SELO
OSESP 2
SELO DIGITAL
OSESP 7
ARMANDO
ALBUQUERQUE
DUAS PEÇAS
PARA ORQUESTRA
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
CELSO ANTUNES REGENTE
ISAAC KARABTCHEVSKY REGENTE
ARMANDO
ALBUQUERQUE [1901-86]
ORQUESTRA SINFÔNICA
DO ESTADO DE SÃO PAULO
SÃO PAULO SYMPHONY ORCHESTRA CELSO ANTUNES
REGENTE CONDUCTOR
ISAAC KARABTCHEVSKY
REGENTE CONDUCTOR
2
1.SUÍTE BREVE [14’22]
- Abertura [03’03’’] BR-FQ5-1400010
- Cantilena [03’54’’] BR-FQ5-1400011
- Final [7’25’’] BR-FQ5-1400012
CELSO ANTUNES REGENTE
2. EVOCAÇÃO DE AUGUSTO MEYER [6’02’’]
BR-FQ5-1400013
ISAAC KARABTCHEVSKY REGENTE
3
SUÍTE BREVE [1954]
P
assados quase trinta anos desde seu opus 1,
a miniatura para piano Pathé-Baby (1926),
baseado no livro homônimo de Alcântara
Machado, Armando Albuquerque compôs
a sua primeira obra para orquestra, a Suíte
Breve. A inexistência de uma orquestra
sinfônica em Porto Alegre até os anos 1950
tornava inútil a composição de peças com a
orquestração completíssima que Albuquerque desejava para essa obra, cuja primeira
versão data de 1954. Compor para piano e
extrair canções dos versos de Augusto Meyer
e Athos Damasceno, modernistas rio-grandenses, talvez fosse tarefa mais prazerosa.
A criação da Orquestra Sinfônica de Porto
Alegre, no início dos anos 1950, foi o impulso necessário para a composição da Suíte
Breve, ensaiada um ano antes na trilha sonora
do filme Parque.
A Suíte Breve [editada agora pela Criadores
do Brasil, da Osesp] é a mais elaborada das
obras orquestrais de Albuquerque, entre as
quais está também a Evocação de Augusto Meyer.
Seus três movimentos curtos coincidem
com a brevidade referida no título, e todos
eles ampliam algum aspecto característico da
obra de Albuquerque.
4
O primeiro movimento, “Abertura”, é uma
sequência de ideias que, uma vez expostas,
desaparecem para não voltar. Aí está a aplicação
prática da frase que ouvi o compositor repetir
tantas vezes: “Quando não tenho mais nada
a dizer, eu paro”. É este procedimento que
confere à obra seu caráter epigramático,
e o primeiro movimento da Suíte Breve é
exatamente uma “sequência não sequencial” de
miniaturas, cada uma surpreendendo o ouvinte
por um breve instante.
O segundo movimento, “Cantilena”, ao
contrário, é uma das únicas ocasiões em que,
em Albuquerque, um tema volta a ser ouvido,
quase num eco da forma A-B-A clássica. O
núcleo desse movimento é a melancolia que de
vez em quando invade a obra do compositor.
Aqui, sopros e percussão calam para que se
ouça algo que é, a um só tempo, dramático e
saudoso, a mexer com a memória do ouvinte:
“Mas isso eu já ouvi, isso eu já vivi...”.
É também de memória que trata o terceiro movimento, “Final”. Os dois instrumentos
mais significativos da vida de Albuquerque
têm voz solista — o violino, seu instrumento de formação nos anos 1920, e o piano,
que, com presença constante ao longo da
obra, é seu alter ego. A cadência para violino
é curtíssima, a do piano ocupa espaço maior.
Tanto assim que, na versão de 1954, a palavra
final da peça cabia ao piano. Em 1967, no entanto, Albuquerque reabriu o processo composicional e ampliou o movimento com uma
coda que, se tem a desvantagem de roubar
do piano a moral da história, arredonda o movimento e dá um final mais coerente, menos
imprevisto, à obra toda.
Há muitas sombras na Suíte Breve. Um resto
de canção folclórica aqui, um fragmento
a lembrar Villa-Lobos ali. E, acolá, um eco
avant la lettre do Tom Jobim de Urubu. Nessas
sombras, no caráter “telegráfico” dos seus
movimentos externos, na melancolia das cordas do segundo movimento, na orquestração
desenhada com detalhes precisos, a Suíte
Breve é puro Armando Albuquerque,
assim como no afeto ao criar temas cativantes e na falta de paciência para levá-los às
últimas consequências.
5
EVOCAÇÃO DE AUGUSTO MEYER [1970]
O
poeta Augusto Meyer (1902-70) e o
compositor Armando Albuquerque
foram companheiros de jornada
nos tempos heroicos do modernismo rio-grandense da década de 1920. Meyer foi o
artífice da nova poesia no sul, enquanto Albuquerque fixou a personalidade da música de
Porto Alegre, juntamente com Luiz Cosme
e Radamés Gnattali, seus colegas de estudos. Para Albuquerque, o meio não musical
da cidade parecia mais atraente e dinâmico
do que o meio musical, engessado na paixão
pela subópera italiana e por compositores de
segunda e terceira linha. Nesse sentido, a amizade com o poeta foi o fermento necessário
para liberar sua música de qualquer cacoete
passadista e plantá-la na mais firme atualidade.
No final dos anos 1920, poeta e compositor tinham produzido algo do melhor de
suas obras. Meyer levara a poesia modernista
rio-grandense à idade adulta com os Poemas
de Bilu — de 1929: “Clown impecável, o fantasma pulou da chaminé, ué, / salto mortal
um-dois, / caiu na rua sem barulho. / Treme
o arrepio das folhas frias. / Gato amoroso
mia: marráu. / Ó lua enorme como um Ó!”
6
Albuquerque, por sua vez, tinha concluído
toda a sua música do período “trepidante”, com suas referências ao modernismo
paulista e à antropofagia: Pathé-Baby, um
aforismo baseado em Alcântara Machado,
Noite Bárbara, Chope, Uma Ideia de Café e uma
miniatura para piano com nome imenso: A
Mastigação do Bárbaro ou Cantilena ou Moto
Non Perpetuum ou A Mulher do Bárbaro Cantando
Embalando o Filho Mas Não se Ouve Porque Ele
Mastiga Muito Forte.
Depois dos 1920, os caminhos se separaram. A vida de poeta e acadêmico levou
Augusto Meyer para o Rio de Janeiro.
Armando Albuquerque deixou-se ficar em
Porto Alegre, tornou-se professor de contraponto e harmonia, orientou João Gilberto
no início de carreira e nunca deixou que a
composição ficasse longe de suas mãos.Augusto
Meyer, então uma ausência na cidade, esteve
novamente presente na música de Albuquerque
dos anos 1940, emprestando seus poemas às
canções para voz e piano que o compositor
produziu em série, retornando aos poemas daqueles tempos modernos dos 1920, como se
nunca tivessem passado, como ainda falassem
da Porto Alegre que ambos haviam trilhado,
rua por rua, nas noites insones depois do fechamento dos cafés e bares.
Quando Augusto Meyer morreu, em 10 de
julho de 1970, um choque de inspiração, a tristeza pelo amigo perdido e pelos tempos esquecidos, fizeram com que Armando Albuquerque
compusesse a sua peça mais discursiva e
dramática, a Evocação de Augusto Meyer. Há duas
versões da mesma Evocação: uma para solo de
piano, dedicada à pianista Norma Bojunga, sua
colega de universidade; outra, para orquestra
sinfônica, estreada naquele mesmo 1970 pela
Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, regida
pelo violoncelista Jean-Jacques Pagnot.
A Evocação de Augusto Meyer — agora editada pela Criadores do Brasil, editora da Osesp
— está escrita num movimento contínuo,
demarcado aqui e ali por intertítulos que revelam um pouco das intenções do compositor.
A peça começa com um “Chamamento” de
oito compassos, no qual os saltos ascendentes dos instrumentos desenham no ar o perfil
longilíneo do poeta. Logo a nota Lá começa
a soar insistentemente, e assim permanece
quase até o final da obra. Em seguida, vem
“Busca”, a parte central e mais longa da peça,
um longo desenvolvimento de melodia, o volume crescendo, tanto em textura quanto em
dinâmica, adensando a dramaticidade que jamais foi tão explícita na obra de Albuquerque,
caracterizada pelo humor ou pela calma franca
da poesia.
Terminado o crescendo, vem o “Encontro”
onde, supõe-se, compositor e poeta confabulam uma vez mais nas ruas da memória.
A Evocação termina com catorze compassos polêmicos: a “Evocação da Terra” com a
introdução do acordeão, instrumento não
sinfônico, para revitalizar a orquestração. É
esse ar de regionalismo que conduz a peça à
dissolução absoluta, um rufar quase inaudível
de tímpano e bombo. Nesse nada sonoro,
Albuquerque e Meyer irmanam-se e se vão,
deixando o ouvinte à espera de uma nota mais
conclusiva que, logo se vê, não chegará nunca.
CELSO LOUREIRO CHAVES
é compositor e professor
titular do Instituto de Artes
da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul.
7
SHORT SUITE [1954]
A
lmost thirty years since his Opus 1,
the piano miniature Pathé-Baby (1926),
inspired by the eponymous book
by modernist writer Alcântara Machado,
Armando Albuquerque composed his first
work for the orchestra, the Suíte Breve (Short
Suite). The fact that there was no symphony
orchestra in Porto Alegre until the 1950s
made it pointless to compose works for the
entire orchestra, but despite this Albuquerque
always wanted this work, whose first version
dates from 1954, to be on orchestral piece.
Composing for the piano and extracting songs
from the poetry of Augusto Meyer and Athos
Damasceno, modernists from the state of Rio
Grande do Sul, was perhaps a more enjoyable
task, however. The creation of the Porto Alegre Symphony Orchestra in the early 1950s
was the stimulus that Albuquerque needed to
compose his Short Suite, part of which first
appeared in 1953 in the soundtrack to the
film Parque (Park).
The Short Suite [now being published
by Osesp’s Criadores do Brasil] is the
most elaborate of Albuquerque’s orchestral
works, which also include Evocação de
Augusto Meyer (Evocation of Augusto Meyer). Its
8
three short movements correspond to the
brevity referred to in the title, and they
each expand on a characteristic aspect of
Albuquerque’s oeuvre.
The first movement, “Ouverture”, takes the
form of a series of ideas that, once revealed,
vanish to never return. This represents the
putting into practice of a phrase that I heard
the composer utter on so many occasions:
“When I’ve got nothing else to say, I stop”. It
is this aspect that gives the work its succinct
quality, and the first movement of the Short
Suite is precisely a “non-sequential sequence”
of miniatures, each of which takes the listener
momentarily by surprise.
The second movement, “Cantilena”, in
contrast represents one of the few occasions
in Albuquerque’s work when a theme is
heard again, almost in an echo of the classic
A-B-A form.The nucleus of this movement is
the melancholia that periodically invades the
composer’s oeuvre. In this case woodwind
and percussion instruments remain quiet to
allow something to be heard that is dramatic
and nostalgic, at one and the same time, and
jogs the listener’s memory: “But I’ve already
heard this, I’ve already experienced this...”
Memory is also the theme of the third
movement, “Finale”. The two most significant
instruments in Albuquerque’s life — the
violin, the instrument that he was trained to
play in the 1920s, and the piano, his alter ego
and a constant presence throughout his oeuvre,
are now given a solo voice. The cadenza for
violin is extremely short, whereas the one for
piano is longer, so much so that in the 1954
version the piano is given the last word of
the entire composition. In 1967, however,
Albuquerque re-visited his composition and
added a coda to the movement that, although
it has the disadvantage of stealing the moral
of the story from the piano, rounds the
movement off and provides a more coherent,
less unexpected ending to the entire work.
There are many shadowy presences in
the Short Suite. Here and there you can
hear a snippet of a folk song or a fragment
reminiscent of Villa-Lobos, and even an
echo avant la lettre of Tom Jobim’s album
Urubu. In these shadows within the work,
in the “telegraphic” nature of its external
movements, in the melancholia of the strings
in the second movement, in the carefully
designed orchestration with its attention
to detail, the Short Suite is pure Armando
Albuquerque, as well as in the tenderness
with which it creates captivating themes
and in its impatience to take them to their
ultimate conclusions.
9
EVOCATION OF AUGUSTO MEYER [1970]
T
he poet Augusto Meyer (1902-70) and
the composer Armando Albuquerque
(1901-86) were companions during the
heroic times of the Modernist movement in the
state of Rio Grande do Sul in the 1920s. Meyer
was the creator of ‘new poetry’ in the south of
Brazil, whereas Albuquerque established the
template for music from the state capital, Porto
Alegre, together with Luiz Cosme and Radamés
Gnattali, his fellow students and friends. For
Albuquerque, the non-musical milieu of the
city seemed more attractive and dynamic than
its musical one, which was stuck in its love of
mediocre Italian opera and second- and thirdrate composers. His friendship with the poet was
thus the springboard that he needed to free his
music from any kind of outmoded bad habits and
plant it more firmly in contemporary times.
At the end of the 1920s, the poet and the
composer had produced some of their greatest
works. Thanks to Meyer’s Poemas de Bilú (Poems
of Bilú) of 1929 Rio Grande do Sul’s modernist
poetry had finally come of age: “Impeccable
clown, the ghost jumped out of the chimney,
whoa, / somersault one-two, / he fell into the
street without a sound. / The cold leaves shiver.
/ A cat on heat meows: meow. / Oh enormous
10
moon like a letter O!” Albuquerque, in turn,
had composed all his music from his “frenetic”
phase, with its references to the Modernist
movement of São Paulo and the so-called
“Cannibalist Manifesto”: Pathé-Baby, an aphorism
inspired by Alcântara Machado, Noite Bárbara
(Barbaric Night), Chope (Draught Beer), Uma Ideia
de Café (A Café Idea) and a piano miniature with
an enormous name: A Mastigação do Bárbaro ou
Cantilena ou Moto Non Perpetuum ou A Mulher do
Bárbaro Cantando Embalando o Filho Mas Não se
Ouve Porque Ele Mastiga Muito Forte (The Mastication
of The Barbaric or Cantilena or Moto Non Perpetuum
or The Barbarian’s Wife Singing a Lullaby to Her Son
But Not Being Heard Because He’s ChewingVery Loud). After the 1920s the two parted ways. The
life of a poet and academic took Augusto Meyer
to Rio de Janeiro. Armando Albuquerque
stayed on in Porto Alegre, became a teacher of
counterpoint and harmony, was a mentor for
João Gilberto [the bossa-nova genius] at the
start of his career, and never stopped composing.
Augusto Meyer, whose absence was felt in the
city, re-appeared in Albuquerque’s music in the
1940s, allowing his poems to be incorporated
into the songs for voice and piano that the
composer produced in succession, returning to
the poems of the modern times of the 1920s, as if
those years had never ended, as if those lines still
spoke of the Porto Alegre that they had traversed,
street by street, during their sleepless nights after
all the cafés and bars had closed their doors.
When Augusto Meyer died, on 10 July 1970,
the shock and the sadness at the loss of a friend
and of times gone by led Armando Albuquerque
to compose his most discursive and dramatic
work, Evocation of Augusto Meyer. There are
two versions of this work: one for solo piano,
dedicated to the pianist Norma Bojunga, his
friend at university, and the other for symphony
orchestra, which premiered that same year,
1970, in a performance by the Symphony
Orchestra of Porto Alegre, conducted by the
cellist Jean-Jacques Pagnot. Evocation of Augusto Meyer — now published
by Osesp’s own publishing branch — is written
in one continuous movement, demarcated here
and there by intertitles that reveal a little of the
composer’s intentions. The work begins with
the eight-bar “The Call”, in which the ascending
leaps of the instruments trace in the air the
poet’s tall profile. The note A then begins to
sound insistently, a feature that remains virtually
until the end of the work. Then comes the “The
Quest”, the central and longest section of the
work, a sustained development of the melody,
in crescendo, both in texture and dynamics,
intensifying the dramatic quality that has never
been so explicit in Albuquerque’s oeuvre, which
is typically characterized by its humour or the
straight-talking calm of its poetics. The crescendo ends and is followed by the
“The Encounter” where the composer and the
poet appear to reminisce as they stroll together
one more time down memory land. The
Evocation finishes with fourteen controversial
bars: the “The Evocation of The Land” where
the accordion, not a symphonic instrument,
is introduced to revitalise the orchestration.
This air of regionalism leads the work into total
disarray, an almost inaudible roll of the timpani
and kettledrums. In this sonic nothingness,
Albuquerque and Meyer stand shoulder to
shoulder and then vanish, leaving the listener
expecting a more conclusive note that, as is soon
revealed, will never appear.
CELSO LOUREIRO CHAVES
is a composer and a professor
at the Instituto de Artes da
Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (Institute of Arts at the Federal
University of Rio Grande do Sul).
TRANSLATED BY LISA SHAW.
11
ALESSANDRA FRATUS
D
esde seu primeiro concerto, em 1954,
a Orquestra Sinfônica do Estado de São
Paulo — Osesp — trilhou uma história
de conquistas, que culminou em uma instituição hoje reconhecida internacionalmente pela
excelência. Com mais de 60 CDs lançados, a
Osesp tornou-se parte indissociável da cultura
paulista e brasileira, promovendo transformações culturais e sociais profundas. Além das
turnês pela América Latina, Estados Unidos,
Europa e Brasil, o grupo realiza desde 2008 a
turnê Osesp Itinerante, pelo interior do estado
de São Paulo, promovendo concertos, oficinas
e cursos de apreciação musical para mais de 170
mil pessoas. Atividades educativas na Sala São
Paulo atraem a cada ano cerca de 120 mil
crianças e adolescentes. Em 2012, Marin Alsop
12
assumiu o posto de regente titular, contando
com o maestro brasileiro Celso Antunes como regente associado. Neste mesmo ano, em sequência
a concertos no festival BBC Proms de Londres
e no Concertgebouw de Amsterdã, a Osesp foi
apontada pela crítica especializada estrangeira
como uma das orquestras de ponta no circuito
internacional. Em 2013, Marin Alsop foi nomeada diretora musical da Osesp e a orquestra
realizou sua quarta turnê europeia, apresentando-se pela primeira vez — e com grande
sucesso — na Salle Pleyel, em Paris; na Berliner
Philharmonie, casa da Filarmônica de Berlim;
e no Royal Festival Hall, no Southbank
Centre, principal centro de artes de Londres.
Em 2014, celebrando os 60 anos de sua criação, a
Osesp realizou turnê por cinco capitais brasileiras.
SÃO PAULO
SYMPHONY ORCHESTRA
ORQUESTRA SINFÔNICA
DO ESTADO DE SÃO PAULO
S
ince its first concert in 1954, the São
Paulo Symphony Orchestra (Osesp) has
developed into an institution recognized
for its excellence. Having released more than
60 recordings, the orchestra has become an
inseparable part of São Paulo and Brazilian
culture, promoting deep cultural and social
transformation. Besides touring through
Latin America, the United States, Europe
and Brazil, since 2008 the group has toured
widely throughout the São Paulo countryside,
promoting concerts, workshops, and courses
in music appreciation for over 170,000 people.
In 2012 the American Marin Alsop took the
post of Principal Conductor, with Brazilian
Celso Antunes as Associate Conductor. In 2013
Marin Alsop was appointed as musical director
of Osesp and the orchestra took part in its
fourth European tour, performing for the first
time, and to great acclaim, at the Salle Pleyel
in Paris, at the Berliner Philharmonie, home of
the Berlin Philharmonic Orchestra, and at the
Royal Festival Hall at the Southbank Centre,
one of the leading arts centres in London. In
2014, commemorating its 60th anniversary
year, Osesp performed in five Brazilian
state capitals.
13
MARCO BORGGREVE
N
ascido em 1959, em São Paulo, Celso
Antunes assumiu o posto de regente associado da Osesp em 2012. Formado
como regente na Musikhochschule de Colônia,
atua com a mesma desenvoltura como regente de
orquestra e de coral. Antunes é professor de regência coral da prestigiosa Haute École de Musique de
Genebra, foi regente titular da Nova Orquestra de
Câmara da Renânia (1994-98), do Coro da Rádio da
Holanda (2008-12) e do conjunto belga de música
contemporânea Champ d’Action (1994-97), além
de diretor artístico e regente titular da National
Chamber Choir, da Irlanda, entre 2002 e 2007,
anos considerados pelo Irish Times como “uma idade de ouro para o canto profissional na Irlanda”.
Trabalha regularmente com alguns dos principais
corais da Europa, entre os quais o SWR Stuttgart
Vocal Ensemble, o BBC Singers, em Londres, e o
14
Vlaamse Radio Koor, em Bruxelas. Entre os maestros com quem já trabalhou, estão Sir Simon Rattle,
Zubin Mehta, Mariss Jansons, Charles Dutoit,
Peter Eötvös, Sylvain Cambreling e Marin Alsop.
REGENTE
CONDUCTOR
CELSO ANTUNES
B
orn in 1959 in São Paulo, Celso Antunes
took on the position of associate conductor
at Osesp in 2012. Graduated as conductor
at the Musikhochschule of Colony, he performs
with the same resourcefulness as an orchestra
and choral conductor. Antunes teaches choral
conducting at the prestigious Haute École de
Musique de Genève, was the chief conductor
at the Rhine Chamber Orchestra (1994-98),
at the Netherlands Radio Choir (2008-12) and
at the Belgian group of contemporary music
Champ d’Action (1994-97), as well as artistic
director and chief conductor at Ireland’s National
Chamber Choir between 2002 and 2007, years
that were considered by the Irish Times as
“a golden age for the professional singing in
Ireland”. He works regularly with some of the
main European chorales, including the SWR
Stuttgart Vocal Ensemble, the BBC Singers in
London and the Vlaamse Radio Koor in Brussels.
He has worked with conductors such as Sir Simon
Rattle, Zubin Mehta, Mariss Jansons, Charles
Dutoit, Peter Eötvös, Sylvain Cambreling and
Marin Alsop.
15
BRUNO VEIGA
E
m 2009, o jornal inglês The Guardian indicou
o maestro Isaac Karabtchevsky como um
dos ícones vivos do Brasil. Nascido em São
Paulo, estudou regência e composição na Alemanha, sob orientação de Wolfgang Fortner, Pierre
Boulez e Carl Ueter. Entre 1969 e 1994, dirigiu
a Orquestra Sinfônica Brasileira e, entre 1995 e
2001, foi diretor musical do Teatro La Fenice,
em Veneza. Foi também diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, do Theatro
Municipal de São Paulo, da Orchestre National
des Pays de la Loire, na França, e da Orquestra
Tonkünstler, em Viena. Recebeu a medalha do
Mérito Cultural do governo austríaco e a comenda Chevalier des Arts e des Lettres do governo
francês, além de condecorações de praticamente todos os estados brasileiros. Regeu concertos
na Staatsoper e no Musikverein, em Viena, no
16
Concertgebouw, em Amsterdã, no Royal Festival
Hall, em Londres, na Sala Pleyel, em Paris, e no
Carnegie Hall, em Nova York. É diretor artístico
e regente titular da Petrobras Sinfônica, do Rio de
Janeiro, diretor artístico do Theatro Municipal do
Rio de Janeiro e, desde 2011, diretor artístico do
Instituto Baccarelli e da Sinfônica de Heliópolis.
Participa do projeto de gravação integral das
Sinfonias de Villa-Lobos com a Osesp, já tendo
registrado as sinfonias números 3, 4, 6, 7 e 10.
REGENTE
CONDUCTOR
ISAAC KARABTCHEVSKY
I
n 2009 the British newspaper The Guardian named Isaac Karabtchevsky as one of Brazil’s
living icons. Born in São Paulo, he studied
conducting and composition in Germany, under
the supervision of Wolfgang Fortner, Pierre
Boulez and Carl Ueter. Between 1969 and 1994
he led the Brazilian Symphony Orchestra (OSB),
and between 1995 and 2001 he was musical
director of the La Fenice Theatre in Venice. He
was also artistic director of the Porto Alegre
Symphony Orchestra in Brazil, of the São Paulo
Municipal Theatre, of the Orchestre National des
Pays de la Loire in France, and of the Tonkunstler
Orchestra in Vienna. He was awarded the Cultural
Merit medal by the Austrian government and was
made Chevalier des Arts et des Lettres by the
French government, as well as being honoured
by virtually every province in Brazil. He has
conducted concerts at the Staatsoper and at the
Musikverein in Vienna, at the Concertgebouw in
Amsterdam, at the Royal Festival Hall in London,
at the Salle Pleyel in Paris, and at Carnegie Hall
in New York. He is artistic director and principal
conductor of the Petrobras Symphony Orchestra
in Rio de Janeiro, artistic director of the Rio
de Janeiro Municipal Theatre and, since 2011,
has been the artistic director of the Baccarelli
Institute and the Heliópolis Symphony Orchestra.
He is involved in the project to record in their
entirety the symphonies of Villa-Lobos with the
São Paulo Symphony Orchestra (Osesp), having
already completed recordings of symphonies 3,
4, 6, 7 and 10.
17
18
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
SÃO PAULO SYMPHONY ORCHESTRA
ISAAC KARABTCHEVSKY REGENTE / CONDUCTOR
CELSO ANTUNES REGENTE / CONDUCTOR
Fábio Miyahara, Fernando Dionisio e Mauro Santiago
gravação Fundação Osesp / Osesp’s Foundation recording
Guilherme Triginelli edição / edition
Celso Loureiro Chaves texto / text
Lisa Shaw tradução / translation
A Suíte Breve foi gravada em setembro de 2014, e
Evocação de Augusto Meyer em março de 2012 na
Sala São Paulo.
Suíte Breve was recorded in September 2014, and
Evocação de Augusto Meyer in March 2012, at Sala
São Paulo.
As obras Suíte Breve e Evocação de Augusto Meyer
foram editadas pela Criadores do Brasil, editora da
Fundação Osesp.
Suíte Breve and Evocação de Augusto Meyer are published
by Criadores do Brasil, São Paulo Symphony Orchestra’s
publishing branch.
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Marin Alsop Diretora Musical e Regente Titular /
Music Director and Principal Conductor
Celso Antunes Regente Associado / Associate Conductor
FUNDAÇÃO OSESP
Arthur Nestrovski Diretor Artístico / Artistic Director
Marcelo Lopes Diretor Executivo / Executive Director
Fausto Arruda Superintendente / Superintendent
19
SELO
DIGITAL
OSESP
Música Clássica para todos
Ouça e baixe gratuitamente
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