DISTÚRBIOS ALIMENTARES
ANOREXIA, BULIMIA &
OBESIDADE
DISTÚRBIOS ALIMENTARES
ANOREXIA
Cálculo do IMC
(Índice de Massa Corporal)
O IMC (Índice de Massa Corporal) como uma
medida segura para se determinar em que
patamar se encontra uma pessoa.
IMC =
Peso
Altura2
ENTENDENDO OS DISTÚRBIOS
Segundo esses cálculos uma pessoa com :
IMC = ≤ 18 seria considerada abaixo do peso
IMC = 18 a 21,9 seria considerada magra
IMC = 22 A 24,9 seria considerada com peso normal,
IMC = 25 A 29,9 seria considerada acima do peso,ou com sobrepeso
IMC = 30 a 34,9 como obesa ou portadora de obesidade grau I
IMC = 35 a 39,9 obesidade grau II
IMC = ≥ 40 obesidade mórbida – grau III - excesso de gordura
corporal que interfere na agilidade e nos movimentos diários.
ANOREXIA
DEFINIÇÃO
A palavra anorexia nervosa – an, do grego “sem”, e orexis, do
grego “desejo”.
Anorexia trata – se de : É um transtorno da alimentação
caracterizado pela recusa em manter o peso corporal acima de
um IMC de 18 por medo de ganhar peso, pela perturbação da
imagem corporal e por amenorréia (cessação da menstruação)
de pelo menos três meses (APA, 1997).
CARACTERÍSTICA E
SINTOMAS
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico tem que ser feito por uma equipe
multidisciplinar , todos com grande conhecimento em
transtornos alimentares para que possam distinguir de demais
patologias ou até mesmo dependência química.
A equipe multidisciplinar deve ser composta por:
Médicos Psiquiatras
Nutricionistas
Psicólogos
Terapeutas Familiares
Educadores Físicos
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico segundo DSM - IV :
1.Recusa de manter o peso corporal em um nível igual ou acima do
mínimo normal adequado para idade e altura.
2.Medo intenso de ganhar peso ou engordar mesmo estando com o
peso abaixo do normal com presença de amenorréia ou ausência
de 3 ciclos menstruais consecutivos.
3. Perturbação na maneira como alguém lida com o peso ou com a
forma corporal;
4. Em mulheres pós menarca,a presença de amenorréia,ou seja ,
ausência de pelo menos 3 ciclos menstruais consecutivos.
O QUE CAUSA ?
Não há uma única etiologia para a anorexia mas alguns fatores
podem levar ao transtorno, esse modelo multifatorial é composto por:
Fatores Genéticos: Uma agregação familiar com possibilidade de
um fator genético associado. (AMBULIM, 2010).
Fatores Psicológico: Situações podem anteceder o quadro clínico de
anorexia como a baixa auto-estima, sentimento de desesperança,
desenvolvimento insatisfatório da identidade, tendência a buscar
aprovação externa, extrema sensibilidade a críticas e finalmente,
conflitos relativos aos temas autonomia versus dependência.
O QUE CAUSA?
Fatores Biológico: Alterações nos neurotransmissores
moduladores da fome e da saciedade. (AMBULIM, 2010)
Fatores Socioculturais: A procura da sociedade por ter um
corpo magro e perfeito é um dos maiores reforços para a
anorexia
Fatores Familiares: Falta de dialogo, constrangimentos e
conflitos não resolvidos entre familiares podem desencadear
um quadro de transtornos dentre, os alimentares logo anorexia.
O TRATAMENTO
Além de muito lento, é delicado e detalhado, o grande foco no
tratamento é a restauração do peso corporal que não acontece
rapidamente.
A equipe multidisciplinar além do acompanhamento do
paciente, tem a função de informar e auxiliar a família para a
recuperação do anoréxico seja aquela por todos esperada.
O uso de drogas como antidepressivos e supressores
alimentares também são indicados no tratamento.
PREVENÇÃO
Como são diversos os fatores que desencadeiam a patologia,
não há muitas formas de prevenção.
Em modelos socioculturais e familiares logo que descoberto o
transtorno pode se evitar situações que possam prevenir o
avanço e comprometimentos futuros no caso.
Já em casos de fatores psicológicos, genéticos e biológicos
nenhum fator externo colabora para o desenvolvimento do
transtorno.
INTERVENÇÃO DO PSICÓLOGO E
O TRABALHO COM A FAMÍLIA
“As famílias de indivíduos anorexicos tendem a
ser bem sucedidas, competitivas, super
protetoras e caracterizadas por interação
intensas e má resoluções de conflitos.”
(SANTOS, 2002)
“Os transtornos alimentares não desestruturam
somente o que está com a patologia, mais sim
todos que estão presentes durante esta
trajetória”.
INTERVENÇÃO DO PSICÓLOGO E
O TRABALHO COM A FAMÍLIA
O grande trabalho dos profissionais de psicologia além de atender
as necessidades que o tratamento do paciente requer, é trabalhar a
questão familiar.
A intervenção nos casos de anorexia pode ser diferenciada
dependendo da abordagem do profissional responsável do caso.
É aplicado técnicas que sejam eficazes na recuperação de fatores
abalados como: Baixa auto-estima, desesperança, distorção da
imagem corporal.
A QUESTÃO DA INCLUSÃO
A inclusão de pessoas com anorexia na sociedade tende de ser
muito conflituosa e dolorosa, pois a imagem corporal de um
anoréxico é claramente de uma “pessoa doente”.
Além das imagens corporais esqueléticos outros sintomas
podem afastar as pessoas do paciente com anorexia.
Os que sofrem de anorexia não se enxergam com um
problema ou um transtorno, aceitando perfeitamente seu
comportamento e reprimindo as atitudes e comentários dos
demais.
ANEXOS
Amorziiinhos *-* Me sinto
beeem melhor hj, nf terça,
ontem comi 2 maçãs e hj uma
banana. Mesmo tendo comido,
me sinto bem por estar
voltando a ter controle sobre
meu corpo gordo! Bom, dando
uma passadinha só pra avisar
que não serei mais o fracasso
de antes, e que como prometi à
mim mesma, não sumirei mais.
POSTADO POR ANNA
JESSIE ÀS 15:19 10
COMENTÁRIOS
DISTÚRBIOS ALIMENTARES
BULIMIA
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Também é um Quadro de Transtorno Alimentar e assim
como na anorexia há uma preocupação excessiva com o
corpo e o pavor de engordar, no entanto o bulimico
possui o diferencial de ingerir grande quantidade de
alimentos, ou seja, comer compulsivamente.
Atinge normalmente mulheres jovens ,de alto nível sócio
–econômico, contudo atualmente o grupo de bulímicos
tem sido cada vez mais heterogêneos.
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O individuo que possui bulimia geralmente avaliam-se
exclusivamente com base na sua capacidade de controlar os aspectos
relacionados com o peso e imagem corporal.
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Normalmente são pessoas extremamente perfeccionista, possuem
baixa auto estima, intolerância afetiva e dificuldades interpessoais,
freqüentemente a ingestão alimentar compulsiva e o vomito são
utilizados como forma de lidar com os sentimentos ou estados de
humor intensos, pensamentos e emoções adversos (ou não), que o
paciente não consegue dissipar de outro modo.
O diagnóstico segundo DSM - IV :
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1. Ingestão alimentar compulsiva pelo menos duas vezes por
semana nos últimos três meses, sendo acompanhado por um
sentimento de culpa e de falta de controle.
2. O individuo apresenta comportamentos compensatórios
recorrentes tais como: vômitos auto-induzidos, uso de laxantes
ou diuréticos, regimes rígidos , jejum ou exercícios prolongados
para evitar ganho de peso
3. Existência de dois tipos de bulimia , o subtipo purgativo e
não purgativo. O subtipo purgativo , caracteriza-se pelo fato de
métodos como vomito induzido e uso inadequado de laxantes e
diuréticos. O subtipo não purgativo é aquele no qual os métodos
compensatório são : o jejum prolongado, exercício excessivo.
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A causa da Bulimia ocorre por diversos fatores que são:
Fatores Genéticos : Não existe nada comprovado ainda , mas a
ciência investiga a probabilidade desta patologia obter o fator
genético.
Fatores Psicológicos: O bulímico normalmente possui uma
grande dificuldade em suas relações, baixa- auto estima,
perfeccionismo, intolerância afetiva, os episódios da ingestão
alimentar compulsiva e os vômitos são formas que o paciente
utiliza para dissipar estas emoções.
Fatores Biológicos: Podem ocorrer alterações nos
neurotransmissores, que controlam a fome.
Fatores Socioculturais: A bulimia possui ocorrência maior em
sociedades ocidentais ( devido a supervalorização da magreza ,
corpo perfeito, beleza e veiculação da mídia). A pressão cultural
para emagrecer é considerado entre os pesquisadores um
elemento essencial na compreensão dos transtornos alimentares.
Fatores Familiares: Problemas familiares e conflitos não
resolvidos, podem contribuir para o desenvolvimento da bulimia,
geralmente as famílias dos bulímicos , também possuem
características semelhantes a dos pacientes como perfeccionismo e
dificuldades interpessoais.
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O tratamento consiste num conjunto de estratégias de modo
que o individuo aprenda a se alimentar regularmente, que
inclua alimentos ricos em vitaminas e menos carboidratos.
E necessário o acompanhamento de uma equipe
multidisciplinar , mas principalmente do auxilio do psicólogo e
da família, que irão realizar um trabalho conjunto , para que o
paciente consiga lidar com as situações de risco.
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O uso correto de medicação prescrita pelo medico , como os
antidepressivos e supressores alimentares , também são muito
importantes no tratamento.
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Assim como na Anorexia, são diversos os fatores que podem
contribuir no desenvolvimento da anorexia, por isso não há uma
forma de prevenção especifica, no entanto podemos destacar
alguns itens que podem ser vistos como auxiliadores no não
desenvolvimento desta patologia.
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As famílias devem estar muito atentas ao comportamento do
individuo, devem dialogar com seus familiares de forma que
possam construir uma aliança de confiança, amor e compreensão
entre eles. Amigos e educadores, também podem auxiliar nesse
processo de desenvolvimento do individuo( lembrando que a
doença atinge principalmente adolescentes), através de
informações que esclareçam as duvidas e angustias destes jovens.
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A intervenção do psicólogo com os pacientes bulemicos , ira
depender da abordagem do profissional responsável no caso .
Contudo independente da linha teórica que o profissional siga , o
profissional deve trabalhar juntamente com uma equipe
multidisciplinar, principalmente com o nutricionista (que
desenvolverá uma plano de alimentação mais saudável), e ajudar
o paciente a compreender sua preocupação com a imagem
corporal e trazer enfim um novo sentido para este paciente.
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Sob o enfoque de orientação e esclarecimento, o trabalho
psicoeducativo permite a inclusão participativa dos familiares e
cuidadores durante o tratamento, favorecendo a diminuição da
angústia familiar, fator decisivo na melhora e recuperação do
paciente.
O paciente com bulimia , não possui a imagem
corporal esquelética , como os anoréxicos, em geral
estão com seu peso na media, no entanto as
dificuldades do bulimico são as relações interpessoais,
por este motivo a inclusão deve ser feita
gradativamente com o auxilio do psicólogo e apoio
familiar, de forma que o paciente consiga conviver em
sociedade de forma mais saudável e menos dolorosa e
não tenha mais a preocupação excessiva com o corpo.
DISTÚRBIOS ALIMENTARES
OBESIDADE
Definição
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OBESIDADE s.f. ( Do lat. Obesitas, obesitis)- Estado de quem é
obeso Derivada das raízes ob, “acima”, e edere, “comer”
(Grande Enciclopédia Larousse,1987).
Etimológicamente, a palavra obesidade contém a idéia de ser
o obeso aquele que come demais.
 Será ?
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Para a medicina ocidental positivista
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A ciência da Medicina descreve a obesidade como uma síndrome com
várias causas, caracterizada por um excesso de tecido gorduroso.
É definida como uma doença crônica, com uma etiologia multifatorial.
Em decorrência do aumento do número de obesos, a obesidade já é
classificada como uma epidemia mundial.
Atualmente, a obesidade e suas múltiplas facetas, constituem um desafio
para várias áreas da saúde, sendo que os resultados positivos obtidos
podem ser considerados frustrantes no processo de cura. Tanto a ciência
quanto os mitos culturais tentam dar conta desse crescimento, o
crescimento do próprio corpo.
“A obesidade é considerada na atualidade como uma síndrome, na qual
vários fatores devem ser observados e, sendo assim, precisa ser tratada de
forma multidisciplinar, o que inclui quatro profissionais no tratamento: o
médico, o psicoterapeuta, o nutricionista e o educador físico.
Fatores que contribuem com a Obesidade
Fatores genéticos ( número pequeno de casos)
 Fatores metabólicos ( pequeno número de casos)
 Nível educacional – pessoas com maior escolaridade, tendem
a ser mais magras
 Fatores culturais – em algumas culturas, a obesidade é sinal de
poder
 Fatores ambientais  AMBIENTE OBESOGÊNICO
(a maioria dos casos)
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Ambiente obesogênico
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“Este ambiente caracteriza-se por:
Fornecer alimentos cada vez mais baratos, saborosos e ricos em
carboidratos e gorduras.
Aspectos psíquicos que interagem com este ambiente obesogênico
e que, evidentemente devem ser muito considerados pelo
psicanalista.
A famosa fase oral, descrita por Sigmund Freud, revela o fato
incontestável de que a primeira forma de prazer do bebê acontece
através da boca e especificamente do ato de sugar o leite materno.
A interação mãe/ bebê e posteriormente a interação da família
com alimentação da criança constitui fator fundamental no
surgimento de alguns casos de obesidade
Excessiva preocupação da mãe e/ou família com a alimentação da
criança, alimentando-a de forma exagerada criando um hábito
alimentar que pode se perpetuar.
Alimentação é recompensada e elogiada de forma acentuada
criando na criança uma sensação de bem estar e afetividade
associada ao alimento. “ (KEPPE, 2005)
A Obesidade como distúrbio emocional
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A obesidade foi relacionada ao distúrbio emocional pela Medicina,
primeiramente no século XIX, na literatura francesa, atribuindose o desenvolvimento da obesidade a períodos de grande estresse
emocional.
Os estudiosos dessa época baseavam-se em casos nos quais algum
familiar sem história de obesidade, que perdera um ente querido,
começava a engordar de modo abrupto e incompreensível.
Fatos semelhantes, também foram observados durante a primeira
e a segunda grandes guerras, quando pesquisadores observaram
que algumas mulheres ficavam angustiadas devido à
possibilidade de perda de seus amores, e nesse período de
angústia, apresentavam um aumento de peso significativo,
inexplicável somente pelo aumento do consumo de calorias.
O que caracterizava esse tipo de obesidade era a rapidez com que
ela se instalava. "Nessa época, era comum observar a utilização
de uma palavra do vernáculo germânico, kummerspeck, que
queria dizer “gordo de tristeza"
Consequências da obesidade
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A obesidade apresenta um grande risco a medida que a gordura corporal
acumulada, preenche o espaço ocupado por órgãos internos e contribui para muitos
problemas crônicos de saúde, tais como:
Hipertensão - pessoas que estão 50% ou mais acima do peso tem de três a cinco
vezes mais propensão em ralação a pessoas com peso normal.
Diabetes tipo II - a obesidade aumenta a demanda do corpo por insulina e sua
resistência a ela, por isso, é a principal causa de diabete tipo II.
Triglicerídeos - O fígado fabrica em excesso a forma mais comum de gordura na
corrente sanguínea
Colesterol – fabricado em excesso pelo fígado em pessoas com excesso de peso
corporal, aumentando o risco de artrite, gora e problemas na vesícula.
Complicações após cirurgias, incluindo infecções, ocorrem com mais freqüência
entre pessoas obesas.
Doenças cardiovasculares - Existe forte correlação entre a obesidade e em homens
e mulheres, mesmo após ajustes estatísticos serem feitos para a pressão, o colesterol,
o hábito de fumar, a idade e o diabete.
Câncer- a obesidade aumenta o risco de certos tipos de câncer como os de mama,
por exemplo
Tratamento
Sendo uma patologia multifatorial, o tratamento também
deverá incluir diversos profissionais:
 O médico
 O nutricionista
 O psicólogo
 O preparador físico
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Obs: a excessiva medicalização da obesidade levou à idéia de
que o primeiro profissional a ser procurado seja o médico.
 Em seguida, o nutricionista, o preparador físico, e por último o
psicólogo.
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Tipos de tratamento - TCC
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TERAPIAS COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS
Procedimento de controle de estímulos para identificar e limitar o número
de estímulos que façam com que o indivíduo comece a comer ( por
exemplo, restringir-se a comer num único local)
Técnicas de autocontrole – tornar o ato de comer mais lento (por exemplo,
mastigar cada porção várias vezes, largando os talheres entre cada
garfada).
Contratos de contingências – o reforço proporcionado pelo terapeuta ou
por meio de autocontrole é tornado dependente de se atingir objetivos de
perda de peso ( por exemplo, o cliente deposita uma quantidade de
dinheiro que será recuperado à medida que os objetivos são alcançados)
Apoio social de familiares e amigos – convocados para proporcionar
reforço adicional pelo sucesso obtido e pela adesão ao tratamento
Auto-monitoramento cuidadoso e anotações para aumentar a consciência
de quais alimentos são consumidos e as circunstâncias em que isso ocorre
Tipos de tratamento - psicanálise
 Para a psicanálise, a obesidade é vista como um sintoma,
que não pode ser removido, sem a compreensão de:
 Papel que exerce o comer e a comida para o sujeito
 Função que a gordura corporal tem para o sujeito
 Com uma abordagem psicanalítica, o sujeito prepara-se
para “mexer” em sua alimentação, e em toda a extensão
de seus significantes.
 Mesmo após atingir o peso ideal, é importante a
continuidade do acompanhamento psicológico
Tipos de Tratamento - Nutrição
- 50 a 60% da calorias devem vir de carboidratos (complexos de preferência)
- 30% das calorias devem vir de proteínas
-15% das calorias devem vir de gorduras
-- pequenas refeições de 3 em 3 horas obedecendo o esquema acima
Outros tratamentos
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Dietas autoconduzidas foram recomendadas para aqueles com
obesidade pequena ou moderada, exceto para pessoas com
histórico de ciclos de peso.
Programas comerciais com apoios de grupo como Vigilantes do
Peso, foram recomendados para uma tentativa inicial de perder
peso ou para pessoas que não conseguem fazer dieta sozinhas.
Dietas com poucas calorias e cirurgias foram recomendadas para
aquelas pessoas com algum problema médico complicado pela
obesidade.
Supervisão médica foi considerada necessária para pessoas com
diabete e outras com condições médica que tenham probabilidade
de mudar durante a dieta.
Orientação individual e programas comportamentais visando a
perder peso foram considerados adequados para aqueles
indivíduos que apresentam transtornos da alimentação.
Prevenção
EDUCAÇÃO ALIMENTAR (começando pelos hábitos
alimentares da família )
 Dar preferência aos alimentos in natura
 Não consumir alimentos industrializados (excesso de açúcares,
sódio e gorduras em excesso)
 Proporcionar às crianças alimentos saudáveis e saborosos.
 Na educação das crianças, ressaltar a função e importância da
correta nutrição para o seu crescimento e desenvolvimento
intelectual.
 Programas de educação alimentar nas escolas em parceria
com cantineiros.
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Intervenção do psicólogo
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O acompanhamento psicológico é imprescindível para o
obeso que deseja perder peso

Compreensão e resignificação da comida e do ato de comer
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INTERVENÇÃO COM A FAMÍLIA
Para um tratamento eficaz , muitas vezes a família também tem
que ter o acompanhamento psicológico, se esta se constitui
num ambiente obesogênico para o paciente.
Preconceito e Inclusão
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O obeso é estigmatizado e responsabilizado diretamente por
sua condição, não recebendo nenhuma compaixão por parte
da sociedade, pois esta não o vê como um doente, mas sim como
alguém de caráter fraco e sem força de vontade.
Os espaços públicos não são preparados em suas dimensões
para receber o obeso como um cidadão igual, com direitos
iguais.
 O mobiliário não é adequado
 A modelagem do vestuário não ajuda
 As roupas são mais caras para os obesos, e por aí vai

Considerações finais
 Os transtornos alimentares merecem um olhar
especial da psicologia, que muito tem a contribuir
para a sua prevenção e também durante os
tratamentos, seja da anorexia, bulimia ou obesidade.
 É de extrema importância, a participação das
famílias no processo de tratamento, bem como de
todo o contexto social no qual a pessoa está inserida,
para que sua inclusão seja feita, a despeito da sua
patologia.
Prevalencia Infantil Mudial com TDAH
5,29
6
5
4
3
Prevalencia Infantil mudial com TDAH
2
1
0
1
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é um dos mais
freqüentes transtornos neuropsiquiátricos da Infância, acometendo
5,29% da população infantil Mundial.
TDAH
O TDAH na infância é caracterizado pelo comportamento inquieto das
crianças, correm daqui e para lá o dia todo, sem que nada os
detenham, nem sequer o perigo, tiram os brinquedos de seu lugar,
esparramam todos eles pelo chão, e quase sem usá-los, pegam outros
e outros, sem deter-se em nenhum deles em nenhum momento.
Interrompem permanentemente os adultos e as outras crianças,
respondendo impulsivamente e de forma exagerada àqueles que os
molestam.
TDAH
Essas crianças sempre perdem os objetos, são
desordenados, tendo que cobrá-los o tempo todo, não
só para que completem as tarefas, mas também porque,
são distraídos, se esquecem de que é hora de almoçar,
de jantar ou de tomarem banho, quando começam a
fazer alguma coisa, se esquecem de terminar, param na
metade, quando vão a algum lugar param no caminho,
se detém para falar com alguém, entreter-se numa
brincadeira, se distraem por qualquer coisa fútil, como
um barulho, animais passando e voando.
TDAH
No decorrer dos anos houve inúmeras mudanças na nomenclatura Strauss
e Lehtinen (1997), chamavam o TDAH de “Síndrome de Lesão Cerebral
Mínima”.
Em 1962, graças a falta de comprovação de alteração neurológica, ficou
conhecido como “Disfunção Cerebral Mínima” , apud Peixoto (2006).
Na década de 50 a atividade motora excessiva apresentada por esses
pacientes foi valorizada como condição primária para o diagnóstico.
No DSM-II (Classificação de Transtornos Mentais da Associação Norteamericana de Psiquiatria - 1968), a nomenclatura foi alterada para
“Síndrome Hipercinética da Infância”,
Em 1987, o mesmo DSM revisado (DSM-III), passou a ser classificar o
quadro como “Distúrbio do Déficit de Atenção por Hiperatividade”, em que
a inquietação era o elemento essencial.
Somente em 1994, no DSM-IV surgiu a nomenclatura atual de “Transtorno
de Déficit de Atenção/Hiperatividade”, apud Peixoto (2006).
TDAH
60
TDAH Brasil Pop.
Escolar 3,6%
50
TDAH Brasil Pop.
Escolar 5% "
40
TDAH predomino
Desatençao 25%
30
20
10
0
1
Adolescente de 12
a 14 prevalencia
5,8%
Tipo Combinado
Desatençao/Hiper
atividade 55%
O Tipo
Predominantes
Desatento 27%
DSM IV TR = 3 Tipos de TDAH
1 Desatento apresenta pelos menos Seis das seguintes Características:
1 Não enxerga detalhes ou faz erros por falta de cuidado;
2 Dificuldade em manter a atenção;
3 Parece não ouvir ;
4 Dificuldade em seguir instruções;
5 Dificuldade na organização;
6 Evita/não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado;
7 Frequentemente perdem os objetos necessários para uma atividade;
8 Distrai-se com facilidade;
9 Esquecimento nas atividades diárias;
DSM IV TR = 3 Tipos de TDAH
2º TDAH – Tipo Hiperativo/Impulsivo – é definido se a pessoa apresenta
seis das seguintes características:
1 Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se reMexendo na cadeira;
2 Dificuldade em permanecer sentado;
3 Corre sem destino ou sobe nas coisas excessivamente (em adultos, há
um sentimento subjetivo de inquietação);
4 Dificuldade em engajar-se numa atividade silenciosamente;
5 Fala excessivamente;
6 Responde a perguntas antes delas serem formuladas;
7 Age como se fosse movida a motor;
8 Dificuldade em esperar sua vez;
9 Interrompe e se intromete;
DSM IV TR = 3 Tipos de TDAH
3º TDAH – Combinado é caracterizado pela pessoa que
apresenta os dois conjuntos de critérios dos tipos
desatentos e hiperativos/impulsivo.
Diagnóstico / Avaliação do TDAH
Historia da Criança (Família, Escola e no seu convívio
Social).
Testes psicológicos como Wic III, Wisconsig Cart, Sorting
Test, Stroop Test.
Exame de Neuroimagens, como tomografia , ressonância
magnética ou Spec Cerebral.
Avaliação neuropsicológicas para descartar patologias
neurológicas.
Devem ocorrer antes dos 7 anos ou na idade escolar e
devem interferir, em pelo menos duas áreas de atuação da
criança.
ABDA (Associação Brasileira de Déficit de Atenção) – Pode-se
usar um Questionário SNAP -IV
1 - Não consegue pretar muita atenção ou comete erros por descuido nos trabalho da escola e tarefas
2 - Tem Dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer
3 - Parece não estar ouvindo quando se fala diretamente com ele
4 - Não segue instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou obrigações
5 - Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades
6 - Evita, não gosta ou se envove contra a vontade em tarefas que exigem esforço mental prolongado
7 - Perde coisas necessarias para atividades (p.ex. brinquedos, deveres de escola, lapis ou livros)
8 - Distrai-se com estimulos externos
9 - É esquecido em atividades do dia a dia
10 -Mexe com as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira
11 -Sai do lugar na sala de aula ou em outras situações em que se espera que fique sentado
12 -Corre de um lado para outro ou sobe demais nas coisas em situações em que isto é inapropriado
13 -Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma
14 -Não Para ou frequentemente esta a mil por hora
15 -Fala em excesso
16 -Responde as perguntas de forma precipitada antes delas terem sido terminadas
17 -Tem dificuldade de esperar sua vez
18 -Interrompe os outros ou se intromete
Nenum Pouco
Só Um pouco
Bastante
Demais
Causas do TDAH
Neurológicas
A disfunção do lobo frontal, responsável pela atenção, controle do
impulso, organização e atividade. Há também uma perturbação dos
processos inibitórios do córtex por hipoperfusão do córtex frontal.
Acredita-se que o desequilíbrio neuroquímico nos sistemas de
neurotransmissores da noradrenalina e da dopamina isto é a baixa
produção dessas substâncias, levaria ao TDAH .
Vemos também que o sistema límbico que está relacionado com as
emoções e a vigília também é responsável pelo TDAH, (Malloy-Dinis,
2008).
Dopamina
Noradrenalina
Causas do TDAH
Hereditariedade
Os genes em principio podem ser responsáveis, mas não pelo transtorno em si,
mas por uma predisposição ao TDAH. Famílias com portadores de TDAH, podem
apresentar mais tendência a terem crianças com estes transtornos do que
famílias que não tem histórico de TDAH, conforme ABDA.
Causas do TDAH
Substâncias Ingeridas Na Gravidez
A nicotina e o álcool ingeridos na gravidez podem causar alterações em
algumas regiões do cérebro do feto, mais precisamente na região
frontal orbital; conforme pesquisas. Mães alcoólatras tem mais chance
de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção,
conforme ABDA.
Causas do TDAH
Sofrimento Fetal
Alguns estudos mostram que mães que tiveram problemas no parto
com sofrimento fetal, tinham mais chance de terem filhos com TDAH,
não que isso seja a relação da causa, pois mães portadoras de TDAH,
durante a gestação sejam mais descuidadas. Pode ser também a sua
carga genética já pré-disposta ao TDAH e que transmite para o bebe,
conforme ABDA.
Causas do TDAH
Familia
Os problemas familiares, não que sejam o fator
desencadeante do TDAH, mas podem contribuir para o
agravamento do mesmo, conforme ABDA
Fármacos Utilizados
no Tratamento do
TDAH
As drogas
psicoestimulantes são
utilizadas no
tratamento de crianças
e adolescentes desde
1930. Seu mecanismo
de ação é a
estimulação de
receptores alfa e betaadrenérgicos
diretamente, ou a
liberação de dopamina
e noradrenalina dos
terminais sinápticos,
de acordo com
Ximenes (2008).
NOME QUÍMICO
NOME
COMERCIAL
DOSAGEM
DURAÇÃO DO
EFEITO
MEDICAMENTOS DE PRIMEIRA LINHA
Metilfenidato (ação curta)
Ritalina
5 a 20mg de 2 a 3 vezes ao dia
3 a 5 horas
Concerta
18 a 72mg pela manhã
Cerca de 12 horas
Ritalina LA
20 a 40mg pela manhã
Cerca de 8 horas
Strattera
10,18,25,40 e 60mg 1 vez ao dia
Cerca de 24 horas
Metilfenidato (ação prolongada)
Atomoxetina
MEDICAMENTOS DE SEGUNDA LINHA (não são a primeira opção)
Imipramina (antidepressivo)
Tofranil
2,5 a 5mg por kg de peso
divididos em 2 doses
Nortriptilina (antidepressivo)
Pamelor
1 a 2,5mg por kg de peso
divididos em 2 doses
Bupropiona (antidepressivo)
Wellbutrin SR
150mg 2 vezes ao dia
Clonidina (medicamento antihipertensivo)
Atensina
0,05mg ao deitar ou 2 vezes ao
dia
12 a 24 horas
Inicio e Duração do Tratamento
O tratamento deve ser multimodal isto é uma combinação de
medicamentos, e orientação aos envolvidos, deve começar na idade
escolar, e permanecer até o início da adolescência (11-13 anos) .A
psicoterapia pode ser usada para o tratamento do TDAH, e é chamada de
Terapia Cognitiva Comportamental, além disso o tratamento pode contar
com outros profissionais como Fonoaudiólogos, e Psicopedagogos, de
acordo com ABDA
Inclusão e Considerações Finais
. É importante haver um consenso entre as pessoas envolvidas no
tratamento para que esta criança consiga se inserir no seu meio e
desenvolver-se da melhor forma possível . É importante trabalhar
estreitamente com os pais, bem como quaisquer especialistas de
suporte adicionais, como por exemplo, Psicólogos, terapeutas,
Psicopedagogos, fonoaudiólogos, e professores, que podem estar
envolvidos com a criança.
A inclusão depende de uma inter-relação entre as áreas afetadas,
sendo que em casa os pais tem que serem os primeiros a aceitar o
problema de seu filho, buscando informar-se sobre o que é o TDAH
e aceitarem sererem aconselhados sobre o que deve ser feito.
Na escola o professor deve levar em conta a presença, em sua
sala de aula, de um portador desta deficiência, e formular um
programa pedagógico que dê conta do problema, incluindo uma
serie de intervenções e pequenos arranjos na arrumação da sala, e a
utilização de um auxiliar.
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Prejuízo significativo no
desempenho acadêmico.
Perde de paciência frequente.
Discussão com adultos.
A criança apresenta-se rancorosa,
enraivecida, ressentida e vingativa.
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Persistencia dos sintomas por 6 meses;
DSM IV;
Transtorno Comrbidos: TDAH, Transtornos de
Humor e Transtorno de Anciedade;
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Não há tratamento medicamentoso específico.
Orientação de pais e professores .
TCC.
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Auxiliar na socialização e na formação de
conceitos como diciplina e respeito;
Evitar punições físicas;
Promover a integração familiar;
Sempre elogiar atitudes acertivas da criança;
Explicar claramente regras e instruções.
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Se tratado corretamente, o Transtorno
Desafiador opositivo tende a desaparecer nos
anos seguintes, porém se não houver
acompanhamento psicológico podem perpetuar e
se intensificar ao longo da vida.
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