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Por to Alegre, 9 de novembro de 2012 / nº 45 / Ano X VII / www.fiergs.org.br
R egião Sul precisa investir
R$ 15,2 bilhões em infraestrutura
que os investimentos necessários para as
obras de infraestrutura apontadas”, disse
Müller, nesta segunda-feira, na sede da entidade, quando o trabalho foi apresentado
à Bancada Federal gaúcha, a empresários e
à imprensa.
Segundo o presidente da FIERGS, o custo
logístico do Brasil – que engloba transporte,
estoque e armazenagem – chega a 15,4%
do Produto Interno Bruto, de acordo com
projeções do Banco Mundial. “Outras fontes
asseguram uma colocação ainda pior, em
torno de 17% do PIB, e no Rio Grande do Sul,
chegaria a 18% do PIB estadual. Enquanto
isto, o custo logístico nos Estados Unidos
é de 8,5% do PIB e a média dos países que
integram a Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico atinge 9%.
Para o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, os três Estados e
seus parlamentares têm a obrigação de
trabalhar de forma planejada, desprovidos de interesses partidários. “A Região
Sul tem sido vitoriosa nos últimos anos na
viabilização de investimentos, como é o
caso das duplicações das BR-101, BR-392
ou da BR-448, que irá desafogar o tráfego
na BR-116”, citou Maia.
O secretário de Infraestrutura e Logística
do Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque,
representando o governador Tarso Genro,
também destacou os prejuízos da não realização das obras sugeridas pelo Sul Competitivo. “Vamos incluir estes projetos no
Plano Estadual de Logística e Transporte do
Rio Grande do Sul, atualizado anualmente
de acordo com os movimentos econômicos
mundiais e vocações produtivas do Estado,
com recursos do Banco Mundial”, garantiu
Albuquerque.
Foto: Dudu Leal
As 51 obras prioritárias para a infraestrutura de transporte da Região Sul necessitam de um total de R$ 15,2 bilhões em
investimentos até 2020. “Se nada for feito,
haverá um colapso na nossa infraestrutura e
logística”, alertou o presidente da Federação
das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor
José Müller, durante o lançamento do Sul
Competitivo, que contou com as presenças
do presidente da Câmara dos Deputados,
Marco Maia, e do secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque.
No total de 2 mil páginas, o estudo alinha
177 projetos que podem destravar os nós
logísticos. “É preciso a união dos governos
estadual e federal, dos parlamentares e do
setor produtivo para resolver os gargalos
que impedem a competitividade de toda
a Região Sul do Brasil. O estudo mostra
que o custo de não fazer é muito maior do
Deputados Renato Moling (E),
coordenador da Bancada Gaúcha,
Marco Maia , presidente da
Câmara dos Deputados, e o
secretário Beto Albuquerque (D)
durante a apresentação
do projeto por Heitor José Müller
FIERGS apresenta Sul Competitivo
à B ancada F ederal G aúcha
mapa de prioridades, ou seja, sabemos por
onde começar e a dimensão de cada etapa
a ser vencida e o seu impacto competitivo”,
argumentou Müller.
Para o coordenador da Bancada Federal, deputado Renato Molling, a iniciativa
é importante para que o setor empresarial
tenha condições de igualdade em conquistar
espaço no mercado global: “O formato das
Parcerias Público Privada (PPPs) pode ser
um caminho rápido e eficiente. Os recursos
públicos não são suficientes para fazer no
tempo certo o que precisa ser feito”. Molling
salientou que as propostas também podem
pautar as emendas parlamentares.
O Sul Competitivo foi apresentado a
empresários gaúchos em evento conduzido
pelo coordenador do Conselho de Infraestrutura da FIERGS, Ricardo Portella Nunes.
O diretor da Macrologística, empresa responsável pelo levantamento, Olivier Girard,
mostrou o detalhamento do estudo.
Foto: Dudu Leal
O lançamento do estudo Sul Competitivo, nesta segunda-feira, na FIERGS, foi
precedido de uma reunião com a Bancada
Federal Gaúcha para tratar das questões de
infraestrutura e logística. “Nosso propósito
é o de colaborar, através do diálogo franco e
aberto, posicionando claramente os interesses do setor industrial no desenvolvimento
sustentado do Rio Grande do Sul e do País”,
afirmou o presidente da FIERGS, aos 11
parlamentares presentes. “Temos agora um
Empresários do Estado conheceram detalhes do levantamento durante evento realizado na sede da FIERGS
será integrado a programa nacional de logística
O presidente da FIERGS, Heitor José Müller, entregou ao presidente da Empresa de Planejamento e Logística – estatal que administra
o sistema de transportes brasileiro –, Bernardo Figueiredo, uma
cópia do levantamento Sul Competitivo, que aponta as principais
necessidades de investimentos em infraestrutura logística nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná até 2020, para
evitar que haja um colapso na região.
A entrega aconteceu durante a abertura do 1º Encontro Nacional do Setor da Construção Pesada (Ensecope), promovido pelo
Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e
Obras de Terraplanagem em Geral no Estado do Rio Grande do Sul
(Sicepot), que reuniu empresários do segmento no hotel Deville, em
Porto Alegre, nesta terça-feira. “O Brasil não pode esperar mais para
reverter o déficit de infraestrutura. Estudos como esse, elaborado
pelas indústrias do Sul e Confederação Nacional da Indústria, serão
validados para a criação de um programa integrado de logística,
que envolva toda a cadeia produtiva do País”, comprometeu-se
Figueiredo.
Presidente da FIERGS entregou uma
cópia do trabalho a Figueiredo (E)
Na visão do presidente da FIERGS, “o dinamismo necessário
para execução desses projetos será alcançado através de modelos
de parcerias entre os governos e a iniciativa privada”. Em sua participação na abertura oficial do evento, Müller também destacou
que o setor industrial tem claros exemplos de que não adianta ser
competitivo apenas internamente, “se, ao deixar os portões das
fábricas, não encontramos os meios adequados para levar nossos
produtos até o consumidor final”.
Foto: Dudu Leal
E studo
Cuba abre espaço para a
indústria do R io G rande do S ul
a
Heitor José Müller convidou Celia Labora para vir ao Estado
nas áreas farmacêutica, petroquímica e de equipamentos hospitalares. Além disso, lembrou do Programa mais Alimentos Cuba para
a modernização da agricultura. Há um crédito de US$ 200 milhões
para implementar o programa e equipar os produtores agrícolas
daquele país. Nove empresas gaúchas são expositoras na Fihav 2012,
que termina neste sábado, em um estande montado pela Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
O governador Tarso Genro anunciou que as empresas gaúchas
terão uma linha de R$ 40 milhões, do Badesul, para financiar as
exportações ao país caribenho. O Estado planeja ampliar as vendas
especialmente no setor de alimentos e máquinas e implementos
agrícolas. “Oferecemos a possibilidade de Cuba abrir um escritório
no Rio Grande do Sul e, a partir de lá, gerenciar seus negócios com
o Brasil e o Mercosul”, informou Tarso Genro.
Energia eólica
Durante a viagem a Cuba, o diretor da Odebrecht e do Centro
das Indústrias do Rio Grande do Sul (CIERGS) Alexandrino de Alencar
anunciou que a empresa construirá um parque eólico em Cassino, na
cidade de Rio Grande. O investimento total será de R$ 400 milhões.
Foto: Divulgação FIERGS
Um novo mercado a ser ampliado e aproveitado pela indústria
gaúcha. Esta deverá ser a consequência principal da visita a Cuba
de uma comitiva institucional e empresarial do Rio Grande do Sul,
liderada pelo governador Tarso Genro, e que se encerrou nesta
segunda-feira. O resultado da missão é a possibilidade de a diretora
de relações internacionais da Câmara de Comércio de Cuba, Celia
Labora, visitar o Estado ainda este ano, a convite do presidente da
FIERGS, Heitor José Müller. “Este país está se abrindo para o mundo. Quem chegar primeiro, beberá a água limpa”, resumiu Müller,
integrante da missão que participou, ainda, da abertura da 30ª Feira
Internacional de Havana (Fihav 2012), o principal evento multissetorial daquele país.
Durante sua manifestação no Encontro Rio Grande do Sul-Cuba,
organizado pela Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do
Investimento (SDPI) e pela Agência Gaúcha do Desenvolvimento
e Promoção do Investimento (AGDI) do governo do Estado, Heitor
José Müller aconselhou os empresários do Estado a abrirem os olhos
para este novo mercado – atualmente, algumas fábricas de calçados
gaúchas exportam para Cuba.
Além disso, as indústrias gaúchas Randon, Medabil, Gerdau, Ciber
e Stemac são fornecedoras da Odebrecht no Porto de Mariel, financiado pelo BNDES e já em construção. Localizado a 45 quilômetros
da capital Havana e com término previsto para 2014, será o maior da
região do Caribe e receberá navios de grande porte para transporte
de cargas. A gestão caberá à administradora PSA, de Cingapura.
Para Heitor José Müller, é importante neste momento estabelecer
contatos e mostrar a força produtiva gaúcha.“Enquanto produzimos
mais na agricultura e na agroindústria, Cuba tem nos serviços três
quartos do seu PIB”, destacou. “Há uma sinalização para mudanças
positivas na sua economia. Existem instituições público-privadas,
por exemplo”. Müller ressaltou, ainda, um ponto em comum entre
o país e o Estado. “A população de Cuba (11 milhões de habitantes)
é quase a mesma do Rio Grande do Sul”, observou.
O industrial citou alguns dos acordos celebrados por parte dos
governos brasileiro e cubano e comentou sobre a troca de interesses
Foto: Caco Argemi/Palácio Piratini
V isita
Comitiva de
empresários
gaúchos visitou o
Porto de Mariel,
construído pela
brasileira Odebrecht
D iferentes
setores do
Estado
começam
a ingressar no mercado cubano
O secretário do Desenvolvimento e Comércio Exterior do Brasil, Alessandro Teixeira,
destacou a evolução dos negócios em Cuba.
“As exportações brasileiras não chegavam
a US$ 60 milhões e hoje estão em US$ 550
milhões. Tínhamos um investimento em
Cuba abaixo de US$ 200 milhões e hoje são
mais de US$ 1 bilhão na economia cubana”,
afirmou.
Em 3 de novembro, ocorreu uma degus-
tação de vinhos gaúchos para sommeliers e
importadores cubanos. Os produtores estão
de olho especialmente nos hotéis que recebem turistas em Cuba. A carne de frango do
Estado também procura ampliar seu espaço
para os consumidores da ilha.
Uma loja que venderá calçados das marcas gaúchas Piccadilly, Di Vitrini e Divalesi,
todas da rede Shoes Export, foi inaugurada
em Havana durante a Fihav.
Foto: Divulgação FIERGS
As fabricantes de máquinas e implementos agrícolas do Rio Grande do Sul
já abriram portas para exportar a Cuba.
Agrale, Lavrale e Stara são três empresas do
Estado que fazem negócios naquele país.
O gerente comercial da Lavrale, Alexandre
Pedó, entregou ao ministro de Comércio e
Exterior e Investimento Estrangeiro cubano,
Rodrigo Malmierca Diaz, carta de intenções
da Agrale – integrante, junto com a Lavrale,
do Grupo Francisco Stédile, de Caxias do Sul
– para vender produtos e, inclusive, instalar
uma fábrica no distrito industrial do Porto
de Mariel, que deve ser concluído em 2014.
A Stara vende para os cubanos desde 2006.
O presidente do Sindicato das Indústrias
de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio
Grande do Sul (Simers), Cláudio Bier, avaliou
a importância de uma empresa 100% gaúcha
se instalar em Cuba.“Teremos a possibilidade
de abastecer um mercado promissor, o que
será muito benéfico para o governo cubano,
para as famílias cubanas, para a indústria
gaúcha e, consequentemente, para a economia nacional”, disse Bier.
Calçados Piccadilly é uma
das marcas gaúchas que
abriu uma loja em Havana
vendas DO RS PARA CUBA
exportação rio Grande do Sul (2011) US$
%
Tortas e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja
84.486.004
44,86
Arroz
22.739.89112,08
Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas preparações alimentícias
15.721.086
8,35
Soja, mesmo triturada
13.080.027
6,95
Óleo de soja e respectivas fracções, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados
8.649.255
4,59
Outros móveis e suas partes
6.683.002
3,55
Milho
6.535.1003,47
Construções pré-fabricadas
5.527.825
2,94
Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105
4.503.348
2,39
Outro calçado com sola exterior e parte superior de borracha ou plástico
3.451.801
1,83
Subtotal
171.377.33991,00
Outros
16.940.3599,00
Total
188.317.698100,0
A tividade
Após dois meses de crescimento, a atividade da indústria gaúcha desacelerou 0,6%
em setembro, ante agosto, com os ajustes
sazonais. “O comportamento do setor vem
se alternando entre altos e baixos ao longo
do ano. Apesar das medidas de estímulo do
governo, tais como redução dos juros e incentivos fiscais, as dificuldades estruturais têm
sido maiores, com destaque para alta carga
tributária, infraestrutura precária, falta de
mão de obra qualificada e elevados custos do
trabalho”, avaliou o presidente da Federação
das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor
José Müller, nesta quarta-feira, ao divulgar
o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS).
Todas as variáveis que compõem o indicador ficaram negativas na passagem de
agosto para setembro: horas trabalhadas na
produção (-1,1%), utilização da capacidade
instalada (-0,3%), compras (-0,2%), faturamento (-0,1%). A massa salarial (-1,4%) e o
industrial volta a cair
emprego (-0,4%) registraram a quinta e a
oitava queda no ano, respectivamente.
Quando setembro é comparado com
o mesmo mês do ano passado, a atividade industrial soma uma retração de
2,4%, influenciada principalmente pelo
calendário com menos dias úteis. Dos 16
setores industriais pesquisados, os que
mais evoluíram foram produtos de madeira (22%), tabaco (13,2%) e máquinas,
aparelhos e materiais elétricos (11,8%). As
maiores retrações vieram de Metalurgia
Básica (-21,8%), Produtos Têxteis (-10,7%)
e Couro e Calçados (-7,4%).
Indicadores do RS
Variações percentuais (%)
Mês*Mês/acumulado
Mês**
no ano
Índice de desempenho industrial
-0,6
-2,4
-0,6
Faturamento real
-0,1
-1,8
0,1
Compras Totais
-0,2
-4,3
-4,0
Emprego
-0,4-2,5
-1,4
Massa salarial
-1,4
0,7
5,5
Horas Trabalhadas na Produção
-1,1
-6,2
-3,1
U.C.I
-0,3-0,5
-1,3
*Em relação ao mês anterior (dessazonalizado)
**Em relação ao mesmo mês do ano anterior
Secretário
apresenta S istema de M onitoramento
a ser instalado na R egião M etropolitana
Foto: Dudu Leal
O Sistema Integrado Metropolitano de Comunicação e Monitoramento (SIM-COM), ferramenta de combate a furtos e roubos de
veículos e de cargas, foi apresentado à Federação das Indústrias
Os
debates do
do Rio Grande do Sul pelo secretário da Segurança Pública, Airton
Michels, durante a Reunião de Diretorias FIERGS/CIERGS, nesta
terça-feira (foto). O SIM-COM executará um “cercamento eletrônico”
em parte da Região Metropolitana de Porto Alegre.
O sistema reúne câmeras, rádios, iluminadores infravermelho,
postes, loops de detecção de passagem de veículos e software de
análise. Com essa estrutura, todos os veículos que cruzarem pelas
câmeras serão fotografados e as imagens, imediatamente cruzadas
com arquivos de carros roubados ou furtados. Um alarme dispara nas
centrais de monitoramento sempre que um veículo nessas condições
for identificado. Conforme Airton Michels, o Estado busca o apoio
da FIERGS porque é essencial que a sociedade participe na criação
e desenvolvimento de soluções para problemas que são de todos.
Michels esteve acompanhado do diretor-geral da Secretaria, Saulo
Faganello, e do delegado Carlos Sant’Ana, coordenador do projeto.
O custo do projeto será de quase R$ 24 milhões.
O secretário também enumerou os investimentos do governo
do Estado para enfrentar a grave situação penitenciária.
Congresso Internacional
de I novação e a economia criativa
O 5º Congresso Internacional de Inovação, promovido pelo IEL-RS, Sesi-RS e Senai-RS, mobilizou
mais de 2 mil pessoas durante dois dias, no mês passado, na FIERGS. Em debate, a economia criativa,
com novos produtos, processos e serviços geradores de mais renda e melhor qualidade de vida. Este é
o tema da reportagem principal da revista Indústria em Ação de novembro. A edição deste mês publica
ainda uma entrevista com o filósofo e educador Bernardo Toro e a cobertura completa do Congresso
Internacional de Responsabilidade Social Empresarial.
Indústria em Ação é uma publicação mensal do Sistema FIERGS e pode ser acessada pelo portal
www.fiergs.org.br.
apresentam potencial econômico
As razões pelas quais o governo brasileiro deve optar pelos caças Gripen NG, de
fabricação sueca, na aquisição de 36 aviões
para a Força Aérea Brasileira (FAB), foram
apresentadas pela empresa Saab neste terça-feira, na sede da Federação das Indústrias
do Rio Grande do Sul (FIERGS). O workshop
“Saab, sua parceira para Inovação e Tecnologia. Oportunidades de Negócios na Área de
Defesa, Brasil-Suécia” também abriu espaço
para reuniões entre empresários gaúchos e
executivos da companhia.
Na abertura do evento, o embaixador da
Suécia no Brasil, Magnus Robach, se definiu
como“representante do maior e mais exigente cliente da Saab”. Lembrou a credibilidade
das 80 empresas do país nórdico com filiais
no Brasil, e que empregam um total de 60
mil pessoas. Em relação ao Rio Grande do
Sul, citou a indústria de celulose Stora Enso
e seus “importantes investimentos” no polo
florestal. “A Suécia é um dos países mais
inovadores do mundo e 4% do seu PIB é direcionado à pesquisa e à inovação”, observou.
“É preciso olhar além dos centros tradicionais
no Brasil, e desenvolver um eixo econômico
importante sueco/gaúcho”.
O brigadeiro Raul Ferreira Dias, representante do Comitê da Indústria de Defesa
e Segurança (Comdefesa) da FIERGS, ressaltou a importância do encontro para levar
Foto: Dudu Leal
Suecos
Embaixador da Suécia no Brasil, Magnus Robach, destacou o perfil inovador de seu país
a indústria do Rio Grande do Sul a atuar
em estratégias integradas para identificar
parceiros na área de defesa.
O presidente da Saab no Brasil, Âke
Albertsson, traçou um breve histórico da
empresa no País e dos projetos para os
próximos anos. Coube ao diretor Bengt
Janér apresentar as potencialidades do
grupo sueco. Informou que 26% do total
das suas vendas mundiais são direcionadas
à aeronáutica e que, atualmente, os caças
Gripen são operados, além da Suécia, por
países como África do Sul, Hungria, República
R epública Tcheca
Checa, Tailândia, e na escola de pilotos do
Reino Unido.
Pela proposta da Saab ao Brasil, caso
sejam os escolhidos pelo governo brasileiro
(as outras concorrentes são a americana
Boeing e a francesa Dassault Rafale, que já
se apresentaram anteriormente na FIERGS),
os 36 caças Gripen NG terão 40% de suas
atividades de desenvolvimento realizadas
por empresas brasileiras, além de 80% da
produção das estruturas da aeronave (como
asas e segmentos da fuselagem) em indústrias nacionais.
quer
intensificar relações comerciais
Foto: Dudu Leal
As relações comerciais entre a República Tcheca e o Rio Grande
do Sul são modestas, e ainda existe bastante potencial para crescimento. Com esta avaliação, o embaixador do país europeu no Brasil,
Ivan Jancarek, demonstrou interesse em conhecer melhor a situação
econômica atual do Estado, em particular as oportunidades da
indústria. Jancarek esteve na FIERGS, nesta segunda-feira, quando
foi recebido pelo diretor da FIERGS e coordenador do Conselho de
Relações Internacionais e Comércio Exterior (Concex), Cezar Müller.
O comércio bilateral é favorável à República Tcheca. Em 2011, o
RS exportou US$ 9,46 milhões ao país, três vezes menos do que as
importações, que alcançaram US$ 27,4 milhões, números que colocam
esta nação na 19ª colocação no ranking das exportadoras de produtos
gaúchos e no 11º lugar entre as importadoras. Cezar Müller destacou
para o embaixador que a indústria gaúcha é diversificada e que o
foco atual do País e do Estado é a competitividade. Lembrou que a
FIERGS trata de pontos fundamentais para o bom desempenho da
atividade industrial, como o câmbio, juros, logística e questões como
burocracia e facilidade para investimentos.
Ivan Jancarek esteve acompanhado de Pavel Procházka, cônsul
geral em São Paulo, e de Martin Jiri Musel, cônsul honorário em
Porto Alegre.
Ivan Jancarek (E) deseja
conhecer melhor a
indústria gaúcha
O limpíada do Conhecimento reúne
640 competidores em São Paulo
A delegação do Senai gaúcho embarca
neste domingo para a etapa nacional da
Olimpíada do Conhecimento, que será de
12 a 18 de novembro, no Anhembi em São
Paulo, com 39 competidores, que disputarão
33 ocupações. São os vencedores da fase
estadual, realizada durante todo o mês de
maio em diversas cidades gaúchas, que
teve a participação de 140 alunos do Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial do Rio
Grande do Sul, divididos em 38 modalidades.
A Olimpíada do Conhecimento é a maior
competição de educação profissional das
Américas. O torneio, promovido pelo Senai
a cada dois anos, reúne estudantes de cursos técnicos e de formação profissional da
instituição e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Na competição,
os jovens são desafiados a executar tarefas
do dia-a-dia das empresas, dentro de prazos
e padrões internacionais de qualidade. Vencem aqueles que alcançarem as melhores
notas nos quatro dias de prova. Este ano
serão 640 competidores que disputarão 54
modalidades profissionais.
O treinamento dos alunos gaúchos
chegou a ultrapassar 40 horas semanais,
com foco no desenvolvimento das tarefas
que integram a disputa na capital paulista.
É o caso de Henrique Baron, de 19 anos,
classificado na modalidade de Mecatrônica.
Acompanhado de seu parceiro de prova,
Maurício Zangali Toigo, o aluno do Centro
G estão
Tecnológico de Mecatrônica Senai de Caxias
do Sul treinou cinco vezes por semana, em
períodos que variam entre oito e 11 horas.
Nessa fase, ele dividiu a dedicação entre as
aulas de Engenharia Mecânica, na Universidade de Caxias do Sul (UCS), e os ensaios
para a 7ª Olimpíada do Conhecimento.
Baron e Toigo também contam com um
reforço importante. Christian Alessi, um dos
ganhadores da medalha de ouro, na mesma
categoria, no WorldSkills 2011, a disputa
internacional que, no ano passado, ocorreu
em Londres, é o treinador da dupla. “É uma
experiência muito válida contar com as dicas
de um vencedor. Ele vivenciou as mesmas
situações que estamos passando e sabe o
que nos dizer para contribuir”, avalia Baron.
Outro exemplo é Guilherme de Vasconcelos Ferreira, da categoria Fresagem CNC,
que desde o final da etapa estadual está em
treinamento. Estudante do Centro de Educação Profissional Senai Antônio Jacob Renner,
de Canoas, realizou uma parte do treino
no Senai Lindolfo Collor, de São Leopoldo.
“Participar já é uma grande felicidade, mas a
expectativa é grande. Na minha modalidade,
o Rio Grande do Sul não tem um histórico na
competição. Minha meta e do meu treinador,
claro, é conseguir uma boa classificação e
modificar esse fato”, projeta.
Os melhores estudantes representam
o Brasil no WorldSkills, torneio mundial de
competência profissional.
de
Pessoas
Destinado a diretores, executivos e profissionais da área, o Sindicato das
Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico de São
Leopoldo promove, com apoio do IEL-RS, dia 13 de novembro, o Meeting Gestão de
Pessoas, que será realizado na sede da entidade (rua José Bonifácio, 204/4º andar).
Informações pelo site www.sindimetalrs.org.br .
R elações
do
Trabalho
O Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) realizou nesta sexta-feira
o curso “Como Evitar Problemas Trabalhistas?”, destinado a empresários, na CIC de
Caxias do Sul. O PDA, realizado em parceria entre o IEL-RS, CNI, FIERGS e Sindicatos
industriais, prepara lideranças industriais no Rio Grande do Sul buscando estimular
representantes empresariais a pensar estrategicamente, tanto em suas empresas
como nas entidades representativas. O programa abrangeu rotinas trabalhistas na
admissão, na vigência de contrato, na rescisão de contrato, entre outros temas.
AGENDA
Base Florestal e Moveleira
O 11º Encontro da Cadeia Produtiva de
Base Florestal e Moveleira será realizado no dia 21 de novembro, na sede
da FIERGS. As inscrições são gratuitas
e poderão ser realizadas pelo email
[email protected]. Entre os temas
a serem tratados durante o evento estão
Resíduos Sólidos na Indústria Moveleira,
Distribuição das Florestas Plantadas no
Rio Grande do Sul e Uso Alternativo de
Madeira – Floresta Plantada. Informações pelo telefone (51) 3347-8791.
BNDES
O BNDES apresenta seus produtos e
linhas de créditos desenvolvidas para
micro, pequenas e médias empresas
em palestra que será realizada no dia 23
de novembro, no Salão de Convenções
da FIERGS, a partir das 9h. A entrada é
gratuita e as vagas, limitadas. O Sistema
FIERGS mantém um posto de atendimento do banco dentro de sua sede,
na Av. Assis Brasil, em Porto Alegre.
Informações: (51) 3347-8566.
coreia do sul
A FIERGS, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN-RS), e o governo
do Estado do Rio Grande do Sul, em
parceria com a Korea International Trade
Association (Kita), realizam uma rodada
de negócios com empresas coreanas.
Será no dia 23, das 10h às 14h30min, na
FIERGS. Inscrições junto ao CIN-RS. Informações podem ser obtidas pelo telefone
(51) 3347-8675 ou pelo site
www.cinrs.org.br.
Meeting de Alimentos
O Sistema FIERGS, por meio do IEL-RS
e Centro de Excelência em Tecnologias
Avançadas Senai, promove em 26 de
novembro, em parceria com a AGDI,
Unisinos e Sindicatos das Indústrias de
Alimentação do Estado do Rio Grande
do Sul (SIA-RS), o VI Meeting de Inovação
em Alimentos, na sede da Federação
das Indústrias do RS. Palestras como
Slow Food Sul, Clean Label e a Indústra
de Alimentos e Desenvolvimento de
Produtos Lácteos Premium integram
o programa. Informações e inscrições
www.ielrs.org.br/alimeeting.
e confraternização em
três dias na
A superação, a união e a confraternização foram as principais lições dos três dias
de competição da 27ª Olimpíada do Sesi,
realizada de 2 a 4 de novembro, em Caxias
do Sul. Foram 1,2 mil atletas trabalhadores
de 118 empresas de 46 municípios de todas
as regiões do Estado, que se dividiram entre
o Centro Esportivo do Sesi, Universidade de
Caxias do Sul, Fundação Marcopolo, Bohrer
Tennis e Capuchinho. “Os valores do esporte
são importantes também em uma empresa”,
lembrou o diretor-superintendente do Sesi-RS, Edison Lisboa. “A união e o espírito de
equipe se refletem no dia-a-dia”, disse. “Há
um sentimento que não está vinculado ao
salário ou ao produzir, são valores intrínsecos
entre o trabalhador e a indústria”, destacou o
presidente do Conselho Consultivo do Sesi
de Caxias do Sul, Orlando Marin.
Pela primeira vez em uma Olimpíada
Estadual do Sesi, Dilon Bittencourt, de 56
anos, jogou futsal sênior pela Refap, empresa
na qual trabalha há 26 anos como assistente
administrativo. “Estou achando muito legal
participar da festa e da confraternização”,
Olimpíada
contou. Dilon disse que o futebol sempre
esteve na sua vida, e, justamente por isso,
“apesar dos excessos”, consegue manter uma
boa saúde e qualidade de vida.
Já a operadora de máquinas da Voges
Ediane Schmitz participou, em Caxias do
Sul, de sua quarta olimpíada e segue para
Blumenau no final do mês para representar
o Rio Grande do Sul no futsal feminino e no
atletismo durante os Jogos Regionais do
do
Sesi
Sesi – Sulbrasileiro. “Representar a empresa
onde a gente trabalha no Estado e no País
muda a relação. Passamos a sentir ainda mais
orgulho e amor”, explicou.
Os vencedores da 27ª Olimpíada Estadual
do Sesi vão representar o Estado nos Jogos
Regionais do Sesi – 26º Sulbrasileiro, em
Blumenau (SC), nos dias 30 de novembro, 1º
e 2 de dezembro. Os resultados da Olimpíada
estão em www.sesirs.org.br/lazer.
Foto: Dudu Leal
Superação
Caxias do Sul recebeu
1,2 mil atletas de todo o
Rio Grande do Sul
E sporte Cidadania será
neste sábado em C anoas
O Sesi-RS, em parceria com a Rede Globo, promove neste sábado (10), das 9h às
17h, o Esporte Cidadania, no Centro Esportivo do Sesi de Canoas (rua Aurora,1.220).
O evento, que será realizado simultaneamente em 26 Estados brasileiros, terá como
tema Esporte – Um direito de todo cidadão. O Esporte e Cidadania tem entrada
gratuita e está aberto à comunidade. A programação inclui oficinas de esportes e de
pintura, aulas de ginástica no palco, jogo demonstração de basquete sobre rodas,
além de atividades com as crianças do Programa Atleta do Futuro, projeto do Sesi.
Também haverá degustação e orientação do Cozinha Brasil, escovódromo, avaliação
física e nutricional, verificação de pressão, escola de chimarrão, cidade de brinquedos
e shows artísticos.
O s 15 anos do Sesi
Crescendo com Arte
O Projeto Sesi Crescendo com Arte, que
apresentou esta semana a peça Jogos de
Inventar, Cantar e Dançar, com público de
1,8 mil crianças no Teatro do Sesi, completou
15 anos em 2012. Com ações educativas
gratuitas e oportunidade para crianças de
entrar em contato com diversos espetáculos
artísticos, favorecendo o desenvolvimento
sociocultural, despertando o interesse pela
arte e contribuindo para a formação de uma
plateia participativa e crítica, o projeto já
levou mais de 174 mil crianças ao teatro.
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S . E . M . A . N . A REGIÃO SUL PRECISA INVESTIR R$ 15