Domínios morfoclimáticos no
Brasil
Jaime e Juliano
2010
Introdução
• Dentre os diversos tipos de clima e relevo
existente no Brasil, observamos que os mesmos
mantêm grandes relações, sejam elas de
espaço, de vegetação, de solo entre outros.
Introdução
• Caracterizando vários ambientes a longo de
todo território nacional. Para entende-los, é
necessário distinguir um dos outros. Pois a sua
compreensão deve ser feita isoladamente.
Introdução
• Nesse sentido, o geógrafo brasileiro Aziz
Ab’Saber, faz uma classificação desses ambientes
chamados de Domínios Morfoclimáticos.
Introdução
• Este nome, morfoclimático, é devido às
características morfológicas e climáticas
encontradas nos diferentes domínios, que são 6
(seis) ao todo e mais as faixas de transição.
Introdução
• Em cada um desses sistemas, são encontrados
aspectos, histórias, culturas e economias
divergentes,
desenvolvendo
singulares
condições, como de conservação do ambiente
natural e processos erosivos provocados pela
ação antrópica.
Introdução
• Nesse sentido, este texto vem explicar e
exemplificar cada domínio morfoclimático,
demonstrando
sua
localização,
área,
povoamento, condições bio-hidro-climáticas,
preservação ambiental e economia local.
I – Domínio Morfoclimático
Amazônico
-> Situação Geográfica
• Situado ao norte brasileiro, o domínio
Amazônico é a maior região morfoclimática do
Brasil, com uma área de aproximadamente 5
milhões km² – equivalente a 60% do território
nacional – abrangendo os Estados:
I – Domínio Morfoclimático
Amazônico
• Amazonas, Amapá, Acre, Pará, Maranhão,
Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso.
Encontram-se como principais cidades desta
região: Manaus, Belém, Rio Branco, Macapá e
Santarém.
I – Domínio Morfoclimático
Amazônico
• Rios: apresenta a maior bacia fluvial da Terra
ocupando ¼ das terras da américa do sul
(Amazonas).
• Vegetação: predomina a floresta equatorial
Amazônica.
I – Domínio Morfoclimático
Amazônico
II – Domínio Morfoclimático dos
Cerrados
-> Situação Geográfica
• Formado pela própria vegetação de cerrado,
nesta área encontram-se as formações de
chapadas ou chapadões como a Chapada dos
Guimarães e dos Veadeiros, a fauna e flora ali
situada, são de grande exuberância, tanto
para pontos turísticos, como científicos.
II – Domínio Morfoclimático dos
Cerrados
• Vale destacar que é da região do cerrado que
estão três nascentes das principais bacias
hidrográficas brasileiras: a Amazônica, a SãoFranciscana e a Paranáica.
II – Domínio Morfoclimático dos
Cerrados
• Localizado na região central do Brasil, o
Domínio Morfoclimático do Cerrado detém
uma área de 45 milhões de hectares, sendo o
segundo maior domínio por extensão
territorial.
II – Domínio Morfoclimático dos
Cerrados
• Incluindo neste espaço os Estados: do Mato
Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Tocantins
(parte sul), de Goiás, da Bahia (parte oeste),
do Maranhão (parte sudoeste) e de Minas
Gerais (parte noroeste).
II – Domínio Morfoclimático dos
Cerrados
• Encontrado ao longo de sua área cidades
importantes como: Brasília, Cuiabá, Campo
Grande, Goiânia, Palmas e Montes Claros.
II – Domínio Morfoclimático dos
Cerrados
• Rios: Diminuem muito na época das secas e
transbordam na época das chuvas.
• Rios perenes com regime tropical, isto é, as cheias
ocorrem no verão e as vazantes no inverno.
• Solos: ácidos.
• Vegetação: Campos que apresentam árvores retorcidas
como cascas grossas.
III – Domínio Morfoclimático de
Mares de Morros
-> Situação Geográfica
• Este domínio estende-se do sul do Brasil até o
Estado da Paraíba (no nordeste), obtendo uma
área total de aproximadamente 1.000.000
km². Situado mais exatamente no litoral dos
Estados do:
III – Domínio Morfoclimático de
Mares de Morros
• Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, de
São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, da
Bahia, Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco,
da Paraíba; e no interior dos Estados, como:
São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e
Espírito Santo.
III – Domínio Morfoclimático de
Mares de Morros
• Rios: Muito importantes pelo grande potencial
hidrelétrico.
• Solos férteis.
• Vegetação: Predomina a Mata atlântica que está
muito devastada. Também apresenta campos e
cerrados.
IV – Domínio Morfoclimático das
Caatingas
-> Situação Geográfica
• Situado no nordeste brasileiro, o domínio
morfoclimático das caatingas abrange em seu
território a região dos polígonos das secas.
IV – Domínio Morfoclimático das
Caatingas
• Com uma extensão de aproximadamente
850.000 km², este domínio inclui o Estado do
Ceará e partes dos Estados da Bahia, de
Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da
Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí.
Tendo como principais cidades: Crato,
Petrolina, Juazeiro e Juazeiro do Norte.
IV – Domínio Morfoclimático das
Caatingas
• Rios temporários – predominantes.
• Solos: ricos em minerais e pobres em matérias
orgânicas.
• Vegetação: Arbustos espinhentos e cactos
além de árvores que perdem suas folhas nas
secas.
V – Domínio Morfoclimático das
Araucárias
-> Situação Geográfica
• Encontrado desde o sul paulista até o norte
gaúcho, o domínio das araucárias ocupa uma
área de 400.000 km², abrangendo em seu
território cidades importantes, como: Curitiba,
Ponta Grossa, Lages, Caxias do Sul, Passo
Fundo, Chapecó e Cascavel.
V – Domínio Morfoclimático das
Araucárias
• Rios: Importantes para a navegação e para
geração de eletricidades ( hidrelétricas).
• Solos: fértil.
• Vegetação: floresta dos Pinhais ou Araucária a
qual está muito devastadas.
V – Domínio Morfoclimático das
Araucárias
VI – Domínio Morfoclimático das
Pradarias
-> Situação Geográfica
• Situado ao extremo sul brasileiro, mais
exatamente a sudeste gaúcho, o domínio
morfoclimático das pradarias compreende
uma extensão, segundo Ab’Saber, de 80.000
km² e de 45.000 km² de acordo com Fontes &
Ker – UFV.
VI – Domínio Morfoclimático das
Pradarias
• Tendo como cidades importantes em sua
abrangência: Uruguaiana, Bagé, Alegrete,
Itaqui e Rosário do Sul.
VI – Domínio Morfoclimático das
Pradarias
• Rios de planícies.
• Vegetação: gramais que formam imensos
campo muito utilizado para a pecuária.
Faixas de Transições
• Encontrados entre os vários domínios
morfoclimáticos brasileiros, as faixas de
transições são: as Zonas dos Cocais, a Zona
Costeira, o Agreste, o Meio-Norte, as
Pradarias, o Pantanal e as Dunas.
Faixas de Transições
• Espalhadas por todo o território nacional,
constituem importantes áreas ambientais e
econômicas.
• Caaigapó: ou mata de igapó,
localizada ao longo dos rios nas
planícies
permanentemente
inundadas. São espécies do
Igapó a vitória-régia, piaçava,
açaí, cururu, marajá, etc.
• Mata de várzea: localizada
nas proximidades dos rios,
parte da floresta que sofre
inundações periódicas. Como
principais espécies temos a
seringueira
(Hevea
brasiliensis),
cacaueiro,
sumaúma, copaíba, etc.
Amazônia
Caaetê: ou mata de terra
firme, parte da floresta de
maior extensão localizada nas
áreas mais elevadas (baixos
planaltos), que nunca são
atingidas pelas enchentes.
Além de apresentar a maior
variedade de espécies, possui
as árvores de maior porte. São
espécies vegetais do Caaetê o
angelim, caucho, andiroba,
castanheira, guaraná, mogno,
pau-rosa, salsaparrilha, sorva,
etc.
Amazônia
O cerrado apresenta dois
estratos: o arbóreo-arbustivo
e o herbáceo. As árvores de
pequeno porte, com troncos e
galhos
retorcidos,
cascas
grossas e raízes profundas,
denotam raquitismo e lençol
freático profundo.
A produção de lenha e de
carvão vegetal continua a
ocorrer, apesar das proibições
e alertas, bem como da prática
das queimadas.
Cerrado
Ao
longo
dos
rios,
conseqüência
da
maior
umidade do solo, surgem
pequenas
e
alongadas
florestas, denominadas Matas
Galerias ou Ciliares. Essas
formações vegetais são de
grande importância para a
ecologia local, pois evitam a
erosão das margens impedindo
o assoreamento dos rios;
favorecem ainda a fauna e a
vida do rio.
Cerrado
A Zona da Mata ou litoral oriental
é
a
subregião
mais
industrializada, mais populosa,
destacando-se o solo de massapé
(calcário e gnaisse), com as
tradicionais lavouras comerciais
de cana e cacau. O Agreste
apresenta pequenas propriedades com policultura visando a
abastecer o litoral. O Sertão é
marcado pela pecuária em
grandes propriedades. Já o MeioNorte,
apresenta
grandes
propriedades com extrativismo.
Caatinga
Este domínio é marcado pelo
clima
tropical
semi-árido,
vegetação de caatinga, relevo
erodido, destacando-se o maciço
nordestino e a hidrografia
intermitente.
Um dos mitos ou explicações
falsas do subdesenvolvimento
nordestino é a afirmação de que
as secas constituem a principal
causa do atraso socioeconômico
dessa região. Na realidade, a
pobreza regional é muito mais
bem explicada pelas causas
históricas e sociais.
Caatinga
Caatinga
Além do São Francisco, existem vários
outros rios que drenam a Caatinga: os
rios intermitentes da bacia do Nordeste
como o Jaguaribe, Acaraú, Apodi,
Piranhas, Capibaribe, etc. Convém lembrar
que o rio São Francisco possui três apelidos importantes:
• Rio dos Currais, Rio da Unidade Nacional, Rio Nilo Brasileiro
A erosão, provocada pelo clima
tropical úmido, associada a um
intemperismo químico significativo
sobre
os
terrenos
cristalinos
(granito/gnaisse), é um dos fatores
responsáveis pela conformação do
relevo, com a presença de morros
com vertentes arredondadas (morros
em Meia Laranja, Pães-de-Açúcar).
Mares
de Morro
As terras altas do Sudeste
dividem as águas de várias
bacias hidrográficas: bacia do
São Francisco, bacia Paranaica
(Grande, Tietê, etc.), bacias
Secundárias do Leste (Paraíba
do Sul, Doce) e Sul.
As terras altas do Sudeste
dividem as águas de várias
bacias hidrográficas: bacia do
São Francisco, bacia Paranaica
(Grande, Tietê, etc.), bacias
Secundárias do Leste (Paraíba
do Sul, Doce) e Sul.
Mares de Morro
A principal paisagem vegetal
desse
domínio
era,
originariamente,
representada
pela mata Atlântica ou floresta
latifoliada tropical. Essa formação
florestal ocupava as terras desde
o Rio Grande do Norte até o Rio
Grande do Sul, cobrindo as
escarpas voltadas para o mar e os
planaltos interiores do Sudeste.
Apresentava, em muitos trechos,
uma vegetação imponente, com
árvores de 25 a 30 metros de
altura, como perobas, pau-d'alho,
figueiras, cedros, jacarandá,
jatobá, jequitibá, etc.
Mares de Morro
Com o processo de ocupação
dessas terras brasileiras, essa
floresta
sofreu
grandes
devastações. No início, foi a
extração
do
pau-brasil;
posteriormente, a agricultura
da cana-de-açúcar (Nordeste) e
a do café (Sudeste).
Mares de Morro
Atualmente
• Devido ao avanço da população e o uso desenfreados
dos recursos naturais do nosso país, desde o
descobrimento até hoje, várias áreas e seu bioma
praticamente desapareceram.
Amazônia
• Exploração de madeiras;
• Exploração de minerais;
• Agropecuária e extração da mata original através de
queimadas;
Caatinga
• Caça predatória dos animais;
• Queimadas;
• Desmatamento pela pecuária e antigamente plantio
extensivo de cana-de-açucar;
Campos
•
•
•
•
•
Agricultura intensiva;
Erosão;
Queimadas;
Pecuaria extensiva;
Caça indiscriminada
aos animais;
Pantanal
• Caça e pesca predatória dos animais;
• Exploração economicamente pelo
extrativismo animal e pecuária;
• Construções de
rodovias e garimpos;
• Queimadas;
ecoturismo,
manguezais
• Caça e pesca predatória;
• Poluição dos rios;
bibliográfia
• Pesquisem:
• http://www.cocemsuacasa.com.br/ebook/pag
es/1203.htm
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