ND-2.008
Redes de Distribuição Subterrânea 13,2 kV – Loteamentos Residenciais
Norma Técnica
Distribuição de Energia Elétrica
ND-2.008
Redes de Distribuição Subterrânea 13,2 kV – Loteamentos Residenciais
Autores: Plácido Antonio Brunheroto
Tsuyoshi Okihiro
Francisco Lourenço da Silva
Revisão: Tsuyoshi Okihiro
Francisco Lourenço da Silva
Antonio João Monteiro
Reginaldo J.L. Oliveira
SUPERINTENDÊNCIA DE ENGENHARIA DA DISTRIBUIÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DA DISTRIBUIÇÃO
DIVISÃO DE ENGENHARIA DE REDES SUBTERRÂNEAS
VERIFICADO
APROVADO
JOÃO JOSÉ DOS S. OLIVEIRA
ANDREY TETSUJI UMEJI
VERIFICADO
APROVADO
JOÃO JOSÉ DOS S. OLIVEIRA
MARIANO MICHAEL BERGMAN
Original Assinado
Original Assinado
DATA
DATA
01/2000
ND-2.008 Página 1
ÍNDICE
PÁG.
1. OBJETIVO ...............................................................................................................
03
2. CAMPO DE APLICAÇÃO ........................................................................................
03
3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ..............................................................................
03
4. TERMINOLOGIA .....................................................................................................
04
5. CONTEÚDO E APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS .............................................
5.1. Projetos Para Análise e Liberação Pela ELETROPAULO ...............................
5.2. Documentação Final ........................................................................................
05
05
06
6. TENSÃO NOMINAL ................................................................................................
06
7. INSTALAÇÕES DOS CONSUMIDORES ...............................................................
07
8. PREVISÃO DE CARGAS ........................................................................................
8.1. Generalidades ..................................................................................................
8.2. Previsão de Demandas em Função das Cargas Instaladas ............................
8.3. Previsão de Cargas em Função dos Consumos Médios Estimados
Por Residências ................................................................................................
07
07
07
07
9. PROJETO BÁSICO ELÉTRICO ..............................................................................
08
10. ALTERNATIVA 1: REDE PRIMÁRIA SUBTERRÂNEA .........................................
10.1. Configuração Básica ....................................................................................
10.2. Queda de Tensão ........................................................................................
10.3. Poste de Transição Aéreo-Subterrâneo .......................................................
10.4. Cabo Primário ..............................................................................................
10.5. Condutor de Proteção (Neutro) ....................................................................
10.6. Acessório Desconectáveis ...........................................................................
10.7. Terminal .......................................................................................................
10.8. Emenda Reta Fixa .......................................................................................
10.9. Indicador de Defeito .....................................................................................
09
09
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10
11
12
12
13
13
14
11. TRANSFORMADOR ..............................................................................................
11.1. Proteção Contra Sobre-Correntes ................................................................
11.2. Localização do Transformador em Pedestal ..........................................
14
15
20
ND-2.008 Página 2
12. ALTERNATIVA 2: REDE PRIMÁRIA NO POSTE DE TRANSIÇÃO
INTERNO AO CONDIMÍNIO .................................................................................
12.1. Configuração Básica ....................................................................................
21
21
13. REDE SECUNDÁRIA ............................................................................................
13.1. Concepção Básica .......................................................................................
13.2. Queda de Tensão ........................................................................................
13.2.1. Fórmulas Práticas de Cálculos de Quedas de Tensão, em Volts ....
13.2.2. Parâmetros de Cálculos ...................................................................
13.3. Cabos Secundários ......................................................................................
13.3.1. Interligação Transformador – Q.D.P. ................................................
13.3.2. Circuitos Secundários .......................................................................
13.3.3. Entradas de Serviço..........................................................................
13.3.4. Características Básicas ....................................................................
13.4. Quadro de Distribuição em Pedestal – Q.D.P. .............................................
13.5. Emendas ......................................................................................................
22
22
22
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25
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26
27
27
27
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30
14. ALIMENTAÇÃO DE CONSUMIDORES EM MÉDIA TENSÃO ..............................
32
15. PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTES ......................................................
32
16. ATERRAMENTO ...................................................................................................
32
17. PROJETO BÁSICO CIVIL .....................................................................................
17.1. Generalidades ..............................................................................................
17.2. Circuitos Primários .......................................................................................
17.3. Circuitos Secundários Diretamente Enterrados ...........................................
17.4. Circuito Secundário em Duto .......................................................................
17.5. Fita de Advertência ......................................................................................
17.6. Poços de Inspeção e Caixas de Passagens ................................................
17.7. Base do Transformador em Pedestal ..........................................................
17.8. Base do Quadro de Distribuição em Pedestal – Q.D.P. ...............................
17.9. Projeto Civil Executivo ..................................................................................
33
33
33
34
34
35
35
36
36
36
18. ACOMPANHAMENTO DE EXECUÇÃO DE OBRAS ............................................
37
ANEXO A: LEGENDA PARA PROJETOS DE REDES ELÉTRICAS ..........................
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1. OBJETIVO
Estabelecer critérios e métodos visando a elaboração de projetos para alimentação
de novos loteamentos residenciais através das diversas alternativas apresentadas nesta
Norma da Distribuição.
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Aplica-se a novos loteamentos residenciais, com cargas não superiores a 4,5 MVA,
situados em localidades com redes primárias em 13,2 kV.
3. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Para a utilização desta Norma é necessário consultar:
!
ND-2.014: Construção Civil para Instalação de Rede de Distribuição Subterrânea com
Transformador em Pedestal;
!
E-B.21: Cabos de Potência Com Isolação Extrudada de Polietileno Reticulado (XLPE)
ou de Borracha Etileno-Propileno (EPR) Para Tensões de 1 a 35 kV;
!
E-B.22: Cabos de Potência com Isolação Extrudada de Polietileno Reticulado
(XLPE) Para Tensões de 0,6/1,0 kV, sem Cobertura;
!
E-C.09: Emendas Para Cabos de Potência com Isolação;
!
NBR-7310: Transporte, Armazenamento e Utilização de Bobinas de
Elétricos em Madeira;
!
NTE-005: Transformador em Pedestal – Especificação e Método de Ensaio;
!
NTE-030: Carretéis Para Fios e Cabos Elétricos;
!
NTE-036: Quadro de Distribuição em Pedestal;
!
NTE-044: Acessórios Isolados Desconectáveis Para Cabos de Potência Para Tensões
de 15 kV a 35 kV;
!
NTE-049: Transformador Para Rede Aérea de Distribuição – Especificação;
!
NTE-051: Terminais Para Cabos de Potência com Isolação Para Tensões de 1 a 35
kV - Especificação;
!
PD-4.001: Redes de Distribuição Aérea Urbana – 15 kV;
!
PD-4.020: Rede de Distribuição Subterrânea em Baixa Tensão;
!
PD-4.021: Rede de Distribuição Subterrânea em Média Tensão;
!
PD-4.022: Construção Civil – Rede Subterrânea;
PD-8.002: Materiais Padronizados Para Rede de Distribuição Subterrânea;
!
!
Condutores
RT-004: Transformadores Conectados em Ramais Subterrâneos Derivados de
Circuitos Aéreos.
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4. TERMINOLOGIA
!
Rede de distribuição subterrânea: rede elétrica constituída de cabos e acessórios
isolados instalados sob a superfície do solo, diretamente enterrados ou em dutos.
!
Circuito primário subterrâneo: parte da rede subterrânea, constituído de cabos
isolados, que alimentam os transformadores de distribuição da ELETROPAULO e/ou de
consumidores.
!
Circuito secundário subterrâneo: parte da rede subterrânea, constituído de cabos
isolados, que a partir dos transformadores de distribuição aéreo ou em pedestal conduz
energia aos pontos de consumo.
!
Ramal de entrada primário: conjunto de condutores e seus acessórios compreendidos
entre o ponto de derivação da rede primária aérea e um ou mais pontos de entrega.
Para a alternativa onde é utilizado poste de transição instalado internamente à
propriedade particular, o mesmo deverá ser instalado a uma distância mínima de 3
metros e não superior a 5 metros a partir do alinhamento da via pública.
!
Ramal de entrada secundário: conjunto de condutores e seus acessórios
compreendidos entre o ponto de derivação da rede secundária e a entrada de serviço.
Para a alternativa onde é utilizado poste de transição instalado internamente à
propriedade particular, são os condutores, eletrodutos e acessórios compreendidos
entre o ponto de entrega e o quadro de distribuição em pedestal – Q.D.P., incluindo-se
o transformador, estruturas e isoladores, poste e ferragens.
!
Entrada de serviço: é o ponto até o qual a ELETROPAULO se responsabiliza pelo
fornecimento de energia elétrica e pela execução dos serviços de operação e
manutenção. Este ponto de entrega corresponde a caixa de medição que deve ser
localizada na propriedade do consumidor e estar situada, se possível, no limite com a
via pública.
!
Transformador em pedestal: transformador selado, para utilização ao tempo, fixado
sobre uma base de concreto, com compartimentos blindados para conexão de cabos de
média tensão e de baixa tensão.
!
Quadro de distribuição pedestal (Q.D.P.): conjunto de dispositivos elétricos (chaves,
barramentos, isoladores e outros), montados em caixa metálica ou fibra de vidro com
poliuretano injetado, destinados a operação (manobra e proteção) de circuitos
secundários (entradas de serviço).
!
Carga instalada: soma das potências nominais dos equipamentos de uma unidade de
consumo que, após concluído os trabalhos de instalação, estão em condições de entrar
em funcionamento.
!
Fator de coincidência ou simultaneidade: razão entre a demanda simultânea
máxima de um conjunto de equipamentos ou instalações elétricas e a soma das
demandas máximas individuais ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado.
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!
Loteamentos edificados: loteamentos com todos os serviços de infra-estrutura (água,
energia elétrica, telefone, pavimentação e outros) e residências construídos. (Nota: os
loteamentos edificados são colocados a venda para ocupações imediatas das
residências).
!
Loteamentos não edificados: loteamentos somente com os serviços de infraestrutura (água, energia elétrica, telefone, pavimentação e outros) construídos.
Nota: nos loteamentos não edificados são colocados a venda lotes, sendo de
responsabilidade dos compradores as futuras construções das residências e as
ligações dos serviços de infra-estrutura.
5. CONTEÚDO E APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS
5.1. Projetos Para Análise e Liberação Pela ELETROPAULO
O projeto correspondente à rede de distribuição subterrânea em loteamento
residencial deverá conter:
• memorial descritivo (3 cópias) contendo informações referentes a:
- área e localização do empreendimento;
- descrição básica do empreendimento: área total, número de residências/ lotes,
áreas das residências/lotes, lançamento de vendas e outros;
- cronograma previsto para início das obras e para energização da rede;
- características básicas das edificações;
- características das obras a serem feitas nas áreas comuns (clubes, áreas de
recreação, administração e outros);
- outros serviços (água, esgoto, telefone e outros);
- estimativa (previsão) de cargas;
- cálculos elétricos: corrente elétrica nos cabos, demanda, carga dos transformadores,
quedas de tensão e outras informações julgados necessários;
- relação de materiais e equipamentos;
- descrições básicas dos materiais e equipamentos (especificação de compra);
- obras civis;
- instalação da rede elétrica;
- projeto básico da rede secundária;
- projeto com detalhamento dos quadros gerais de entrada das casas e da
administração;
- desenho do transformador (contorno e dimensional);
- desenhos das buchas primárias e secundárias (dimensionais e identificação do
fornecedor);
- desenho do comutador de tensão com a identificação do fornecedor;
- placa de identificação do transformador;
- relatórios de ensaios de tipo do transformador.
Nota: deve constar do memorial descritivo as Anotações de
Responsabilidade
Técnica – ART e cópias da Carteira de Registro do CREA dos profissionais
técnicos responsáveis pelos projetos elétrico e civil. No caso de firma
instaladora, também deve ser apresentada a Certidão de Registro naquele
Conselho.
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• projeto básico da rede secundária, incluindo o poste de transição quando secundário
derivado de transformador aéreo (3 cópias) indicando em plantas (se aplicável):
- entradas de serviço: quantidade e seção dos cabos;
- circuitos secundários: quantidade e localização dos cabos e acessórios (derivações,
emendas e outros);
- quadros de distribuição em pedestal: modelos, quantidade e capacidade das chaves e
dos fusíveis NH;
- transformadores de distribuição: localização e potências nominais.
• projeto básico da rede primária (3 cópias) indicando em plantas:
- transformadores de distribuição: localização e potências nominais;
- circuitos e ramais de ligação primários: seção e localização dos cabos, identificação e
localização dos acessórios (desconectáveis, emendas retas, terminais, indicadores de
defeito, pára-raios, chaves fusíveis e outros), postes de transição e outros.
• projeto básico de obras civis (3 cópias) indicando e identificando, em plantas, postes de
transição, canalização subterrânea, poços de inspeção, caixas de passagem, base(s)
do(s) transformador(es) e do(s) quadro(s) de distribuição em pedestal(is) e outros
julgados necessários.
Na elaboração dos projetos básicos elétricos (rede primária e secundária) e civil
deverão ser levados em consideração:
• plantas básicas na escala 1:500 contendo logradouros públicos (ruas, praças, calçadas,
canteiros centrais, ilhas e outros);
• cada um dos projetos básicos (primário, secundário e civil) deve ser feito em planta
exclusiva;
• os projetos básicos (primário, secundário e obras civis) devem ser desenvolvidos sobre
uma mesma planta básica;
• simbologia para representação gráfica de acordo com o estabelecimento no Anexo A.
5.2. Documentação ao Final das Obras
Após a conclusão da rede e anteriormente a energização da mesma, o
empreendedor deverá apresentar 3 cópias das plantas revisadas (primário, secundário e
obras civis), indicando a situação real (“as built”), e com indicações de outras obras de
infra-estrutura (água, telefone, esgoto e outros) que possam interferir em eventuais futuras
manutenções (linhas próximas, cruzamentos e outros).
6. TENSÃO NOMINAL
A ELETROPAULO, para as redes abrangidas nesta Norma, considera admissíveis
tensões de fornecimento no ponto entrega de energia na faixa de:
!
12.210 V (-7,5%) a 13.860 V (+5%) na rede primária, tensão nominal de 13.200V;
!
201/116V a 229/132V na rede secundária, tensão nominal de 220/127V.
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7. INSTALAÇÕES DOS CONSUMIDORES
Os critérios para atendimento dos consumidores, assim como os requisitos técnicos
correspondentes, estão definidos nas publicações “Fornecimento de Energia Elétrica em
Tensão Secundária de Distribuição - Instruções Gerais” e “Fornecimento de Energia
Elétrica em Tensão Primária de Distribuição - Informações Gerais” para cargas instaladas
iguais ou inferiores a 75 kW e superiores a 75 kW, respectivamente.
Nota: As publicações mencionadas
ELETROPAULO.
podem
ser
adquiridas
nas
Agências
da
8. PREVISÃO DE CARGAS
8.1. Generalidades
O empreendedor será o responsável pela previsão de cargas dos consumidores que
será adotada no dimensionamento da rede de distribuição e influenciará diretamente em
seu custo. Mudanças posteriores na rede, decorrentes de eventuais distorções de cargas,
poderão ser feitas, mas os custos correspondentes são de responsabilidades dos
empreendedores.
Com o objetivo de auxiliar os projetistas, dois critérios para previsão de cargas dos
consumidores estão apresentadas a seguir.
O projetista deverá optar, obrigatoriamente por um, ou outro critério estabelecido nos itens
8.1 e 8.2. Sendo que a sua utilização não elimina a responsabilidade do projetista.
8.2. Previsão de Demandas em Função das Cargas Instaladas
Baseando-se em plantas das edificações a serem construídas, ou nas
características previstas das mesmas, poderão ser estimadas as cargas instaladas por
consumidores. As demandas previstas poderão ser estimadas, a partir do método
constante da publicação “Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária de
Distribuição - Instruções Gerais”.
8.3. Previsão de Cargas em Função dos Consumos Médios Estimados por
Residências
Pelas características previstas para as residências do empreendimento e analogias
com outros loteamentos similares, o projetista pode estimar o consumo de cada lote e
calcular a demanda prevista através da fórmula:
kVAD = 0,022 kWH0,84
(8.1)
onde:
- kVAD - demanda prevista em kVA;
- kWh - consumo mensal estimado em kWh.
A fórmula (8.1) pode ser utilizada também para previsão de carga nos diversos
componentes da rede, considerando-se para tanto a soma dos consumos estimados dos
lotes envolvidos. Deve ser notado que, para diversas residências de consumos idênticos, a
fórmula (8.1) implica nos fatores de coincidências indicados na Tabela 8.1.
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Tabela 8.1. Fatores de Coincidência Para Edificações com Cargas Iguais
NR
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
FC
1.00
0,89
0,83
0,79
0,77
0,74
0,72
0,71
0,69
0,68
NR
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
FC
0,67
0,66
0,65
0,65
0,64
0,63
0,62
0,62
0,61
0,61
NR
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
FC
0,60
0,60
0,59
0,59
0,59
0,58
0,58
0,57
0,57
0,57
NR
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
FC
0,57
0,56
0,56
0,56
0,55
0,55
0,55
0,55
0,54
0,54
NR
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
FC
0,54
0,54
0,54
0,53
0,53
0,53
0,53
0,53
0,52
0,52
NR: Número de residências - FC: Fator de coincidência
Para auxiliar o projetista, apresenta-se, na Tabela 8.2, consumos médios por
residências de alguns loteamentos, obtidos através de amostras de residências.
Tabela 8.2. Informações Básicas de Alguns Loteamentos
Residenciais de Alto Padrão
Identificação do
Loteamento
Alphaville 1
Tamboré
Granja Viana
Aldeia da Serra
Cidade
Barueri
Barueri
Cotia
Santana do Parnaíba
Consumo Médio
Mensal (kWh) (1)
1400
1800
2300
1100
(1) Valor obtido através de amostragem
9. PROJETO BÁSICO ELÉTRICO
A definição da rede de distribuição subterrânea é feita após a obtenção dos dados
relativos às demandas dos lotes/edificações e envolve um grau de complexidade muito
grande, pois são muitos os fatores que a influenciam, tais como:
!
as características físicas dos loteamentos (espaços disponíveis nas calçadas, espaços
disponíveis para instalação dos transformadores e outros);
!
as características das cargas (demanda, modalidade de atendimento, localização).
Os padrões e critérios de projetos da ELETROPAULO, abordados a seguir,
procuram facilitar essa definição pelos projetistas.
O tempo de atendimento médio, no caso de uma avaria ou emergência, numa
instalação de cabos subterrâneos diretamente enterrados, será de 6 a 7 vezes o tempo
para cabos instalados em dutos.
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10. ALTERNATIVA 1: REDE PRIMÁRIA SUBTERRÂNEA
10.1. Configuração Básica
O circuito primário deverá ser trifásico radial com recurso, com a configuração
básica definida em função das características do loteamento e do sistema existente em
suas proximidades, para sua alimentação.
Concepção básica ilustrativa está apresentada na Figura 10.1. Sempre que for
viável, é aconselhável considerar alimentação com “duas entradas” conectadas
preferencialmente a circuitos diferentes. Esta definição é de responsabilidade da
ELETROPAULO.
Trecho de circuito primário subterrâneo radial sem recurso pode ser considerado
quando alimenta uma única instalação (consumidor primário ou transformador em
pedestal) e o comprimento não for superior a 150 metros.
Figura 10.1. Alimentação do Empreendimento Através de “Uma Única Entrada”
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10.2. Queda de Tensão
As redes primárias subterrâneas de loteamentos residenciais normalmente são
curtas e não alimentam grandes cargas, consequentemente, as quedas de tensões nessas
redes são, normalmente, pequenas.
Se a tensão nesse circuito subterrâneo não estiver dentro dos limites da faixa
admissível, as medidas necessárias para correção serão feitas a partir da rede primária
aérea.
10.3. Poste de Transição Aéreo-Subterrâneo
Na transição de circuito aéreo para subterrâneo deverá ser instalado:
•
•
•
chaves fusíveis (uma por fase);
pára-raios de óxidos metálicos sem centelhadores;
terminais unipolares nas extremidades dos cabos isolados.
As chaves fusíveis deverão operar, normalmente, fechadas em um poste de
transição (“alimentação preferencial”) e, normalmente, abertas no outro (“alimentação
reserva”).
Falta de fase na alimentação de circuitos subterrâneos poderão implicar em
ferroressonância, quando as cargas nos transformadores de 75 kVA , 150 kVA e 300 kVA
forem inferiores a:
•
750 W para comprimentos do circuito primário subterrâneo inferior a 300 metros;
• 1500 W para comprimentos do circuito primário subterrâneo entre 300 e 500 metros;
• 4500 W para comprimentos do circuito primário subterrâneo entre a 500 e 1000
metros;
• 5500 W para comprimentos do circuito primário subterrâneo entre 1000 e 4000 metros.
Nota: Informações complementares referentes ao assunto podem ser verificadas
na RT-004.
Em loteamentos não edificados, as cargas podem não atingir os valores
mencionados anteriormente. Nesses casos, deverá ser utilizado um religador automático
trifásico, em substituição às chaves fusíveis, na transição correspondente a alimentação
preferencial. O religador automático deverá ser ajustado para bloqueio após 1 operação
para faltas ou ausência de tensão em uma ou duas fases.
As estruturas padronizadas para transição de circuitos aéreos para subterrâneos
estão mostradas nos desenhos padrão 4.2.3, 4.2.2.5, 4.4.2.4 e 4.5.5.4 do PD-4.001.
O poste de transição sempre será instalado pela ELETROPAULO. Se o
empreendedor se responsabilizar pela implantação da rede subterrânea, a instalação dos
terminais também será de sua responsabilidade. A ligação dos terminais à rede de
alimentação será feita, posteriormente, pela ELETROPAULO. Os demais componentes
das estruturas de transição serão instalados pela ELETROPAULO.
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10.4. Cabo Primário
Os cabos para os circuitos primários deverão ser triplexados, constituídos de
condutor de cobre, isolação de EPR ou XLPE, cobertura de PVC e classe de isolação
8,7/15 kV. A seção padronizada é 35 mm2 (C.M.: 323.188). O cabo primário deve atender
a E-B.21 e a sua característica está apresentada na Tabela 10.1.
O acondicionamento, transporte e armazenamento de bobinas de cabos, deve
atender os requisitos especificados na E-B.17 e NBR-7310, respectivamente, para
garantir a integridade dos cabos e a preservação dos carretéis de madeira.
Os lances dos cabos podem ser dimensionados pelo projetista, em função dos
projetos, ou seja, os lances podem ser adquiridos de acordo com os trechos de circuito
previstos.
Para possibilitar a instalação de desconectáveis, de acordo com os padrões da
ELETROPAULO, é conveniente acrescentar 5 metros em cada poço de inspeção nos
lances de cabos previstos.
Tabela 10.1. Características dos Cabos Primários
3 x 1 x 35 mm2
Identificação
Descrição
- Código de material
- Diâmetro do condutor (mm)
- Diâmetro sobre a isolação (mm)
. mínimo
. máximo
- Seção equivalente da blindagem, por veia
(mm2)
- Diâmetro externo do cabo singelo (mm)
- Acondicionamento
. carretel (E-B.17)
. lance (m)
- Peso do cabo (kg / km)
- Parâmetros elétricos (1)
. resistência de seq. Positiva (0hm/km)
. reatança de seq. Positiva (0hm/km)
. resistência de seq. Zero (0hm/km)
. reatança de seq. Zero (0hm/km)
. capacitância (µF/km)
- Correntes admissíveis (A) (2)
. um circuito por banco de dutos
. dois circuitos por banco de dutos
323.188.8
7,00
17,1
18,6
9,3
23,00
150/80
250
2380
0,6726
0,1793
1,6793
0,6332
0,2240
152
----
(1) Valores calculados considerando 1 circuito por duto;
(2) Valores
calculados
considerando:
isolação
EPR, temperatura ambiente - 25oC, temperatura de
operação do condutor 90oC, fator de carga 75%,
banco de dutos 2x2, profundidade do banco de dutos:
800 mm.
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10.5. Condutor de Proteção (Neutro)
Em paralelo com os circuitos primários, em duto próprio, deverá ser instalado um
condutor de proteção (neutro) constituído de um cabo de cobre coberto de seção 35 mm2
(C.M.: 323.411) ou isolado com PVC, 750 V (específico).
10.6. Acessório Desconectável
As derivações ou emendas retas com previsão para futura derivação,
seccionamentos (“fins de circuitos”) e conexões de transformadores deverão ser feitas com
acessórios desconectáveis da linha de 200 A, que devem atender a NTE-044.
Os acessórios desconectáveis a serem utilizados em derivações e seccionamentos
de circuitos deverão ser para operação sem carga.
Os acessórios desconectáveis para operação sem carga devem ser de classe de
isolação 15/25 kV, que são intercambiáveis com os equivalentes de 8,7/15 kV e
apresentam custos praticamente iguais.
Os acessórios desconectáveis
apresentados na Tabela 10.2.
padronizados
pela
ELETROPAULO
estão
Tabela 10.2. Acessórios Desconectáveis
Identificação
Oper. Código de
(1)
Material
Utilização
Terminal desconectável cotovelo – TDC
S/C
337.662
3x1x35 mm2
Módulo isolante blindado – MIB
S/C
336.954
---
Plugue de inserção simples – PIS
S/C
336.970
---
Plugue de inserção dupla – PID
S/C
336.971
---
Plugue isolante blindado – PIB
S/C
336.912
---
Receptáculo isolante blindado – RIB
S/C
---
---
Plugue “T” com 2 pinos (PT-2)
S/C
336.966
---
Plugue “T” com 3 pinos (PT-3)
S/C
336.965
---
(1) S/C: Operação sem carga
As derivações dos ramais primários deverão ser feitas através de PT-3´s (ou PT-3 +
PT-2), conforme desenho padrão MP-60-30 do PD-8.002.
Os plugues de inserção duplo, conectados nas buchas de cavidade do
transformador, possibilitarão “derivações” no próprio compartimento de média tensão.
Nestes casos não serão necessários poços de inspeção, se for considerado uma base de
transformador com uma caixa acoplada a mesma para puxamento dos cabos. Para o
último transformador do ramal, pode ser considerada concepção básica semelhante mas
com bucha de inserção simples.
As conexões dos transformadores podem ser
CP-75-03 do PD-4.021.
feitas conforme desenho padrão
ND-2.008 Página 13
10.7. Terminal
Nas extremidades dos cabos primários subterrâneos, onde os mesmos serão
conectados à rede aérea, deverão ser instalados terminais unipolares para uso externo,
classe de tensão 8,7/15 kV. Estes terminais poderão ser termocontráteis, contráteis a frio
ou modulares e deverão atender a NTE-051. Os terminais padronizados pela
ELETROPAULO estão apresentados na Tabela 10.3.
Nota: Para instalação dos terminais deverão ser considerados os conectores que deverão
estar de acordo com o indicado na Tabela 10.3.
Tabela 10.3. Terminais Externos
Cabo 3x1x35 mm2
Discriminação
Código de material
Conector – desenho
Conector - C. M.
337.397
MP-50-05
357.823
10.8. Emenda Reta Fixa
Em poços de inspeção, onde não haverá derivações ou previsões para futuras
instalações das mesmas, poderá ser utilizada emenda reta simétrica, unipolar, enfaixada
ou termocontrátil, de classe de tensão 8,7/15 kV que deve atender a E-C.09. A emenda
reta padronizada pela ELETROPAULO está apresentada na Tabela 10.4.
As emendas retas fixas devem ser aterradas, juntamente com o neutro, em todos os
poços de inspeção.
Nota: Para instalação das emendas deverão ser considerados conectores que deverão
estar de acordo com o indicado na Tabela 10.4.
Tabela 10.4. Emendas
3x1x35 mm2
Cabo
Discriminação
Código de material
Conector – desenho
Conector - C. M.
337.663
MP-50-32
----
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10.9. Indicador de Defeito
Indicadores de defeito deverão ser instalados em poços de inspeção, nos inícios de
trechos de circuitos primários, considerando:
•
o comprimento máximo de cabo entre dois indicadores de defeito deve ser 300 metros;
•
que após cada derivação (transformador ou ramal), deverá ser instalado um indicador
de defeito.
No cabos primário de 35 mm2 deverá ser utilizado indicador de corrente nominal de
100 A (material específico).
11. TRANSFORMADOR
Nas redes subterrâneas de loteamentos residenciais deverão ser utilizados
transformadores em pedestal trifásicos, 13800/13200/12600-220/127 V de 75 kVA, 150
kVA ou 300 kVA, que deverão ser construídos de acordo com a NTE-005 .
Os cabos secundários deverão ser conectados aos transformadores através de
conectores de dois furos, de acordo com o desenho padrão MP-50-01 para cabo de
120 mm² e desenho padrão MP-50-03 para cabo de 240 mm² do PD-8.002. O padrão de
instalação de transformador em pedestal de 75kVA, 150 kVA e 300 kVA, deve ser
realizado conforme o desenho padrão CP-75-03 do PD-4.021. Os conjuntos terminais do
transformador e conectores deverão ser isolados com fitas de auto-fusão.
No caso de rede subterrânea secundária, deverá ser utilizado transformador de
distribuição trifásico de 150 kVA ou 225 kVA , 13,2 kV, que deverão ser construídos de
acordo com a NTE-048.
A carga máxima prevista para transformador em pedestal ou para transformador
aéreo é a sua potência nominal.
As características básicas dos transformadores em pedestal estão mostradas na
Tabela 11.1, enquanto que o desenho padrão MP-77-01 do PD-8.002 apresenta as
dimensões básicas dos mesmos.
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Tabela 11.1. Transformador em Pedestal
Potência Nominal (kVA)
Descrição
- Tensão (V)
. primária
. secundária
- Corrente de excitação (%)
- Perdas em vazio (W)
- Perdas totais (W)
- Impedância de curto-circuito a 75oC (%)
- Tensão suportável nominal a freqüência industrial
durante um minuto (kV – eficaz)
. baixa tensão
. média tensão
- Tensão suportável nominal de impulso atmosférico (kVpico) – média tensão
- Peso (kg)
- Circuito secundário – cabo (ver item 12.2.3.1)
- fase
. número de cabos (por fase)
. seção do cabo (mm2)
- neutro
. número de cabo
. seção do cabo (mm2)
- fusível de expulsão (1)
- fusível limitador de corrente (1)
75
150
300
13800/13200/12600
220/127
3.4
2.9
2.0
390
640
1000
1530
2550
4480
3,5
3,5
5,0
10 34
10 34
110
110
110
850
1010
1720
1
120
1/2
240/120
2
240
1
120
C06
40
1
120
C08
50
1
240
C10
80
10
34
(1) Fusível sugerido pela RTE é apresentado como ilustração. Definição do
mesmo deverá ser feita pela ELETROPAULO e poderá considerar
alternativa (tipo, característica nominal) diferente da mencionada.
11.1. Proteção Contra Sobre-Correntes
O esquema de proteção contra sobrecorrentes, considera, anteriormente ao
enrolamento primário, a instalação de fusíveis de expulsão, internos à baionetas, e de
fusíveis limitadores de corrente imersos em óleo, de tensão nominal 15,5 kV.
Os fusíveis de expulsão deverão ser selecionados considerando:
•
não operação para correntes transitórias (inrush) de 12 vezes a corrente nominal do
transformador por 0,1 segundo, para temperatura ambiente de 35oC;
•
fusão em 300 segundos para corrente de 3 a 4 vezes a corrente nominal do
transformador.
As baionetas deverão ser para operação em carga, tensão nominal 15,5 kV e
instaladas internamente aos tanques, mas com flanges fixadas no compartimento de
ND-2.008 Página 16
média tensão. A substituição de fusíveis poderá ser feita através de “janelas” das
baionetas situadas no compartimento de média tensão.
Os fusíveis limitadores de corrente devem operar para defeitos internos ao
transformador. Essa operação implica na substituição do transformador, para reparo nas
oficinas da ELETROPAULO.
As curvas de atuações dos fusíveis utilizados nos transformadores estão
apresentadas nas Figuras 11.1, 11.2. As definições das características nominais dos
fusíveis dos transformadores dependerá de prévia aprovação da ELETROPAULO.
A definição do tap de operação (na instalação) de transformadores em pedestal é
feita em função das condições operativas da rede, que é de definição da ELETROPAULO.
Nota: Os transformadores em pedestal saem da fabrica considerando a ligação no tap de
13200 V.
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Figura 11.1 (1/2): Curva de Atuação do Fusível de Expulsão Utilizado no
Transformador em Pedestal (“Current Sensing”)
A) Tempo Mínimo de Fusão
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Figura 11.1 (2/2): Curva de Atuação do Fusível de Expulsão Utilizado no
Transformador em Pedestal (“Current Sensing”)
B) Tempo Máximo de Interrupção
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Figura 11.2: Curva de Atuação do Fusível Limitador de Corrente Utilizado no
Transformador em Pedestal
Tempo Mínimo de Fusão e Tempo Máximo de Interrupção
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11.2. Localização do Transformador em Pedestal
Os transformadores em pedestal deverão ser localizados preferencialmente em
locais isolados em relação a passagem de pedestres, onde deverá haver espaço para sua
instalação, do sistema de aterramento e serviços de manutenção. A localização do
transformador em pedestal deverá levar em consideração a possibilidade de
instalação/retirada através de caminhão com guindaste. Ilustração com os espaços
necessários é apresentada na Figura 11.3, que também considera a instalação de quadro
de distribuição pedestal – Q.D.P.
O empreendedor poderá, opcionalmente, limitar o acesso de pessoal nas
proximidades do transformador através de instalação de gradil metálico considerando
distância mínima entre os mesmos de 700 mm, nas laterais e no fundo. Na frente do
transformador, a uma distância mínima de 800 mm, o gradil deve ser constituído de
portões, com aberturas para fora da área cercada. Em locais onde o fundo do
transformador fica adjacente a muros, pode-se considerar distância mínima entre os
mesmos (transformador/muro) de 400 mm. Todos os componentes do gradil devem ser
aterrados.
Opcionalmente, em vez de gradil, o empreendedor pode plantar uma cerca viva
paralela as laterais e/ou fundo do transformador, considerando-se distância mínima entre
as mesmas (transformador/cerca-viva) de 700 mm. Em eventuais manutenções, a cerca
viva pode ser danificada, sendo que nestes casos a ELETROPAULO não se
responsabiliza pelos danos.
Figura 11.3: Espaços Necessários Para Instalação do Transformador em Pedestal
ND-2.008 Página 21
12. ALTERNATIVA 2: REDE PRIMÁRIA NO POSTE DE TRANSIÇÃO INTERNO AO
CONDOMÍNIO
12.1. Configuração Básica
O poste de transição deve ser instalado no passeio, interno ao condomínio, a 0,2
metros da guia e a uma distância de 3 a 5 metros da divisa da via pública com a
propriedade do condomínio, em rua com largura mínima de 4 metros, possibilitando a
instalação ou retirada, do transformador com caminhão com guindaste, conforme
mostrado na Figura 12.1.
Limite da via pública com o
condomínio
Circuito Primário Aéreo Existente
Figura 12.1. Instalação do Poste de Transição Interno ao Condomínio
PE
Poste de
Transição
Quadro de Distribuição em
Pedestal – Q.D.P.
RL
Secundário Subterrâneo
RE
ES
de 3 a 5m
até 3m
Notas:
1) Quando a rede primária for da ELETROPAULO a configuração
básica dos circuitos alimentadores a ser adotada está
representada na figura acima;
2) Para os casos com entradas múltiplas deverá ser adotado
preferencialmente o mesmo circuito primário;
3) RL= Ramal de Ligação;
RE = Ramal de Entrada;
ES = Entrada de Serviço.
O transformador de distribuição trifásico, o poste de concreto, as chaves fusíveis,
isoladores, cruzetas e ferragens, devem ser montados de acordo com o PD-4.001 e a
derivação secundária conforme desenho padrão CP-62-01 do PD-4.020.
A carga máxima prevista para o transformador é a sua potência nominal.
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Devem ser utilizados poste circulares de concreto de 10,5, ou 12 metros de
comprimento e 1.000daN de capacidade.
O transformador de distribuição trifásico de 150 ou 225kVA, 13,2kV, deverá está
conforme a NTE-048.
Nota: Quando a demanda do condomínio não ultrapassar a 75kVA, poderá ser utilizado
transformador de distribuição trifásico de 75kVA, 13,2kV, desde que o condomínio
possua apenas uma entrada de energia.
13. REDE SECUNDÁRIA
13.1. Concepção Básica
Através de um ou mais circuitos (cabos), o transformador em pedestal deverá ser
conectado ao quadro de distribuição em pedestal – Q.D.P. A distância entre o
transformador em pedestal e o quadro de distribuição em pedestal – Q.D.P. não deverá
ser superior a 3 metros.
Esquema ilustrativo da rede secundária subterrânea para loteamentos residenciais
está apresentado nas Figuras 13.1a e 13.1b.
Figura 13.1a. Concepção Básica de Redes Secundárias
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Figura 13.1b. Secundário Alimentado Através de Transformador
Aéreo no Poste de Transição
Para a alternativa em que o circuito secundário do condomínio é derivado do poste
de transição, o transformador deverá ser conectado a um único quadro de distribuição em
pedestal – Q.D.P. A distância entre o poste de transição e o quadro de distribuição em
pedestal – Q.D.P. não deverá ser superior a 3 metros.
13.2. Queda de Tensão
A máxima queda de tensão admissível na rede secundária (circuito secundário +
ramal de ligação) é de 3%.
Abaixo, apresentamos a metodologia e parâmetros para utilização em cálculos de
quedas de tensão de redes secundárias subterrâneas radiais.
13.2.1 Fórmulas Práticas de Cálculos de Quedas de Tensão, em Volts
- transformador trifásico (∆ Υ ):
- impedância do cabo:
Z = R cos ϕ + X sen ϕ
- queda de tensão, em volts:
. carga trifásica:
-3
∆V (3F) = √ 3 * L * 10 * Z * I3 = K3I * L * I3
K3I = = √ 3 * Z * 10-3
S3
∆V (3F) = L * Z * ------ = K3S * L * S3
VL
Z
K3S = ----VL
ND-2.008 Página 24
. carga bifásica (fase-fase)
∆V (2F) = 2 * L * 10
-3
* Z * I2 = K2I * L * I2
K2I = 2 * Z * 10-3
S2
∆V (2F) = 2 * L * Z * ------- = K2S * L * I2
VL
2*Z
K2S = -------VL
. carga monofásica (fase-neutro)
∆V (1F) = 2 * L * 10
-3
* Z * I1 = K1I * L * I1
K1I = 2 * Z * 10-3
S1
∆V (2F) = 2 * L * Z * ------- = K1S * L * S1
VF
2*Z
K1S = -------VF
onde:
- R: resistência do cabo, em Ohm/km;
- X: reatância do cabo, em Ohm/km;
- cosϕ: fator de potência;
- ∆V (3F), ∆V (2F) e ∆V (1F): quedas de tensões nos trechos correspondentes
a cargas trifásicas, bifásicas e monofásicas, respectivamente, concentradas nas
extremidades dos mesmos, em volts;
- L: comprimento do circuito (trecho), em m;
- VL e VF: tensões entre fases e entre fase e terra, respectivamente, em volts;
- I3, I2 e I1: correntes no circuito (trecho) correspondentes a cargas trifásicas,
bifásicas e monofásicas, respectivamente, em amperes;
- S3, S2, S1: potências no circuito (trecho) correspondentes a cargas trifásicas,
bifásicas e mono-fásicas, respectivamente, em kVA;
- K3I, K2I e K1I: parâmetros “equivalentes” para cálculos de quedas de tensões
em funções de correntes (A) trifásicas, bifásicas e monofásicas, respectivamente,
em V/A*m (ver
tabela 1);
- K3S, K2S e K1S: parâmetros “equivalente” para cálculos de quedas de tensões
em funções de potências (kVA) trifásicas, bifásicas e monofásicas,
respectivamente, em V/A*m (ver
tabela 1).
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- queda de tensão, em porcentagem:
∆V (3F)
. carga trifásica: ∆V% (3F) = ----------- * 100
VL
∆V (2F)
. carga bifásica: ∆V% (2F) = ----------- * 100
VL
∆V (1F)
. carga monofásica: ∆V% (1F) = ----------- * 100
VF
onde: ∆V% (3F), ∆V% (2F) e ∆V% (1F) correspondem as quedas de tensões, em porcentagens, referentes a cargas trifásicas, bifásicas e monofásicas, respectivamente.
13.2.2. Parâmetros de Cálculos
Os parâmetros para os cálculos de quedas de tensões, para os cabos padronizados
de redes secundárias subterrâneas, estão mostrados na Tabela 13.1. Estes valores foram
calculados considerando as seguintes premissas:
- cabos quadriplexados 0.6/1.0 kV;
- condutores de cobre;
- isolação de XLPE;
- temperatura de operação do condutor: 90 oC;
- fator de potência de 0,95;
- tensão de linha: 220 V.
Tabela 13.1: Parâmetros de Cabos
1x240 mm 2
1x120 mm 2
4x1x35 mm2
1x10mm2
. resistência (Ohm/km)
0,0993
0,1966
0,6685
2,3335
. reatância (Ohm/km)
CABOS
PARÂMETROS
0,0859
0,0909
0,1186
0,1394
-3
. K3I * 10 (V/A*m)
0,2099
0,3727
1,1641
3,9151
-3
. K2I * 10 (V/A*m)
0,2424
0,4304
1,3442
4,5208
-3
. K1I * 10 (V/A*m)
0,2424
0,4304
1,3442
4,5208
-3
0,5509
0,9782
3,0550
10,2745
-3
1,1018
1,9564
6,1100
20,5491
-3
1,9087
3,3890
10,5843
35,5921
. K3S * 10 (V/kVA*m) (2)
. K2S * 10 (V/kVA*m) (2)
. K1S * 10 (V/kVA*m) (3)
(1) cosϕ = 0,95
VL = 220 V
(2) VL = 220 V (fase-fase);
(3) VF = 127 V (fase-terra).
VF = 127 V;
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13.2.3. Exemplo Prático
1
# 120 mm2, L = 50 m
2
3
# 120 mm 2, L = 30 m
98,8 kVA
260 A
30,4 kVA
80 A
# 120 mm2, L = 40 m
4
# 35 mm2
68,4 kVA
180 A
# L = 10 m
5
19 kVA
(50 A)
11,4 kVA (30 A)
- cargas trifásicas, cosϕ = 0,95;
- queda de tensão - ponto 4
-3
∆V (3F) = 0,3727 * 10 (50 * 260 + 30 * 80 + 40 * 50) = 6,49 V
ou
-3
∆V (3F) = 0,9782 * 10 (50 * 98,8 + 30 * 30,4 + 40 * 19) = 6,47 V;
- queda de tensão - ponto 3
-3
∆V (3F) = 0,3727 * 10 (50 * 260 + 30 * 80) + 1,1641 (10 * 30) = 6,08 V
ou
-3
∆V (3F) = 0,9782 * 10 (50 * 98,8 + 30 * 30,4) + 3,0550 (10 * 11,4) = 6,07 V
13.3. Cabos Secundários
Os cabos a serem utilizados na rede secundária deverão ter classe de isolamento
0,6/1,0 kV e serem constituídos de condutores de cobre, isolação de XLPE, com ou sem
cobertura de PVC. Os cabos unipolares deverão atender os requisitos estabelecidos na
E.B.21 ou E.B.22.
Os cabos secundários deverão ser instalados diretamente enterrados ou em dutos,
exceto em travessias que deverão considerar apenas banco de dutos. Em loteamentos
não edificados, caso o tipo de instalação seja diretamente enterrado, os cabos a serem
utilizados deverão ser quadriplexados armados (4x120 mm2).
13.3.1. Interligação Transformador – Q.D.P.
A interligação do transformador ao Q.D.P. poderá ser feita com um ou mais circuitos
constituídos de cabos sem armação, diretamente enterrados ou em dutos. Para tanto
devem ser considerados:
•
6 cabos singelos (3F) de seção 240 mm² - 1x 240 mm² - C.M.: 323.477 e 1x240 mm²
(Neutro), para transformadores de 300 kVA.
•
3 cabos singelos (3F) de seção 240 mm² - 1 x 240 mm² - C.M.: 323.477 e 1x120 mm²
(Neutro) (C.M.: 323.841), ou 6 cabos singelos (2 cabos por fase) de seção 120 mm² (C.M.: 323.841) e 1x 120 mm² ( Neutro), para transformadores de 150 kVA;
•
3 cabos singelos com condutores de seção 120 mm² - 1 x 120 mm² - C.M.: 323.841 e
1x 120 mm² ( Neutro ), para transformadores de 75 kVA.
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13.3.2. Circuitos Secundários
Os circuitos secundários subterrâneos de loteamentos residenciais deverão ser
constituídos de cabos de seção 120 mm², instalados diretamente enterrados ou em dutos.
Nos loteamentos edificados e com secundário subterrâneo derivando de rede aérea
primária os cabos deverão ser unipolares sem armação – 1 x 120 mm² - C.M.: 323.841.
Cabos quadripolares armados – 4 x 120 mm² - C.M.: 323.283 deverão ser utilizados
nos loteamentos não edificados e devem estar de acordo com a E.B.21.
13.3.3. Entradas de Serviço
As entradas de serviço das redes subterrâneas de loteamentos deverão ser
constituídos de cabos sem armação, instalados em dutos e, para tanto, deverão ser
considerados:
•
cabos 4 x 1 x 35 mm² - quadriplexados – C.M.: 323.829 - ligações de consumidores
trifásicos (3 F + N);
•
cabos 1 x 10 mm² - singelo – C.M.: 323.838 - através de:
- 4 cabos: ligação de consumidores trifásicos (3F + N);
- 3 cabos: ligação de consumidores bifásicos (2F + N);
- 2 cabos: ligação de consumidores monofásicos (F + N).
Nos loteamentos não edificados os ramais de ligação serão instalados quando os
consumidores solicitarem as ligações (início das obras), sendo que os custos
correspondentes serão de responsabilidade dos mesmos.
As entradas de serviço nos loteamentos não edificados poderão ser instalados na
implantação dos loteamentos desde que:
• sejam implantadas caixas de entradas
Nota: medidores e demais dispositivos, poderão ser
instalados quando forem
solicitadas as ligações.
•
as extremidades dos cabos, internamente às caixas, sejam protegidas por capuzes de
acordo com o mostrado no desenho padrão MP-53-22 do PD-8.002;
•
os ramais de ligação sejam instalados em dutos de diâmetro interno mínimo de 50 mm,
cuja extremidade esteja a cerca de 20 cm do cabo do circuito secundário, conforme
ilustrado na Figura 13.2.
13.3.4. Características Básicas
As características básicas dos cabos utilizados nas redes secundárias estão
apresentadas na Tabela 13.2.
As conexões dos ramais de ligação dos consumidores bifásicos (2F + N) e
monofásicos (F + N) deverão ser feitas procurando minimizar o desequilibrio de carga nos
circuitos secundários. Para tanto, os projetistas deverão indicar no projeto a(s) fase(s)
(A, B, C) a ser(em) considerada(s) na alimentação de cada consumidor bifásico ou
monofásico.
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Figura 13.2. Ramais de Ligação em Dutos de PVC ou Polietileno Corrugado
Detalhe da Caixa da Figura 13.2
Entrada de serviço, 1 ou 2 consumidores em
duto PEAD flexível 50mm
VISTA EM PLANTA
Duto PEAD Desenho CP-95-05
Secundário Tronco
8
8
8
8
Caixa Desenho CP-95-18
VISTA LATERAL
Fita de Advertência
desenho CP-95-17
Condutores do Ramal de Serviço
8
8
Condutores do Secundário Tronco
8
8
Emenda de Derivação
400
Fita de Advertência
desenho CP-95-17
200
Nível do passeio acabado
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Tabela 13.1. Cabos Secundários - Informações Básicas (0,6/1,0 kV, Cobre, XLPE)
1 x 240 mm2
Cabo
Descrição
Código de material
Armação
Diâmetro do condutor (mm)
Diâmetro externo do cabo
singelo
- sem cobertura (mm)
- com cobertura (mm)
Acondicionamento
- carretel
- lance (m)
Peso
- sem cobertura (kg/km)
- com cobertura (kg/km)
Parâmetro de cabos elétrico (1)
- resit. seq. positiva (Ohm/km)
reatância
seq.
positiva
(Ohm/km)
- resist. Seq. zero (Ohm/km)
- reatância seq. zero (Ohm/km)
Correntes admissíveis (A) (2)
- um circuito por banco de dutos
- diretamente enterrado
1 x 120 mm2 4x1x35 mm 2
1 x 10 mm2
4 x 120 mm2
323.477
Não
18,41
323.841
Não
12,80
323.829
não
7,00
323.838
não
3,75
323.283
Sim
12,80
24,5
27,0
17,6
18,5
10,2
11,5
7,4
8,2
Não
50,1
100 / 60
250
80 / 45
250
125 / 70
500
2470
2630
1160
1210
350
505
120
140
---6620
0.0993
0.0859
0.2774
2.4358
0.1966
0.0909
0.3747
2.5221
0.6685
0.1186
0.8431
2.6256
2.3335
0.1384
2.5115
2.7396
0,1970
0,1255
1,0705
2,1248
523
----
353
----
175
----
86
----
---417
Carretel ou
Rolo
170 / 80
300
(1) Informações considerando circuitos trifásicos a 4 fios (3 fases + neutro);
(2) Valores calculados considerando: cabos com cobertura, temperatura de ambiente:
25oC, temperatura de operação condutor: 90oC, fator de carga: 75%, banco de
dutos: 2 x 3, profundidade do banco de dutos: 800 mm.
13.4 . Quadro de Distribuição em Pedestal – Q.D.P.
O quadro de distribuição em pedestal – Q.D.P. deverá ter o dimensional conforme
desenho padrão MP-78-01 do PD-8.002 e instalado sobre base de concreto, conforme
desenho padrão CP-92-01 do PD-4.022 e deverá atender a norma NTE-036.
Os quadros são para alimentação de circuitos secundários, com cabos de seção
120mm2, 35mm² ou 10mm², permitem a instalação de dispositivos de proteção e
seccionamento.
Os Q.D.P’s. deverão ser constituídos de:
!
barramento interno de 1600 A (para 2 ou 3 chaves seccionadoras de 400 A) ou 800 A
(para uma chave seccionadora de 400 A ), com capacidade para suportar corrente de
curto-circuito de 50 kA, durante 1 segundo;
•
módulo de entrada
barramento interno;
•
chaves seccionadoras verticais tripolares, para operação em carga, de corrente nominal
de 400 A;
•
fusíveis tipo NH (instalados nas chaves seccionadoras ) de 315 A.
para conexão dos cabos ou conexão rígida
dos cabos ao
Os Q.D.P’s. deverão ser instalados próximos aos transformadores, com distâncias
não superiores a 3 metros.
ND-2.008 Página 30
Na definição da localização dos Q.D.P’s., deverá ser levado em consideração as
seguintes premissas:
• devem ser instalados preferencialmente em praças, ilhas ou calçadas;
• facilidade de instalação/retirada;
• quando instalado em calçadas, a distância mínima do fundo do Q.D.P. a parede da
edificação ou limite da divisa deve ser de 30 cm;
• espaço livre à frente, de calçada ou área que deve ser, no mínimo, de 1 metro, para
possibilitar a manutenção e a operação adequada.
13.5. Emendas
Nos circuitos secundários poderão ser instaladas emendas retas simétricas,
enfaixadas, contráteis a frio ou termocontráteis, para cabos de seção transversal de 120
mm2 com armação ou sem armação unipolar (desenhos padrão CP-50-14 do PD-4.020 e
MP-53-28 do PD-8.002).
As conexões dos ramais de ligação nos circuitos secundários deverão ser feitas
através de emendas de derivação, conforme descritos na Tabelas 13.2, 13.3 e 13.4.
Tabela 13.2. Emendas Enfaixadas Para Cabos Unipolares sem Armação
CABOS
Tronco
EMENDAS
Derivação
Desenho
C. M.
2
CP-50-17
Específico
2
4 (1 x 10 mm )
CP-50-17
Específico
2
CP-50-17
Específico
4 x 1 x 35 mm
3 (1 x 10 mm )
2
2 (1 x 10 mm )
2
4 (1 x 120 mm )
CP-50-17
Específico
2
2
CP-50-18
Específico
2
2
CP-50-18
Específico
2
2
CP-50-18
Específico
2
2
CP-50-18
Específico
2
2
CP-50-18
Específico
2
2
CP-50-18
Específico
4 (1 x 10 mm ) + 4 (1 x 10 mm )
4 (1 x 10 mm ) + 3 (1 x 10 mm )
4 (1 x 10 mm ) + 2 (1 x 10 mm )
3 (1 x 10 mm ) + 3 (1 x 10 mm )
3 (1 x 10 mm ) + 2 (1 x 10 mm )
2 (1 x 10 mm ) + 2 (1 x 10 mm )
ND-2.008 Página 31
Tabela 13.3. Emendas Termocontráteis Para Cabos Quadripolares
(Tronco) Armados e Derivação Unipolar sem Armação
CABOS
Tronco
EMENDAS
Derivação
Desenho
C. M.
2
CP-50-19
Específico
2
4 (1 x 10 mm )
CP-50-19
Específico
2
CP-50-19
Específico
2
CP-50-19
Específico
4 x 1 x 35 mm
3 (1 x 10 mm )
2 (1 x 10 mm )
4 x 120 mm2
4 (1 x 10 mm2 )+ 4 ( 1 x 10 mm2 )
CP-50-20
Específico
2
2
CP-50-20
Específico
2
2
CP-50-20
Específico
2
2
CP-50-20
Específico
2
2
CP-50-20
Específico
2
2
CP-50-20
Específico
4 (1 x 10 mm )+ 3 ( 1 x 10 mm )
4 (1 x 10 mm )+ 2 ( 1 x 10 mm )
3 (1 x 10 mm )+ 3 ( 1 x 10 mm )
3 (1 x 10 mm )+ 2 ( 1 x 10 mm )
2 (1 x 10 mm )+ 2 ( 1 x 10 mm )
Tabela 13.4. Emendas Enfaixadas Para Cabos Quadripolares (Tronco)
Armados e Derivação Unipolar sem Armação
CABOS
Tronco
EMENDAS
Derivação
Desenho
C. M.
2
CP-50-21
Específico
2
CP-50-21
Específico
2
CP-50-21
Específico
4 (1 x 35 mm )
4 (1 x 10 mm )
3 (1 x 10 mm )
2
2 (1 x 10 mm )
4 x 120 mm
2
CP-50-21
Específico
2
2
CP-50-22
Específico
2
2
CP-50-22
Específico
2
2
CP-50-22
Específico
2
2
CP-50-22
Específico
2
2
CP-50-22
Específico
2
2
CP-50-22
Específico
4 (1 x 10 mm ) + 4 (1 x 10 mm )
4 (1 x 10 mm ) + 3 (1 x 10 mm )
4 (1 x 10 mm ) + 2 (1 x 10 mm )
3 (1 x 10 mm ) + 3 (1 x 10 mm )
3 (1 x 10 mm ) + 2 (1 x 10 mm )
2 (1 x 10 mm ) + 2 (1 x 10 mm )
ND-2.008 Página 32
14. ALIMENTAÇÃO DE CONSUMIDORES EM MÉDIA TENSÃO
Estudo envolvendo entrada individual de consumidor residencial com carga
instalada superior a 75 kW, deverá ser encaminhado à ELETROPAULO, que analisará
alternativas de atendimento.
15. PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTES
O esquema de proteção contra sobrecorrentes de redes de distribuição subterrânea,
deverá considerar:
a) religadores automáticos
• instalação: postes de transição;
• bobina série - corrente nominal (mínima): 50A
nº de operações: 1 (“bloqueio do religamento”)
curva: B
• bobina de terra - corrente nominal (mínima): 10A
nº de operações: 1 (“bloqueio do religamento”)
curva: 6
Nota: deverão ser instalados nos religadores automáticos dispositivos que impliquem na
abertura dos religadores por falta de tensão em uma ou duas fases.
b) fusíveis de expulsão nos postes de transição: tipo K (mínimo 20 K);
c) fusíveis de expulsão em baionetas e limitadores de corrente imersos no óleo.
fornecidos com o transformador em pedestal
•
dimensionados de acordo com o especificado no item 11.
•
d) fusíveis nos quadros de distribuição em pedestal
tipo: NH
•
• corrente nominal (máxima): 315 A, para cabos secundários de seção 120 mm².
Nota: a definição das características básicas dos dispositivos de proteção nos circuitos
primários é feita pela ELETROPAULO.
16. ATERRAMENTO
O aterramento dos acessórios nos poços de inspeção deverá ser feito considerando
o desenho padrão CP-98-09 do PD-4.021 da ELETROPAULO.
Para os transformadores em pedestal e Q.D.P’s., os aterramentos deverão ser
feitos considerando:
2
• condutor de aterramento: 120 mm , cobre, nú;
• haste: coperweld, 2,40 m x 1/2” (C.M.: 336.805-9);
• conector "wrench-lok" (material específico), ou solda exotérmica;
• caixa de inspeção de acordo com o desenho número 77 da publicação "Fornecimento
de Energia Elétrica em Tensão Secundária de Distribuição.
Esquema correspondente ao aterramento de transformadores e Q.D.P´s. pode ser
observado no desenho padrão CP-92-05 do PD-4.022.
No caso de utilização de rede subterrânea secundária derivando de transformador
aéreo, o aterramento do Q.D.P. deverá ser feito no aterramento do poste de transição,
conforme mostrado no desenho CP-62-01.
A resistência de aterramento admissível, tanto nos poços de inspeção como nas
instalações dos transformadores, não deverá ser superior a 25 ohms.
ND-2.008 Página 33
17. PROJETO BÁSICO CIVIL
17.1. Generalidades
As características básicas das obras civis, que constam do projeto civil de uma rede
de distribuição subterrânea de loteamento residencial, estão apresentadas na ND-2.014:
Construção Civil Para Instalação de Rede de Distribuição Subterrânea com Transformador
em Pedestal.
17.2. Circuitos Primários
Os circuitos primários deverão ser, obrigatoriamente, instalados em dutos e, para
tanto, devem ser considerados:
• dutos de polietileno corrugado flexível, diretamente enterrados ou envelopados com
concreto, ou dutos de PVC envelopados com concreto;
Nota: A utilização ou não de envelopamento de concreto dos dutos de polietileno
corrugado flexível deverá ser definida pelo empreendedor.
•
dutos de PVC conforme desenho padrão CP-95-10 do PD-4.022;
• dutos espiralados corrugados flexíveis de polietileno de alta densidade – PEAD,
conforme desenho padrão CP-95-05 do PD-4.022;
•
profundidade mínima do banco de dutos, conforme desenho padrão CP-91-02 do
PD-4.022:
•
instalação de fita de advertência, conforme desenho padrão CP-91-01 do PD-4.022.
Nota: em banco com dutos envelopados será dispensada a utilização
advertência.
de
fita
de
O banco de dutos padronizado pela ELETROPAULO estão apresentadas nos
desenhos padrão CP-91-01 e CP-91-02 do PD-4.022, para dutos revestidos de concreto e
diretamente enterrados, respectivamente.
No projeto de bancos de dutos, também, deverá ser
diversas premissas apresentadas a seguir:
levada em consideração
•
cada circuito primário instalado em um duto independente;
•
condutor de proteção (neutro) do circuito primário instalado em duto independente;
•
nas instalações de circuitos primário ou travessia de secundário, os bancos de dutos
deverão ter, no mínimo, um duto vago (duto reserva);
•
os banco de dutos primários deverão ser instalados nos leitos carroçáveis ou calçadas
de vias públicas oficiais, que devem possibilitar a circulação de caminhões para
instalação/substituição de materiais e equipamentos;
•
os dutos primários deverão ter suas extremidades bloqueadas;
•
trecho de banco de dutos com comprimentos máximo de 150 metros;
•
inexistência de curvas nos trechos de bancos de dutos;
ND-2.008 Página 34
•
disposição idêntica dos dutos em todos os trechos no banco;
•
distância mínima (horizontal) do banco de dutos a outras redes (telefone, água, gás e
outros) igual a 300 mm.
•
os bancos devem ter dutos vagos que correspondam, no mínimo, a 50% do número de
circuitos primários instalados no mesmo;
•
cruzamento com linhas de outros serviços de infra-estrutura (telefone, água, gás e
outros) deverão considerar um distância ,mínima de 30 cm;
17.3. Circuitos Secundários Diretamente Enterrados
Os cabos dos circuitos secundários, não localizados em leitos carroçáveis, poderão
ser instalados diretamente enterrados. Para tanto, os cabos deverão ser instalados em
uma vala com o leito previamente preparado com terra ou areia limpa e devidamente
compactada (camada de cerca de 5 cm).
Instalado o cabo, sobre o leito previamente preparado, a vala deverá ser
preenchidos com terra ou areia escolhida e peneirada até, pelo menos, 20 cm acima dos
cabos, compactando-se continuamente até o topo. Acima dos cabos, a uma profundidade
de 20 cm, deverá ser instalada uma fita de advertência.
Normalmente, deverá ser instalado um cabo na vala, que deverá ter uma largura de
cerca de 40 cm. Quando necessário, poderão ser instalados, em uma mesma vala e no
mesmo nível (profundidade), 2 ou mais circuitos secundários, com espaçamento
(distâncias entre “centros” dos cabos) de, no mínimo, 15 cm.
Nenhuma rede dos serviços de infra-estrutura (água, telefone, gás, etc.) poderá ser
construída em uma faixa considerando 30 cm de cada lado do(s) cabo(s) do(s) circuito(s)
secundário(s). Qualquer cruzamento de linha destes serviços com cabos secundários
diretamente enterrados deverá considerar uma distância mínima de 30 cm.
A instalação de cabos secundários diretamente enterrados está mostrada no
desenho padrão CP-90-01 do PD-4.022.
17.4. Circuito Secundário Instalado em Duto
Os circuitos secundários poderão ser instalados em dutos e, para tanto, devem ser
considerados:
•
duto de PVC conforme desenho padrão CP-95-10 do PD-4.022;
• dutos espiralados corrugados flexíveis de polietileno de alta densidade – PEAD,
conforme desenho padrão CP-95-05 do PD-4.022;
•
Nota: A utilização ou não de envelopamento de concreto dos dutos espiralados
corrugados flexíveis de polietileno de alta densidade – PEAD deverá ser definida pelo
empreendedor.
•
profundidade mínima do duto, conforme desenho padrão CP-91-02 do PD-4.022:
•
instalação de fita de advertência, conforme desenho padrão CP-91-01 do PD-4.022.
Nota: em duto envelopado será dispensada a utilização de fita de advertência.
ND-2.008 Página 35
O duto padronizado pela ELETROPAULO está apresentado nos desenhos padrão
CP-91-01 e CP-91-02 do PD-4.022, para duto revestido de concreto e diretamente
enterrado, respectivamente.
No projeto de duto, também, deverá ser
premissas apresentadas a seguir:
levada em consideração diversas
•
cada circuito secundário instalado em um duto independente;
• Os dutos secundários deverão ser instalados nos leitos carroçáveis ou calçadas de vias
públicas oficiais, que devem possibilitar a circulação de caminhões para
instalação/substituição de materiais e equipamentos;
•
Os dutos secundários deverão ter suas extremidades bloqueadas;
• inexistência de curvas nos trechos de dutos;
• distância mínima (horizontal) do duto a outras redes (telefone, água, gás e outros) igual
a 300 mm.
•
cruzamento com linhas de outros serviços de infra-estrutura (telefone, água, gás e
outros) deverão considerar um distância ,mínima de 30 cm;
•
os dutos deverão ser conectados à caixa de derivação, conforme ilustrado na
Figura 13.2.
17.5. Fita de Advertência
Sobre os cabos diretamente enterrados ou dutos, deve ser colocada fita de
advertência na cor amarela, com largura de 15 cm, contendo os símbolos e avisos, de
acordo com o desenho padrão CP-95-17 do PD-4.022.
17.6. Poços de Inspeção e Caixas de Passagens
Os acessórios dos circuitos primários (emendas retas, desconectáveis, indicadores
de defeito) são instalados em poços de inspeção ou caixas de passagens, por onde
passam até 2 circuitos primários com cabos 3 x 1 x 35 mm2. Em função dos tipos e
quantidades de acessórios que serão instalados:
• caixas de (1,5 x 1,0) metro: instalação de até 6 emendas fixas;
• poços de inspeção de (2,0 x 2,0) metros (mini-poço): instalação de até 3 PT-3´s (PT-3 +
PT-2) e 3 emendas fixas;
• poços de inspeção de (4,0 x 2,0) metros: instalação de até 6 PT-3´s (PT-3 + PT-2).
Desenhos básicos referentes a poços de inspeção de (4 x 2) metros e (2 x 2) metros
e caixas de passagem de (1,5 x 1,0) metro estão apresentadas nos desenhos padrão
CP-93-01, CP-93-02 e CP-94-01 do PD-4.022.
Os poços de inspeção e caixas de passagens podem ser instalados em trechos
carroçáveis ou nas calçadas.
Tendo em vista que para inspeção ou manutenção será necessário a entrada/saída
de pessoal deve ser evitada a instalação de poço de inspeção ou caixa de passagem em
frente de garagens ou locais onde interdições dos mesmos impliquem em transtornos não
desejáveis.
Nota: indicadores de defeito ocupam espaços reduzidos e não influem na definição do
poço ou caixa.
ND-2.008 Página 36
Os poços de inspeção de (4 x 2) metros poderão ser utilizados para execução de
derivação em 2 circuitos primários.
Os poços de inspeção podem ser implantados nos leitos carroçáveis ou nas
calçadas de vias públicas oficiais.
17.7. Base de Transformador em Pedestal
Os transformadores em pedestal deverão ser instalados sobre uma base de
concreto, cujas dimensões básicas estão apresentadas no desenho padrão CP-92-02 do
PD-4.022.
A definição dos locais de instalação de transformadores em pedestal deverá levar
em consideração as seguintes premissas:
•
possibilidade de acesso de caminhão com guincho para instalação/retirada do
transformador;
•
espaço suficiente para instalação de hastes de aterramento e quadro de distribuição em
pedestal;
•
espaço suficiente para abertura das portas dos compartimentos.
Observa-se, no desenho padrão CP-92-02 do PD-4.022, que na frente da base do
transformador há uma caixa de passagem para possibilitar o puxamento e instalação dos
cabos.
17.8. Base do Quadro de Distribuição em Pedestal – Q.D.P.
A base de instalação de quadros de distribuição em pedestal deve ser construída
em concreto, com as dimensões básicas mostradas no desenho padrão CP-92-01 do PD4.022. Na definição dos locais para instalação dos quadros de distribuição em pedestal
deverão ser levadas em consideração as mesmas premissas consideradas para o
transformador em pedestal.
17.9. Projeto Civil Executivo
Após a análise e liberação do projeto básico (elétrico e civil), a ELETROPAULO
fornecerá as características básicas dimensionais e os requisitos técnicos mínimos
referentes as obras civis previstas. Baseando-se nessas informações, o detalhamento do
projeto executivo das obras civis deverá ser providenciado pelo empreendedor, assim
como sua execução.
Eventuais problemas causados por obras civis, decorrentes de erros de projeto ou
de construção, mão de obra ou materiais inadequados, que impliquem em danos materiais
ou pessoais, serão de exclusiva responsabilidade do empreendedor.
Quando necessário, devido aos problemas mencionados no parágrafo anterior, a
ELETROPAULO poderá, eventualmente, executar reparos nas obras civis e os custos
decorrentes serão de exclusiva responsabilidade do empreendedor.
ND-2.008 Página 37
18. ACOMPANHAMENTO DE EXECUÇÃO DAS OBRAS
A execução das obras civis e elétricas, a cargo do interessado, deverá ser
acompanhada pela ELETROPAULO durante todas as fases.
O início das obras deverá ocorrer somente com liberação final de seus respectivos
projetos, ficando sob total responsabilidade do interessado a não observância desta
condição. Neste caso a ELETROPAULO poderá paralisar a obra a qualquer tempo,
havendo a possibilidade do interessado ter de reiniciar a execução dentro dos
procedimentos normais.
Caberá a ELETROPAULO,
acompanhamento.
quando
solicitado,
providenciar
o
devido
ND-2.008 Página 38
ANEXO A
LEGENDA PARA PROJETOS DE REDES ELÉTRICAS
DESCRIÇÃO
PROJETADO
EXISTENTE
X
RETIRAR
X
X
CABO SECUNDÁRIO EXTRUDADO (1)
0.2
0.2
X1
0.2
X1
X1
CABO PRIMÁRIO EXTRUDADO (1)
0.6
0.6
0.6
TERMINAL PRIMÁRI0 EM POSTE
TERMINAL DESCONECTÁVEL EM
CABOS EPR / XLPE
PARA RÁIO DESCONECTÁVEL
EMENDA DESCONECTÁVEL EM CABO
EPR / XLPE
EMENDA RETA FIXA
INDICADOR DE DEFEITO
X2
TRANSFORMADOR EM PEDESTAL
COM FUSÍVEIS INTERNOS (2)
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO EM
PEDESTAL
EMENDA DE DERIVAÇÃO SIMPLES
EMENDA DE DERIVAÇÃO DUPLA
QUADRO / CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO
X3
POÇO DE INSPEÇÃO (3)
X4
CAIXA DE PASSAGEM (4)
X2
ND-2.008 Página 39
DESCRIÇÃO
PROJETADO
EXISTENTE
RETIRAR
X5
BASE DO TRANSFORMADOR (5)
X6
BASE DO Q.D.P. (6)
X7
LINHA DE DUTOS (7)
0.6
X8
"VALAS" PARA CABOS
DIRETAMENTE ENTERRADOS (8)
0.2
FINAL DE CIRCUITO PRIMÁRIO - REDE
AÉREA
POSTE
ESTAÇÃO TRANSFORMADORA - REDE
AÉREA
0.6
0.4
0.2
0.2
0.4
0.4
Notas: 1) X: identificação dos cabos tetrapolares – 4 x S/A;
X1: identificação dos cabos unipolares – n x 1 x S;
onde: n = número de fases;
S = seção do cabo, em mm2;
A = cabo armado;
2) X2: potência nominal do transformador, em kVA;
3) X3: 4 x 2 para poço de inspeção de 4 x 2 metros;
X3: 2 x 2 para poço de inspeção de 2 x 2 metros;
4) X4: 1,5 x 1 para caixa de passagem de 1,5 x 1 metro;
X4: 1 x 1 para caixa de passagem de 1,0 x 1,0 metro;
5) X5: 150 para base de transformador em pedestal de 75 kVA e 150 kVA;
X5: 500 para base de transformador em pedestal de 300 kVA e 500 kVA;
6) X6: para base de quadro de distribuição em pedestal de largura 580 mm;
X6: para base de quadro de distribuição em pedestal de largura 770 mm;
7) X7: N1 * N2, onde N1 = número de "colunas" de dutos e N2 = número de
linhas de dutos;
8) X8: N onde N = número de circuitos na "vala"
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ND-2.008 Redes de Distribuição Subterrânea