www.arvoredoleite.org Esta é uma cópia digital de um documento que foi preservado para inúmeras gerações nas prateleiras da biblioteca Otto Frensel do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), antes de ter sido cuidadosamente digitalizada pela Arvoredoleite.org como parte de um projeto de parceria entre a Arvoredoleite.org e a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes para tornarem seus exemplares online. A Revista do ILCT é uma publicação técnico-científica criada em 1946, originalmente com o nome FELCTIANO. Em setembro de 1958, o seu nome foi alterado para o atual. Este exemplar sobreviveu e é um dos nossos portais para o passado, o que representa uma riqueza de história, cultura e conhecimento. Marcas e anotações no volume original aparecerão neste arquivo, um lembrete da longa jornada desta REVISTA, desde a sua publicação, permanecendo por um longo tempo na biblioteca, e finalmente chegando até você. Diretrizes de uso A Arvoredoleite.org se orgulha da parceria com a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes da EPAMIG para digitalizar estes materiais e torná-los amplamente acessíveis. No entanto, este trabalho é dispendioso, por isso, a fim de continuar a oferecer este recurso, tomamos medidas para evitar o abuso por partes comerciais. Também pedimos que você: ● Faça uso não comercial dos arquivos. Projetamos a digitalização para uso por indivíduos e ou instituições e solicitamos que você use estes arquivos para fins profissionais e não comerciais. ● Mantenha a atribuição Arvoredoleite.org como marca d'água e a identificação do ILCT/EPAMIG. Esta atitude é essencial para informar as pessoas sobre este projeto e ajudá-las a encontrar materiais adicionais no site. Não removê-las. ● Mantenha-o legal. Seja qual for o seu uso, lembre-se que você é responsável por garantir que o que você está fazendo é legal. 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Cid Maurício Stehling por oc asião do encerramento do Curso da FAO. digitalizado por arvoredoleite.org MARÇO-ABRIL Revista do ILeT Pág. 1 EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA D E MINAS GERAIS REVISTA IDO INSTITUTO DE LATiCíNIOS CÂNDIDO TOSTES - EPAMIG D I RETO R IA EXECUTIVA Presidente Helvécio Mattana Saturnino Di reto r de Operações Técnicas H e l vécio Mattana Satu rnino (respond end o interina mente) Di retor de Ad mini stra cão e Financas Gera l d o D i rceu de Resend e ' ;;!' " ':.: ,*' " .-- ..� Títu l o CONSELHO FISCAL Pre.s idente .. He1vécio Mattana Satu rnino Consel h e i ros efetivos Cícero A u g usto de Góes Montei ro J oão da Costa Lisboa J osé Antônio Torres Cons e l h e i ros A rmando D u a rte Gosta Gera l do D i rceu de Resende Mário B a rbosa Paul o Mário Del G i ud i ce Sebastião Card oso Ba rbosa S ílvio N o g u e i ra d e Souza Con.s el h e i ros supl entes Antônio J osé de Ara ú j o Ped ro Azra M a l a b W a gne, r Saleme COMI SSÃO D E REDAÇÃO D i reto r Cid Ma u rício Steh l ing Ed itor-Secretá ri'O H obbes Al buqu erque Redatores Técnicos Otacílio Lopes Va rg as J osé Frederico d e Maga l h ã es S i q u ei ra Va lter Esteves J únior H obbes A l b uquerq u e S ecretá ria Maryl ande Rezende Co l a borad ores Professores, Técnicos e A l u nos . Revista do Insti tuto d e Laticínios " Când ido Tostes" , n. 1 i l ust . 2. Co a l ho p a ra q u e i jos e .seus su bstitut,os . D . M . Santos Rennet for Cheese and Rennet Substitutes . 9 H . C. Me·n ezes . . . . . . & . . . 3. S íntese dos res u l t,a dos d e a l g uns estudos de custo d e prod ução d e, l eite em Minas Gerais . A . S . Montei ro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 A Summary o·f a Few Studies on Milk Production Cost in the State of Minas Ge rais. · · · · .. . 4. No m und o do l eite e . . . em outros mundos. J. J. Ca rne,i ro . . . . . . . . . . . . . . . . . In the Milk World and... i n other Worlds 21 5. Cara cterísticas do l eite de b u fa l a . B. Ferra ra & F. I ntrieri . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Caracterizatio n and Utilization of Buffalo's Milk 27 . . 41 . .. . EPAM I G patrocina c u rso da FAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 . . . .. 9. Em m emória de Ponciano Vasco . O . Frensel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 1 1946 - . . .. . . 7. Teo r Vita mínico do l eite. J . C . Panetta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Milk Vitamin Content 8. 23 cm EPAMIG Sponsored Fao Extension Course on Milk and Milk Products, ting and Processing Rev. I nsl. Cândido TOSle + l UiZ de Fora A no xxx i 1 -48 1 n.o 1 78 EMPRESA DE PES Q U I SA AG ROPECUARIA DE MI NAS G E RA I S Revista B imens a l Endereço : Revista d o Instituto de Laticínios Cândido Tostes Tels . : 212-2895 - 212-2557 - D D D - .032 A partir d e setem b ro 1958, com o nOme, de Revista do I n, s tituto d e Laticínios " Când ido Tostes " . - B ra.s i l Cx . Postal 183 - 36100 - J u iz de Fora - Minas Gerais 1. Zootecnia - Bra s i l - Pe riód i cos . 2 Lati c ínios - B ra s i l - Periód icos . I . E m presa de Pesqu isa A g ropecuária de Minas G erais, J u iz de Fora, MG, ed. C D U 636/637(81)(05) Endere ço Te l e g ráfico : ESTELA T 1 Mar.-Abr. 1 975 1 ...... . � F. ncionário Assina tura : Cr$ 30,00 ( 1 ano) Composto e impresso n a s oficinas d a ESDEVA EMPRESA GRAFICA S. A. - C.G.C. 1 7 153081/0001-62 digitalizado por Marke- BI8LIO'�t'r:" -- ,., \ \ CADAS I \lUCRO n . 1-19 (1946-48), 27 cm, cOm o nome de Fel ctian o . n . 20-73 (1948-57), 23 em , com o nome de ,F el ctiano . o 3 6. I LCT - Pesquisas rea l izadas no período 1968-74 ............................. 37 I LCT - Research Summaries - 1 968-74 J u iz de Fora, Instituto de Laticínios " Când ido Tostes", 1946. v. Página 1. A fa b ricação d o q u e i jo Saint-Pau l in no I LCT . M . M . Fu rt,a d o Saint-Paulin Cheese Processing CONSELHO DE A DMI N ISTRAÇÃO ..... SUMA R I O Contents - Juiz de Fora - M G arvoredoleite.org Pág. .z Revista do ILeT MARÇO-ABRil R.evista do ILCr XXVI.a SEMANA DO LATICINISTA MARÇO-ABRIL Pág. 3 A FABRICAÇÃO DO QUEIJO SAINT-PAULIN NO ILCT Saint-Paulin Cheese Processing Juiz de Fora, 02 de junho de 1 975 Múcio, Mansur Furtado Prof. Assistente do I LCT limo. (a) Sr. (a). INTRODUÇAO Saudações. Por delegação do Sr. Presidente da Empresa de Pesquisa Agrope cuária de Minas Gerais - EPAMIG - Dr. Helvécio Mattana Saturnino, te nho o prazer de comunicar à V. s.a a realização da XXVI.a Semana do La ticinista, no período de 7 a 1 1 de julho, que contará com a presença de renomados técnicos, especialistas, empresários, professores e represen tantes de órgãos oficiais. Já está confirmada a presença do Prof. Ebbe Lytzhoeft Petersen, Diretor do Centro Regional de Capacitação em Leite e Derivados da FAO, no Chile, que, durante dois dias, ministrará ensinamentos sobre defeitos de queijos e modos de corrigí-Ios. ,Além do Prof. Petersen, já podemos contar, também, com a presen ça de um grupo de técnicos do Departamento Nacional de Inspeção de Produtos de Origem Animal - DIPOA, chefiado pelo Dr. José Pinto da Rocha, diretor substituto daquele órgão, que falará sobre a legislação re ferente a queijo; e do Dr. Mário Passani, técnico da FAO a serviço neste Estado, que abordará assunto relacionado com as Águas Residuais. O tema escolhido para a XXVl.a Semana do Laticinista será: "A In dústria de Queijo no Brasil: Tecnologia, Padrões e Comercialização", com a realização de Seminários, e Conferências abordando o assunto. Haverá Exposição de Materiais e Equipamentos, a cargo de Firmas Especializa das e Exposição de Queijos procedentes das melhores Indústrias do País, que serão julgados em seus diferentes aspectos, por um juri do mais altó gabarito. É de suma importância que os participantes da Semana formulem perguntas, não só no campo da tecnologia, bem como na área da legisla ção em vigor, com a finalidade de dirimirem dúvidas, e apresentarem su gestões. Posteriormente será remetida a V. s.a a programação completa da Semana, incluindo todas as demais informações necessárias. Aproveito a oportunidade para reiterar os meus protestos de eleva da estima e distinta consideração. a) Cid Maurício Stehling Diretor do ILCT Várias razõe,s nOs l evaram à execução deste experimento no I LCT, sobre a fabri cação d o queijo S a int-Pa u l in : • • • • • Trata-se .d e u m q u e i j o d e massa prensa da ' crua, bem caracte rísti co aos hábit'DS do consum idor naciona l . 't um q u e,i j o q u e .s e . pod e .cl assifi car co mo d ietéti co, d evi d o a seu ba ixo teor d e gord u ra . Prod uto q u e apresenta g randes vanta gens sob o aspecto econô m i co : b a ixo teo r de gord u ra, a lto teo r de u m i dade, pouco tempo de c u ra . Fá c i l e l a boração, sem exi g i r m u ita m ão -de-obra . t u m queijo d e excel ente a presentação . A DEFINICAO LEGAL DO QUEIJO SAINT-PA ÚLlN (França) A denominacão Sa int-Pa u l in é reservada a um q u e i j o de massa prensada, não-cozi da em forma ci l índri ca, com 20 cm de d i â m �tro e 4 a 6 cm d e a ltura, fabricado ex cl usiva mente com l eite de vaca a d i cionado de coa l h'D . t l i g e i ra mente s a l g a d o, conten do no míni mo 44% de extra çã o seco tota l e 40% d e g ord u ra no extrato .s eco . DESCRICAO DO PROCESSO UTILIZA DO N O ILCT o q u e i j o Saint-Pa u l in é d e· .s a b o r excel en te, mas nã o m u ito p ronunci ado . Seu sabor é fra co, l i g ei ra m ente a docicado , e s u a mas sa é m u ito macia e untuosa . Pa ra se obter estas ca ra cterísticas, uti l iza-se uma tecno lo ÇJia d e fabricação q u e se apóia sobretudo nos processos d e d e l a ctosa g e m d a massa e manutenção, ao mesmo tempo, d e u m a l to teor de u m i d ad e . Pa rte-se d e l eite fresco q u e d eve s e r d e ótima q u a l idade, com acidez m áxima d e 18°D, perm itindo-se sua pasteu riza ção nos padrões no rmais a q u i uti l izados . A pa d ronização do teor d e g o rd u ra do l e ite é d e im portânci a capita l na fabri ca- cão do Sa int-Pa u l in . Dentro ,de nossos há bitos d e p rodução industri a l d e q u ei j os, p rendemo-nos m u ito ao fato ,de ser a g o r d u ra responsável pel a maciez e untuosida d e dos qu eijos . t, evid entemente, u m fato veríd ico , mas não é e l a a única responsá vel por estas cara cterísticas . Assim, é sabido q u e o teor d e ,u midade dos ,q u eijos infl u i decisiva mente nestas ca ra cterísticas, princip a l mente qu ando a l i a mos este fator a uma excel ente a tu a cão enzi mática, res ponsável pela h i d ró l i�e quase tota l da caseína . Na fabricação do Sa int-Paul in, ta is fato res são m u ito cons i dera d os, o que nos per mite então pad roniza r 'o l e ite pa ra um teor máximo de gord u ra,' de 25 g ramas por l itro d e l eite . Após a padronização, estand o 'o l eite à temperatu ra de 30-33°C, pode-se aj unta r u ma pequ ena quantidade de cloreto de cá l cio (25 g/Iitro), visto se trata r d e leite, pas teu riza do . Ajunta-se ta m bém a quantidade de co rante vegeta l necessá ria p a ra d a r ao q u e i j o um aspecto atra ente . Em nosso ex perimento no I LCT, uti l iza mos 4 ml d e co rante "Ma ca l é " , p o r 1 00 l itros d e l eite traba l hados . A ad icão de ferm entos láticos a'D l eite é um dos 'ponto.s mais i mportantes na fa bri cação deste queijo . I sso porq u e, de acordo com seu desenvo lvim ento, teremos a pro ducão de ácido necessária à o btencão d o " pónto" d a massa, e a prod ução de enzi mas q u e mais tarde serã o os responsávei.s pela maturação do q u ei j o . A l é m d isso , a acão do fermento l ático é exercida ind i re ta'm ente tando-a pela ionização d os sais d e cálcio necessá rios à este fenômeno . A dose de fermentos ind i cada e uti l izada no I LCT é d e 3%-2% d e fl o ra acid ifi cante (S. lactis e S. cre m oris) e, 1 % de flora aro matizante (Leuconostoc citrovorum) Na França, g e ra l m ente, .util iza m-se d u a s cep a s de Streptococcus lactis : u ma c u l tivad a a 30°C, e q u e atu a rá principa l m ente d u rante a fabricação d o q u e i j o, e outra cu l ti vada a digitalizado por arvoredoleite.org Pâg. 4 MARÇO-ABRIL Revista do ILeT 20°C, e q u e terá ma i-or atuacão d u ra nte a tração d os g rãos e d a í a maior expu l.são ' matu ra cã o . de soro d estes . Ao corte, o soro a p resenta r-se-á basta nte Reco�enda-se p roceder à m aturação do l ím p ido e seu teo r de !=]ord u ra não d everá l e,ite ad icionado dos fermentos, para q u e n u nca ser s u perior a 0,3% . Deve-se verifi h a j a u m a p redo m i n â ncia total da flora c a r s e mp re . a a cidez titu lável do soro a pós acid ifica nte e a ro m atiza nte sobre eventua i s o corte, p'O I S e . s ta !=]ermes d o tipo col i-aerógenes ou c lostri b re a atuação da fl o ra do fermento lático . d ium, re.s ponsáveis respectivamente pelo D u ra nte a coa g u lação, a producão de áci estufa mento precoce e ta rd io dos q u e i jos . do l á tico, d evido a ação ferme�tadora das Esta maturação pode ati n g i r, d ependendo bactérias láticas d'O ferme nto, é constante e d a s ·c o n d i ções d e tra b a l h o , até 22°D . Até d esejáve l . Assim, tem-se u m a confirmacão este po nto, 'o coá g u l o forma r-se-á bem mais d esta boa atu a ção qua ndo a a cidez d o 'so rapidamente, e a p resentará soro mais l ím ro ap.ós o corte é no m í n i m o 2/3 d a q u e l a pido e esverdeado, sendo q u e os g rãos da do l eite n o momento e m q u e se a d ici- o nou coalhada são f i rme.s e bri l h a ntes . o coa l ho . Por exemp l o , s e ad iciona mos o A pós a maturação do l eite, a d i ciona-se co a l h o a um l eite c u j a a cidez e ra ,d e 21 °D coa l h o , l íqu ido o u em pó, e m q u a ntidade a a cidez idea l d o soro no corte é de·' n � q u e pode ser l ig e i ra m ente i nferior àque·la m í n i mo, 1 4° D . recomendada n o rm a l m ente p a ra 100 l itros d e l eite . O tem po normal de coa g u l a cão Ao co rte, p roceder-se-á a u m a a g itação ' está e ntre 30 e 40 m i n utos . .s ua ve da massa, usand o-se uma pá d e ma d e i ra ou, d e preferê n c i a, d e aco i noxidável . O corte efetua r-se-á esta n d o a coa l ha d a Esta a g ita ção tem por fi n a l id�de i n i c i a r a no " p'Onto" n o rma l .considerado para qual g ra d ativa exp u l são do soro dos !=]rãos . De quer q u e i j o do tipo Prato ou Mi nas, e será ve s e r feita n u m ritmo ta l que nào perm ita efetua d o l enta m ente, uti l iza ndo-se duas l i o embola me nto dos g rãos e nem sua que ra s : u m a vertical, no sentido transvenc;a l e bra excessiva . Esta a g itacão terá d u racão l on g itud i n a l , e outra h orizo nta l ' somente no va riável de· 1 0 a 15 minut�s, e ao fina l,' te se ntid'O l o n g itud i n a l . remos u m a prod uçã-o razoável de ácido l á A m a n' e ira como é efetu a d o o corte é de t i c o n o soro, c o m o com p rova m os resulta g ra nd e i mportâ ncia, pois i nfluencia d i re do .s ta mente no ta m a n h o dos cubos de . c oa l ha ? a obtidos . Como 'O S a i nt-P a u l i n é um q u ei Co rte - Fim d e Ag ita JO d e !=]rande teor d e u m i d a d e (em média, ção (1 5 min) 54%), este poderá ser obtido em se co rta n Acidez Titu lável 1 7°D do de modo a obter cubos n u nca i nferio pH 6,1 5 res a 1 cm3 • P-or outro lado, chega mos à concl usão, baseado no.s d iversos experi men Ao f i n a l da ag itação, a massa será entã·o tos q u e fizemos, q u e este ta m a n h o dos s u b m etida ao pri ncipal trata mento na fa cubos n ã o é o idea l p a ra se o bter u m q u ei bricação do S a i nt-Pa u l i n : a d e l a ctosa gem j o com a massa l isa, sem a p resentação de dos g rãos . Pa ra tanto , p a ra r a a g itacão, e o l h a d u ra s me·câ n i ca s, o que é u m a das prin d eixa r a massa deca nta r-se no fu nd� d o cipais ca racterí.sticas do Sa i nt-Pa u l i n fran ta n q u e . Reti ra r então, através d e um s ifão cês . Acred itamos q u e se red uzirmos à me ta·de o ta m a n h o dos cubos, tería mos e l i m i 'Ou d a p rópria válvu l a do ta nque, 80% do soro, ou se . j nado este p robl ema, mas l e mb ramos q u e q u a ntidade m í n ima d e soro sufici ente a pe ta l mod ifica cã· o res u l ta ri a e m outras, n a n a s pa ra evita r o a g lo mera mento do.s tecno l o g i a d e e l a b o ração, q u e perm itis.se g rãos . aos g rãos ma nter seu e l evado teor de· u m i Como d i ssemos anteriormente , -o teor d e d a d e , s em o q u a l n ã o se pod eria o bter a u m i d a d e d o S a i n t.:Pa u l i n é q u a s e s e m e l h a n m assa pastosa do S a i nt-Pa u l i n, pri nc i p a l te à q u e l e do q u e i j o M i n a s Padron izado. No m e,nte se l evarmos em co nsideração que e nta nto, os seus respectivos sabores dife esta mos traba l ha n d o com u m a matéria-pri rem tota l m e nte u m d o ·outro .1: f· a c i l m ente ma c u jo teor d e g o rd u ra é de 2,5% . Ta lvez exp l icável : no qu eijo M i n as, o teor d e umi a l g u é m p ud esse .s ugerir que um a q ueci dc.de é devido i n teiramente, à presença de mento l ig e i ro f a c i l itasse a fusão dos g rãos, .s o ro, soro este que por não ter sofrido ne com conseqüente formação de m assa mais n h u m a d i l u i ção, é ca rregado em l a ctose , o com p a cta, o que é i n eg ável , mas c reio a i n acúcar fonte d a s m a i s d iversas fermenta da q u e i n correría mos no m esmo problema a c i m a .cit· a do, poi.s o calor fac i l ita a con- ções d u ra nte a m aturação. N o enta nto, no Revista do ILeT MARÇO-ABRIL Saint-Pa u l i n, o seu teor de u m i d ade, d eve -se em g ra nde pa rte à presença d e á g ua, que contém u m mínimo d e l a ctose, a, g ua esta u t i l izada no processo de lavagem, e conseqüente, d e l a ctosa g em do g rão . ,Para fa c i l itarmos este proce.sso, extrema mente i mportante p a r,a a o btenção das ca racterísticas finais do q u e i j o S a i nt-Pa u l i n , util iza mos á g u a com sal n a l avagem d a massa : esta água s a l g ada, rep resenta , com efe ito, u m a soluçã,o is-otô n i ca para o soro, quer d izer, pos.s u i nd o uma concentra cão em maté rias minera is mais o u menos se�e I hantes . Esti ma-se que se prod uz i rá e ntre os dois l íqu idos , através das pa redes dos g rão.s de coa l hada, u m a tr-o ca osmótica, permiti ndo a s u bstitu i ção d e uma parte da l a ctose, pelo sal da sa l mo u ra . A quantidade d e s a l a ser d issolvida n a água d e lavagem é variáve l d e 1 . 000 a 1 .500 g ramas por 1 00 l itros d e l eite . Evi dentem e nte, d eve-se usar sal de boa q u a l idade, físi co-q u ím i ca e ba cteri'O l óg ica ; a quantidade d á g u a 'uti l izada com bons re su ltados n o I LCT, é d e 50%, sobre o v o l u m e i n icial d o l eite. Esta água d eve ser c o a d a , e pasteu riza da, o q u e deve fazer-se a pós a adição do sal. Após a pa.s teu rização, res fri · que se e n contra a coa l hada, isto é, 30 a 33°C. A á g u a é adicionada em jorro contín uo, e deve-se evita r sempre demora s que pro voca riam 'O embo l a m ento do.s g rãos d e coa I h ada . Tão logo te n ha-se ad icionado toda a água, ve rifica r a acidez titu lável do soro, formado pela d i l u i ção d a q u e l a com a pe quena qua ntidade de soro que rest-ou no ta n q ue, em mistura ínti ma co m a coa l h ada . Esta tomada de a cidez é d e i m portâ ncia para a verificação da eficiência da lava !=]em , e ta mbém para a verificacão d o ' "ponto" da massa . A ag itação i n iciada após o térm i n o da adição ·d a á g u a d e lava gem, será feita l en tame nte e com todos os cuidados n ecessá rios a evita r a q uebra dos g rão.s . Sua d u ração ra ra m ente u ltrapassa rá 1 . 0 m i n utos, e deverá ser i n te rrompida no momento adequado, isto é, quando os g rãos se a presenta re m l i g e i ra m ente firmes , b r i l h a ntes e a acidez do s'o ro for m a i o r pelo menos 2°D q u e aque' l a lavagem . Esta acidez é ba.sta nte variável, pois d ependerá d e vários fatores, ta is co mo a atividade d o fermento l ático e m p re ga do, ta manho dos g rãos de coa l hada e princi p a l m ente da quantidade d e soro d ei- Pág. 5 xada em mistu ra com a m a ssa . Em n ossos experimentos n o I LCT, constata mos em mé dia uma acidez d e 2°D n o princípio da me xed u ra {a pó.s l avagem) e d e 5°D a-o f i n a l . Verificado o ponto d a m a s s a , i nterrom pe-se a ag itação e p rocede-se a d essora g e m co m p l eta d a massa . A o f i n a l , temos duas a�ternativas p a ra a prensagem : rea l izá-Ia no ta n q u e ou e m canu d os, d o tipo usado no I LCT p a ra q u e i j o Minas Padro n i zado . A primeira a lternativa é l a rg a m ente emp reg a d a n a Fra n ça e consiste e m con centrar a ma.ssa em uma ·das extrem idades d o ta n q u e, cobrí-Ia co m p l acas d e meta l e p re nsá-Ia por a'l g u ns m i n u t·os até a for mação de u m b loco compacto q u e permita s u a red ivisão em b l ocos menores, no peso normal d o q u e,ijo , que serã· o, a pós, e nfor mados norm a l mente . A segunda a lternativa, por nós uti l izada, consiste em reco l h e r a mas.sa, após a d es soragem, em um tu bo d e p l ástico com ca pacidade p a ra 1 8 kg e p rensá-Ia por 10-1 5 m i n utos . Em seg u ida , o c i l i ndro de massa form ado é retirado ·do tu bo e d ividido em blocos convencionais d e peso médio de 1 ,5 kg . São, em seguida, enfo rmados e prensa dos nova mente . A.s formas para S a i nt-Pa uHn, usadas n a Fra n ça, poss uem 2 0 c m d e d i â metro, e cor ta m-se os quei jos em b l o cos, c a l c u l a ndo-se a ba ixo, verif o peso para que a pós a prensagem nas for mas, a a l tu ra n'O q u e i j o e·s teja e ntre 4 e 6 cm . Como não temos d esta forma no I LCT, uti l izamos as forma.s para Minas Padro n iza do, resu'lta ndo num queijo com a a ltura a cima citada , porém com d i â metro menor, isto é, 1 7 cm . Os q u e i j os foram envolvidos em pa nos, previa mente esteri l izados, e p re nsados em prensa co l etiva vertica l, em col u n a s d e 9 u n id a d es , sob pres.s ã o d e 1 0 kg d u ra nte 30 m i n utos consecutivos . Em seg u ida, os q u e i j os fora m retirados a, de das formas e reprensa dos, após viragem . Esta ú l tima p rensagem, na Fra n ça, é efe tuada . s o d ez d o soro q u e escorre das formas, ati n j a 22° D . N o rma l m ente, a e l evaçã- o d a ac i d ez do so ro se rea l iza à base de 2°D em cada 30 m i n utos, à temperatu ra a mhi e nte . No I LCT, esta p. rensagem foi feita por 1 6 ho ras, e ao final das qua is, a a ci dez média do soro, n os d i versos experimentos, foi de 35-400 D, e o pH 5,7 . Há de se c u i d a r para q u e a p ressão sobre os q u e i jos n ã o seja demasiada, do q u e po deria orig'i n a r u'a massa demasiadamente digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 6 MARÇO-ABRIL seca, com prej u íz'os fata i,g sobre a textura fina l do q u e i jo . Após a prensagem, os q u e i jos serão con d uzidos à s a l mou ra e o p rocesso uti l izado no I LCT é o mesmo em pregado na Franca . São i m e rsos em s a l moura a 23°Bé (± 2; % de s a l ), a 1O-1 2°C, d u rante, 1 4 hora s . o.s q u e i jos d everão ficar com p l etamente i mer sos na s a l mou ra, pod endo-se usar, p a ra tant-o, p l a cas d e meta'l q u e os manten h a m em com p l eta imersão . Após a s a l g a, os q u ei jos d evem ser d e i xados a escorre r por 24 horas, em u m a sa Iq a 1 5°C, e em seguida esta rão em cond i ções d e serem cond uzidos às câmara s d e m aturação . A matu racão do Sa int-Pa u l in não traz nenhuma no'v idade, se a toma rmos em re l ação à matu ração de queijos como o Ca membert ou Roqu efort. São necessá ri- o s a l g uns c u i dados especiais ta i s como a v i ra ç:) e m d i á ri a dos q u e i jos . Esta t e m por fina l id a d e evita r que os q u e i jos a d i ra m à tábua, e promover, evid entemente, a maturação d a q u e l es por i g u a l , em toda sua superfíc i e . A temperatu ra média das câmara s esta rá em torno d e 1 0-1 2° C , e a u m idade rela tiva do a r não d everá ser nunca inferior a 90%, sendo recom end ável mantê-Ia sem pre em tomo de 95% . 01$ quei j-os são coloca dos sobre prate l e i ras de tá bua, e recomen da-se q u e esta s sejam plastificadas, por q u e assim evitam-se prob l emas tais como o apareci mento de manchas escu ra s ou ver mel has, ori und as do d esenvolvim ento de mi crorç:)anis mos (l eved u ras) na tá bua ú m i d a . Evid entemente, d evido ao g ra u h i g romé trico e l evado das câmaras e à sua a e ra ção, o a p a reci mento de mofos pode ser cons iderado norm a l . Mas não d evem s u r g i r mofos ab und antes sob re a crosta . Ta l caso é constatado quando a massa é m a l d e l a ctosada, orig inando u m meio acentu a d a m ente á cipo, idea l para o cresc i mento de mofos, princi pa l m ente o conh ecido por "Muc o r", cujo nome vu l g a r é " pelo de g a to" i possui uma coloração a m a rronzad a , e é ba stante d ifíc i l de se desembaracar d e l e . Recom end a-se efetua r u ma l avagem d e 2 em 2 d ia s do Sa int-Pa u l in, com u m a sol u cão d e s a l mou ra à satu ração (34°Bé). Esta tem por fina' l idade evita r o end u recimento d a casca, a formação d e bol h as na superfície e o c resci mento d e l eved u ra s . Assim, p a ra co� �a te r o ind esejável Muc o r, pod e-se a l cal lnlzar esta s a l mou ra, a d i c i'onando-se- I h e b ica rbonato d e sódio ou d e cál cio, q u e e l e v a rá o pH da c rosta do q u e i jo, prej udi can do o crescimento do mof.o . Revista do I LCi A m atu ração do Sa int- P.a d e 3 a 5 semana s . Com o transcu rso dooS d i as, a peq uen a fração d e, l a ctose q u e res tou no q u e i j'o é transformada em á cido l á tico . Este rea g e com os sais presentes, e l e vando l i g e i ra m ente o pH (Ex. : A'c ido lático + Sais d e Cá lcio : l adato de cákio) . Esta e l evação do pH prosoSegue, até 'o fi na l da maturação, d e,v ido a contínua solu b i l ização d a caseína, .c hegando até a l ibe ração de a môni a . Esta sol u b i l iza ção é res ponsável pela excel ente textura e untuosi d a d e da pa sta do Sa int-Pa ul in, ao fina l d a matu ração . E m nossos experimentos no I LCT, constatamos, na pri mei ra semana d e maturação u m p H vizinho d e, 5,5, n a oSeg un da semana 5,7 e ao fina l da matura ção pH 5,9 . Ao fina l da matu ra ção do Sa int-Pa u l in, seg undo Leno i r, a porcenta gem de p roteí nas sol úveis sobre a d e proteínas tota is va ria d e 1 6 a 21 %, comp reend endo-se a í até 1 ,5% d e a monía co . cão d este com u m a pequena q uantidade d e éorante veg eta l "Maca l é", o q u e resultou um filme m a l eável e de excel ente colora o. cã , O Saint-Pa u l in a p resenta -se como u m ex celente produto a ser vend ido em fatias, ta l como 'o é com umente na Franca . t: u m q u e i j o recomendado p a ra sobre� esas, e pode ser consu mido com todos os tipos d e vinhooS . CONCLUSÃO : Conforme se constata ao fina l d este tra balho, o qu eijo Sa int-Pa u l in p reench e todos os requ isitos necessá rios à sua c1ass'ifica cão como um produto d e a'ita de excel ente q u a l ida d e . A l iado ao fat,o de ser u m q u ei jo q u e se enqu ad ra bem nq gos to do consu m idor bras i l e i ro, só te mos a re comend a r aos técnicos, a quem dedicamos este tra ba l ho, sua i m p l anta ção definitiva no Transcreveremos a seg u i r u m ÇJ ráfico Í'l u s trando a evol u ção do pH no Sa int-Pa u l in, seg undo Ga lzin : � DI AS Ao fina l da matu ração, os q u e i jos serão e m ba l ados . N a França, os q u e i jos são l a vados, secados e p l a stificados com u m a pe l íc u l a especia l , que g era l m ente· vem a d i cio nada d e um p rod uto fung icida a l i menta r e corante verm e l h o . Sobre esta camada é �olocado o rótulo da firma, e a pós , o quei1 0 recebe u m a seg unda p lastifi ca cão fi cando ass i m p roteg ido d e· mofos p�r � I g u mas semanas . No I LCT experimenta mos com sucesso, a apl icação de, Rhodofilm � (prod uto da R hod ia) sobre o Sa int-Pa u l in a'o f ina l da maturação . Fize mos u m a sol u : - x X xNota do autor : apresent,o meus a g ra d e cimentos ao a l uno do I L CT, C l á u d io Fu rta do, c u j a cola boração foi i mp reoScind ível para a real iza ção d este tra ba l ho . - ELÉTRICO VANTAGENS • S e g u rança através de rigorosos testes real izados em cada g erador, g a rantem a bsol uta segu rança, a l é m d e total ob d iência às d eterminacões da N B 55. • Ca ra cterísticas a vançáda s d e projeto e construção determ ina m sua q u a l id a d e superior d e máximo a perfeicoa ' mento nos m íni mos d eta l h es. • Automatismo mod u l ante perfeito e s i mp l es. • Máximo rend im ento. • Energ ia el étrica, trifás i ca, alternada . I) Proietadas para satisfazer pequeno con s u mo de va por. • Pressão até 1 0 atmosferas. • Rápida insta l a ção l ivre d e c h a m inés e fá c i l m anejo, com performance s i m p l es e perfeita. 5. c------+{On----:..--'!vZO;---.,.I3'o- m ercado naciona l de q u e i jos e nos h á biJos a l i menta res da fa míl ia bras i l e i ra . t: evid en te q u e a tecnolog ia d e tra b a l ho d es crita a q u i, é susceptív e l d e mod ifica ções, seg u n do as d iversas reg iões em q u e se traba l ha . Mas as bases p a ra a execução do traba l ho permanecem as mesmas, não i mportando qua l seja a reg ião ou o ·cl ima . Temos in sistido q u e é necessá rio u m a d iversifica ção na p rod ução naciona l d e quei jos, e o q ue i jo Sa int-Pau' l in s u rg e como um d esses pro dutos . Espera mos q u e nossa i d é i a frutifique nos m eios l aticinistas, através dos técnicos que o I LCT vem oferecendo u ltimamente à ind ú stria na ciona l . Gerador de Vapor Automático SIMILI 6- Pág. 7 MARÇO-ABRIL Re vista do ILCi I FABRICA DE CALDEIRAS SANTA LUZIA LTDA. RUA Ht:::LlO THOMAS, Só • TEL. 2-0296 - CAIXA POSTAL. 266 digitalizado por - JUIZ DE FORA - MG arvoredoleite.org F Pág.8 MARÇO-ABRIL JÁ NO BRASIL, Revista do ILCT Pág. 9 MARÇO-ABRIL Revista do ILCT COALHO PARA QUEIJOS E SEUS SUBSTITUTOS pela Rennet for Cheese and Rennet Substitutes RESFRIADORES sob licença da E Deusdedit Miranda Santos Hilary C. Menezes PASTEURIZADORES EM ITAL QUALQUER CAPACIDADE. Bombas Sanitárias Filtros para leite Tanque automático para queiio Prensas para queiio Formas para queiio em aço inoxidável 1. DINAMARCA BATEDEIRA COMBINADA, SEM ROLOS, COM TAMBOR DE AÇO INOXIDAVEL, EFETUAN DO COM PERFEiÇÃO TODAS AS OPERAÇÕES DE FABRICA çÃO DE MANTEIGA. ESPECIAL MENTE INDICADA PARA PRO DUÇÃO DE MANTEIGA EXTRA. CAPACIDADE: 600 LITROS, TOTAL CREME: 270/300 KG. INDÚSTRIA MECÂNICA INOXIL LTOA. 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Em uso desde a p ré-h istória, entre vá rios p'0vo.s das ma rg e ns d o Med iterrân eo, ci pro váve l origem de sua a p l i ca ção te m sido ex p l i cada, quer pela "descoberta " de l eite coag u l ado no estôma g o de a n i ma i s a bati dos p a ra a l i me ntação, quer pela "d esco berta de queijos" formados em sacos feitos de estôma g'os e ca rregados du rante via gens dos patStores nômad es, quer por ensi namentos d ivinos transm itidos aos prim ei ros f.azed ores d e q u e i j os . Para obtenção do coa l h o é necessá rio sa crificar o a n i m a l , de cujo estô mago se pre para u m extrato , por ma cera ção em á g u.J com sal . EstSe sacrifício traz i nconve n i entes q u e vêm preocupando m u itas pess'o as q u e se i nteressara m pelo assu nto a o l o n g o dos anos . Vá rias a lte rnativas têm s i d o co nsideradatS ao l- o ngo da H istó ria, mas só recentem ente começa ram a a p a recer so l u ções rea l mente satisfatórias, ,através da tecno l o g i a das fer menta ções, em q u e a l g u n s m ic roorg a n i smos têm sido empregados com êxito para a prod ução de· su bstitutos à altura do coa l h o a n im a l . Antes do êxito dos p rocessos ferm entati vos, que a i n d a estão sendo tra b a l hados pa ra a pe rfeiçoa mentotS , as principais sol uções te,ntadas f.o ram o emprego de extratos pro teol íticos de p l a ntas s uperiores (mamoei ros, figueiras, ca rdo de coa l ho) e de estômagos de outros mam íferos, a l ém dos bezerr- o s, q u e fora m sempre o s ustentácu l o da i n d ú5tria de coa l ho e , por e,x te nsã'o, da i n dús tri a q u e i jei ra . 2. 2. 1 . COALHO ANIMAL E INOVAÇOES Características o coa l ho tra d i c i o n a l é constitu ído fu nda menta l mente pela ren i na, ênzimo d i g estivo proteolítico próprio d e mamíferos n a fase d e I·a ctentes . Sua atuacão s'o bre a caseíria do l e ite se faz de uma' forma m u ito pa rti c u l a r, que constitu i a base da tecno l o g i a d a fabricação de quei jotS. O esquema é o se g u inte : Caseína -+ Pa racaseína -+ Coá g u l o insol úvel t Renina t Ca+ + Sua ação proteolítica, co m b i n a d a com a ação das l i pases, atu a n d o sobre ·a g o rdu ra , e de outros ênzimos, pri nc i pal mente mi crobia nos, i n d uz, depois, a m aturação da coa l hada . I: um process'o l e nto, q u e resu lta no q u e i j o maturado em q u e as prote ínas e as g o rd u ratS se a p resenta m em parte h i d ro l isadas , a p a recendo até á cid os' �raxos l ivres e a m i noá cidos ou péptides de ba ixo p eso mol ecu l a r, d e odor e sabor a centuados, cuja co m b i nação responde por �ra n d e par te do p a l a d a r típico do q u e i j o . A rel ação poder coa g u l a nte/poder pro teol ítico da ren i n a é a l t· a , permitindo q u e o q u e i j o seja tra ba l ha d o por u m l on g o perío do na cuba e depois matura d o sem q u e h a ja os i n conven ientes q u e outros ênzimos proteo l íticos a p resentam : g ra ndes perda s por sol u b i l ização das p roteínas, q u e s· a i ri a m n o soro , e a p a recimento d e sabor a ma rg'o d evido à produ ção d e, péptid es -amar gos . digitalizado por arvoredoleite.org r Pág. 10 Outra ca racterística muito i m porta nte da ren i na é a sua a·tividade na fa ixa de a cidez e de temperatura, que coincide ·com a d o l e ite recém-ord e n h ado : pH quase n eutro e temperatura a ba ixo de 35°C. Por razõel$ fisiológ i cas rel a cionadas com o tipo de a l imento, a p ro porção entre a re n ina e outros ênzimos proteolíticos secreta dos pelas pa red es do estô m a g o se a l tera com o 'a vancar d a idade do a n im a l e a d i vers ificação 'de s u a a l i mentaçã'O . D im inui paulat i n a m ente -o teor de ren i na e aum enta pri n c i p a lm ente o teor d e pepsi na, que a ca ba po r predom i n a r quase COm exclusivida d e nos a n im a is ca rnívoros e 'O nívorol$ . A peps i n a apre·s enta uma relação poder coa gul ante/poder p rote-olítico muito ba ixa e provoca acentuad o sabor a m a rg o se usada em que i jos. A m a téria-prima bás ica da i n dústria d e coa l h o é o coa gulador (4.° estômago) d e bezerros l a ctentes, a batidos entre a 1.a e a 5.a sem a n a s de vida. Gera lmente I$ã-o d is poníveis p a ra abate nas reg iões especia l i zadas em produção l e ite i ra p e l a e l i m i n a ção dos m a chos 'recém-nascidos. Torna m-se, porém, cada d ia p roduto ma is escasso de vido à qua ntida d e cada vez maior de l eite produzido por vaca por l acta ção e a o va l or do a p rove itame nto dos bezerrol$ m esmo de r·a ças l e itei ra s, pa ra produção de carne, através da criação em criatórios col etivos, m a n e j ados com a l ta téc n i ca. 2.2. Revista do ILCT MARÇO-ABRIL Busca de substitutos Em vista do pro b l ema de, sup rimento d e m atéria-prima e d o ba ixo ren d i mento do traba l ho de produção de , c oa l h o , seu preço é ·a lto e a d ificul dade d e suprim ent-o à i n d ústria que i j e i ra te nde a crescer, i n centi va ndo al$ pesquisas d e substitutos . A l é m do estudo do emp rego de extratos d e p l a ntas superiores, outras soluções fo ram tenta das no estudo de substitutos do coa l ho, pri n c i pa lm e nte pela mistura d e ou tros ê númos com a re n i na. As-s im fora m i ntroduz idos coa l hos obtidos d e estô m a g o d e bovinos adultos e outros rum i n antes e , principa lm ente, d e suín- o s, m a i s abundan tes. Ta is p rodutos g e ra lmente contêm a lto teor d e, pepl$ i n a e exigem a l gum a mud a n ça tecnológ ica (acidez/temperatura do l eite, por exemplo) ou p roduzem ca racterísticas algo diferentes nos quei jos a o 1 0 n g'O da matura ção, sendo fre,q uente ,que se d es en volva m sabores menol$ puros, especia lmen te o a ma rg o . 3. 3.1. COALHOS VEGETAIS Origens O i n teresse pelos coa l hol$ vegeta is é mui t-o a ntigo e basea do nas razões a n terior mente expostas. Há a l guns que i jos produ z id os com extrafos de p l a ntas superiores, m as é pequena a sua im portâ n cia para a i n d úMria como um tod o. Cita-se como mais i m portante o Quei j'O Estre l a, da Serra d a Estre l a, em Po rtuga l, que é produzido com o extrato do c a rdo d e coa l h o (Cynara car dunculus) e há a lgumas referências de pro dutos obtid os COm ficina, papaín a e brome l in a, princip a l m ente na fndia , m a s sem im po rtâ ncia co m e rc i a l . Neste cam po os m e l h ores resultados até hoje foram e n contrados nos tra b a l hol$ com pla ntas i nferi-o res, p r i n c i p a l mente fun g os. 3. 2. Características e problemas O problema com os coa l h os veg eta is é fun d a m e nta l m e nte a form a d e seu at, a que às proteín as, o que a ca rreta : 1. 2. 3. 3. 3 perdas ma io res d e proteína s no I$oro, d evido a sua d ig estão e s'olub i l ização muito rá p id a s ; sabor a'm a rg o nos queijos, po r causa do apa rec i m ento de péptides com esse sabor; corpo menos e lástico no produto fina l , o que na m a ioria d O I$ casos é defeito, podendo d e ixa r d e ser o que ijo inte ressante do p onto-d e-vista econôm ico e, p r i n c ipa l m e nte, d o a g rado d o con su m id or. N ovo s desenvolvimento s Com os desenvo lvim entos c i entíficos d este século, tomou-se possível conhecer e do m i n a r téc n i cal $ m ic robiológ icas que poss i b i l ita ra m pesquisas com extratos de culturas m i crob i a nas , feitas em con d ições controla das. I n úmeros org a n ismos p rodutores de ênzimos proteo líticos fora m testa dos como pote n c i a l produt-o r d e coagula nte m i crobia no, fixa ndo-I$e 'as pesquisas, por fim, n o tra b a l h o com fun g os, os m a is prom issores. O tra b a l ho cOm m ic roorg a n ismos teóri ca mente é idea l , pois perm ite, todos os con tro l es d o processo p rodutivo, i n c lus ive o ati n g i m ento do equi líbrio oferta/procura com fa c i l idade, v i sto serem al$ matérias-pri mas (a çúca res, vit,am i n a s, s a i s m i n erais) s i m- Pág. 1 1 MARÇO-ABRIL Revista do ILCT 1. ,M EITO R E N N ET, p roduzido n o J a pão h á quase 10 a nos, com M. pusillus é com� r · c i a l iza do p e l a Casa Tozan, de S a o Paul o . 2. FROMASE, de M. miehei, em fa.se de in troducão pe l a fi l ia l b ra s i l e i ra dos Labo ratórios Wa l l erste i n, seus produtores n os E . U.A . 3. Entre as ba cté rias há n otíc i, a s de pesqui sas com ênzimos d e o rga n i s mos d os g ê n e ros REN I LASE, também na fase de introdu c ã o n o m e rcadó bral $ i leiro, é produzida �a Dina m a rca, por Novo I ndustri, tam bém com M. miehei, e d istribuída n o B ra s i l p e l a sua f i l i a l d e S ã o Paulo . como resultados d e pouc,? v a l o r, se�. a p l i ca b i l id a d e, p o r sere m mU ito p rote o l l tlcOS. Os tra b a l hos d e pesqu isa n este c a mpo . c onti nuam, ta nto para aperfe iço a �ento d o� produ tos já des envolv idos, como visand o a descob erta d e· novos . pies e b a rata s e, O cultivo perfeita mente con trolável no a p a re l h a mento usua l. Atua� mente·, no B rasil, o p� eço do produto : m l crobi a n o é pouco m a i o r que 1/3 do equiva lente tra d i ciona l. Sem e l h a ntemente aos ê nzimos de p l,a ntas super io rel$, a ma ioria dos ênzimos pr5'teolí ticos m i c robia nos aprese ntam a rel açao po der co agula nte/pod e r p roteolítico desfavo rável em co mpa ração com o coa l ho de es tôm a g O . Albaligenes, Bacillus, Coryneba�terium, Lac tobacillus, Pseudomonas, Serratla, Strepto coccus, Streptomyces e Thermoactynomyce�, Entre -os fun gos , e ntreta nto, em pel ? m e nos 2 de ma is de 2,0 fora m encontrados produto res de bons e n zimos e já existem a l guns p rodutos n o mer cado. 3. 4. Situação atual Há menos de 10 a n- o s, na década dos 60, foi i ntroduzido n o mercad o o coagul a nte Pfizer (surecu rd), o btido de Endoth ia p�ra sitica, exausti vam e nte test,a d o.. na fa �nca : cão de diverl$os tipos de quel l os. HO l e e produz ido pela Pfizer Quími ca Ltd a. , d e Gua rul h os, SP. De acord o com fontes d.o comér cio de coa l h os, é -o coagu la nte m ? l s vendid o no B rasil, atua l m e nte, para a i n dústr ia d e queij os . De Mucor outro g ê n ero explorado co meróa l ment�, há três produtos já em prega dos em outros países e d i sp oníve is n o B ra 's i l : Quad ro 1 - Dados compa rativos e ntre No IT AL d e Camp inas, S P, el$tá . sendo �es tado um produto obtido d e Cand lda sp, I S O l a d o no própr io I nstitu to, .co � resulta dos -a lvissa re i ros. Embo ra -o pnm e l ro l ote prC? duzid o em qua ntidad e m a i o r . p a r� expe� l o menta ção com quei jos na USI � a-PI o.to n a fo te n h a s i d o comp letam e nte sattsf at� rto, ra m obtid os -outro s com uma relaça o poder coagu la nte/po der p roteo lítico ma � o � que _ a dOI$ produtos mi crobi a nos come rc l, a �s . e tao alta qua nto a quel a do coa l h o trad i ci o na l . � jo Os pri meiro s exper imen.tos com que i com ITAL, o d e equip a l pe zidos Prato condu r pa ra ndo três coa l hos 'r: n i.crobi a.no � com � ao ciais com o coa l h o tra d i ciona l, i n d i ca m n have r g ra n de d iferen ça e ntre os produ tos co merci ais, embo ra um deles ten h a p rovo o cado o a p a recim ento de sabor a m a rg o, mesm o acont ece ndo com o . p � oduto d e Candi da sp. Os resulta dos prel im i n a res d es ses exper ime ntos 's ão a p resent ados no qua d ro 1. n o! o co'a l h o conve nciona l e produ tos m i cro b i a Avaliação. dos queijos Coalhos Consistência Paladar Total de pontos WO Tradiciona l Micro b i a n o A Micro b i a n o B Micro b i a n o C 104 99 98 digitalizado por 1 00 96 90 86 1 00 99 97 90 arvoredoleite.org Pág. 1 2 4. PERSPECTIVAS Os p roble : mas a resolve r estã'O princ i p al me,nte r� l a c l onado s com aperf eiçoa mentos , tecnol o g l cos que perm ita m melho r contro l e das ferm enta ções e da pu rificacã o dos ex tratorS obtid'Os, e experim entacá o com a p r?d �çã ? de que ijos p a ra e l i�ina ção d os p rlnc l p a l � entrav es q u e já foram g rande 'n: e �te m m o rados : a mel h oria d o corpo/c on . s lsten� l a e o c?nt� o�e do sabor a m a rg o, . atraves da d l m m u lçao do poder proteol ítico e � a separa ção d e fra ções proteol íticas . maIs conven Ientes . Para s o l ucionar os p ro b l emas pende,nterS estão tra b a l h and'O inten s?ment e e q u i pes de pes q u isadore s em vá rias pa rtes do mundo e pelos avanco s a l c ? �ç'ados recente mente é possíve l faier p re vlsoes seg u ras rSob re o futu ro . As perspectivas são tota lmente favo ráveis à substituição d o coa l h o por p rod utos de f � rmentação, . podendo-se p rever que a mé d I o p razo se l a m reso lvidos os p ro b lemarS atua ! mente ap resentados por e l es, e q u e res tring em a sua a ce itação p e l a ind ústria, fund a m enta lmente os d efeitos d e co rpo e o sabor a m a rg o . 5. Revista do ILCT MARÇO ABRIL BIBLIOGRAFIA 1 . DAVIS, J . G . Ch eese . Lond res, Church i l l, 1 965 . V . 1 -2 . 2 . I LANY, J . & N ETZER, A . M i l k-clotting a ctivity of p roteo lytic enzymes . J . Da i ry S c i . , 52(1 ) : 43-6 . 1 969 . 3 . KOSI KOWSK I , F. Cheese and ferme n ted m i l k foods . Ann . Arbo r, N ich. ' 1 966, 429 p . 4. & MOCQU OT, G . R . . Reclentes p rog resos en l a tecno l'o gia d e i q u eso . R o m a , ·FAO, 1 958 , 253 p . 5 . N ELSON, J . H . Commerc i a l s ca l e chee se m a k ing tria l s with a mi l k c lotting en zym e p roduced by Mucor pusi llus. J . Da i ry Sei., 52(6) : 889, 1 969 . 6 . R I CHARDSO N, G . H . et a l i i . Rennin l ike enzyme from Muco r pusillus for cheese m anufa ctu re . J . Da i ry S c i . , 50(7) : l .O 66-72 . 1 967 . 7 . SAR D I NAS, J . L . N ew sources of rennet. ProcesrS B i'ochemistry, 4(7) . 1 969 . 8 . S COTT, R . Rennet and rennet s u bstitutes. Process B iochemistry, 8{l 2) : l .O -4, 1 973 . 9 . SHOVE RS, J . & BAVISOTTO , V . S . Fer mentation-de rived enzyme su bstitute fo r animal rennet . J . Da i ry Sci . , 50(6) : 942. 1 967 . 1 0 . VANSTO N E, Ernest & DOUGALL, B ris tow M. P rinc i p ies of d a i ry science . Lon d res , Cleaver-H ume, 1 960 . 238 p . 1 1 . WEBB, Byron H . & J OH NSON, Arno l d H . Fund amenta is of d a i ry chemistry . Westport, Conn . , Avi , 1 965 . 827 p . I n � ú s t r i a s R eu n i � a s f a lU n � e s H e ti o S. A. "Estamparia Juiz de Fora" Latas de todos os tipos e para todos os fins. Cartazes e artefatos de fôlha-de-flandres SINTESE DOS RESULTADOS DE ALGUNS ESTUDOS DE CU'STOS A Summary of a few IStudies on Milk Production Cost In the State of Minas Gerais Alfredo Salgado Monteiro 1. Introdução Em virtude d e cond i ções ed af.o-c l i máti cas e g eog ráfic as, O Estad o �e MinarS to r � ou-se o maior produtor d e l e Ite e de d erivados do País . Assi m sendo, a pecuária l eitei ra passou a ser uma das mais importantes ativid a d es econô m i ca s de Minas Gera is, i m portânci a erSta q u e pode s e r a va l iada p e l o v a l o r d a produ çãO, a l ém d o aspecto soci a l d evido ao grande número d e pessoas q u e d e l a de pende d i reta e ind i retamente· e pelo valor a l i mentí cio do l e ite . Mas d evido à i m portância e necessidad e de l eite na a l i mentação h u mana, o Gover no procura torná- l o a cessível a todos, prin cipal mente às camadas mais pobres da po pulação, através do tabe l a m en}o de seu preco . E�tretanto , o tabe·l a mento de preçorS de um prod uto deve sempre l evar em consi deração os custos de p rodução, porque do contrá rio pode preju d i car aos prod utores e consumid ores, provocando : a) d esâni mo ao produtor e desinte resse em mel horar tecnicamente a sua exploratão'' , b) red ução da pr·od ução, ca usando problemas n'o aba stecimento . Diversos tra b a l hos rea l izados junto à pe cuá ria l e·itei ra de Minas têm evidenciad o ba ixa produtivid ade do setor, refl etindo ne gativamente na renta b i l id a d e d arS em presas rura i s que expl oram o l eite, cri ando assim u m círc u l o v ióoso, q u e esquemati ca mente pode ser representad o pelo d i a g ra ma d e "fl uxo c i rc u l a r" seg u inte : baixa Máquinas para fechamento de latas, Pestaneiras, t + carretilhas, placas, etc. Embalagem resistente a ácidos e álcalis Rua Francisco Valadares, 108 - End. Teleg. "IRFAN" Telefones 1790 e 1147 - Juiz de Fora - - Caixa Postal lS E. Minas Pâg. 13 MARÇO-ABRIL Revista do ILeT 2. RES U LTADOS 1 962 LEITÃO E S I LVA, J . (5), rea l iz·ou e·s tudos em três municípios da bacia l eite,ira de B e l o Ho rizonte, co m p reendendo Cu rve l o, Divinó p o l i s e Pedro Leopol do, em j u l h o de 1 962, ao níve l de em presas rura i s p rod utora s d e l e ite . Os m uni cípios d e Divinó p o l i s e Pedro Leopoldo pertencem à z'ona fisiográfi ca Me ta l ú r g i ca, e C u rvelo à zona fisiográfica Al to São Francisco . Os rerSu ltados dos estudos são mostrados no q u a d ro 1 . produtivid a d e baixo nível tecno l ó g i co * E nos ú ltimos anos, m a i s especifica mente a pa rtir de 1 971 , o a basteciment- o dos maio res centros c,o nrSUmi do res do País, como a s cidades d e São P a u l o e Rio d e J anei ro, tem sido d eficiente . Estes fatos parecem refletir 'os efeitos do ta b e l a m ent- o d o preço d o l eite·, a níveis i n feriores a o s cust,os d e p rod u ção . Com o objetivo de fornecer su bsíd i os à q u e l erS que estã- o d i reta mente l i gados ·ao setor de pecuária l eitei ra, serão apresenta dos, neste tra b a l ho, resumos de d ivers'os estudos de custos de p rodução efetuados no Esta do de Mina s Gerais, no p e ríod o de 1 962 a 1 972 . N o mapa 1 é a p rerSentada a d i stribu ição geográfica dos d iversos estudos . Os va l- o res estã o corri gidos p a ra a b ri l de 1 974 pelos índ i ces de p reços fornecidos pe la Fund ação Getú l i o Varg a s, oferta gl· o ba l , col una 1 7 . Os tra ba l hos d e cUrS}os estão e m ordem crono lógica de rea l ização . +---+ t + ba ixa renta b i l idade O a utor a g ra dece a cola boração dorS técnic.os Antôni o ,Fe/íci o Fil ho,. J osé d e An c h i eta Monte i ro, J osé Leonardo Ribeiro, Ma n a Ang e l a Ca ruso Satu rnmo e Roberto S i mões p e l a s s u gestõerS a p resentadas . digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 14 Revista do ILei; MA�çO-AaRIL QUADRO 1 - Custos de Prod uçã o d e Leite em três Mun i cípios da B a c ia Leitei ra d e B e l o Horizon te - MG . Tipos d e Custos Custo de P- r od u çã o p o r Litro d e Leite (Cr$) julho 1 962 Custo fix'O méd io Custo va riável médio Custo tota l m é d io 0,1 2 1 0, 1 8 0,30 p a rticipação p e rcentua l % abril 1 974 0,20 2 .0,1 8 0,38 0,356 1 ,0,51 7 0,873 0,574 2 0,51 7 1 ,091 40,59 59,41 1 00iOO Fonte : Vide (5) . - sem considerar j'u ros .s obre 'o va l o r da terra. 2 - considerando u m a taxa de juros d e 4% ao a n o sobre o va l o r da tena . 1 O p reço m éd io recebido pelo p rodutor, em ju l h o d e 1 962, foi d e Cr$ 0,21 por l itro de l eite, res u lta n do em um p rejuízo de Cr$ 0,09 por l itro de l e, i te, sem considerar os ju ros s'obre o v a l o r da terra, e d e Cr$ 0,1 7 q u a n d o se cobra u m a taxa d e ju ros d e 4% ao a n o sobre -o va l o r da terra . Na composição dos cUrStos fixos, os ju ros s' o bre o capita l investid o em a n imais p rodu tivos representa m 64% dos mesmos, sendo o ite m mais o n eroso . Q u a nto aos custos va riáve is, 01$ item mais onerosos são a a l i mentação (36%),mã o-de -obra (29%) e tra n sportes do leite (9%), res pectiva mente . 1 968 V I E I RA , M . S . X . (6), através de l eva nta mento de i n forma ções a n ível d e emp resas r u ra is, q u e s e ded i cavam à pecuária leiteira, local izadas em m u n i cípios pertencente.s à ba cia l eite ira da G u a n aba ra, estimou os custos d e p ro d u çã'o d e l eite segu ndo os m u n i c ípios . A co l eta d e d ados foi rea l iza da em ju l ho d e 1 968, através de entrevista s di retas com os p rodutores f i l iados às cooperativas lo cais . Os da dos .s ã o rel ativos ao a n o agrí c'O l a 1 967/68 . Os res u ltados obtidos estão a presentados n o Qua d ro 2 . Revista do ILeT Na á rea em apreço 01$ custos fixos parti cip a m no custo tota l em 66% . Os iten s q u e m a i s üne ra m os custos fixos sã 'o : ju ros sobre o valor dos a n imais p ro du tivos (1 7%) e sobre o capital i nvestido em benfe ito rias (1 6% ) . Em relação aorS custos variáveis a o rdem d e i mpürtâ ncia n a s u a composição são a l i mentacão, d espesas gera is e mão-de-obra, com 1 2,3%, 1 1 ,7% e 1 1 ,5%, respectiva m en te . N a época d a pesq u isa, a -c omparação en tre o p reço méd io recebido e o custo tota l médio de um ,l itro d e leite i n d i cava u m p re juízo da ord e m d e Cr$ 0,09/l itro . O p reço médiü recebido era de Cr$ ,0,23/l itro e o cUrSto estava em Cr$ O,32/l itro . 1970 Em 1 97.0, nicípio d e Três Cora ções, p e l o Dep a rta men- S . J oã o Nepomuceno G u a ra n i Bicas Pequ eri Rochedo d e Minas Média Região Custos d e Produção por Litro d e Leite (Cr$) Estratos Litros de Leite por dia 5-30 30-50 50-1 00 1 00-2,00 Ma is de 200 Média C . F . C.V. C.T. Méd1 Méd2 Méd3 C . F. C.V. C.T. Méd1 Méd2 Méd3 0,23 0,1 9 .0,21 0,21 -0,1 7 0,21 .0,74 .0,61 0,68 ,0,68 .0,55 .0,68 0,32 0,42 0,39 0,35 .0,39 0,35 c. V. Méd - custo va riáve, 1 méd i. o . 0, 1 0 0,1 3 .0,1 2 .0,1 1 0,1 2 ,0, 1 1 Fonte : Vide (6). 1 % Abri l de 1 974 - C . F . Méd - custo fixo médio . .0,33 0,32 0,33 0,32 0,29 0,32 1 ,.06 1 ,03 1 ,07 1 ,09 0,94 1 ,.03 Custo.s de Produção por Litro de Leite (Cr$) .0,41 0,26 0,21 ,0 , 1 9 ,0,1 8 0,25 0,48 0,38 0,40 0,43 ,0,39 0,42 _ C . F . Méd - Cu sto fixo médio . E m termos méd ios 'Os custos fixos comp re endem 37% sobre o custo tota l . 2 _ 3 - C . T . Méd - custo tota l médio . C.F. C.V. C.T. Méd1 Méd2 Méd3 .0,87 0,55 .0,45 0,40 0,38 0,53 .0,89 0,64 ,0,61 0,62 0,57 0,66 Fonte : Vide (3) . 1 70 59 64 66 65 66 Abril d e 1 974 A n o Agrícol a 1 969/70 C.F. C.V. C.T. Méd1 Méd2 Méd3 Participação Percentua l do C . F . Méd. A n o Agrícol a 1 967/68 to de E co n o m i a R u ra l da E.scola Su perior d e Agricu ltu ra d e Lavras (3), com o objetivo de fazer a a n á l ise eco n ôm i ca da e,x pl o ração l e itei ra l o ca l . Os dados foram coletados j'u nto a u ma a mostra de prod utores do m u n i cípi' O , com posta de 66 p ropriedades rurais. O m u n i cíp io d e Três Corações e n contra -se loca l izado na região fis iográfica S u l, e pertence à bac i a l eitei ra d e São P- a u l o . No a n o de 1 969 a p rodução de -l e ite d o m u n icípio f o i da ordem d e 36 . 81 6 l itros (a), ocupa ndo o primeiro l uga r n o Estad o, rel ativo à p roduçã o de l eite . Conta e. s te município com u m a gra n d e e moderna fábrica de l eite em pó d e p ro priedade da N ESTLE . Os resu lta dos encontrados são mostra dos n o Q u a d ro 3 . QUADRO 3 - Custos d e Prod ução d e Leite n'O Mu n i cípio d e Três Corações . QUADRO 2 - Custos d e Produção d e Lei te e m Mun icípios d a Ba cia Le,iteira d a Gua n aba ra . Mu n icípios Pâg. 15 MA�ÇO-ABRIL Na composicão do custo fixo, os ju ros sobre o val, o r da terra, a uma taxa d e 6% ao a n o, são responsáveis por 70% d o merS mo . MONTE I RO et a l l i i (4) efetua ram, em 1 97.0, 'u m estudo no mun icípio de C a rran carS, visa n- 1 ,.02 0,81 0,85 0,91 0,83 0,89 1 ,89 1 ,36 1 ,30 1 ,31 1 ,21 1 ,42 P a rticipação Percentua l d o C . F . Méd (%) 46 40 35 30 31 37 2 _ C . V. Méd - Custo va riável médio . 3 _ C . T . Méd - Custo tota l médio . do ide- n tificar as relaçõe.s econômicas da ex p l oração leite i ra da á rea . O m u n icípio d e Ca rra ncas e n con tra-se lo cal izado na regi ão fisiográfica S u l do Es ta do . Tem a s u a economia baseada na pe cuária l eitei ra, sendo a prod ução de l eite i n d ustri a l izado n o p róprio mun icípio ou e m á reas viz i n h a s . No q u adro 4 sã·o mostrados os re.s u l tados . (a) - I E E - I n stituto Esta d u a l d e Estatística . Em rel ação aos c ustos variáveis, os iten s a l imentação + medicamen�os e a m ão-de-obra p a rticipa m c o m 39% e 28%, respecti va mente. digitalizado por arvoredoleite.org P· 16 L� R� CT o�I� _a�9�o________--...____________�M �A �R�Ç�O �-�A�B�R�IL�____________� ev�is�ta �d� Q U A D RO 4 - Custo d e p rodução d e leite no Muni cípio d e Carra n cas Estratos Litros d e Leite po r d i a 1 0-40 40-1 00. 1 <00-2.00 Mais d e 20.0 Média Custo d e Produção por Litro de Leite (Cr$) Ano Agríco l a 1 969/7.0 C . F. Méd 1 ,0, 1 9 0., 1 3 0.,1 8 0.,1 1 0., 1 3 C.V. Méd2 0,54 0.,31 ,0,40 0.,27 ,0,21 Abril d e 1 974 C.T. Méd3 0,73 0.,44 0,58 0.,38 .0,44 Fonte : Vide (4) . 1 - C . F . Méd - custo fixo médio . 2 3 C . F. Méd1 C.V. Méd2 C.T. Méd3 ,0,40. ,0,28 0.,38 ,0,23 .0,28 1 ,1 5 ,0,66 0.,85 ,0,57 0.,66 1 ,55 0.,94 1 ,23 0.,80. ,0,94 _ _ - P a rticipação Percentua l d o C.F. Méd (0/0) 26 30 31 29 3D C . V . Méd - custo variável médio . C . T . Méd - custo tota l médio . B R_I� L _____________________P_â 9_1 7 LC RC A_ O-A d_ o _I_ ta__ is_ Re�v� _,_ _T_______________M � . __ __ =o _ � Os ite n s form adores do cuSÍ'O fixo são : be nfeito rias, e q u i p a m e ntos e má q u i n a s e ju r05 sobre o valor d a terra, sendo este ú lti mo responsável por 82% d o custo fixo tota I . QU ADR O 6 - Custo d e Produção d e Leite no Mun icípio de E l ói Mendes . - Estratos Litro s d e Leite p o r Dia 1 . 80.0-5 . IODO 5 . 0.0.0.-1 iO . ,00.0. l O. . 0.00-20. . 000. 20. . ,00.0.-40. . 0.0.0. 4D . Do.o.-1 o.o. .üo.o. Mais de 1 <00. . 0.0.0. Média Custo d e Prod ução por Litro de Leite (Cr$) Ano Agrícol a 1 970./71 C .-F . C . V . C . T . Méd 1 Méd2 Méd3 0.,55 0.,37 ,0,32 .0,24 0.,1 9 0.,1 7 ,0,20. 0.,77 0.,57 0,46 ,0,52 0.,40. 0.,31 ,0,37 1 ,32 ,0,94 0.,78 0.,76 0.,59 ,0,48 ,0,57 Os itens -componentes dos custos fix'os são benfeito rias, e qu i p a mentos, ju ros sobre o � a l o r da0 terra . A participação de cada item e d e 1 4 /0, 1 6% e 70.%, respectiva mente . res ultava em um prejuízo de Cr$ .0,1 1 8 por l itro d e le,ite . Fonte : Vide (1 ) . C . F . Méd - custo fixo méd i o . 1 1 971 Na éptOca da pesquisa o preco méd io re cebido pelo p rod uto r era de C�$ 0.,322, q u e comparado ao custo tota l médio de Cr$ .0,440. Os m u n icípios d e Elói Mendes e Lavras a mbos local iza dos ntO Sul do Estado de Mi � nas, têm a pecuária leiteira como u m a da5 ativida � es econômica s mais importa ntes . Em V i rtude d esta importâ ncia, o Departa mento � e Eco nomia Rural da Escola S u perior d e Agri c u ltu ra d e Lavras procurou re a l iza r estu dos sobre esta atividade em a mbos os m u n i cípi os . Nos q u a d ros 5 e 6 são mostra dos os re su ltados dos custos de p rodução de leite . Na época da pesqui5a o p reju ízo d os pro dutores era d e Cr$ 0.,20.8 qua ndo compa ra do ao custo tota l, e de Cr$ a,D8/l itro d e leite em re l a cão a-o c u sto va riável . O pre co médio rec'eb ido pelos prod utores foi de Cr$ ,o,392/litro . Os custos fixos p a rticipam em 35% sobre o custo tota l . Os ju ros s'obre o valor da terra são re5ponsáveis por 75% do custo fixo tota l . Nos custos variáveis os ite n s q u e mais onera m são a l i mentação e i n s u mos (46%) e mão-d e-obra (320/0) . O pre ço médio recebido p e l o prod uto r n a época da pe5quis a e r a d e C r $ ,0,38, q u e . � a composiçã.o dos custos variáveis p a r t i c i p a m tOs segu mtes itens : pa5tagens natu r9is e a rtificia.is, ca pinei.ras, forr�gem para sdagem, cerea i s p a ra a l i me ntação, mão-de -o l;> ra, ra çãtO, med ica mentos, despesas gerais e l u ros sobre o ca pital circ u l a nte . Os itens -q ue . tê m m a i o r p a rticipação são ração e med i ca mentos (35%) e mão-de-obra (300/0) . Q UA D RO 5 - Custo de Produção d e, Leite no M u n i cípitO de Lavras . Estratos Litros d e Leite por D i a 0-1 5 1 5-30. 30-40 40-1 0.0. 1 0.0-2.00. Mais de 2,00. Méd i a Custo de Produção por Litro d e Leite (Cr$) A n o Agríco l a 1 97,0/71 C.F. Méd1 C .V . Méd2 C .T . Méd3 ,0,27 ,0.,25 0., 1 2 0.,1 1 ,0, 1 8 0.,20. 0.,63 0.,45 ,0,39 0.,31 0.,35 0.,36 0.,4.0 0.,90. ,0,70. 0,51 0.,42 ,0,53 .0,56 .0,60. 0,20. Fo nte : Vide (2) . 1 C . F . Méd - ,c usto fixo méd i'o . _ Abril d e 1 974 C.F. Méd1 C.V. Méd2 C .T . Méd3 .0,46 , 0 ,43 0.,20. 0.,1 9 ,0,21 0.,34 0.,34 1 ,,07 ,0,76 ,0,66 0.,53 ,0,59 .0,61 0.,68 1 ,53 1 ,1 9 0.,86 0.,72 .0,9.0 0.,95 1 ,02 2 3 _ _ Pa rti cipação percentu a l do C. F. Méd (0/0) 30. 36 23 26 23 36 33 C . V . Méd - custo va riável médio . C . T . Méd - custo tota l médio . N a forma ção dos custos variáveis, os iten s m ão-d e-obra e i n s u m05 sãtO responsáveis por 411)/0 e 240/0, respectiva mente . ,pa rti cipação Perce ntu a l do CF. Méd (%) Abri l d e 1 974 C.T. C.V. C.F. Méd 1 Méd2 Méd3 42 2,24 1 ,31 0.,93 39 1 ,60. 0.,97 0,63 1 ,32 41 0.,78 0,54 32 1 ,29 ,0,88 0.,41 32 1 ,,00. 0.,68 ,0,32 35 ,0,82 0.,53 0.,29 35 0,63 ,0,97 0.,34 c. V . Med - custo va n avel med lo . 2 C . T . Méd - custo tota l médio . 3 . , _ _ _ com p a rado ao custo médio tota l de Cr$ 0.,57 resu ltava em um preju ízo de Cr$ 0.,1 9 por l itro d e l eite . Ao se comp arar o preço m é' di,o recebid o com o custo variável, ,o p reju í zo passa a ser de Cr$ .0,01 por l itro d e leite . 3. COMPARACÃO ENTRE O S CUSTOS D E PRODUCÃÓ E PRECOS MED I OS ATU A I S RECEB I ÓOS PE LOS' PRODUTO RES .p O R LITRO D E L E ITE . O q u a d ro 7 mostra, segu ndo os m u n i cí pios estudados, os val ores médios por tipo de cusÍ'o e do p reç'o recebido pelo p roduto r, em relação ao mês d e abri l d e 1 974 . QUADR O 7 - Custo de Prod ução e Preços Méd ios do Litro de Leite, S egu n d o os Municípios Abri l d e 1 974 Rentabi l idade Preço Médio G loba l d a Ex por Litro d e Custos de Produção de Leite Mu nicípi os plora ção 0/0 Leite (Cr$) (Cr$) B ruto a C . T . Méd3 C . V . Méd2 C . F Méd 1 Curvel o Pedro Leopoldo Divi nópol is Elói Mendes Carra n ca s S . J . N epomuceno Guara n i Bicas Pequeri Rochedo de Min a s Três Corações Lavras 0.,574 0.,574 .0,574 0,340. ,0,28.0 0.,740. 0.,61 .0 .0,68.0 0,680. .0,55.0 0.,530. ,0,340. 0.,51 7 0.,51 7 0.,51 7 .0,630. 0.,66.0 0,32.0 0.,420. 0.,390. 0.,35.0 .0,39.0 0.,89.0 0.,68.0 digitalizado por 1 ,.090. 1 ,.090. 1 ,.090. 0.,97.0 .0,940. 1 ,0.6.0 1 ,03.0 1 ,.070 1 ,0.3,0 0,940 1 ,42,0 1 ,020 0,85 . 0 ,98 0.,75 78 9.0 61 .0,85 0.,8.0 8.0 78 0,75 74 arvoredoleite.org r= Pág. Fonte : 18 a - Centro de Estudos Rurais da Se creta ria de Estado da Aqricu ltura de Minas Ge.ra is . Sem os descontos de carreto e F u n r u ra l . C . F . Méd - custo fixo méd i o . C . V . Méd - custo va riáve l mÉ 'dia . - C . T . Méd - custo tota l m é d io . 1 _ 2 _ 3 Revista d o ILC't MAR(:O-ABRI L A observa ção dos dados do q u ad ro per mite verifi,ca r q u e e p reç'O médio recebido pelos prod utores por l itro de l eite não é suficiente p a ra cobri r o custo tota l médi'O . O coeficiente. de rentabi l idade mostra o retomo do capita l investido em d ete rm i n a do empreendimento . Na pecuária ,l eiteira , re fl ete o retorno do capita l i nvestido para a p rod ução d� l e,ite . E considerado por a l g u n s eco n o m istas c o m o u m a das mel hores medi d a s d e efi ciência econômica d a s empre sas . Os coeficie ntes d e rentabi l idade q l oba l e ncontrados para a pecuá ria l eiteira, das á reas estuda das, mostra q u e o prod utor n ã o está conse g u i n d o obte r u m retorno s uficien te p a ra o ca pita l investido na p rod ução d e l eite. . Em outras p a l avras, os p rod utores de l eite estão s e. d escapita l iza ndo . Q UA D RO 8 - Percentagem de A u m e ntos Luc ro . Tom a n d o-se, a títu l o d e exe.m pl ificação, os valores méd ios do cust,o tota l de produ ção e, p reço recebido pel o produto r, para os m u n icípios estudados ( 1 ) , cheg a-se ao se g u i nte resu l tado : p reço m é d io recebido 0,83 por l itro ; custo méd io tota l 1 ,.08 por l itro ; coeficie,nte de rentabi l id a d e g l oba l 770/0 . Con c l u i-se, pois, q u e para cada Cr$ 1 ,,00 i n vestido n a p rodução d e l eite. o p rod uto r está conseq u i ndo 'u m retorno de somente Cr$ ,0,77 (centavos) . Porta nto, sofre u m a d esca pita l izaçã o d e C r $ 0,23 por l itro d e l eite p rod uzido . Considerando q u e o preço pago ao pro dut,or por l itro de l eite d eve cobrir o custo tota l e a i n d a p roporcionar-l h e a l g u m a m a r g e m d e l uc ro, c a l c u l o u-se p a ra d iversas ma r g e ns de l ucros os a u me ntos n ecessá rios, e m rel a ção aos preços d e abri l de, 1 974 (Quad ro 8) . = = = por Litro de Leite, S e g u n d o a Margem d e Ma rgem de l ucros p o r l itro d e l eite. Custo tota l médio (Cr$) Preço médio exi g id o (Cr$) A u me ntos do preço do l eite em relação a'o preço d e abril d e 1 974 (Cr$) Aumentos percentu ais em re l a ção ao pre ço de abril de 1 974 (Cr$) 4. CO N CLUSõES Em todos os estudos real izados, a n ível de e m p resas, ficou evidenciado q u e o pro d utor está recebendo u m preç'O inferio r ao custo tota l . O p reço médio recebi do some nte é ca paz de ,cobr i r os custos va riáveis . A esse n ível d e preço o p rod uto r a i n d a tem con d i ções de conti n u a r p ro d uzi ndo l e ite, porém, sem recursos para i n vesti r no empree n d i me nto, q u e poss ibi l item a sua mel horia tecno,l ó g ica . Deste modo ' o círculo vicioso : baixa pro d u tivi d a d e - ba ixa rentabi l i d a d e - baixo n í vel tec n o l ó g i co - baixa p rod utivid a d e - se rá m a ntidc;> n a pecuári a l eite i ra . 0% 5% 1 .0% 1 5% 2,0% 1 ,,08 1 ,08 1 ,08 ' 1 ,1 3 1 ,08 1 ,1 9 l,08 1 ,24 1 ,08 1 ,30 0,25 0,30 0,36 .0 ,41 0,47 30 36 43 49 57 Revistà do ILer O círc u l o vicioso e m q u e s e encontra a pec uári a l eiteira somente será i nterrompido se o empresá rio conseg u i r, na ativid ade.. l u cros ,q u e l he possibi l item rec u rsos para i n vesti r em novas téc n i cas d e exploração . 5. 6. Sendo a a l i m entação u m dos itens m a is oneros'os na p rodução de l e ite, d evido prin cipa l me nte àque,les e l ementos adqu iridos fora d a empresa rural, como por exe m p l o racões ba la nceadas , tortas, fa relos, etc . , e co�sidera ndo-se q u e a a l imentação é o item que oferece m a i'Or flexibi l i d a d e ao prod u tor para modifica r os seus g astos, através de red ução no seu u so, torn a-se n ecessário que : - Ao l a d o da e l evação do p reço d o l ei� te haja u m a conte n ção nos p reços dos i n sumo s util izados n a a l i mentaçã'O d o reba nho e q u e não podem ser prod uzidos na propriedade rura l . I sto porq u e 'a o se e l e va r o preço do l eite 'Os p reços d a qu e l es i n sumOs se e l evam na mesma p ro porção e/ou em proporção m a i o r, m a nten d o sempre u m a situacão d esf a vorável para o p rodutor d e l eite : - Subs i d i a r ao p rod utor, em rel ação ao preço dos i n s u mos, m a ntendo 'os atu a is n í veis de p reços do p rod u�o . Deste modo, o custo de produção seria m e n o r, benefi cian do ao p rodutor e con sumid o r, a l é m da in dústria q u e te,ria possibi l id a d es d e conse g u i r maior vol u m e d e vendas d os insu mos usados na a l i me ntação do reba n ho . L ITE RATU RA C ITADA 1 . LAVRAS . Esco l a S u perior d e A g ricultura . Dep a rta m enf.o d� Economia R u ra l . Aná lise Econômica da Exploração leiteira do Município de Elói Mendes - MG, Ano Agríco la 1 970111 . Lavras, 1 972, 58 f . m i S U G ESTõ ES MAPA 1 Pág. 1 9 MARÇO-ABRIL 2. 3. meog rafado, i l . Análise Econôm i ca d a Expl o ração Leiteira do Município de Lavras MG. Ano Agrícola 1 970/71 . Lavras, 1 972, 44 f . m ime'o g rafado, i l . Análise Eco nômica da Exploração Leiteira do, Município de Três Cora ções, MG. Ano Agrícola 1 969/70 . Lavras, 1 971 , 59 f . m i meografado, i l . 4 . MO NTE I RO, J . de A . et a l i i . Relações Econômicas da Explo ração Leiteira do Município de Carrancas, MG. Ano Agrí c o la 1 969/70. Inf. estat. MG, 8elo Ho riz'o nte, 8(1 0Ó'} : 2-32, m a r . 1 974 . 5 . S I LVA J . L . et a l i i . Relações Eco nômicas d o C �sto de Producão de Leite em Três Municípios da Baci ei Leiteira de Belo Ho rizonte, Experienti a e, Viçosa, 6(2} : 27-55, fev . 1 966 . 6 . VI EI RA, M . S . X . Cu sto de Produção de Leite ao Nível de Fazendas, em Municí pios Mineiros da Bacia Leiteira da Gua nabara . Viçosa, Imp . U n ivers itá ria , 1 969. 80 f. m i meog rafado, i l . (Tra nsc rito de, " I nformativo Estatístico d e M i n a s Gerais", n.o 1 1 1 .) M apa 1 . - 'Distribuição GcogróLtca doa Estudos de Custos de Produção de Leite, Na composição d os c ustos os itens m a is onerosos, de modo g era l, são os j u ros so bre o v a l o r da terra, g a stos com a l imenta cão do reba n h o e mã o-d e-obra . , Em rel a cã'O ao mês d e. abri l de 1 974, sem proporCÍ'o�a r m a rqens d e l u cro ao prod utor, o p reço de um l itro de l e ite deveria ser i q u a l a Cr$ 1 ,108, o q u e, si g n ifi cava u m va l o r s u perior e m C r$ .0,25 ao preço rea l m e nte recebido po r u n id ade do p rod uto na quele mês (Cr$ 0,83) . C} Compreende s'om ente os m u n i cípios q u e têm os va l ores : preços recebidos e custos de p rodução por l itro de l eite . digitalizado por arvoredoleite.org a_ . ��� M_RIL_----��� �_ �� _I�_T_--_M_A� �_w_ fuü�ria M�bka J�z � Forn Ud � � Máquinas para Laticínio s em Geral � Bate d,e ira s de a ço i nox idáv,e l - Fra cio nad eira s. C rava dei ra s - Dep ósito s - Ta n q u es etc. FÁB RICA : Ave n ida dos And ra d a s, 1 01 5 - Tel . 2-5553 J U IZ DE FORA - Minas Gera is NO MUNDO DO LEITE E . . . EM OUTROS MUNDOS In the Milk World and . . . in other Worlds Dr. J. J. Carneiro Filho Prof . " Honoris Ca usa" do I LCT . Segu ndo i n q u érito rea l izado na Repúbl ica Federa l d a Alemanha e ntre cerca d e mil méd i cos, e re l atado pela " Revu e La itiêre Française", - chegou-se à con c l usão de q u e os con heci mentos n utricionais d e muitos méd i,eos - n ã o corres pondem satisfatoriame n te aos interesses d e seus pacientes . Verifi coU-6e a i n d a que a q ueles profissionais ad mitem ,que o leite é a l i ment,o esse'n c i a l , mas, entre eles, a penas seis por cento sabi a m q u e oQ l eite é ri co em cá l cio . De modo gera l , o ensino méd i co reserva pequeno l uga r ao estudo da nutriçã o ; so bre este assunt'O os méd icos sãoQ assa lta dos por uma propaganda , uma publ icidade, mu itas vezes só orientada pelo i nteresse :omercia l . A ciênci'a da n utrição preocupa atu a l mente as gra nd es o rga nizações das N ações Unidas : Orga n ização para A l i mentação e Agricultura (FAO) ; O rga nizaçõe.s de Socorro à I nfâ ncia (U N I CEF e FI S I ) ; Orga nização Mu n d i a l d e Saúde (OMS) . Por sua vez os Gove rnos se mostram mais ate ntos à rea l i dade d a s questões a l i menta res e às possi bi l idades d e reso lvê-I a s . A Federação I ntern aci o n a l de Lati cín ios (FI L) procura a l a rga r seus conheci me ntos co m a col aboracã'O d e Mestres da Ciência da N utrição, enÚe os quais podem ser cita dos oQs professores Tremoliêres (Fra n ça), H a r tog (Ho l a nda), Yud k i n (GB), B l a n c (Suíça), Lembke (Al em a n h a), e Haden (A ustria) . N a ú l t i m a Assembléia d a F I L, rea l izada em B ru xela.s , e m setembro de 1973, ficou estabe l e cida a criação d e u m " G rupo de Traba l h o" para se ocupar do "Papel d o l eite nos re gi mes a l i menta res d eficientes " . Foi a i n d a d e l iberado a real ização em 1975, d e u m Se minário soQbre o " Pa pe l do l eite na a l imen tação h u m ana" . N esta mesma ocasião, na reunião da " C'Om issão d e Estudos" d a FIL ficou estabe,l ecida a necess i d a d e de u rg en � te co nsu lta ao.s " Co m itês Naciona is" sobre a idéia da criação de um " Ce ntro d e I n for mação " encarregado d e reu n i r toda docu mentação rel ativa aos aspectos n utricionais do leite e deriva dos . -x- N e n h u m prod uto natu ral pode ser q u a l i fi ca do d e, a l i me ntoQ co m p l eto ; no e ntanto, entre os prod utos a l i me nta res a lgu ns sã'O mais equ i l ibra dos e se a p roxi m a m do con ceito d e -a l i mento completo . I nco ntestavel mente o l eite é o q u e exige menor adição para ser a l i ment'o perfeita mente e qu i l ibra do e, completo . N e n h u m outro a l i mento ve geta l ou a n i m a l ati nge va l o r tão próximo do i d ea l ; seu principal po nto fra co é seu conteúdo m í n i mo em ferro, mas a l ém d e seus s a i s m i nerais, suas vita m i n a s e a ex celência de suas proteínas na a l i mentação d e modo gera l ; sua carência mostra grave, s co nseqüências no d e,s envolvimento físico e menta l das cri a n ça s . O . B a l a r i n diz q u e pesquisas rea l izadas em S . Pa u l o mostra m carência de co n h eci mentos do públ i co so bre o va l o r nutritivo dos a l i mentos . N u nca é demais i nsisti r sobre a i m portâ ncia pri mord i a l da.s prote ínas e do cá l cio na a l i mentacão das criancas . O s�tor l eiteiro p'o uco tem feito para d i vulgar no meio médico em parti c u l a r, e n o públ i co em ge ra l , a s é r i e d e traba l hos d e pesquisas que mostram o valor do leite e seus d eriva dos na a l i mentação, enqua nto que seus co n correntes sabem d efender seus interesses com u m a propagan d a orga niza da . E: ne cessá rio q u e o setor l eite i ro permaneça vigi l a nte para evita r q u e seja s u p l a n tado por con co rrentes vi rul entos e dotados de poderoso.s meios financeiros . -xRecentemente u m a fábrica de m a rga ri n a , na A l e m a n h a , util izou n a propag a n d a a r gu mentos d i etéti cos pretendendo q u e a m a r ga rina interviria eficazmente- co ntra afeções cardiovascu l a res e circu l atórias, seg u nd o re lata a i n d a a Revu e La itiêre Fra ncaise . Pois bem, o " Centro d e repressão da con corrência desl ea l " e a "Associa çã'O pel a ho n esti d a d e da propa g a n d a médica" se l eva n ta ra m e nergi camente contra esta ação d e propaganda abus iva e i nti maram ao fabri ca nte da marg a ri na, ba seados em a rgumen tos peremptó rios, a cessa r i med iata mente a digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 22 MARÇO-ABRIL publicidad e . I ntervenções seme l h a ntes d e r a m n os Estad os U n ido.s . -x- se A A d m i n istra ção America na de, A l i me ntos e Med icam entos (Food and Drug Admi nis tration) considera fa lsa e i n d uzindo a erros tod a publ icidade e toda m a rca 'ou etiqueta ge m pretendendo q u e certas matérias go r das pod eri am p reven i r, me lhora r ou c u ra r afecções card ía ca s, card iovascu l a re.s ou c i r c u l atórias . Em m u itos p a íses, esta publ i ci dade é i nterd ita e esta interd icã-o é obser vada estrita mente ; em u ltimo éaso, s a n c i-o nada por ação jud i ciária . E no B rasi l ? 01$ co nco rrentes dos lati cí n i os conti n u a m de,s envolvendo sua p ropa ga n d a com fa l sos a rgumentos e' co m toda l iberd a d e . -xA Rússia é o maior p rodutor de l eite, n o mu n do, c o m cerca de 8 2 m i l hões d e tone l a d a s . Em segu ida, vêm os Estados U n idos CO m 54 m i l hões, a Fra nca com 30 m i l hões e a A l e m a n h a com 21 � i l hões de ton e l a d a s , a p roximadamente . Np q u e se refere à prod ução de l eite por habita nte, a Nova Ze l â n d i a ocupa o 1 . o l uga r (2 . 100 l itros por habita ntes) seg u ida pel a I rl a nda (1 . 280 l itrosL D i n a m a rca (91 5 1 ), Fin l â n d ia (694 1 ) e Ho l a n d a (635 1 ) . Em se gu ida, vêm a Austrá l ia, Franca e S u íca . Q u a n to ao co n s u mo de l eite, (leite 'e seus prod u tos tra nsform ado.s em l e ite) por habi- Revista do I LCi ta nte e por a l1'o a F i n l â n d i a ocupa o 1 . o l ugar (565 l itros pessoa/a n-o), seg'u i d a pela N-ova Ze l â ndia (550 l itros), I rl a n d a (544 1,) e Fra nça (448 1 ) . No q u e se refere a l e ite em n atu re,z a, o m a i o r consumo é na Finlân d i a , cujo l eite é considerado o m e l h o r d a E u ropa . Q u a nt-o à p rodução d e queijos, -os Estad os U n i dos ocupam -o primeiro l uga r, segu idos pela França, A l e m a n h a , Rú.ssia e Itá l i a . No q u e se refere ao consumo de q ueijo por habita nte/an-o, a Fra n ç a se coloca em p ri m e i ro l uga r cOm um co nsumo de 1 4,4 q u i l os, seÇJ u i da pela A l ema n h a, Itá l i a, D i na m a rca e S u íça . Na Fin l â nd ia, o consumo d e quei jo é apenas d e 5,5 ,q u i l o s pessoa/a n o . No q u e se refere a variedade de q u eijos, a Fra n ça se co l-oca em primeiro l uga r . Ta m bém a Fra n ça é o m a i o r prod utor de l e ite d e ove l ha, co m um reba n h o ovi n o de cerca d e 6,5 m i l hões d e cabeças ; a Fra nça fabrica 1 3 mil ton e·l ada.s d e queijo d e l eite d e ove lha s, princip a l m ente o seu afa m a do R-oque fort . Na Europa, p.ortu ga l e Espa n h a ocupam os ú ltimos l uga res na p rodução e consumo d e l e ite por habita nte e por a n o . A Itá l ia co l-o cada n essa cl assificacão em u m dos ú l tim os l uga res p roduz a p roxi madam ente 1 70 l itros por h abita nte· e seu con.sumo é de 1 95 l itros por p essoa/a n o . No B ras i l , segu ndo da dos co n h ecidos, a p rod uçã-o de l eite em 1 972 foi d e 7 . 1 42 mi l to nel adas, o q u e não ati nge a produção d e 8 0 l itros po r pessoa/a n o . Revista Presidente: Ronaldo Bretas Secretário Geral: Geraldo Israel Secretário de Finanças: Tadeu Santiago Secretário de Intercâmbio: Homero de Resende Casagrande Bibliotecário: Vicente de Paula Júnior Secretária de Artes: Valéria Jucá de Mello Secretário de Esportes: Paulo Borges. Pág. MARÇO-ABRIL I LCT CASA HADARACO INDÚSTRIA 23 COMfRCIO UDA. & INSTALAÇõES FRIGORíFICAS, CÂMARAS, SORVETEIRAS, BALCõES FRIGORíFICOS, GELADEIRAS PARA AÇOUGUEs' ' MÁQUINAS PARA CAFÉ ESTUFAS PARA PASTÉIS, VITRINAS, BALANÇAS AUTOMÁTICAS, CORTADORES DE FRIOS, EESFRIADORES DE LEITE. INSCRIÇAO N. 1 245/4900 AVENIDA GETúLIO VARGAS, 367 JUI Z DE FORA - TELEFONE, 1 620 - MINAS GERAIS NÃO É NOVIDADE QUE SCHMIDT EMBALAGENS S.A. PRODUTO I VALORIZA N DIRETÓRIO ACADÊMICO "DR. SEBASTIÃO DE ANDRADE" DO INSTITUTO DE LATI·CíNIOS "CÂNDIDO TOSTES" Foi empossada em Dezembro de 1 974 a nova Diretoria do DA "Dr . Sebastião de Andrade" do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes", que dirigirá os destinos da entidade até novembro de 1 975 : do • T EMBALAGENS .. CARTAZES • CAIXAS PARA MANTEIGA e m b a 'I a 9 digitalizado por e n s � ® � S. a. DlSPLAYS PLASTIACAÇAO PARAFINAÇAo I RUA HENRIQUE VAZ, 137 FONES : 2..1572 - 2..3987 . 2.4501 CAIXA POSTAL, 8 TELEGRAMA - SCHMIDT / 001 ÉST. 367.19108.007 JUIZ DE FORA · M.G. CGC 21.5 54� 48 INSC. arvoredoleite.org VA S E E MAI S COM ca p acidade : 2400 TRANSPAK - AL COMP. • 5 0 5 mm M E D I DAS LARG. · 1 9 5 m m I NTER NAS A LT. · 1 6 0 mm I TRANSNPAK-APOLO TRANSPAK-X COMP. • 5 0 0 m m M E D I DA S LARG. · 2 1 0 m m I NTERNAS • 1 7 0 mm A LT. COMP. • 5 0 0 m m M E D I DAS LARG. · 1 9 0 m m I NTER NAS A LT . • 1 6 0 m m I I , CAI XAS ·T RAN S PAI(· � · . A CAIXA' QUE t:/' L E I TE f• � .< • ·G�Ô5TA f BRASHOLANOA p/h. iogurte creme doce suco queIJO... • REPRESENTANTE EXCLU S I VO P/ o BRASIL • digitalizado por arvoredoleite.org Revista do ILCT MARÇO-ABRIL Pág. 27 CARACTERISTICAS E USO DO LEITE DE BOFALA Caracterization and Utilization of Buffalo's Milk CINZAS - MACRO E MICRO-ELEMENTO parte 2.8 O conteúdo percentua l de c i nza no l eite de búfa l a varia gera l m e nte e ntre l i mite res trito (Ol5 - .0 ,85), pois fa'lta ndo na l itera tu ra referências m u ito mais a m p l as, consi dera-se essa variacão dentro d a m éd i a de 0,55 e 1 ,35°/0 (Pissa rewsy, 1 936 ; Dimoff, 1 947-48 ; EI Sadek e H a med, 1 936 ; A.s ker Ra gab e Kema l, 1 958; Akhundov, 1 959 ; Kon e Gowie, 1 961 ; G rigorov, S h a l i cev e, Goro nov 1 962 ; Merza metov, 1 965) . No l eite de búfa l a Mu rra h, criada na fn dia , determ i n a ra m v a l ores q u e osci l a m e n tre 0,75 e 0,92% (Pa rkash 'e R a i p u ri, 1 960) . Ahd EI S a i a m e EI S h ibin i , (1 966), exa m i n a n do le ite d e campeãs m istu rado e i n d ivid u a l mente, de búfa l a s criadas n o Egito, e n co n tram v a l o res médios da ordem de 0,79 ± 0,030 e 0,69 ± .0 ,1 1 0 respectiva mente . No l eite de búfa las cria das na Sicíl ia, o exa me das cinzas resu ltou e ntre 0,73 e iÜ,79% (Ce rutti, (1 960) ; Ce rutti, Macca ro ne e J aforte, (1 966) ; nas búfa l a s criada.s em cam po ro ma no, Maymone, (1 965) e n controu valores osci lando entre 0,73 e 0,86, co m m édia d e 0,79%. Albon ico, Add eo, A l exandri s Ameno e Min cione (1 967) em búfa las cri a d a s em Cam pa nia (província, c u j a capital é Capua) e n con tra ra m va ,lores n ota d a mente ho mogê n eos : .0,79 - 0,9.0% (média 0,84%) . Constatou-se que o percentua l d e <C inza a p rese nta, com ava nço d e l a cta ção, um d ecréscimo (Albo n ico Mincione Addeo e Ameno, (1 967) ; Maz ziotti di Celzo e B e rganzi n i (1 964), no leite de búfa las criadas n a s prox i m i d ad e.s do I n s tituto Experi menta l de Zootec n i a de Roma, enco ntra ram u m valor m éd i o d e 0,73% ; I n trieri (1 965) e M i n ieri, I ntri e ri e Romano (1 966) em campeãs l eitei ras d e búfa l a s d e Caserta (Nápoles) e n contra m u m va l o r mé dio de 0,80% . Na composição m ineral do l eite d e bú fa la o cál cio rep resenta o m ac ro-elemento qua ntitativo m a is importante . O seu conteú do, que poderá atingir 25% d o pota l d a ma téria seca, fica praticamente i nva riável no decorrer da l a ctação, embora seja i nf l u en- B . Ferrara ' e F. I ntrieri da U n iversi dade de N á po l es - Faculdade d e Me dicina Vete rinária - I nstituto de Zoo tecnia Gera l ciado pelo regi me a l imentar (Pissa rews ky, 1 936 ; Maymone, 1 945 ; Dastu r, 1 956; G rigo rov, S h a l icev e Goronov, 1 962 ; Veda myaka e Va r n a k 1 963; Reda e Sa i a m, 1 964; Merza metov, 1 965) . Kon e Cowie (1 961 ) referem-se 'a u m con teúdo médio de cá l cio da ordem d e 0,1 8 gl1 00 m l de l eite . Em c a m peã leite i ra d e búfa l a criada n o Egito, Abd E I Sa i a m e E I S h ibi n i (1 966), e n contra ra m os segu i ntes va lo res médios (mg/1 00 g de l e ite) : cálcio to ta l 1 53,6 ± 1 6,,03 (1 23,5 - 1 79,5) ; cál cio so l úvel 34,2 ± 9,38 (22,7 - 57,7) . Nas , cam peãs l eitei ras no l eite m isturado esse va l-or é de 1 56,7 ± 1 9,90 (1 1 1 ,9 - 21 8,7) e d e 34,7 ± 8,61 (21 ,4 - 70,0) no l eite individ u a l des.s as citadas campeãs . No l eite de búfa l a s criadas em Campania, Albonico, Ad d eo, Alexand ris, Ameno e Min cione (1 967) obse rva ra m q u e o teo r em cá l cio tota l a p resenta va l ores sensive l mente ho mogêneos, osc i l a n d o entre 0,1 790 e 0,2408 (média 0).029) . I n icial mente Autuori obser vou q u e o cá l cio coloidal era da ord e m d e 0,1 625% ' sendo so l úvel ,0,.0398% e insol úvel 0,01 1 3 0/0 , O va l o r médio da relação Ca/N caseínico é igu a l a 0,335 ; da relação Ça/P x N ca.s eínico, 2l5 . O cá lcio tota l parece, pois, a u mentar com o a proximar do fim da l a cta ção (Albo n i co, Mincione Addeo e Ame no, 1 969) . G a ngo u l i de Menon (1 964) no l eite d e. bú fa l a i n d i a n a e n co ntra ra m v a l o res a p roxI ma dos da rel a ção cál cio-fósfo ro osc i l a ndo e ntre 1 ,7 e 1 ,8 . O magnési o represen ta, em med I ? , 2,3 OI° da c i nza (Pissa rewsky 1 936 ; Ved a m l a k a n e Va rmak, 1 936 ; Maymon e , 1 945 ; Dastu r, 1 936): Abd EI S a i a m e EI S h ibi n i (1 966) determI n a ra m no l eite mistu rado de búfa l a s criada.s no Egito, 'u m conteúdo em mgl1 00 ml d e l eite : magnésio tota l 35,5 ± 9AO (21 ,0 51 ,3) ; magné.sio sol úvel 1 7l � 6,33 (9,20 31 ,40) . A média do.s � a.dos c Itados , para o l eite das campeã s I nd Iv I d u a l mente e : mag nésio tota l 35,6 ± 1 3,34 (1 7,3 - 62,1 ) ; mag nésio sol úvel 1 7,8 ± 0,81 6 (6,50 - 39,6) . P a ra o leite d e búfa l a s criadas em Cam p a n ia, f-o ra m e n co ntrad os os seg u i ntes va- digitalizado por " arvoredoleite.org Pág. 28 MARÇO-ABRIL l o res osc i l a n d o � ntre l i m ites m u ito a mp l ooS, em g/1 00 de l e Ite : magnésio tota l 0,01 99 (0,01 26 D,ü27.o) ; magnés io coloid a l 0 ,0096 . magnésio. sol úvel 0,01 02 (Albo n i co, Ad deo A l exand �ls, . Ameno e Minç:i-o n e (1 967) . O potasslo rep resenta 1 2 - 1 5% da -cinza (0,090 - 0, 1 40 ÇJ/1OO 9 d e l e ite) e n ã o m ostra corre l a ção s ign ificativa com a ordem d e l a c ta ção e, quando a ord e n h a é feita d u a s vezes a o d ia, é m a is abunda nte n o l e ite da tard e . Há corre l a cão com o conte údo d e cl oro (Pi,s sa rewsky, í 936 ; Maymone, 1 945; Pra p h u l l a e Ananta k ris h a n a n ' 1 959 e 1 960· G rigorov, S a l ic h ev e Goro nov 1 962 · E í S h ibi n i, 1 966) . Va l o r médio ·d e O,í 39 e Ó,1 25 g/1 00 9 de l e ite fora m consegu idos no l e ite de búfa l a s c riad a s em C a m p a n i a (Al bon ico' Mincione, Addeo e Ameno, 1 967 e, 1 969) . Estudo do conteúdo médio em potássio n o l e ite d e búfa las da z-o na d e "Mazzon i d i Capu a ", observou-se u m a m é d i a d e 1 27,1 2 ± 1 0,66 mg/lOO de l e ite . O n ú mero de l a cta ções e a quantidade de l e ite produzido p o r . d ia nã � infl u i . na co ncentra ção d e po , l O n o l e Ite . Ta ls concentracões são a o tass invés, infl uenci adaoS s i q n ificativám ente, e l o tempo de -l actação . O fenômeno se ma n i festa com u m a l enta d i m i n u i ção, à medida que a l a ctação avança : 1 . ° mês após o pa r to , 1 38 mg; 1 2 . ° mêrS 1 00 mg/1 ,o,0 m l de l e ite (I ntrieri, 1 965) . O sódio (a p roximadam ente 6% da maté ria seca) osci l a e ntre o l i m ite de 0,040 e 0,060 ÇJ/WO 9 de l e ite . Está re l a cionado com o conte údo de cloro e é mais - a bu n d a n te no l e ite da ta rde (Pissa rewsky, 1 963 ; May mone, 1 945 ; Pra p h u l l a e Ana ntakris h a n a n, 1 959 e 1 96.0; Grigo rov, S h a l icev e Goronov' 1 962) . Abd EI Sa-I a m e EI S h ibi n i (1 966) assina l a ra ';1, p a ra o l eite de búfa l a egípcia, o .s egu i n te valor m éd i o : mg 52,8 ± 1 1 ,58 e mg 52,7 ± 1 8,1 3/1 00 9 de l eite . P a ra as búfa l a s criadas em Ca m p a n i a fo ra m e n contra dos os segu i ntes v a l o res méd ios p e rcentu � is : 0,075 e 0,.048 (Albo n i co, Addeo, Alex a n d ns, Ameno e Mincione 1 967) · A I bon ico, Mincione, Addeo e Am � no , 1 969) . O conteúdo médio de sód io no l e ite d e búfa l a d a regiã o d e Casert.a é d a ordem de ';1 g 47, W ± 5 , 1 9/100 m l d e l e ite (va l o r , o :. 45-55) . Fo i. possível constata r q u e maxlm a q u a ntI d a d e d e l e Ite p roduzido pela bú fa l a e a o rdem de l a ctacão n ã o exercem i n f l uência na q u a ntidade ' de sódio do l eite . A: concentraçã'o d elSse metal varia, s ignifica tIva me nte, em proporção à d istâ n cia d o p a r to, a u m e nta ndo com o ava n ço da l a cta cã o . Constatou-se ta mbém q u e há uma corre l a- - : � Revista do I LCT ção inversa e ntre o conteúdo de sódio e d e p otássio , a lta mente s ignificativa, c o m r .0,5826 (I ntrieri) (1 965) . O fósforo é e n contrado no l eite d e bÓ fa la, .n a p ro l?o rção de 0,90 - 0, 1 50 g/1 0 0 m l d e l e I te. : m a I s abu n da nte no l e-ite d a ta rde n ã o se a ltera com o tempo tra nscorrido d ; p a rto, a p resenta ndo, todavia - s egu ndo a l guns a uto res, p ercentagem l igeiramente m a is e l evada da média cita d a, no 2. ° e 9 . ° me ses . O percentu a l de fósfo po no l e ite se e l eva n o i n ício d a primavera e q u a n d o o verão está n o a uge . (Pissa rewsky, 1 936; Dastur, 1 956 ; Maymone, 1 945 ; Ba lba, N ego u m i e S a �twat-Mo h a med, 1 958; Kon e Cowie, 1 961 ; G n gorov, S h a l ichev e Goron'Ov 1 962 · Va d a m i a k a n e Va rmak, 1 963 ; Réd � e .S� lem, 1 964; Merza metov, 1 965) . No l eite- de búfa l a egíp cia, Abd EI S a i a m e E I S h ibin i (1 966) e n contra ra m (mg/1 0 0 ÇJ d e l e ite) ; fósforo tota l 1 1 2,4 ± 1 5' 25 e 1 1 7 3 ± 1 5,95 (l e ite m istu rado e l e ite i n d ividu d l res pectiva mente) : fósfo ro l ivre 1 0,3 ± 6,22 � 1 1 ,3 ± 5,45 ; fósfo ro co loida l i n o rgâ n ico 47,6 ± 1 2,63 e 47,7 ± 9,93 ; fósforo ca.seí n i co 1 9,5 ± 7,74 e 2.0,3 ± 7,80 . !'l o l e ite. de búfa la criada em Campania, fO I d eterm i n a do, para o fósfo ro tota l, varia ção co m p ree n d i d a entre 0,1 1 77 e 0,1 395 g/1O.o de leite (m édia 0,1 293) . O conteúdo méd i o d e fósfo ro co l o id a l é d e 0,0847 e o de fósforo � ol úve l 0,0441 (Albon ico, Adde'O, A l ex a n d rlS, Ameno e Mincione, 1 967) . - = O c1opo va ria entre D,050 e .0,080% e re p rese nta 6,7% mais ou menos da m atéria seca . O conteúdo d e c l o ro n ã o mostra di ferença s ignifi cativa entre o l eite o rden ha d'O bem a tarde e o retirado be m cedo e nem mesmo varia com a d istância do pa rto . Verificou-se, en treta nto, variações sazo n a i.s . No l e ite d e vaca d e i d a d e ava nçada, o c l o ro se a p resenta em q ua ntida d e m a is ele vada (Pissa rews ky, 1 936 ; Maymo n e 1 945 · D h a rm a ra ian, Van ksteswa rea , Rao, N e n n � Dast u r 1 95,0; Dastu r, 1 956; Asker, RaÇJab e Kamal, 1 958; Ragab, Asker e Kamal, 1 958; Pra m p h u l l a e A n a nta..lKrisha n an, 1 959; G ri go rov, S h a l ichev e Goronov, 1 962) . No l e ite m isturad,o d aIS campeãs l eitei ras de búfa l a s criadas n o Egito, encontrou-se 7,49 ± 5,90 mg c l o ro/1 OO ÇJ d o p rod uto (Abd EI S a i a m e EI S h ibi ni, 1 966) . O valor e n co ntrado p o r Manacino (1 962) é da ordem de 0,058 9 de l eite ; e 'O e n co ntrad o por Kon e Cowie (1 961 ) é da or dem de 0,.060 . põg. 29 MARÇO-ABRIL Conteúdo vitamínico e atividade enzimática S egundo Albo n i co, Addeo, A l ex a n d ris, Revista do ILCT O conteúdo vita m ín ico do l e ite de búfa l o é a i n d a p o u c o estudado . C o m relacão à vita m i n a do grupo B, Kon e Cowie '(1 961 ) cita m os segu intes val ores (em Y/1 00 9 d e l eite) : tia m i n a 5 0 ; ribofl a vi n a 100; á c i d o n i cotín i co 8 0 ; vita m i n a B 1 2 - 03 . De Paol ilS e Me G regory (1 963) e n contra r � m os segu i n.tes . va l ores méd ios (Y/m l) : Vlt . B6 D,25; tl a m l n a 0,81 ; ácido n icotín i co 0,82; ácid-o pantotên ico 2, ,02 1 ,67 . Conti e Damiano (1 959) observaram q u e a percentagem d e á c i d o pa ntotên i co osci l a entre 2 , 6 e 3 , 4 Y/m l d e l e ite . No l e ite d e búfa la de Caserta, a vita m i n a do . grupo B (Y/m l) determ inada pel'O mé todo mi crobio l ógico, está assim representa da d u ra nte -o p eríodo d o i n vern o : vit . B 1 2 LembramolS q u e n o l eite d e búfa l o o con 0,.0 038; tia m i n a .0,80; ácido n i cotín i co 0' 80 . teúdo em citrato osci l a e·ntre O,l8 e .0,30 ácido pa ntotên ico 4,60; riboflavina 1 ,65 . N � g/1 00 m l (EI N egou m i, 1 954; Dastu r, 1 956 ; período da pri mavera, e ntreta nto, e n co n Ba lba, EI N ego u m i , Safwat e Moh a m m ed, tra m-se : Vit . B 1 2 0,.0043 ; tia m i n a 0,82; á ci 1 958; Ragab, AlSke r e K a m a l , 1 958) . do n i cotín ico .0,85 ; ácido panrotê n i co 4 1 0 '. No l eite m istu rado de búfa l os egípcias riboflavina 1 ,7.0 (De Paol is, 1 965; De Pa � l is ' Abd EI S a i a m e EI S h ibi n i (1 956) e n co ntra Cas i l l o e Rina l d i, 1 967) . am (mg/1 00 9 de l e ite) : ácido dtrico tota l r Com referência ao conteúdo em vita m i n a 1 43,9 ± 28,32; ácido cítrico sol úvel 1 1 4,8 + C, há a segu i nte- referência : 2,5 mg/1 00 m l 24,05 . No l eite i n d ividual, o val'Or médio d e l eite (Kon e Cowie, 1 961 ) 3,52 mg/1 00 9 enco ntrado foi 1 52,9 ± 41 ,57 e 1 1 4, 4 ± 38,79, d e l e ite (Ce rutti, 1 966) . respectivamente . A vita m i n a A, rS egu ndo Ko n e· C'o wie (1 961 ) No l eite de búfa la da C a mpa n ia, f i n a l existe na quantid a d e de 8 Y/g d e gord u ra me nte, e n controu-se um conteúdo méd i'O d e do l e ite de búfa l a . Mazzi otti di Celso e B er 0;21 9 9 d e ácido cítrico tota l e de 0,20 9 de gonz i n i (1 964) e n con tra ra m as seguintes ci ácido cítrico sol úvel 1 0.0 m l d e l eite (Albo n i fra s : 222 Y/kÇJ d e l eite (média d e 1 1 cam co, M i n cione, Addeo e Ameno , 1 969) . peãs) e 21 9 Y/kg de l eite (média d e 4 c a m Não há n en h u m estudo sistemático rela peãs) . tivo à p resença, n o l eite d e búfa las, d e ga Segu ndo a i n d a Albon ico (1 970), o l eite d e seIS d issolvidos . Apenas d eve ser considera búfa la contém vita m i n a A n a ordem de 700 do o a n i d rido carbôn ico, feito no " I n stituto y/kg de l eite; ta l qua ntida d e é, e ntreta nto, de Zootecnia G e n era l e", conclu indo q u e o em co nseqü ê n cia da taxa de capoteno do l eite d e búfa las, q u a ndo m u ito , contém, em a l i mento ; isso a u menta d u ra nte o período média, 91 ,52 ± 1 0,58 m l d e anidrido car d e paste j o e atinge a cifra m a i o r ao tér bôn i co por l itro, a .o°C e 760 m m d e mer m i n o do segu ndo mês d e l a cta çã. o . cúrio . Essa substância n ã o é rel ativa s ig O ca roten o é p ratica mente a usente n·o l ei n ificativa mente à q u antid a d e de l eite pro te d e búfa la (I ntrieri , 1 965; Mazúotti di Cel duzido e d i m i n u i à p roporção q u e tra n s so e Berga nzini, 1 964) . Kon e Cowie (1 961 ) corre o tempo da ord e n h a (53-57 ml em oito a d m item q u e e l e existe, porém, lSomente tra horas) . Caso seja o l eite bastante agitad o ços . Cerutti (1 966) no l eite de búfa l a c ria (como freq üente m e nte se d á d u ra nte o da na Sicília, e n co ntrou o caroten o n a p ro tra nsporte da fonte p rodutora à i n d ústria ) p orção de 1 y/l itro . Em q u a ntidade l igei ra a p e rda d e a n i d ri do carbôn i co é muito mais mente s u pe ri·or, porém sempre em m e n o r a ce ntuad a ; devido a erSsa observação, re p ro porção do q u e no l eite d e v a c a , f o i e n su ltou tra nsporta r o l eite, q u a nd o n e cessá con trado p o r S h i ng, Yadow e Path a k (1 963) rio, em reci p i e nte bem cheio (De Paolis e n a s ca mpeãs l ei tei ras de búfa- I as i n d i a n a s e I ntrieri, 1 965) . S h a l i c h ev, G rigorov e Goro nov, (1 964) . Segu ndo Pissa rewsky (1 936) a consta nte Albonico (1 970) reven d o a l iteratu ra m u n de Co rnalba, no l eite d e búfa l o está - c om d i a l , -a ssim s i ntetiza os d a d os rel ativos a o p reendida entre 6,6 e 6,9 ; e a -c o nsta nte conteúdo vita m í n i co do l eite de b úfa lo molecu l a r s i m p l ificada e ntre 67 � 75 . A meno e Mincione (1 967) o cloro, no l eite de búfa l a da região d e Caserna e S a ler mo, osci l a entre 10,,056 e 0, 080 (va l o r médio 0,065 g/1 00 ml d e l e ite) . Qua nto ao conteúdo em micro-e l emento, segu n d o Abd EI S a i a m (1 968), o l eite d e búfa l a e p ípcia contém ( e m Y/l itro do p rodu to) : cobre 297 (1 1 6-441 ) ; z i n co 5751 (1 4001 .0 . 000), ferro 2.07 (58:"481 ) . Albo n i co, Addeo, A l exa n d ris e Mincione (1 967) e ncontra ra m (mg/1 00 9 d e l e ite) : co bre 0,021 9 ; z i n co 0,23; ferro 0,1 ; s i l ício .0;0209; a l u m í n io 0,.0223; m a nganês 0,01 7; chu mbo 0,01 59; m o l ibdeno 0,00222 . Citratos, gases diluídos, e constante de Cornalba _ digitalizado por arvoredoleite.org Revista do llér Pág. 30 (mg/kg) : vita m i n a A 0,69 ; vita m i n a E 1 ,97; á.cido a s córbico 25,4; tia m i n a ,0,50; ribofl a vma 1 ,07 ; ácido n i cotín ico 1 ,71 ; ácido pan totên ico 1 ,50; piridoxi na 3,25 ; 6cido-am i n o benzoico 26,55 ; ácido fó l i co 5,51 ; biotin a 0,1 3 ; c i a n ocoba l a m ina 0,004 . ,I: d e n ota r-se· q u e ·a riboflavina poderá a l cançar a cifra de 2,5 mg/kg de l eite n o período em que o.s búfa los pasteja m e o ácido pa ntoten i co atinge 5 mg/kg na ter ceira semana de l a ctacão . Q u a nto à ativida d e e�zi mática do l eite de búfa i a , é pouco estudada . Sobre a fosfa tase a l ca l i na, A lbon i co (1 970) a d m ite a cifra de 28 u n idades (m l por l eite des natado) . A peroxidase existe no l eite d e búfa l a e m m a i o r q u antidade d o q u e n o l eite d e vaca e é mais termoestável . Notou-se :q ue , pela pasteu riza ção ou pela conservação em a m biente frio, há sempre a u m ento da ativida d e d a xa ntinoxid a d e . O l eite d e búfa l a, pela s u a pecu l i a r qua l idade q u ímico-bromatol ógica, a l cança ·u m e l evado p reço n o mercado, o q u a l , em q u a l quer período do a n o (verão - i n ício do -ou tono) ati nge um v a l o r comerc i a l três vezes m a i.s a lto do que o l e ite d e vaca . Na Itá l i a o l eite d e búfa l a n u n ca é d esti nado ao consumo " i n natu ra ", ao contrá rio do que 'ocorre na Tnd ia e outros pa íses asiá ticos (que possuem 1 10 m i l hões de cabeças d e búfa los) . Lá, a população ·I oca l conso me-o a pós d esnate parcial e mesmo integra l . Na Bu lgária o l eite d e búfa l a é a m p l a mente util izado - m i.stu rado com o de vaca - pa ra a ,produção d e u m tipo espec i a l d e l e ite ácido, d e n o m i n a d o " k úselo m l e-ko" ; o pri n cip a l agente microbiano é o Com.paran do-o com o iog'Ou rt, de sabor ita l ia no, a p resenta -se m a is d enso e meno.s ácido (cerca d e 1 6° Dorn ic) . Na Tnd ia (onde cerca de 50% do l eite produzido é p roveniente de búfa l os) fabri cam-se vários q u e ijos, entre os q u a i s o " Chedda r", m u ito a p reciado q u a ndo é fei1 0 com l eite integra l , e o " S u rati " . O " Ched d a r" d e l e ite de búfa la é d ifundido mesmo no Iraque e n o Egito . Nesse ú ltimo p a ís sempre com l eite de búfa l a - comerci a l izam os p rod utos " Dewl" e "Men phis" . No Azerbaijyão, f i n a l me nte, é m u ito a p re ciado o "Gotig" . Ao contrário do .que· se passa n'os outros pa íses , na Bu lgá ria a o rd e n h a é mecâ n ica e feita d u a s vezes ao d i a : Na Itá l ia, norma l mente, a s búfa las são orden hada.s somente pela m a n hã . Porém, é d igno de assina l a r que n esses ú lti mos tem pos, n as fazen da s m a is a d i a ntadas, j á é adota da a orden h a lus bulgaricus. mecâ n i ca - as búfa las sã,o o rden hada.s d u a s vezes ao d i a . Estudo feito pela primeira ve.z, observou- se a u mento da produção l e i te i ra, com d u p l a ord e n h a , a cima d e 25% . O c re.scente, � ú mer ? de ordenha por d ia s e m p re mfluencla pOsitivame nte, i n c l u s ive n a taxa d e gord u ra d o l eite . Lembremos q u e co.m três ordenhas por dia, Asker, Beda ly, C l l foby, Abmed e Koh s h i m (1 971 ) e n contra ram uma percentage m de gord u ra n o l e ite d e búfa l a s egípcia.s d e 6,55% e com d u a s o r d e n h a s 6,34% • N ã o . há COm p recisão d ad os relativ'os à q u a ntidade de. l eite p ro d uzido pelas búfa l a s na Itá l i a . Na estatística oficial d os p rodu tos d e o rigem a n i m a l , comprovad a m e nte os l e ites bovino e buba l i n o são considerad.os ju nto.s . Considera ndo o patrimônio buba l i n o e a p rodução média dos a n im a is e m l a cta ção, esti ma-se q u e a n u a l m ente, na Itá l ia, h á a p rodução de 650 .0.00 q u i los de l e ite de búfa l as, a q u a l é quase tota l m e nte desti nada à i n d ústria de " mozza rel l a " . A tra nsformação do l e ite em "mozza rel l a " l embra, no passado, sobretudo n a s queija rias i m p rovisada.s, em a mbie nte rústico, on d e o l e ite e ra traba l h a d o por p rocesso ma n u a l ; às fábricas casei ras d e " q u eij'o" pelo velho s iste·ma em pírico . Porém h oje, a fa bricação é feita em modernas q u eija rias, bem e q u i padas, cujo traba l h o é ra cional e obedece às normas h igiên i cas . O.s m a iores centros d e consumo são : Náp'O l es, 'Roma ' S a l ermo, Caserta e Latina . A " m ozzare l l a " é um q u eijo típico, de mas sa seriada m o l e, q u e deve ser obtido co m l eite integra l d e búfa la . Há q u em confunda a "flor de l e ite" (impropria me nte cha mada " mozza rel l a " d e vaca q u e é u m que ijo semelha nte, fe ito d e massa l5e riada mo l e, porém d e l eite bovino) . A q u antid a d e média a n u a l d e· "mozza rel l a " d e búfa l a produzida na Itá l i a n ã o é suficiente à d e m a n da, sempre crescente d o cons u m idor, o q u e i n d uz os prod ut'Ores a fabrica rem o p rod uto d e l e ite d e búfa l a mistu rado em gra nde q u a ntidade c o m l ei te d e vaca . lactobacil sivamente exclu I sto se dá d evido à fa lta de fisca l ização idônea, para a d efesa do produto . A i n s criçã'o da " mozza re l l a " ju nto aos d e m a is qu eijos típicos ita l ia nos é d evido à s o l ici tacão d e m u itos i nteressados . Não se d eve de'ixa r d e cita r, a propósito, a sem pre atu a l publ icação da " Ca mpa n i l e Casta l d o " (1 960) a q u a l, basead a em n u merosos documentos históri cos, reporta aos docume·ntos sec u l a res referentes à p rodução e ,c omercia l ização Revista do I ler MARÇ O-ABRIL dos produtos fabricados com l e ite d e búfa l as, na Itá l ia . Pa ra obter-se u m a " m ozza re l l a " da boa qua l id a d e, é neces.s ário que o l eite chegue de modo razoave l me nte h i g i ê n ico e tra ns portad o à fábri ca d e queijo ra pida mente , evita ndo ser m u ito agita do (De Paolis e I n trieri, 1 965) . A ad ição do coa l h o é ÇJ e ra l : men te p recedida d a imersão, no l eite q u e está sendo e labo rado, d e pequena qua nti dade (cerca d e 2%) d e soro d a fabricação an terior, o qual contém suficiente d ose de· ácido l ático e u m a certa c a rga de fl ora mic robi a n a específica da " mozzare l l a " . J u nta r o coa l h o l íq u i d o d e ·caprino ou de ovi no e mistu rá-l o energicame nte à mas sa, obtend o-se a coagu l ação d o l e ite em men'Os de u ma h o ra, à temperatu ra d e 33-36°C . A temperatu ra e o tempo d e coa gulação podem d i m i n u i r qua n d o o leite es tiver m u ito ácido e d u ra nte o verão ou a u menta r n o i nverno, q u a ndo o l eite nã'O a p re senta r a cidez e l eva d a . Obtida a coagu l a ção , o queijeiro ha bi tua l mente d eixa pa'ssar u m tempo igu a l ·a o necessá rio p a ra forma r a coagu l a ção e fa zer, sobre a massa, um ta l ho e m cruz (por força d e su perstição) ; pode-se adota r, po rém, q u a l quer forma ·d e co rte q u e fa c i l ite a saída do soro . Parte d esse .s oro é g u a r dado para ser uti l izado po r seu conteúdo em ácido l ático, p a ra a fabricaçã'O .segui nte . Após um outro período de repouso, como por exe m p l o um q u a rt'O do tem.po n ecessá· rio à coagu lação, procede-se à rotu ra da coalha da : os gru mos, do ta m a n h o d e u m a noz, ou menores, sã'O colocado,s cuida do samente n o fu ndo do recipiente onde é d e,i xado para fermenta r sob u m a pequena quantidade d e soro . O reci piente deverá permanecer coberto . Deve-se frisar q u e para a e laboração da massa coberta d e soro n a s pequenas fábri cas de qu eijo, d e c a ráter a rtesa n a l , são uti lizadas ge ra l m ente tina.s d e m a d eira, de preferência provenientes d e vel has fabri quetas, porque tendo elas, em seus poros, a flora bacte ri ana es pecífica dos traba l hos a n teriores, i s s o v e m faci l itar a fermentação l ótica da massa em formação . Obtém-.se assim a " mozza rel l a " tradicional, particu larmente saborosa . Nas modernas fábricas de queijo há p re ferênci a na adocão de tin a s m etá l i cas, fa cil mente esteri liz6veis, uti l izando, para a u menta r a fl ora ba cteri a na, o soro proven i ente da m assa da p rópria "mozza rel l a " fa bricada a nteriormente . Pág. 3� A maturação da ma. s sa é 'Observada com atenção, porque d eve ser traba l h a d a n o j us to momento de .seriá-I a : o ·gra u d e maturação conve n iente é verificado q u a n do u m a a mostra da massa, i mersa por pouco tem po em água fervendo, perm ite com fa c i l � d a d e d a r-l he, u m a forma a l o ngad a e co n s istente . A d eterm i n a cão do momento certo para reti rar-se o so�o da massa é de fu n d a m e nta l importâ ncia no preparo d e " mozzare l l a " d e boa q u a l idad e . S e a massa fi·car mu ito m a d u ra obtém-se u m q u e·ijo m u i to compacto e gra n u l'Oso ; se a massa fica r áspera, d ific i l m ente to rnar-se-á seriada re .su lta n d o daí u m prod uto inferior, pa ;.cia lmente d esengord u ra d o e d u ro . Téc n i cos experimentados co nsidera m a massa m a d u ra q u a ndo a p a rece esponta n ea me nte, à superfície , o soro nela co ntido, .q u e serviu para a s u a fermentação . Esta saída do soro é uma co nseqüência d e ter e l e sido form ado d u ra nte a fermentação, por isso não d i m i n u i 'O seu peso específico, q U'a n d o se des prende . Ta l c ritério n ã o é i n fa l ível, pois basta que a mas,sa seja um pouco mais co m p a cta para q u e 'O regu rgita mente d o soro seja mais l ento . A m assa a m a d u recida perd e o soro q u a n do corta da o m a is ra pidam ente possível com os d edos (nas .q ue ija rias mod erna,s é adotada a cortadeira e l étrica) e d eposita da em recipiente razo e a m p l o . I: recobe r ta com áÇJua fervendo e agitada lenta men te com a uxílio de uma pá para q u e os ÇJ ru mos ca seosos se firmem . Em segu ida, com uma colher de. madeira d e cabo curto, re torce-se a massa em cordões e em camada.s tê n u es i nterco ladas de pequena qua ntida de d e soro . A temperatura, no decorrer dessa operação, d everá ser ma ntida semp re e l evada, d espeja ndo-se n a s ba ndejas, fre qü entemente, água ferve nd o . O l íq u ido re su lta nte to ma 'o nome de "água bra nca " . A ma,s sa seriada, muitas ve·zes, fica e n cu r va da . Após colocar-se á g u a gelada, cor ta m-se "pedaços" os q u a i s são ·a inda s ub divid idos para d a r origem à " m ozzare l l a " . Os pedaços de massa, a pós receberem a forma e o modelo com os movimentos ca ra cte rísti co.s das mãos, são postos d e ntro da á ÇJ ua gelada p a ra e n d u recerem (Ma rra cino, 1 962; I ntrieri, 1 965) . A tra nsformacão de l eite buba l i no e m " mozzare l l a " p�oduz u m re ndim ento médio de 25-26% . Está atual mente sendo ·cogitado, -em u m a faze nda de· Caserta, a montagem, co m po.> sibi l id a d e de ser meca n izada, de u m a fá- digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 32 MARÇO-ABRIL brica d e "mozza rel l a " e d e outros tipos de quei j os d e mass a .s eriada . A s a l g a é feita por i m e rsão em u ma so l u cão de cloreto de sód io a 1 3% d ura nte 20 ' 30 mi n upos . Os recipiente,s uti l izados pos suem 1 a 2 m etros de co m p ri mento, 70 80 cm d e l a r g u ra e 20 - 30 cm de p rofu n d id a d e . O p rod uto típico as.sim obtido d eve ser uti l izado até 24 h oras . Caso a " mozz,a re·l l a " de,va ser con s u mi da a pós u m l o n g o tem po, ,a s a l g a d everá ser d u ra nte 10 - 1 2 ho ras ; n este caso .o produto e n d u rece e per de s u a de l i ca d eza . U m a i m e rsão em á g u a g e·la d a pouco 'a ntes de ser vend ida p a ra 'O consu mo, d evolve-l he es.sa d e l icadeza o ri g i n a i e u ma certa serosid a d e . Como ,a "fl o r d e l eite" (mozzare l l a feita com l eite bovi n o) e outros tipos de q u ei j os, a " mozzare l l a " n ã o d eve ser conserva d a em frigorífico, porém, em u ma tem pe· ratura de 10 - 1 5° ( , E m q u a l quer fábri·ca de ,queij'o s d e Sa l erno, .o tempo d e salga e a con centração da s a l moura estão re lacionados co m a de manda d o m ercado . Assim, a " mozzare l l a " d esti na d a a Nápole.s - onde é requerido u m p rod uto mais s a l g a do - o que,i j o fica em s a lmoura a 1 3% d u ra nte 1 0-1 2 h o ra s ; a d esti n a d a a Roma e a B a ri, permanece e m s a l m o u ra a 8% em i g u a l período de tem p o ; p o r é m a d esti nada a S a l erno ( o n d e o pro d uto é exi g ido pouco s a l g a do) perma n ece em s a l moura a 5% du rante 8-9 hora.s . Há a i n d a ce rtos produtores q u e comer cia l izam a " mozzare l l a " (com o peso a p ro ximado de meio qui lo) em e m ba l a g e m pa rafinada com fecho h ermético imerso em u m ba n ho de soro e "água branca", os q u a i.s prote g e m 'comp l e,ta mente o p rod uto e a bsor ve, com '0 tempo, parte do s a l contido n a " m ozzarella" . Com esse cuidado .o p rod uto poderá ser conservad o p o r 3-4 dias . Assim, todos .os c a ra cterísticos de a roma, s'a hor e d e l i ca d eza q u e o d isti n g u e , .são i n a lterados . P róximo de u m a i n d ústria d e queijo bem e q u i pa d a, em Caserta, funci.o na, há pouco tem po, 'u ma i n sta l a ção a propriada, d e em p resa p rivada, d estinada a e m ba l a r a vá cuo , a "mozzarel l a " , pode n d o 'a ssim s e r e l a conve n i entemente conserva d a p o r a l g u ma s sema n a s e mesm o ser expo rt,a da . ,I: preci.so co nsid erar ,q ue, a I tá l ia é o ú n i co p a ís do MCE q u e fabrica produto 'c om l eite de búfa l a (Ferra pa, de Fra nciscis e I n trieri, 1 972) . A l bo n i oo (1 972) pesquisou sistematicamen te a variação e a c a r,a cte rística q u i m i co- Revista do -física e o rg a n o l ética da " mozza rel l a" con feccio nada ao vácuo e sob .o n itrogênio em envó l u c ro i m permeável termoestável e con servado a 5°C, con c l u i n d o q u e com ta l pro ced i mento, após três semanas, n ã o se veri ficou ,a ltera ção do g 05tO, do a roma e d a con sistência . N a " m ozza rel l a " i mersa n o l í q u i d o de co ntro l e, em bora ma ntida à mes ma temperatu ra de 5°C, após dua s semanas aprese ntou sensível variação d e estrutu ra e de consistência e n otável i n ibição ; o pa l a d a r, porém, n ão mod ificou s u bsta n c i a l men te· . Em cada caso é n ece5sá60 q u e a esilo c a g e m seja feita à ba ixa temperatura . A temperatura a m b i ente, d e fato, a " mozz,a rel i a " torn a -se im p rópria para comer-se, n o f i m da prime,i pa semana . A "mozza rel l a " a utêntica apresenta u m::t s u p e rfície b ra n co-porc e l a n a, á s pera, l ú ci d a ; possui u ma crosta m u ito tênue (men'o s d e um m i l ím etro) , 'Porma esférica, estrutura em ca madas fin as, s uperp05t,as, tendendo a decomporem-se na pa rte mais interna . A o corte d everá d e i x a r s a i r u m pouco d e soro estra nq u içado, m u ito g o rd o e de cheiro c a racterístico d e fermentação l ática . N ã'o d eve a p resenta r pe'quenos orifícios . O peso d e cada "mozz,a rell a " é g e r'a l mente em tor no de meio q u i lo . Externamente n ã o deverá ser j a m a i s peg a j osa (se a.s sim a p resentar s i g n ifica domínio d e u m a fl'O ra microbiana d evido à fa lta d e hi giene e par'a e l i m i ná-Ia será necessá ri'a a esteril ização do vasi l h a me e a troca do soro usado para coa g u l a r o l eite), nem áspero, nem esca moso (defei tos atribuídos à má con.servação) . O sabor é "sui g e neris", de consistência l evem ente e l á stica nas primeiras 9-1 2 h,o ras d e fabricação, d evido esta r a i n da f u n d ente . O percentu a l de u m idade, na "mozza rel l a " osci l a e ntre 3 8 e 45% . A composição q u í m i ca e .o pH variam entre os l i mites confor me ta bela a b a ix'O . Gord u ra N itrogênio a mo n i ca l . . . Proteína . . . . Sais . . . . . . . . La dose . . . . . Cá l c i o . . . . . . Fósfo r,o . . . . . .pH . . . . . . . . . . recém-fa b ricada 22-28% 21 -23% 1 ,4-3% 1 ,2-1 ,6% 5,5-5,8 curada 45-54% 0,033-0,070'>/0 36-40% 2,3-5,6% (* ) 2,2-2,89% (2) 1 ,20-1 ,40% .0,5.0-0,60% Revista do ILei MARÇO-ABRIL (*) depende d o ' cloret,o d e sód io existente . (2) seg u n do , 'a l g u ns a u to res, o conteú do em l adose poderá ser bem m a i s e l evado . Seg u ndo Al bonico (1 972), a com posição d e am inoácidos d a "mozz'a rella" é a segui nte : Em °/0 conf . e n c'on Livre trado no produto Tota l 0,003 0,774 Ácido a spá rtico 0,003 0,231 Tre·o nina . . . . . . . . 0,003 0,458 Se rina . . . . . . . . . . . 0,01 0 3,282 Ac . g l utâ m i co . . . . 0,01 1 2,903 P rolina . . . . . . . . . . . 0,003 2,291 Gl ici n a . . . . . . . . . . 0,004 0,432 Al ani n a . . . . . . . . . . 0,005 0,454 Va l i n a . . . . . . . . . . . traços 0,362 Metion i n a . . . . . . . . 0,003 0,382 Iso l e'u cina . . . . . . . . 0,003 1 ,335 Le ucina . . . . . . . . . . traços 1 ,054 Tir05i na . . . . . . . . . . traços 0,881 ,f enil a l a n i n a . . . . . 1 ,063 Usi na . . . . . . . . . . . . 0,376 htid i n a . . . . . . . . . . 0,422 Arg i n i n a . . . . . . . . . Am inoácidos Nas d iversas fases da tra nsformação do leite de b úfa l a em " mozza re l l a " , De Paolis, Gasil l i e R i n a l d i (1 967) constata:ram a pre senca d e a l g u mas v itam i na s d o g rupo B, embora seja el a basta nte variável . A " moz za rel l a " p roduzida no i nverno contém, em média, .s e g u ndo o cit,a do a utor, 0,20 y/g d e vit . B 6 ; 2,50 x y/g d e vit . B 1 2 ; 0,60 y/g d e . vit . B 1 ; 1 ,59 y/g d e vit . p p ; 1 ,03 y/g d e a. CI do pa ntotênico; 4,55 y/g de vit . B2 . Na "mozza rel l a " prod uzida n a p ri mavera e n contra-se 'o mesmo conteúdo d e vit . B6, B1 2 e de ácido pa ntotê n i co, porém ·em ,q u a nti dade diferente a vit . B 1 (0,65 y/g) ; .pp (1 ,61 y/g) ; B6 (4,80 y/g) . Como j á se frisou, fa l ta u m "sta ndard " oficia l p a r'a a fabricação d e " mozzarel la " . Conforme pro posta feita pO r Enti, a ceita e m 1 960 pelo Min istério da Ag ricult u ra e Flores ta, para i nscrever-se a " mozza rell a " e ntre os queijos típicos ita l i a nos, deverá 'e l e a p resen tar 'u midad e não superior a 57% e u m m í nimo de g o rd u ra qua ndo ,cu ra d a d e_54% (tolerando-se até 52% por 5 a n 05 a p a rti r da data da pro m u l g ação do decreto m i n is terial) . Entreta nto, até 'O momento, nenhuma pro vidência leg isl,a tiva foi tomada . Não fa lta rá quem discorde . Sob retudo n ã o será possí vel respeita!r-se sempre a d isposição relati;, a ao conteúdo gord u roso quando c u ra d a, pn n- Pág. ·33 cipa lmente d evido à variação s azona l da com posição q u ím ica do l eite . Porém, (1 968), foi d eposit,ado sob a g ua r da da A5sociação dos Criadores de Caserta a "ma rca de q u a l i dade" a fim de proteg e r o p ro d u to g e n u íno, p reparado excl'u siva m ente com l eite de búfa l a . O árduo probl ema do contro l e d a s ca r,ac terísti cas da " mozzare l l a " - como d os ou tros p rod utos domésti,cos feitos com 'o mes mo ,l eite - não parece, de fato, poder re solver-se fixa ndo s i m p l esmente um " sta n da rd" . 'I: preciso também pôr e m execução u m 5 istema a n a l ítico que perm ita d esco brir-se as poss íveis fraudes, que não sejam d e execução d ifíc i l e, ,a o mesmo tempo, nos forneça m dados fac i l mente escla recedore s . Ta is controles seriam baseados n'a d ifer'e n ça d o oomporta mento e l étroforético d a ca seína do l eite, de búfa l a e da vaca (Aschaf fen b u rg e De P.a o l is, 1 962 ; Aschaffe n bu rr:! e Senn, 1 963; Alboinko e Resm i n i, 1 966, 1 967 e 1 968) . D iversas d úvidas ap resent,am o'utras técn i cas d e controles a n a l íticos . Assim o método citado p o r Mazziotti d i Celso e B erganzi n i (1 964) rel ativo à d osa g e m d o B - c a rote n o ( q u e s e e ncontra no l eite d e va ca e p rati cam ente a usente n o da búfa l,a), não ofe rece g a ra ntia a ,l g u m a q u a n'do a fra ud e é feita med i a nte a m i5tu ra do l e ite d e vaca d esen gordura do ou d e caseína comerc i a l . I g u'a l l i m itação , pelo mesmo motivo, a p re senta o m étodo p roposto Dor B a s i l e e Ca s i ll o (1 966) basea d o nos d iversos desen hos u ltraviol eta do 'e spectro d a g o rd u ra d o l e i te d e búfa l a e d o de vaca e a i n d a devido ao c á l'c u l o do valor rel ativo e ntre a s g otí c u l a s da g ord u ra . Resu ltado exato n ã o 5e obtém n em m es mo através d e cákulos do v a l o r relativo e ntre o conte údo percentu a l de a l g u ns á ci dos g raxos (Cerutti, 1 966; Cerutti, Maccaro ne e J aforte, 1 966) . A l g u n s m ét,odos basea dos sobre i munod ifusão da p roteína sérica (Am b rosi no, U berta l le, Liberatori e Sa r·ra, 1 968) , por exempl o, do ponto-de-vista teó rico e cie ntífico, n ã.o se pode fa cilmente util iz a r n a p rática a n a l ítica roti neira, d evi d o à técn i ca ser b a5ta nte apu rada . As " ovas de búfa l a " são "mozz,a rel la s " do tam a n ho d e u m ovo d e g a l i n h a ou mesmo menores, pesando 20-30 g ra m a s, prepa ra das com u m tipo pa.rtic u l a r de c u ra, excl u sivamente com l e ite de búfa l a e conserva d a em nata mais ou menos fluida, g u a rd a d a e m v a s o d e terracota ou de v i d ro . Trata ndo-se d e u m exce,l ente prod uto , é c u idadosa mente . preparado \Sob e n comenda . digitalizado por arvoredoleite.org Pâg. 34 MARÇO-ABRIL Atu a l mente q u a l quer i n d ústria d e q u ei j o pos s u i u tensíl ios id ôneos p a r-a confecci oná -I a . Como a "mozzarel l a " n o rmal, d everá e l a a p resenta r-se d e cor bra n co-cl a ra . Q u,a ndo a p resenta, eventu a l mente, estria s ama re l a das, sugere a s uspeita d e , q u e fora m ·oonfec cionadas com ad ição d e l eite d e v a ca . tE: co n hecido com o nome de, "provo l a " u m queijo d e marSsa s e r i a d a d u ra , obtida com o l eite d e búfala, uti l iza ndo-se u m a téc n i c a sem� ha nte à �� pregada par.a p re� parar-se lO. provolone , a m bos - como e co n h ecido - d e origem meri d i ona,l . O " p ro vol e", q u e i j o prepondera ntemente de mesa, é fa bricado com peda ços ova l ados, pesan d o 800 a 1 .,0 00 g , tendo d e 45-50% de ma téria g o rda q ua n do c u ra d o . Também p a ra a fabri cação desse produto é usado j u ntar' -se l eite d e vaca ao l eite de búfa la, a fim d e o bter-se m a i o r quantidade d e quei j o . A üoa g u l a ção do l eite é feita em tinas d e ma d e i ra, dentro d e 20-25 m i n utos a 30-35°C, usando-se coa lho de caprino ou d e lovi no . A coa l ha d a , cortada em bol arS do tam a n h o d e u ma n oz, é d eixada coberta d e s.oro para a d evida matu r'ação . I sso feito, a mas: sa é cortada em peda ços j a pós 'O q u e, efe tua-se a divisão à mão . O seriado é feito com a técnica descrita para a " mozza rena" . O " p rovo l e" ·u m a vez fa bricado , é merg u l h ado em água g e l a d a d u ra nte m e i a h o ra e em s e g u i d a e m s a l moura a 20% por d o i s dias . Quase semp re 'o produto é tr-anrS fo rmado em "provo l e defuma do" . i sto é, a pós reti rado da sa l m o u ra é pendur ad'O em l oc a l .o n de possa perma necer receben do fumaça em a b u n d â n cia . N esse caso o q u e i j o ficará com uma cor a morenada e u m a g radáve l sabor a ro mático . O a m a d u recime nto deverá du rar n ã o menos d e 5-6 m eses . Freqüe ntemen te, e ntreta nto, os fabrica ntes fazem uma d efu mação rá pida, expo ndo o que,i j o " p rovol e" à fumaça d esprend ida pe la p a l ha 'a rdente em l o c a l p rópri'o p a ra erSsa o peração . O queijo, n esse caso, n ã.o é tão a p reciado como o s u bmetido à l enta d efumaçã o, pecu l i a r ao sistema trad icio n a l . O "Vittoria " é u m queij'o mole, ta mbém c h a mado " stra cc h i n o buf.a l i no", idea l izado pelo prof . Marra ci n o, d o " I nstituto Ca seario Zootecn i co per iI Mezzog i o rno" situado em Caserta . A 't écn ica da e l aboração desse q u e i j o é a s e g u i nte : o l eite de, b úfa l a é a,q u ecido a 62-63° C d u ra nte, 20 m i n utos e deixado es fri'a r . Qu a ndo a temperatu ra ati n g i r 50°C } Revista do ILCT coloca -se n e l e 'o soro g u a rdado da fa bri� cação de, u m.a remess a a nterior 8, a 40°C, rSe d a rá em o coa l ho l i, q u i d o . A coa g u l acão ' 20-30 m i n utos . I nterro mpe-se a coag u l a ção coan d'o-se a ma ssa em g aze co locada sobre u m a pene,i ra de m a n e i ra a obter-se várias camadas de 3 cm de a l t u ra . I sso é feit.o com auxílio de u m a espátu l a e cortad o em pedaços d,o ta m a n ho de u m a avel ã . Lent,a mente remexer . Com u m a c o l h e r de ma deira espreme-se a massa para q u e o soro saia, d a ndo-lhe form a c i l í n d rica d e 20 cm de d iâ metro e 20 cm de a lt u ra . Despejam-se s.o bre os c i l i n d ros a l g u m as conchas de soro a 60-700( p a ra a u m e nta r ,a coesão da massa e mel hora r a a p a rência . Q u a n do for possível revo lver a forma, es sa o peraçã'O deverá rS e r repetida d iversas vezes . O Prof . Marroa c i no a conse,l ha a fa bricação d esse tipo de q u e i j o em am biente q u e nte, sem co rrente de 'ar, despejando-se á g u a q uente em torno d a s fo rmas . Qua n do conseg u i u -se um suficiente exp urgo d o s'o ro, a forma d everá se r co locada em estu fa d urante 4 horas, m a irS ou menos e, em segu ida, em s a l m o u ra a 1 6-1 8% d u ;a n te d u a s horas . A forma a pós bem seca deverá ser posta em câmara friÇJo rífica a 5°C e a í perma necer d u ra nte 24-25 d ias . Nesse pe ríodo d everá ser revirada e pol ida . O "Vittoria" qua ndo mad u ro poss u i sabor a g ra d á ve l, a p resenta-rse compacto, colorido, l eve ao corte, com crosta tê n u e e cor aver m e l h a d � . Q u a n do c u rado, a matéria go rd u rosa ati n g e a 60% . O rendi mento é d e 20 - 22% . A a l tu ra d e c a d a forma , q u a n d o m a d u ra, não d everá supera r a 6 - 7 centí m etros , O p rof . Ma rra c i n o o bteve um " Penic i l l i u m bufa l i no", seg u i ndo exata mente a tecnolo ÇJ ia de produ çã'O do " g orgonzol a " . Ta l quei j o, mu ito g o rd u roso, possui um sabor que l e m b ra o do " Roq u efort" . D evido às co n d i cões necerS sárias à fab ri cação, co nf'o rme l n struçõerS ri g o rosas do " I n stituto Casea r io de Caserta ", o " Penicd lium bufa l i n o " e o "Vittori a " , não poderãu j a m a is ser produzidos em esca la industria l . Do soro ' res i d u a l da fa b ricacã'O d e vá ri.os quei jos de búfa l a, pod e-se obtér um tipo d e " ri cotta " g o rd a e m u ito saboros a, c h a mada " ricotta em g u a rd a n apo", porque anti g a mente era c.o nfecci'o n a d a em peda ços d e câ n ha mo . E: prepara d a acid ificando-rSe o soro quente com "scotta " (resíd uo l á cteo, l í q L! ido, cítri co, o btido do soro) e reco l h endo -se o coa l h ad a com bOil has de a r, em pe- Revista do ILCT MARÇO-ABRIL q ue n as ·c estas . ' O produto é d eixado para des cansar, por a l g u mas horas . Para q u e se ja ,a m assa ,a u mentada , d everá ela voltar arO s'Oro, m irStu rado . com l eite d esnatado ou le ite de o utra e,s péde . Ta l operação é con siderada fraude . A coa l h a da res u ltante é constitu ída prin cip a l mente de caseína i nso l úvel e não d e l a da,l bumina e l a ctog lobu l i na s o l úvel . De ,pa o l is, Casi l l i e Rina l d i (1 967) pesqui sa ndo p e l,o m étodo micr,o biológ i co · o conteú do vita m ín i co do g rupo B n os queijos fa� bric ados com l eite de búfa las, e ncontra ra m n a " ricotta " produzida no inverno : Vit . B 1 2, 0,57 xy g j Vit . pp 0,68 y/g j ácido pa ntotê ni co 2,82 y/g . Com l e ite de búfa l a pode-se prepar'a r mui torS outros tipos d e queijos . A i n d ústria d o mésti'ca, porém, no momento, n ã o pode d e senvolvê-Ia, em conse'qüência da l i mitada qua ntid a d e d e l eite de búfa l a, porqua nto o que é p roduzido é usado p a ra a fa b ri ca ção d e " mozzare l l a " , a mais p rocurada pe lo com é rcio . Pág. 35 Resumo Os a utores, a pós fazerem afirmaçõe·s re I ? tivas à importâ ncia da criação de bu ba I mos e fornece,rem d a d os s i g n ificatiV'os so bre a p rod utivida d e e a l guma estafí.stica vita l i n e rente às búfa las, trata m d eta l ha d a mente do l eite b u ba l i no, d escrevendo suas ca ra cterísticas org a n o l éticas, q u ím ico-físka s � pe � o específico, _ponto d e congela mento, I � d l ce de refraç a'o, pH e a ci d ez titu l ável, , v,s � o � ,, dad e re l ativa, tensão s uperfic i a l , con d utlvldade erS pecífica, mobi l id a de e,l etroforé tical pote n c i a l e l e.frocinético), qu ímica e bio q u í � ica � resíduo tota,l! roesíd u'o m a g ro, s u bs A ta n 7 1 � n ltr,� g en a d a , I lpídi.os, l actos�1 poder c ? l o r l col Cl nzaSI m ac ro e micro-el ementos, c l tratos, conteúd o vitam ínico e enzimático gases d issolvi dos) extraídos de recente l ite� ratura ita l ia n a e estra n g·e i ra . Descr�vem em rS e g u ida, os principa i s tipos de q u e l fos prodUZi. dos n a Itá l i a com l eite d e búfa l a, d a n d o ê n fa se, principa l m ente à p reparação e sobre as ca racterísticas mais con hecidas d a " mozzare l l a " . Refere m-se ta mbém à util iz'a ção d o ,l eite de búfa l a nos países da Europa O rienta l e da A'si a . (Trad ução do D r . Vitório E . C . Côdo Rivista Di Zootec n i a e Veterinaria" n . ° 2 Marzo-Apfi. l e - 974 - Via l e B ezzil 24 20-1 -46 - M i l a n'o - I tá l i a . ) - 11 Curso d a FAO realizado digitalizado por - no I LCT. arvoredoleite.org Pág. 37 MARÇO-ABRIL Revi sta do I LeT PESQUISAS REALIZADAS NO PERíODO 1 968-1 974 ILCT Research Summaries - 1 968-1·9 74 1 . 1 . - Introdução e Esclarecimentos : O I nstituto d e Laticín ios " Câ n d i do Tostes" vem adota ndo u m o rg a nogra m a de fu ncio namento i nterno, q u e, à custa de Çl ra ndes sacrifíci os, l he te m permitido a rea l ização de pesquisas re l a cio nadas com a prod u ção , ind ustri a l ização e comerc i a l ização de todos os prod utos d e rivad os do l eite . Os recursos fina nceir05 do I LCT p a ra a execução de pes q u isa, na ma ioria das ve zes, advindos do p róprio I nstituto, vem pos sibi l ita ndo a execução de i n ú m e ras pesqui sas sol i citadas pelal$ ind ústri a s . Recentemen te tem-se notado u m g ra n d e a u mento no i n teresse d a ind ústria p o r ta is pesquisas rea ·I izadas pelo I nstituto . A exe m p l o d isto, po- derá ser citado os oo ntratol$ firmados co m a PFIZER..Química Ltd a ., ,pa ra rea l ização d e ensaios relativos a o s a g e ntes-coa g u l a ntes d e ori gem m i crobi a n a . Ta mbém n o i n ício d o a n o d e 1 972 fora m i n i ciados co ntraros com o Conselho Nacional d e Pesquisas e co m o B a nco N a ci o n a l do Desenvolvimento Eco nômico, co m o f i m de obter rec u rsos f i n a n cei r05 p a ra a execução de n ovas pesqu i sa s . E, por fim, o I n stituto d e Laticínios " Câ n d i d o Tostes" vem ma ntendo promis'sores contra tos com i nd ústri a s de l aticínios i nteressa das em a d q u i ri r n'ovos conheci mentos tecno lógicos, nOVa5 fórmu l a s, que ve n h a m permi tir a melhor uti l ização d a maté ri a-prima e melhor re mun eração ao produto r . 2.0 . Resumo das Pesquisas Realizadas TfTU LOS DOS TRABALHOS JA EXECUTA DOS Segm ento do Setor de, A l i mentos Coberto Co mportamento do Coa l h o Microbiano "Meito" na fabricacão dos Quei jol$ mais I n d ustri a l izados no B ra s i l ' 2. Comporta mento do Co a l ho " Pfizer" na fabricação dos Quei jos mais I n d ustri a l iza dos no Bra s i l 3 . Uti l izacão d a Ca ma d e G a l i n h e i ro na a l i m entacão de Gado Bovi no - Em cola boracão com a Esta �ão ' Expe rimenta l d e Coronel PÇlchéco 4 . Desenvolvi m ento de Leite En riquecido com Vita m i n a s A e D - Pes q u isa s o l i cita d a p e l a Coop . Agropecuá ri a d e Resende 5 . Tec n o � o g i a d e Fabricação de· Queijo Quark 6 . Fabricação d e Q u e i j o S a i n t P a u l i n 7 . Fabricacão d e Leite Gel ificado 8 . IFa b rica ç ão d e Queijo Fundido Pastoso 9 . Fabricaçã'o de Requeijão Pastoso 1 0 . Fabricação ,de Requeijão Pastoso 1 1 . Determ inaçã o d e Cl oro Através d a Fita Reativa 12. Prepa ração Comercial d o Pen i cillium roquefo rtii em pó 1 3 . Uso de Cry-O-Vac e P a rafina n a Matu ra ção do Q u e i j o Roquefort 1 4 . Eficá c i a da Emba l a gem Cry-O-Va c Contra o Desenvolv i m ent'o de Mofo Ativida d e Pri n c i p a l (**) 1. flD PFIZER QUíMI CA LTDA. Depto. Vendas Químicas . Via Dutra Km 39 1 · GUAR ULHOS bllxa Postal 3896 • São Paulo . SP. Desejamos receber assistcincia técnica e amostra de Coagulante Pfizer . . . . . . . , . . . . . . . . . . . .: ..... . . . . . . :... : . . . . " ....... . " .......... . . " .... . " ' 1 ' 1 1 '1 " " 1'11111" ' 1 1 1 1 1 1 " ' 11111" 1" " '111'1111111'1'1'111 1111" " " " • digitalizado por Leite e Der . PA Leite e Der . PA Leite e Der . PA Der . Der . Der . Der . Der . Der . Der . Der . PA PA PA PA PA PA PA PA Leite e Der . PA Leite e Der . PA Leite e Der . PA Leite Leite Leite Leite Leite Leite Leite Leite e e e e e e e e arvoredoleite.org Pág. 38 15. 16. 17. 18. 19. 20 . 21 . 22 . MARÇO-ABRIL Em p rego d e. Cry-O-Va c n o Queijo Minas Padronizado Util ização d e Soro n o Prepa ro d e Leites A romatiza dos Doce d e Le,ite - D u ra b i l idade e C ri,sta l izacão Eficácia d o Tratamenpo d o Leite com Ag u a 'oxigen a d a pa ra a Produção de Quei j os I nfluência d a Cu ltura Lática n a Q u a l idade d o Queijo La n c h e Leva ntamento do Mercado d e Tra b a l h o p a ra Técn icos de N ível S u perior em Laticín ios Fabricação do Q u e i j o Camem bert no I LCT S o ro Gel ificado (* *) Cód ig o : PB- (PES Q U I SA BASI CA) PA- (PES Q U I SA APLI CADA) D I - ( D I FUSÃO) AE- (ASSO CIADOS A E D U CAÇÃO) DE- (DES ENVOLVIMENTO) . 3 .0.0. Resu m o d o s Resultados dos Pro jetos de Pesquisa Executados no Período 1 968/74. 3.0.1 . O LIVE I RA, C. S. d e ; MO RAES, J . M . d e . Comporta m ento do coa l ho m icrobi a n o "MEITO " na fabricação d os quei j os m a i s i n d ustria l izados n o B ras i l . J u iz de Fora , I LCTfMEITO, 1 974 . A util izacão do coa l ho m i c robiano na fa bricação d'e q ue i j os com u m ente fa bricados no B ra s i l qua ndo em confro nto com os coa l hos, de origem a n imal, nã'O a p resenta ram modifica ções em relação a estes, susceptí veis de a p reciaçã o . Pa ra os q u e i jos Mussa rel a e Minas Frescal pode-se notar traços de g osto a m a rg o, provavel m e nte d evidos a p roteó l ise resulta n d·o peptíd ios de cadeias c u rtas . V I E I RA, S . D . ; M O R ES , J . M . d e ; RO CHA, M . E . N . Comporta mento do coa l ho I PFIZER" na fabricação dos q u e i jos m a i s i nd ustri a l izados no B ra s i l . J u iz d e Fora, I LCT/PF IZ ER, 1 972/73 . A util ização do coal h·o mkrobiano Pfizer n a fabricação d e q u ei jos comum ente fa bri cados n o B ras i l q u a ndo em ·confronto com os coa l hos d e origem a n i m a l , não a p resen tou modifica ções e m re,l ação a estes, s u s ,ceptíveis d e a p reciação . Para os quei jos de a l ta percenta g e m d e água l ivre pode-se no tar l ig e i ro g osto a ma rg o . 3.0.2. ASSIS, A . G . d e ; CAMPOS, O . F . ; SOUSA, R . M . d e ; V I LLAÇA , H . d e A . ; MO RAES J . M . d e . Utilizacão de cama 3.0.3. de galinha na alimentação de g ado bovin o - Em colab o ração com a Esta ção Experimen tai de Coronel Pacheco. Rev. Ceres, Viçosa, 20(1 1 2) : 445-54, nov . ldez . 1 974 . Revista do IlCT Leite e De r . PA Leit e e Der . Le ite e D e r . PA PA Le ite e D e r . PA Le ite e D e r . PA Le ite e Der . Le ite e D e r . PA PA A util ização da cama d e g a l in h e i ro na a l i mentação do g a d o bovi n·o , a p a r de ser d e ba ixo ,custo, constitu i exce l ente a l i m ento co mo fator de i n cremento da p rodução l e ite i ra . 3.0.4. O L IVEI RA, C . S . d e ; V I E I RA, S . D . Desenvo lvimento d e l e ite enriqueci do com vita m i n a s A e D . J u iz de Fora, I L CT/CA RL, 1 973 . D iversas com b i nações de técnica e, i n g re d ientes fora m testadas a fim d e p roduz i r u m l e ite com a s m e s m a s c a ra cterísti cas d o l eite in natura, mas com u m teor proté ico e vita m ín i co m a i s e l evado, consideradas as en ormes defi c i ê n cias n utri cionais em que se e ncontra u m a g ra n d e fa ixa da pop u l ação brasi l e i ra . O p rod uto desenvolvido apresen tou boas ca ra cterísticas o rg a n o l épticas, ex cel ente aspecto e vida úti l satisfatória, nas temperaturas n ormais d e a rmazenamento . 3.0.5. H EU FELDER, H . Tecnologia da f a bricação de queijo Quark Rev. d o Instituto de laticínios IICândido Tostes", J u iz de Fora, 24(1 73) : 1 3-1 5, maio/j u n . , 1 974 . Define-se o p roduto 'q u e i jo fresco jipo " q u a rk " , d escrevendo-se u m m étodo s i m p les p a ra sua fa b ri ca ção . S ã o dados exemplos de a l i mentos p ica ntes e doces e l a borados à base do ,qu e i j o qua rk, q u a ndo se demons tra o cá l c u l o d o custo e fa bri·ca cão . Recei tas c u l i n á rias são ap resentadas: F U RTA DO, M . M . A fabricacão do q u e i j'O " S a i nt-Pa u l i n " no I LCr. Cen tro d e Tre i n a ment·o Operacional I LCT, J u iz de Fora . '(A ser p u b l icado na Rev . do I LCT e B o l etim do Leite), 1 974 . Uti l izou-tS e d e l e ite com 2,5% d e g o rd ura butirom étrica, visando um p roduto fina l con3 . .0 . 6 . Pág. 39 MARÇO ABRIL Revista ' do ILCT pro b l e mas c0 "!l ferment� ç ? es a l coólicas na de iJ m idad e" fez-s e casca do q u ei l o e p roteol ls e a centuada . e n do no m í n i mo 52% , m a nten d o-se o p H l acto s agem da m assa sa, ma � � d 'l de 5,7% e u ntuos idad e da 3 . 1 0 FU RTADO, M . M . Fa b ri cação do . Rep a r� fa brl�a n t r da tec n o l o g i a . bási ca Sa mt-P au� m, queijão pastoso . Centro d e Tre m a . do e s Mma , mento Operacional, I LCT, J u iz de Fora, 1 973 cã o d e q u e i j o Prato mo ÇJ CQl� a � had l se a coa (não p u b l icado) . fr anc ês . Trab a l hougem dos g raos fOI d e 3 ,c m3, a d e l a ctosa p roce sso pelo e idad m u a r tera l a sem l a bt'd Tipo de req ueijão pasto so q u e se a d a p uçõe s com el �va e os � ose, usan do-s e sol ta sse m a is às exi g ências do p a l a d a r d o sal . O pro duto f m � 1 d a conce ntraç ão d e , co nsum idor brasi l e i ro, s e m a uti.l ização d e vl d vel, � e r enta a presen tou-s e extre ma ment u m .i d a d e e ba iXO n cias q u ím i cas fu ndente s, c l � rato� , etc. substâ de do ao seu e l evad o teor da técn i ca utSu a l de f.a b n caçao d.e Dentro t eor d e g o rd u ra . ã req u e i j o, vis-ou- s� obter _ ao f m a l da fab n de ão ç u ma perfei ta fusao d a massa pelo ica r . Fa cacão . A . D . S RA, I E I V . 3 . :0 . 7 . , T LC I o aume nto n ecessá rio d e teor d e o d e rio car'or, rato Labo o. l e ite gel ificad . e d a d i m u J uiz d e Fora, 1 973 . eu Obje tiv a ndo d ivers i f i ca ção, d es.e nv'Olv O bteve-se o p rod uto d eseja� o, s e m a d0 i um prod uto e l a borad o d e l e ite fresco0 de funde ntes e com a crésci mo de, 8 10 cão 4') de ( dro n i � ado a l O/o g b, adici ona ? o desna tado ao fina l da fabric ação, eite l de, ldo de m i SND , 7% de açúca r 2 g/l de ? m sem haver poste ri or sepa ração do soro d � o-se aq ue lho e 1 '50 10 de gela ti n a ; seg U i nd ra nte o a rmaze n a mento . Fecha do hermeti do l�OO og ci ment o ? e 62°C, .h o m ; neiz � te, resisti u a u m mês a 1 5°C sem pro camen ia resfr e aque ci ment o fma l 80 C/3.o . Apos 0 de gás, cresci mento d e mofos ou a l dução 7 10 mento a d i ciona -se vári o � .sabo res : f,rutas teraç ão do sabo r . ite esto e cora ntes O,4m l/l . Uti l iza ndo l e e d uso o as; cado, resu lta m m e l h o res textur gosto 3 . 1 1 . MO RAES ' J . M . d e . Determ in ação cor ante exces s ivo p o d e result a r em n a u a d e cloro atravé s d e fita reativ a . La em , pode ho l i m de ido am a m a rg o ; o . do I LCT, J u iz de Fora (não p u b l i fruta rio e d borató sabor o r ara tidad e exces sivo, masc nte me cado) . ativa rel é A esta b i l i dade do p rod uto . sensív el ao longo s períodos de estoc aÇJem Uti l izou-s e em d iversa s conce ntra ções, d e 3 . 0 . 8 . FU RTADO , M . M . , M . E . N . ; N Eiod eto de otássio e a m i do, em sol u çã o . VES, B . S . ; CAMP OS, W . A . Fa Para evita r a oxida ção do pape.I, q u a n d o bri cacão de queijo fundi do pa stoso . Ce � em co ntato c o m o a r, foi a'9 u.e l e I m �,�so e m U IZ tro d� Treina mento Opera ci o n a l , I LCT, J solucã o de hos u l fato d e sod l o . Util izou-s e h atma n n . O de Fora, 1 970 - (não publ icado ) . . , . papél para .cromo to ÇJ rafi.a, d e con :en açao l eterm d a ite Com a n ecessid ad e cre,s cente da md ustrl ? perm me,s mo � de laticín i'os, para o a p roveit a me nto de que,l tra cão d e cl oro, nas sequ mtes p ropor çoes : jos com d efeito s d e fabri � ação e q u e ap re 1 0 'P PM, 50 PPM, 1 00 PPM, 20,0_ PPM, a.tr � v�s sentas se m um aspecto m a i s cremo so, fO I �.s da comp ar ação com um padmo na h i g i e n i to be : ecida a � e g u i nte técn i ca : 8°/.0 de . q u e l l o zação de equ i pa me ntos em g e ra l . Mi nas padro n iza d o ; 1 2 lo de F u n d l.d o S i m p l es, 0 5% de Pa rmesã o ; 3 10 de mante i g a . Como 3 . 1 2 . STEIN , R . ; F E R R E I RA, A . c . ; XI MEre-s ulta d o final -o bteve- se u m p rod uto ? e ex N ES, F . C . Prepa ração come rcial do celente q u a l ida de, uti l iza ndo-se de sais fu n Penic illium roque fortii e f!' pó. Rev. do. I ns dentes comu n s ; E . G . - citrato s , etc . tituto de Laticí nios IICând ldo T o stes", J U IZ de Fora, 23(1 41 ) : 3-6, n'ov . /d ez . , 1 968 . 3 . 0 . 9 . FU RTA DO, M . M . Fabric ação do Port-Sa lut. Rev. do Institut o de la s A a n á l i se de vário s m étodo s em preg ad,? . ticíni os IICând ido Tostes", J u iz de Fora, 29 nstro u q u e na prod u ça o , demo isa pesqu nesta (1 77) : 1 -8, j a n . /fev . , 1 975 . o. . de P . roque fortii em pó, d eve s e r usado Téc n i ca usual de fa bri caçã'O do Sa l nt-Pau e d s cubo m e o d corta m, comu a p ã o de form l i n e Port-S al ut, visand o o cresci mento de ester i l izado a 1 00°C por , resta a e d ,cm 5 1 quei do rfície e p u s 8reviba cterium linens na com h� ra , i n cuba do a 21 °e em � tmos fera jo , atravé s da desaci d ificaçã o d a casca por d essec a e, s ia d 5 0 0-1 1 por . R . H de 10 0 70-8 crescim ento de l eved u ras não ferma ntador as gadas , do a 7,o°C por 'u ma h ora com 20 pole da la ctose . Obteve -se u m prod uto d e boa . o vácu de do verifiça e s nto, qual ido de, te ndo, no enta � d: � d � �� Ib/P ? I : � '0' digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 40 MARÇO ABRIL Revista d o ILCT 41 do I LCT TEOR VITAMINICO DO LEITE Milk Vitamin Content PRODUTOS I nd ispenoSáveis ao org a n ismo h u m a no, a s vita m i n a s podem ser e n contradas n o l e ite, ·a l g u ma s em a b u n d â n cia e o utras em peque nas qua ntidades . Mas , em g e ra l, o l eite é ·u m p roduto ri co n esse aspecto . MAGNUS S . A . Máqui nas e Produtos Divisão Klenzade José Cezar Panetta Nova l i n h a especial izada na limpeza e sanitização d e laticínios. Para uso em pasteuriza dores, tanques de estocagem, garrafas e equip'a mentos em g eral. Assistência Técnica Gratuita Rua Figu eira de Melo, 237-A - Tel. 254-4036 - Rio - G8 Rua Santa Rita, 259 - Tel. 341 7 - J uiz de Fora - MG M E TA L Ú R G I C A M I N E I R A LTDA. R U A D O S A R T I S TA S, N2 3 4 8 - J . F O R A - MG. A Ç O - I N O X - E O U I PA M E N T O S · M O N TA G E N S - FONE : 2 2 4 0 3 Paste u rizadorfiM atu rador d e creme MM, 75% de recupera ção. Batedeiras de Manteiga em aço i n oxidáve l . Ta nq u es d e recepção e fa bri cação d e q u e i jos. Ta cho MM � pa ra Doce de leite. Ta nq ues d Estocagem Isotérmi cos. Mo ldadei ras de Ma nte i g a em aço i n oxidáve l . Pica d e i ra de Massa M M para Muss a re l l a . Ferme ntei ras p a ra cu ltu ras e iog u rte. � Este i ra Tra nsportadora d e leite em teflon. Má q u i n a de lava r Ca ixas Plásticas de l e ite. MAIOR SERViÇO DE CONSULTORIA DE LATICINIOS CONSULTE-NOS As vitaminas dos a l im e ntos oSão i n d ispen sáveis à boa n utrição e à s a ú d e . Form a m também �s c h a m ados " fatores a cessórios", um d os p i l a res em que repousam a s funcões nutritiva s . T a is s u bstâ n cias reg u l a m as 'fu n ções org â n icas, podendo ser mais bem ex pl icadas pelo bem que fazem do q u e pelo que são : promovem o cresci mento e, o vi gor; 'dã'Ü reoS istê ncia às doenças; d etermi nam o a p a recime nto norm a l dos d e ntes e dos ossos ; estim u l a m o apetite ; protegem o orga nismo contra as doencas c a renciais ' man ifestadas principal mente n a pele e no � 'O ssos . O l e ite contém todaoS as vita m i n a s con he cidas, a l g umas em a b u n d â n cia, outras em dimi nuta qua ntid a d e . O teo r vita mín ico do leite va ria sensive l m e nte seg u n d o a raça da vaca, sua a l im enta ção e o trata mento dado ao p roduto após a orde n h a . Em g e ra l, o teo r de, vita m i n a s do l e ite d e vaca, d etermi nado por várias a utorida des, é o segui nte, em cem ÇJ ra m as de l eite : vita m ina A, 1 60-225 u n idades i nternacio n a i s ; vita m i n a 8 1 ; 40-65 microg ra m a s ; ácido n i cotín ico, 2-8 m i l i g ra m a s ; e, vita m i n a D, 1 ,7 ·u n idadeoS in terna cionais . A vita m i n a A desempen h a pap e l rea l m en te, imp'Ürtante em várias funções d o orga nis mo . J á se verificou q u e s u a fa lta no re ÇJ i m e a l i menta r retarda o c rescimento, em baraça a reprodu ção norma l, e nfra q uece a resistên cia o rg â n i ca às i nfecções , a bre, ca minho às enferm idade,s da vista, :a ca rreta ndo inúmeras vezeoS vis ã o d efeituos·a e mesmo ceg u e i ra . Felizmente, o orga n ismo conse gue a c u m u l a r a vita m i n a A n o fígado, q u a n do os a l imentos i n g eridos a contêm em qua ntidade a b u n d a nte" 'a proveita ndo-a sem pre q u e a a l i me ntação é d eficiente . O l eite é uma va l i osa fonte d e vita m i n a A e de ca roteno, sendo eoSte ú l ti mo co n h ecido com o nome 'de p ró-vita m i n a A, pois é com- posto o rg a n l co precursor d essa vita m ina, efetua ndo-se s u a converoSão n o p rópri'o o r g a n ismo . Com a vita m i n a A e 'O ca rote no são sol úveis n a g o rd u ra, a mbos a c h a m-se p resentes no l eite e, em tod os ·os prod utos que conte n h a m g o rd u ra do l eite, como a nata, a manteiga, o queijo de l eite i n'teg ra l , o l e ite integ ra l em p ó e , natura lmente, o l ei te em espécie . N e n h u m dos processols h a bi tuais d e benefici a m ento do l eite, d estrói a vi ta m i n a A contida nele e em seus produtos . O teor de vita m i n a A e d e ca roteno do l eite pode ser a u m entado através d e, u ma a l i m e ntação a p ropriada da vaca a q u a l , re cebendo das fo rra gens verdes g rosse i ras a m a i o r parte do caroteno, tran sfo rma-o em vita m i n a A, pa ra s u as próprias n ecessidades, ao mesmo tempo que o forn ece a'Ü leite . . As vacas que, se a l i mentam de bons pastos ver des obtêm ca roten o em a b u n d â n cia e o oSeu l eite ap rese nta ,a lta porcentagem de vita m i na A e u m a cor a m a rel ada ; mas, e m regi me d e paoStos de q u a l i d a d e i nferior ou q u a n do a a l imentação é constituída de forra g ens secas, as vacas obtêm pouco ca roteno, sen do seu l eite esbra n q u içado, pobre d essa vi ta m i n a . As várias ra ças de gado l eiteiro d iferem na q u a ntid a d e rel ativa d e vita m i n a A e de caroteno q u e seg regam no l eite . As raças que fornecem l eite maioS gorduroso ta i s com'Ü J ersey e Gue rnsey, seg regam a lta po rcenta gem de ca roteno e baixa porcenta ÇJ e m de vita m i n a A, ao passo que a s raças l eitei ras q u e apreset:lta m l elte menos ÇJord u roso, co mo a Hosltein, seg regam no l eite uma .pro porção menor d e ca roteno e maior de vita m i n a A . Por co nsegui nte, com idê ntico a rra çoa mento. as ra ças ,de, l eite mais g ord u rooSo s e g regam - no mais rico em caroteno e d e co r mais a m a re l a d a d o q u e a s raças de, l eite menos g o rd u roso ; e ntreta nto, independente da raça da vaca, pode-'s e d iz e r q u e o teor digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 42 MARÇO-ABRIL tota l d e vita m i n a A é o mesmo por u n id a d e d e g o rd u ra . Rel ativamen te à v itam i n a B 1 , 'ou ti a m i na, como ta mbém é conhecida tem também ,a p roprieda de de esti m u l a r � ape,tite, a u m en tar a sec reção dos su cos g á stricos, ativa r 'ao$ funções do estô m a g o e d os intesti nos, figu ra r n o m etabol ismo d'Os h id ratos de ca rbo n o e, o que é m u ito im portante , preve n i r o . . b e n b � n, doença ca rencia l comum nos pa íses de c l i m a quente o n d e a a l i m entacão básica se l i m ita ao a rroz pol id'O, a o milho e ao fei j ã o . Como o CO lipO não pode a rmazenar essa vita m i n a em q uantidade reg u fa r, faz-se n ecessário seu a ba stecimento . As crianças em c rescimento e as m u l he res g rovidas requerem qua ntidades adicionais dessa vita m i n a . O l eite inte i ro ('O u i n teg ra l ) constitu i u m a b o a fonte d e t i a m i n a , cujo t e o r é basta nte u n iforme, em bora uma pa rte, d eo$sa s u bs tâ ncia seja d estru ída qua ndo o l eite é sub metido ao p rocesso d e pasteu rização ou, e ntão, q u a n d'O é fervido . To mado em g ra n de qua ntidade e com reg u l a ridade, o l e ite pode ser considerado u ma va l iosa fo nte d e vita m i n a B 1 , q u e pode s e r ta mbém enco ntra da nos cereais i nteg ra is e nas verd u ras, a l i mentos q u e d evem .ser, forçosa mente, i n c l u í dos no reg i m e a l i m enta r de crian cas a d u l ' tas . O INSTITUTO DE LATICrN IOS "CÂNDIDO TOSTES" está muito bem representado na LEITE GLóRIA LTDA. Nada menos de s ete (7) dos mais desta ca d'Os ex-a l u n os do I LCT figura m na ad m i n is tração d este im porta nte esta bel ici mento de laticín ios : Gere nte de Prod u cão : Wa lter Rente Braz ' (I LCT/1 950) i Ass istente do Gere nte Gera l : Sebastião de Andrade Drumond (I LCT/1 950) i S u perinte n d ente da Fábrica de Ita peru n a (RJ ) : Volney Marinho Passos ( I LCT/1 959) i Ch efe de Fa brica ção da Fábrica de Itape runa (RJ ) : Délcio Ferreira Amaro (I LCT/ 1 958) . Su perintendente da Fá brica de Itapeti n g a (BA) : Alois Cabalzar (ILCT/1 953) i Ch efe, d e Fa b rica çã'o da Fábrica de Ita pe tinga (BA) : Francisco Barbosa Mororá (I LCT/1 963) i S u peri ntendente da Fábrica de Governador V a l a d a res (MG) : Paulo Fernandes Fi. gueira (I LCT/1 958) . Revista do ILeT Pág. MARÇO-ABRIL Revista do I LCT 43 EPAMtG PATROCINA CURSO DA FAO CURSO DE EXTENSÃO EM TECNOLOGIA DE QUEIJO E COMERCIALIZAÇÃO DO LEITE E DERIVADOS EPAMIG Sponsored FAO Extension Course on Milk and Milk Products, Marketing and Processing Cid Maurício Stehling D i reto r d o I LCT 1. OBJETIVO : Tem o p rese nte rel ató rio a final idade d e presta r a s i nforma ções n ecessá.ria.s co m re l acão ao cu rso m i n i strado n este I nstituto s'0 6 os a uspíci'os da EPAM I G em colabora cão com a FAO (Food and Ag ri cultu re Or g a n ization of the U n ited N ations) . 2. SOLENIDADE DE ABERTURA O c u rso deu i n íc i o com a ses.s ão d e a ber tura no d i a 1 4, às 1 5 horas, esta ndo p resen te as s e g u i ntes a uto ridades : D r . A l bert'O D u q u e Portu g a l , representan do o Dr. H elvécio Matta na Satu rni no, Pre siden te da EPAM I G, Prof . Frode Madsenl da Esco la d e Vete rinária da U n iversidade Fed era l d e Minas Gera is, Belo Horizo nte, Otto Frensel, rep resenta nte da Sociedade Nacio n a l de Ag ricu ltura, D i reto r da Asso ciacão B ra s i l e i ra Lati c i n i sta e Redator-Chefe do 'Boletim do Le ite, D r . J . J . Carneiro Fi lho - Prof . H o n o ris Causa d o I n stituto, Pro fessores Ebbe Lytz hoeft Peter.sen e Pa u l B . Hansen da FAO e Profess'ore.s do Curso . To ma ram da pa l avra os sen hores Otto Fremel , J . J . Carn e i ro F i l ho, D r . Alberto Duque Portu g a l , Prof . Frode Madsen e fi n a l mente o D i retor d o I n stituto, Prof . Cid Mau ríci'O Steh l i ng, q u e após tecer conside rações sobre a i m p o rtâ ncia do Curso, d e u o m e s m o por i n iciado . 3. DESENVOLVIMENTO 3.1 . Parti c i pa ntes . 3 . 1 . 1 . Co rpo Docente . O c u rso contou com a p a rti cipação de Pro fe.s sores a ltamente especial izados e que a q u i vieram por convite, feito pela EPAMIG por i nterméd io do I nstituto d e Laticínios Cân d i do T-o stes . 3.1 .2. - Prof . Ebbe Lytzhoeft Petersen D i retor do Centro Reg i o n a l d e Ca pacitação em Leite e De riva dos d a FAO i - Prof . P a u l B . H a nsen - Eng . Es pecial ista em Le,ite e Derivados FAO . - Prof . Carlos Fra n cisco Cáceres C . - Eng . Comerc i a l U CV-ITP - Harva rd U n iversity . - Prof . Victor K u l l me r - Eng . (00m ercia l U CV-ITP - H a rvard U n i versity . - Prof . Prudêncio J i men ez B . Con tador Aud itor - U CV - Ma ster Sta nford U n iversity . - Corpo Discente Constitu ído por Gerentes e Técni cos em I nd ústria de Lati cín i os, Técn i cos do M . da Ag ricu ltu ra, d a ABCAR e da ACAR, Professores, o ri u n d os d e d iferentes Estados do Pa ís (a n exo I ) . - Matéria do Curso 3.1 .3. 3.1 .3.1 . - Dia 1 4 Pela m a n h ã, a u l a teórica sobre Fa brica ção d e Q u e,i j o Ti l s it e à tard e tra b a l h o p rático . 3.1 .3.2. - Dia 1 5 Pela m a n h ã , a u l a teórica sobre fa bricação d e queijo Cheddar e à ta rde tra b a l h o p rá ri co de fabri cacão . 3.1 .3.3. - Di � 1 6 Pela manhãl a u l a teórica sobre fa b ri cação de queijo Roquefort e à tard e tra b a l h o prático de fabri cação . 3.1 .3.4. - Dia 1 7 Pela m a n hãl a u l a teórica sobre fa b rica çã'O de q u e i j o Camembert e à tarde tra b a l ho p rático de fabri cação . digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 44 MARÇO-ABRIL 3.1 .3.5. - Dias 1 8 e 1 9 Tomada g era l d o assu nto m i n i S trado, com d iscussão e sol ucão dos � r ? b lemás a p resentad os peros p a r tl clpantes . ArS a u la s sobre Tecnolog ia de Fa bricação d e· Quei jos ficaram sob a orientação e responsa b i l id a d e dos p rofessores, E b b e Lytzhoeft Pe tersen e Pa u l B . Ha nsen . 3.1 .3.6. - D ias 21 a 24 A u l a s teóricas com traba l h o p rá tico sobre Comercia l iza cã'o do Lei te e Derivad os, sob a �e,s pons a b i l i dade dos p rofessores Carlos Fra n cisco Cáceres c . , Victor K u l l mer e Prud êncio J i menez B . , todos d a U CV d o Ch i l e . 3.2. - DOCUMENTAÇà O T'odos os pa rticipa ntes do Cu rso recebe ram fa rta documentação d istribuída pelo I nstituto por cópias em Xe,rox d e materi a l fo rnecido pelos professores . 3.3. - DESPESAS COM PROF ESSORES CONVIDADOS 3.3.1 . - Hosped a g em no Ritz H ote l . . . . . . . . . . . . . . . 3.3.2. - Pagam ento efetuado a três professores 4. Cr$ 4 . 924,90 Cr$ 5 . 460,00 ENCERRAMENTO o C u rso teve sua solenidade d e en cerra mento no d i a 24 de a bril às 1 6 horas com a prese n ça das seg u i ntes autoridades : Exmo . S r . Deputa do Fed e ra l e, Secretá rio d e O bras, Dr. Fern a ndo J o rge Fag u n d es Netto, E�� o . S r . Secretá rio da Ag ricu ltu ra, Dr. A g n p l n o Abranches Viana, Preside,nte da EPAM I G, Dr . H elvécio Matta na Satu r n i no , Representante do Exmo . S r . Prefe ito Mu n i ópal, J o rn<!ill ista La iz Veloso . Represen tante da Câ m a ra M u n icipal d e J u iz d e Fora, verea dor J osé Alexa n d re dos S a ntos . Re presentante do Delegado Reg i o n a l d e Ensi no e do E n g e n h e i ro Chefe do D E R, a Pro fessora Maria J os é de Carva l h o . Represen tante d o D EMA - MG, Dr . Ho mero Duarte Co rrêa B a rbosa . D i retor do I nstituto de La ticínio Cândido Tostes, Prof . C i d Mau rício Steh l i n g . Professores convidados especia is para o C u rso : Ebbe Lytzhoeft Petersen, Pau l B . H a n sen , P a u l o Fra ncisco Cáceres c . , Vic tor Ku l l me r e Prudêncio J imenez B . A briu orS tra b a l h,o s o Prof . Cid M . Steh l i n ÇJ , que a pós a composição da m es a pas sou a p residência ao Exmo . S r . S ecretá rio da A g ricu ltura, Dr. Agripino Abran ches Via na . Logo a pós d e u-se i n ício à entre g a d os d i plo mas aos C'o n c l u i ntes p resentes, bem co mo o oferecimento de ·u m a p l a ca de p rata a cada u m d os p rofessores visita ntes, com pa l avras d e reco n hecim ento d a EPAM I G, pelo tra ba l h o p o r e l es d esenvo lvido . Em seg u id a , tomaram d a pa l avra os Exmos . Se n hores Deputado Federa l e Secre,t ário de O b ras, D r . . Ferna n d o J o rg e F a g u n d es N eto, D r . H elvéc I o Matta na Satu rn i no, Pres idente da EPAMIG e P rof . Ebbe Lytzhoeft Petersen em nome dos p rofessores convidad os ten do, em segu ida, s ua Excel ência o Secr�tário d a Ag ricu ltura, da do por e n cerra da a reu n ião . 5. 45 Revista do I LCT CONCLUSÃO E � se trata n d o de um c u rso p i o n e i ro no I � StltUtO, . o res u ltado a lcançado n ã o pode na ter S i d o m e l h o r, face ao inte resse, dos dos participa ntes e poder d e co m u n icacão ' profess o res responsáveis . O l i m ite d e va g a s n ã o permitiu q u e vá rias p essoas i n teressadas pudessem pa rti ci par e isto se co n c l u i p e l a g ra n d e procu ra, quer p or correspondência quer por te l efo nemas, d e vários interess a dos, que sa bedo res d a rea l iz a ção d o curso se d i r i g iram a este I n stituto na esperança de con s e g u i rem u m a va g a . Em face do exposto, é m iste r q u e se faça o qua nto a ntes a previsão d e u m n ovo cur:" so nos mo ldes d o rea l izado, com a fina l i d a d e de, n ã o só p ro porcio n a r aos i nteres sados a oportu n idade q u e tanto buscaram, como também a d e m a nter bem viva a Ii ÇJação entre a EPAM I G e a FAO, através dos e l e m e ntos que a q u i estivera m e q u e· em vá rias 'oportu n id a des fizeram referê n cias e lo g iosas qua nto àrS possi b i l idades d o B ra s i l n o terre no da A g ropecuária . Este e l o de l igação d eve rá perm a necer bem vivo, pois as pos s i b i l idades d e maior i n te rca m b i o com a FAO estão a mp l a mente favorecidas e a berta s . C u m p re-nos, pois, a p roveita r a oportu n id a d e p a ra o i nteresse da EPAMIG j unto a o c a m po l atici n ista . Paríicipantes do 1.° Curso de Extensão em Tecnologia de Queijos e Comercialização de Leite e Derivados - EPAMIG - I LCT - em convênio com a FAO, de 14 a 24 de abril de 1 975 - Juiz de Fo ra - Minas Gerais - Brasil E N D E R E Ç O F I R M A N O M E Kleber Monti l h a D I POA - M. da Agricu ltu ra Ed . G i l berto Sa l o mão, 1 3 . o (centrc.) - Brasíl ia, D F J azon Costa La t . Bela Vista Ltda . B r-354 - Km 4 8 n . o 1 760 Itamonte - Minas Gera i s B a rto l omeu Soares Viei ra Laticínios F i g u i n h a SIA Rua B e n j a m i m G u i m a rã es, 1 1 6 O l iveira - MG M i g u e l Eva risf>o d e A l k m i m Lat . Virg ín i a Ltda . Rua Conse l he i ro Ga lvão, 95 Grande Mercado Ma d u re i ra Rio d e J a ne i ro Ba rbosa & Marq u es Rua G raça Ara n h a , 573 Gove rnador Va l a d a res - MG J oão Batista S i lva Av . Ma rechal Câ m a ra, 21 0 9 . o a n d a r - Rio de J a n eiro RJ J a rd a s da Costa S i lva A B CA R Paulo Roberto F . B racci n i D I POA - M . da Agricu ltura Av . Raja Gabá g l i a, 245 Belo Ho rizonte - MG Salvador Massa g u e r Roig Fac. Tecnol. A l i m e ntos Cidade U n iversitá ria U N I CAMP - Campinas - SP Pa u l B a rtholdy No rremose Anderson Clayto n S/A I nd ústria e Comérc io . Rua Formosa, 367 - 1 2 . 0 a nd a r S ã o Pa u l o - SP J oe l Adam V i l e l a Anderso n Cl ayton S/A Rua Formosa, 367 - 1 2 . o São Pa u l o - S P Eg íd io J u l i a no Anders'o n Cl ayton SIA Rua Formosa, 367 São Pa u lo - S P Ma riva ldo Cord e i ro Cia . Beneficia mento e Tra n s p. Prod. Pecuá ri os Rua F i g u e i ra de Melo s/n Rio de J a n e i ro - RJ Win nfried J orda n S PAM - Soco Prod. A l im entícios - Manh uaçu SIA Est . da Aldeia - M a n huacu ' MG J oã o N o g u e i ra Coop . Prod . Leite d e B enfica R . Figue ira d e Melo s/n Rio de Ja ne,i ro - RJ Wol n ey Ma ri n h o Passos Leite G lória Ltda . Av . Presidente Dutra, 943 Ita peruna - RJ Alois Caba lza r Leite G l ó ria do N o rd este S/A Estra da Itapeti n g a - Itoro ró - Bahia Km 2 - J a cob Franckl i n d e O l ive i ra I nst . Lat . Când ido Toste,s Rua Te n . Freitas, 1 1 6 J u iz d e Fora - MG . EPAMIG digitalizado por 12.o _ arvoredoleite.org Pág. 46 MARÇO-ABRIL N O M E F I R M A Revista do ILCT Revista do I LCi E N D E R E Ç O Avelar Vasco n ce l os C i a . I n d . Com . B ra5 . d e Prod utos A l i menta res N estlê Rua da Consol ação , 896 São Pa u l o A ntnio Carlos d e Ca rva l ho C'o op . A g ropecuária de Resende Ltda . Av . N i l o Peça n ha, 356 Ag u l h a s Neg ra s - Resen d e RJ J osé A u g usto I mbel lo n i Coop . Lat . de I taperu n a Ltda . Maria Aparecida D i a s MARÇO-ABRIL N O M E F I R M A Pôg. 41 E N D E R E Ç O J osé Fred erico d e M . S i q u ei ra I L C T EPAM I G Rua Ten e nte Freita s, 1 1 6 J u iz de Fora - MG Múóo Ma nsur F u rtado I L CT EPAM I G Rua Tene nte Freitas, 1 1 6 J u iz de Fora - MG Av . I ta peruna, 1 .099 Itaperu n a - RJ Wa nd erson A m a ra n tes Ca m pos I L C T E PAMIG Rua Tenente Freitas, 1 1 6 J u iz de· Fora - MG Ma rco E l ias N i m e r Rocha Coop . Reg . d e Montes C l a ros Rua Pires e A l b u q u erq u e, 51 3 Montes C l a ros - MG I L CT E PAMI G Rua Tene nte Freitas, 1 1 6 J u iz de Fora - MG Vá lter EstevetS J ú n io r Sérgio Vioto Coop . N a ci o n a l Ag ro - I ndustri a l - COONAI Rua Ca p o S a l omão, 1 21 S ã o Pa u l o - SP I L C T EPAM I G Rua Tenente Freitas, 1 1 6 361 0.0 J u iz d e Fora J osé Pa u lo Co n s u l o Felicia n o da Cunha Benini Coop . Centra l dos Prod . de Leite d e Minas Gerais Rua Ita m bé, 40 B el,o H o rizonte - MG Compa n h i a LECO d e Laticín ios Rua Oscar J o nson S . J oão da Boa Vista - SP Edma rdo Afonso Oton i Laticínios U mu a ra m a Rua Fco . Wol h er5, 347 J oanópolis - S P . Walter Ru ben S u a rez Co'op . Centra l Prod . Leite Av . d o s A n d rad as, 675 Ltd a. Fáb. " Estre l a B ra n ca " J u iz de Fora - MG Maria J osé de O l iveira I d em J u iz d e Fora - MG Odécio P . Z . Sa lviato Da rex Prod . Q u ím icos e Plast . Ltd a . Rua Ara g u a ri , l 705 - s a l a 405 Belo H o rizo nte - MG Cybele Dha rma de Ara u j o T'orres Fund . Centro Tecnolóqico d e Min as Gerais - CETEC Av . J osé Cândido da S i lveira, s/n - Horto Belo H o rizonte - MG Ely A l ves de O l ive i ra ACAR - AtSs . Cred o e Ass ist . Rural Av . dos A n d radas, 367 - 3 . o B e l o H o rizonte - MG J osé d e S o uza Serafi m Fá b rica d e Prod utos A l i mentícios V i gor R . E n g . o Antôn io Penido, 1 034 Cruzeiro - S P G l a u co N a scimento d e Macedo S .P.A.M. Estrad a Luiz B u rgo, 1 5 Ma n h u a çu - MG José Gonzale5 Costa Coop. dos Prod. d e Leite ' Rua Maria Eugênia, 850 J u iz de Fora - MG de B enfica Ltd a . J osé Luiz d e O l ive i ra Laticínios B o a N ata I nd ústria e Oo mércio R . Ma rq uês d e Abra ntes , 224 Rio de J a neiro - RJ Fra n ci sco Aristeu H e n ri q u es Cia . I n d . d e Laticínios d o Ceará Av . Luciano Carneiro, 635 Forta l eza - C E Francisco S a m u e l H osken B a rbosa Marques R u a G raca Ara n ha , 573 Governador Va l a d a res - MG Ota cí l io Lopes Va rga s I L C T EPAMIG Rua Tene nte Freitas, 1 1 6 J u iz d e Fora - MG À MEMóRIA D E PONCIANO VASCO Ofto Frensel - O i n espera d o fa lecim ento, na flor da idade, aos 44 anos, qua ndo a i n da poderia tanto te r dado de si, do nos-so amigo e compadre Poncia no, n a q u e l a tarde do dia 30 de outubro do a n o pass ado, foi mais u m profundo choque q u e m u ito nos a ba l o u n a q u e l es dias fatíd icos , q u e tanta d o r n os causaram . Expl i cam ta mbém esta ta rd i a , mas s i n cera homenagem q u e presta mos ao a m i g o e compa d re d esa parecido, poi5, só lenta me nte nos C'onseÇJ u i mos recu pera r d esses d i a s aziagos . Como a nós tod os, seus a m i gos, e l e deixou desolada tS u a vi uva Terez i n h a e os dois fil hos E d u a rd o Antônio (de 10 a nos) e André (Luiz d e 7 a n os), este ú ltimo n osso afi l h a do, o qu a l tem como m a d r i n h a a g ra n d e té cnica laticin ista Pauti l h a G u i m a rães de Ca rva l h o . Nascido em A. mbato, no Equador, no d i a 1 6 de ma rço de 1 930, f i l h o de D, Aqu i l i no Vasco e D . Mariana Va-s co, am bos fa l ecidos, formou-se em 21 de d eze m b ro de 1 959 como Engenheiro Ag rô nomo na Facu ldade d e I n gen ieria Agronomica Y Med icina Vete rinaria d e la U n iversidad Centra l , em Quito, Equador . G raças a u m a bolsa d e estud os, con ced ida pela FAO, veio ao B ra s i l , frequenta n do o Cu rso de Especi a l ização em Laticín ios, no I nstituto de Lati cín ios " Câ n d i do Tostes", em J u iz de Fora (MG), e m 1 960 . Em 1 961 , como pri m e i ra atividade laticin ista, p restou serviç06 na fá brica de l eite em pó em G a ra n h u ns (PE), d a Com p a n h i a d e I nd u stri a l ização do Leite de Perna m b u co (Cl LPE1 . Prestou serviços de téc n i co laticin ista , na q u a l logo demonstrou p rofu n dos con h e cimentos na Fábrica de Leite em Pó da Compa n h i a Mineira de A l i mentação (COMA), em Va rq i n ha (MG), no período de 6etembro de 1 961 a maio d e 1 966 . No d i a 25 d e maio d e 1 963 casou -se com Te rezi n h a de Pa u l a G ríbel, fi l ha do ca sai amiÇJo J·oa q u i m Ma rci a n o d e Paula e J osina Gríbe l d e P a u l a , No período de j u n h o d e 1 965 a outubro de 1 966, cola borou na ACAR, em B e l o H o rizo nte (MG), com e6tá g i o n a U n iversidade Federa l d e Viçosa (MG) . De ,outu bro de 1 966 a j a n ei ro d e 1 968 p restou n ova mente serviços d e técni co lati c i n i sta na Fábrica de Leite em Pó da Cooperativa Centra l d e Laticín ios d o Estado d e São Pau lo, e m G u a rati n g u etá (SP) , F i n a l mente no dia 1 . 0 d e fevere i ro de 1 968 o Poncia no, atendendo convite d e Pauti l h a G u i m a rãe,s d e Carva l ho, i n g ressou n a E q u ipe Lati cin ista . d a ABCAR/I LCT, o n d e prestou assina l a dos serviços a t é o d! a . d e s e u t ? O p rem atu ro fa lecimento '. A Terez i n ha, ao E d u a rd o Anton iO, ao LU IZ Andre, e, a 06 seus d e m a i S pa rentes e a m i gos renova mOs as m a i s s i n ceras expressões de n osso pr.o fundo pesa r . digitalizado por arvoredoleite.org NO MERCADO AS A CO NTRÔ LE LEITEIRO �� • • • • p e r m item l e ituras s i m u ltân e a s d e p ê s o e vol u m e (q u i l o s e l itros). _... • m o stra d o r g ra d u a d o c o m es· c a l a s de 1 /4 de l itro e 1 00 grs .. p o d e m efetu a r m e d i d a s 20 l itro s e 20 q u i l o s . p o d e m s e r o p e ra d as com quer vasilha me. Um produto da até _��lÃ\® fá c e i s d e m a nej a r. pesam n ã o s o m e nte, o l e ite. a ss i m c o m o tod o o a l i m e nto d o g a d o l e i · te i ro (r a ç ã o . s a i's m i n e ra is, etc.), até o l i m ite d e 20 q u i los. Balanças p a ra co ntrôle l e itei ro G el o m i n a s a m e l h o r m a ne i ra d e aferir a produção e o va l o r d e suas vacas le i te i ras l - qual.. G E LOM I NAS S.A. 'INDÚSTRIA E COMÉRCIO Av. Olavo Bilac, 2001 - Juiz de Fora - MG C. Postal, 585 - - Tels.: 2-4867, 2-5148 e 2-5153 D u ra b i l idad e est i m ad a em 4 anos. o l ucro i nteressa, m as a h ig iene interessa tam bém. O l atão de l e ite am assado, e nfe rrujado e velho já n ão resiste mais. Ele é portad o r de bactérias e g e rmes que são d esprend idos pelo despl acamento d a ferru gem . O ác ido l át ico co rroe as paredes internas e o chum bo se destaca. As tam pas rosqueadas, devido ao atrito, desprendem ferro e estanho sôb re o l e ite. O baru l ho dos latões está tornando su rd o o seu pessoal e d a n if icando o p iso d as u s i n as. As reformas pe riód icas constantes, estão tomando l u c ro e tempo. O latão amassado t raz menos l e ite em , cad a v iagem . Confo rm e l evantam entos fe itos a "queb ra d e l e i te" é de 0,3 l itros p o r l atão . O q u e s i g n ifica em 1 .000 latões, 9.000 l itros de perda po r m ês. Faça o cálcu l o em 12 m eses! A sol u ção é M I L KA N ! H ig i ên ico, não amassa. não enferruja) não sofre co rrosão. É de pol iet i leno Al emão. Refi ita. É É im po rtante. claro que nós qu eremos vender o nosso M I L KAN para você, m as ele leva u m t remendo bem social . N ão acred itamos que l aticin ista algum, que i ra p red is po r a popul ação a m o l éstias o rgân icas) a l g u m as m u ito g raves. [cI*] Jacto MAQUI NAS AGRfCOLAS JACTO S.ft. Rua Dr. Luiz Miranda, 5 - Pompéia - São Paulo Escritório em São Paulo - Capital : Rua Júlio Cezar Dip, 37 Telefones : 52-7595 e 52-7326 - Barra Funda End. Telegráfico GELlSA digitalizado por arvoredoleite.org J1i. ' (.� BRAS VLANDA EQU I PJ'.JI1 E N TUS I N D U STR IAI S SA. C A I X A S POSTA I S : 1250 e 6 1 1 6 F O N E S : 24- 7522 e 23 -4563 TELEGR AMAS: I I BRASHOLANDA" 80000 -' C U R I T I B A PR - digitalizado por arvoredoleite.org