JIRAU E SANTO ANTÔNIO
USINAS HIDRELÉTRICAS DE RONDÔNIA
INTRODUÇÃO
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As usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio são
2 grandes obras do PAC no setor de energia;
Localizam-se na capital de Rondônia, Porto Velho, e
usam como matriz hídrica o Rio Madeira;
O objetivo da construção é suprir a demanda por
energia elétrica do Sudeste.;
Atualmente, 20% dos trabalhos estão concluídos.
Projeção da Usina de Jirau
Projeção da Usina de Santo Antônio
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JIRAU é administrada pela concessionária ESBR –
Energia Sustentável do Brasil, que por sua vez tem
consórcio com as empresas GDF Suez, Camargo
Corrêa, Chesf e Eletrosul;
A usina de SANTO ANTÔNIO é administrada pela
Santo Antônio Energia, em consórcio com Norberto
Odebrecht, Andrade Gutierrez, Companhia Energética
de Minas Gerais (Cemig) e Furnas Centrais Elétricas,
além de sócios quotistas como o Banco Santander;
Empresas menores prestam serviços aos consórcios.
A USINA DE JIRAU
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2ª maior hidrelétrica do Brasil em construção;
46 turbinas previstas, com projeto para mais 6, que
quando terminadas, somarão 3750 MW de potência
instalada;
Orçamento de R$ 10 bilhões;
Previsão de início do funcionamento antecipada para
dezembro de 2012;
Capacidade para abastecer cerca de 10 milhões de
casas;
Geração de 12000 empregos diretos;
Fornecimento de energia barata para o país (R$
71,37/MWh), sem detrimento do desenvolvimento
regional e ambiental.
A USINA DE SANTO ANTÔNIO
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Orçamento inicial de R$ 13,5 bilhões, com previsão
de investimentos extras;
44 turbinas do tipo bulbo, que fazem dela a 2ª
maior do mundo com esse tipo de turbina;
Potência instalada de 3150,4 MW;
Capacidade para abastecer 44 milhões de pessoas
no país;
Início de geração antecipado pela ANEEL para
dezembro de 2011;
10800 postos de trabalho diretos.
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O início das obras em Jirau e Santo Antônio
implicou maiores investimentos em Rondônia, na
área de transportes, infra-estrutura, saneamento,
empreendimentos, etc;
Muitos problemas, porém, acometeram o decorrer
das obras.
PROBLEMAS AMBIENTAIS
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Em 2009, a Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de
Rondônia cancelou a autorização das obras porque as
usinas invadiriam áreas de proteção ambiental;
Multas e embargo por parte do IBAMA, que alegava
transposição das áreas demarcadas, desmatamento
acentuado e extração ilegal de madeira;
Após negociações, as concessionárias conseguem licença
ambiental definitiva por parte do IBAMA, gerando
polêmica;
Protestos por parte da Bolívia, por impactos ambientais na
hidrologia do Rio e aumento de doenças como malária;
Problemas com extinção de peixes e áreas indígenas.
PROBLEMAS TRABALHISTAS
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Trabalhadores iludidos com promessas de salário alto;
Atrasos nos pagamentos e baixos salários;
Casos de regime de trabalho escravo e retenção da
Carteira de Trabalho e Previdência Social por até 120
dias;
Falta de equipamentos de proteção individual (EPI’s) e
coletivo (EPC’s);
Insalubridade, más condições sanitárias e superlotação
nos alojamentos dos trabalhadores;
Comida de baixa qualidade;
Prostituição e alcoolismo nos arredores da obra.
Algumas das péssimas condições
enfrentadas pelos trabalhadores de
Jirau e Santo Antônio
REAÇÃO DOS TRABALHADORES
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Greve dos funcionários, tentativa de linchamento dos
chefes, queima de ônibus e prisões;
Movimento
organizado
pelo
Sindicato
dos
Trabalhadores na Indústria da Construção Civil
(STICCERO) e Sindicato da Indústria da Construção
Pesada de Rondônia (SINICON);
Reunião promovida pelo Ministério Público do Trabalho
com as Empresas Construtoras das Usinas do Madeira;
Acertado reajuste salarial de 11,14%, trabalho aos
sábados opcional, visitas à família com dias abonados
e condições salubres no alojamento, além de boa
alimentação e plano médico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Condições de exploração da mão-de-obra são freqüentes
em regiões menos urbanizadas e fronteiriças;
Causas: Falta de informação do operário, a fragilidade das
instituições de apoio ao trabalhador e a coibição da
denúncia por parte dos empregadores;
A organização desses empreendimentos é classificada,
segundo Etzioni, como organização coercitiva, cujo controle
do poder é baseado na aplicação de ameaças físicas e
motivação negativa de punições;
Liderança imposta autoritariamente pelos contratantes e a
falta de acesso e comunicação entre funcionário e chefia
favoreceu esse poder coercitivo;
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Claramente há uma adequação às idéias defendidas
pela teoria clássica de Taylor, como o aumento da
produtividade sem aumento dos custos de produção e
organização racional do trabalho;
A “mecanização” do homem se deu de forma abusiva
da capacidade produtiva individual, em detrimento dos
incentivos salariais e materiais;
O lado social e psicológico de cada um foi ignorado;
Organização em grupos informais resultou na geração
de revolta e greves;
Questionamento: Qual a importância dos Sindicatos no
apoio ao trabalhador? Qual a efetividade das ações
tomadas pelos Sindicatos? Hoje os sindicatos possuem
credibilidade e espaço no cenário nacional?
BIBLIOGRAFIA
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http://www.energiasustentaveldobrasil.com.br/;
http://www.santoantonioenergia.com.br;
http://agenciabrasil.ebc.com.br/arquivo/node/34
9125;
http://www.rondoniaovivo.com/news.php?news=64
725;
http://portalexame.abril.com.br/ae/economia/tra
balhadores-jirau-santo-antonio-aprovam-proposta541128.shtml;
Todos os sites foram acessados em 06/09/10.
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