ORIGEM DA MOEDA, POLÍTICA
ECONÔMICA E INTERMEDIAÇÃO
FINANCEIRA
Profa. MSc. Alethéia Ferreira
Objetivos
1. Analisar o fluxo circulatório da renda que uma
nação gera e suas repercussões no mercado de
capitais
2. Analisar os estágios de desenvolvimento da
economia desde os seus primórdios
3. Compreender os conceitos associados ao uso da
moeda
4. Revisar o conceito de política econômica e seus
principais desdobramentos
5. Compreender a intermediação financeira
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Atividade Econômica
Identificação dos Agentes Macroeconômicos:
- Famílias
- Governo
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- Empresas
- Setor Externo
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Atividade Econômica
Identificação dos Fatores de Produção:
- Trabalho
- Terra
- Capital
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Atividade Econômica
Identificação dos Bens e Serviços:
-Bens de Capital
Duráveis
- Bens de Consumo
- Bens Intermediários
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Não Duráveis
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Fluxo Circular de Renda da Economia
Fluxo Físico: Bens e Serviços
Fluxo Monetário
Gastos
Empresas
Famílias
Rendas (salários, juros, lucros e
aluguéis
Fluxo Monetário
Fluxo Físico: Fatores de Produção
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Processo Poupança-Investimento
POUPANÇA
Parcela da renda não consumida
EM FUNÇÃO DOS SEGUINTES FATORES:
•Capacidade de poupar
•Desejo de poupar
•Oportunidade de poupar
PODE GERAR
INVESTIMENTO
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Aplicação de recursos em algo lucrativo,
aumentando o estoque de riqueza
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Rendas, Investimento e Poupança
Renda interna – Produto Interno
Rendas
Renda nacional – Soma de todas
as rendas internas e externas
Renda líquida do exterior – dif da
vls enviados e recebidos do exterior
Renda pessoal – renda líq indiv.
Formação bruta de capital fixo
Investimento
Estoques
Poupança
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Parcela da renda economizada,
que não foi consumida na compra
de bens e serviços
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Rendas, Investimento e Poupança
• Renda interna: eqüivale ao produto interno da economia,
exprimindo o total das rendas geradas no interior do país.
• Renda nacional: soma de todas as rendas auferidas pelos
habitantes de um país, determinadas pelas operações
produtivas de caráter interno e externo.
• Renda líquida do exterior: diferença entre as rendas
recebidas do e enviadas ao exterior.
• Renda pessoal: é a renda efetivamente transferida às
pessoas e é calculada deduzindo-se da renda nacional os
lucros retidos pelas empresas, contribuições e benefícios
previdenciários, imposto de renda sobre as pessoas
jurídicas, etc.
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Incorporação do Processo de Financiamento
Rendas(salários, juros, lucros e aluguéis)
Oferta
Mercado de fatores
de produção
Demanda
Famílias
Empresas
Demanda
Mercado de bens
de capital e de bens
de serviços
Oferta
Despesas de bens e serviços
Poupança
Financiamento
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Mercado
Financeiro
Financiamento
Aplicações
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Incorporação do Governo
Pagamentos ($ 10.000)
Serviços
Famílias
Renda: $9.000
Empresas
Produção: $ 10.000
Bens e Serviços
($8.100)
Despesas de Consumo
Poupança
($900)
Mercado de Capitais
Investimento
($1.000)
Política Monetária
Impostos
($1.000)
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Governo
Política Fiscal
Investimento do
Governo
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($ 900)
Conceitos e Funções da Moeda
Instrumento ou
Meio de Troca
Promove e facilita
o intercâmbio de
bens e serviços
Medida de Valor
Permite apurar o
valor monetário
Reserva de
Valor
Meio de Pagamento
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Permite a manutenção de
patrimônio para uso posterior
Usada para pagar
bens e serviços
Diminuir dívidas
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Fases da Evolução da Moeda
1.
2.
3.
4.
5.
Troca de mercadorias (escambo)
Mercadoria moeda
Moeda metálica
Moeda-papel (dinheiro em papel)
Moeda escritural (depósitos à vista)
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Meio de Pagamento ou Agregados
Monetários
Os meios de pagamento representam todos os haveres com
liquidez imediata em poder do público, exceto o setor bancário.
São uma medida do nível de liquidez do sistema econômico, ou
seja, as necessidades do setor produtivo privado, para satisfazer a
suas transações com bens e serviços.
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Meio de Pagamento ou Agregados
Monetários
Papel-moeda
emitido
Moeda em
circulação ou
Meio
Circulante
Moeda
Em Poder
do Público
Moeda
Escritural ou
Bancária
=
=
Montante de moeda emitida em uma
economia
Papel-moeda
emitido
=
=
-
Encaixes do Banco Central
Moeda em Circulação
-
Caixa dos Bancos
Depósitos a vista do público junto
aos Bancos Comerciais
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Conceitos de Moeda
M1
=
Moeda em poder do Público
(+) Depósitos a Vista nos Bancos Comerciais
•Medida de avaliação do nível de liquidez do sistema econômico
•Os depósitos à vista desconsideram aqueles disponíveis nas Caixas
Econômicas
M2
=
Conceito M1
(+) Depósitos a Vista nas Caixas Econômicas
(+) Títulos Públicos colocados no Mercado
(+) Saldo de Fundos de Aplicação Financeira (Renda Fixa)
Quase-moeda ou não-monetários: negociados com deságio
em função da longa maturidade ou inadimplência
M3
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=
Conceito M2
(+) Depósitos em Cadernetas de Poupança
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Conceitos de Moeda
M4
=
Conceito M3
(+) Depósitos a Prazo Fixo (CDB, RDB)
(+) Letras de Câmbio e Letras Imobiliárias
- Expressa percentual do PIB da economia
- Aumento de M4 em relação a M1 evidencia processo inflacionário
M5
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=
Conceito M4
(+) Capacidade aquisitiva dos cartões de crédito
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Efeito Multiplicador da Moeda Escritural
O banco pode afetar a oferta monetária na economia. Esse fato
ocorre em duas situações, a saber:
a) Quando o banco mantêm 100% dos depósitos em reservas
monetárias. Neste caso a oferta monetária na economia não é
afetada.
b) Quando o banco empresta parte dos depósitos. Neste caso a
oferta monetária na economia é afetada.
Efeito Multiplicador da Moeda Escritural
– Ocorre em função da não-utilização total dos recursos
de forma simultânea por parte dos clientes e do
resultado do fluxo de entrada e saída desses mesmos
recursos
– De cada R$ 100,00 recebidos como depósito a vista, os
bancos necessitam deixar disponível, sob forma de
encaixa, apenas 3 a 5%; o restante podem utilizar para
realizar empréstimos para seus clientes e com isso
multiplicar a capacidade de pagamento dos mesmos
depósitos iniciais.
Efeito Multiplicador da Moeda Escritural
Encaixes
voluntários e
compulsórios
Injeção
Inicial
Novos
depósitos à
vista
Novas
Operações de
Empréstimos
Operações de
Empréstimos
Encaixes
voluntários e
compulsórios
Novos
depósitos à
vista
Efeito Multiplicador da Moeda x Depósito
Compulsório
– Quanto maior for o percentual do compulsório, menor é
o efeito multiplicador da moeda. Por que?
M=
D
E
Onde:
M = multiplicador bancário;
D = depósito inicial; e
E = encaixe voluntário ou obrigatório (%).
– Exemplo 1: Supondo-se uma injeção inicial de R$
100,00 de depósito em um banco e um compulsório de
10%, teríamos qual efeito total da multiplicação deste
depósito?
Efeito Multiplicador da Moeda x Depósito
Compulsório
Efeito multiplicador
Novo Depósito
Compulsório
Novo Empréstimo
Depósito inicial
R$ 100,00
R$ 10,00
R$ 90,00
Depósito 1
R$ 90,00
R$ 9,00
R$ 81,00
Depósito 2
R$ 81,00
R$ 8,10
R$ 72,90
Depósito 3
R$ 72,90
R$ 7,29
R$ 65,61
Depósito 4
R$ 65,61
R$ 6,56
R$ 59,05
...........
...........
.............
..........
Efeito total
R$ 1.000
R$ 100
R$ 900,00
– Um depósito de R$ 100,00 gera R$ 900,00 de
empréstimo
– Se não houvesse o depósito compulsório o banco
poderia emprestar os 100,00 livres e gerar um efeito
total de 1000,00
Exemplo 2 (Continuar Aula A partir daqui):
Vamos supor que o Banco A receba um depósito de $ 1.000 do
público e que esse banco faça um reserva de 10% sobre esse
depósito. O Banco A pode emprestar $ 900 para o Banco B. O
Banco B pode realizar o mesmo procedimento e assim por
diante para todo o sistema bancário. Numericamente temos:
Depósito
= $ 1.000
+ Empréstimo A/B = $ 1.000 . (1 - R) = $ 900
+ Empréstimo B/C = $ 1.000 . (1 - R)2 = $ 810
+ Empréstimo C/... = $ 1.000 . (1 - R)3 = $ 729
+ (...)
Oferta Monetária
$ 1.000 . [1+ (1 - R) - + (1 - R)2 + (1 - R )3 +...]
= $ 1.000 . 1/R
= $ 10.000
No limite, o depósito inicial de $ 1.000 acaba implicando um oferta
monetária total no sistema bancário de $ 10.000.
Aplicando a fórmula do multiplicador bancário:
D
M= 
E
Temos:
M = 1000 = 10.000
0,10
Intermediação Financeira
Processo de intermediação financeira funciona por meio da
transferência de recursos entre ofertantes e tomadores...
Agentes
econômicos
superavitários
Oferta
de
recursos
Intermediário
financeiro
Demanda
de
recursos
Captação  20% a.a.
(ofertador final)
Agentes
econômicos
deficitários
Aplicação  30% a.a.
(tomador final)
1,30
------ = 8,33 % a a (spread)
1,20
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Intermediação Financeira
A transferência de recursos entre agentes superavitários e
deficitários é viabilizada pela transformação de títulos
primários em secundários, tornando-os atrativos para os
poupadores e aumentando sua liquidez.
Existem dois tipos: simples e por repasse.
Agente
Superavitário
1
1
Intermediário
3
Agente
Deficitário
2
Simples: o intermediador não assume riscos da operação
Por repasse: o intermediador assume parte do risco
1 - Compra os títulos com a entrega de $
2 – Emite os títulos e recebe $
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3 – Emite títulos próprios e recebe $ ou
revende os títulos adquiridos e recebe $
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Processo da Intermediação Financeira
Fornecedores de
fundos
Pessoas Físicas
Pessoas
Jurídicas
Governos:
federal, estadual
e municipal
Intermediários
Financeiros
1 - Bancos
Investimento
Desenvolvimento
Comerciais
Múltiplos
2 - Caixas Econômicas
3 - Sociedade Crédito Imobiliário
4 – Seguradoras
5 - Fundos de Pensão
6 – Factoring
7 - Soc. Crédito Financiamento e
Investimento
8 - Soc. Arrendamento Mercantil
Tomadores de
fundos
Pessoas Físicas
Pessoas
Jurídicas
Governos:
federal, estadual
e municipal
ESTAS TRANSFERÊNCIAS SÃO VIABILIZADAS POR MEIO DE :
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MERCADOS FINANCEIROS
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Intermediação Financeira
• Vantagens:
- Conhecimento
especializado do
mercado de capitais
- Economias de escala
- Volumes suficientes
para diversificação e
estabilização de riscos
(pooling effect)
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• Funções
- Redução do risco
mediante intermediação
- Adequação às
necessidades de
emprestadores e
tomadores
- Gestão do mecanismo de
pagamentos
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Mercados Financeiros
Segmentos de intermediação financeira
Mercado monetário
Mercado de capitais
Mercado de crédito
Mercado cambial
Mercados Financeiros
Mercado monetário
Operações de curto e curtíssimo prazos
Permitem o controle da liquidez monetária
Papéis do Banco Central e Títulos de Estados e Municípios
Mercado monetário
Neste mercado, são negociadas, basicamente,
operações de curto e curtíssimo prazos.
A política monetária do Governo é executada por
meio desse mercado, com a compra e venda de
títulos emitidos pelo Banco Central:
 BBC – Bônus do Banco Central
 NBC – Notas do Banco Central
Mercados Financeiros
Mercado de crédito
Constituído por bancos comerciais e múltiplos
Supre necessidades de curto e médio prazos
Concessões de crédito por empréstimos e financiamentos
Mercado de crédito
É o mercado principal onde os tomadores de
recursos se relacionam com os intermediários
financeiros, para suprir as necessidades de capital
de giro e as necessidades de financiamento de bens
e serviços.
Exemplos de operações de crédito:
¨ empréstimos para capital de giro
¨ descontos de títulos
¨ conta garantida
¨ adiantamento sobre contrato de câmbio (ACC)
¨ repasse de recursos externos (Resolução nº 2.770)
¨ financiamento de importação
Mercados Financeiros
Ligação entre agentes superavitários e deficitários
Supre necessidades de longo prazo
Concessões de crédito para giro e capital fixo
Mercado de capitais
Mercado de capitais
A finalidade do mercado de capitais é a de financiar
as atividades produtivas e o capital de giro das
empresas, por meio de recursos de médio e longo
prazos.
Principais instrumentos de financiamento existentes
no mercado de capitais brasileiro:
a. ações;
b. debêntures;
c. notas promissórias ( commercial papers ).
Mercados Financeiros
Compra e venda de moedas conversíveis
Agentes econômicos que operam no exterior:
Importadores/exportadores, investidores e inst. financeiras
Mercado cambial
Mercado de câmbio
No mercado de câmbio, são negociadas moedas
internacionais conversíveis, pelas instituições
credenciadas pelo Banco Central
n
Algumas das moedas estrangeiras mais negociadas
no mercado de câmbio brasileiro:





dólar dos Estados Unidos;
iene do Japão;
euro da União Européia;
libra esterlina da Grã-Bretanha;
franco da Suíça;
Referências
• ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 9ª. ed.,
São Paulo: Atlas, 2009.
• LAGIOLA, Umbelina Cravo Teixeira. Fundamentos do
Mercado de Capitais.1ª Edição. São Paulo: Atlas, 2007.
• PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de Capitais –
Investimentos e Técnicas. 4ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.
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MERCADO FINANCEIRO