R.M.A. - Com o estômago bem recon­
fortado, depois dos deliciosos petis­
cos que Vinhais oferece, é só partir à
descoberta da natureza, pois Vinhais
situa-se em pleno Parque Natural de
Montesinho. Na sede do concelho, no
monte da Vidoeira, o Parque Biológico
encerra verdadeiras maravilhas natu­
rais que ajudam a compreender a fau­
na e flora locais complementadas com
toda a informação existente no Centro
de Interpretação da Natureza – Casa
da Vila, em pleno Centro Histórico.
O Ecomuseu de Vinhais também convi­
da à descoberta de uma cultura única
e característica de um povo recolhido
atrás dos montes que soube preservar
valores ancestrais. E claro que o descan­
so merecido, depois da longa jornada
por terras de Vinhais, pode ser feito nas
visitantes e enquanto houver vonta­
de das partes envolvidas na organi­
zação.
C.L. - Para quando uma apresentação
dos produtos de Oeiras em Vinhais?
R.M.A. - É uma matéria que deve ser
tratada em conjunto mas para a qual
estaremos receptivos quando for ma­
nifestada essa intenção por parte de
Oeiras.
C.L. - Como decorreu a última edição
da Feira do Fumeiro de Vinhais?
R.M.A. - A última edição da Feira do
Fumeiro de Vinhais teve um sabor es­
pecial não só porque se comemoraram
os 30 anos de existência da maior e mais
antiga feira do fumeiro do país, mas
porque o sucesso ve­
rificado permitiu, sem
margem para dúvi­
das, reafirmar Vinhais
como a Capital do Fu­
meiro.
C.L. - Ao longo do cer­
tame quantos visitantes recebeu? E quantos quilos de fumeiro
foram vendidos?
R.M.A. - O número
des­te ano superou o
das edições anteriores,
tendo passado por Vi­
nhais, entre os dias 11
e 14 de Fevereiro, mais
de 60.000 visitantes que
adquiriram mais de 50
toneladas de pro­dutos. A Feira do Fumeiro em Vinhais foi um sucesso
C.L. - O que torna tão
vá­rias casas de turismo Rural existentes
especial esta Feira do Fumeiro?
R.M.A. - Como já foi referido ante­ no concelho, na Hospedaria do Parque
riormente esta é a maior a mais antiga ou nos Bungalows em madeira existen­
Feira do Fumeiro do país. Realiza-se tes no Parque de Campismo Rural, jun­
des­de 1981 e tem vindo a crescer de to ao Parque Biológico.
ano para ano. A qualidade das maté­ C.L. - Que locais não podemos deirias-primas utilizadas na confecção do xar de conhecer quando visitarmos
Fumeiro de Vinhais, nomeadamente a Vinhais?
carne do Porco Bísaro, tornam-no de R.M.A. - Resumidamente e para refor­
uma qualidade ímpar, reconhecida çar o que foi dito anteriormente eis
pela União Europeia que o certificou al­guns dos locais de interesse, com
e lhe atribuiu o selo IGP – Indicação visita obrigatória, em Vinhais: Centro
Geográfica Protegida
Histórico – muralhas e torres do Castelo
C.L. - O fumeiro e a castanha são de Vinhais; Centro de Interpretação do
os melhores cartões-de-visita deste PNM – Casa da Vila; Parque Biológico de
concelho?
Vinhais; Ecomuseu de Vinhais – Museu
R.M.A. - São seguramente um comple­ de Arte Sacra, Museu Escola, Museu
mento importante que ajudam a tornar Etnográfico e do Azeite, Museu da
Vinhais uma terra apetecida e apre­ Lorga de Dine; Rota dos Monumentos
ciada por turistas, não só por fazerem – Solares, Castros, Igrejas, Pelourinhos
parte da requintada gastronomia vi­ e paisagens inebriantes de cortar a res­
nhaense, mas, também, porque deram piração.
a conhecer Vinhais ao mundo através C.L. - Ser natural de Vinhais é...
dos dois maiores certames do concelho R.M.A. - …sentir com a alma este pe­
- a Feira do Fumeiro e a RuralCastanea, queno rincão do nordeste transmonta­
onde no Maior Assador de Castanhas no e ter prazer em o partilhar!
do Mundo, por altura
do São Martinho, se faz
um gigantesco magus­
to. São também os prin­
cipais impulsionadores
da economia local e por
isso merecedores de
toda a atenção e carinho
da autarquia.
C.L. - Que outros atrac­­
tivos tem a gas­tro­no­
mia vinhaense?
R.M.A. - Em vez de
aqui descrever as várias
iguarias típicas do con­
celho de Vinhais, con­
vido-os a prová-las. Em
Oeiras vão poder fazêlo nos dias 12, 13 e 14
de Março e em Vinhais
poderão fazê-lo duran­
te todo o resto do ano.
Os enchidos tem sempre uma grande procura
22
Previsões para Março
Carneiro
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 11
Carta do Mês: 7 de Paus, que significa Discussão, Negociação Difícil.
Amor: Procure dar mais atenção aos seus verdadeiros amigos.
Saúde: Tenha confiança em si mesmo, valorize-se mais e cuide do seu corpo.
Dinheiro: Cuidado, não alimente intrigas no local de trabalho.
Número da Sorte: 29
Gémeos
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 13
Carta do Mês: Ás de Espadas, que significa Sucesso.
Amor: Os momentos de romantismo estão favorecidos. Invista mais no
seu relacionamento.
Saúde: Estará em plena forma. Aproveite para se dedicar a um novo hobby.
Dinheiro: Cuidado com as dívidas. Esteja mais atento às suas contas.
Número da Sorte: 51
Leão
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 15
Carta do Mês: 5 de Paus, que significa Fracasso.
Amor: A sua relação poderá passar por um período menos positivo em
que deve manter a calma, pois tudo se resolverá pelo melhor.
Saúde: Deve tentar libertar-se dos hábitos que só prejudicam a sua saúde.
Dinheiro: O equilíbrio financeiro estará presente na sua vida neste momento.
Número da Sorte: 27
26 Fevereiro 2010
Touro
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 12
Carta do Mês: A Papisa, que significa Estabilidade, Estudo e Mistério.
Amor: Partilhe essa boa disposição que o invade com quem o rodeia.
Saúde: dê maior atenção aos seus rins, beba mais água diariamente.
Dinheiro: É possível que venha a obter aquela promoção que tanto esperava.
Número da Sorte: 2
Caranguejo
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 14
Carta do Mês: o Julgamento, que significa Novo Ciclo de Vida.
Amor: Encontra-se num período menos favorável, mas não desespere
que é passageiro.
Saúde: A sua auto-estima anda um pouco em baixo, anime-se e cultive os pensamentos positivos.
Dinheiro: Boa altura para investir naquilo de que mais gosta, mas com cuidado
que a vida está difícil.
Número da Sorte: 20
Virgem
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 16
Carta do Mês: 2 de Paus, que significa Perda de Oportunidades.
Amor: Não desiluda um amigo que gosta muito de si.
Saúde: Tendência para dores musculares. Faça uma sessão de massagens.
Dinheiro: Boa altura para comprar casa ou para mudar de ocupação.
Número da Sorte: 24
Balança
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 17
Carta do Mês: 8 de Espadas, que significa Crueldade.
Amor: A sua sensualidade natural irá apimentar a sua relação de uma
forma surpreendente.
Saúde: Descanse as horas necessárias para se poder sentir bem física e psicologicamente.
Dinheiro: Cuidado com os gastos supérfluos que faz ao agir por impulso, sem
parar para pensar.
Número da Sorte: 58
Sagitário
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 19
Carta do Mês: A Força, que significa Força, Domínio.
Amor: Estará cheio de confiança em si próprio e ela ajudá-lo-á a
alargar a sua rede social. No entanto, não se deixe influenciar por terceiros,
poderá sair prejudicado.
Saúde: Tenha um maior cuidado com os seus ouvidos. Estará mais sensível a infecções.
Dinheiro: Evite precipitar-se, pense bem antes de investir as suas economias.
Número da Sorte: 11
Aquário
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 21
Carta do Mês: 2 de Espadas, que significa Afeição, Falsidade.
Amor: Evite ser possessivo ou ciumento. Respeite o espaço do seu par.
Saúde: Melhore o seu descanso diário dormindo mais horas, para poder ter um
maior rendimento sem cansar tanto o seu corpo.
Dinheiro: Tenha mais cuidado, não gaste o seu dinheiro em coisas de que afinal
nem precisa.
Número da Sorte: 52
Escorpião
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 18
Carta do Mês: O Mundo, que significa Fertilidade.
Amor: Aproveite bem todos os momentos que tem para estar com a
sua cara-metade.
Saúde: Poderá sentir alguma fadiga física.
Dinheiro: Conserve bem todos os seus bens materiais. Zele pelo que é seu.
Número da Sorte: 21
Capricórnio
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 20
Carta do Mês: O 9 de Paus, que significa Força na Adversidade.
Amor: Alguém para quem você é muito importante dar-lhe-á um bom
conselho.
Saúde: Cuidado com o aumento de peso, faça exercício físico com regularidade.
Dinheiro: Efectuará bons negócios, mas não assine nada sem pensar duas vezes.
Número da Sorte: 59
Peixes
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 22
Carta do Mês: A Roda da Fortuna, que significa Sorte, Mudanças
Inesperadas.
Amor: Não dê tanta atenção a quem não merece. Rodeie-se apenas das pessoas
que o compreendem e que gostam realmente de si.
Saúde: Cuide da sua imagem. Inicie uma dieta.
Dinheiro: Embora deva empenhar-se, evite o desgaste excessivo na sua actividade
laboral, pois será recompensado na devida altura. Acredite mais em si.
Número da Sorte: 10
>K8dcXjghdYZ;did\gVÒV
26 Fevereiro 2010
Carnaval em Algés
Apesar do mau tempo que se fez sentir, a Junta de
Freguesia de Algés realizou no passado dia 12 de
Fevereiro, os habituais festejos de Carnaval com as
crianças das Escolas Básicas e Jardins de Infância
da Freguesia, onde o tradicional desfile foi substituído por um espectáculo de animação no Pavilhão
Municipal Celorico Moreira, em Miraflores.
Apesar dos imprevistos meteorológicos, assistiu-se
a momentos de grande entusiasmo e alegria com os
presentes a deliciarem-se com a diversidade e beleza
das indumentárias e fantasias das crianças.
Dois dias antes, a Junta de Freguesia realizou também um Baile de Máscaras para os Seniores da
Freguesia, no Salão Paroquial de Algés, com o envolvimento dos seis Centros de Dia da Freguesia,
onde não faltou o baile de confraternização e um
farto lanche para todos os participantes.
A acção decorreu em ambiente festivo, tendo reinado a boa disposição entre todos, com diversos participantes mascarados a rigor que abrilhantaram este
evento.
6B7>:CI:9ÛK>96
Está encerrado o prazo de envio dos trabalhos para
participar no IV Concurso de Fotografia «Ambiente
dá Vida», promovido pelo jornal O Correio da Linha no
âmbito das comemorações do seu XXIº aniversário.
Não está ainda contabilizado o número final de participantes e trabalhos a concurso (as fotografias poderiam ser enviadas até hoje pelos correios pelo que
esperamos receber ainda mais algumas dezenas de
imagens nos próximos dias) mas até à data já chegaram à nossa redacção os trabalhos de perto de uma
centena de participantes.
Entretanto, ficou já definido que a Sessão Solene para
entrega dos troféus e diplomas a vencedores e participantes irá decorrer no dia 12 de Junho nos Recreios da
Amadora, entre as 15h00 e as 19h00, estando também
já assegurada a posterior exposição dos trabalhos no
concelho de Cascais, mais concretamente de 17 a 31
de Agosto, no Centro de Interpretação Ambiental da
Ponta do Sal.
Festa do XXIº Aniversário
Março é mês de aniversário para O Correio da Linha e
vamos assinalar os nossos 21 anos de existência com
uma festa no dia 9 de Março com os jovens da Casa
da Criança de Tires.
Assegurada está já a presença do divertido Palhaço
Croquete, estando o jornal a aguardar a confirmação
de outros artistas que também pretendem associar-se
a este evento lúdico e social.
A festa do XXIº aniversário do jornal O Correio da
Linha conta já com o apoio da Nestlé, da Panrico e
da Johnson & Johnson que vão oferecer produtos das
respectivas marcas à Casa e da Emilianos Animação
que vai disponibilizar um insuflável para as crianças
se divertirem à grande durante toda a tarde.
Actual
23
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J. Rodrigues
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Fevereiro - Jornal o Correio da Linha