08/08/2012
Contabilidade Intermediária
Profa. Ma. Simone Maria Menezes Dias
Aula 2
Regime de Competência e
Regime de Caixa
Conceitos: Receitas e Despesas
Receitas
 Vendas de Produtos, Mercadorias ou Serviços:
 A vista  entrada de dinheiro em Caixa.
 A prazo  entrada
de direitos a receber
Conceitos: Receitas e Despesas
Despesas
 Todo sacrifício, esforço para obter Receita:
 Matéria-Prima.
 Mão de Obra.
 Consumo de bens.
 (Depreciação).
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Regime de Caixa
– Evento
financeiro:
valores
contabilizados
quando da entrada ou saída de dinheiro do
Caixa.
– Receita/Despesa: contabilizada
pelo encaixe/desencaixe.
Regime de Competência
Parágrafo 1o do art. 279 do RIR/99.
É importante salientar
que a legislação do
imposto
de
renda
estabelece
que
as
receitas e despesas
devem ser apropriadas
pelo
Regime
de
Competência.
Regime de Competência
Evento econômico: fato gerador.
– Receita  contabilizada quando for gerada,
independentemente de seu recebimento financeiro.
– Despesa  contabilizada quando for consumida,
independentemente de seu
pagamento.
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
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Art. 9 - Princípio da Competência
•
-
As receitas consideram-se realizadas:
Pagamento de transações com terceiros.
Geração de novos ativos.
Extinção de passivos.
•

Despesas incorridas:
Diminuição do ativo.
Surgimento do passivo.
Resolução CFC 750 DE
29/12/93.
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
Art. 6 - Princípio da Oportunidade
Refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à
integridade do registro do patrimônio e de suas
mutações, determinando que este seja feito de
imediato, independentemente de suas causas.
Resolução CFC 750 DE 29/12/93
COMPETÊNCIA
X
OPORTUNIDADE
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
Receitas e Despesas
a vista versus a prazo
OPERAÇÕES
A PRAZO
A VISTA
Receita 
+ Dupl. a Receber
Ativo
+ Caixa (Encaixe)
Ativo
Despesa 
+ Contas a Pagar
Passivo
(-) Caixa
(desembolso)
Ativo
D.R.E.
BALANÇO PATRIMONIAL
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
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Regime de Caixa versus Competência
A Empresa Interact Ltda vendeu em X1 $ 20.000 e
só recebeu $ 12.000 (o restante receberá no
futuro); teve como despesa incorrida $ 16.000 e
pagou até o último dia do ano $ 13.000.
D.R.E.
COMPETÊNCIA
CAIXA
Receitas
Despesas
Resultado
20.000
(16.000)
4.000
12.000
(13.000)
(1.000)
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
Balanço Patrimonial versus D.R.E
(Regime de Competência)
- Lançados no Ativo de material de escritório.
- À medida que consumidos, serão baixados do
Ativo e contabilizados como despesa.
- O restante (não consumido):
• Ficaria no Ativo Circulante
como Despesa do Exercício
Seguinte.
Apuração do Resultado e Regime
de Contabilidade
- Valores contábeis (Contas)  ou BP
(contas patrimoniais)
ou DRE
(contas de resultado)
-BP: Ativo
 Itens que trazem benefícios para a
empresa.
 Quando gastos se transformam
em despesas:
 Material de escritório.
 Seguros a vencer.
Fonte: Contabilidade Básica
José Carlos Marion
Balanço Patrimonial x Demonstração
do Resultado
e Regime de Competência
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Apuração do Resultado e Regime
de Contabilidade
Balanço Patrimonial x Demonstração do Resultado
e
Regime de Competência
- Lançados no Ativo.
- São bens que trarão benefícios no futuro.
-
À
medida
que
consumidos,
serão
baixados do Ativo e contabilizados como
despesa.
Dependendo do volume, a empresa considera
como gasto imediato.
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
Balanço Patrimonial x Demonstração do Resultado
e
Regime de Competência
Seguros a vencer
Balanço Patrimonial
Ativo
Passivo
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
Apuração do Resultado e Regime
de Contabilidade
Circulante
Disponível
Duplicatas a Receber
Estoques
Seguros a Vencer
Compreendem itens que trarão
benefícios à empresa, mas serão
utilizados (consumidos) no próximo ano,
tornando-se despesas.
Apuração do Resultado e
Regime de Contabilidade
Balanço Patrimonial x Demonstração do Resultado
e
Regime de Competência
Exemplo
Considere que a Cia. Desconfiada fez um
seguro por um ano, em 30-9-X1, pagando $
18.000 (prêmio de seguro). Nesta data,
adquiriu $ 10.000 de material de escritório.
Em 31-12-X1, constatou-se que havia em
estoques apenas $ 2.000 de material de
escritório. Como fica o Balanço Patrimonial
em 31-12-X1?
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em $ mil
Balanço Patrimonial
31-12-X1
Ativo
Circulante
.__________
xxxxx
.__________
xxxxx
. - Seguros
13.500
Mat.
2.000
Passivo
Poderia ser
Companhia Desconfiada
classificado
como
a
Vencer
de
escr.
estoque
de consumo
Apuração do Resultado e
Regime de Contabilidade
Balanço Patrimonial x Demonstração
do Resultado
e Regime de Competência
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
Apuração do Resultado e
Regime de Contabilidade
Balanço Patrimonial x Demonstração do Resultado
e
Regime de Competência
Companhia Desconfiada
Em $ mil
DRE
X1
Receita
(-) Despesa
________ ...
Seguros
Material Escritório
________ ...
------------------4.500
8.000
-------
Lucro / Prejuízo
-------
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos M arion
Apuração do Resultado e
Regime de Contabilidade
Outros ajustes com relação ao
Regime de Competência
Ao final do exercício social – Para apurar o Lucro do Período
 Devedores duvidosos:
 Perdas estimadas referentes ao período em
questão.
 Depreciação:
 Gastos relativos ao uso de bens do Ativo
Imobilizado.
 Taxas fixadas pelo Imposto de Renda.
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
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Efeito do Lucro no
Balanço
Pertence ao
proprietário
Lucro apurado
Prejuízo
Deve assumi-lo
Parte do Lucro pode ser reinvestido
(lucros retidos/acumulados). Entra
no Balanço via PL (origem), sendo
aplicado no Ativo.
A parte do
proprietários
dividendos.
lucro
é
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
distribuída aos
denominada
Efeito do Lucro no Balanço
Exemplo
Uma Empresa tem $ 900 de capital aplicado no caixa.
Durante o ano, tem uma receita de $ 800 a vista, por
prestação de serviços e uma despesa de $ 500.
Apure o lucro e observe os efeitos no
balanço, sabendo-se que não houve
distribuição de dividendos.
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
BALANÇO PATRIMONIAL (APÓS APURAÇÃO DO LUCRO)
Início do ano
Circulante
- Caixa
Total
Final do
ano
900
1.200
-
-
900
1.200
Patrimônio Líquido
- Capital
- Lucros Retidos
Total
Início do ano
Final do ano
900
-
900
300
900
1.200
DRE (APURAÇÃO DO LUCRO)
Receita à vista
(-) Despesas
Lucro
800
(500)
300
“Muitos novatos nas finanças não conhecem a
relação entre Demonstração do Resultado (DRE) e
o Balanço. O entendimento desta relação é vital.”
(Pai Rico, pai pobre, p. 64)
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
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Efeito do Lucro no Balanço
Lucro
apurado
Pertence ao
proprietário
Prejuízo
Deve assumi-lo
A parte do lucro
distribuída aos
proprietários
é denominada
dividendos.
Parte do Lucro pode ser
reinvestido (lucros
acumulados). Entra no Balanço
via
PL (origem), sendo aplicado no
Ativo.
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
Diferença entre Despesa e Custo
Gastos com
Escritório
(Administração)
Gastos com Produção
(Indústria)
DESPESA
CUSTOS
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
Diferença entre Despesa e Custo
•
•
•
Indústria:
Ex.: Custo = Gastos na fábrica.
Despesa = Gastos no escritório.
Comércio:
Ex.: Custo = Mercadoria a ser revendida.
Despesa = Gastos na indústria.
Serviços:
Ex.: Custo = MO Aplicada.
Despesa = Gastos na
administração.
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
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08/08/2012
Custo das Mercadorias Vendidas
Nas empresas que adotam o controle
permanente de estoques, o custo das
mercadorias vendidas está sempre determinado
(disponível), considerando os registros contínuos
quando da movimentação de mercadorias.
Custo das Mercadorias
Vendidas (CMV)
Nas empresas comerciais que adotam sistema de
inventário periódico, o CMV é apurado
extracontabilmente. Para tal, pode-se utilizar a
seguinte equação:
CMV = EI + Co - EF
Equação Detalhada
• CMV = custo das
mercadorias vendidas.
• EI = estoque das
mercadorias no início do
período.
• Co = compras líquidas no
período.
• EF = estoque de
mercadorias no final do
período.
O estoque de
mercadorias deverá estar
despojado do ICMS
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Operações de CMV
A empresa Interact Ltda. inicia o mês de
fevereiro com dois veículos em estoques para
revenda. Cada veículo custou à companhia $
150.000. Portanto:
Estoque inicial:
2 x 150.000 = 300.00
(Fevereiro)
Estoque inicial: 2 veículos x 150.000 = 300.000
Compra no mês: 3 veículos x 150.000 = 450.000
Veículos à disposição
Para comercialização: 5 veículos
= 750.000
Operações de CMV
Durante o mês de fevereiro, a
companhia compra mais três
veículos para revenda por $
150.000 cada um. Portanto, a
companhia dispõe dos veículos
indicados para negociar.
Operações de CMV
Neste mesmo mês, a companhia revende quatro
veículos por $ 200.000 cada um. O Resultado Bruto
(Lucro Bruto) apurado neste mês:
Vendas:
4 veículos x 200.000 = 800.000
( - ) Custo da Mercadoria Vendida:
4 veículos x 150.000 = (600.000)
Lucro Bruto
200.000
O CMV foi obtido diretamente pela
multiplicação
da
quantidade
vendida pelo custo unitário.
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08/08/2012
Resultado
Neste exemplo, apenas um veículo não foi
vendido. Sobrou no final do mês, portanto, um
veículo que custou à empresa $ 150.000. Essa
sobra no final do mês (ou do ano ou de
qualquer período) denomina-se Estoque Final.
O Estoque Final será: $ 150.000.
Resultado
Assim, resumindo as operações, tem-se:
Estoque inicial: 2 veículos
(EI)
Compras no período: 3 veículos
(C)
Veículos Disponíveis para Venda: (5)
Estoque Final: 1 veículo (EF)
300.000
450.000
750.000
150.000
Fonte: Cont abilidade Básica – José Carlos Marion
A diferença entre
750.000 e 150.000
refere-se
exatamente às
unidades vendidas.
Resultado
Fórmula
Descrição
Valor
EI + C
VEICULOS À DISPOSIÇÃO R$ 750.000,00
(-) EF
(-) FINAL DO PERÍODO
R$ 150.000,00
= CMV
VEÍCULOS VENDIDOS
R$ 600.000,00
O CMV foi obtido indiretamente,
sem a necessidade de se
multiplicar a quantidade vendida
pelo custo unitário.
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
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Continua...
Exemplo - Inventário Periódico
A Empresa Intercont Ltda possui em seu estoque a
seguinte composição em 1 de novembro de 2002: 100
cadeiras, com custo unitário de $ 20,00, totalizando $
2.000,00. Operações realizadas durante o mês de
novembro de 2002:
10/11 – compra de 50 cadeiras - custo unitário de
R$ 18,00 (total R$ 900,00).
11/11 – venda de 30 cadeiras.
13/11 – venda de 80 cadeiras.
18/11 – compra de 20 cadeiras custo unitário de R$ 21,00
(total R$ 420,00).
25/11 – venda de 55 pares
Estoque final de 5 pares
(R$ 21 x 5 unid. = R$ 105,00)
Inventário Periódico
CMV = EI + C – EF
No final de novembro, será apurado o estoque físico e
atribuído valor a ele, sendo então calculado o Custo da
Mercadoria Vendida nesse período. O cálculo fica da
seguinte forma:
Inventário Periódico
CMV = $2.000 + $1.320 – $105
CMV = $3.215
Ou seja:
EI = $2000
C = $900 + $420 = $1320
EF = valor apurado
(extracontábil)
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08/08/2012
Inventário Periódico
Os registros contábeis ficam da seguinte forma:
Livro Razão (razonetes)
(EI)
(3)
(EF)
Compras
Estoque
2.000
3.215 (4)
1.320
3.320
105
900
420
1320
(1)
(2)
a conta compras
será transferida no
final do período
para
a
conta
estoques
1320 (3)
Valor apurado
extracontábil
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
Inventário Periódico
Os registros contábeis ficam da seguinte forma:
Caixa/Forncedores
xxxx
900 (1)
420 (2)
(4)
CMV
3.215
Transferido para
o RE do período
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
Ativo versus DRE
Empresa Comercial
Empresa
Comercial
Ativo
Circulante
Estoque de
Mercadorias
Outros
Estoques
Receita Líquida (Vendas)
(-) Custo das Mercadorias
Vendidas = Lucro Bruto
com Mercadorias
(-) Despesas
Administrativas
Despesas com vendas
Financeiras
Tributárias
____________________
= Lucro Líquido
Operacional
Fonte: Contabilidade Básica – José Carlos Marion
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08/08/2012
Contabilidade Intermediária
Profa. Ma. Simone Maria Menezes Dias
Aula 2
Regime de Competência e
Regime de Caixa
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