OS IMPACTOS DO TRABALHO NOTURNO NA VIDA DO TRABALHADOR DE ENFERMAGEM Jemyma Jandiroba Ferreira Letícia Bião Santos RESUMO Na enfermagem uma das formas de organizar o trabalho foi implantar o trabalho noturno com o intuito de prestar um cuidado ininterrupto. Sabe-se que este pode ser um causador de desconforto e problemas na saúde, pois pode acarretar mudanças no ritmo biológico. O estudo teve como objetivo identificar os impactos do trabalho noturno na vida do trabalhador de enfermagem. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, exploratória, com análise qualitativa dos dados. Percebeu-se a existência de impactos psicofisiológicos e sociais na vida do trabalhador de enfermagem que trabalha no turno noturno, sendo a qualidade de sono prejudicada o principal impacto relatado em todos os trabalhos selecionados. Nota-se que os impactos causados em trabalhadores deste turno são inevitáveis, porém acreditamos que é possível amenizá-los, e para isso é essencial a criação de políticas regulamentadoras e adoção de medidas de proteção à saúde física e psíquica do trabalhador. Palavras-chave: Trabalho noturno. Enfermagem. Bacharel em Enfermagem. E-mail: [email protected] Bacharelem Enfermagem. E-mail: [email protected] Artigo apresentado a Atualiza Cursos como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Enfermagem do Trabalho, sob orientação da Professora Msc. Sandra Portela. Salvador, 2014 2 1 INTRODUÇÃO Essa pesquisa versará sobre os impactos do trabalho noturno na saúde do trabalhador e para isso é preciso saber que as formas de organização do tempo e do trabalho vêm se transformando para satisfazer às necessidades dos diferentes grupos que formam a sociedade. Frente a essa realidade, se organizou turnos de trabalho como forma de otimização do tempo e valorização da força de trabalho (MAGALHÃES et al., 2007). Trabalhar é um ato imprescindível para as pessoas, pois se refere à própria sobrevivência e ao condicionamento social do indivíduo (GIRONDI; GELBCKE, 2011, p.191). Dessa forma, percebe-se que o trabalho não é apenas uma forma de ganhar a vida, mas também uma maneira de inserção social. Por sua vez, o trabalho noturno é aquele realizado durante um período de, no mínimo, sete horas consecutivas, entre meia-noite e cinco horas da manhã, e trabalhador noturno, é o assalariado que executa um número de horas de trabalho à noite fixado pela legislação de cada país (VEIGA et al., 2013). Surgiu o interesse em estudar esse tema, pois significativa parcela dos trabalhadores de enfermagem exercem suas atividades laborais no período da noite devido a necessidade da oferta de serviços 24 horas por dia, além das admissões desses profissionais sem questioná-los quanto ao processo vigília-sono, já que isso pode levar a implicações na assistência ao cliente e na vida e saúde do trabalhador. Na enfermagem uma das formas de organizar o trabalho foi implantar o trabalho noturno com o intuito de prestar um cuidado ininterrupto. Por isso esses profissionais trabalham em turno de 12 horas, diurno ou noturno, seguido de 36 horas de descanso (SILVA et al., 2011). Sendo assim “esses trabalhadores sofrem um desgaste psicofisiológico maior do que aqueles que trabalham durante o dia, pois trabalham no momento em que suas funções orgânicas encontram-se diminuídas” (LISBOA et al., 2006, p.394) 3 Sabe-se que o trabalho noturno pode ser um agente causador de desconforto e problemas na saúde, já que pode acarretar mudanças no ritmo biológico, alterando o padrão de sono e vigília (MAGALHÃES et al., 2007). Essa particularidade requer atenção dos profissionais que têm responsabilidade de dimensionar os recursos humanos em relação às atividades de enfermagem (SILVA et al., 2011, p.271). Diante das experiências, nota-se a existência de impactos do trabalho na vida do trabalhador noturno. Nesse sentido esse estudo buscou responder a seguinte pergunta: Quais os impactos do trabalho noturno na vida do trabalhador de enfermagem? Frente a isso, o estudo teve como objetivo identificar os impactos do trabalho noturno na vida do trabalhador de enfermagem. Busca-se trazer contribuições para o ensino, pois ampliará a discussão entre docentes e discentes de graduação e pós-graduação assim como mostrará aos coordenadores de cursos de enfermagem a importância em debater as estratégias que amenizem os agravos à saúde do trabalhador; para a pesquisa, já que levará as reflexões sobre a temática no campo da saúde do trabalhador; para os profissionais de enfermagem, permitindo um novo olhar sobre essa problemática e sensibilizandoos a adotar medidas preventivas na relação trabalho/saúde; para a assistência, o profissional poderá organizar o seu trabalho quando souber lidar com essas alterações e assim evitar acidentes e prestar uma assistência segura e de qualidade. 2 METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, exploratória, com análise qualitativa dos dados, sobre os impactos do trabalho noturno na vida do trabalhador de enfermagem. A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida a partir de material presente em dissertações e artigos científicos confiáveis que diziam respeito ao assunto que se pretendia abordar. Este tipo de pesquisa, no entanto, não se refere a uma mera repetição do que foi publicado até o momento, visto que possibilita olhar sob outra perspectiva o mesmo assunto, gerando novas conclusões e demandas (MARCONI;LAKATO, 2002). 4 Considerando esta pesquisa de natureza exploratória, foi motivada por um acontecimento prévio que gerou interesse na investigação e procede-se a partir da identificação e descrição do objeto e dos fatores que se relacionam com o mesmo, averiguando suas origens, fundamentando as hipóteses e estabelecendo relações entre as variáveis (GIL, 1999, POLIT et al. 2004). A coleta de dados foi realizada considerando o objetivo do estudo e amparada na hipótese de que, os trabalhadores de enfermagem por exercerem suas atividades em um turno oposto ao seu ritmo circadiano podem desenvolver alterações psicofisiológicas. Após a escolha da temática a ser abordada, a fase exploratória iniciou-se com uma pesquisa aleatória sobre os impactos do trabalho noturno na vida do trabalhador de enfermagem, que possibilitou uma maior familiaridade com o tema, bem como lançar indicativos de uma fundamentação teórico-ideológica. Isso contribuiu para ampliar as perspectivas sobre o assunto e para melhor delimitar o objetivo da pesquisa. Em seguida, buscou-se artigos de revistas indexadas e dissertações nas bases de dados das bibliotecas virtuais Lilacs e BIREME (Biblioteca Regional de Medicina), utilizando como descritores: ‘trabalho noturno’ e ‘enfermagem’, onde foram encontrados 81 artigos e 3 dissertações, desses foram utilizados 11 artigos e 1 dissertação. Inicialmente foram selecionados os trabalhos com textos na íntegra em português, publicados de 2003 à 2013, com títulos ou resumos que indicavam uma aproximação com o tema deste estudo e que foram considerados pertinentes após uma leitura flutuante. Como proposto por Minayo (1999) para a coleta de dados foi realizada uma leitura sistemática, interpretativa e criteriosa de todos os textos selecionados, na íntegra. A fim de catalogar os dados e informações obtidos, foram realizados fichamentos bibliográficos, por título e por assunto. A análise de dados foi realizada a partir de leituras e reflexões, articulando o referencial teórico aos dados encontrados, tendo como eixo norteador o objeto de pesquisa. 5 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Diante dos dados apresentados percebe-se a existência de impactos psicofisiológicos e sociais na vida do trabalhador de enfermagem que trabalha no turno noturno, sendo a qualidade de sono prejudicada o principal impacto relatado em todos os trabalhos selecionados. Girondi e Gelbcke (2011) ressaltam que, uma das necessidades humanas básicas mais importantes é o sono, e o não-atendimento a essa necessidade, principalmente após a jornada de trabalho noturno. Silva et al (2011) complementa ao dizer que o sono perdido, muitas vezes, não consegue ser recompensado e quando persistente e cumulativo, pode desencadear a diminuição da capacidade mental e o cansaço físico. Martino (2008) assegura que, os trabalhadores que atuam no turno noturno enfrentam alterações orgânicas e físicas em decorrência da realização da atividade em um momento em que o organismo se prepara para o descanso. E Veiga et al (2013) diz que o trabalho noturno implica na privação do sono e na consequente desestruturação dos ritmos biológicos que podem afetar a saúde do trabalhador, tanto nos aspectos físico e psíquicos, quanto nos aspectos familiares, sociais e interpessoais. Por isso alguns dos impactos encontrados também foram: fadiga, cansaço, insônia, diminuição da concentração, irritabilidade. Destacados também no estudo de Medeiros et al (2009) quando observam que a privação do sono pode gerar fadiga, diminuição do nível de alerta, irritabilidade, dentre outros sintomas. Maynardes et al (2009) confirmam esses dados ao relatar que os trabalhadores conseguem dormir pela manhã após a atividade noturna em média 2 a 4 horas, o que ratifica que o trabalhador retorna ao trabalho em situação de fadiga, com seu nível de atenção e rendimento físico diminuídos. 6 Trabalhadores com restrição do sono encontram-se com um nível elevado de fadiga, podendo ocasionar acidentes de trabalho, como pôde ser visto nos estudos. Oliveira (2005) afirma que à medida que a pessoa fica privada do sono, maior será o número de erros ou possibilidade de se está envolvida num acidente, já que esta condição pode impedir que um trabalhador faça seu trabalho de modo seguro e eficaz. Ademais, o trabalho noturno pode causar alterações na saúde psíquica do trabalhador, o que muitas vezes dificulta estabelecer um nexo causal com a atividade laboral. Diante disso, evidenciou-se os seguintes impactos: estresse e depressão. Essas alterações acometem também a saúde física desse trabalhador, o qual passa a desenvolver distúrbios gastrointestinais. E como forma de escape, os trabalhadores adquirem maus hábitos alimentares, o que ocasiona ganho ponderal que poderá ter como consequência o desenvolvimento de diabetes mellitus. De acordo com Versa et al. (2012), as características dos setores críticos e da atuação noturna geram distúrbios físicos e psíquicos, tais como alterações hormonais e gástricas. E também afirma que o estresse decorrente do trabalho noturno pode trazer prejuízos à qualidade de vida do trabalhador e para o seu desempenho profissional, resultando em redução na eficácia e na eficiência das atividades desempenhadas. Silva et al (2011), encontraram em seu estudo que o ganho ponderal e o mal-estar gástrico estão relacionados com os maus hábitos alimentares e ao lanche coletivo utilizado como estratégia para inibir o sono. Rodrigues e Canani (2008), complementam que o trabalho em turnos é um fator de risco para o início de diabetes mellitus. Para Oliveira (2005), os hábitos alimentares estão relacionados com o lado psíquico, pois muitas vezes o profissional encontra-se tão cansado que quer dormir e não tem ânimo para se alimentar adequadamente, principalmente quando é o próprio profissional que precisa preparar sua alimentação, corroborando com os demais autores. 7 Atrelado a isso um destaque deve ser dado a dupla jornada de trabalho da maioria desses trabalhadores noturnos, pois foi visto nesses estudos que ela tem como principais impactos a falta de tempo para o lazer, o isolamento e o convívio familiar e social prejudicado. Contudo em um dos estudos o trabalho noturno foi visto como uma forma de ter maior tempo disponível para o convívio familiar. Percebe-se isso quando Silva et al. (2011) afirma que esses trabalhadores de enfermagem ao desempenharem atividades no período noturno têm a disponibilidade do turno diurno para a realização de outras atividades como ter outro emprego, estudar, realizar atividades do lar, cuidar dos filhos e estar com a família. 4 CONCLUSÃO Após revisão dos artigos selecionados, constatamos que o trabalho noturno na enfermagem é essencial para continuidade do cuidado, que deve ser ininterrupto. Identificamos que os impactos, tanto positivos quanto negativos, dependem da percepção individual de cada trabalhador, pois há pessoas que se adaptam melhor ao turno noturno, enquanto outras são diurnas e não conseguem desenvolver suas atividades no turno oposto. Dessa forma, os impactos causados em trabalhadores deste turno são inevitáveis, pois o desordenamento do ritmo circadiano exige uma adaptação do trabalhador, uma vez que esse experimenta uma inversão do ciclo sono-vigília. Sendo assim, requer uma atenção maior dos trabalhadores responsáveis por dimensionar os recursos humanos, como psicólogos, médicos e enfermeiros, quanto às atividades de enfermagem. Acreditamos que é possível amenizar os impactos, porém para tanto é essencial a criação de políticas regulamentadoras do serviço noturno em enfermagem e a fiscalização através dos órgãos de classe. Ademais, as instituições devem utilizar meios para sensibilizar o trabalhador sobre esses fatos, e adotar medidas de proteção à saúde física e psíquica, levando em consideração a vida pessoal do profissional, pois o trabalho não deve se tornar um empecilho para o mesmo. 8 THE IMPACT OF NIGHT WORK IN THE LIFE OF THE WORKER OF NURSING ABSTRACT In nursing one of the ways to organize the work was to deploy the night work in order to provide uninterrupted care. It is known that this can be a cause of discomfort and health problems, because it can cause changes in the biological rhythm. The study aimed to identify the impacts of night work in the life of the worker of nursing. It is a bibliographical research, exploratory, qualitative analysis of data. It was noticed the existence of Psychophysiological and social impacts in the lives of nursing worker who works the night shift, impaired sleep quality being the main impact reported in all the selected works. Note that the impacts of this shift workers are inevitable, but we believe that it is possible to mitigate them, and for that it is essential the creation of regulatory policies and adoption of protective measures for the physical and mental health of the employee. Keywords: night job. Nursing. 9 REFERÊNCIAS GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999. GIRONDI, J.B.R.; GELBCKE, F.L. Percepção do enfermeiro sobre os efeitos do trabalho noturno em sua vida. Revista Enfermagem em Foco. Florianópolis (SC), 2(3):191-194. 2011 LISBOA, M.T.L.; OLIVEIRA, M.M.; REIS, L.D. O trabalho noturno e a prática de enfermagem: uma percepção dos estudantes de enfermagem. Escola Anna Nery. v.10, n.3, p.393-98, 2006. MAGALHÃES, A.M.M. et al. Perfil dos profissionais de enfermagem do turno noturno do hospital de Clínicas de Porto Alegre. Revista HCPA & Faculdade Medicina Universidade Federal Rio Grande do Sul. v.27, n.2, p.16-20, 2007. MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M.. Técnicas de pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas; 2002. MARTINO, M.M.F. Arquitetura do sono diurno e ciclo vigília-sono em enfermeiros nos turnos de trabalho. Rev Esc Enferm USP. Campinas, v.43, n.1, p.149-9, 2008. MAYNARDES, D.C.D; SARQUIS, L.M.M; KIRCHHOF, A.L.C. Trabalho noturno e morbidades de trabalhadores de enfermagem. Cogitare enferm. Curitiba, v.14, n.4, p.703-8, Out-Dez, 2009. MEDEIROS, S.M. et al. Possibilidades e limites da recuperação do sono de trabalhadores noturnos de enfermagem. Revista Gaúcha Enfermagem. v.30, n.1, p.92-8, mar., 2009. MENDES, S.S.; MARTINO, M.M.F. Trabalho em turnos: estado geral de saúde relacionado ao sono em trabalhadores de enfermagem. Revista Escola Enfermagem USP.v.46, n.6, p. 1471-1476, 2012. MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 6 ed. Rio de Janeiro: Abrasco, 1999. NEVES, M.J.A.O. et al. Influência do trabalho noturno na qualidade de vida do enfermeiro. Rev. Enferm. UERJ. Rio de Janeiro, v.18, n.1, p.42-47, jan-mar, 2010. OLIVEIRA, M.M. Alterações psicofisiológicas dos trabalhadores de enfermagem no serviço noturno. 2005. Dissertação(Mestrado) - Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005. Polit DF; Beck CT; Hungler BP. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: métodos, avaliação e utilização. Porto Alegre: Artmed, 2004. 10 RODRIGUES, T.C., CANANI, L.H.S. A influência do turno de trabalho em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Revista Associação Médica Brasileira. v.54, n.2, p. 160-162, 2008. SILVA, C.A.R., MARTINO, M.M.F. Aspectos do ciclo vigília-sono e estados emocionais em enfermeiros dos diferentes turnos de trabalho. Revista Ciência Médica. v.18, n.1, p. 21-33, 2009. SILVA, R.M. et al. Trabalho noturno e a repercussão na saúde dos enfermeiros. Revista Esc Ana Nery. Santa Maria, v.15, n.2, p. 270-276, abr-jun, 2011. VEIGA, K.C.G.; FERNANDES, J.D.; PAIVA, M.S. Análise fatorial de correspondência das representações sociais sobre o trabalho noturno da enfermeira. Rev. Bras. de Enferm. Brasilia, v.66, n.1,p.18-24, jan-fev, 2013. VERSA, G.L.G.S. et al. Estresse ocupacional: avaliação de enfermeiros intensivistas que atuam no período noturno. Revista Gaúcha Enfermagem. v.33, n.2, p. 78-85, 2012. 11 APÊNDICE A - Quadro 1: identificação dos impactos do trabalho noturno Título Autor Ano Objetivo Método Impactos Alterações psicofisiológicas dos trabalhadores de enfermagem no serviço noturno. OLIVEIRA, M.M. 2005 Identificar as alterações psicofisiológicas nos trabalhadores de enfermagem do serviço noturno que atuam em um CTI. Dissertação de mestrado, estudo de caso. Déficit ou perturbação do sono, fadiga, diminuição da concentração, estresse e obesidade. O trabalho noturno e a prática de enfermagem: uma percepção dos estudantes de enfermagem. LISBOA, M.T.L.; OLIVEIRA, M.M.; REIS, L.D. 2006 Identificar a percepção do acadêmico de enfermagem sobre o trabalho noturno e analisá-la em relação a influência desse plantão na saúde do trabalhador de enfermagem. Estudo quantitativo Cansaço, distúrbios de sono, falta de tempo para o lazer, perigo de acidentes. Perfil dos profissionais de enfermagem do turno noturno do hospital de clínicas de Porto Alegre. MAGALHÃE S, A.M.M.; MARTINS, C.M.S; FALK, M.L.R.; FORTES, C.V.; NUNES, V.B. 2007 Identificar as características dos profissionais de enfermagem do turno noturno e os fatores motivadores e estressores relacionados a esses trabalhadores. Estudo quantitativo. Maior tempo disponível para convívio familiar, assistência com melhor qualidade, facilidade de horários. Inadequação alimentar, necessidade de cumprir, interfere no lazer, no relacionamento familiar, no aprendizado, maior risco para a ocorrência de acidentes. Qualidade do sono prejudicada, insônia, ansiedade, irritabilidade, mudanças no estado emocional, distúrbios gastrointestinais, constipação. 12 Aspectos do ciclo vigíliasono e estados emocionais em enfermeiros dos diferentes turnos de trabalho. SILVA, C.A.R.; MARTINO, M.M.F. 2009 Descrever o ciclo vigíliasono de enfermeiros em função de seus turnos de trabalho; Identificar alterações no padrão de sono e sés estados emocionais. Estudo quantitativo e qualitativo. Fragmentação do sono, dupla jornada de trabalho, desgaste . Possibilidades e limites da recuperação do sono de trabalhadores noturnos de enfermagem. MEDEIROS, S.M.; MACÊDO, M.L.A.F.; OLIVEIRA, J.S.A.; RIBEIRO, L.M. 2009 Investigar as possibilidades/limites da recuperação do sono das trabalhadoras de nível médio de enfermagem que desenvolvem suas atividades laborais no turno noturno no setor de prontosocorro em um hospital público, em Natal, Rio Grande do Norte. Estudo qualitativo Qualidade do sono afetada, estresse, depressão, enxaqueca, irritação, mau humor, acidentes de trabalho. Trabalho noturno e morbidades de trabalhadores de enfermagem. MAYNARDE S, D.C.D; SARQUIS, L.M.M; KIRCHHOF, A.L.C. 2009 Identificar os principais agravos à saúde dos trabalhadores de enfermagem do período noturno. Estudo quantitativo e qualitativo Qualidade do sono afetada, cansaço, fadiga, perda de energia. Arquitetura do sono diurno e ciclo vigília-sono em enfermeiros nos turnos de trabalho. MARTINO, M.M.F. 2009 Verificar a arquitetura do sono após o trabalho noturno e as características do ciclo vigília-sono em enfermeiras de diferentes turnos. Estudo qualitativo Qualidade do sono afetada. 13 Influência do trabalho noturno na qualidade de vida do enfermeiro. NEVES, M.J.A.O.; BRANQUINH O, N.C.S.S.; PARANAGU Á, T.T.B.; BARBOSA, M.A.; SIQUEIRA, K.M. 2010 Investigar a influência do trabalho noturno na qualidade de vida do enfermeiro. Estudo qualitativo Alterações no padrão de sono, mudança de humor, capacidade de concentração diminuída, cansaço, insônia, irritabilidade, estresse, desânimo, falta de lazer, convívio familiar e social prejudicado. Trabalho noturno e a repercussão na saúde dos enfermeiros. SILVA, R.M.; BECK, C.L.C.; MAGNAGO, T.S.B.S.; CARMAGNA NI, M.I.S.; TAVARES, J.P.; PRESTES, F.C. 2011 Apresentar e discutir as alterações na saúde percebidas por enfermeiros do período noturno. Estudo qualitativo Má qualidade sono/repouso, cansaço, desgaste, ganho ponderal, mal estar gástrico, isolamento, dificuldade de participação em acontecimentos sociais. Percepção do enfermeiro sobre os efeitos do trabalho noturno em sua vida. GIRONDI, J.B.R.; GELBCKE, F.L. 2011 Identificar as percepções dos enfermeiros acerca dos efeitos do trabalho noturno sobre sua saúde e vida social. Estudo qualitativo Qualidade do sono prejudicada, dupla jornada de trabalho, isolamento dos outros setores, atividades de educação em saúde restritas, cansaço físico e mental. Análise fatorial de correspondência das representações sociais sobre o trabalho noturno da enfermeira. VEIGA, K.C.G.; FERNANDE S, J.D.; PAIVA, M.S. 2013 Apreender as Representações Sociais de enfermeiras sobre o trabalho noturno. Estudo quantitativo e qualitativo. Estresse, privação do sono, dupla jornada. 14