V icia
Teologia
CRISTÃ
EM QUADROS
Conheça melhor a teologia cristã por meio de tabelas
e diagramas cronológicos e explicativos
H. Wayne House
1 "m as aqueles que esperam no Senhor renovam as suas
forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos,
andam e não se cansam".
INDICAÇÃO" PRESBÍTERO
ATENÇÃO
ESTA É SOMENTE UMA INDICAÇÃO, QUANDO PUDERES ADQUIRA
A OBRA EM UMA LIVRARIA DE SUA PREFERÊNCIA
Teologia Cristã
em Quadros
H. WAYNE HOUSE
■
V ida
/ e d it o ra
Prazer, emoção e conhecimento
ISBN 85-7367-311-7
Categoria: Teologia/Referência
Este livro foi publicado em inglês com o título
Charts o f Christian Teology and Doctrme
por Zondervan Publishing House
® -1986 por The Zondervan Corporation
® 1999 por Editora Vida
Traduzido por Alderi S. de Matos, Th. D.
Ia impressão, 1999
2a impressão, 2000
Todos os direitos reservados na língua portuguesa por
Editora Vida, rua Júlio de Castilho, 280
03059-000 São Paulo, SP — Telefax: (Oxxll) 6096-6833
Gerência editorial: Reginaldo de Souza
Preparação de textos: Jair A. Rechia
Revisão de provas: Fabiani Medeiros
Capa: Nouveau Comunicação
Diagramação: Imprensa da Fé
Filiado a:
Impresso no Brasil, na Imprensa da Fé
A W. Robert Cook,
com quem aprendi minha teologia básica,
e a Earl D. Radmacher, mestre,
amigo e pai adotivo espiritual, com quem
aprendi a viver a minha teologia
Sumário
Prolegômenos
1. Traços Distintivos dos Sistemas Teológicos
2. Modelos Teológicos Feministas Contemporâneos
3. Guia para a Interpretação de Textos Bíblicos
4- Comparação entre Teologia do Pacto e Dispensacionalismo
5. Esquemas Dispensacionais Representativos
11
21
22
23
25
Bibliologia
6. Modelos de Revelação
7. Concepções Acerca da Revelação Geral
8. Modalidades da Revelação Especial
9. Teorias de Inspiração
10. Teorias Evangélicas de Inerrância
11. Maneiras de Harmonizar as Discrepâncias da Escritura
12. Respostas a Supostas Discrepâncias da Escritura
26
29
30
31
32
33
34
Teologia Propriamente Dita
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
Concepções Rivais Acerca de Deus
Sete Grandes Cosmovisões
Argumentos Clássicos a Favor da Existência de Deus
Avaliação dos Argumentos Clássicos a Favor da Existência de Deus
O Conhecimento de Deus
Esquemas de Classificação dos Atributos Divinos
Representação Gráfica dos Atributos de Deus
Definições dos Atributos de Deus
O Desenvolvimento Histórico da Doutrina da Trindade
Antigo Diagrama da Trindade Santa
Principais Noções Acerca da Trindade
Uma Apresentação Bíblica da Trindade
Concepções Falsas Acerca da Trindade
Os Nomes de Deus
38
41
42
44
46
47
48
49
51
53
54
56
58
59
Cristologia
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
Heresias Cristológicas Históricas
Falsas Concepções Acerca da Pessoa de Cristo
A União da Divindade e da Humanidade na Pessoa do Filho
Teorias Acerca da Kenosis
A Pessoa de Cristo
Profecias Messiânicas Cumpridas em Cristo
A Pecabilidade versus Impecabilidade de Cristo
Teorias Acerca da Ressurreição de Jesus Cristo
61
63
64
65
65
68
70
71
Pneumatologia
35.
36.
37.
38.
39.
40.
O Ensino Bíblico Acerca do Espírito Santo
Títulos do Espírito Santo
A Obra do Espírito Santo na Salvação
Quatro Conjuntos de Dons Espirituais
Síntese dos Dons Espirituais
Pontos de Vista Acerca das “Línguas”
74
76
77
78
79
82
Angelologia
41. Comparação entre os Anjos, os Seres Humanos eos Animais
42. Os Filhos de Deus em Gênesis 6
43. O Ensino Bíblico Acerca dos Anjos
83
84
85
44- A Doutrina de Satanás e dos Demônios
45. Nomes de Satanás
86
88
Antropologia
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
Teorias Acerca da Constituição do Homem
As Dimensões da Imago Dei
Concepções sobre a Natureza da Imago Dei
Teorias da Justiça Original
Teorias do Pecado Original
A Imputação do Pecado de Adão
Teorias sobre a Natureza do Pecado
Soteriologia
53. Definição dos Termos Básicos da Salvação
54. Concepções Acerca da Salvação
55. Comparação de Termos Soteriológicos
56. A Aplicação da Salvação no Tempo
57. Argumentos Tradicio'nais sobre a Eleição
58. Principais Concepções Evangélicas sobre a Eleição
59. A Ordem dos Decretos
60. Os Cinco Pontos do Calvinismo e do Arminianismo
61. Diferentes Concepções Acerca dos Meios de Graça
62. Vocação Geral versus Vocação Eficaz
63. Os Sete Sacramentos Católico-Romanos
64. Concepções Acerca da Expiação
65. A Extensão da Expiação
66. A Teoria Penal Substitutiva da Expiação
67. Os Resultados da Morte de Cristo
68. Variedades do Universalismo
69. Concepções Acerca da Santificação
70. Cinco Concepções Acerca da Santificação
89
91
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119
120
Eclesiologia
71.
72.
73.
74.
75.
76.
77.
78.
79.
80.
81.
82.
O Fundamento da Igreja
Uma Comparação Dispensacional entre Israel e aIgreja
A Igreja Local Contrastada com a Igreja Universal
Analogias entre Cristo e a Igreja
Os Ofícios de Presbítero e Diácono - Qualificações e Deveres
Qualificações Funcionais dos Presbíteros e Diáconos
O Ofício de Presbítero
O Ofício de Diácono
__
Quatro Concepções sobre o Batismo com Água
Quatro Concepções sobre a Ceia do Senhor
Disciplina Eclesiástica
Fluxograma de Disciplina Eclesiástica
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135
Escatologia
83.
84.
85.
86.
87.
88.
89.
Termos Básicos sobre a Segunda Vinda de Cristo
Concepções Acerca do Arrebatamento
Concepções Acerca do Milênio
Quadro Cronológico Dispensacional das ÚltimasCoisas
Concepções Acerca das Últimas Coisas
Perspectivas sobre o Extincionismo
Castigo Eterno
Bibliografia
136
137
141
145
146
147
148
149
Prefácio
A preparação deste livro de esboços de teologia e doutrina foi uma tarefa prolongada, porém frutífera. Desde
que comecei a ensinar teologia na Universidade LeTourneau e depois no Seminário Teológico de Dallas, senti que
havia a necessidade de um livro de esboços básicos semelhante ao meu O Novo Testamento em Quadros (Ed. Vida,
1999). Este volume não é uma tentativa de oferecer uma análise ou panorama exaustivo da teologia. Antes, minha
intenção foi expor de maneira tão equitativa quanto possível as diferentes perspectivas acerca de uma grande
variedade de temas teológicos que com freqüência interessam aos estudantes de teologia ou pelo menos são
encontrados por eles. Essencialmente, segui uma abordagem clássica da teologia, o que poderá desapontar alguns
estudiosos. Todavia, creio que, de maneira geral, isto será mais benéfico aos professores, estudantes e leigos que
serão os principais usuários desta obra. A teologia tem experimentado tempos difíceis em alguns círculos, porém,
para aqueles que verdadeiramente valorizam a Palavra de Deus e desejam saber o que Deus está procurando
revelar ao seu povo, ela é uma tarefa necessária e gloriosa. Espero que todos aqueles que utilizarem este livro
obtenham os benefícios que recebi ao escrevê-lo. E inevitável que ocorram diferentes tipos de erros na preparação
de um livro desta natureza, com sua infinidade de detalhes. Terei prazer em corrigi-los em futuras edições, à
medida que os leitores me informarem a respeito deles.
H. Wayne House
Soli Deo Gloria!
Agradecimentos
Muitas pessoas influenciaram na produção deste livro. Desejo agradecer aos alunos de minhas diferentes
turmas de teologia no Seminário Teológico de Dallas, especialmente aos que me ofereceram uma assistência especial
na elaboração destes esboços: Mark Allen, Rod Chaney, Kathie Church, Larry Gilcrease, Alan K. Ginn, Casey
Jones, Mike Justice, Johann Lai, Randy Knowles, Toni Martin, Doreen Mellott, Steve Pogue, Greg Powell, Brian
Rosner, David Seider, Brian Smith, Gayle Sumner, Larry Trotter. Agradeço de maneira especial a Richard Greene,
Greg Trull e Steve Rost, assistentes de pesquisa e amigos que trabalharam comigo neste e em outros projetos,
prestando um serviço de amor a um irmão em Cristo. Se houver outros, peço perdão por meu esquecimento.
Alguns auxiliares de ensino do Western Baptist College também me foram úteis quando eu era deão e professor
de teologia naquela escola: Rob Baddeley, Marie Thompson, Toni Powell e Colleen Schneider Frazier. Meu muito
obrigado também ao Professor Tim Anderson.
Também desejo expressar minha gratidão aos colegas do Seminário de Dallas (Craig Blaising, Lanier Burns,
Norman Geisler, Fred Howe, Robert Ligthner e Ken Sarles) que examinaram os diferentes esboços relacionados
com as suas especialidades teológicas.
Gregg Harris deu-me grande incentivo na decisão de empreender a produção deste livro utilizando meu
computador Macintosh e Aldus PageMaker. Obrigado Gregg.
Stan Gundry e Len Goss, da Zondervan, foram mais que pacientes em aguardar a conclusão desta obra. Eles
demonstraram simpatia e compreensão cristã para comigo durante os últimos anos, muito além do que eu poderia
ter esperado deles. Agradeço sinceramente ao Senhor por eles.
Finalmente, quero agradecer a minha esposa, Leta, e aos meus filhos, Carrie e Nathan, que têm sido uma
bênção de Deus para mim ao longo dos anos. O seu apoio realmente tem sido uma das maravilhosas dádivas de
Deus a mim.
L Traços Distintivos dos Sistemas Teológicos
Teologia Católica Romana Tradicional
Natureza da
Teologia
A teologia está evoluindo constantemente no seu entendimento da fé cristã. O princípio
inaciano da acomodação e o princípio do desenvolvimento, proposto por J. H. Newman,
refletem a natureza mutável da teologia católica romana. O elemento de mudança do
catolicismo deve-se primordialmente à posição de autoridade conferida ao ensino da igreja.
Revelação
A Bíblia, incluindo os apócrifos, é reconhecida como a fonte autorizada de revelação,
juntamente com a tradição e o ensino da igreja. O papa também faz pronunciamentos
investidos de autoridade ex cathedra (da cadeira) sobre questões de doutrina e moral. Esses
pronunciamentos são isentos de erro. A igreja é a mãe, guardiã e intérprete do cânon.
Muitos estudiosos católicos romanos posteriores ao Concílio Vaticano II afastaram-se do
ensino tradicional da igreja nessa área, abraçaram as perspectivas da alta crítica acerca das
Escrituras e rejeitaram a infalibilidade papal.
Salvação
A graça salvadora é comunicada mediante os sete sacramentos, que são meios de graça. O
Batismo, a Confirmação (ou Crisma) e a Eucaristia referem-se à iniciação na igreja. A
Penitência (ou Confissão) e a Unção estão relacionadas com a cura. O Matrimônio e as
Ordens são sacramentos de compromisso e vocação.
A igreja ministra os sacramentos por meio do sacerdócio ordenado e hierarquicamente
organizado. Segundo a concepção tradicional, não havia salvação fora da igreja, mas o
ensino recente tem reconhecido que a graça pode ser recebida fora da igreja.
No sacramento da Eucaristia, o pão e o vinho tornam-se literalmente o corpo e o sangue de
Cristo (transubstanciação).
Igreja
Os quatro atributos essenciais da igreja são unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade.
Fundamentalmente, a igreja é a hierarquia ordenada, atingindo o seu ápice no papa.
A organização está constituída em torno de uma autoridade sacerdotal centralizada, que
teve o seu início com Pedro. A autoridade do sacerdócio é transmitida por meio da
sucessão apostólica na igreja. Os bispos de Roma têm autoridade para avaliar as
conclusões acadêmicas e fazer pronunciamentos e definições conciliares.
A igreja é a mediadora da presença de Cristo no mundo. Deus usa a igreja como sua agente
para levar o mundo em direção ao seu reino.
Maria
No Concílio de Efeso (431 d.C.), Maria foi declarada a mãe de Deus assim como a mãe de Jesus
Cristo, no sentido de que o Filho que ela deu à luz era ao mesmo tempo Deus e homem.
São observadas quatro festas marianas (anunciação, purificação, assunção e o nascimento
de Maria).
Maria ficou isenta do pecado original ou de pecado pessoal em virtude da intervenção de
Deus (a imaculada concepção).
Maria é a misericordiosa mediadora entre o ser humano e Cristo, o Juiz.
Algumas partes deste gráfico baseiam-se em materiais extraídos de Tensions in Contemporary Theology [Tensões na Teologia Contem porânea], eds. Stanley
N. Gundry e Alan F. Johnson (Chicago: Moody Press, 1976). Usado mediante permissão.
1. Traços Distintivos (continuação)
Teologia Natural
Definição
A teologia natural é a tentativa de obter o entendimento de Deus e do seu relacionamento
com o universo por meio da reflexão racional, sem apelar à revelação especial tal como a
auto-revelação de Deus em Cristo e nas Escrituras.
Base
Epistemológica
Deus é o Ser eterno, imutável, soberano, santo, pessoal, criador do universo. Ele tem tudo
sob seu controle e desde a eternidade planejou o futuro por meio de seus eternos decretos.
Isso é feito de tal maneira que ele não é moralmente responsável pelo mal.
Relação com
a Teologia
Revelada
A teologia natural trata da existência e dos atributos de Deus a partir de fontes comuns a
todos os seres humanos (criação, raciocínio lógico, etc.), ao passo que a teologia revelada
trata de verdades específicas discernidas nas Escrituras. A teologia natural requer somente
a razão, enquanto que a teologia revelada também requer fé e a iluminação do Espírito.
Propósito
da Teologia
Natural
A teologia natural pode ser usada apologeticamente para provar a existência de Deus. Ela
também fornece apoio à teologia revelada. Se as conclusões da teologia natural são aceitas,
então também é “razoável” aceitar a verdade teológica revelada. Assim, a teologia natural
tem um propósito evangelístico.
Possíveis
Objeções
A teologia natural carece de base bíblica.
A teologia natural tenta isentar a razão dos efeitos da queda e da depravação.
Teologia Luterana
Teologia
A teologia estrutura-se em torno das três doutrinas fundamentais da sola scriptura
(somente a Escritura), sola gratia (somente a graça) e sola fide (somente a fé).
Cristo
Cristo é o centro da Escritura. A sua pessoa e obra, especialmente a sua morte vicária,
são o fundamento da fé cristã e da mensagem da salvação.
Revelação
Somente a Escritura é a fonte autorizada da teologia e da vida e ensino da igreja. A Escritura
é a própria Palavra de Deus, sendo tão verdadeira e dotada de autoridade quanto o próprio
Deus.
No centro da Escritura estão a pessoa e a obra de Cristo. Assim sendo, o principal propósito
da Escritura é soteriológico - proclamar a mensagem de salvação em Jesus Cristo. A
Palavra, por meio da obra de Cristo, é o modo como Deus efetua a salvação.
1. Traços Distintivos (continuação)
Salvação
A salvação é somente pela graça mediante a fé. A fonte da salvação é a graça de Deus manifestada
pela obra de Cristo, o fundamento da salvação. O meio de receber a salvação é somente a fé.
As pessoas em nada contribuem para a sua salvação. Elas estão inteiramente destituídas de
livre-arbítrio com respeito à salvação, e assim Deus é a causa eficiente da salvação.
O Espírito Santo atua por intermédio da palavra do Evangelho (inclusive o batismo e a Ceia
do Senhor) para trazer salvação.
O Espírito usa o batismo das crianças para produzir nelas a fé e levá-las à salvação.
A Eucaristia (ou Ceia do Senhor) envolve a presença real de Cristo com o pão e o vinho,
embora tais elementos permaneçam pão e vinho (consubstanciação).
A teologia da cruz deve ser a marca da verdadeira teologia. Em vez de se concentrarem nas
coisas referentes à natureza invisível e às obras de Deus, conforme discutidas na teologia
natural, que Lutero chama de teologia da glória, os cristãos devem concentrar-se na
humildade de Deus revelada na morte de Cristo na cruz. Em uma teologia da cruz, os
crentes passam a ter o conhecimento de Deus e também um verdadeiro conhecimento
de si mesmos e do seu relacionamento com Deus.
Teologia Anabatista
Teologia
Os anabatistas não deram ênfase aos estudos teológicos sistemáticos. Antes, as doutrinas
eram forjadas à medida que se aplicavam à vida. Os anabatistas caracterizaram-se por seu
zelo missionário, vida separada e ênfase na eclesiologia.
Revelação
A Bíblia deve ser plenamente obedecida na vida do cristão. Ela é a única autoridade e guia.
O Espírito revela a mensagem da Palavra à comunidade da fé. A interpretação das
Escrituras é discernida principalmente nas reuniões da igreja. Os anabatistas tendem a
concentrar-se mais nos ensinos de Cristo e do Novo Testamento do que no Antigo
Testamento.
Salvação
O pecado não é tanto uma servidão do livre-arbítrio humano e sim a capacidade perdida
de responder a Deus. O livre-arbítrio do ser humano lhe permite arrepender-se e obedecer
ao evangelho. Quando alguém se arrepende e crê, Deus o regenera para andar em
novidade de vida. A ênfase maior está na obediência e não no pecado, na regeneração e
não na justificação.
Igreja
A igreja é o corpo visível dos crentes obedientes a Cristo. A igreja existe como uma
comunidade visível, e não como um corpo invisível ou uma igreja estatal.
Somente adultos crentes podem participar do batismo. O batismo testifica a separação do
crente em relação ao mundo e o seu compromisso de obediência a Cristo.
Os sacramentos —batismo e Ceia do Senhor —são apenas símbolos da obra de Cristo; eles
não conferem graça ao participante. As características da vida do membro da igreja devem
ser conversão pessoal, vida santificada, sofrimento por Cristo, separação, amor pelos
irmãos, não-resistência e obediência à Grande Comissão. A igreja é o reino de Deus que
está em constante conflito com o reino ímpio do sistema mundial. A igreja deve
evangelizar no mundo, mas não deve participar do seu sistema. Isto afasta a participação
em qualquer ofício governamental ou serviço militar.
1. Traços Distintivos (continuação)
Teologia Reformada
Teologia
A teologia reformada fundamenta-se no tema central da soberania de Deus. Toda a realidade
está sob o domínio supremo de Deus.
Deus
Deus é soberano. Ele é perfeito em todos os aspectos e possui toda justiça e poder. Ele criou
todas as coisas e as sustém. Como o Criador, ele em nenhum sentido é limitado pela
criação.
Revelação
A teologia reformada baseia-se somente na Escritura (sola scriptura). A Bíblia é a Palavra de
Deus e como tal permanece isenta de erros em todos os aspectos. A Escritura dirige toda a
vida e ensino da igreja. A Bíblia possui autoridade em todas as áreas que aborda.
Salvação
Na eternidade passada, Deus escolheu um certo número de criaturas caídas para serem
reconciliadas com ele mesmo. No tempo oportuno, Cristo veio para salvar os escolhidos.
O Espírito Santo ilumina os eleitos para que possam crer no Evangelho e receber a
salvação. A salvação pode ser resumida nos Cinco Pontos do Calvinismo: Depravação
Total, Eleição Incondicional, Expiação Limitada, Graça Irresistível e Perseverança dos
Santos (as iniciais em inglês formam a palavra TULIP).
Igreja
A igreja é composta dos eleitos de Deus que recebem a salvação. Por meio do pacto com
Deus, eles estão comprometidos a servi-lo no mundo.
0 batismo simboliza a entrada na comunidade do pacto tanto para as crianças quanto para
os adultos, embora ambos possam renunciar ao seu batismo.
Quando os crentes participam com fé da Ceia do Senhor, o Espírito Santo atua neles para
torná-los participantes espirituais.
Em geral, os presbíteros eleitos pela igreja ensinam e governam a comunidade local.
A unidade da igreja deve basear-se no consenso doutrinário.
1. Traços Distintivos (continuação)
Teologia Arminiana
Teologia
A teologia arminiana preocupa-se em preservar a justiça (equanimidade) de Deus. Como
pode um Deus justo considerar as pessoas responsáveis pela obediência a mandamentos
que são incapazes de obedecer? Esta teologia dá ênfase à presciência divina, à
responsabilidade e livre-arbítrio humanos, e à graça capacitadora universal (graça comum).
Deus
Deus é soberano, mas resolveu conceder livre-arbítrio aos seres humanos.
Salvação
Deus predestinou para a salvação aqueles que ele viu de antemão que iriam arrepender-se e
crer (eleição condicional). Cristo sofreu pelos pecados de toda a humanidade; assim sendo,
a expiação é ilimitada. A salvação pode ser perdida pelo crente, e por isso a pessoa deve
esforçar-se para não cair e se perder. Cristo não pagou a penalidade dos nossos pecados,
pois se o tivesse feito todos seriam salvos. Antes, Cristo sofreu pelos nossos pecados para
que o Pai pudesse perdoar aqueles que se arrependem e crêem. A morte de Cristo foi um
exemplo da penalidade do pecado e do preço do perdão.
Teologia Wesleyana
Teologia
A teologia wesleyana é essencialmente arminiana, mas tem um senso mais forte da
realidade do pecado e da dependência da graça divina.
Revelação
A Bíblia é a revelação divina, o padrão supremo para a fé e a prática. Todavia, existem
quatro meios pelos quais a verdade é mediada - a Escritura, a razão, a tradição e a
experiência (o quadrilátero wesleyano). A Escritura possui autoridade suprema. Depois
da Escritura, a experiência continua a ser a melhor evidência do cristianismo.
Salvação
A salvação é um processo de graça com três passos: graça preveniente, graça justificadora e
graça santificadora. A graça preveniente é a obra universal do Espírito entre o nascimento
e a salvação de uma pessoa. A graça preveniente impede que alguém se afaste muito de
Deus e capacita a pessoa a responder ao evangelho, positiva ou negativamente. Para
aqueles que recebem o evangelho, a graça justificadora produz salvação e inicia o
processo de santificação.
O crente tem como alvo a obtenção da inteira santificação, que é produzida pelo Espírito
Santo em uma segunda obra da graça. A inteira santificação significa que a pessoa foi
aperfeiçoada em amor. A perfeição não -é absoluta, porém relativa e dinâmica. Quando
alguém pode amar sem interesse próprio ou motivos impuros, então ele ou ela alcançou
a perfeição.
!♦ Traços Distintivos (continuação)
Teologia Liberal
Teologia
Os teólogos liberais procuram articular o cristianismo em termos da cultura e do
pensamento contemporâneos. Eles buscam preservar a essência do cristianismo em
termos e conceitos modernos.
Deus
Deus é imanente. Ele habita no mundo e não está acima ou separado dele. Assim,
não existe distinção entre o natural e o sobrenatural.
Trindade
O Pai não atua sobrenaturalmente, mas por meio da cultura, filosofia, educação e
sociedade. A teologia liberal geralmente é unitária e não trinitária, reconhecendo
somente a divindade cio Pai. Jesus estava “repleto de Deus”, mas não era Deus
encarnado. O Espírito não é uma pessoa da Divindade, mas simplesmente a atividade
de Deus no mundo.
Cristo
Cristo deu à humanidade um exemplo moral. Ele também expressou Deus a nós. Cristo não
morreu para pagar a penalidade dos nossos pecados ou para imputar a sua justiça aos seres
humanos. Ele não era Deus nem salvador, mas simplesmente o representante de Deus.
Espírito
Santo
O Espírito é a atividade de Deus no mundo, e não uma terceira pessoa da Divindade
igual em essência ao Pai e ao Filho.
Revelação
A Bíblia é um registro humano falível de experiências e pensamentos religiosos. A validade
histórica do registro bíblico é posta em dúvida. As avaliações científicas provam que os
elementos miraculosos da Bíblia são apenas expressões religiosas.
Salvação
O ser humano não é pecador por natureza, mas possui um sentimento religioso universal.
O alvo da salvação não é a conversão pessoal, mas o aperfeiçoamento da sociedade. Cristo
deu o exemplo supremo daquilo que a humanidade se esforça por alcançar e irá tornar-se
um dia. De maneira característica, a teologia liberal tem negado uniformemente a queda,
o pecado original e a natureza substitutiva da Expiação.
Futuro
Cristo não irá voltar em pessoa. O reino virá à terra como conseqüência do progresso moral
universal.
1. Traços Distintivos (continuação)
Teologia Existencial
Teologia
Os teólogos existenciais afirmam que precisamos desmitificar ou “desmitologizar” a
Escritura. “Desmitologizar a Escritura significa rejeitar não a Escritura ou a mensagem
cristã, mas a cosmovisão de uma época antiga.” Isso implica em explicar tudo o que é
sobrenatural como sendo um mito. Por conseqüência, a parte importante da fé cristã
passa a ser a experiência subjetiva, e não a verdade objetiva (ver Salvação). A Bíblia,
quando desmitologizada, não fala acerca de Deus, mas acerca do homem.
Deus
É impossível um conhecimento objetivo da existência de Deus. O conceito de Deus foi um
auxílio para os primeiros cristãos entenderem a si próprios, mas em nosso tempo, tendo
uma cosmovisão diferente, podemos ver o que está por trás do mito. Assim, Deus é a
nossa declaração acerca da vida humana. “Portanto, está claro que, se um homem vai
falar acerca de Deus, ele evidentemente precisa falar a respeito de si mesmo” (Bultmann).
Se Deus existe, ele atua no mundo como se não existisse, e nós não podemos conhecê-lo
de nenhum modo objetivo.
Trindade
A Trindade é um mito relacionado com o conteúdo sobrenatural da Bíblia (ver Deus).
Cristo
Jesus é simplesmente um homem comum. Como o Novo Testamento é considerado um
mito, nós não temos muito conhecimento do “Jesus histórico”, se é que temos algum
conhecimento. Isso nos deixa um quadro de Jesus desprovido de qualquer intervenção
“divina.” A Cruz nada significa no que se refere a levar os pecados de modo vicário, e a
Ressurreição é totalmente inconcebível como evento histórico. Isso também se aplica ao
Nascimento Virginal e a outros milagres.
Espírito
Santo
Tudo o que sabemos sobre o Espírito Santo provém de trechos sobrenaturais e não fidedignos
da Bíblia, que na realidade são apenas míticos.
Revelação
A Bíblia não é uma fonte de informações objetivas a respeito de Deus. Para melhor
compreenderem a si mesmas, as pessoas dos primeiros séculos criaram um mito em torno
de Jesus. Ele não operou milagres nem ressurgiu dentre os mortos. Se pudermos “eliminar
os mitos” do Evangelho, descobriremos o propósito original por trás do mito e poderemos
encontrar orientação para as nossas vidas na atualidade. Isto é chamado de
“desmitologização.” A Bíblia torna-se um livro que tem como objetivo transformar as
pessoas por meio do encontro.
Salvação
“Salvação” é encontrar o nosso “verdadeiro eu.” Isso é feito por meio da decisão de colocar
a nossa fé em Deus, e essa decisão irá mudar o nosso entendimento de nós mesmos. Assim
sendo, a salvação é uma mudança de toda a nossa perspectiva e conduta de vida,
fundamentada em uma experiência de “Deus”; não é uma mudança da natureza humana.
Como nada conhecemos objetivamente acerca de Deus, é uma questão de “ter fé na fé.”
Mito
Bultmann entendia um mito como um modo de falar do Transcendente em termos deste
mundo: “Mitologia é uma forma de simbolismo na qual aquilo que não é deste mundo,
aquilo que é divino, é representado como se fosse deste mundo e humano; o ‘além’ é
representado como ‘o aqui e agora.’”
1. Traços Distintivos (continuação)
Teologia Neo-Ortodoxa
Teologia
A neo-ortodoxia é mais uma hermenêutica do que uma teologia sistemática completa.
Ela foi uma reação contra o liberalismo do final do século dezenove e esforçou-se por
preservar a essência da teologia da Reforma ao mesmo tempo que se adaptava a
questões contemporâneas. É uma teologia do encontro entre Deus e o ser humano.
Deus
Deus é totalmente transcendente, exceto quando decide revelar-se ao ser humano.
Deus é inteiramente soberano sobre a sua criação e independente dela. Deus não pode
ser conhecido por meio de provas (Kierkegaard). Deus não pode ser conhecido por
doutrinas objetivas, mas por meio de uma experiência de revelação.
Cristo
Cristo, conforme manifesto na Escritura, é o Cristo da fé, e não necessariamente o Jesus
histórico. Cristo é a revelação de Deus. O Cristo importante é aquele experimentado
pelo indivíduo. Cristo não teve um nascimento virginal (Brunner). Ele é o símbolo do
novo ser no qual tudo o que separa as pessoas de Deus é eliminado (Tillich).
Revelação
Há uma tríplice revelação de Deus ao homem por meio da sua Palavra. Jesus é o Verbo feito
carne. A Escritura aponta para a Palavra. A pregação proclama o Verbo feito carne.
A Bíblia contém a Palavra de Deus. A Palavra é revelada pelo Espírito à medida que a
Bíblia e Cristo são proclamados. A Bíblia é humana e falível, sendo confiável somente
na medida em que Deus se revela por meio de encontros com a Escritura. A historicidade
da Escritura não é importante. O relato da criação é um mito (Niebuhr) ou uma saga
(Barth).
Salvação
O homem é totalmente pecaminoso e somente pode ser salvo pela graça de Deus.
A Palavra produz uma crise de decisão entre a rebeldia do pecado e a graça de Deus.
Somente pela fé a pessoa pode escolher a graça de Deus nessa crise e receber a salvação.
Toda a humanidade está eleita em Cristo (Barth). Não existe nenhum pecado herdado
de Adão (Brunner). O homem peca por opção, e não por causa da sua natureza (Brunner).
Pecado é o egocentrismo (Brunner). Pecado é a injustiça social e o medo (Niebuhr).
A salvação é o compromisso com Deus por intermédio de um “salto de fé” às cegas
quando se está em desespero (Kiekegaard).
Escatologia
O inferno e o castigo eterno não são realidades (Brunner).
L Traços Distintivos (continuação)
Teologia da Libertação
Teologia
A teologia não é vista como um sistema de dogmas e sim como um meio de dar início a
mudanças sociais. Essa noção tem sido chamada “a libertação da teologia” (H. Segundo).
Essa teologia surgiu a partir do Vaticano II e das tentativas de teólogos liberais no sentido
de enfrentarem as desigualdades sociais, políticas e econômicas em face de um cristianismo
não mais guiado por uma cosmovisão bíblica. Boa parte do contexto da teologia da
libertação tem sido a América Latina e essa teologia tornou-se uma resposta à opressão
política dos pobres. Os seus proponentes com freqüência têm concepções distintas; na
realidade, não existe uma teologia da libertação “unificada.” Antes, trata-se de diversas
“alternativas” estreitamente relacionadas que derivam de raízes comuns. Em vez de uma
teologia clássica interessada em questões teológicas como a natureza de Deus, o ser
humano ou o futuro, a teologia da libertação está interessada neste mundo e em como
podem ocorrer mudanças por meio da ação política. Na América Latina em especial,
teólogos católicos romanos procuraram combinar o cristianismo e o marxismo.
Deus
Deus é ativo, colocando-se sempre ao lado dos pobres e oprimidos e contra os opressores,
de modo que não atua de maneira igual para com todos. Os teólogos da libertação
acentuam a sua imanência em detrimento da sua transcendência. Deus é mutável.
Cristo
Jesus é visto como um messias do envolvimento político. Ele é Deus entrando na luta pela
justiça ao lado dos pobres e dos oprimidos. Todavia, ele não foi um salvador no sentido
tradicional da palavra. Em vez disso, os teólogos da libertação defendem uma idéia de
“influência moral” no que diz respeito à expiação. Nada se diz acerca de uma satisfação da
ira de Deus contra o ser humano.
Espírito
Santo
A pneumatologia está virtualmente ausente da teologia da libertação. Parece difícil encontrar
um papel para a obra do Espírito Santo nos sistemas políticos centrados no ser humano.
Revelação
A Bíblia não é um livro de verdades e normas eternas, mas de registros históricos específicos
(muitas vezes pouco fidedignos). No entanto, muitas passagens são utilizadas em apoio
dessa teologia, especialmente o relato do Exodo. Os teólogos da libertação utilizam a “nova”
hermenêutica a fim de defenderem as suas posições. Como a sua teologia se apóia em uma
análise marxista e é vista como um modo útil de criar ações “apropriadas” (ver Salvação),
eles dão ênfase primariamente a normas éticas que alcancem os fins do movimento.
Salvação
A salvação é vista como uma transformação social em que se estabelece justiça para os pobres
e oprimidos. “O católico que não é um revolucionário está vivendo em pecado mortal” (C.
Torres). Qualquer método para alcançar esse fim é aceitável, até mesmo a violência e a
revolução. Essa concepção tende para o universalismo, e o evangelismo torna-se
simplesmente o esforço de gerar consciência e preparar as pessoas para a ação política.
Igreja
A igreja é vista como um instrumento para transformar a sociedade: “A atividade pastoral da
igreja não é uma conclusão que resulta de premissas teológicas... [ela] tenta ser parte do
processo pelo qual o mundo é transformado” (G. Gutiérrez). A neutralidade política não é
uma opção para a igreja.
1. Traços Distintivos (continuação)
Teologia Negra
Teologia
A teologia negra é uma forma de teologia da libertação que tem no seu centro o tema da
opressão dos negros pelos brancos. Ela resultou da “necessidade de as pessoas negras
definirem o propósito e sentido da existência negra em uma sociedade racista branca”
(Cone). Essa teologia emergiu nas últimas duas décadas na onda dos movimentos de
libertação como uma expressão da consciência negra e procura abordar as questões que os
negros precisam enfrentar no seu dia-a-dia.
Deus
Conceitos complexos ou essencialmente filosóficos acerca de Deus são em grande parte
ignorados por causa da preferência pelas necessidades dos oprimidos. Assim sendo, os
conceitos cristãos brancos ensinados ao homem negro devem ser rejeitados ou ignorados.
Afirma-se que a pessoa de Deus, a Trindade, o seu supremo poder e autoridade, bem
como “indícios sutis do caráter masculino e branco de Deus” não se relacionam com a
experiência negra (e em alguns casos são antagônicos à mesma). A perspectiva dominante
sobre Deus é de um Deus em ação, que liberta os oprimidos por causa da sua justiça. A sua
imanência é mais enfatizada que a sua transcendência e por isso ele é visto como um ser
instável ou que está sempre em mudança.
Trindade
A Trindade não é acentuada. Todavia, Jesus é Deus, mas no sentido da expressão visível de
interesse e salvação da parte de Deus.
Cristo
Cristo é aquele que liberta quase que exclusivamente num sentido social. Ele é um libertador
ou “Messias Negro” cuja obra de emancipação dos pobres e oprimidos da sociedade
assemelha-se à busca de libertação por parte dos negros. A mensagem de Cristo é “poder
negro” (Henry). A sua natureza intrínseca e atividade espiritual recebem pouca ou
nenhuma atenção. Alguns até mesmo negam o seu papel de sacrifício expiatório pelos
pecados do mundo e de doador da vida eterna (Shrine).
Revelação
A teologia negra não está presa ao literalismo bíblico, mas é de natureza mais pragmática.
Somente a experiência da opressão negra é o padrão investido de autoridade.
Salvação
A salvação é a liberdade da opressão e pertence aos negros nesta vida. Os proponentes da
teologia negra estão interessados mais especificamente nos aspectos políticos e teológicos
da salvação do que nos aspectos espirituais. Em outras palavras, a salvação é a libertação
física da opressão branca em vez da liberdade no tocante à natureza e atos pecaminosos
de cada indivíduo. A apresentação do céu como uma recompensa por seguir a Cristo é
vista como uma tentativa de dissuadir os negros do alvo da verdadeira libertação de sua
pessoa integral.
Igreja
A igreja é o centro da expressão social da comunidade negra, onde os negros podem expressar
liberdade e igualdade (Cone). Assim sendo, a igreja e a política constituem um todo coeso
em que se realiza a expressão teológica do desejo de liberdade social.
2. Modelos Teológicos Feministas Contemporâneos
Raízes da Teologia Feminista
O surgimento do Movimento de Libertação da Mulher a partir de meados do século XX ajudou a criar uma
consciência crítica feminista. Essa consciência, ao interagir com a Bíblia e as tradições teológicas cristãs,
tem buscado uma nova investigação de paradigmas antigos e uma nova agenda de estudo. Essa “nova”
investigação e agenda resultou nos seguintes modelos.
M od elo
P rop o n en tes
P onto de V ista
Entende que a Bíblia promove uma estrutura patriarcal
opressora e rejeita a sua autoridade.
R e je ccio n ista
(p ó s-cristão )
Ala da Rejeição
B. Friedan, K. Millett, G.
Steinem
Rejeita totalmente as tradições judaico-cristãs como
irremediavelmente voltadas para o masculino.
Ala da Restauração
M. Daly, N. Goldenberg
Restaura a religião da magia ou aceita um misticismo da
natureza baseado exclusivamente na consciência das
mulheres.
Não vê qualquer sexismo radicalmente opressor no
relato bíblico.
C o n se rv ad o r
(evan gélico)
Ala
Tradicional
J. Hurley, S. Foh, S. Clark,
G. Knight, E. Elliot,
Concílio pela
Masculinidade e
Feminilidade Bíblica
Busca ordem por meio de papéis complementares. O
papel da mulher na ordem criada por Deus deve
expressar-se pela submissão e dependência voluntária
na igreja e na família (e para alguns na sociedade). O
padrão divino para os homens é a liderança amorosa.
Isso não diminui a verdadeira liberdade e dignidade
das mulheres.
Ala
Igualitária
C. Kroeger, A. Spencer, G.
Bilizikian, Cristãos pela
Igualdade Bíblica
A Bíblia requer mútua submissão, nem o homem nem a
mulher sendo relegados a um papel particular na família,
igreja ou sociedade com base exclusiva no seu gênero.
Como os rejeccionistas, vê um chauvinismo (valorização
exagerada) patriarcal na Bíblia e na história cristã,
tendo o desejo de superá-lo. Seu compromisso com a
libertação como a mensagem central da Bíblia impede
que rejeite a tradição cristã.
R efo rm ista
(libertação)
Ala Moderada
L. Scanzoni, V. Mollenkott,
M. S. van Leeuwen
Por meio da exegese, tenta trazer à luz o papel positivo
das mulheres na Bíblia. Algumas reformistas moderadas
buscam na tradição profética uma hermenêutica
“utilizável” de libertação. Em textos que não tratam
especificamente de mulheres, elas encontram um apelo
à criação de uma sociedade justa, livre de todo tipo de
opressão social, econômica ou sexista.
Ala Radical
E. Schiissler, E. Stanton
Apela a uma “hermenêutica de suspeita” feminista mais
abrangente. Parte do reconhecimento de que a Bíblia
foi escrita, traduzida, canonizada e interpretada por
homens. O cânon da fé ficou centralizado no homem.
Por meio da reconstrução teológica e exegética, as
mulheres novamente devem assumir o lugar de
destaque que ocuparam na história cristã primitiva.
3* Guia para a Interpretação de Textos Bíblicos
Term os
E stru tu ra
Descritiva
Racional
Conclusiva
O que significa?
Por que isso foi dito aqui?
Q u al é a im portância?
O que se quer dizer com o termo?
Por que este termo é usado? (de modo geral)
Com o ele funciona nesta sentença?
Por que este termo é usado? (de modo específico)
Que palavras-chave carecem de um estudo
aprofundado?
Por que este é um termo-chave na passagem?
Que tipo de frase é esta?
Por que foi usado este estilo de frase?
Que leis estruturais são utilizadas?
Quais são as causas, efeitos ou propósitos
refletidos nas cláusulas?
contraste
comparação
repetição
proporção
clímax
causa/efeito
síntese/explicação
pergunta/resposta
geral/específica
permuta/inversão
Por que é usada esta ordem de palavras,
expressões ou cláusulas?
Por que os relacionamentos declarados são
como são?
Quais são as verdades dominantes ensinadas na
passagem?
0 que essas verdades indicam sobre como Deus
age ou quer que os crentes ajam?
Quais são as verdades permanentes ensinadas
nas principais afirmações?
Que grandes motivações ou promessas revelam
as cláusulas subordinadas?
Que idéias centrais são enfatizadas por meio da
ordem das palavras ou das expressões?
Que limitações são encontradas?
Quais são as principais palavras de ligação?
Form a
Literária
Q ue forma literária é utilizada?
Por que é empregada esta forma literária?
Q uais são as suas características?
Por que as figuras são usadas como são?
Qual é a importância desta forma de literatura
em relação à verdade transmitida?
Que luz é lançada sobre a verdade pelas figuras
de linguagem utilizadas?
Com o esta forma literária transmite o
sentido do autor?
A linguagem é literal ou figurada?
A tm o sfera
Que aspectos da passagem revelam a
atmosfera?
Por que esse tipo de atmosfera domina esta
passagem específica?
Q ual é a importância da atmosfera para a
argumentação da passagem?
Que palavras que transmitem emoção são
usadas?
Por que essa atmosfera é essencial para a
apresentação eficaz desta passagem?
O teor dominante da passagem é de
encorajamento ou repreensão?
Com o se desenvolve no texto a atitude do
autor? e a dos leitores?
© 1987 Mark Bailey. Adaptado e usado mediante permissão.
4. Comparação entre Teologia do Pacto e Dispensacionalismo
Ponto de Vista
D e sc riç ã o
Teologia do Pacto
A teo logia d o p a c to co n cen tra-se em u m grande
p a c to geral co n h ecid o co m o o p acto d a graça.
A lg u n s o tem den o m in ad o p acto d a red en ção.
Ele é definido por m uitos co m o um pacto eterno
en tre os m em bros d a T rindade, incluin do os
segu intes elem entos: (1) o Pai escolheu um
p o v o p ara ser seu; (2) o Filho foi d esign ado,
co m seu co n sen tim en to, para p ag ar o castigo
do p ec ad o d esse povo; e (3) o E spírito S a n to
foi d esign ad o, co m seu con sen tim en to, para
aplicar a obra d o Filho ao seu p o v o escolh ido.
Dispensacionalismo
A teo lo gia d isp e n sa c io n a lista vê o m u n d o e a h istória da
h u m an id ad e c o m o u m a esfera d o m é stica sobre a qu al
D e u s su p erv isio n a a realiz ação d o seu p ro p ó sito e
v o n tad e . E ssa realiz ação d o seu p ro p ó sito e v o n tad e
p o d e ser v ista ao se o b serv are m os d iversos p eríod os
ou e stág io s d a s d iferen tes e c o n o m ias p elas q u ais D eus
lida co m a su a o b ra e co m a h u m an id ad e em
particular. E sse s d iv erso s e stág io s o u ec o n o m ias são
c h a m a d o s d isp e n saçõ e s. O se u n ú m ero p o d e ch egar
a sete: in o c ê n c ia, c o n sciê n cia, g o v ern o h u m an o,
p ro m essa, lei, g ra ç a e reino.
E sse p a c to d a g raç a é realizado n a terra,
h isto ricam en te, por m eio de p acto s
su b o rd in ad o s, in ician d o co m o p a c to d a s ob ras
e cu lm in an d o co m a n o v a alian ça, qu e cu m pre
e co m p le ta a o b ra g racio sa de D e u s em relação
ao s seres h u m an o s, n a terra. E sses p acto s
in c lu e m o p a c to ad âm ico , o p acto n o aic o , o
p a c to ab raâm ico , o p a c to m o saico , o p a c to
d av íd ic o e a n o v a alian ça.
O p a c to d a g ra ç a tam b ém é u sad o p ara ex p licar
a u n id ad e d a re d e n ç ã o a o lon go de to d as as
eras, c o m e ç a n d o co m a Q u e d a , q u an d o
term in ou o p a c to d a s ob ras.
A teo lo gia d o p a c to n ã o co n sid era c a d a p acto
se p arad o e d istin to . A o co n trário , c a d a p a c to
ap ó ia-se n o s an teriores, in clu in do asp e cto s
d o s m esm o s e cu lm in an d o n a n o v a alian ça.
O P ovo d e D e u s
D e u s tem u m p o v o , rep resen tad o p elo s san to s
d a era d o A n tig o T e stam en to e o s sa n to s d a
era do N o v o T e stam en to.
D e u s tem d o is p o v o s - Israel e a igreja. Israel é um povo
terren o e a ig reja é o seu p o v o celestial.
O P lan o d e D e u s
p a ra o seu Povo
D e u s tem u m p o v o , a igreja, p a ra o q u al ele tem
u m p lan o e m to d as as eras d esd e A d ã o : reunir
esse p o v o em u m só co rpo, ta n to n a era do
A n tig o q u a n to d o N o v o T e stam en to .
D e u s tem d o is p o v o s se p arad o s, Israel e a igreja, e tem
tam b ém d o is p lan o s se p a ra d o s p ara esses d ois p ovos
d istin to s. E le p la n e ja ü m rein o terren o p ara Israel.
E sse rein o foi ad ia d o até a v in d a d e C risto co m poder,
u m a vez q u e Israel o rejeito u n a su a prim eira vinda.
D u ra n te a era d a ig reja D e u s e stá reu n in d o u m povo
ce lestial. O s d isp e n sa c io n a lista s d isco rd am se os dois
p o v o s p e rm an e c e rão d istin to s n o e sta d o etern o.
O P lan o D iv in o
d e S a lv a ç ã o
D e u s tem u m p lan o de sa lv a ç ã o p a ra o se u po v o
d esd e a é p o c a d e A d ã o . E u m p lan o de g raça,
se n d o a realiz ação d o p a c to e te rn o d a g raç a, e
v em por in te rm éd io d a fé em Je su s C risto.
D e u s tem so m e n te u m p lan o de sa lv a ç ã o , em b ora isso
m u itas vezes se ja m al-co m p ree n d id o p o r c a u sa de
in e x a tid õ e s em alg u n s escrito s d isp en sacion ais.
A lg u n s têm en sin ad o ou en ten d id o erro n eam en te
q u e os c ren tes d o A n tig o T e stam en to fo ram salv o s
p o r o b ras e sacrifício s. T o d av ia, a m aior p arte crê
q u e a sa lv a ç ã o sem p re foi p ela g ra ç a m e d ia n te a fé,
m as q u e o co n te ú d o d a fé p o d e v ariar a té a p len a
rev elaç ão de D e u s em C risto.
Este gráfico representa concepções tradicionais e está baseado principalmente no estudo de Richard P Belcher, A Comparison of Dispensationalism and
Covenant Theology [Com paração entre o Dispensacionalismo e a Teologia do Facto] (Columbia, S.C .: Richbarry Press, 1986).
4. Teologia do Pacto/Dispensacionalismo (continuação)
Ponto de Vista
Teologia do Pacto
Dispensacionalismo
O L u g ar d o D e stin o
E tern o d o Povo de
D eu s
D e u s tem so m e n te u m lu gar p ara o seu povo,
u m a vez q u e ele tem so m e n te um p o v o , um
p lan o p a ra esse p o v o e u m p lan o de salv aç ão .
O seu p o v o e sta rá n a su a p resen ça p o r to d a a
ete rn id ad e .
E x iste m d iv ergê n cias e n tre os d isp en sacio n alista s
q u a n to a o fu tu ro e sta d o de Israel e d a igreja. M u ito s
crêe m q u e a ig reja irá se n tar-se co m C risto n o seu
tron o n a N o v a Je ru sa lé m d u ran te o m ilên io q u an d o
ele g o v ern ar as n aç õ e s, ao p a sso qu e Israel se rá a
c a b e ç a d a s n a ç õ e s d a terra.
O N a sc im e n to d a
Igreja
A ig reja ex istiu a n te s d a e ra d o N o v o
T e stam en to , in clu in do to d o s o s rem id os d esd e
A d ã o . O P en te co ste n ã o foi o início d a igreja,
m as a c a p a c ita ç ã o d o p o v o d e D e u s m an ifesto
n a n o v a d isp e n sação .
A igreja n a sc e u n o d ia d e P en te co ste e n ã o ex istiu n a
h istória até aq u ele tem po . A igreja, o co rp o d e C risto ,
n ã o é e n c o n tra d a n o V elho T e stam en to , e o s san to s
do V elho T e stam e n to n ã o são p arte d o co rp o de
C risto .
O P ro pósito d a
Prim eira V in d a de
C risto
C risto v eio p a ra m orrer p elo s n o sso s p e c a d o s e
p a ra esta b e le c e r o N o v o Israel, a m an ife staç ão
d a igreja d o N o v o T e stam en to . E ssa
c o n tin u a ç ã o d o p lan o d e D e u s c o lo co u a
ig reja so b u m p a c to n o v o e m elhor, q u e foi
u m a n o v a m a n ife sta ç ã o d o m esm o P acto d a
G ra ç a . O rein o q u e Je su s o fere ceu foi o rein o
p resen te, espiritu al e invisível.
C risto v eio p ara estab e le ce r o reino m essiân ico . A lg u n s
d isp en sacio n alistas crêem q u e ele d ev e ria ser u m reino
terren o e m cu m p rim en to à s p ro m essas d o V elho
T e stam en to feitas a Israel. S e os ju d e u s tiv essem ace ito
a o ferta de Je su s, esse rein o terren o teria sid o
estab e le cid o d e im ed iato . O u tro s d isp en sacio n a listas
crêe m qu e C risto estab e le ce u o rein o m essiân ico em
alg u m a form a d a q u al a ig reja particip a, m as q u e o
rein o terren o a g u ard a a se g u n d a v in d a de C risto à
terra. C risto sem p re tev e em m en te a cruz a n te s d a
co ro a.
A lg u n s p a c tu a lista s (esp e cialm en te pósm ilen istas) tam b ém v êe m u m asp e c to físico no
rein o.
O C u m p rim en to d a
N o v a A lia n ç a
A s p ro m e ssas d a N o v a A lia n ç a m e n c io n ad as
e m Je re m ia s 3 1 .3 ls s sã o cu m p rid as n o N o v o
T e sta m e n to .
O s d isp en sacio n alistas n ã o co n co rd am se so m e n te Israel
irá p articip ar d a N o v a A lia n ç a , n u m a é p o c a posterior,
o u se ta n to a igreja co m o Israel p articip am
c o n ju n tam en te. A lg u n s d isp e n sacio n alistas a cred itam
qu e ex iste só u m a n o v a alia n ç a co m d u a s ap lica ç õ es:
u m a p ara Israel e o u tra p ara a igreja. O u tro s
a cred itam q u e ex istem d u as n o v a s alia n ç a s: u m a
p a ra Israel e o u tra p ara a igreja.
0 P roblem a d o
A m ile n ism o e d o
P ó s-M ilen ism o
versu s o PréM ilen ism o
A te o lo g ia d o p a c to tem sid o h isto ricam en te
am ilen ista, cre n d o q u e o rein o é p resen te e
esp iritu al, o u p ó s-m ile n ista, cren d o qu e o
rein o e s tá se n d o e sta b e le c id o n a terra e terá
a su a c u lm in aç ão n a v in d a d e C risto. E m
an o s rece n tes alg u n s teó lo go s d o p a c to têm
sid o p ré-m ilen istas, cre n d o qu e h av erá u m a
fu tu ra m a n ife sta ç ã o d o rein o de D e u s n a
terra. N o e n ta n to , a re la ç ã o de D e u s co m
Israel e sta rá em c o n e x ã o c o m a igreja. O s
pós-m ile n istas crêe m q u e a igreja e stá
in stau ran d o o rein o a g o ra e qu e Israel
fin alm en te se to rn ará u m a p arte d a igreja.
T o do s os d isp en sacio n alistas sã o pré-m ilen istas, em b ora
n ã o n ec essariam en te p ré-trib u lacio n istas. E sse tipo
de pré-m ilen ista crê q u e D e u s irá v oltar-se
n o v am e n te p a ra a n a ç ã o de Israel, à p arte d e su a
ob ra co m a igreja, e q u e h av e rá u m períod o d e mil
an o s em q u e C risto rein ará n o tro n o d e D av i, de
aco rd o co m as p ro fe cias d o V elh o T e stam en to e em
cu m p rim en to d a s m esm as.
A S e g u n d a V in d a de
C risto
A v in d a d e C risto irá trazer o juízo fin al e o
esta d o ete rn o . O s p ré-m ilen istas afirm am
qu e u m p erío d o m ile n ar irá p receder o juízo
e o e sta d o etern o . O s p ó s-m ile n istas crêem
qu e o rein o e stá se n d o e stab elecid o pelo
trab alh o d o p o v o d e D e u s n a terra, até o
m o m en to em q u e C risto irá co n su m á-lo,
n a su a vin d a.
D e aco rd o co m a m aioria, p rim eiro irá ocorrer o
A rre b a ta m e n to , e e n tão u m p eríod o de trib u lação ,
segu id o d o rein o d e C risto d u ran te m il an o s, ap ó s o
q u al h av erá o juízo e o e sta d o etern o.
5. Esquemas Dispensacionais Representativos
J. N. Darby
18004882
E sta d o p arad isíaco
(até o D ilúvio)
J. H. Brookes
18304897
James M. Gray
18514935
C. L Scofield
18434921
É d en
E d ên ico
In o cên cia
A n te -d ilu v ia n o
A n te -d ilu v ian o
C o n sc iê n cia
N oé
G o v e rn o h u m an o
Patriarcal
P atriarcal
A b ra ã o
P rom essa
Israel
sob a lei
sob o sacerd ó cio
so b os reis
M o saico
M o saico
Lei
G en tio s
M e ssiân ic o
Igreja
G raça
E spírito
E spírito S a n to
M ilênio
M ilen ar
M ilen ar
R ein o
P lenitude do tem po
E tern o
Adaptado de Charles C. Ryrie, Dispensationalism Today [Dispensacionalismo Hoje] (Chicago: Moody Press, 1965), p. 84. Usado mediante permissão.
6. Modelos de Revelação
Modelo
Partidários
Definição de Revelação
Propósito da Revelação
Revelação como
D outrina*
Pais d a igreja
Igreja m edieval
R eform ad ores
B. B. W arfield
F rancis Sch aeffer
C on cílio In tern acion al
sobre In errân cia Bíblica
A rev elação é d o ta d a de au torid ad e divina,
sen d o tran sm itida de m an eira o b jetiva e
proposicio n al pelo m eio (palavras) exclu sivo
d a B íb lia .* * A s su as proposições em geral
assu m em o caráter de doutrin a.
D e sp ertar a fé salv ad o ra por m eio d a a c e ita ç ã o da
verd ad e revelada de m an eira su prem a em Je su s
C risto .
Revelação como
Evento Histórico
W illiam Tem ple
G . E rn est W right
O sc a r C u llm an
W olfhart P annen berg
R e v e lação é a d em o n straç ão da d isp osição e
cap ac id a d e red en to ra de D eu s conform e
testificad a por seus gran d es feitos n a h istória
h u m an a.
In stilar esp eran ça e co n fian ç a n o D eu s d a história.
Revelação como
Experiência
Interior
F riedrich Sch leierm ach er
D. W. R. Inge
C . H . D od d
K arl R ah n er
R e v e lação é a au to -m an ifestaç ão de D e u s por
m eio de su a p resen ça ín tim a n as profu ndezas
d o espírito e da psiqu ê hu m anos.
P ropiciar u m a ex p eriên cia de união co m D eu s
qu e equ ivale à im ortalid ad e.
Revelação como
Presença
Dialética
K arl B arth
E m il Bru n n er
Jo h n Baillie
R e v e lação é a m en sagem de D eu s àqu eles que
ele co n fron ta co m a su a P alavra n a B íblia e
c o m C risto n a p ro clam aç ão cristã.
G erar a fé co m o a a d e q u ad a co n su m ação m etarevelató ria de si própria.
Revelação como
Nova Consciência
Teilhard de C h ard in
M . B lon del
G regory B au m
L eslie D ew art
Ray L. H art
Paul T illich
R e v e lação é o atin gim en to de um nível superior
de co n sciê n cia à m ed id a que se é atraíd o para
u m a p articip ação m ais frutífera n a criativid ad e
d ivin a.
O b ter a reestru tu ração d a percep ção e da
ex p eriên cia e u m a co n co m itan te au totran sform ação.
* 0 modelo doutrinário reconhece a “revelação natural" (aquilo que pode ser discernido acerca de Deus pela razão ou pela criação) como algo distinto da revelação bíblica especial. Todavia, ela é considerada de
pequena importância em virtude de não ser salvífica (ela simplesmente “fere” a consciência). Este modelo considera os milagres e os sinais apostólicos como confirmações da revelação.
* * 0 s teólogos católicos romanos que abraçam esse modelo acrescentam a essa definição as palavras “ou pelo ensino oficial da Igreja.”
Este gráfico baseia-se em Avery Dulles, Models ofRevelation [Modelos de Revelação] (Maryknoll, N.Y.: Orbis Books, 1992). Usado mediante permissão.
6. Modelos de Revelação (continuação)
M odelo
V isão G eral da Bíblia
R elação com a H istó ria
M eio de A p reen são H um an a
R evelação com o
D outrin a
A B íblia é a P alavra de D e u s (tan to n a
form a co m o n o c o n te ú d o ).
A revelação é trans-histórica (ela é d iscreta
e d eterm in ativ a q u an to à sua
co n tigü id ad e co m a h istó ria).
Ilu m in ação (pelo E spírito S a n to )
R evelação com o
Evento H istórico
A B íblia é um evento. E stá ligad a à au torev elação de D eu s m an ifesta
in d iretam en te n a to talid ad e de sua
ativ id ad e n a história. Ela n u n c a é
ex trín se ca seja à co n tin u id ad e ou à
p articu larid ad e d essa história.
A revelação é intra-histórica (a Bíblia
revela a h istória dentro d a h istó ria).
R azão
R evelação com o
Experiên cia
Interior
A B íblia contém a p alav ra de D eus
(m istu rad a co m os elem en tos h u m anos
d e erro e m ito: a B íblia é u m a “ c a sc a ”
qu e en v olve o “ ce rn e” d a v e rd a d e ). E ssa
verd ad e som en te pode ser ap reen d id a
(exp erim en tad a) por m eio d a ilu m in ação
pessoal.
A revelação é psico'histórica (ela relacion ase com a h istória co m o u m a im agem
m en tal d a co n tin u id ad e h u m an a).
In tu ição
R evelação com o
P resen ça
D ialética
A B íblia tom a-se a p alavra de D eus a nós
(a rev elação n ão é estática, m as
d in âm ica, e tem que ver co m a
co n tin g ên cia d a resp o sta h u m an a) n a
m ed id a em que é din am izad a pelo
E spírito San to .
A rev elação é supra-histórica (a Bíblia
revela a “ h istória além d a h istória”).
R azão “ tran sac io n al” (in teração com a fé
in trín seca à revelação)
R evelação com o
N ova
C on sciên cia
A B íblia é um parad igm a - um m ed iad or
pelo qu al se pode ob ter au totran sfo rm ação e tran scen d ên cia (m as
ela é som en te um esforço h u m an o que
utiliza u m a linguagem h u m an a
“ cla u d ic a n te ” co m vistas a esse o b jetivo).
A revelação é a-histónca (a história tornase virtu alm en te irrelevante ao ser
su bm etida a co n tín u as rein terpretações
de tran scen d ên cia pessoal).
M e d itação racion al/m ística
6. Modelos de Revelação (continuação)
M o d e lo
H e r m e n ê u tic a B á s ic a
P o n to s F o rte s A le g a d o s
P o n to s F r a c o s A le g a d o s
R e v e la ç ã o
c o m o D o u tr in a
In d u ção (objetiva)
D eriva do próprio testem u n h o d a Bíblia sobre si
m esm a.
E a c o n ce p ç ão tradicional, d esd e os pais d a igreja
até o presen te.
E distin tivo em virtude d a su a co erên cia interna.
Provê o fu n d am e n to p ara u m a teologia co n sisten te.
A B íblia n ão reivindica a su a própria infalibilidade
proposicio n al.
O s exegetas antigos e medievais eram abertos a
interpretações alegóricas/espirituais. A diversidade de
termos .e convenções literárias milita contra esse modelo.
A ciên cia m od ern a refu ta o literalism o bíblico e
ou tras n o ç õ es ligadas a esse m odelo.
S u a h erm en êu tica ignora o p o d er su gestivo do
co n te x to bíblico.
R e v e la ç ã o
c o m o E v e n to
H istó r ic o
D e d u ç ão (objetiva/
su bjetiva)
Tem v alor religioso pragm ático por cau sa de seu
caráter co n creto .
Identifica certos temas bíblicos subestimados ou ignorados
_ pelo m odelo proposicional (Revelação com o Doutrina).
E m ais orgân ico em sua ab o rd ag em e ap o n ta p ara um
_ m od elo de história.
E n ão -au to ritário , sen do assim m ais plau sível p ara a
m en talid ad e co n tem p o rân ea.
R elega a B íblia a um a p o sição de “ fen ôm en o” . É
v irtu alm en te d esprovid o de su ste n ta ç ã o teológica.
A p e sa r de su a aleg ad a plau sibilidade, n ão prom ove
o d iálogo ecum ênico.
R e v e la ç ã o
com o
E x p e r iê n c ia
In te r io r
E cletism o (su bjetiva)
O ferece d efesa co n tra u m a crítica racio n alista d a
Bíblia.
P rom ove a v id a devocion al.
A su a flexibilidade in cen tiva o d iálogo inter-religioso.
Faz u m a se leção arbitrária de d ad o s bíblicos.
S u b stitu i o co n ceito bíblico d a eleição p elo elitism o
natu ral. Por su a ên fase n a experiên cia, faz um
d ivórcio en tre revelação e doutrin a.
S u a orientação experim ental tam bém apresenta o risco
de um a excessiva introspecção n a prática devocional.
R e v e la ç ã o
c o m o P re se n ç a
D ia lé tic a
In d u ç ão (su bjetiva)
P rocura apoiar-se sobre u m fu n d am e n to bíblico.
E vid en cia um claro en foqu e cristológico, porém n ão
o rtod oxo. A su a ên fase ao p arad o x o afasta m u itas
o b jeçõ es q u an to à im plau sibilid ad e d a m en sagem
cristã. O fe rece a o p o rtu n id ad e de en con tro co m
um D e u s tran scen d en te.
E m bora fu n d am e n tad o n a Bíblia, carece de co erê n cia
interna.
S u a lin gu agem parad oxal é co nfu sa.
S u a o b scu rid ad e ao relacion ar o C risto d a fé co m o
Je su s h istórico en fraqu ece a su a valid ad e.
R e v e la ç ã o
com o N ova
C o n sc iê n c ia
U ltra-e cletism o
(extrem am en te
su bjetiva)
Evita a inflexibilidade e o autoritarismo. Respeita o papel
ativo d a pessoa no processo revelatório. Harmoniza-se
com o pensam ento evolucionista ou transformacionista.
S u a filosofia satisfaz a n ec essid ad e de um viver
frutífero n o m undo.
Faz v iolên cia à E scritu ra por m eio de suas
in terp retações n ão -o rto d o x as.
E um n eo -gn osticism o in ad eq u ad o para um a
e x p eriên cia cristã significativa.
Em sua totalidade, nega o valor cognitivo/objetivo da Bíblia.
7. Concepções Acerca da Revelação Geral
Definição
Revelação geral é a comunicação de Deus acerca de si mesmo a todas as pessoas, em todos os
tempos e lugares. Ela refere-se à auto-manifestação de Deus por meio da natureza, da história
e do ser interior (consciência) da pessoa humana.
Tomás de
Aquino
Aquino é um defensor da teologia natural, que afirma ser possível obter um conhecimento verdadeiro
de Deus a partir da natureza, da história e da personalidade humana, à parte da Bíblia.
Toda verdade pertence aos dois reinos. O reino inferior é o reino da natureza e é conhecido por meio
da razão; o reino superior é o reino da graça e é aceito com base na autoridade, pela fé. Aquino
insistiu que podia demonstrar pela razão a existência de Deus e a imortalidade da alma.
Teologia
Católica
Romana
A revelação geral fornece o fundamento para a formulação da teologia natural. A teologia católica
romana tem dois níveis:
Primeiro Nível: A teologia natural é construída com blocos de revelação geral cimentados pela razão.
Inclui as evidências da existência de Deus e da imortalidade da alma. E insuficiente para um
conhecimento salvador de Deus. A maior parte das pessoas não atinge este primeiro nível pela
razão, mas pela fé.
Segundo Nível: Uma teologia revelada é construída com blocos de revelação especial cimentados
pela fé. Inclui a expiação vicária, a trindade etc. Neste nível a pessoa chega à salvação.
João
Calvino
Deus oferece uma revelação objetiva, válida e racional acerca de si mesmo na natureza, na história e na
personalidade humana. Ela pode ser observada por qualquer pessoa. Calvinp tira essa conclusão de
Salmos 19.1-2 e de Romanos 1.19-20. O pecado deturpou as evidências da revelação geral e o
testemunho de Deus ficou obscurecido. A revelação geral não capacita o descrente a obter um
conhecimento verdadeiro de Deus. Existe a necessidade dos óculos da fé. Quando alguém é exposto e
regenerado por meio da revelação especial, ele é capacitado a ver claramente o que está na revelação
geral. Mas o que se vê sempre esteve lá de maneira genuína e objetiva.
Seria possível encontrar uma teologia natural em Romanos 1.20, mas Paulo passa a demonstrar que o ser
humano caído empenha-se na supressão e substituição da verdade. A menção da natureza no Salmo 19
foi feita por um homem piedoso que via essa natureza da perspectiva da revelação especial.
Karl
Barth
Barth rejeita a teologia natural e a revelação geral. A revelação é redentora por natureza. Conhecer
a Deus e ter informações correntes sobre ele é estar relacionado com ele na experiência salvífica.
Os seres humanos são incapazes de conhecer a Deus à parte da revelação em Cristo. Se as pessoas
pudessem obter algum conhecimento de Deus fora da sua revelação em Jesus Cristo, elas teriam
contribuído de algum modo para a sua salvação. Não existe revelação fora da Encarnação.
Romanos 1.18-32 indica que as pessoas de fato encontram a Deus no cosmos, mas somente
porque já o conhecem por meio da revelação especial comunicada pelo Espírito Santo quando
se lê a Palavra de Deus.
A Bíblia é apenas um registro da revelação, um indicador da revelação, dotado de autoridade.
Passagens
Bíblicas
O Salmo 19 pode ser interpretado no sentido de que não há linguagem ou palavras cuja voz não seja
ouvida. Os versículos 7 a 14 mostram como a lei vai além da revelação do cosmos.
Romanos 1.18-32 enfatiza a revelação de Deus na natureza. Romanos 2.14-16 enfatiza a revelação
geral na personalidade humana. Paulo argumenta em 1.18 que as pessoas têm a verdade mas a
suprimem por causa da sua injustiça. Os ímpios ficam sem desculpa porque Deus mostrou por meio
da criação o que pode ser conhecido sobre ele. Romanos 2 observa que o judeu deixa de fazer o que
a lei requer e que o gentio também sabe o suficiente para ficar responsabilizado diante de Deus.
Atos 14.15-17 observa que as pessoas devem voltar-se para o Deus vivo, que fez os céus e a terra.
Embora Deus tenha permitido que as nações andem nos seus próprios caminhos, ele deixou um
testemunho na história e na natureza.
Atos 17.22-31 registra a proclamação de Paulo aos atenienses sobre o Deus desconhecido como
sendo o mesmo Deus que ele conhecia pela revelação especial. Eles haviam discernido esse Deus
desconhecido sem nenhuma revelação especial. O versículo 28 admite que até mesmo um poeta
pagão, sem revelação especial, pôde alcançar a verdade espiritual, ainda que não a salvação.
8. Modalidades da Revelação Especial
Eventos Miraculosos: Deus atuando no mundo de maneiras históricas
concretas, afetando o que ocorre
Exemplos:
Chamado de Abraão (Gn 12)
Nascimento de Isaque (Gn 21)
Páscoa (Êx 12)
/V
Travessia do Mar Vermelho (Ex 14)
Comunicações Divinas: A revelação de Deus por meio da linguagem humana
Exemplos:
Linguagem audível (Deus falando a Adão no jardim, Gn 2.16, e a
Samuel no templo, 1 Sm 3.4)
O ofício profético (Dt 18.15-18)
Sonhos (Daniel, José)
Visões (Ezequiel, Zacarias, João no Apocalipse)
A Escritura (2 Tm 3.16)
Manifestações Visíveis: Deus manifestando-se em forma visível
Exemplos:
Teofanias do Velho Testamento antes da encarnação de Jesus Cristo
(geralmente descrito como o Anjo do Senhor, Gn 16.7-14, ou como
um homem, como no caso de Jacó, Gn 32)
A glória do shekinah (Êx 3.2-4; 24.15-18; 40.34-35)
Jesus Cristo (a inigualável manifestação de Deus como um verdadeiro ser
humano, com todos os processos e experiências humanas tais como o
nascimento, a dor e a morte, Jo 1.14; 14.9; Hb 1.1-2)
9. Teorias da Inspiração
Teorias da
Inspiração
Mecânica ou
do Ditado
Parcial
G raus de
Inspiração
Formulação do Conceito
O autor bíblico é um instrumento passivo
na transmissão da revelação de Deus.
A personalidade do autor é posta de lado
para preservar o texto de aspectos
humanos falíveis.
Se Deus houvesse ditado a Escritura, o
estilo, o vocabulário e a redação seriam
uniformes. Mas a Bíblia indica diferentes
personalidades e modos de expressão nos
seus escritores.
A inspiração diz respeito apenas às
doutrinas da Escritura que não podiam
ser conhecidas pelos autores humanos.
Não é possível inspirar idéias gerais de modo
infalível sem inspirar as palavras da
Escritura.
Deus proporcionou as idéias e tendências
gerais da revelação, mas deu ao autor
humano liberdade na maneira de
expressá-la.
A maneira como as palavras de revelação
foram dadas aos profetas e o grau de
conformidade às próprias palavras da
Escritura por parte de Jesus e dos escritores
apostólicos indicam a inspiração de todo o
texto bíblico, até mesmo das palavras.
Certas partes da Bíblia são mais inspiradas
que outras ou inspiradas de modo
diferente.
Não se encontra no texto nenhuma sugestão
de graus de inspiração (2 Tm 3.16).
Essa concepção admite erros de diferentes
tipos na Escritura.
Intuição ou
Natural
Iluminação
ou M ística
Objeções ao Conceito
Toda a Escritura é incorruptível e não pode
falhar (Jo 10.35; 1 Pe 1.23).
Indivíduos talentosos dotados de
excepcional percepção foram escolhidos
por Deus para escreverem a Bíblia.
Esta concepção torna a Bíblia não muito
diferente de outras obras literárias religiosas
ou filosóficas inspiradoras.
A inspiração é semelhante a uma
habilidade artística ou ao talento
natural.
0 texto bíblico afirma que a Escritura vem de
Deus por meio de homens (2 Pe 1.20-21).
Os autores humanos foram capacitados
por Deus a redigirem a Escritura.
O ensino bíblico indica que a revelação veio
por meio de comunicações divinas especiais,
e não por meio de capacidades humanas
intensificadas.
O Espírito Santo intensificou as suas
capacidades normais.
Os autores humanos expressam as próprias
palavras de Deus, e não simplesmente as
suas próprias palavras.
Verbal,
Plenária
Elementos tanto divinos quanto humanos
estão presentes na produção da Escritura.
Todo o texto da Escritura, inclusive as
próprias palavras, é um produto da mente
de Deus expresso em termos e condições
humanos.
Se toda palavra da Escritura fosse uma
palavra de Deus, então não existiria o
elemento humano que se observa na
Bíblia.
10. Teorias Evangélicas de Inerrância
Posição
Inerrância Plena
Proponente
Harold Lindseil
Roger Nicole
Millard Erickson
Inerrância
Limitada
Daniel Fuller
Stephen Davis
William LaSor
Inerrância de
Propósito
Jack Rogers
Irrelevância da
Inerrância
David Hubbard
James Orr
Formulação do Conceito
A Bíblia é plenamente veraz em tudo o que ensina e afirma.
Isso se estende tanto à área da história quanto da ciência.
Não significa que a Bíblia tem o propósito primário de
apresentar informações exatas acerca de história e ciência.
Portanto, o uso de expressões populares, aproximações e
linguagem fenomênica é reconhecido e entendido no
sentido de cumprir com o requisito da veracidade. Assim
sendo, as aparentes discrepâncias podem e devem ser
harmonizadas.
A Bíblia é inerrante somente em seus ensinos doutrinários
salvíficos. A Bíblia não foi concebida para ensinar ciência
ou história, nem Deus revelou questões de história ou
ciência aos escritores. Nessas áreas, a Bíblia reflete a
compreensão da sua cultura e, portanto, pode conter
erros.
A Bíblia é isenta de erros no sentido de concretizar o seu
propósito primário de levar as pessoas a uma comunhão
pessoal com Cristo. Portanto, a Escritura é verdadeira
(inerrante) somente na medida em que realiza o seu
propósito fundamental, e não por ser factual ou precisa
naquilo que assevera. (Esta concepção é semelhante
àquela da Irrelevância da Inerrância.)
A inerrância é substancialmente irrelevante por várias razões:
(1) A inerrância é um conceito negativo. A nossa
concepção da Escritura deve ser positiva. (2) A inerrância
não é um conceito bíblico. (3) Na Escritura, erro é uma
questão espiritual ou moral, e não intelectual. (4) A
inerrância concentra a nossa atenção nos detalhes, e não
nas questões essenciais da Escritura. (5) A inerrância
impede uma avaliação honesta das Escrituras. (6) A
inerrância produz desunião na igreja. (Este conceito é
semelhante ao da Inerrância de Propósito.)
11. Maneiras de Harmonizar as Discrepâncias da Escritura
Abordagem Abstrata
B. B. Warfield
Abordagem Harmonística
Edward J. Young
Louis Gaussen
Abordagem Harmonística
Moderada
Everett Harrison
Abordagem da Fonte Errante*
Edward J. Carnell
Abordagem da Errância Bíblica*
Dewey Beegle
Explanação
A q u e les qu e segu em esta ab o rd agem e stão cie n tes de que ex istem dificuld ad es n a E scritu ra,
m as eles ten d em a sentir qu e essas dificuldades n ão precisam ser to d as elas ex p licad as p orque
o peso da evid ên cia a favor d a in spiração e d a co n seq ü en te inerrân cia d a Bíblia é tã o grande
que n en h u m a qu an tid ad e de d ificuldad es pod eria derrubá-la. E les ten dem a usar co m o
argu m en to final prin cipalm en te a co n sid eração dou trin ária d a in sp iração d a Bíblia.
O s partid ários d esta ab o rd agem su ste n tam qu e a cren ça n a in errân cia b aseia-se n o en sin o
d ou trin ário d a in spiração. E les afirm am que as dificuldad es ap resen tad as p odem ser resolvidas,
e p rocu ram fazê-lo - às vezes u san d o de co n jectu ras.
E sta ab o rd ag em até certo p o n to segue o estilo d a ab o rdagem h arm o n ística. O s problem as são
en c arad o s co m seriedade, h av en d o um esforço em resolvê-los ou aten u ar as dificuld ad es até
on d e isso é razoavelm en te possível co m os d ad o s atu alm en te disponíveis. A s ten tativ as n ão
são feitas prem atu ram en te.
A in sp iração som en te assegu ra a reprodu ção precisa das fontes utilizadas pelo escritor bíblico,
e n ão a retificação das m esm as. A ssim , se a fon te co n tin h a u m a referên cia errônea, o escritor
bíblico registrou aqu ele erro e x atam en te co m o e stav a n a fonte. Por exem plo, o C ro n ista po d ia
estar ap elan d o a u m a fon te falível e errô n ea ao elab orar a su a relação d os n ú m eros de carros e
cav aleiros.
A Bíblia co n tém erros - problem as reais e insolúveis. E les d evem ser aceito s e n ão
racion alizad os. A n atu reza d a in spiração d eve ser inferida d aq u ilo qu e a Bíblia produziu.
Q u alq u e r qu e seja a in spiração, ela n ão é verbal. N ã o se pode co n sid erar qu e a in spiração
esten d e-se à própria esco lh a das p alav ras d o tex to. P ortan to, n ão é possível ou n ecessário
recon ciliar to d as as discrepân cias.
*Estes nomes foram escolhidos somente para distinguir as concepções. Nem Camell nem Beegle identificam as suas posições com os nomes aqui mencionados.
A tabela foi adaptada de Gleason L. Archer, “Alleged Errors and Discrepancies in the Original Manuscripts of the Bible” [Supostos Erros e Discrepâncias nos Manuscritos Originais da Bíblia],
em Norman L. Geisler, ed., Inerrancy [Inerrância] (Grand Rapids: Zondervan, 1979), pp. 57-82; e Millard J. Erickson, Christian Theology [Teologia Cristã] (Grand Rapids: Baker, 1983, 1984,
1985), pp. 230-32. Estas obras foram usadas mediante permissão.
> < H H d O W d
Estratégia/Defensor
12. Respostas a Supostas Discrepâncias da Escritura
A tab ela abaix o reflete u m resum o d a resp o sta d ad a por G le aso n L. A rch e r ao s su postos erros e d iscrepân cias d a E scritu ra ap o n tad o s por W illiam L a S o r
e D ew ey B e e g le .* E sta s são co n sid erad as as m ais difíceis den tre as m u itas d iscrepân cias m en cio n ad as pelos críticos co n tra os m an u scrito s originais d a
Bíblia. L a S o r ap o n to u dez ob jeções, m as som en te seis d as qu ais foram in cluídas aqui, porqu e d u as foram refu tad as co m u m a só resp osta, um a foi retirad a
e d u as d as su as o b jeçõ e s foram dirigidas co n tra a argu m en tação de ou tra p esso a, e n ão co n tra a própria E scritu ra. B eegle ap o n to u onze o b jeções. A rch e r
abo rd ou som en te dez delas, u m a vez qu e a d écim a prim eira era a rep etição de um a área tam b ém m en cio n ad a por LaSor. C o m relação às alegações, a
in te n ção ób via d e sta tab ela é sim plesm en te identificar as áreas de p reo cu p ação , e n ão forn ecer u m a síntese co m p leta d as aleg ações. Isto p od e ser
o b tid o m ed ian te co n su lta das fon tes utilizadas p ara a tab ela.
Erro ou Discrepância Alegada
Discrepâncias Num éricas nos Livros Históricos
2
2
1
1
S m 10.18 X 1 C r
C r 3 6 .9 X 2 R eis
R eis 4 .2 6 X 2 C r
C r 11.11 X 2 S m
19.18
24.8
9.25
2 3.8
Explicação
N ã o existe p rova de qu e essa d iscrep ân cia existia n os m an u scrito s originais. P rovavelm en te era
difícil en ten d er os n u m erais q u an d o se co p iav am m an u scritos velh os e g asto s. O s sistem as
an tigos de n o ta ç ã o n u m érica eram suscetíveis de erros com o, por exem plo, om itir ou
acrescen tar zeros.
L aSor
Genealogias de Cristo
M t 1 X L u cas 3
O s pais d a igreja en ten d eram que M ate u s fornece a lin h agem de Jo sé, o p ai legal de Jesu s,
e n q u an to qu e L u cas forn ece a lin h agem d e M aria, a su a m ãe. E sta in te rp retaç ão retroced e
ao q u in to sécu lo cristão , se n ão an tes.
L aS o r
A Localização do Túm ulo de José
A to s 7 .16 X J s 24 .3 2
L aS o r e Beegle
C a so paralelo àqu ele em que Isaqu e confirm ou co m A b im eleq u e os seus direitos à terra em qu e foi
e sc a v a d o o p o ç o de B erseba (G n 2 6 .2 6 -3 3 ). A terra h av ia sido adqu irid a an teriorm en te por
A b ra ã o (2 1 .2 2 -3 1 ). Por cau sa dos h ábitos n ôm ad es de A b raão , Isaqu e ju lg ou n ecessário
restab elecer os seu s direitos ao poço. P rovavelm en te ocorreu um a situ aç ão sem elh an te q u an d o
Ja c ó com prou o cam p o de se p u ltam en to perto de S iq u ém (3 3 .1 8 -2 0 ). E m bora n ão se m en cion e
em G ên esis que A b ra ã o co m prara a terra, E stêv ão p rovavelm en te sab ia d isso por m eio d a trad ição
oral, e é sign ificativo que Siq u ém foi a região onde A b ra ã o edificou o seu prim eiro altar após
m igrar para a Terra S an ta.
* Tabela adaptada de Gleason L. Archer, “Alleged Errors and Discrepancies in the Original Manuscripts of the Bible,” em Norman L. Geisler, ed., Inerrancy (Grand Rapids: Zondervan, 1979), pp. 57-82; e Millard J.
Erickson, Christian Theology (Grand Rapids: Baker, 1983, 1984, 1985), pp. 230-32. Estas obras são usadas mediante permissão.
12. Respostas a Supostas Discrepâncias (continuação)
O N ú m ero dos A n jos no T ú m u lo de Je su s
M t 2 8 .5 ; M c 16.5 X Lc 24-4; Jo 20.12
LaSor
A Fonte da R eferência ao C am p o do O leiro
M t 2 7.9
LaSor
A D ata do Ê xodo
Ê x 1.11 X 1 R s 6.1
LaSor
A R eferên cia de Ju d as a E noque
Ju d a s 14
B eegle
A R eferên cia de Ju d as a M iguel e Satan ás
Ju d a s 9
B eegle
U m a c o m p araç ão c u id ad o sa d os relatos m o stra qu e dois an jo s estav am en volvid os, em b ora o an jo
qu e realizou o m ilagre d o terrem oto, rem oveu a pedra, aterrorizou os g u ard as e falou às três
m u lh eres em su a prim eira visita p rovavelm en te fosse o m ais d e stacad o dos dois, d essa m an eira
lev an d o M ateu s e M arco s a referirem -se a ele esp ecificam en te. E xiste m exem plo s paralelos n os
ev an gelh o s co m respeito a dem ôn ios (M t 8 .2 8 X M c 5 .2; L c 8 .27) e cegos (M t 2 0 .3 0 X M c
10.46; L c 18.35), nos q u ais a p roem in ên cia de um in divídu o em c a d a exem plo levou alguns
au to res a registrarem som en te a p resen ça d aq u ele indivíduo, q u an d o de fato h av ia dois. “U m ” é
d iferen te de “ um e somente u m .”
E m bora M ateu s cite em parte Z acarias 11.13, o p o n to principal d a p assagem de M a teu s (27.6-9)
refere-se ao campo d o oleiro, que n ão é m en c io n ad o em Z acarias e sim em Je rem ias (1 9 .2 ,1 1 ;
3 2 .9 ). Q u a n d o co m b in avam citaçõ es d o V elho T estam en to co m o M ateu s faz aqui, era p rática
geral d os escritores do N o v o T estam en to referirem -se som en te à qu e era m ais fam o sa. A ssim ,
M ate u s atribuiu a cita ç ã o a Jerem ias. Isto p od e ser co m p arad o co m M c 1.2-3, on d e u m a cita çã o
m ista d e M alaq u ias 3.1 e Isaías 40 .3 é atribu íd a som en te a Isaías.
Juizes 11.26 e A to s 13.19-20 ap óiam a afirm ação de 1 R eis 6.1 d e qu e o Ê xod o ocorreu por v o lta de
1446 a .C . A s evid ên cias bíblicas e arq u eo ló g icas m ostram qu e E xo d o 1.11 n ão se co n stitu i em
p rova co n clu siva p ara localizar o E xo d o em 1290 a.C . Ver a ex p licação de A rch e r sobre essas d u as
afirm ações n as págin as 64-65 d o seu ensaio.
A rch e r ob serva que n ão h á n en h u m a razão por qu e obras pseu d ep igráficas escritas n o períod o
in tertestam en tário, co m o o Livro de Enoque citad o em Ju d a s 14, n ão pu d essem co n ter alguns
fato s e relatos h istoricam en te corretos. A rch e r argu m en ta qu e a profecia de E n oqu e foi
preservad a d o m esm o m o d o que o diálogo de A d ã o e E va foi preservad o p ara qu e M oisés o
registrasse m ilhares de an os m ais tarde.
A su p o siç ão im plícita de B eegle de que Ju d a s n ão possu ía ou tra fon te válida de in form ação a n ão
ser o tex to h ebraico d o V elho T estam en to, qu e n ão registra este in cid en te, é errô n ea porque o
registro de Ju d a s foi in spirad o pelo E spírito S an to . O s ev e n to s ou afirm ações m en cio n ad o s n a
E scritu ra S ag rad a n ão precisam aparecer m ais de um a vez n a B íblia a fim de serem aceito s co m o
verd ad eiros. O próprio B eegle su sten ta qu e Jo ã o 3.1 6 é au tên tico e fidedigno, m u ito em bora
ocorra som en te u m a vez n a Bíblia.
12. Respostas a Supostas Discrepâncias (continuação)
A D u ração do R einado de Peca
2 R s 15.27
B eegle
A D ata das In vasões de Senaqueribe
2 Rs 18.1 X 2 R s 18.13
B eegle
O N ú m ero de Vezes que o G alo C an to u
N a N egação de Pedro
M t 2 6.34, 74-75; Lc 2 2 .3 4 , 60-61 X M c
1 4 .3 0 ,7 2
E m bora Peca estivesse lim itado a G ilead e nos doze prim eiros anos do seu reinado, ele foi o único rei legítim o
de Israel de 752 a 732 a.C . O s reinados de M an assés e de seu filho Pecaías entre 752 e 740 a.C . foram
usurpações. M esm o q u an d o confinado a G ileade, Peca reivindicou o trono de Israel e considerou Sam aria
com o a su a legítim a capital. E xiste um paralelo em D avi, que, segundo 1 Reis 2.11, reinou sobre Israel por 40
anos, em bora a su a au toridade ten h a sido lim itada nos prim eiros sete anos. 0 rei Tutm és III, da 18- d inastia
do E gito, teve um reinado oficial de 48 ou 49 anos, porém , co m o subiu ao trono q u an d o ainda criança, a sua
m ad rasta assum iu a au toridade por vários an os e o governo efçtivo de Tutm és foi de apen as 35 anos.
N ã o h á n en h u m a ev id ên cia co n vin cen te de erro n o m an u scrito original, pois ev id en tem en te h ou ve o
eq u ív o co de algum escrib a n a tran scrição de 2 R eis 18.13. Q u e r ten h am sido utilizados nu m erais ou os
n ú m eros ten h am sido escritos por exten so , 24 facilm en te pod eria ser tran scrito co m o 14. Todas as o u tras
d atas de 2 R eis (15.30; 16.1-2; 17.1) ap ó iam a d a ta de 18.1. U m a sim ples co rreção tex tu al em 18.13
h arm onizaria tod os os relatos.
M ateu s e L u cas q u an d o m u ito som en te implicam um can to do galo, ao p asso que M arco s m en cion a
especificam en te dois can to s. A exegese con firm a que M ateu s e L u cas n ão esp ecificam q u a n ta s vezes o
galo iria cantar, e p o rtan to n ão h á n en h u m a co n trad ição.
B eegle
A C itação de Elifaz feita por Paulo
1 C o 3 .19
B eegle
Q u em L evou D avi a Fazer o C en so
2 S m 24.1 X 1 C r 21.1
B eegle
P rovavelm en te n u n ca foi aleg ad o por q u alqu er estu d ioso evan gélico que a B íblia som en te cite com o
válid as as afirm ações de san to s in spirados ou que tod as as afirm ações desses san to s sejam válid as.
A lg u m as das cen su ras qu e Jó dirigiu co n tra D e u s foram m en os qu e in spirad as e p elas m esm as ele foi
ju stam en te repreend ido (Jó 34 .1 -9 ; 3 8 .1-2; 4 0 .2 ). Por ou tro lad o, m uitos dos sen tim en to s exp ressos por
seus três co n selh eiros eram d ou trin ariam en te corretos. A c ita ç ã o d e Elifaz feita por P aulo n ão rep resen ta
n en h u m a am eaça.
S e g u n d o a Bíblia, D e u s p od e perm itir que um cren te que está sem co m u n h ão co m ele pratiq u e u m a a çã o
in se n sata ou ofen siva co n tra D eu s a fim de qu e, d epois que a p esso a colher o fruto am argo do seu erro,
experim en te o juízo disciplin ar apropriado e assim , h u m ilhad a pelo E spírito, seja lev ad a a um a co m u n h ão
m ais ín tim a co m o Senhor. Foi esse o ca so de Jo n as. N a parte fin al do reinad o de D avi, este e a n a ç ã o
co m e çaram a con fiar em seu crescim en to n ú m erico e m aterial a tal p on to qu e p recisaram de u m juízo
d isciplin ar que os restau rasse à d evida d ep en d ên cia de D eu s. P ortan to, o S e n h o r perm itiu que S a ta n á s
induzisse D a v i a fazer o cen so , o que resu ltou em um a rigorosa disciplin a d a parte de D eus. A ssim , am bos
os relato s são verd ad eiros, pois tan to D e u s co m o S a ta n á s influen ciaram D avi.
12. Respostas a Supostas Discrepâncias (continuação)
A D u ra çã o das G en ealogias de G ên esis 5 e 10
B eegle
A Idade de Terá Q u an do A b raão D eixou H arã
G n 12.4 X A t 7.4 à luz d e G n 11.26,32
B eegle
O L ocal do Sepultam en to de Ja có
G n 2 3 .1 9 ; 50 .1 3 X A t 7 .16
N ã o h á n en h u m a razão porqu e n ão p ossa h av er saltos n esta gen ealo gia, pois L u ca s 3 .3 6 indica pelo
m en os u m salto n a g en ealo gia en co n trad a em G ên esis 10.24. A lé m disso, o estu d o cu id ad o so do
uso co n creto dos term os h eb raicos e gregos p ara “p ai” e “gerou ” revela que freqü en tem en te n ão
sign ificavam n ad a m ais específico do qu e u m a lin h a direta de ascen d ên cia. Por exem plo, Je su s foi
m u itas vezes ch am ad o de “ Filho de D a v i.” A lé m disso, n em G ên esis 5 n em G ên esis 10 m en cion am
d u raç ão específica que totalize to d o o p eríod o de tem po d esd e A d ã o até N o é , ou de N o é até
A b ra ã o . N o en tan to , sã o forn ecid os os an o s de c a d a g eração, de m odo qu e o p eríod o total desde
A d ã o até A b ra ã o pod e ser calc u lad o co m facilid ad e. 0 problem a está em harm onizar a cron olo gia
b íblica co m a cron olo gia h istórica secular.
A in ferên cia de B eegle de qu e Terá tinh a 70 an o s q u an d o A b ra ã o n asceu é altam en te d iscutível.
A E scritu ra som en te diz qu e Terá tinha 70 an os q u an d o n asc eu o seu prim eiro filho. E la n ão diz
esp ecificam en te q u em n asc eu prim eiro. A b ra ã o é m en cio n ad o em prim eiro lugar p rovavelm en te
por ca u sa d a su a im portân cia. O u tras p assagen s, co m o G ên esis 11.28, ind icam que H a rã pode ter
sido o m ais velh o, d esde qu e foi o prim eiro a m orrer. A ssim sen d o, n ão há n en h u m a dificuldade
em su por que A b raão n asc eu q u an d o T erá tin h a 130 anos. E ssa idade a v an ç ad a p ara a p atern id ad e
n ão era in com um n aqu ele tem po.
Q u a n d o A to s 7.16 é ad eq u ad am en te in terpretado, d esco b re-se qu e se refere ao lo cal do
se p u ltam en to dos filhos de Ja c ó , ao p asso qu e G ên esis 23 .1 9 e 50.13 referem -se ao local do
se p u ltam en to de Jac ó .
B eegle
D u ração da Peregrinação de Israel no Egito
Ê x 12.40 X G 1 3 .1 7
B eegle
A ên fase d a o b serv ação de P aulo n ão está em revelar o período en tre G ên esis 12, q u a n d o a
prom essa foi feita pela prim eira vez a A b raão , e E xod o 20, q u an d o a lei foi d ad a a M oisés.
O p o n to principal da su a afirm ação é que a lei, que foi d ad a 4 3 0 an os após a ép o c a dos três
patriarcas a qu em foram feitas as prom essas, n u n c a teve a in te n ção de an u lar ou substituir
aq u elas prom essas. Paulo sim plesm ente m en cion a o co n h ecid o in tervalo d a peregrin ação
egípcia co m o algo que fez se p aração en tre o período d a prom essa do p acto e o períod o da
leg islação m osaica. C o m o tal, o co m en tário de Paulo foi perfeitam en te h istórico e correto.
13. Concepções Rivais Acerca de Deus
Politeísmo
Concepção
Partidários
Idealismo
A n t ig a s R e lig iõ e s d a N a t u r e z a
Jo sia h R o y ce
H in d u ís m o
W illia m H o c k in g
Z e n - B u d is m o
C iê n c ia c r istã
M o r m o n is m o
P la tã o
H egel
E m erso n
Síntese da
Doutrina
C r e n ç a d e q u e e x is te u m a p lu r a lid a d e d e d e u se s . A lg u n s
E s s a filo so fia é u m r e d u c io n is m o in te le c t u a l q u e
d iz e m q u e su r g iu c o m o r e je iç ã o d o m o n o t e ís m o . M u ita s
v e z e s in tim a m e n te lig a d o a o c u lto d a n a tu r e z a . É a
e x p lic a o d u a lis m o o b s e r v a d o e n t r e m e n t e e m a té r ia
e m te r m o s d e u m a m e n t e in fin ita q u e in c lu i tu d o .
c o n tr a p a r te p o p u la r d o p a n t e ís m o .
T o d o s o s c o m p o n e n t e s d o u n iv e r so , in c lu s iv e o b e m
e o m a l, to r n a m - s e n a d a m a is q u e e q u iv a le n te fin ito s
d o In fin ito . T o d o s o s e le m e n to s fu n d e m - se c o m o
b e m ú ltim o . O b e m , p o r s u a v ez , r e p r e s e n ta a
r e a lid a d e id e a l.
Idéia de Deus
D e u s é r e le g a d o a u m e n tr e m u ito s e m u m p a n t e ã o d e
d e u se s . D ife r e d o h e n o t e ís m o , o q u a l, e m b o r a a d m ita
m u ito s d e u s e s , v ê u m d e u s a c im a d e to d o s o s d e m a is.
Contraste com
a Bíblia
H á so m e n te u m D e u s v e r d a d e ir o ( D t 6 .4 ; Is 4 3 .1 0 - 1 1 ; 1 C o
8 .4 - 6 ; G1 4 .8 ) .
D e u s é u m a p e r s o n if ic a ç ã o n e b u lo s a d o A b s o lu to .
E m b o r a p e r fe ito , im u tá v e l e tr a n s c e n d e n te , e le é
im p e ss o a l.
D e u s é p e s s o a l b e m c o m o tr a n s c e n d e n te (S I 1 0 3 .1 3 ;
1 1 3 .5 - 6 ; Is 5 5 .8 - 9 ) .
O se r h u m a n o e s t á n a tu r a lm e n te alien ad o d e D e u s
( E f 4 .1 8 ) .
13. Concepções Rivais Acerca de Deus (continuação)
Partidários
Panteísmo
Realismo
Concepção
T h o m a s R e id
N e o - r e a lis t a s
S p in o z a
R a d h a k r is h n a n
H in d u s
T r a n s c e n d e n t a lis t a s
Síntese da Doutrina
O s u n iv e r sa is tê m u m a e x is tê n c ia e m c e r to s e n tid o
in d e p e n d e n te d a s p e r c e p ç õ e s p a r tic u la r e s d a m e n t e .
E m s u a fo r m a p u r a , é d ia m e tr a lm e n te o p o s to a o
r e d u c io n ism o . P r o c u r a e s t a b e le c e r o e q u ilíb r io e n tre a
o b je tiv id a d e e a su b je tiv id a d e . S u a e s tr u tu r a
sis t e m a tiz a d a d á ê n fa se à im p o r tâ n c ia d a in tu iç ã o .
F o r n e c e u m a b a s e p a r a a d is t in ç ã o su je ito /o b je to .
Idéia de Deus
E s s a c o n c e p ç ã o é e s s e c ia lm e n te o m e sm o q u e o
Id e a lism o . D e u s é d istin t o d a s u a c r ia ç ã o e, p o r ta n to ,
E s t a c o n c e p ç ã o d á ê n fa s e à id e n t if ic a ç ã o d e D e u s c o m
t o d a s a s c o is a s . A r e a lid a d e é r e p r e s e n t a d a c o m o u m a
f u s ã o a m o r fa d e t o d a m a té r ia e e s p ír ito . O se r p e s s o a l é
a b s o r v id o n a A lm a S u p e r io r p r e d o m in a n te . C o m o ta l,
e s s a c o n c e p ç ã o é d ia m e tr a lm e n te o p o s t a a o d e ísm o .
D e u s e q u iv a le a tu d o e tu d o e q u iv a le a D e u s (D e u s é
im p e s s o a l e im a n e n te , m a s n ã o t r a n s c e n d e n t e ) .
a tr a n s c e n d e .
Contraste com a
Bíblia
V er o Id e a lis m o c o m r e la ç ã o a o s tr ê s p r im e iro s p o n t o s.
O se r h u m a n o e m n e n h u m s e n tid o é in d e p e n d e n te d e
D e u s , n e m p o d e a lc a n ç a r a v e r d a d e e s p ir itu a l d e
m o d o a u t ô n o m o ( A t 1 7 .2 8 ; 1 C o 2 .1 0 - 1 4 ) .
D e u s é p e s s o a l e tr a n s c e n d e n te (S I 1 0 3 .1 3 ; 1 1 3 .5 -6 ;
Is 5 5 .8 - 9 ) .
O se r h u m a n o é u m a e n t id a d e r e a l ( G n 2 .7 ; 1 T s 5 .2 3 )
e u m a g e n te m o r a l liv re lim ita d o (R m 7 .1 8 e J o 6 .4 4 ) .
13* Concepções Rivais Acerca de Deus (continuação)
Concepção
Panenteísmo
Deísmo
P artidários
Diógenes
Henri Bergson
Charles Hartshorne
Alfred N. Whitehead
Schubert Ogden
John Cobb
Voltaire
Thomas Hobbes
Charles Blount
John Toland
Evolucionistas teístas
Thomas Jefferson
Sín tese da
D o u trin a
Uma concepção processiva da realidade e de Deus (em
contraste com uma concepção estática) na qual um
Deus finito que compreende todas as possibilidades do
mundo é gradualmente concretizado no mundo em
parceria com o ser humano. Deus tem um pólo
potencial e um pólo factual, e por isso às vezes usa-se
o termo bipolarteísmo.
A natureza e a razão apontam para certas verdades básicas.
Por um processo racional, o indivíduo pode chegar ao
conhecimento dessas verdades auto-evidentes sem a
necessidade de iluminação divina. Esta concepção
reconhece Deus, mas nega qualquer intervenção
sobrenatural no universo.
Id éia de D eu s
Deus é finito, distinto do mundo, mas inseparável e
interdependente do mundo.
Deus é pessoal e transcendente, mas não imanente. Ele é
uma espécie de Deus “controle remoto.” (Ele “apertou
um botão” para criar todas as coisas e agora observa
passivamente o que acontece.)
C o n tra ste com
a B íblia
Deus é infinito (SI 139.7-12; Jr 23.23; Ap 1.8).
Deus é transcendente (SI 113.5-6).
Deus é onipotente (Gn 18.14; Mt 28.18).
O ser humano necessita de Deus (At 17.28).
Deus não necessita do ser humano (aseidade: “Eu sou o
que sou,” Ex 3.14. Ver também Dn 4.35).
Deus é imanente (2 Cr 16.9; At 17.28; Ag 2.5;
Mt 6.25-30).
O ser humano é inerentemente depravado (Jr 17.9;
Ef 2.1-2) e necessita da graça para salvar-se (Ef 2.8-9).
O ser humano não é “autônomo”.
14* Sete Grandes Cosmo visões
Realidade
Última
Nenhum Deus (es)
Ateísmo
Muitos Deuses
Politeísmo
I
Um Deus
Infinitos
(nenhuma concepção)
Finito
Deus está dentro do mundo e
identifica-se com ele.
Panenteísmo
Finitos
Infinito
Um Deus finito está além do
universo, mas age no mesmo
de modo limitado.
Teísmo finito
Deus identifica-se
com o mundo.
Panteísmo
Deus não se
identifica com
o mundo
Deus não intervém
no mundo, mas é
exclusivamente
transcendente.
Deísmo
© 1990 Norman Geisler. Adaptado e usado mediante permissão.
Um Deus infinito e pessoal
está além do universo, mas
age no mesmo.
Teísmo
15. Argumentos Clássicos a favor da Existência de Deus
Tipo de
Argumento
a p o ste rio r i*
Título do
Argumento
O A rg u m e n to d o
M o v im e n to , o u
d o M o to r
Conteúdo do
Argumento
Proponente do
Argumento
T o m á s d e A q u in o
E x i s t e m o v i m e n t o ( l o c o m o ç ã o ) n o u n iv e r s o . U m a
c o is a n ã o p o d e m o v e r - s e a si p r ó p r ia ; é n e c e s s á r i o
u m a fo rç a o u a g e n te e x te rn o . U m a re g re ssã o
in f in ita d e f o r ç a s é s e m s e n t id o . P o r t a n t o , d e v e
h a v e r u m s e r q u e é a f o n t e ú lt im a d e t o d o
m o v im e n t o , m a s q u e n ã o é m o v i d a e la m e s m a .
E s s e se r é D e u s , o p r im e ir o m o t o r im ó v e l.
a p o s t e r io r i
O A rg u m e n te '
C o sm o ló g ic o
(A rg u m e n to
T o m á s d e A q u in o
T o d o e f e it o t e m u m a c a u s a . N ã o p o d e h a v e r u m a
r e g r e s s ã o in f in ita d e c a u s a s f in i t a s . P o r t a n t o , d e v e
e x is t ir u m a c a u s a n ã o c a u s a d a o u u m s e r n e c e s s á r io .
E sse se r é D e u s.
T o m á s d e A q u in o
A s c o is a s e x is t e m e m u m a r e d e d e r e l a c i o n a m e n t o s
c o m o u t r a s c o is a s . E la s s ó p o d e m e x is t i r d e n t r o
d e s s a r e d e . P o r t a n t o , c a d a c o is a é d e p e n d e n t e .
T o d a v ia , u m a r e g r e s s ã o in f in it a d e d e p e n d ê n c i a s
é c o n t r a d i t ó r i a . A s s i m , d e v e e x is t ir u m s e r q u e é
a b s o lu t a m e n t e i n d e p e n d e n t e e n ã o c o n t i n g e n t e
p e la C a u s a )
a p o s t e r io r i
O A rg u m e n to d a
P o s s ib ilid a d e e
d a N e c e ssid a d e
a q u a lq u e r o u t r a c o is a . E s s e s e r é D e u s .
a p o s t e r io r i
O A rg u m e n to
d a P e r f e iç ã o
T o m á s d e A q u in o
O b s e r v a - s e n o u n iv e r s o a e x is t ê n c i a d e u m a p ir â m id e
d e s e r e s ( p o r e x e m p lo , d e s d e o s i n s e t o s a t é o se r
h u m a n o ) em u m g rau se m p re c re sc e n te d e
p e r fe iç ã o . D e v e e x is t ir u m s e r f in a l q u e é
a b s o lu t a m e n t e p e r fe it o , a f o n t e d e t o d a p e r f e iç ã o .
E s s e se r é D e u s .
a p o s t e r io r i
O A rg u m e n to
T e le o ló g ic o
(A rg u m e n to
T o m á s d e A q u in o
E x is t e n o m u n d o u m a o r d e m o u d e s í g n io o b s e r v á v e l
q u e n ã o p o d e s e r a t r i b u íd a a o p r ó p r io o b je t o ( p o r
e x e m p lo , o b je t o s i n a n i m a d o s ) . E s s a o r d e m
o b s e r v á v e l a r g u m e n t a e m f a v o r d e u m se r
in t e lig e n t e q u e e s t a b e l e c e u e s s a o r d e m . E s s e s e r
d o D e s íg n i o )
é D eu s.
a p o s t e r io r i
O A rg u m e n to
M o r a l (o u
A n t r o p o ló g i c o )
Im m a n u e l K a n t
T o d a s a s p e s s o a s p o s s u e m u m i m p u ls o m o r a l o u
im p e r a t iv o c a t e g ó r i c o . C o m o e s s a m o r a li d a d e n e m
se m p re é r e c o m p e n sa d a n e s ta v id a , d e v e h a v e r
a lg u m a b a s e o u r a z ã o p a r a o c o m p o r t a m e n t o m o r a l
q u e e s t á a lé m d e s t a v i d a . I s s o i m p lic a n a e x is t ê n c i a
d a im o r t a lid a d e , d o ju íz o f in a l e d e u m D e u s q u e
e sta b e le c e e su ste n ta a m o ra lid a d e re c o m p e n sa n d o
o b e m e p u n in d o o m a l.
a p r io rif
O A rg u m e n to
de que D eus
é u m a I d é ia
In a ta
A g o stin h o
Jo ã o C a lv in o
C h a r le s H o d g e
T o d a p e s s o a n o r m a l n a s c e c o m a i d é ia d e D e u s
i m p la n t a d a e m s u a m e n t e , e m b o r a e la e s t e ja
s u p r im id a p e la i n ju s t i ç a ( R m 1 .1 8 ) . A m e d i d a q u e a
c r ia n ç a c r e s c e e m d i r e ç ã o à i d a d e a d u lt a , e s s a id é ia
t o r n a - s e m a is c la r a . E x p e r i ê n c ia s c r ít i c a s n o
t r a n s c u r s o d a v id a p o d e m d e s p e r t a r e s s a id é ia .
* a posteriori: afirmações ou argumentos logicamente posteriores à experiência sensorial, ou dela dependentes,
ta priori: afirmações ou argumentos logicamente anteriores à experiência sensorial, ou independentes da mesma.
15. Argumentos Clássicos (continuação)
Tipo de
Argumento
Título do
Argumento
Proponente do
Argumento
Conteúdo do
Argumento
a priori
O Argumento
do Misticismo
Evelyn Underhill
O ser humano é capaz de ter uma experiência mística
direta com Deus que resulta em uma experiência de
êxtase. Essa união com Deus é tão peculiarmente
poderosa que ela produz uma auto-validação da
existência de Deus.
a priori
O Argumento
da Verdade
Agostinho
Todas as pessoas crêem que algo é verdadeiro. Se Deus
é o Deus da verdade e o verdadeiro Deus, então
Deus é a Verdade. Essa Verdade (com V maiúsculo)
é o contexto de qualquer outra verdade. Portanto, a
existência da verdade implica na existência da
Verdade, que implica na existência de Deus.
A. H. Strong
a priori
O Argumento
Ontológico
Anselmo de
Cantuária
Premissa maior: O ser humano tem uma idéia de um
ser infinito e perfeito.
Premissa menor: A existência é uma parte necessária
da perfeição.
Conclusão: Existe um ser infinito e perfeito, pois o
próprio conceito de perfeição requer a existência.
a priori
O Argumento da
Finitude do
Ser Humano
Aristóteles
O ser humano é consciente da sua própria finitude.
O que torna o ser humano consciente disto? Deus
está continuamente impressionando o ser humano
com a infinitude divina. Portanto, o próprio senso
de finitude é uma prova de que existe um ser
infinito, Deus.
a priori
O Argumento
da BemAventurança
Agostinho
Tomás de Aquino
O ser humano é inquieto. Ele tem um vago desejo de
bem-aventurança. Esse desejo foi dado por Deus,
pois o homem está inquieto até que descanse em
Deus. A presença desse desejo é uma prova indireta
da existência de Deus.
a priori
O Argumento
da Percepção
Bispo Berkeley
O ser humano é capaz de perceber (sentir) as coisas ao
seu redor. Isso não pode ser causado seja por eventos
físicos (percepção como ato mental) ou pelo próprio
homem. Portanto, a existência da percepção implica
na existência de Deus como a única explicação
racional das percepções humanas.
a priori
O Argumento
Existencial
Auguste Sabatier
Deus prova a si mesmo por meio do Kerygma, que é a
sua declaração de amor, perdão e justificação do ser
humano. Quando alguém se decide pelo Kerygma,
ele então sabe que Deus existe. Nenhuma outra
evidência é necessária. Deus não é tanto provado
como é conhecido, e isso ocorre existencialmente.
16. Avaliação dos Argumentos Clássicos a favor da Existência de Deus
Argumento Cosmológico
Todo efeito tem uma causa; não pode haver uma regressão infinita de causas finitas; portanto, deve existir uma causa
não causada ou um ser necessário; este ser é Deus.
Proponente
Tomás de Aquino
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
A ausência de um ser essencial ou causa não causada
conduz em última análise à auto-criação ou à criação
pelo acaso, ambas as quais são logicamente impossíveis.
Não existe nenhuma conexão necessária (logicamente) entre
causa e efeito. Quando muito, temos somente uma
disposição psicológica para esperar que o efeito ocorra.
Um círculo ou cadeia de causas exigiria que um elo da
cadeia estivesse simultaneamente causando existência
e tendo sua existência causada, potencialidade
produzindo factualidade, e isto não é possível. O nada
não pode causar alguma coisa.
Um círculo de causas pode ser uma alternativa para uma
regressão infinita de causas.
Um ser necessário deve ser infinito. Somente aquilo que
tem potencialidade pode ser limitado, e um ser
necessário deve ser pura factualidade (ou então poderia
ser possível que ele não existisse).
A existência de um Criador infinito não pode ser
demonstrada a partir da existência de um universo finito.
A lei da causalidade aplica-se somente a seres finitos.
Deus, que é infinito e eternamente auto-existente,
não requer uma causa.
Se tudo necessita de uma causa, assim também Deus, ou
então Deus deve ser auto-causado, o que é impossível.
Argumento Teleológico
Existe no mundo uma ordem ou desígnio observável que não pode ser atribuída ao próprio objeto (por exemplo, objetos
inanimados); essa ordem observável argumenta em favor- de um ser inteligente que estabeleceu essa ordem; esse ser é
Deus.
Proponente
Tomás de Aquino
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
A criação pelo acaso é equivalente à auto-criação, pois
o acaso é uma abstração matemática sem qualquer
existência real em e de si mesma. Além disso, o acaso
e a eternidade não reforçam o argumento, já que em
uma arena puramente aleatória as coisas tornam-se
mais desorganizadas com o tempo, e não menos.
A ordem do mundo pode ser atribuída a agentes outros que
não um ser inteligente, tais como o acaso ou a seleção
natural.
Mesmo no que parecem ser ocorrências naturais
aleatórias e em enfermidades, a ordem ainda assim
está presente. A força desse argumento é a favor da
existência de um criador inteligente. Ele não procura
argumentar acerca do caráter do criador.
Este argumento deixa de explicar ocorrências como
catástrofes naturais e doenças, que argumentam contra a
existência de um Deus bom.
Este argumento é a posteriori - a partir de algo externo,
isto é, baseado na observação. Diante do fato de que
a única base alternativa para postular uma criação
inteligente é um a priori - a partir de algo interno -,
temos pouca escolha, a não ser basear nossos
argumentos a favor da existência de Deus naquilo
que observamos no mundo ao nosso redor.
Este argumento é inválido porque aplica o que é observável
àquilo que vai além da experiência.
16. Avaliação dos Argumentos Clássicos (continuação)
A r g u m e n to A n tr o p o ló g ic o (M o r a l)
T o d a s a s p e s s o a s p o s s u e m u m im p u ls o m o r a l o u im p e r a t iv o c a t e g ó r i c o . C o m o e s s a m o r a li d a d e n e m s e m p r e é
r e c o m p e n s a d a n e s t a v id a , d e v e h a v e r a lg u m a b a s e o u r a z ã o p a r a o c o m p o r t a m e n t o m o r a l q u e e s t á a lé m d e s t a v id a .
Is s o i m p l i c a n a e x is t ê n c i a d a i m o r t a lid a d e , d o ju íz o fin a l e d e u m D e u s q u e e s t a b e l e c e e s u s t e n t a a m o r a lid a d e
r e c o m p e n s a n d o o b e m e p u n in d o o m a l.
P ro p o n e n te
Im m a n u e l K a n t
A rg u m e n to s a F av o r
A rg u m e n to s C o n tra
C o m o a c o n s c i ê n c i a o u im p u ls o m o r a l d o se r h u m a n o
m u it a s v e z e s n ã o a t e n d e a o s s e u s m e lh o r e s in t e r e s s e s
e m t e r m o s d e s o b r e v iv ê n c ia , é im p r o v á v e l q u e e la se
d e s e n v o l v e r i a c o m o u m a p a r t e n e c e s s á r i a d a s e le ç ã o
n a tu r a l.
O im p u ls o m o r a l d o s e r h u m a n o p o d e s e r a t r ib u íd o a fo n te s
o u t r a s q u e n ã o D e u s , t a l c o m o a id é ia d e c o n s c iê n c ia q u e
s e d e s e n v o lv e c o m o u m a p a r t e n e c e s s á r i a d o p r o c e s s o
e v o l u t i v o o u d e s e l e ç ã o n a t u r a l.
E m b o r a a e x i s t ê n c i a d e u m D e u s b o m (e t o d o - p o d e r o s o )
p o s s a e x ig ir a d e s t r u i ç ã o d o m a l, e la n ã o e x ig e e s s a
d e stru iç ã o n e c e ss a ria m e n te ag o ra .
S e D e u s e x is t e c o m o r e c o m p e n s a d o r d o b e m , p o r q u e e x is te
o m a l ( e s p e c ia lm e n t e se , c o m o p r o fe s s a m o s te ísta s , D e u s
é to ta lm e n te b o m e to d o -p o d e ro so ) ?
E sse im p u lso m o r a l e s tá b a s e a d o n a n a tu r e z a d e D e u s, e
n ã o e m s u a v o n t a d e a r b it r á r ia . N a v e r d a d e , D e u s n ã o
p o d e s e r c o n s i d e r a d o a r b it r á r io , p o r q u e e le n ã o p o d e
q u e r e r a l g o c o n t r á r io à s u a n a t u r e z a .
S e e s s e im p u ls o m o r a l v e m s o m e n t e d o a t o c r ia d o r d e D e u s ,
t a l im p u ls o é a r b it r á r io e D e u s n ã o é e s s e n c ia lm e n t e b o m
(is to m ilit a c o n t r a o D e u s b o m d o te ísm o , e m f a v o r d o
q u a l e ste a rg u m e n to é u sa d o c o m o p ro v a ).
A r g u m e n to O n to ló g ic o
E s t e a r g u m e n t o a s s u m e a s e g u in t e fo r m a (e m u it a s o u t r a s ) :
p r e m i s s a m a io r : O s e r h u m a n o t e m u m a id é i a d e u m s e r in fin ito e p e r fe ito ,
p r e m is s a m e n o r : A e x i s t ê n c i a é u m a p a r t e n e c e s s á r ia d a p e r fe iç ã o .
c o n c l u s ã o : E x i s t e u m s e r in f in ito e p e r fe ito , p o is o p r ó p r io c o n c e i t o d e p e r fe iç ã o r e q u e r a e x is t ê n c i a .
P ro p o n e n te
A n s e lm o d e C a n t u á r i a
A rg u m e n to a F av o r
A rg u m e n to s C o n tra
S e a a f ir m a ç ã o “ n e n h u m a a f ir m a ç ã o s o b r e a e x is t ê n c i a é
n e c e s s á r i a ” f o r v e r d a d e i r a , e la t a m b é m d e v e a p lic a r - s e
à p r ó p r i a a f ir m a ç ã o , o q u e s e r ia a u t o - a n u la t ó r i o . A s s i m
s e n d o , é p o ssív e l q u e se p o s s a m fa z e r a lg u m a s
a f ir m a ç õ e s n e c e s s á r i a s s o b r e a e x is t ê n c ia .
A s a f ir m a ç õ e s s o b r e a e x i s t ê n c i a n ã o p o d e m s e r n e c e s s á r i a s
p o r q u e a n e c e s s i d a d e é s i m p le s m e n t e u m a c a r a c t e r í s t i c a
ló g i c a d a s p r o p o s i ç õ e s .
N ã o e x is t e n e n h u m a c o n e x ã o e n t r e a e x is t ê n c i a d e u m se r
p e r f e it o n a m e n t e d e u m a p e s s o a e a e f e t i v a e x is t ê n c i a
d e ste se r n o m u n d o .
O a r g u m e n t o r e q u e r a a d o ç ã o d e u m a e s t r u t u r a p la t ô n ic a ,
n a q u a l o id e a l é m a is r e a l q u e o fís ic o .
17* O Conhecimento de Deus
1.
2.
3.
4.
Revelação
Natural
Revelação
Especial
Dada a todos
Destinada a Todos
Dada a Poucos
Destinada a Todos
Suficiente para a
Condenação
Suficiente para a
Salvação
Declara a Grandeza
de Deus
Declara a Graça
de Deus
Manifestações
Manifestações
Natureza
Salmos 19.1
História
Israel
Consciência Moral Humana
Natureza Religiosa do Ser Humano
1. Moisés e os Profetas
2. A Encarnação
3. Os Apóstolos
Apologética
1.
2.
3.
4.
Argumento
Argumento
Argumento
Argumento
Cosmológico
Teleológico
Antropológico
Ontológico
Hb 1.1
Hb 1.2
Hb 2.3-4
Natureza
1. Pessoal
2. Antrópica
3. Analógica
Fp 3.10
Linguagem humana
Rm 5.7'8
18. Esquemas de Classificação dos Atributos Divinos
S tro n g
C h a fe r
E r ic k so n
M u e lle r
T h ie s s e n
A trib u to s
A b so lu to s
P e rso n a lid a d e
A trib u to s de
G ran d eza
A trib u to s
N e g a tiv o s
E ssê n c ia de D e u s
Espiritualidade,
envolvendo
V ida
P erson alid ad e
Infinidade,
envolvendo
A u to -e x istê n c ia
Im u tab ilid ade
Perfeição,
envolvendo
V erdade
A m or
S a n tid a d e
A trib u to s
R e la tiv o s
Tempo e Espaço,
em relação a
E tern id ad e
Im en sid ad e
C riação
O n ip resen ça
O n isc iên cia
O n ip o tê n cia
Seres M orais
V eracidade, Fidelidade
M isericórdia, Bondade
Ju stiç a , R etid ão
Onisciência
Sensibilidade
Sa n tid a d e
Ju stiç a
A m or
B o n d ad e
V erdade
Espiritualidade
Personalidade
Vida
Infinidade
C onstân cia
Unidade
Simplicidade
Imutabilidade
Infinidade
Eternidade
O nipresença
Auto'existência
Imensidade
Eternidade
Vontade
Lib erdad e
O n ip o tê n cia
A trib u to s
C o n stitu c io n a is
Simplicidade
Unidade
Infinidade
Eternidade
Imutabilidade
Onipresença ou
imensidade
Soberania
Espiritualidade
Im aterial, in corpóreo
Invisível
V ivo
Pessoal
A trib u to s de
B on dade
Pureza M oral
S a n tid a d e
R e tid ão
Ju stiç a
Integridade
G en u in id ad e
V eracidade
F idelid ad e
A m or
B e n ev o lê n cia
G ra ç a
M isericórdia
P ersistên cia
A trib u to s
P o sitiv o s
Vida
Conhecimento
Sabedoria
Vontade
Santidade
Justiça
Veracidade
Poder
Bondade
O s A trib u to s
de D e u s
Atributos N ão-m orais
O n ip resen ça
O n isc iê n cia
O n ip o tê n cia
Im u tab ilidade
Atributos M orais
S an tid ad e
Ju stiç a e R etid ão
B on d ade
V erdade
19. Representação Gráfica dos Atributos de Deus
20. Definições dos Atributos de Deus
Atributos
Definição
Referências Bíblicas
Simplicidade/
Espiritualidade
Deus não é composto de partes, nem é
complexo; é indivisível, único e espiritual
em seu ser essencial.
Jo 1.18; 4.24; 1 Tm 1.17;
6.15-16
Unidade
Deus é um.
Dt 6.4; 1 Co 8.6
Infinidade
Deus não possui término ou limitação.
1 Rs 8.27; SI 145.3; At 17.24
Eternidade
Deus é imune à passagem do tempo.
Gn 21.33; SI 90.2
Imutabilidade/
Constância
Deus não muda nem pode mudar em seu ser.
SI 102.27; Ml 3.6; Tg 1.17
Onipresença
Deus está presente em toda parte.
SI 139.7-12; Jr 23.23-24
Soberania
Deus é o chefe supremo, independente de
qualquer autoridade fora de si mesmo.
Ef 1, espec. v. 21
Onisciência
Deus conhece todas as coisas existentes e
possíveis.
SI 139.1-4; 147.4-5; Mt 11.21
Onipotência
Deus é todo-poderoso.
Mt 19.26; Ap 19.6
Justiça
Deus possui eqüidade moral; ele não mostra
favoritismo.
At 10.34-35; Rm 2.11
Amor
Deus busca o bem supremo dos seres humanos,
pagando um preço infinito.
SI 103.17; Ef 2.4-5; 1 Jo 4.8,10
Benevolência
Deus tem um interesse altruísta pelo bem-estar
daqueles que ama.
Dt 7.7-8; Jo 3.16
Graça
Deus concede favores imerecidos àqueles que
ama, segundo as suas necessidades.
Êx 34.6; Ef 1.5-8; Tt 2.11
20. Definições dos Atributos de Deus (continuação)
Atributos
Definição
Referências Bíblicas
Bondade
Aquilo que constitui o caráter de Deus, sendo
demonstrada pela benevolência, graça e
misericórdia.
Êx 33.19; SI 145.9
Liberdade
Deus é independente das suas criaturas.
SI 115.3
Santidade
Deus é justo, perfeito e separado de todo
pecado ou mal.
1 Pe 1.16
Retidão
A santidade aplicada aos relacionamentos; a lei de
Deus e as suas ações são perfeitamente retas.
SI 19.7-9; Jr 9.24a
Verdade
Acordo e consistência com tudo o que é
representado pelo próprio Deus.
Jo 14.6; 17.3
Genuinidade
Deus é real e verdadeiro.
Jr 10.5-10; Jo 17.3
Veracidade
Deus fala a verdade e é digno de confiança.
1 Sm 15.29; Jo 17.17,19; Hb 6.18;
Tt 1.2
Fidelidade
Deus prova ser fiel; ele mantém as suas
promessas.
Nm 23.19; SI 89.2; 1 Ts 5.24
Personalidade
Deus é pessoal. Ele tem auto-conhecimento,
vontade, intelecto e auto-determinação.
Êx 3.14; Gn 3
Vida
Deus é vida e a fonte última de toda a vida.
Êx 3.14; Jr 10.10; Jo 5.26
Misericórdia
A terna compaixão de Deus para com as
pessoas miseráveis e necessitadas que ele
ama, e também o fato de não dar aos
pecadores aquilo que merecem.
Êx 3.7,17; SI 103.13; Mt 9.36
Persistência
A natureza longânima de Deus e sua
paciência para com o seu povo.
SI 86.15; Rm 2.4; 9.22
2 1 .0 Desenvolvimento Histórico da Doutrina da Trindade
Introdução
A doutrina da Trindade é essencial ao cristianismo bíblico; ela descreve os relacionamentos
existentes entre os três membros da Divindade de um modo consistente com a Escritura.
É fundamental nessa doutrina a questão de como Deus pode ser ao mesmo tempo um e três. Os
primeiros cristãos não queriam perder o seu monoteísmo judaico enquanto exaltavam o seu
Salvador. Surgiram heresias quando as pessoas procuraram explicar o Deus cristão sem se
tornarem triteístas (como os judeus rapidamente os acusaram de ser). Os cristãos argumentaram
que o monoteísmo judaico do Antigo Testamento não excluía a Trindade.
O clímax da formulação trinitária ocorreu no Concílio de Constantinopla, em 381 d.C. Devemos a
esse concílio a expressão do conceito ortodoxo da trindade. Todavia, para apreciarmos o que disse
o concílio é útil acompanharmos o desenvolvimento histórico da doutrina. Isso não significa que a
igreja ou qualquer concílio tenha inventado a doutrina. Antes, foi para responder às heresias que
a igreja explicou o que a Escritura já pressupunha.
A Igreja Pré-Nicena: 33-325 d.C.
Os Apóstolos, 33-100 d.C.
O ensino apostólico claramente aceitou a plena e real divindade de Jesus, e aceitou e adotou a
fórmula batismal trinitária.
Os Pais Apostólicos, 100-150 d.C.
Os escritos dos Pais Apostólicos eram caracterizados por uma paixão acerca de Cristo (Cristo provém
de Deus; ele é pré-existente) e por ambigüidade teológica acerca da Trindade.
Os Apologistas e os Polemistas, 150-325 d.C.
As crescentes perseguições e heresias forçaram os escritores cristãos a declararem de maneira mais
precisa e defenderem o ensino bíblico acerca do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Justino Mártir: Cristo é distinto do Pai em sua função.
Atenágoras: Cristo não teve princípio.
Teófilo: O Espírito Santo é distinto do Logos.
Orígenes: O Espírito Santo é co-eterno com o Pai e o Filho.
Tertuliano: Falou em “Trindade” e “pessoas” - três em número, mas um em
substância.
21. A Doutrina da Trindade (continuação)
Concílio de Nicéia: 325 d.C.
Por causa da difusão da heresia ariana, que negava a divindade de Cristo, a unidade e até mesmo o
futuro do Império Romano pareciam incertos. Constantino, recentemente convertido, reuniu um
concílio ecumênico em Nicéia para resolver a questão.
A Questão: Cristo era plenamente Deus, ou era um ser criado e subordinado?
Ário
Somente Deus Pai é eterno.
O Filho teve um princípio como o primeiro e
mais importante ser criado.
O Filho não é um em essência com o Pai.
Cristo é subordinado ao Pai.
Ele é chamado Deus como um título honorífico.
Atanásio
Cristo é C O - eterno com o Pai.
Cristo não teve princípio.
O Filho e o Pai têm a mesma essência.
Cristo não é subordinado ao Pai.
Declarações Fundamentais do Credo do Concílio
[Nós cremos] “em um Senhor Jesus Cristo... verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, não feito,
de uma só substância com o Pai.”
“Mas aqueles que dizem que houve um tempo em que Ele não existia, e que antes de ser gerado
Ele não era... a estes a Igreja Católica anatematiza.”
“E cremos no Espírito Santo.”
Resultados do Concílio
O arianismo foi formalmente condenado.
A declaração homoousia (mesma substância) criou conflitos.
Os arianos reinterpretaram homoousia e acusaram o concílio de monarquianismo modalista.
A doutrina do Espírito Santo ficou sem ser elaborada.
Concílio de Constantinopla: 381 d.C.
O arianismo não foi extinto em Nicéia; na realidade, ele cresceu em importância. Além disso, surgiu
o macedonianismo, que subordinava o Espírito Santo essencialmente da mesma maneira que o
arianismo havia subordinado Cristo.
A Questão: O Espírito Santo é plenamente Deus?
Declaração Fundamental do Credo do Concílio
“... e no Espírito Santo, o Senhor e doador da vida, que procede do Pai, que é adorado e glorificado
juntamente com o Pai e o Filho.”
Resultados do Concílio
O arianismo foi rejeitado e o Credo Niceno reafirmado.
O macedonianismo foi condenado e a divindade do Espírito Santo afirmada.
Foram resolvidos grandes conflitos acerca do trinitarianismo (embora os debates cristológicos
tenham continuado até Calcedônia, em 451 d.C.).
22. Antigo Diagrama da Trindade Santa
23. Principais Noções Acerca da Trindade
N oção
F o n te
P a rtid á rio s
P e rc e p ç ã o d a E ssê n c ia de D e u s
(U n o -U n id a d e )
P e rc e p ç ã o d a S u b sistê n c ia de D e u s
(T rin o -D iv e rsid a d e )
A noção de um Deus subsistente é uma
impossibilidade palpável, uma vez que a sua
perfeita unidade é perfeitamente indivisível. A
• “diversidade” de Deus é aparente, e não real, já
que o evento de Cristo e a obra do Espírito
Santo somente atestam uma operação dinâmica
dentro de Deus, e não uma união hipostática.
M onarquianism o
D inâm ico
Teodoto
Paulo de Samósata
Artemon
Socino
Modernos Unitários
A unidade de Deus denota tanto singularidade
de natureza quanto singularidade de pessoa.
Portanto, o Filho e o Espírito Santo são
consubstanciais com a essência divina do Pai
somente como atributos impessoais. A dynamis
divina veio sobre o homem Jesus, mas ele
não era Deus no sentido estrito da palavra.
M onarquianism o
M odalista
Práxeas
N oeto
Sabélio
Swedenborg
Schleiermacher
Pentecostais Unidos
(Jesus Somente)
A unidade de Deus é ultra-simples. Ele é
qualitativamente caracterizado em sua
essência por uma natureza e uma pessoa.
Essa essência pode ser designada seja como
Pai, Filho ou Espírito Santo. Estes são
diferentes nomes do Deus unificado e simples,
porém idênticos com ele. Os três nomes são
os três modos pelos quais Deus se revela.
O conceito de um Deus subsistente é errôneo e
confunde a verdadeira questão do fenômeno da
auto-manifestação modalista de Deus. O
paradoxo de um “três em unidade” subsistente é
refutado pelo reconhecimento de que Deus não é
três pessoas, mas uma pessoa com três nomes
diferentes e papéis correspondentes que se seguem
um ao outro como as partes de um drama.
Subordinacionism o
Ário
Modernas Testemunhas
de Jeová e várias outras
seitas menos
conhecidas
A unidade inerente da natureza de Deus
somente se identifica de maneira apropriada
com o Pai. O Filho e o Espírito Santo são
entidades discretas que não partilham da
essência divina.
A essência unipessoal de Deus exclui o conceito
de subsistência divina com uma Divindade.
A “trindade na unidade” é auto-contraditória
e viola os princípios bíblicos de um Deus
monoteísta.
Trinitarianism o
“ E conôm ico”
Hipólito
Tertuliano
Diferentes trinitarianos
“neo -econômicos”
A Divindade caracteriza-se pela triunidade: Pai,
Filho e Espírito Santo são três manifestações
da única substância idêntica e indivisível.
A perfeita unidade e consubstancialidade
estão envolvidas de maneira especial em
ações triádicas manifestas como a criação
e a redenção.
A subsistência dentro da Divindade é articulada
por meio de termos como “distinção” e
“distribuição,” afastando de modo eficaz a
noção de separação ou divisão.
Trinitarianism o
O rtodoxo
Atanásio
Basílio
Gregório de Nisa
Gregório de Nazianzo
Agostinho
Tomás de Aquino
Lutero
Calvino
Cristianismo ortodoxo
contemporâneo
O ser de Deus é perfeitamente unificado e
simples: de uma só essência (homoousia).
Essa essência de divindade é possuída em
comum pelo Pai, Filho e Espírito Santo. As
três pessoas são consubstanciais, co-inerentes
(perichoresis) , co-iguais e co-eternas.
Diz-se que a subsistência divina ocorre
simultaneamente em três modos de ser ou
hipóstases. Como tal, a Divindade existe
“indivisa em pessoas divididas.” Essa
concepção contempla uma identidade de
natureza e cooperação de funções sem a
negação das distinções das pessoas da
Divindade.
23. Principais Noções Acerca da Trindade (continuação)
A trib u iç ã o de D iv in d a d e /E te rn a lid a d e
C oncepção
P ai
!
F ilh o
E sp írito S a n to
R e fe r e n te (s)
A n a ló g ic o (s)
C r ític a (s)
M onarquianism o
D inâm ico
Originador único 1 Um homem virtuoso (mas
finito) em cuja vida Deus
do universo. Ele ;
é eterno, auto- 1 estava dinamicamente
existente, sem
presente de maneira
princípio ou fim.
singular. Cristo certamente
não era divino, embora a
sua humanidade tenha
sido deificada.
Um atributo impessoal da
Divindade. N ão atribui
nenhuma divindade ou
eternalidade ao Espírito
Santo.
M onarquianism o
M odalista
Plenamente Deus
e plenamente
eterno como o
modo ou
manifestação
primordial do
Deus único,
singular e
unitário.
' Plena divindade/eternidade
atribuídas somente no
sentido de ser outro modo
do Deus único, e idêntico
com a sua essência. Ele é
•
o mesmo Deus manifesto
i
em seqüência temporal
i
específica a uma função
(encarnação).
Deus eterno somente na
medida em que o título
designa' a fase na qual o
Deus uno, em seqüência
temporal, manifestou-se
em termos da função
de regeneração e
santificação.
Uma pessoa
representando três
papéis diferentes
no mesmo drama.
Água-gelo-vapor.
Despersonaliza a Divindade. Para
compensar as suas deficiências
trinitárias, essa concepção propõe
idéias claramente heréticas (por
exemplo, o patripassianismo). O seu
conceito de manifestações sucessivas
da Divindade não pode explicar os
aparecimentos simultâneos das três
pessoas, como no batismo de Cristo.
Subordinacionism o
0 Deus único e
ingênito que é
eterno e sem
princípio.
1 Um ser criado e, portanto,
não eterno. Embora
deva ser venerado, ele
não possui a essência
divina.
1
Uma emanação do Pai
não pessoal e não eterna.
E visto como uma
influência ou uma
expressão de Deus. Não
se lhe atribui divindade.
M ente-idéia--ação
Conflita com o farto testemunho bíblico
acerca da divindade tanto de Cristo
como do Espírito Santo. Sua
concepção hierárquica também afirma
três pessoas essencialmente separadas
com relação ao Pai, Cristo e o Espírito
Santo. Isso resulta em uma
soteriologia inteiramente confusa.
Eleva a razão acima do testemunho da
revelação bíblica no que concerne à
Trindade.
Nega categoricamente a divindade de
Cristo e do Espírito Santo, solapando
assim a sustentação teológica da
doutrina bíblica da salvação.
1
1
Trinitarianism o
“ Econôm ico”
A igual divindade do Pai, Filho e Espírito Santo é claramente elucidada na
observação das características relacionais/operacionais simultâneas da
Divindade. Por vezes a co-eternidade não se manifesta inteligivelmente
nessa concepção ambígua, mas parece ser uma implicação lógica.
Uma fonte e o seu rio.
A unidade entre a
raiz e o seu ramo.
O sol e a sua luz.
E mais hesitante e ambígua no seu
tratamento do aspecto relacional da
Trindade.
Trinitarianism o
O rtodoxo
Em sua destilação final, esta concepção apresenta resolutamente o Pai, o Filho
e o Espírito Santo como co-iguais e co-eternos na Divindade com relação
tanto à essência quanto à função divinas.
Todas as analogias
deixam de
expressar
adequadamente
o trinitarianismo
ortodoxo.
A única deficiência tem que ver com
as limitações inerentes à própria
linguagem e pensamento humanos:
a impossibilidade de descrever
plenamente o mistério inefável
de “três em unidade.”
24* Uma Apresentação Bíblica da Trindade
Introdução
A palavra “Trindade” nunca é usada, nem a doutrina do trinitarianismo jamais é
ensinada explicitamente nas Escrituras, mas o trinitarianismo é a melhor explicação
da evidência bíblica. A exposição teológica da doutrina resultou de ensinos bíblicos
claros, porém não abrangentes. E uma doutrina essencial para o cristianismo porque
se concentra em quem Deus é, e especialmente na divindade de Jesus Cristo. Como
o trinitarianismo não é ensinado explicitamente nas Escrituras, o estudo da doutrina
é um esforço de reunir temas e dados bíblicos por meio de um estudo teológico
sistemático e pela observação do desenvolvimento histórico da atual concepção
ortodoxa acerca de qual é a apresentação bíblica da Trindade.
Elementos
Essenciais da
Trindade
1.
2.
3.
4.
5.
Ensino
Bíblico
Deus é Um
Deus é um.
Cada uma das pessoas da Deidade é divina.
A unidade de Deus e a trindade de Deus não são contraditórias.
A Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) é eterna.
Cada uma das pessoas de Deus tem a mesma essência e não é inferior ou superior
às outras em essência.
6. A Trindade é um mistério que nunca poderemos entender plenamente.
Velho Testamento
Novo Testamento
Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o
único Senhor (Dt 6.4; cf. 20.2-3;
3.13-15).
Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível,
Deus único, honra e glória pelos séculos
dos séculos. Amém (1 Tm 1.17; cf. 1 Co
8.4-6; 1 Tm 2.5-6; Tg2.19).
O Pai: Ele me disse: “Tu és meu Filho,
eu hoje te gerei” (SI 2.7).
... eleitos segundo a presciência de Deus
Pai... (1 Pe 1.2; cf. Jo 1.17; 1 Co 8.6;
FP 2.11).
O Filho: Ele me disse: “Tu és meu
Filho, eu hoje te gerei” (SI 2.7; cf.
Hb 1.1-13; SI 68.18; Is 6.1-3; 9.6).
Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que
se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de
Deus descendo como pomba, vindo sobre
ele. E eis uma voz dos céus, que dizia:
“Este é o meu Filho amado, em quem
me comprazo” (Mt 3.16-17).
O Espírito Santo: No princípio criou
Deus os céus e a terra... e o Espírito
de Deus pairava por sobre as águas
(Gn 1.1-2; cf. Êx31.3; Jz 15.14;
Is 11.2).
Então disse Pedro: “Ananias, por que encheu
Satanás teu coração, para que mentisses
ao Espírito Santo...? Não mentiste aos
homens, mas a Deus” (Atos 5.3-4; cf. 2
Co 3.17).
Três Pessoas
Distintas
descritas
como
Divinas
24. Uma Apresentação Bíblica da Trindade (continuação)
Pluralidade
de Pessoas
na Divindade
No Velho Testamento, o uso de pronomes
no plural aponta para, ou pelo menos
sugere, a pluralidade de pessoas na
Divindade.
“Também disse Deus: ‘Façamos o homem
à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança...’” (Gn 1.26).
Atributo
Pessoas com
a Mesma
Essência:
Atributos
Aplicados
a Cada
Pessoa
Igualdade com
Diferentes
Funções:
Atividades
que
Envolvem
Todas as
Três Pessoas
O uso da palavra singular “nome” em
referência a Deus Pai, Filho e Espírito
Santo indica uma unidade dentro da
trindade de Deus.
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai e
do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
Pai
Filho
Espírito Santo
Eternidade
SI 90.2
Jo 1.2; Ap 1.8,17
Hb 9.14
Poder
1 Pe 1.5
2 Co 12.9
Rm 15.19
Onisciência
Jr 17.10
Ap 2.23
1 Co 2.11
Onipresença
Jr 23.24
Mt 18.20
SI 139.7
Santidade
Ap 15.4
Atos 3.14
Atos 1.8
Verdade
João 7.28
Ap 3.7
1 João 5.6
Benevolência
Rm 2.4
Ef 5.25
Ne 9.20
Criação do
Mundo
SI 102.25
Cl 1.16
Gn 1.2; Jó 26.13
Criação do Homem
Gn 2.7
Cl 1.16
Jó 33.4
Batismo de Cristo
Mt 3.17
Mt 3.16
Mt 3.16
Morte de Cristo
Hb 9.14
Hb 9.14
Hb 9.14
25. Concepções Falsas Acerca da Trindade
Unitarianismo
/l \
A
A
Criador
Sabelianismo
Pai (V.T.)
Filho (N.T.)
Espírito
(Hoje)
Criatura
Impessoal
© 1990 David Miller. Usado mediante permissão.
Trindade Modalística
26. Os Nomes de Deus
N om es
S e n tid o /S ig n ific a d o
R e fe r ê n c ia s B íb lic a s
Iav é/Je o v â
O a u to -e x iste n te . A lg u n s a ch am qu e ele
d e sta c a a n atu reza o n to ló gica de D eu s:
“ E U S O U O Q U E S O U ” ; ou tro s crêem
qu e ap resen ta a fid elidade de D eu s: “Eu
sou [ou serei] qu em eu ten h o sid o ,” ou
“ Eu serei qu em eu serei.” E sse n o m e é o
n om e próprio e p esso al de D eus.
Ê x 3 .1 4 -1 5 ; cf. G n 12.8; 13.4;
2 6 .2 5 ; Ê x 6 .3; 7; 20.2 ; 33 .19 ;
3 4 .5 -7 ; SI 6 8 .4 ; 76.1;
Jr 3 1 .3 1 -3 4
lavé Jireh
O S e n h o r proverá
G n 22 .8 -1 4
lavé N issi
O S e n h o r é m in h a b an deira
Ê x 17.15
lavé S h a lo m
O S e n h o r é paz
Jz 6 .2 4
lavé S a b a o th
O S e n h o r dos E xército s
1 S m 1.3; 17.45; SI 2 4 .1 0 ; 4 6 .7 ,11
lavé M ac a d e sh é m
O S e n h o r é v o sso san tificad o r
Ê x 31.1 3
lavé R aah
O S e n h o r é m eu p astor
S a lm o 23.1
lavé T sidkênu
O S e n h o r é n o ssa ju stiç a
jr 2 3 .6 ; 3 3 .1 6
lavé El G em o lah
O S e n h o r é o D eu s d a retribu ição
Jr 51 .56
lavé N a k e h
O S e n h o r qu e fere
Ez 7.9
lavé S h a m â
O S e n h o r qu e está p resen te
Ez 4 8 .3 5
lavé R afâ
O S e n h o r qu e sara
Ê x 15.26
lavé Eloim
Senhor, o p od eroso
Jz 5.3; Is 17.6
26. Os Nomes de Deus (continuação)
Nomes
Sentido/Significado
Referências Bíblicas
Adonai
Senhor, Mestre; o nome de Deus usado em
lugar de Iavé quando o nome próprio de
Deus passou a ser considerado muito
sagrado para ser pronunciado.
Êx 4.10-12; Js 7.8-11
Elohim
Poderoso; termo plural aplicado a Deus, que
geralmente se refere à sua majestade ou à
sua plenitude.
Gn 1.1,26-27; 3.5; 31.13; Dt 5.9; 6.4;
SI 5.7; 86.15; 100.3
El Elion
Altíssimo (literalmente, o Poderoso mais
forte)
Gn 14.18; Nm 24.16; Is 14.13-14
El Roi
O Poderoso que vê
Gn 16.13
El Shadai
Deus Todo-Poderoso ou Deus TodoSuficiente
Gn 17.1-20
El Olam
Deus Eterno ou Deus da Eternidade
Gn 21.33; Is 40.28
El Elohe Israel
Deus, o Deus de Israel
Gn 33.20
Ieshua
Jesus, o Senhor é Salvador ou Salvação
Mt 16.13-16; Jo 6.42; Atos 2.36;
Tt 2.13; 2 Pe 1.11
Christós
Cristo, Messias, o Ungido
Mt 16.13-16; João 1.41; 20.31;
At 2.36; Rm 6.23; Tt 2.13; 2
Pe 1.11
Kirios
Senhor, Mestre
Lc 1.46; At 2.36; Jd 4
Sotêr
Salvador; aquele que livra do perigo ou da
morte
Lc 1.47; 2.11
Deus, um substantivo genérico que pode
referir-se a qualquer deus ou ao Deus
verdadeiro; aplicado ao Senhor Jesus
como verdadeiro Deus
Lc 1.47; Jo 20.28; Tt 2.13; 2 Pe 1.11
Theós
27. Heresias cristológicas históricas
Pontos de
vista dos
Ebionitas
Docetistas
Arianos
Proponentes
Judaizantes
Basílides
Valentino
Patripassianos
Sabelianos
Ário, presbítero de
Alexandria
Orígenes (?)
Época
Segundo século
Final do primeiro século
Quarto século
Negação
Genuína divindade
Genuína humanidade
Genuína divindade
Explicação
Cristo recebeu o Espírito
após o seu batismo; ele
não foi pré-existente.
Jesus parecia humano,
mas de fato era divino.
Cristo foi o primeiro e o
mais elevado ser criado;
homoiousia, e não
homoousia.
Condenados
Sem condenação oficial
Sem condenação oficial
Concílio de Nicéia, 325 d.C.
Associados
com
Legalismo
A maldade do mundo
material e a divindade
essencial do ser humano,
conforme o ensino de
Márcion e dos gnósticos
Geração = criação
Argumento a
favor
São monoteístas.
Afirmam a divindade de
Cristo.
Ensinam que Cristo é
subordinado ao Pai.
Argumento
contra
Somente um Cristo divino
é digno de adoração
(Jo 1.1; 20.28; Hb 13.8).
Se Cristo não fosse humano,
ele não poderia redimir a
humanidade (Hb 2.14;
1 Jo 4.1-3).
Somente um Cristo divino é
digno de adoração. Essa
posição tende ao
politeísmo. Somente um
Cristo divino pode salvar
(Fp 2.6; Ap 1.8).
Principais
Opositores
Irineu
Hipólito
Orígenes
Eusébio
Irineu
Hipólito
Atanásio
Osio
27. Heresias Cristológicas Históricas (continuação)
Pontos de
vista dos
Apolinarianos
Nestorianos
Eutiquianos
Proponentes
Apolinário, bispo de
Laodicéia
Justino Mártir
Representados por Nestório,
bispo de Constantinopla
(52 século)
Representados por Eutiques
Teodósio II
Época
Quarto século
Quinto século
Quinto século
Negação
Plenitude da humanidade
Unidade da pessoa
Distinção das naturezas
Explicação
O Logos divino tomou o
lugar da mente humana.
A união era moral e não
orgânica - assim, eram
duas pessoas. O humano
era completamente
controlado pelo divino.
Monofisismo; a natureza
humana foi absorvida pela
divina para criar uma
terceira nova natureza um tertium cjuid.
Condenados
Concílio de Antioquia,
378-379 d.C.
Concílio de Constantinopla,
381 d.C
Sínodo de Éfeso, 431 d.C
Defendido pelo “Sínodo de
Ladrões” em Éfeso, 449
d.C.; condenado pelo
Concílio de Calcedônia,
451 d.C.
Associados
com
Logos = razão que há em
todos
Cristologia do “verbohomem” (antioquiana),
e não do “verbo-carne”
(alexandrina); contra
a aplicação do termo
theotokos a Maria.
Preocupação com a unidade
e a divindade de Cristo;
alexandrinos
(minimizavam a
humanidade)
Argumento a
favor
Afirmavam a divindade e
a verdadeira humanidade
de Cristo.
Distinguiam o Jesus
humano, que morreu,
do Filho Divino, que
não pode morrer.
Mantinham a unidade da
pessoa de Cristo.
Argumento
contra
Se Cristo não tivesse uma
mente humana, ele não
seria verdadeiramente
humano (Hb 2.14;
1 Jo 4.1-3).
Se a morte de Jesus fosse
o ato de uma pessoa
humana, e não um ato
de Deus, ela não poderia
ser eficaz (Ap 1.12-18).
Se Cristo não fosse homem
nem Deus, ele não poderia
redimir como homem ou
como Deus (Fp 2.6).
Principais
Opositores
Vitalis
Papa Dâmaso
Basílio, Teodósio
Gregório de Nazianzo
Gregório de Nisa
Cirilo de Alexandria
Flaviano de Constantinopla
Papa Leão
Teodoreto
Eusébio de Doriléia
28. Falsas Concepções Acerca da Pessoa de Cristo
Ebioiíismo
(
H
x
)
Doce tismo
(
x
D /
Negou a Na tureza Divina
Negou a Natu reza Humana
Ariaiíismo
Nestori anismo
(
H
x
)
V
Negou a Na tureza Divina
Negou a Uniãc das Naturezas
Eutiquianismo
Apolinairianismo
Lc^gios
(^
h
T
d
)
I A lm a
\
Negou a Distinção das Naturezas j
© David Miller. Adaptado e usado mediante permissão.
^
Corpo
D
)
Negou o Espí rito Humano
29. A União da Divindade e da Humanidade na Pessoa do Filho
30. Teorias Acerca da Kenosis
Teorias Quenóticas Tradicionais
Cristo Esvaziou-se da
Consciência Divina
O Filho de Deus pôs de lado a sua participação na
Deidade quando tornou-se homem. Todos os
atributos da sua divindade literalmente cessaram
quando ocorreu a encarnação. O Logos tornouse uma alma que residiu no Jesus humano.
Cristo Esvaziou-se da
Forma Eterna de Ser
O Logos trocou a sua forma eterna por uma forma
temporal condicionada pela natureza humana.
Nessa forma temporal, Cristo não mais possuía
todos os atributos pertinentes à Deidade,
embora pudesse exercer poderes sobrenaturais.
Cristo Esvaziou-se dos
Atributos Relativos da Deidade
Esta noção faz uma distinção entre atributos
essenciais, tais como verdade e amor, e aqueles
relacionados com o universo criado, tais como
onipotência e onipresença.
Cristo Esvaziou-se da
Integridade da Existência Divina Infinita
Na encarnação de Cristo, o Logos assumiu uma
vida dupla. Um “centro vital” continuou a
funcionar conscientemente na Trindade, ao
passo que o outro encarnou-se com a natureza
humana, inconsciente das funções cósmicas
da Deidade.
Cristo Esvaziou-se da
Atividade Divina
O Logos entregou ao Pai todas as suas funções
e responsabilidades divinas. O Logos encarnado
estava inconsciente dos acontecimentos
internos da Trindade.
Adaptado de Robert E. Picirilli, “He Emptied Himself” [Ele se Esvaziou a Si Mesmo], Biblical Viewpoint, Vol. 3, N s 1 (Abril 1969): 23-30. Usado
mediante permissão.
30* Teorias Acerca da Kenosis (continuação)
Cristo Esvaziou-se do
Exercício Efetivo das Prerrogativas Divinas
O Logos removeu a atuação dos atributos
divinos do campo do real para o potencial.
Ele reteve sua consciência divina mas
renunciou às condições da infinidade e à
sua forma.
Teorias Sub-Quenóticas
Cristo Esvaziou-se do
Uso dos Atributos Divinos
Cristo Esvaziou-se do
Exercício Independente dos Atributos Divinos
Cristo Esvaziou-se das
Insígnias da Majestade, as Prerrogativas
da Divindade
O Logos possuía os atributos divinos, mas
escolheu não usá-los.
O Logos sempre possuiu e pôde utilizar as
prerrogativas da Deidade, mas sempre em
submissão ao poder do Pai e pelo poder do
Pai (e do Espírito Santo). O Cristo encarnado
nunca fez nada independentemente por meio
da sua própria divindade.
O Logos esvaziou-se da forma exterior da
divindade. (Esta noção é vaga quanto ao seu
significado preciso.)
31. A Pessoa de Cristo
P ré - E n c a rn a d o
N a tu re z a D iv in a
N a tu re z a H u m a n a
E xistiu E tern am en te A n tes
da C riaçã o
Desde o “princípio” (Jo 1.1; 1
Jo 1.1)
“C om D eu s” (Jo 1.1-2)
“A n tes que houvesse m undo”
0 ° 17.5)
O Verbo “ se fez carne”
(im plica em uma existência
p ré-encarnada, Jo 1.14).
P ossu i A tribu tos D iv in o s
Ele é eterno (João 1.1; 8.58; 17.5)
Elé é onipresente (M t 28.20; E f 1.23)
Ele é onisciente (Jo 16.30; 21.17)
Ele é onipotente (Jo 5.19)
Ele é im utável (Hb 1.12; 13.8)
Teve um N asc im e n to H u m an o
N asceu de um a virgem (Mt 1.182.11; Lc 1.30-38).
P articip o u da C riação
“Façam os o hom em ” (G n 1.26)
O “ arquiteto” (Pv 8.30)
O “prim ogênito de toda a
criação ” (Cl 1.15)
Todas as coisas foram criadas
“por meio dele” (Jo 1.3; Cl
1.16)
O m undo foi criado “por
interm édio dele” (Jo 1.10; 1
C o 8.6)
Todas as coisas foram criadas
“para ele” (Cl 1.16)
Tudo subsiste “nele” (Cl 1.17)
M an ifestou -se A p ó s a C riaçã o
(A n tigo Testam ento)
C om o “ lav é”
A A braão (G n 18)
Em julgam ento (Gn 19)
Em prom essa (O s 1.7)
C o m o o “A n jo de la v é ”
A H agar (G n 16)
A A braão (G n 22)
A Jacó (Gn 31)
A M oisés (Êx 3.2)
A Israel (Êx 14-19)
A Balaão (N m 22.22)
A G id eão (Jz 6)
P ossu i O fícios D ivin os
Ele é criador (Jo 1.3; C l 1.16)
Ele é sustentador (C l 1.17)
P ossu i P rerrogativas D ivin as
Perdoa pecados (M t 9.2; Lc 7.47)
Ressuscita os m ortos (Jo 5.25; 11.25)
Executa julgam ento (Jo 5.22)
E le é Id en tificado co m lav é do
A n tigo T estam en to
“EU S O U ” Go 8.58)
Visto por Isaías (Jo 12.41; 8.24,50-58)
P o ssu i N o m es D ivin os
“A lfa e Ô m ega” (A p 22.13)
“EU S O U ” Go 8.58)
“Em anuel” (M t 1.22)
“ Filho do H om em ” (M t 9.6; 12.8)
“Sen hor” (M t 7.21; Lc 1.43)
“ Filho de D eu s” (Jo 10.36)
“ D eus” Go 1.1; 2 Pe 1.1)
P o ssu i R elaçõ es D ivin as
E a imagem expressa de D eus
(C l 1.15; Hb 1.3).
Ele é um com o Pai Go 10.31).
A c eita A d o ra ção D iv in a
(M t 14.33; 28.9; Jo 20.28-29)
R eivin dica ser D eu s
Go 8.58; 10.30; 17.5)
Teve u m D esen v o lv im en to
H u m an o
C ontinuou a crescer e a fortalecerse (Lc 2.50,52).
Teve os E lem en tos E sse n c iais da
N atu reza H u m an a
C orpo hum ano (M t 26.12; Jo 2.21)
Razão e vontade (M t 26.38;
M c 2.8)
Teve
Jesus
Filho
Filho
N o m e s H u m an o s
(M t 1.21)
do H om em (M t 8.20; ,11.18)
de A braão (M t 1.1)
Teve as Lim itaçõ es da N atu reza
H u m an a, S e m P ecado
Ficou cansado G ° 4.6).
Sentiu fome (M t 4.2; 21.18).
Sentiu sede 0 ° 19.28).
Foi tentado (Mt 4; Hb 2.18).
Foi M u itas Vezes C h am ad o de
H om em
Go 1.30; 4.9; 10.38)
U n iã o d as N a tu re z a s
T ean tró p ica
A pessoa de C risto é teantrópica;
ele tem duas naturezas (divina
e hum ana em uma só pessoa)
P esso al
U n ião hipostática, constituindo
um a só substância pessoal;
duas naturezas, um a pessoa
In clu i Q u alid ad es e A to s
H u m an o s e D ivin os
Tanto as qualidades e os atos divinos
quan to hum anos podem ser
atribuídos a Jesus C risto sob
qualquer um a de suas naturezas.
P resen ça C o n stan te T an to da
H u m an id ad e Q u an to da
D iv in d ad e
A s suas naturezas não podem ser
separadas.
C a r á te r
A b so lu tam en te S an to
A sua natureza hum ana foi criada
santa (Lc 1.35).
Ele não com eteu pecado (1 Pe
2.22).
Ele sempre agradou o Pai
Go 8.29).
P o ssu i A m o r G en u ín o
Ele entregou a sua vida
Go 15.13).
O seu am or ultrapassa todo
o conhecim ento.
V erdadeiram en te H u m ild e
Ele tomou a forma de servo
(Fp 2.5-8).
In teiram en te M an so
(M t 11.29)
Perfeitam ente E qu ilib rado
Ele foi sério sem ser m elancólico.
Ele foi alegre sem ser frívolo.
Teve u m a V id a de O ração
(Mt 14.23; Lc 6.12)
Trab alh ad o r In can sáv el
Realizou as obras do seu Pai
Go 5.17; 9.4).
32. Profecias Messiânicas Cumpridas em Cristo
(Apresentadas na Ordem do seu Cumprimento)
Passagem que Contém
a Profecia
Assunto da Profecia
Passagem que Declara
o Cumprimento
Gênesis 3.15
Nascido da semente de uma mulher
Gálatas 4.4
Gênesis 12.2-3
Nascido da semente de Abraão
Mateus 1.1
Gênesis 17.19
Nascido da semente de Isaque
Mateus 1.2
Números 24-17
Nascido da semente de Jacó
Mateus 1.2
Gênesis 49.10
Descendente da tribo de Judá
Lucas 3.33
Isaías 9.7
Herdeiro do trono de Davi
Lucas 1.32-33
Daniel 9.25
Ocasião do nascimento de Jesus
Lucas 2.1-2
Isaías 7.14
Nascido de uma virgem
Lucas 1.26-27,30-31
Miquéias 5.2
Nascido em Belém
Lucas 2.4-7
Jeremias 31.15
Matança dos inocentes
Mateus 2.16-18
Oséias 11.1
Fuga para o Egito
Mateus 2.14-15
Isaías 40.3-5; Malaquias 3.1
Precedido por um precursor
Lueas 7.24,27
Salmos 2.7
Declarado Filho de Deus
Mateus 3.16-17
Isaías 9.1-2
Ministério na Galiléia
Mateus 4-13-17
Deuteronômio 18.15
O profeta por vir
Atos 3.20,22
Isaías 61.1-2
Veio para curar os quebrantados
Lucas 4.18-19
Isaías 53.3
Rejeitado pelos seus (os judeus)
João 1.11
Salmo 110.4
Sacerdote segundo a ordem de
Melquisedeque
Hebreus 5.5-6
Zacarias 9.9
Entrada triunfal
Marcos 11.7,9,11
32. Profecias Messiânicas Cumpridas em Cristo (continuação)
Passagem que
Contém a Profecia
Assunto da Profecia
Passagem que Declara
o Cumprimento
Salmos 41.9
Traído por um amigo
Lucas 22.47-48
Zacarias 11.12-13
Vendido por trinta peças de prata
Mateus 26.15; 27.5-7
Salmos 35.11
Acusado por falsa testemunha
Marcos 14-57-58
Isaías 53.7
Mudo diante das acusações
Marcos 15.4-5
Isaías 50.6
Cuspido e ferido
Mateus 26.67
Salmos 35.19
Odiado sem motivo
João 15.24-25
Isaías 53.5
Sacrifício vicário
Romanos 5.6,8
Isaías 53.12
Crucificado com transgressores
Marcos 15.27-28
Zacarias 12.10
Mãos traspassadas
João 20.27
Salmos 22.7-8
Escarnecido e zombado
Lucas 23.35
Salmos 69.21
Recebeu vinagre e mirra
Mateus 27.34
Salmos 109.4
Oração por seus inimigos
Lucas 23.34
Salmos 22.18
Soldados lançam sortes sobre a sua
túnica
Mateus 27.35
Salmos 34.20
Nenhum de seus ossos foi quebrado
João 19.32-33,36
Zacarias 12.10
Seu lado é perfurado
João 19.34
Isaías 53.9
Sepultado com os ricos
Mateus 27.57-60
Salmos 16.10; 49.15
Ressuscitaria dentre os mortos
Marcos 16.6-7
Salmos 68.18
Subiria à destra de Deus
Marcos 16.19
33. A Pecabilidade versus Impecabilidade de Cristo
Pecabilidade
Impecabilidade
Definição
Cristo podia pecar.
Cristo não podia pecar.
Expressãochave
Capaz de não pecar (Potuit non peccare)
Incapaz de pecar (Non potuit peccare)
Hebreus 4.15
Cristo foi tentado em todas as coisas
como nós, mas não cometeu pecado
(o pecado é visto no seu resultado).
A verdadeira tentação admite a
possibilidade de sucumbir à tentação.
Cristo foi tentado em todas as coisas como
nós, mas não possuía uma natureza
pecaminosa (o pecado é visto como
natureza ou estado de existência).
Questão da
Verdadeira
Humanidade
ou Verdadeira
Divindade
Se Jesus não podia pecar, como poderia
ser verdadeiramente humano?
Se Jesus podia pecar, como poderia ser
verdadeiramente divino?
Pontos de
Convergência
As tentações de Cristo foram reais (Hb 4-15).
Cristo experimentou lutas (Mt 26.36-46).
Cristo não pecou (2 Co 5.21; Hb 7.26; Tg 5.6; 1 Pe 2.22; 3.18; 1 Jo 3.5).
Pró Pecabilidade
Argumentação
Lógica Pró e
Contra a
Pecabilidade
Contra a Pecabilidade
Se Cristo podia ser tentado, então ele
poderia ter pecado. A pecabilidade é
uma dedução necessária da
tentabilidade. A tentação implica na
possibilidade do pecado.
Tentabilidade não implica em suscetibilidade.
Só porque um exército pode ser atacado
não significa que ele pode ser vencido.
Isso também resulta da falsa pressuposição
de que aquilo que se aplica a nós também
se aplica necessariamente a Cristo.
Se Cristo não podia pecar, então a
tentação não foi real e ele não pode
identificar-se com o seu povo.
Embora as tentações de Cristo nem sempre
sejam exatamente como as nossas, ele foi
provado por meio de sua natureza humana
como nós somos. No entanto, ele não
tinha uma natureza pecaminosa e era
também uma pessoa divina.
Se Cristo é impecável, então suas
tentações foram leves.
As tentações de Cristo foram, em todos os
sentidos, iguais às nossas, exceto no fato
de que não se originavam em desejos maus
e proibidos. Ele foi tentado a partir de fora,
e não de dentro.
Se Cristo não podia pecar, então ele não
possuía livre-arbítrio.
Cristo manifestou o seu livre-arbítrio não
pecando. Cristo era livre para fazer a
vontade do Pai. Tendo a mesma vontade
que o Pai, ele não era livre para ir contra
aquela vontade.
34* Teorias Acerca da Ressurreição de Jesus Cristo
I. Teorias do Túmulo Ocupado
T e o ria
T ú m u lo D escon h ecido
C h a rles A . G u ign ebert
R e fu ta ç ã o
E x p lic a ç ã o
O corpo de Je su s foi sep u ltado em um a vala
com u m d esco n h ecid a dos seus discípulos.
P ortan to, o relato d a ressu rreição resultou
d a ign orân cia q u an to ao parad eiro do
corpo.
N em todos os crim in osos eram sep u ltad o s em u m a v ala com um .
O N o v o T estam en to ap resen ta Jo sé de A rim atéia co m o testem u n h a do
sep u ltam en to em um túm ulo fam iliar específico.
A s m ulh eres viram o corpo sen d o p rep arad o p ara o se p u ltam en to e
co n h eciam a lo calização do túm ulo.
O s rom anos sabiam on d e estava o túm ulo, pois colocaram guardas n o m esm o.
T ú m u lo Errado
K irsopp Lake
L en d a
A n tig o s C ríticos d a Form a
R essu rreição
Espiritual
G n ó stico s
A s m ulheres foram ao tú m u lo errado, pois
h avia m u itos tú m u los se m e lh an tes em
Jeru salém . E las en co n traram um túm ulo
aberto e um jo v e m qu e n egou qu e aquele
era o tú m u lo de Jesu s. A s m ulheres
assu stad as eq u iv o cad am e n te
iden tificaram o hom em co m o um an jo
e fugiram .
A s m ulheres n ão foram à procu ra de u m túm ulo aberto, m as de um túm ulo
selado . E las ce rtam e n te d eixariam de lad o o túm ulo aberto c a so estivessem
em d ú vid a q u an to à ex a ta localização do túm ulo correto.
A ressu rreição foi um a in v en ção que
evoluiu d u ran te um longo períod o a fim
de vin d icar um líder que esta v a m orto
h avia m u ito tem po.
A recen te crítica h istórica tem d em o n strad o que as n arrativas da
ressu rreição origin aram -se em m ead o s d o prim eiro sécu lo.
O espírito de Je su s foi ressu scitad o, em bora
o seu corpo estivesse m orto.
O h om em que esta v a n o túm ulo n ão disse ap en as “ Ele n ã o e stá a q u i” , m as
tam b ém “Ele ressu scitou ” .
A s mulheres haviam observado a localização do túmulo setenta e duas horas antes.
O s ju d eu s, os rom an os e Jo sé de A rim atéia co n h eciam a lo calização do
tú m u lo e facilm en te poderiam tê-lo id en tificado co m o p rova co n tra
q u alqu er ressu rreição.
Paulo, em 1 C o rín tio s (55 d .C .), fala d a ressu rreição co m o um fato e ap o n ta
q u in h en tas testem u n h as, m u itas d as qu ais ain d a e stav am vivas para serem
in terrogadas pelos seus leitores.
Isso n eg a o en ten d im en to ju d aico d a ressu rreição (física e n ão esp iritu al).
C risto co m eu e foi to c ad o e ap alp ad o.
O s ju d eu s poderiam m ostrar o túm ulo o c u p ad o aos seus patrícios para provar
a falsid ad e d a ressu rreição.
Adaptado de Josh McDowell, Resurrection Factor [O Fator da Ressurreição] (San Bernardino: Here’s Life, 1981). Usado mediante permissão.
34. Teorias Acerca da Ressurreição (continuação)
T e o ria
A lu cin ação
A g n ó stico s
E x p lic a ç ã o
O s d iscípu los e segu idores de Je su s
estav am tão en v olvidos em ocion alm en te
co m a ex p ectativ a m essiân ica qu e as
su as m en tes projetaram alu cin ações
do S e n h o r ressurreto.
R e fu ta ç ã o
1. M ais de q u in h en tas pessoas, em diferen tes situ ações, co m d iversos grau s de
co m prom isso co m Je su s e co m diferen tes en ten d im en tos dos seus en sin os
tiveram to d as elas alu cin ações?
2. M u itos ap arecim en to s aco n tec eram a m ais de u m a pessoa. E ssas ilusões
sim u ltân eas são im prováveis.
3. O s d iscípu los n ão estav am esp eran d o a ressu rreição de C risto. E les viram
a su a m orte co m o algo definitivo.
4- O s ju d eu s p od eriam ter ap o n tad o p ara o tú m u lo o c u p a d o p ara provar
a falsidade dos discípulos.
II. Teorias do Túmulo Vazio
C om plô da P áscoa
H u g h Sch õn field
Je su s p lan ejou cum prir as profecias
vetero testam e n tárias tan to de servo
sofred or q u an to de rei por m eio de um a
m orte e ressu rreição fictícias. Jo sé de
A rim atéia e um m isterioso “jo v em ”
foram os ou tros con spirado res. O
co m p lô fracasso u q u an d o o sold ad o
perfu rou Je su s e este veio a morrer.
O “ S e n h o r ressu rreto” era o jovem .
1. A esco lta c o lo cad a ju n to ao tú m u lo é ign orad a n a teoria de Sch õ n field .
2. O fu n d am en to d a teoria é falho. O s m itos de ressu rreição sobre os qu ais
Je su s su p o stam en te baseo u a su a tram a n ão foram evid en tes até o qu arto
sécu lo d .C .
3. Tal “ ressu rreição ” n ão poderia explicar a d ram ática tran sform ação dos
d iscípu los.
4. T odas as testem u n h as bíblicas, ex ceto qu atro, são identificadas,
especialm en te as q u in h en tas testem u n h as ocu lares qu e, de aco rd o co m
Paulo, ain d a viviam .
5. Toda a tram a n o sen tido de su portar a cru cificação (e, em assim fazendo,
afastar os partidários n acio n alistas) parece im provável.
R e ssu scitaç ão
(D esm aio)
R ac io n alistas do
S é c u lo 18
Je su s n ão m orreu n a cruz; ele apen as
d esm aiou por cau sa d a ex au stão .
A b aix a tem p eratu ra e os arom as
d en tro do túm ulo o reanim aram .
1. A ciên cia m éd ica já dem on stro u qu e Je su s n ão p od eria ter sobrevivido
aos aço ites e à cru cificação.
2. Poderia esse Je su s q u ase m orto produzir um a im pressão co m o o S e n h o r
ressurreto?
34. Teorias Acerca da Ressurreição (continuação)
T e o ria
R ou b o do C orpo
pelos D iscíp ulos
E x p lic a ç ã o
O s d iscípu los roub aram o co rp o en q u an to
os guard as dorm iam .
Ju d e u s
R e fu ta ç ã o
1. Se os g u ard as estav am d orm in do, co m o eles sou b eram qu e os discípulos
roub aram o corpo?
2. A co n seq ü ên cia de dorm ir em serviço seriam p u n ições rigorosas, até
m esm o a m orte. A ssim , a e sco lta altam en te d isciplin ad a n ão teria
d orm ido.
3. O s d iscípu los de m od o algum pod eriam ter su p lan tado os guard as.
4. E absurdo acred itar qu e os d iscípu los m orreram por ca u sa de um a
m entira que eles criaram .
R essu rreição E xisten cial
R u d o lf B u ltm an n
R e ssu rre ição
H istó rica
C ristian ism o
O rto d o x o
U m a ressu rreição h istórica jam ais será
provada, e n ão é n ecessária. O C risto
d a fé n ão precisa estar preso ao Je su s
histórico. A n te s, C risto ressu scita
em nossos co rações.
O s prim eiros d iscípu los foram co n v en cid o s por ev en tos h istóricos. Eles
afirm aram que fu n d am e n tav am su a fé no que viram , e n ão em um a
n ecessidad e ex isten cial ou em u m a fé a priori (Lc 24 .3 3 -3 5 ; 1 C o 15.3-8).
Je su s foi ressu scitad o pelo p o d er de D eus.
Ele m an ifestou -se aos seus d iscípu los e
depois subiu aos céus.
1. E sta co n cep ç ão requ er m u d an ças pressu posicion ais, cren ça em D e u s e
su pern atu ralism o.
2. E sta co n cep ç ão virtu alm en te exige fé em Jesu s.
35. O Ensino Bíblico Acerca do Espírito Santo
Categoria
Nomes
Personalidade
Atributos
Obras
Descrição/Definição
Referências Bíblicas
Espírito Santo
Lc 11.13; Jo 20.22; At 1.5; cf. SI 51.11
Espírito da Graça
Hb 10.29
Espírito da Verdade
Jo 14.17; 15.26; 16.13; cf. 1 Jo 5.6
Espírito de Sabedoria
e Conhecimento
Is 11.2; cf. 61.1-2; 1 Tm 1.17
Espírito da Glória
1 Pe 4-14; cf. Êx 15.11; SI 145.5
Conselheiro
Jo 14.16; 16.7
Ele é a terceira pessoa da
Divindade, a Trindade
Mt 3.16-17; Jo 14.16; At 10.38.
Tem conhecimento
Is 11.2; Rm 8.27; 1 Co 2; 10-11
Tem sentimento
Is 63.10; Ef 4.30; cf. At 7.51; Rm 15.30
Tem vontade
1 Co 12.11
Ele é divino
At 5.3-4; 2 Co 3.18
É eterno
Hb 9.14
É onipresente
SI 139.7
E onisciente
Jo 14.26; 16.13; 1 Co 2.10
Ele atuou na criação
Gn 1.2; Jó 33.4; SI 104.30
Inspirou os escritores bíblicos
2 Pe 1.21
Efetuou a concepção de Cristo
Lc 1.35
35. O Ensino Bíblico Acerca do Espírito Santo (continuação)
Categoria
Obras (cont.)
Dons
Descrição/Definição
Referências Bíblicas
Ele convence do pecado
Jo 16.8; cf. Gn 6.3
Regenera
Jo 3.5-6
Aconselha
Jo 14.16-17; 16.7,12-14
Dá certeza da salvação
Rm 8.15
Ensina ou ilumina
Jo 16.12-14; 1 Co 2.13
Auxilia as orações por meio
da intercessão
Rm 8.26-27
Ressuscitou a Cristo
Rm 8.11; 1 Pe 3.18
Chama para o serviço
At 13.4
Sela a salvação dos eleitos
Rm 8.23; 2 Co 1.21-22; Ef 1.13-14; 4.30
Habita no crente
Rm 8.9; 1 Co 3.16-17; 6.9
Atua na igreja
1 Co 12.7-11
Fonte de todos os dons da igreja
1 Co 12.7-11
Profecia
1 Co 14.1-40
Milagres e curas
1 Co 12.4,28-30
Línguas
1 Co 12.4,10
Ensino
1 Co 12.4,28
Fé
1 Co 12.8-9
Serviço
1 Co 12.4,28; Ef 4-12
Exortação
Rm 12.8; cf. 1 Co 12.4,7
36. Títulos do Espírito Santo
/\
Citação
Enfase
Título
Um Espírito
Sua unidade
Efésios 4.4
Sete Espíritos
Sua perfeição, onipresença
e plenitude
Apocalipse 1.4; 3.1
O Senhor, o Espírito
Sua soberania
2 Coríntios 3.18
Espírito Eterno
Sua eternidade
Hebreus 9.14
Espírito da Glória
Sua glória
1 Pedro 4.14
Espírito da Vida
Sua vitalidade
Romanos 8.2
Espírito de Santidade
Espírito Santo
0 Santo
Sua santidade
Romanos 1.4
Mateus 1.20
1 João 2.20
Espírito
Espírito
Espírito
Espírito
Sua onisciência, sabedoria e
conselho
Isaías 11.2
cf. 1 Coríntios 2.10-13
Espírito de Poder
Sua onipotência
Isaías 11.2
Espírito de Temor
do Senhor
Sua reverência
Isaías 11.2
Espírito da Verdade
Sua veracidade
João 14.17
Espírito da Graça
Sua graça
Hebreus 10.29
Espírito de Graça
e Súplica
Sua graça e intercessão
Zacarias 12.10
de
de
de
de
Sabedoria
Entendimento
Conselho
Conhecimento
Adaptado de Paul Enns, The Moody Handbook ofTheobgy [Manual de Teologia Moody] (Chicado: Moody Press, 1989), p. 250. Usado mediante permissão.
37. A Obra do Espírito Santo na Salvação
Atividade
Descrição da Atividade
Referências Bíblicas
Regeneração
Por meio do ministério do Espírito a
pessoa nasce de novo, recebe vida
eterna e é transformada.
Jo 3.3-8; 6.63; Tt 3.5
Habitação
O Espírito habita no crente. Sem a
habitação do Espírito, a pessoa não
pertence a Cristo.
Jo 14.17; Rm 8.9,11; 1 Co 3.16; 6.19
Batism o
Os crentes são batizados no Espírito
Santo por Cristo, unindo-os todos
em um só corpo.
Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; 1 Co 12.13
Selo
Deus sela os crentes com o Espírito Santo,
fornecendo uma declaração de proprie­
dade e uma garantia de redenção final.
2 Co 1.22; Ef 1.13; 4.30; cf. Rm 8.16
Enchimento
Os crentes são instruídos a serem “cheios
do Espírito.” O ministério de
preenchimento do Espírito pode ser
classificado em um preenchimento geral
com vistas ao crescimento e
amadurecimento espiritual e em
habilidades especiais concedidas pelo
Espírito para tarefas especiais para Deus.
Ef 5.18; cf. At 4.8; 4.31; 6.3; 9.17;
11.24; 13.9
Direção
Os crentes são instruídos a andarem no
Espírito e serem conduzidos pelo Espírito.
O Espírito preserva o crente da servidão
ao legalismo e também proporciona
disciplina e orientação para a vida cristã.
G1 5.16,25; cf. At 8.29; 13.2; 15.7-9;
16.6; Rm 8.14.
Capacitação
O Espírito que habita no crente concede
vitória na vida cristã, a produção de
frutos cristãos e a capacidade de vencer
as obras de Satanás.
Rm 8.13; G1 5.17-18,22-23
Ensino
Jesus prometeu que quando o Espírito
viesse, ele conduziria os crentes à
verdade. O Espírito ilumina a mente do
crente para receber a revelação da
vontade de Deus através de sua Palavra.
Jo 14.26; 16.13; 1 Jo 2.20,27
38. Quatro Conjuntos de Dons Espirituais
1 Coríntios
12.8-10
1 Coríntios
12.28-30
Romanos
12.6-8
Efésios 4.11
Palavra da
sabedoria
Palavra do
conhecimento
Dons de curar
Dons de curar
Milagres
Milagres
Profecia
Profecia
Discernimento
de espíritos
Discernimento
de espíritos
Línguas
Línguas
Profecia
Profecia
Interpretação
de línguas
Apóstolos
Apóstolos
Mestres
Ensino
Governos
Ensino [ou
Pastores
Mestres]
Ministério
Socorros
Exortação
Contribuição
Liderança
Misericórdia
Evangelistas
Pastores
39. Síntese dos Dons Espirituais
Dom
Profecia
TTpcxfirjTcia
Descrição
Exemplo
Resultado
F a la r v e r d a d e s d ir e ta m e n te r e v e la d a s
por D eus
E n te n d e r m isté rio s
1 C o 1 3 .2
T im ó t e o - 1 T m 4 .1 4
F ilh a s d e F ilip e - A t 2 1 .8 - 9
A ju d a r o u tr o s a fa z e r a o b r a d e D e u s
D a r a s s is tê n c ia p r á t ic a a o s m e m b r o s
d a ig re ja
S e r v ir a ig r e ja e o s n e c e s s ita d o s
A t 6.1
O n e s íf o r o
2 T m 1 .1 6
C o m u n ic a r a s v e r d a d e s e a p lic a ç õ e s
d a s E sc r itu r a s
E n te n d e r a P a la v r a d e D e u s
A t 1 8 .2 6
In sta r a lg u é m a te r u m a c o n d u t a
E n c o r a ja m e n t o
A t 9 .2 7
A t 4 .3 6
S a t is fa z e r n e c e s s id a d e s físic a s
A t 9 .3 6
A t 9 .3 6
O rd e m
T t 1.5
T it o
T t 1.5
R m 1 2 .6
1 C o 1 4 .2 9 -3 2
Serviço, Socorro
ÔLGLKOVia
R m 1 2 .7
Ensino
Ô L Ô a a m À La
R m 1 2 .7
1 C o 1 2 .2 8
P risc ila e Á q u i la - A t 1 8 .2 6
A p o io - A t 1 8 .2 7 -2 8
P a u lo - A t 18.11
E f4 .ll
Exortação
(e n c o r a ja m e n t o )
a p r o p r ia d a o u c o n s o la r
B arn ab é
Tra p a K \r\a iç
R m 1 2 .8
Contribuição
fieraS iSoj/JL
D a r d o s b e n s e p o sse s à o b ra d e D e u s
c o m a le g r ia e lib e r a lid a d e
D orcas
R m 1 2 .8
Liderança
TTpOL<7TTI/J.L
R m 1 2 .8
O r g a n iz a r e a d m in istr a r a o b ra
d o m in isté rio
39. Síntese dos Dons Espirituais (continuação)
Descrição
Dom
Exercer Misericórdia
P r e s ta r a u x ílio im e r e c id o a o u tr o s
eXeeco
Exemplo
Resultado
S im p a t ia , c o m p a ix ã o a o s q u e
n ã o m erecem
B arn ab é
A p r e s e n t a o s p r e c e ito s d e
D e u s p a r a a ig re ja
P a u lo - C l 1.1
A t o s 9 .2 7
R m 1 2 .8
Apostolado
aTTCXJTOÀOÇ
1 C o 1 2 .2 8
E f4 .ll
Evangelismo
e u a y y e Á L a r r iç
E f4 .ll
Pastor/Mestre
S e r te s te m u n h a o c u la r d o C r is t o
r e ssu r r e to e fa la r c o m a u to r id a d e
s o b re fé e p r á tic a
A p r e s e n t a r o e v a n g e lh o c o m c la r e z a ,
se n tin d o r e s p o n s a b ilid a d e p e lo s
P e d ro - 1 Pe 1.1
1 C o 1 4 .3 7
E n te n d im e n to d o E v a n g e lh o
F ilip e
A t 2 1 .8
C u i d a d o e in s t r u ç ã o n a p ie d a d e
A t 2 0 .2 8 -3 1
P a u lo
1 T s 2 .7 -1 2
C a p a c id a d e d e ap re e n d e r e
a p lic a r a r e v e la ç ã o d a d a
Jo ã o
1 J o 1.1-3
n ã o - s a lv o s
P a sto r e a r e e n s in a r a ig re ja
7TOLfirjUÇ
R m 1 2 .7 ; E f 4 . l l
Palavra da Sabedoria
A o y o ç a o (f)L aç
1 C o 1 2 .8
D is c e r n ir e a p r e s e n ta r a v e r d a d e
de D eus
A p lic a r a P a la v r a o u s a b e d o r ia d e
D e u s a s itu a ç õ e s e s p e c ífic a s
Palavra do
Conhecimento
À o y o ç yiA úO füjç
1 C o 12 .8
E n te n d e r e e x p o r s a b e d o r ia d a p a r te
de D eus
R e v e la ç ã o d e D e u s so b re p e s so a s,
c ir c u n s t â n c ia s o u v e r d a d e s b íb lic a s
A v e r d a d e e n t e n d id a e m se u
se n tid o e s p iritu a l
1 C o 2 .6 -1 2
P a u lo
C l 2 .2 -3
39. Síntese dos Dons Espirituais (continuação)
Dom
Fé
TTLOTLÇ
Descrição
C o n fia r e m D e u s im p lic ita m e n te
Resultado
Exemplo
R e a liz a ç ã o d e g r a n d e s ta r e fa s
E stê v ã o
A t o s 6 .5
C u r a s c o m p le ta s
A t 3 .6 -7
P e d ro e J o ã o - A t 3 .6 -7
P a u lo - A t 2 0 .9 - 1 2
A s p e s s o a s te m e m a D e u s
A t 5 .9 -1 1
A t 1 3 .8 -1 1
Id e n tific a r o p o d e r p e lo q u a l u m
m e str e o u p r o fe ta fa la
D e s m a s c a r a r o s fa lso s p r o fe ta s
C r e n t e s d e C o r in t o
l j o 4 .1
1 C o 1 4 .2 9
F a la r e m u m a lín g u a n ã o e n t e n d id a
L o u v o r a D e u s e n t e n d id o p e la s
O s d isc íp u lo s
p a r a re a liz a r fe ito s in c o m u n s
1 C o 1 2 .9
Cura
S e r c a p a z d e c u r a r e n fe r m id a d e s
la / u a
1 C o 1 2 .9
Milagres
S e r c a p a z d e r e a liz a r o b r a s d e p o d e r
ô u u a jiL Ç
P a u lo
1 C o 1 2 .1 0
Discernimento
ÔLÜKpLm Ç
1 C o 1 2 .1 0
Línguas
y X ú ja o a
p o r a q u e le q u e fa la
1 C o 1 2 .1 0
p esso as q u e co n h e ce m a
lín g u a f a la d a ( A t 2 .1 - 1 2 )
A ç ã o de g raç as a D e u s qu e
p o d e se r e n t e n d id a se a lg u é m
in te r p r e ta r a lín g u a fa la d a
(1 C o 1 4 .5 ,1 6 ,2 7 - 2 8 )
Interpretação
ep\lT)V£LCL
1 C o 1 2 .1 0
T o rn a r a s “ lín g u a s ” in te lig ív e is
C o n fir m a ç ã o d a lín g u a
e s tr a n g e ir a
1 C o 1 4 .2 7 -2 8
40. Pontos de Vista Acerca das “Línguas”
Pentecostal
Carismático
A s lí n g u a s d e A t o s s ã o lín g u a s
h u m an as, a o p asso q u e as
lí n g u a s d e 1 C o r í n t i o s s ã o
lín g u a s h u m a n a s , lín g u a s
c e le s t ia i s o u a n g é li c a s , o u
e x p re ssõ e s d e ê x ta se .
A s lí n g u a s d e A t o s s ã o lín g u a s
h u m a n a s, ao p asso q u e as
lín g u a s d e 1 C o r í n t io s s ã o
lín g u a s c e le s t i a i s o u
a n g é lic a s .
A s lín g u a s d e A t o s s ã o lí n g u a s
h u m an as, ao p asso q u e as
lí n g u a s d e 1 C o r í n t i o s s ã o
lí n g u a s c e le s t i a i s o u
C o n te ú d o d as
L ín g u a s
G lo s so lá lia é o ra r a D e u s e m u m a
lí n g u a q u e n ã o s e e s t u d o u .
A l g u n s a c r e d i t a m q u e o s r e la t o s
d o N o v o T e sta m e n to a c e rc a de
“ lín g u a s” re fe re n v se a u m a
l í n g u a c o n h e c i d a q u e é d ir ig id a
a D e u s e m lo u v o r e a ç ã o de
g ra ç a s. N u n c a se p re te n d e q u e
a s lín g u a s s e ja m e q u iv a le n t e s à
p r o f e c ia n o s e n t i d o d e s e r e m
d ir ig id a s a p e s s o a s .
A s lín g u a s p o d e m s e r o r a ç õ e s
a D e u s o u p o d e m se r a
m a n e i r a p e la q u a l D e u s
f a la a o s e u p o v o , s e n d o
e q u i v a le n t e à p r o fe c ia ,
c a s o s e ja in t e r p r e t a d a .
A s l í n g u a s p o d e m se r o r a ç õ e s
a D e u s o u p o d e m se r u m
m e i o p e lo q u a l D e u s f a la
a o se u p o v o , se n d o
e q u i v a l e n t e à p r o fe c ia ,
c a s o h a ja i n t e r p r e t a ç ã o .
N e c e s sid a d e
d as L ín g u a s
O s d i s p e n s a c i o n a lis t a s c r ê e m q u e
a s lí n g u a s t iv e r a m u m v a lo r
lim it a d o n a ig r e ja p r im itiv a , p a r a
d e m o n s t r a r c o m o D e u s fe z a
t r a n s i ç ã o d e I s r a e l p a r a a ig r e ja .
A m a io r p a r t e d e le s c o n c o r d a
q u e e la s t a m b é m e r a m u s a d a s
p a r a e d i f i c a r a ig r e ja q u a n d o
a c o m p a n h a d a s p e lo d o m d e
i n t e r p r e t a ç ã o d e lín g u a s .
H o je e la s n ã o s ã o n e c e s s á r i a s .
A s lín g u a s n ã o s o m e n t e
s ig n ific a m a p r e s e n ç a e o
p o d e r d o E s p ír ito , m a s
ta m b é m d ã o a c a p a c id a d e
d e fa la r a D e u s p o r m e io d o
E s p ír ito s o b r e q u e s t õ e s q u e
a m e n te n ã o é c a p a z d e
e x p r e s sa r . O d o m d e lín g u a s
ta m b é m é c o n c e d id o a
a lg u n s c r istã o s p a r a tr a n sm itir
a v o n ta d e de D e u s.
N e m t o d o s o s c r i s t ã o s fa la m
e m lín g u a s , e o E s p ír it o e s t á
p r e s e n t e e m t o d o c r is t ã o ,
m a s o c r istã o re c e b e u m
p o d e r e s p e c i a l p e l a l ib e r a ç ã o
d o p o d e r d o E s p ír it o a t r a v é s
d a s lí n g u a s , q u e s ã o
c o n c e d i d a s a a lg u n s c r i s t ã o s
p a r a t r a n s m it ir a v o n t a d e
d e D e u s à i g r e ja , p a r a a s u a
e d i f ic a ç ã o .
P ro p ó sito d as
L ín g u a s
O p r o p ó s i t o p r im o r d ia l d a s lín g u a s
fo i d e m o n s tra r a tr a n siç ã o d a
n a ç ã o d e Israe l p a ra as n a ç õ e s
d e t o d o o m u n d o . E la s n ã o s ã o
u m in d í c io n o r m a t i v o d e q u e
a lg u é m r e c e b e u o E s p í r it o d e
D e u s o u u m s e g u n d o b a t is m o
A s lí n g u a s s ã o a e v id ê n c ia
in ic ia l e n e c e s s á r i a d e q u e
a lg u é m r e c e b e u o E s p ír ito o u
a c a p a c i t a ç ã o d o E s p ír ito p o r
m e i o d o b a t i s m o d o E s p ír ito
S a n t o . A l é m d is s o , e la s s ã o
u s a d a s p e lo c r e n t e c h e io d o
A s lí n g u a s s ã o u m in d íc io (m a s
n ã o o ú n i c o ) d e q u e a lg u é m
p o s s u i a p le n it u d e d o E sp ír ito
d e D e u s . T o d o s o s c r is t ã o s
t ê m o E s p í r i t o a p a r tir d a
c o n v e r s ã o , m a s a p le n it u d e
o c o rr e q u a n d o se d e ix a q u e
D e u s a s s u m a o c o n t r o le d a
Categoria
N a tu re z a d as
L ín g u as
Tradicional
d o ( o u n o ) E s p ír it o .
D u ra ç ã o d as
L ín gu as
A s lín g u a s c e s s a r a m a p ó s a
c o n c lu sã o d o N o v o
T e s t a m e n t o . H o je n ã o e x is t e
n e n h u m a e v i d ê n c i a f id e d ig n a
d o d o m m i r a c u lo s o d e fa la r
lín g u a s e s t r a n h a s .
E s p ír it o p a r a o r a r c o m m a is
e f i c á c ia . O s p e n t e c o s t a i s
d iv e r g e m q u a n t o a se a
p e s s o a r e c e b e o E s p ír ito d e
D e u s n o m o m e n to d a
c o n v e r sa i.) o u s o m e n t e c o m
o b a t i s m o d o E sp ír ito .
A s lín g u a s t ê m p e r s is t id o a o
lo n g o d o s s é c u lo s ,
r e a p a r e c e n d o e m v á r io s
p e r ío d o s d a h is t ó r ia d a
ig r e ja e m q u e t e m o c o r r id o
u m d e s e jo m a is fo r te d e
e s p ir i t u a li d a d e .
a n g é lic a s .
v id a . E s s a n ã o é u m a s e g u n d a
bên ção, m as o
re c o n h e c im e n to d o p o d e r
d e D e u s . A s lín g u a s a ju d a m
a p e s s o a a o r a r n o E s p ír ito .
A s lín g u a s t ê m p e r s is t id o a o
lo n g o d o s s é c u lo s ,
r e a p a r e c e n d o e m v á r io s
p e r ío d o s d a h is t ó r ia d a
ig r e ja e m q u e t e m o c o r r id o
u m d e s e jo m a is f o r te d e
e s p ir it u a lid a d e .
41. Comparação entre os Anjos, os Seres Humanos e os Animais
Categoria
Anjos
Seres Humanos
Animais
Não
Sim
Não
Imaterial/espírito
Imaterial/físico
Material/físico
Influência por meio de seres
humanos
Influenciado por espíritos
Sem casamento, mas com propagação
Sem casamento ou propagação
Casamento/propagação
Personalidade
Plena personalidade
Ênfase na vontade/obediência
Plena personalidade
Enfase na vontade/obediência
Personalidade parcial
Enfase na subordinação
Pecado
Rebeldia arrogante: desejo de ser
“como Deus”
Rebeldia arrogante: desejo de
ser “como Deus”
Não-moral, derivado do homem ou de
Satanás (Gn 3)
R e la çã o co m D eu s
Direta
Celestial/terrena
Direta
Terrena/celestial
Indireta
Terrena sob o homem
F u n ção /P ro p ó sito
Influência na terra sob Deus
Domínio na terra sob Deus
Serviço na terra sob o homem
Im agem de D eu s
N atu reza/E x istên cia
Corpo
Adaptada de uma tabela de Lanier Burns. Usada mediante permissão.
42. Os Filhos de Deus em Gênesis 6
Posição
Criaturas Angélicas
Setitas Apóstatas
Déspotas Ambiciosos
Pessoas
A n jo s c a í d o s c o a b i t a m c o m
b e la s m u lh e r e s
S e t i t a s ím p io s c a s a m - s e c o m
c a i n it a s d e p r a v a d a s
C h e fe s d e sp ó tic o s c a sa m -se
c o m m u it a s e s p o s a s
Perversão
P e r v e r s ã o d a r a ç a h u m a n a p e la
in t r o m i s s ã o d e a n jo s
C o r r u p ç ã o d a lin h a g e m s a n t a
p o r m e io d e c a s a m e n to s m isto s
P o lig a m ia d o s p r ín c ip e s c a i n it a s
p a r a e x p a n d i r o s e u d o m ín io
Progénie
G ig a n te s m o n stru o so s
T i r a n o s ím p io s
L í d e r e s d in á s t ic o s
Provas
A r e f e r ê n c i a a a n jo s c o m o
“ f ilh o s d e D e u s ”
A ê n fa se a h o m e n s n o
c o n te x to
A a n tig ü id a d e d e sta
in te r p r e ta ç ã o
A s r e f e r ê n c ia s
n e o te sta m e n tá r ia s a o p e c a d o
a n g é li c o d e G ê n e s i s 6 e m 2
P e d r o 2 .4 - 5 e j u d a s 6 -7
A b ase do p ecad o h u m an o
c o m o r a z ã o p a r a o D ilú v io
O u s o b í b l ic o d e “d e u s ” e m
re fe rê n c ia a g o v e r n a n te s
e ju iz e s
A a n tig ü id a d e d o c o n c e ito
O d e s e n v o lv im e n t o t e m á t ic o
d e G ê n e sis 4 e 5
A re fe rê n c ia n o c o n t e x t o a o
s u r g im e n t o d e d i n a s t ia s ím p ia s
A e x p lic a ç ã o s a tis fa tó r ia d e
q u e a lg u n s a n jo s e s t ã o
p re so s e o u tro s n ã o
A a v e r s ã o a c a s a m e n t o s e n tre
ju s t o s e ím p io s e m G ê n e s is
A p r á t i c a d e c h a m a r o s r e is d e
“ filh o s d e D e u s ” n o o r ie n t e
p r ó x im o
e o u t r o s lu g a r e s
A r e fe r ê n c ia n o s a n tig o s r e la to s
à o r i g e m d a r e a le z a p o u c o
a n t e s d o D i lú v i o
Problemas
A s im p o s s ib ilid a d e s p s ic o ló g ic a s
e f is io ló g ic a s d e c a s a m e n t o s
a n g é li c o s
A d if ic u ld a d e t e x t u a l d e
to rn a r o te rm o “ h o m e n s”
d e G ê n e s i s 6 .1 d ife r e n te
d e “ h o m e n s ” n o v e r s íc u lo 2
A f a l t a d e e v i d ê n c i a d e q u e ta l
s iste m a fo i e s ta b e le c id o n a
lin h a g e m d e C a im
A p r o b a b ili d a d e d e q u e “ a n jo s
d e D e u s ” r e fir a - s e a h o m e n s ,
j á q u e e m o u t r o s lu g a r e s
A a u sê n c ia d a e x p re ssã o
e x a t a “ f ilh o s d e D e u s ”
a p li c a d a a o s c r e n t e s n o
V e lh o T e s t a m e n t o
A fa lta d e e v id ê n c ia d e q u e o
te r m o “ f ilh o s d e D e u s ” fo i
t o m a d o d a lit e r a t u r a
co n te m p o râ n e a
A i m p o s s ib ilid a d e d e e x p lic a r
a o r ig e m d o s g ig a n t e s e
v a l e n t e s s im p le s m e n t e p o r
in t e r m é d io d e c a s a m e n t o s
m is t o s
O fa to d e q u e n e n h u m a u to r
d a E s c r i t u r a ja m a i s c o n s id e r o u
o s r e is c o m o d e u s e s
H e n g s t e n b e r g , K e il, L a n g e ,
Ja m ie s o n , F a u sse t, B row n ,
H e n r y , S c o f i e ld , L in c o ln ,
M u r ra y , B a x te r , S c r o g g ie ,
L e u p o ld
K a is e r , B irn e y , K lin e , C o r n f ie ld ,
K ober
a p lic a - se a h o m e n s
Proponentes
A lb r ig h t , G a e b e l e i n , K elly,
U n g e r , W a ltk e , D e lit z s c h ,
B u llin g e r , L a r k in , P e m b e r,
W u e st , G r a y , T o rre y , M e y e r,
M a y o r , P lu m m e r , A lf o r d ,
R y rie , S m i t h
43. O Ensino Bíblico Acerca dos Anjos
O rigem
Os anjos foram criados por Deus (Cl 1.16) como seres santos (Mc 8.38), antes da criação da terra (Jó 38.7), por um fiat divino (SI 148.2,5).
N atureza
Os anjos foram criados com a capacidade de comunicar-se e com uma personalidade expressa por intelecto (1 Pe 1.12), emoção (Jó 38.7) e vontade (Is
14.12-15), mas nunca se diz que possuem a imagem de Deus, como o ser humano. Eles são seres com localização definida (Dn 9.21-23), imortais (Lc
20.36) e têm um conhecimento limitado (Mt 24-36). São normalmente invisíveis (Cl 1.16), mas têm aparecido a pessoas na forma de seres masculinos
(Gn 18.1-8), às vezes como homens muitos incomuns (Dn 10.5-6) e por vezes com algum tipo de fulgor sobrenatural (Mt 28.3) ou como seres viventes
extraordinários no céu (Ap 4.6-8). Geralmente a sua aparência leva o ser humano envolvido a responder com temor e agitação (Lc 1.29).
C ondição
Espiritual
Embora todos os anjos tenham sido criados bons, existem agora duas categorias morais: santos e eleitos (Mc 8.38; 1 Tm 5.21) e ímpios e
imundos (Lc 8.2; 11.24-26). Eles estão aliados a Deus 0oão 1.51) ou a Satanás (Mt 25.41).
Sem elhanças com
o H om em
Criados por Deus, com localização definida, responsáveis diante de Deus (Jo 16.11), limitados no conhecimento (Mt 24.36)
Diferenças em
R elação ao H om em
Diferente ordem de ser (Hb 2.5-7), invisíveis, não procriam (Mt 22.28-30), maiores em inteligência, força e rapidez (2 Pe 2.11), não sujeitos à
morte física.
C lassificação
Principados, potestades, dominadores do mundo (Ef 6.12), domínios (Ef 1.21), soberanias (Cl 1.16).
C a íd o s
P ropósito
N ã o C a íd o s
Promover o programa de Satanás de oposição a Deus (Ap 12.7)
incitando a rebelião (Gn 3), a idolatria (Lv 17.7), falsas religiões
(1 Jo 4.1-4) e a opressão da humanidade.
Servir a Deus no culto (Ap 4.6-11), no ministério (Hb 1.7), como mensageiros
de Deus (SI 103.20), agir no governo de Deus (Dn 10.13,21), protegendo o
povo de Deus (SI 34.7), executando o juízo de Deus (Gn 19.1).
R elação com os
C rentes
Promover a guerra (Ef 6.10-18), acusar (Ap 12.10), semear a dúvida
(Gn 3.1-3), induzir ao pecado (Ef 2.1-3), perseguir (Ap 12.13),
impedir o serviço (1 Ts 2.18), perturbar a igreja (2 Co 2.10-11).
Revelar a verdade (G1 3.19), guiar (Mt 1.20-21), suprir necessidades
físicas (1 Rs 19.6), proteger (Dn 3.24-28), libertar (At 5.17-20),
encorajar (Atos 5.19-20), agir em resposta à oração (Dn 9.20-24),
acompanhar os mortos (Lc 16.22).
R elação com Cristo
na Terra
Satanás tentou a Cristo (Mc 1.13), levou as pessoas a traí-lo e matálo (Lc 22.3-4); Cristo expulsou os demônios e finalmente os
derrotou na cruz (Cl 2.15).
Anunciaram o nascimento de Cristo (Lc 1.26-38), guiaram José a um lugar
seguro (Mt 2.14), ministraram a Cristo (Mt 4.11; Lc 22.43), anunciaram
a sua ressurreição (Mt 28.2-4), ascensão e retomo (At 1.11).
Lugar de
H abitação
Regiões celestes ou espirituais (Ef 6.12), abismo (Ap 9.1-11),
pessoas (Mc 9.14-29), trevas (Judas 6).
N a presença de Deus (Is 6.1-6), lugares celestiais (Ef 3.10)
D estino
Derrotados por Cristo (Cl 2.15), lançados no abismo durante o Milênio
(Ap 20.1-2), lançados no lago do fogo como punição final (Ap 20.10).
Estar na presença de Deus e na presença de Cristo no seu reino
(Ap 21-22)
A n jos Específicos
Satanás
Miguel, Gabriel
44. A Doutrina de Satanás e dos Demônios
Satanás
Hebraico sàtün, grego satanas = adversário, opositor
(1 Cr 21.1; Jó 1.6; Jo 13.27; At 5.3; 26.18; Rm 16.20)
Nomes e Títulos
Textos Bíblicos
Escritura
A badom
A p 9 .1 1
A c u sad o r de
n o s s o s ir m ã o s
A p 1 2 .1 0
A d v e rsá rio
1 P e 5 .8
A n jo d o
a b is m o
A p 9 .1 1
A n tig a se rp e n te
A P 1 2 .9 ; 2 0 .2
A p o li o m
A P 9 .1 1
A s sa ssin o
J o 8 .4 4
B e lz e b u
M t 1 2 .2 4 ; M c 3 .2 2 ;
L c 1 1 .1 5
B e lia l
2 C o 6 .1 5
D e u s d este
m undo
2 C o 4 .4
D ia b o
M t 4 .1 ; L c 4 .2 ; A p 2 0 .2
D o m in a d o r d e ste
E f 6 .1 2
m u n d o te n e b r o so
A Doutrina de Satanás
Categorizada
S u t i l ( G n 3 .1 ) , p r o v o c a d o r (1 C r 2 1 .1 ) , s e n h o r
d o s r e in o s e d a g ló r ia d o m u n d o ( M t 4 .8 ) ,
a s s a s s i n o e m e n t ir o s o ( Jo 8 .4 4 ) , c h e io d e t o d o o e n g a n o e d e t o d a
a m a líc ia , in im ig o d e t o d a a ju s t i ç a , a q u e l e q u e p e r v e r t e o s r e t o s
c a m i n h o s d o S e n h o r ( A t 1 3 .1 0 ) . T e m p o d e r , s i n a i s e p r o d íg io s d a
m e n t ir a (2 T s 2 .9 ) . P e c a d o r d e s d e o p r in c í p i o (1 J o 3 .8 ) , s e d u t o r
d e t o d o o m u n d o ( A p 1 2 .9 ) . P o d e a p a r e c e r c o m o u m a n jo d e luz
(2 C o 1 1 .1 4 ) . C o n d u z o s s e u s s e g u id o r e s (1 T m 5 .1 5 ) . S e u s filh o s
s ã o c h a m a d o s d e jo i o ( M t 1 3 .3 8 ) .
Descrição
Descrição Geral.
I n c it a (1 C r 2 1 .1 ) , p a s s e i a p e la
t e r r a ( Jó 1 .7 ) , p o d e c a u s a r e n f e r m i d a d e s fís ic a s
( Jó 2 .7 ) , p o d e c e g a r p e s s o a s ( L c 1 3 .1 6 ) , c e g a
e s p ir it u a lm e n t e o s in c r é d u lo s (2 C o 4 - 4 ) , l a n ç a d a r d o s in f l a m a d o s
( E f 6 .1 6 ) , im p e d e (1 T s 2 .1 8 ) , c o n d e n a e p r e n d e (1 T m 3 .6 - 7 ) ,
p r o c u r a d e v o r a r (1 P e 5 .8 ) , a r r e b a t a a P a la v r a d e D e u s s e m e a d a
( M t 1 3 .1 9 ) , q u e r a l c a n ç a r v a n t a g e m (2 C o 2 .1 1 ) , t r a n s f o r m a - s e e m
a n jo d e lu z (2 C o 1 1 .1 4 ) . Exemplos específicos: f e r iu o c a l c a n h a r
d e C r is t o ( G n 3 .1 5 ) , t e n t o u a J e s u s ( M t 4 .1 ) , q u is p e n e i r a r S i m ã o
P e d r o c o m o tr ig o ( L c 2 2 .3 1 ) , e n t r o u e m J u d a s e o p e r s u a d i u a tr a ir
a J e s u s ( Jo 1 3 .2 ,2 7 ) , e n c h e u o c o r a ç ã o d e A n a n i a s p a r a q u e
m e n t is s e ( A t 5 .3 ) , l a n ç a r á a lg u n s n a p r i s ã o ( A p 2 .1 0 ) .
Atividades/
Obras
E s p ír ito i m u n d o
M t 1 2 .4 3
E s p ír it o m a lig n o
1 S m 1 6 .1 4
E s p ír ito m e n t ir o s o
1 R s 2 2 .2 2
E s p ír ito q u e a t u a
n o s filh o s d a
d e so b e d iê n c ia
E f 2 .2
G ran d e d rag ão
v e r m e lh o
A P 1 2 .3
Im p é r io d a s t r e v a s
C l 1 .1 3
In im ig o
M t 1 3 .3 9
M a io r a l d o s
d e m ô n io s
M t 1 2 .2 4
M a lig n o
M t 1 3 .1 9 ,3 8
M e n t ir o s o
J o 8 .4 4
P a i d a m e n t ir a
J o 8 .4 4
S u a c a b e ç a fo i e s m a g a d a p o r C r i s t o ( G n 3 .1 5 ) ,
s e r á e s m a g a d o p e lo D e u s d a p a z ( R m 1 6 .2 0 ) ,
s e u p o d e r d a m o r t e fo i d e s t r u íd o p o r J e s u s ( H b 2 .1 4 ) , s u a s o b r a s
s ã o d e s t r u íd a s p e lo F ilh o d e D e u s (1 J o ã o 3 .8 ) , p r e s o p o r m il a n o s
( A p 2 0 .2 ) , la n ç a d o n o a b is m o ( A p 2 0 .3 ) , s o lt o a p ó s m il a n o s p a r a
s e d u z ir a s n a ç õ e s ( A p 2 0 .7 - 8 ) , l a n ç a d o n o la g o d o f o g o ( A p 2 0 .1 0 ) ,
r e p r e e n d id o p e lo S e n h o r (Z c 3 .2 ) , c o n d e n a d o a o f o g o e t e r n o (M t
P r ín c ip e d a
p o t e s t a d e d o ar
E f 2 .2
2 5 .4 1 ) , e x p u ls o d o c é u ( L c 1 0 .1 8 ) , ju l g a d o p o r D e u s ( Jo 1 6 .1 1 ) .
P r ín c ip e d e s t e
m undo
G n 3 .4 ,1 4 ; 2 C o 1.3
S e rp e n te
J o 1 2 .3 1
T e n ta d o r
M t 4 . 3 ; l T s 3 .5
D e v e r e c e b e r p e r m is s ã o d e D e u s ( Jó 1 .1 2 ) , s u a
c a b e ç a fo i e s m a g a d a p o r C r i s t o , c u jo c a l c a n h a r
fe riu ( G n 3 .1 5 ) , p o d e s e r r e s is t id o ( T g 4 .7 ) , p o d e se r v e n c i d o
(1 J o 2 .1 3 ) , v e n c i d o p e lo s a n g u e d o C o r d e i r o ( A p 1 2 .1 1 ) , n a o
p o d e t o c a r o s q u e s ã o n a s c i d o s d e D e u s (1 J o 5 .1 8 ) .
Limitações
Destino
44. A Doutrina de Satanás e dos Demônios (continuação)
Demônios
Grego daimon, daimonion, espíritos caídos
Ocorrências na
Escritura
Textos Bíblicos
P r o ib iç ã o d o c u l t o a o s
d e m ô n io s
L v 1 7 .7 ; D t 3 2 .1 7 ; 2 C r 1 1 .1 5 ;
S I 1 0 6 .3 7 ; Z c 1 3 .2 ; M t 4 . 9 ;
L c 4 .7 ; A p 9 .2 0 ; 1 3 .4
E x e m p lo s d e p o ss e ssã o
d e m o n ía c a
1 S m 1 6 .1 4 - 2 3 ; 1 8 .1 0 - 1 1 ; 1 9 .9 ,1 0
O s d o is g a d a r e n o s
M t 8 .2 8 - 3 4 ; M c 5 .2 - 2 0
O hom em m udo
M t 9 .3 2 - 3 3
O h om em cego e m udo
M t 1 2 .2 2 ; L c 1 1 .1 4
A t ilh a d a m u lh e r sir o f e n íc ia
M t 1 5 .2 2 - 2 9 ; M c 7 .2 5 - 3 0 ;
L c 9 .3 7 - 4 2
O jo v e m l u n á t i c o
M t 1 7 .1 4 - 1 8 ; M c 9 .1 7 - 2 7
O h o m e m n a sin a g o g a
M c 1 .2 3 - 2 6 ; L c 4 .3 3 - 3 5
M u i t a s p e s s o a s s ã o lib e r t a s
p or Je su s
M t 4 .2 4 ; 8 .1 6 ,3 0 - 3 2 ; M c 3 .2 2 ;
L c 4 .4 1
A u to r id a d e so b re os
d e m ô n io s c o n c e d id a a o s
d is c í p u lo s
M t 1 0 .1 ; M c 6 .7 ; 1 6 .1 7
E x p u ls o s p e l o s d is c í p u lo s
M c 9 .3 8 ; A t 5 .1 6 ; A t 8 .7 ;
1 6 .1 6 - 1 8 ; 1 9 .1 2
O s d i s c í p u lo s in c a p a z e s d e
e x p u l s a r d e m ô n io s
M c 9 .1 8 , 2 8 - 2 9
O s filh o s d e C e v a
e x o r c iz a m d e m ô n i o s
A t 1 9 .1 3 - 1 6
A p a r á b o la d o h o m e m
re p o ssu íd o
M t 1 2 .4 3 - 4 5
Je s u s fa lsa m e n te a c u sa d o
d e t e r d e m ô n io
M t 3 .2 2 - 3 0 ; J o 7 .2 0 ; 8 .4 8 ; 1 0 .2 0
T e s t if ic a m s o b r e a
M t 8 .2 9 ; M c 1 .2 3 - 2 4 ; 3 .1 1 ; 5 .7 ;
L c 8 .2 8 ; A t 1 9 .1 5
d iv in d a d e d e Je s u s
A Doutrina dos Demônios
Categorizada
A n jo s q u e c a í r a m c o m S a t a n á s
( M t 1 2 .2 4 ) , d iv id id o s e m d o is
g r u p o s . U m g r u p o a t u a e m o p o s iç ã o a o p o v o d e
D e u s ( A p 9 .1 4 ; 1 6 .1 4 ) e o u t r o e s t á c o n f i n a d o n a
p r i s ã o (2 P e 2 .4 ; J d 6 ) ; s ã o in t e li g e n t e s ( M c 1 .2 4 ) ,
c o n h e c e m o s e u d e s t i n o ( M t 8 .2 9 ) , c o n h e c e m o
p la n o d e s a l v a ç ã o ( T g 2 .1 9 ) , t ê m s u a p r ó p r ia
d o u t r in a (1 T m 4 .1 - 3 ) .
D e s c r iç ã o
P r o c u r a m f r u s t r a r o p la n o d e D e u s
( D n 1 0 .1 0 - 1 4 ; A p 1 6 .1 3 - 1 6 ) ,
c a u s a m e n f e r m id a d e s ( M t 9 .3 3 ;
L c 1 3 .1 1 - 1 6 ) , p o s s u e m a n im a is ( M c 5 .1 3 ) ,
p r o m o v e m f a ls a s d o u t r in a s (1 T m 4 .1 ) , in f lu e n c ia m
n a ç õ e s (Is 1 4 ; E z 2 8 ; D n 1 0 .1 3 ; A p 1 6 .1 3 - 1 4 ) ,
p o s s u e m i n c r é d u lo s ( M t 9 .3 2 - 3 3 ; 1 0 .1 8 ; M c 6 .1 3 ) .
A tiv id a d e s/
O b ra s
L i m i t a d o s n o e s p a ç o c o m o o s a n jo s
n ã o c a í d o s ( M t 1 7 .1 8 ; M c 9 .2 5 ) ,
s ã o u s a d o s p o r D e u s p a r a s e u s p r o p ó s i t o s q u a n d o e le
L im ita ç õ e s
d e s e ja (1 S m 1 6 .1 4 ; 2 C o 1 2 .7 ) , p o d e m s e r e x p u ls o s
e r e t o r n a r à p e s s o a d a q u a l f o r a m e x p u ls o s ( L c 11.
2 4 -2 6 ).
A l g u n s q u e e r a m liv r e s n a é p o c a
d e C r i s t o f o r a m la n ç a d o s n o
a b is m o ( L c 8 .3 1 ) , a lg u n s a g o r a c o n f i n a d o s s e r ã o
s o lt o s d u r a n t e a t r i b u la ç ã o ( A p 9 .1 - 1 1 ; 1 6 .1 3 - 1 4 ) ,
s e r ã o p a r a s e m p r e l a n ç a d o s c o m S a t a n á s n o la g o
d e f o g o ( M t 2 5 .4 1 ) .
D e s tin o
A d v e rsá r io s d a s p e sso a s
M t 1 2 .4 5
E n v ia d o s p a r a c a u sa r
d isc ó r d ia e n tre
A b im e le q u e e o s
s iq u e m i t a s
Jz 9 .2 3
D eram m en sagen s aos
f a ls o s p r o f e t a s
1 R s 2 2 .2 1 - 2 3
C rê e m e tre m e m
T g 2 .1 9
S e r ã o ju lg a d o s
M t 8 .2 9 ; 2 P e 2 .4 ; J d 6
A su a p u n iç ã o
M t 8 .2 9 ; 2 5 .4 1 ; L c 8 .2 8 ; 2 Pe
2 .4 ; J d 6 ; A p 1 2 .7 - 9
P o s s e s s ã o ( M a r ia
M a d a le n a )
M c 1 6 .9 ; L c 8 .2 ,3
45. Nomes de Satanás
/\
Título
Enfase
Passagem
Satanás
Adversário
Mateus 4-10
Diabo
Acusador
Mateus 4.1
Maligno
Intrinsecamente mau
João 17.15
Grande dragão vermelho
Criatura destruidora
Apocalipse 12.3,7,9
Antiga Serpente
Enganador do Éden
Apocalipse 12.9
Abadom
Destruição
Apocalipse 9.11
Apoliom
Destruidor
Apocalipse 9.11
Adversário
Opositor
1 Pedro 5.8
Belzebu
Senhor das moscas (Baalzebu)
Mateus 12.24
Belial
Imprestável
2 Coríntios 6.15
Deus deste mundo
Controla a filosofia deste mundo
2 Coríntios 4.4
Príncipe deste mundo
Governa no sistema do mundo
João 12.31
Príncipe da potestade
do ar
Controle dos crentes
Efésios 2.2
Inimigo
Opositor
Mateus 13.28; 1 Pedro 5.8
Tentador
Incita as pessoas a pecar
Mateus 4.3
Homicida
Leva as pessoas à morte eterna
João 8.44
Mentiroso
Perverte a verdade
João 8.44
Acusador
Opõe-se aos crentes diante
de Deus
Apocalipse 12.10
Adaptado de Paul Enns, The Moody Handbook ofTheobgy [Manual de Teologia Moody) (Chicago: Moody Press, 1989), p. 293. Usado mediante
permissão.
46. Teorias Acerca da Constituição do Homem
Dicotomia
O Homem como um Ser Duplo
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
Deus assoprou no homem apenas um princípio uma alma vivente (Gn 2.7).
O texto hebraico está no plural: “Então formou
o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e
lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (vidas),
e o homem passou a ser alma vivente.”
A parte imaterial do ser humano (a alma) é vista
como uma vida individual e consciente, capaz
de possuir e animar um organismo físico
(corpo).
Paulo declara que o homem tem tanto um
espírito como uma alma, que estão alojados
em um corpo físico (1 Ts 5.23).
Os termos “alma” e “espírito” parecem ser usados
indiferentemente em algumas passagens (Gn
41.8 e SI 42.6; Mt 20.28 e 27.50; Jo 12.27 e
13.21; Hb 12.23 e A p 6.9).
Hebreus 4.12 fala da separação entre a alma e
o espírito. Se eles fossem o mesmo, não
poderiam ser divididos.
“Espírito” (bem como “alma”) é atribuído à
criação irracional (Ec 3.21; Ap 16.3).
O termo “espírito” ou “alma” pode ser aplicado
à “vida” animal ou “animação,” mas nunca
no sentido especial em que espírito ou alma
humanos são utilizados. Ao contrário dos
animais, os espíritos humanos continuam
além da existência física e relacionam-se
com o espírito divino de Deus (Mt 17.3;
At 7.59; G1 6.8; 1 Ts 5.23; Ap 16.3).
Corpo e alma são mencionados como se
constituíssem a pessoa inteira (Mt 10.28;
1 Co 5.3; 3 Jo 2).
Espírito, alma e corpo são. referidos como se
constituíssem a pessoa integral (Mc 12.30;
1 Co 2.14; 3.4; 1 Ts 5.23).
A consciência testifica que existem dois
elementos no ser do homem. Nós podemos
distinguir uma parte material e uma parte
imaterial, mas a consciência de ninguém
pode distinguir entre alma e espírito.
É o espírito do homem que se relaciona com o
reino espiritual. A alma é a dimensão do
homem que se relaciona com o reino mental
- o intelecto, as sensibilidades e a vontade do
ser humano - a parte que raciocina e pensa.
O corpo é a parte do ser humano que tem
contato ou relação com o reino físico.
Hebreus 4.12 fala literalmente da separação
entre alma e espírito (1 Ts 5.23; ver Jo 3.7;
Rm 2.28-29; 1 Co 2.14; 14.14).
46. Teorias Acerca da Constituição do Homem (continuação)
Tricotomia
O Homem como um Ser Tríplice
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
Gênesis 2.7 não declara de maneira absoluta que
Deus fez um ser duplo. O texto hebraico está
no plural: “Então, formou o Senhor Deus ao
homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas
o fôlego de vida [vidas], e o homem passou a
ser alma vivente.” .
Não se diz que o homem se tornou espírito e
alma. Além disso, “alma vivente” é a mesma
expressão aplicada a animais e traduzida
como “ser vivente” (Gn 1.21-24).
Paulo parece pensar em corpo, alma e espírito
como três partes distintas da natureza do ser
humano (1 Ts 5.23). O mesmo parece ser
indicado em Hebreus 4.12, texto que diz que a
Palavra “penetra até ao ponto de dividir alma e
espírito, juntas e medulas.”
Paulo está dando ênfase a toda a pessoa, e não
tentando distinguir as suas partes. Hebreus
4.12 não fala de separação entre alma e
espírito, mas da própria separação que se
estende até aquele ponto. A Palavra penetra
até a divisão da própria alma e do próprio
espírito. A alma e o espírito são expostos.
Uma tríplice organização da natureza humana
pode estar implícita na classificação do ser
humano como “natural”, “carnal” e “espiritual”
em 1 Coríntios 2.14; 3.1-4.
Indica-se que corpo e alma constituem a
pessoa inteira (Mt 10.28; 1 Co 5.3; 3 Jo 2).
Em Lucas 8.55, lemos a respeito da menina que
Jesus ressuscitou que “voltou-lhe o espírito
[pneuma].” Quando Cristo morreu, diz-se que
ele “entregou o espírito” (Mt 27.50). “O corpo
sem espírito é morto” (Tg 2.27). Pneuma
refere-se a um princípio vital distinto da alma.
Pneuma (espírito) e psyche (alma) são usados
um pelo outro em todo o Novo Testamento.
Ambos representam um só princípio vital.
47. As Dimensões da Imago Dei
A imagem de Deus no ser humano foi distorcida, mas não eliminada
(Gn 9.6; 1 Co 11.7; Tg 3.9)
Dimensão
Racional
O ser humano recebeu a responsabilidade de exercer domínio sobre
a terra (Gn 1.26-28; SI 8.4-9).
Adão foi instruído a cuidar do jardim.
Adão deu nome aos animais (Gn 2.19-20)
Adão reconheceu que a mulher lhe era uma ajudadora idônea
(Gn 2.22-24; ver 2.20).
Dimensão
Espiritual
Adão e Eva tinham comunhão com Deus (Gn 3.8).
Adão e Eva temeram a Deus após o seu pecado (Gn 3.10).
Dimensão
Moral
Deus deu a Adão e Eva uma ordem moral (Gn 2.17).
Adão e Eva possuíam um sentido de retidão moral (Gn 2.25).
Adão e Eva reconheceram-se culpados logo após a sua transgressão
(Gn 3.7)
Isto parece indicar que a imagem incluía a justiça original
(Gn 1.31; Ec 7.29).
Dimensão
Social
Adão e Eva [presumivelmente] falavam um ao outro
(Gn 2.18,23; 3.6-8; 4.1).
48. Concepções sobre a Natureza da Imago Dei
Concepção
C on cep ção Substan tiva
A im agem d e D e u s con siste
em um a característica
esp ecífica física, psicológica
e/ou espiritu al ex isten te n a
n atu reza h u m an a.
C on cep ção Funcional
A im agem de D eu s con siste
n o que o ser h u m an o faz.
C on cep ção R elacion al
S o m e n te q u a n d o tem os fé
(isto é, “ in teragim os”) em
Je su s C risto n ós possuím os
p len am en te a im agem de
D eus.
C o n cep ção R efo rm ada
A imagem de Deus no hom em são
as tendências conscientes do ser
hum ano e o conhecim ento
verdadeiro do ser hum ano.
Parte d a im agem de D e u s no
h om em (isto é, a su a “ im agem
n atu ral” ) foi o b scu recid a m as
n ã o d estru íd a pelo pecad o, e
parte d a “im agem m o ral” de
D e u s foi p erd id a pelo ser
h u m an o em co n seq ü ên cia do
p ecad o , m as é resta u rad a por
C risto.
Apoio
Problemas
Im agem ( tselem ) em G ên esis 1.26 pod e ser
traduzida por “e stá tu a ” ; assim , a p assagem pode
dizer: “ F açam o s o h om em parecid o co n o sc o .”
E m Jo ã o 1.14-18 (e ou tros lugares) fica claro que
Je su s era D eu s e que ele tinha um corpo
hu m an o.
Este co n ceito define D eu s ao definir o ser hum ano.
D eu s é espírito (ver Jo 4 .2 4 ). Em que sen tid o, en tão, o n osso
co rp o físico represen ta a D eus? A lé m disso, os p ássaro s e
ou tros anim ais têm corpos físicos m as n ão se diz q u e foram
feitos à im agem de D eu s (ver G n 1.20-23).
Gênesis 1.26-28 diz claram ente que o ser hum ano deve
governar ou ter domínio sobre o restante da criação.
D e u s claram en te govern a.
G ên esis 1.27 indica qu e D eu s criou o ser h u m an o à su a im agem
an te s de lhe d ar o dom ín io. P ortan to, a Imago Dei pode ser
algo diferen te d a cap ac id ad e de dom inar.
D e u s criou o “ h om em ” m ach o e fêm ea (G n 1.262 7 ), in d ican d o o asp e cto relacion al de D eu s n a
h u m an id ad e. Ê xo d o 20; M arco s 12.28-31 e
L u cas 10.26-27 tam b ém sugerem as d im en sões
relacion ais de D e u s e d a h u m an idade.
T o da a P alavra de D e u s registra a natu reza
relacion al de D eus.
G ên esis 9.6 e T iag o 3.9 torn am claro qu e o ser h u m an o n ão
regen erad o tam b ém foi criad o à im agem de D eus.
P arte d a im agem de D eu s n o ser h u m an o está no
ser espiritual, m oral e im ortal do h om em , que foi
“m u tilad o m as n ão ap a g a d o .” (Ver G n 8 .1 5 —
9 .7; SI 8.4-9; 1 C o 11.7; 15.49; T ia g o 3.9;
H b 2.5-8).
0 co n h ecim en to d a ju stiç a e d a san tid ad e por
p arte do ser h u m an o foi perd id o por cau sa do
p e c ad o e é restau rad o por C risto. (Ver E f 4.2225; C l 3 .9-10).
D e u s é co n scien te e p ossu i verdadeiro
co n h ecim en to .
G ên esis 1.26-28 n ão se refere a divisões d a im agem de D eu s;
an tes fala de um a ú n ica im agem de D eus.
49. Teorias da Justiça Original
C on ceito
P e la g ia n o
A rgum ento
E xiste livre-arbítrio; n ão existe a ch am ad a ju stiç a original.
“O ser h u m an o foi d o tad o de razão para qu e pu d esse co n h ecer a D e u s; de livre-arbítrio p ara que pu d esse escolh er e
praticar o bem ; e d a n ec essária cap ac id ad e de g overn ar a criação inferior.”
“T odo b em e m al, pelo qu al som os aplau d id os ou acu sad o s, n ão se origina em nós, m as é p raticad o por nós. N a sce m o s
capazes de am bos, m as n ão ch eios de um deles. E assim som os produzidos sem virtude, m as tam b ém sem vício; e
an tes d a ação d a su a própria v o n tad e, existe n o ser h u m an o som en te o que D e u s fez.”
T o m á s de A q u in o
A ju stiç a é u m dom acrescen tad o após a criação do. ser hu m an o.
A san tid ade prim itiva era ex clu sivam en te u m a d o taç ão ou dom sob ren atu ral. C o m o tal, ela deve ter sido estran h a à
n atu reza de A d ã o e foi co n ced id a após o térm ino d a su a criação.
“ D eu s form ou o ser h u m an o d o pó... M as q u an to à su a alm a, ele o form ou segu n do a su a im agem e sem elh an ça...
A seguir, ele acrescen to u o d om adm irável d a ju stiç a o rigin al...”
A g o stin ia n o
A ju stiç a é parte d a natu reza h u m an a original.
E la era u m a q u alid ad e in trín seca d a n atu reza d o ser hu m an o.
Pelo ato criad or divino, o ser h u m an o foi co n stitu ído san to, e n ão som en te n ão h ou ve n en h um ato su bseq ü en te, m as
tam b ém n ão h ou ve n en h u m ato sep arad o pelo qu al ele ten h a sido assim con stitu ído .
E ssa n atu reza foi co n stitu íd a de tal m an eira a ser sen sível aos reclam os de um a vid a pru d en te e bo a, n ão n o sen tid o de
um cu m prim en to n ecessário de tais reclam os, m as n o sen tid o de um a in clin ação ou disp osição e sp o n tâ n e a p ara tal
cu m prim en to.
50. Teorias do Pecado Original
C on ceito
A rgum ento
P e la g ia n ism o
alm a h u m an a é criad a por D eu s (em c a d a indivíduo, n o seu n ascim en to ou próxim o d e le ).
alm a h u m an a é criad a sem corrup ção.
in fluên cia d o p ec ad o de A d ã o é a de um exem plo.
ser h u m an o tem um a vo n tad e livre.
graça de D eu s é universal, u m a vez que todos os seres h u m an os têm livre-arbítrio; os ad u lto s pod em ob ter p erd ão por
m eio do batism o.
A ssim , o p ec ad o de A d ã o n ão afeta d iretam en te a ou tros, n ão existe n en h u m p ecad o original e o ser h u m an o n ão é
d ep rav ad o .
C o m o o ser h u m an o n ão n asce em p ecad o , é-lhe possível ser preservad o e n u n c a n ecessitar de salv ação .
A r m in ia n ism o
O ser h u m an o recebe de A d ã o u m a n atu reza corrom pida, m as n ão recebe a cu lp a de A d ão .
E ssa n atu reza é co rrom pid a física e in telectu alm en te, m as n ão volitivam en te.
A g raç a p reven ien te c a p a c ita o ser h u m an o a crer.
A ssim , o ser h u m an o n ão é in teiram en te d epravad o, m as ain d a retém a v o lição para b u scar a D eus.
C a lv in ism o
C a d a indivídu o está relacio n ad o co m A d ã o . E xistem dois co n ceito s básicos:
A
A
A
O
A
C hefia Federal (co n ceito criacion ista d a origem d a alm a)
O indivídu o recebe d os pais a n atu reza física.
D eu s cria c a d a alm a.
A d ã o foi n o sso represen tan te, con form e ord en ad o por D eus.
E ssa rep resen tação é p aralela de estar em C risto p ara a ju stiça.
C hefia N atu ral (co n ceito trad u cian ista d a origem d a alm a— A gostin h o)
O in divídu o recebe dos pais a n atu reza física e a alm a.
A ssim , to d as as p essoas estav am p resen tes em A d ã o de m od o germ in al ou sem inal.
C a d a indivídu o participa d o p ec ad o de A d ão.
A ssim , c a d a in divídu o h erd a o p ec ad o de A d ão .
51. A Imputação do Pecado de Adão
Passagem-Chave: Romanos 5.12-21 /Expressão-Chave:
è (f)
cb n a v T e ç fjfiap T O V
(v.
12d)
Distinção dos Conceitos
C on ceito da Solidariedade
C on ceito do Exem plo
O p ecad o de A d ã o foi um p eq u en o ato de
d eso b ed iên cia que afetou som en te a ele
m esm o. R o m an o s 1 5 .12d refere-se aos
pecad o s ex clu sivam en te p essoais de
in d ivídu os que segu iram o exem plo de
A d ã o , co m e teram p ecad o s e, portan to ,
são cu lp ad o s d ian te de D eus.
E xiste u m a solid ariedade en tre A d ã o e a su a
raça, de m od o qu e Paulo pode dizer que um
pecou (ver 5.13-19) e ao m esm o tem po dizer
que tod os p ecaram (ver 5 .1 2 ). A m b as as
d eclaraçõ es referem -se à qu eda.
Sem in alism o
A u n ião en tre A d ã o e a su a posterid ad e é
bio lógica e gen ética, de m od o que A d ã o
in corp orava todos os seres h u m an os em um a
ú n ica en tid ad e co letiva, é assim to d as as
p esso as são c o -p ecad oras co m A d ão .
Federalism o
A u n ião en tre A d ã o e a su a p osterid ad e é
d evid a ao fato de qu e D eu s o n o m eo u co m o
o cab eç a represen tativo d a raça h u m an a.
O qu e A d ã o fez é d eb itado à su a p osterid ad e.
Im pu tação M ediata (Indireta)
Im pu tação Im ediata (D ireta)
A s pesso as têm u m a natu reza corrom pida
im p u tad a a elas - o efeito do p ecad o de A d ão .
A ssim , a d ep rav ação h ereditária é im pu tad a.
T odos p ecaram porqu e todos h erdaram a
co rru p ção n atu ral de A d ão .
O prim eiro p ec ad o de A d ã o foi im p u tad o a todas
as pessoas. T odas as p essoas foram ju lg a d a s em
A d ão , o n o sso rep resen tan te, e d eclarad as
cu lp ad as.
51. A Imputação do Pecado de Adão (continuação)
Compreendendo os Conceitos
Ponto de V ista
A o nascer, qual é a condição
da p esso a em relação
a D eus?
Q u ais são os efeitos do
pecado de A d ão sobre a
su a posteridade?
C o m o todos pecaram ?
O que é im putado (debitado
na con ta de alguém )?
P elagian ism o*
E in ocen te e capaz de
ob ed ecer a D eus.
N ã o teve n en h u m efeito. O
p ec ad o de A d ã o afetou
som en te a ele m esm o.
Todos escolh eram p ecar
segu in d o o exem plo de
A d ão .
S o m e n te os p ecad o s p essoais do
indivídu o.
A rm in ian ism o *
Tem um a n atureza
pecam in o sa, m as ain d a é
capaz de co op erar co m o
Espírito pela graça
p reven ien te.
C orrom p eu -a física e
in telectu alm en te, m as a
cu lp a do p ecad o de A d ã o
n ão lhe foi im pu tad a.
Todos co n scien tem en te
ratificam o ato de A d ã o por
m eio de p ecad o s pessoais.
C a u sa m ed iata: tod os pecam
porqu e p ossu em um a
natu reza corrom pida
herd ad a de A d ão .
S o m e n te os p ec ad o s pessoais do
indivídu o.
R ealism o
T o d a a su a n atu reza está
c o n tam in ad a pelo pecad o;
e stá sob co n d e n a ç ã o e é
in capaz de m erecer o favor
salvífico de D eus.
T rouxe cu lp a pessoal,
co rru p ção e m orte para
todos.
T odos p articip am do p ecad o
de A d ão , que é o cab eç a
n atu ral d a raça hu m an a.
O p ec ad o de A d ã o , a cu lpa, um a
n atu reza co rru p ta e os próprios
p ecad o s d a p essoa. (O R ealism o
e o F ederalism o diferem som en te
q u an to ao m od o d a im p u tação .)
F ederalism o
To da a su a n atu reza está
c o n tam in ad a pelo pecad o;
está sob co n d e n a ç ã o e é
in capaz de m erecer o favor
salvífico de D eus.
T rouxe co n d en aç ão e
co n tam in ação pelo p ecad o à
n atu reza in teira de todos.
C a u sa m ediata; Todos p ecam
porque possuem um a
n atu reza corrupta h erd ad a
de A d ão .
C a u sa im ed iata: Todos pecam
porqu e tod os são
co n stitu íd o s p ecad o res por
cau sa do p ecad o de A d ão .
Im p u tação m ed iata: U m a natu reza
co rru p ta e os próprios p ec a d o s da
p esso a.
Im p u tação im ed iata: A cu lp a do
p ec ad o de A d ã o , um a n atu reza
co rrom pid a e os próprios p ecad o s
d a pessoa.
* 0 Pelagianismo e o Arminianismo subscrevem em diferentes proporções o conceito de que as pessoas pecam por seguirem o exemplo de Adão.
51. A Imputação do Pecado de Adão (continuação)
Avaliando os Conceitos
Ponto de V ista
Tradução de €(f) ü)
em R om an os 5.12
C rítica
C on ceito do Exem plo
“ é por isso q u e ”
O tem po aoristo de ^fiaprou sugere que todos p ecaram em ou co m A d ão , e n ão d epois de A d ão .
E m 5 .1 5 -1 9 afirm a-se cin co vezes qu e som en te um p ec ad o cau so u a m orte de tod os. O
c o n ceito d o exem plo ignora a an alogia en tre A d ã o e C risto.
Sem in alism o
“ em quem ” (isto é, em
A d ão )
H ebreu s 7.9-10 fornece o exem plo de um h om em (A b raão ) qu e inclui ou tro (L evi). O
sem in alism o en fraqu ece a an alogia en tre A d ã o e C risto, propõe um sen tid o n ã o co m p rovad o
p ara è<j> (!) nos escritos pau lin os e lev an ta certas q u estõ es absu rd as (por exem p lo: A lg u ém pode
agir an te s de “ ex istir” ? Por que n ão som os respon sáveis pelos p ec ad o s posteriores de A d ã o ?).
C on ceito da
Im pu tação M ediata
“p o rq u e”
è<t>' d> significa “ po rq u e” em 2 C orín tios 5 .4 (ver Fp 3 .1 2 ; 4-10). A im p u tação m ed ia ta enfrenta
ce rtas dificuld ad es co n tex tu ais em R om an os 5: (1) àixapravo) n ão significa “ ter u m a natu reza
co rrom pid a” ; (2) tan to A d ã o co m o a su a posterid ad e m orrem por cau sa d a ú n ica tran sgressão
de A d ã o (vv. 12, 18-19) e n ão é citad a n en h u m a co n d ição in term ediária; (3) yáp (5.13-14)
introduz um a ex p licação qu e n ão é co n siste n te co m o argu m en to de 5.12 se este co n ceito for
ad o tad o .
Federalism o Im ediato
“ p o rq u e”
O fed eralism o im ediato en fren ta o problem a d e explicar co m o o p ecad o de um h om em , A d ão,
p ode ser c o n tad o co n tra tod a a raça h u m an a. D eu tero n ôm io 24-16 diz que “ cad a q u al será
m orto pelo seu p e c a d o ,” o qu e parece con tradizer o co n ceito federalista. A lém disso, um a cu lp a
alh eia (ser acu sad o pela cu lp a de ou tro) parece ser injusta.
52. Teorias sobre a Natureza do Pecado
Fonte
Teoria
Ensino
D u a lism o
Filosofia G reg a e
G n o sticism o
O ser h u m an o tem um espírito derivado do reino d a luz e um corpo com su a vida anim al d erivado do
reino das trevas. A ssim , o pecad o é um m al físico, a co n tam in ação do espírito por m eio d a sua união
co m um corpo m aterial. O p ec ad o é v en cid o ao se destruir a influência do corp o sobre a alm a.
E g o ísm o
Stro n g
P ecad o é egoísm o. É preferir as próprias idéias ao invés d a v erd ad e de D eu s. È preferir a sa tisfa ç ã o da
própria v o n tad e ao invés de fazer a v o n tad e de D eus. E am ar-se a si próprio m ais do que a D eus.
Pode m an ifestar-se na form a de sen su alidade, in cred u lid ad e ou inim izade co n tra D eus.
P e la g ia n a
Pelágio
O p ecad o de A d ã o preju d icou som en te a ele próprio. T o das as p essoas n ascem n o m u n d o n o m esm o
e stad o em que A d ã o foi criado. E las têm o co n h ecim en to do que é m au e a cap ac id ad e de fazer
tu d o o que D e u s requer. O pecad o, p ortan to , co n siste ap en as n a esco lh a d elib erad a do m al.
A g o stin ia n a
A g o stin h o
T o das as p essoas p ossu em um a d ep rav ação inerente e hered itária que inclui tan to cu lpa q u an to
co rru p ção. N ó s ofen d em os a san tid ad e de D eu s por c a u sa de ato s d elib erad os de tran sgressão e da
a u sên cia de sen tim en to s corretos. Porém , p ecad o é n eg aç ão ; ele n ão é necessário.
C a tó lic a
R om an a
E n sin o d a igreja
e trad ição
O p ec ad o original é tran sm itid o a to d as as pessoas. N ó s n ascem o s em p ec ad o e som os oprim idos pela
co rru p ção d a n o ssa natureza. E ssa p riv ação da ju stiç a perm ite que as c ap ac id ad es inferiores da
n atu reza h u m an a g an h em asc en d ên cia sobre as superiores, e a p esso a cresce em p ecad o. A
n atu reza do p ec ad o é definida co m o a m orte da alm a. Portanto, o p ec ad o co n siste n a perd a d a
ju stiç a original e n a d esordem de to d a a natureza.
D e fin iç ã o
B íb lic a
E scritu ras
A Bíblia u sa m u itos term os para d escrever a n atureza do p ecad o : ign orân cia (E f 4-18), erro (M c
12.24-2 7), im pureza, idolatria (G1 5 .1 9 -2 0 ), tran sgressão (R m 5.15) etc. A essên cia do p ec ad o
e stá em co lo car algo m ais n o lugar de D eu s. È q u alq u er co isa que fica aq u ém d a sua glória e
perfeição. P ecado é desob ediên cia.
53* Definição dos Termos Básicos da Salvação
Termo
Textos Bíblicos
Definição
Eleição
Mt 22.14; At 13.48;
Ef 1.4; 2 Ts 2.13
Aquele aspecto do propósito eterno de Deus pelo qual ele determina de
maneira certa e eterna, por meio de uma escolha amorosa e
incondicional, quem irá crer. Não é simplesmente a intenção de Deus
de salvar todos os que possam crer; antes, ela determina quem irá crer.
Onisciência
SI 139.1-4; Is 40.28;
Rm 11.33; Hb 4.13
Refere-se ao conhecimento de Deus de tudo o que é ou poderia ser.
Ele tem pleno conhecimento de si mesmo e de toda a sua criação.
Ele conhece desde a eternidade tudo o que efetivamente ocorrerá
e também tudo o que poderia ocorrer.
Presciência
At 2.23; Rm 8.29;
11.2; Ef 1.5
O conhecimento seletivo de Deus que torna alguém objeto do amor de
Deus; é mais do que um mero conhecimento ou cognição antecipada.
O termo concentra-se na motivação de Deus para agir, relacionandose com as pessoas e não com o que as pessoas irão ou não irão fazer.
Pré-ordenação
Ef 1.5
A predeterminação por parte de Deus de todas as coisas que ocorrem na sua
criação, tanto os eventos quanto as ações de uma pessoa. Todas as coisas
que acontecem fora de Deus são determinadas por ele e são certas.
Predestinação
Rm 8.29-30
Difere da pré-ordenação em que esta se refere à determinação de todas
as coisas, ao passo que a predestinação se refere especificamente à
determinação dos eleitos e sua conformidade com a imagem de
Cristo. A predestinação nunca ocorre no sentido de alguém ser
predestinado para a condenação.
Vocação
Geral: Mt 22.14; João
3.16-18
Geral: O chamado do Evangelho por meio da proclamação, no qual
todas as pessoas são convidadas a receberem a Cristo.
Eficaz: Jo 6.44; Rm
8.28-30; 1 Co
1.23-24
Eficaz: A aplicação da palavra do Evangelho aos eleitos. O Espírito
Santo faz essa obra somente nos eleitos e ela resulta em salvação.
Salvação
Jo 3.16-17; 6.37;
At 4.12
A consumação da eleição: o somatório de toda a obra de Deus em favor do
ser humano, libertando-o de sua condição de perdição no pecado e
apresentando-o em glória. É recebida por mew da fé, mas a fé não é uma
causa ou razão pela qual Deus justifica a pessoa. A causa da salvação de
Deus está inteiramente nele mesmo, e não no ser humano (Rm 9.12,16).
Reprovação
Is 6.9-10; Rm 9.27;
A atitude passiva de Deus no sentido de omitir algumas pessoas na
concessão da salvação. E uma expressão da justiça de Deus ao
condená-las à punição eterna dos seus pecados.
11.7
54. Concepções Acerca da Salvação
S is te m a
T e o ló g ico
P ro p o n e n te s
S ig n ific a d o d a S a lv a ç ã o
O b s tá c u lo à S a lv a ç ã o
M e io d e S a lv a ç ã o
Teologia da
Libertação
Gustavo Gutiérrez; muitos
sacerdotes católicos romanos
latino-americanos;
representada pela Teologia
Negra, Teologia Feminista e
Teologias do Terceiro Mundo.
Libertação da opressão
A opressão e exploração das
classes inferiores pelos
poderosos
Política e revolução
Teologia
Existencial
Rudolph Bultmann
Uma alteração fundamental da nossa
existência, da nossa perspectiva da
vida e da nossa maneira de viver.
Alcançar uma “existência
autêntica” ou ser chamados por
Deus (ou pelo evangelho) para a
nossa verdadeira identidade e
verdadeiro destino.
O ser humano está aprisionado
pela racionalidade do seu ego e
por experiências passadas
formadoras de identidade. Ele
está vivendo uma existência
inautêntica.
O ser humano precisa fazer morrer o seu
esforço por auto-gratificação e
segurança à parte de Deus, colocar a
sua fé em Deus e ser aberto ao futuro.
Fé significa abandonar a busca de
realidades tangíveis e objetos
transitórios.
Salvação é afastar-se da religião e
aprender a ser independente de
Deus, atingir a maioridade,
afirmar-se e envolver-se no
mundo.
A dependência de Deus e da
religião torna o ser humano
imaturo e presta-se para a
desonestidade intelectual e a
irresponsabilidade moral.
Abandonar a religião e a necessidade de
Deus e tornar-se auto-suficiente e
plenamente humano. Isso é alcançado
por meio da introspecção, afirmação e
prática da investigação científica (isto
é, anti-sobrenatural).
Receber a graça de Deus por meio
da igreja.
Pecados mortais não confessados.
Receber a graça por meio da participação
nos sacramentos da Igreja.
Martin Heidegger
Teologia
Secular
Dietrich Bonhoeffer
John A. T. Robinson
Thom as J. Altizer
Teologia Católica
Rom ana
Concílio Vaticano II
Karl Rahner
Yves Congar
Hans Küng
Teologia
Evangélica
Martinho Lutero
Jonathan Edwards
João Calvino
Receber a graça quer por meio da
natureza ou por meio da igreja.
Receber a graça quer por meio da natureza
ou por meio dos sacramentos da Igreja.
Os católicos estão incorporados na
Igreja; os cristãos não-católicos
estão ligados à Igreja; os nãocristãos estão relacionados com
a Igreja.
Salvação é mudança de posição
diante de Deus, de culpado
para inocente.
O pecado rompe o relacionamento
com Deus. A natureza humana
está arruinada e se inclina para
o mal.
Ser justificado pela fé na obra consumada
de Cristo e receber o Espírito Santo de
Deus, sendo regenerado, habitado e
selado para o dia da redenção.
55. Comparação de Termos Soteriológicos
Conceito
Lei
Ensino do Velho Testamento
Ensino do Novo Testamento
D e u s e m su a g ra ç a e s ta b e le c e u u m a a lia n ç a co m
O p a p e l d a le i n ã o é ju s tif ic a r , m a s m o s tr a r - n o s
o q u e é o p e c a d o . E la f o i a m e s t r a p a r a
c o n d u z ir - n o s a C r i s t o (G1 2 .1 6 ; 3 .2 4 ) .
o s e u p o v o . A le i e r a s im p le s m e n t e o p a d r ã o
p r o p o s t o p a r a a q u e le s q u e ir ia m a d e r ir a e s s a
a l i a n ç a ( G n 1 7 .7 ) .
Salvação
In te ir a m e n te b a s e a d a n a o b ra d e C risto . A g ra ç a
e r a r e c e b i d a i n d ir e t a m e n t e . O s c r e n t e s n ã o
s a b i a m c o m o e s s a g r a ç a h a v ia s id o e f e t i v a d a .
F o i o b tid a p e la m o rte fu tu r a d e C risto . A g ra ç a
e r a m e d i a d a p o r s a c e r d o t e s e r ito s s a c r if ic ia is ;
n ã o se m a n i f e s t a v a p o r m e io d e u m a r e la ç ã o
d i r e t a e p e s s o a l c o m C r i s t o . O E s p ír it o S a n t o
a i n d a n ã o h a v i a v in d o e m s u a p le n it u d e .
I n t e i r a m e n t e b a s e a d a n a o b r a d e C r i s t o . E le
t o r n o u - s e m a l d i ç ã o p o r n ó s . E le é a
p r o p i c i a ç ã o p e lo s n o s s o s p e c a d o s . A g r a ç a é
r e c e b id a d i r e t a m e n t e p e la fé , q u e é u m d o m
d e D e u s . O E sp írito S a n t o h a b ita
p e r m a n e n t e m e n t e n o c r e n t e ( R m 3 .2 5 ;
G1 3 .1 3 ; E f 2 .8 - 9 ) .
Justificação
D e u s e s t a b e l e c e u u m a a lia n ç a c o m o s e u p o v o .
E m b o r a a a li a n ç a t e n h a s id o c e r t i f ic a d a p o r u m
r i t u a l e x t e r n o , a c i r c u n c is ã o , is s o n ã o e r a
s u f ic ie n t e p a r a sa lv a r . T a m b é m e r a n e c e s s á r i a
N ó s s o m o s ju s t i f ic a d o s p e la fé e m C r i s t o . O se u
s a c r if íc io s a tis fe z a s ju s t a s e x ig ê n c ia s d e D e u s
e e le a g o r a c o n s i d e r a c o m o ju s t o s t o d o s o s
q u e n e le c o n f ia m ( R m 4 .5 ; 5 .1 ) .
u m a c ir c u n c i s ã o d o c o r a ç ã o ( D t 1 0 .1 6 ; J r 4 .4 ) .
T a m b é m n ã o e r a o c u m p r im e n t o d a le i q u e
s a l v a v a ; a s a l v a ç ã o v in h a p o r m e io d a fé .
A b r a ã o c r e u e m D e u s e a s u a fé lh e fo i
a t r ib u íd a c o m o ju s t i ç a (G1 3 .6 ) . S e o
c u m p r im e n t o p e s s o a l d a le i t iv e s s e s id o
e x ig id o , n in g u é m te r ia s id o s a lv o .
Regeneração
N ã o e x is t e e v i d ê n c i a d e q u e o s s a n t o s d o V e lh o
T e s t a m e n t o n ã o e r a m r e g e n e r a d o s . M o is é s
id e n t if i c o u u m c e r t o n ú m e r o d e ju d e u s q u e
t i n h a m c o r a ç õ e s c ir c u n c i d a d o s ( D t 3 0 .6 ) . E le s
e r a m “ v e r d a d e i r o s ju d e u s ” q u e fo r a m
p u r if i c a d o s a p a r tir d o s e u in te rio r , t e n d o s u a s
v id a s tr a n sfo rm a d a s p a r a c o n fo rm a r-se à
v o n t a d e d e D e u s ( R m 2 .2 8 - 2 9 ) . I s a ía s t a m b é m
d e s c r e v e u c e r t a s m u d a n ç a s q u e s e a s s e m e lh a m
à d e s c r i ç ã o f e i t a p e lo N o v o T e s t a m e n t o a c e r c a
d o n o v o n a s c i m e n t o (Is 5 7 .1 5 ) . T a is d e s c r i ç õ e s
p a r e c e m s e r m a is d o q u e m e r a s f ig u r a s .
A tr a n sfo rm a ç ã o e s p iritu a l o p e r a d a e m u m a
p e s s o a p e lo E s p í r it o S a n t o , p e l a q u a l e la
p a ss a a p o ss u ir u m a n o v a v id a . A m u d a n ç a
d o e s t a d o d e m o r t e e s p i r i t u a l p a r a o d e v id a
e s p ir it u a l. U m a t r a n s f o r m a ç ã o d a n o s s a
n a t u r e z a (2 C o 5 .1 7 ; E f 2 .1 ; 1 J o 4 - 7 ) .
Santificação
N o A n tig o T e sta m e n to e n c o n tra m o s c a so s
d a q u i lo q u e o N o v o T e s t a m e n t o c h a m a d e
“ fru to d o E sp írito ” . N o é e J ó e r a m a m b o s
h o m e n s ju s t o s e i n c u lp á v e is n a s u a c o n d u t a .
R e c e b e a t e n ç ã o e s p e c i a l a fé d e A b r a ã o , a
b o n d a d e d e J o s é , a m a n s id ã o d e M o is é s , a
s a b e d o r ia d e S a l o m ã o e o a u t o - c o n t r o l e d e
D a n i e l. E s s e s c r e n t e s n ã o t in h a m a p le n i t u d e
d o E s p ír it o S a n t o , m a s d e s f r u t a v a m d a s u a
p r e s e n ç a (S I 5 1 .1 0 - 1 2 ) e d o s s e u s d o n s
A o b r a d e D e u s v i s a n d o d e s e n v o lv e r a n o v a
v i d a e l e v á - l a à p e r f e iç ã o . O a f a s t a m e n t o d o
q u e é p e c a m in o so e a s e p a r a ç ã o p a ra u m
p r o p ó s i t o s a g r a d o . E m b o r a s a n t if ic a d o s
p le n a m e n t e e m C r i s t o , g r a d u a lm e n t e
e s ta m o s n o s to r n a n d o n a e x p e riê n c ia a q u ilo
q u e s o m o s e m t e r m o s d e c o n d i ç ã o ( R m 6 .1 1 ;
1 2 .1 ; 1 C o 1 .2 ).
( Ê x 3 6 .1 ; N m 1 1 .2 6 - 3 0 ) .
56. A Aplicação da Salvação no Tempo
Aspecto
Descrição
Passagens
A vocação eficaz de
Deus
O ato especial de Deus chamando os
eleitos para a comunhão com Jesus
Cristo
Rm 8.30; 1 Co 1.9
Regeneração pelo
Espírito Santo
A obra purificadora e renovadora do
Espírito Santo, concedendo nova vida
ao ser humano e capacitando-o a crer
Jo 3.5-8; 2 Co 5.17; Tt 3.5
Conversão pela fé em
Cristo e arrependimento
do pecado
O ato dos incrédulos de afastar-se do
pecado e voltar-se para Cristo
Lc 24.46-47; Jo 3.16;
At 2.38
Justificação pela fé
O ato de declarar os pecadores justos
Rm 3.21; 4.5; 8.33-34
Adoção como filhos do
Pai celestial
A transferência do crente da alienação
de Deus para a filiação
Jo 1.12; G1 4.4-5; Ef 1.5
Santificação para
praticar boas obras
A obra contínua de Deus na vida do
crente tornando-o santo
Tt 2.14; Hb 13.21; 1 Pe
5.10
Perseverança na Palavra
de Cristo
A impossibilidade de que o crente
verdadeiro decaia da graça de modo
pleno e final e a sua continuação na
fé até a morte
Jo 6.39; 10.27-30; Hb 4.14;
1 Pe 1.3-5
Glorificação com Cristo
na sua volta
A redenção completa e final da pessoa
inteira conformada à imagem de
Cristo
Jo 14.16-17; Rm 8.29-30;
Fp 3.21; 1 Jo 1.3
57* Argumentos Tradicionais sobre a Eleição
Arminianismo
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
Deus deseja que todas as pessoas sejam salvas
e não deseja a morte do ímpio (Ez 33.11;
1 Tm 2.3 4 ; 2 Pe 3.9).
Deus escolheu alguns para serem salvos, não
todos; ele até mesmo escolheu não revelar
algumas verdades a algumas pessoas (Mt 13.1016; Jo 10.24-30).
O caráter universal das ordens e exortações de
Deus revelam o seu desejo de salvar todas as
pessoas (Jo 3.3,5-7; 1 Pe 1.16). Deus também
faz um convite universal para todos virem a
Cristo (Is 55.1; Mt 11.28; Jo 9.37-39).
O padrão de Deus não muda por causa da
incapacidade humana de obedecer; a pessoa
somente pode ir a Deus se Deus a atrair (Jo
6.35-40, 44-47, 65).
Todas as pessoas são capazes de crer e ser
salvas, porque Deus publicou um convite
universal à salvação e porque Deus deu a
todas as pessoas a graça preveniente que
neutraliza o pecado e possibilita que todos
respondam ao evangelho. Não há
necessidade de uma graça especial de
Deus para a salvação.
A expressão “graça preveniente” não é
encontrada na Bíblia. Paulo expressa o fato
de que o ser humano é incapaz de voltar-se para
Deus e nem mesmo busca a Deus, mas rejeita
a revelação que recebeu (Rm 1.18-32; 3.10-19).
Seria injusto que Deus responsabilizasse as
pessoas por algo que elas são incapazes de
fazer.
“Presciência”, conforme usada na Escritura, não
é simplesmente o conhecimento de eventos
futuros, mas é um termo relacional para
mostrar que Deus amou e relacionou-se com
os eleitos antes de eles existirem, e os escolheu
para serem salvos porque decidiu amá-los,
independentemente das suas ações (Rm 9.2629).
Deus escolhe alguns para a salvação e omite
outros porque previu quem irá aceitar a oferta
de salvação em Cristo. A presciência significa
que Deus conhece de antemão quem irá
receber a salvação e está intimamente ligada
com a eleição (Rm 8.29; 1 Pe 1.1-2).
57. Argumentos Tradicionais sobre a Eleição (continuação)
Calvinismo
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
A raça humana inteira está perdida no pecado
e cada indivíduo está totalmente corrompido
no intelecto, vontade e emoções pelo pecado.
O ser humano é incapaz de responder à
oferta divina de salvação porque está
espiritualmente morto (Jr 17.9; Jo 6.44;
Rm 3.1-23; 2 Co 4.3-4; Hf 2.1-3).
Se o ser humano é incapaz de responder e não
pode obedecer a Deus, então como pode Deus
verdadeiramente oferecer salvação a todos por
meio do Evangelho e esperar obediência da
parte do ser humano (Mt 11.28-30; Jo 3.16;
6.35)?
Deus é soberano em tudo o que faz e faz todas
as coisas de acordo com a sua boa vontade e
prazer. Ele não tem de prestar contas ao ser
humano, porque ele é o Criador e pode
escolher a quem quer salvar (Rm 9.20-21;
Ef 1.5; Fp 2.13; Ap 4.11).
Deus deseja que todos sejam salvos
2 Pe 3.9).
Deus escolheu certas pessoas para a sua graça
especial, independentemente de sua
ascendência física, caráter ou boas obras.
Especificamente no que tange à salvação,
ele escolheu salvar determinadas pessoas
por meio da fé em Cristo (Jo 6.37,44,65;
15.16; At 13.48; Rm 9.6-24; Ef 1.4-5).
Deus não seria justo ao escolher somente alguns
para a vida eterna e omitir outros, porque isso
violaria o livre-arbítrio do ser humano para
escolher e porque a oferta do Evangelho a
todos não seria de boa fé.
A eleição é uma expressão da vontade soberana
de Deus e é a causa da fé (Ef 2.8-10).
Deus não pode exigir que a pessoa creia se a fé
vem dele.
A eleição é certamente eficaz para a salvação
de todos os eleitos. Aqueles que Deus escolhe
certamente chegarão à fé em Cristo (Rm
8.29-30).
Existe a possibilidade de que aqueles que vieram
a crer decaiam da graça e percam a sua
salvação.
A eleição é de toda a eternidade e é imutável
(Ef 1.4,9-11).
Deus previu aqueles que iriam crer e os elegeu
na eternidade (Rm 8.29).
(1 Tm
2.3-4;
58* Principais Concepções Evangélicas sobre a Eleição
Arminianismo
Calvinismo
Calvinismo Moderado
Definição
A e s c o lh a c o n d ic io n a l d e D e u s p ela
q u a l e le d e te rm in o u q u e m iria
c r e r c o m b a s e n a s u a p re sc iê n c ia
d e q u e m irá e x e rc e r a fé. E o
resultado d a fé d o se r h u m a n o .
A e s c o lh a i n c o n d ic i o n a l e
a m o r o s a d e D e u s p e l a q u a l e le
d e t e r m i n a q u e m deve crer. E a
causa d a fé d o se r h u m a n o .
A e s c o lh a in c o n d i c i o n a l e
a m o r o s a d e D e u s p e la q u a l
e le d e t e r m in a q u e m irá crer.
É a causa d a fé d o se r
hum ano.
Principais
Expoentes
J a c ó A r m ín i o , J o ã o W e sle y
Jo ã o C a lv in o , C a r lo s S p u r g e o n
M illa r d J. E r ic k s o n
Raízes
Históricas
N o in íc io d o s é c u lo d e z e s s e te , o
p a s t o r h o l a n d ê s A r m ín io ,
e n q u a n to p r o c u r a v a d e fe n d e r
a s id é ia s d e B e z a , c o n v e n c e u - s e
d e q u e B e z a e C a lv in o e s ta v a m
e r r a d o s . M a i s ta r d e , W e sle y fo i
a lé m d e A r m ín io a o e n fa tiz a r a
g r a ç a p r e v e n ie n t e .
D u r a n te a R e fo rm a , C a lv in o
a s s im ilo u a ê n f a s e d e A g o s t i n h o
n a g r a ç a ir re s istív e l d e D e u s , n a
n a t u r e z a p e c a m i n o s a d o se r
h u m a n o e n a p r e d e s t in a ç ã o .
C a l v i n o fo i s u c e d id o p o r B e z a ,
q u e fo i u m p a s s o a lé m .
E s s e n c i a lm e n t e u m a
i n t e r p r e t a ç ã o r e c e n te .
Prós
Acentua a responsabilidade do ser
humano de fazer uma escolha.
Acentua a santidade e soberania de
Deus e , p o r t a n t o , o s e u d ir e it o
Acentua a santidade e soberania
de Deus, ao mesmo tempo que
preserva a idéia da
responsabilidade humana. A
T am b ém reco n h e ce a
d e p r a v a ç ã o e d e sam p aro
h u m a n o s se m a in te rv e n ç ã o
d e D e u s . S e u a s p e c t o m a is
a t r a e n t e é a c e i t a ç ã o d o liv r e a r b ítr io h u m a n o . O se r
h u m a n o p o d e r e s is tir à g r a ç a
d e D eu s.
d e fa z e r d e c r e t o s c o m o o d a
e l e iç ã o p a r a a s a l v a ç ã o .
A c e n tu a c o rre ta m e n te a to ta l
d e p r a v a ç ã o d o se r h u m a n o e
s u a i n c a p a c i d a d e d e e s c o lh e r
p o r si m e s m o o q u e é c e r t o . A
d o u t r in a p r e d o m i n a n t e é a
a b s o lu t a s o b e r a n i a d e D e u s ,
q u e n ã o d e p e n d e d o s c a p r ic h o s
o u d a v o n ta d e d o se r h u m a n o .
O s e r h u m a n o n ã o p o d e r e s is tir
à g ra ç a de D eu s.
E sse c o n c e ito é s u s te n ta d o p o r
u m a im e n sa q u a n tid a d e d e
e v i d ê n c i a s b íb lic a s .
Contras
Base
Bíblica
Deixa de acentuar a soberania de
Deus. A o c o lo c a r D e u s e m u m a
Deixa de acentuar a responsabilidade
humana. P a r e c e o b s c u r e c e r o
p o s i ç ã o d e d e p e n d ê n c ia d a s
d e c is õ e s d e u m se r c r ia d o , e s s a
c o n c e p ç ã o d á a im p r e s s ã o d e
q u e D e u s n ã o te m o c o n t r o le
d o s e u u n iv e r so . A lé m d is s o , o
r e c o n h e c im e n t o d a d o u t r in a
d a d e p r a v a ç ã o t o t a l e x ig iu q u e
W e sle y in tr o d u z isse a id é ia d a
g r a ç a p r e v e n ie n t e , q u e n ã o
t e m b a s e b íb lic a .
liv r e - a r b ít r io d o s e r h u m a n o e,
p o r t a n t o , a s u a r e s p o n s a b ilid a d e
p e lo s e u p e c a d o . O s c r ít ic o s
a c u s a m q u e e s s a p o s iç ã o é
fa ta lista e d e stró i a m o tiv a ç ã o
p a r a o e v a n g e l is m o . P r o b le m a
p r in c ip a l: a p a r e n t e c o n t r a d i ç ã o
ló g ic a c o m a lib e r d a d e h u m a n a .
T e x t o c e n t r a l: n ã o e x is t e m
t r a t a d o s ló g ic o s q u e a p ó ia m a
p o s i ç ã o a r m in ia n a . A s s im ,
a p e la m p a r a o c a r á t e r u n iv e r sa l
d o c o n v i t e d e D e u s à s a lv a ç ã o .
1 T i m ó t e o 2 .3 - 4 é a p r e s e n t a d o
c o m o e v id ê n c i a d e q u e D e u s
d e s e ja q u e t o d o s s e ja m s a lv o s
( v e r t a m b é m Is 5 5 .1 ; E z 3 3 .1 1 ;
A t 1 7 .3 0 - 3 1 ; 2 P e 3 .9 ) .
T e x t o c e n t r a l: R o m a n o s 9 .6 - 2 4 .
E sse te x to d e m o n stra q u e a
e le iç ã o e s t á b a s e a d a n o c a r á t e r
ju s t o d e D e u s e n a s u a
s o b e r a n ia . P o r t a n t o , e le n ã o irá
t o m a r u m a d e c is ã o i n ju s t a e
n ã o p r e c is a e x p li c a r a o se r
h u m a n o p o r q u e e le a i n d a c u lp a
a q u e le s q u e n ã o e s c o lh e u .
g r a ç a d e D e u s é ir re s istív e l,
m as so m e n te p o rq u e D e u s
e s c o lh e u t o r n á - la t ã o a t r a e n t e
p a r a o s e le it o s q u e e le s ir ã o
a c e i t á - la . E m o u t r a s p a la v r a s ,
D e u s c a p a c i t a o s e le it o s a
q u e re re m a su a graça.
A s s im , D e u s a c i o n a a s u a
v o n t a d e s o b e r a n a p o r m e io
d a v o n t a d e d o s e le it o s . E u m a
p o s i ç ã o intermediária e n t r e o
c a lv in is m o t r a d i c io n a l e o
a r m in ia n is m o .
Carece de um precedente claro
n a h is t ó r ia d a ig r e ja .
A p r o x i m a - s e d e u m s o f is m a
s e m â n t i c o q u a n d o d is tin g u e
e n t r e D e u s t o r n a r a lg o c e r to
e a lg o n e c e s s á r i o ( D e u s
d e c id i r q u e a lg o ir á a c o n t e c e r
e m c o n t r a s t e c o m d e c id ir
q u e te m d e a c o n te c e r).
N e n h u m te x to ce n tra l é
a p r e s e n t a d o e s p e c ific a m e n t e .
E r ic k s o n f u n d a m e n t a a su a
p o s i ç ã o n o s p o n t o s fo r te s d a
p o s iç ã o c a lv in ista e n a fraq u e z a
d a p o s i ç ã o a r m in ia n a , s e n d o
m o t iv a d o p e la a p a r e n te
c o n t r a d iç ã o e n tr e a s o b e r a n ia
d e D e u s e o liv r e -a r b ítrio
h u m a n o . E le in c lin a - s e p a r a a
p o s iç ã o c a lv in is ta n a m a io r
p a rte d a s p a ssa g e n s.
59* A Ordem dos Decretos
S u p ra la p sa ria n a
In fralap sarian a
A m irald ian a
( E x p ia ç ã o L im ita d a )
( E x p ia ç ã o L im ita d a )
( E x p ia ç ã o Ilim ita d a )
C r ia ç ã o d o se r
h u m a n o v is a n d o
e le g e r a lg u n s p a r a
A p e r m issã o d a q u e d a
A p e r m issã o d a q u e d a
d o se r h u m a n o
a v id a e te r n a e
c o n d e n a r o u tr o s
d o se r h u m a n o
r e s u lta e m c u lp a ,
r e s u lta e m c u lp a ,
co rru p ção e
co rru p ção e
in c a p a c id a d e to ta l
in c a p a c id a d e to ta l
L u teran a
W esleyana
C ató lica R o m an a
A p e rm issão d a q u e d a
d o se r h u m a n o
r e su lta e m c u lp a ,
A p e r m issã o d a q u e d a
A p e r m issã o d a q u e d a
d o se r h u m a n o
re á u lta e m c u lp a ,
r e su lta n a p e r d a d a
co rru p ção e
i n c a p a c id a d e to t a l
co rru p ção e
i n c a p a c id a d e to t a l
ju s t iç a so b r e n a tu r a l
d o se r h u m a n o
à p e r d iç ã o e te r n a
A p e r m issã o d a
q u e d a d o se r
h u m a n o re su lta e m
E le iç ã o d e a lg u n s
p a r a a v id a e m
C r is t o
c u lp a , c o r r u p ç ã o e
D á d iv a d e C r is t o
p a r a to r n a r a
s a lv a ç ã o p o ss ív e l
a to d o s
D á d iv a d e C risto p a r a
p r e s ta r s a tis fa ç ã o
p e lo s p e c a d o s d o
m undo
D á d iv a d e C r is t o p a r a
D á d iv a d o s m e io s d e
R e m is s ã o d o p e c a d o
In s titu iç ã o d a ig r e ja e
g raça p ara
c o m u n ic a r a g r a ç a
o r ig in a l p a r a to d o s
s a lv a d o r a
su fic ien te p a r a to d o s
D á d iv a d e C r is t o
p a r a p r e s ta r
s a tis fa ç ã o p e lo s
pecados do m undo
p r e s ta r s a t is fa ç ã o
p o r to d o s o s
pecados hum anos
in c a p a c id a d e to ta l
D á d iv a d e C r is t o
p a r a re d im ir o s
e le ito s
D á d i v a d o E sp írito
S a n t o p a r a s a lv a r
o s r e d im id o s
S a n t if ic a ç ã o d e
t o d o s o s r e d im id o s
e regen erad os
D á d iv a d e C r is t o
p a r a r e d im ir o s
e le ito s
D á d iv a d o E sp írito
S a n t o p a r a s a lv a r
o s r e d im id o s
S a n t if ic a ç ã o d e to d o s
o s r e d im id o s e
E le iç ã o d e a lg u n s
para o dom da
c a p a c id a d e m o r a l
d o s s a c r a m e n to s
p a r a a p lic a r a
s a tis fa ç ã o d e C r is t o
A p lic a ç ã o d a satisfação
d e C risto a trav é s d os
sac ram en to s, so b a
m e io s d a g r a ç a
P r e d e s tin a ç ã o p a r a a
v id a d a q u e le s q u e
a p e r fe iç o a m a g r a ç a
su fic ie n te
S a n t if ic a ç ã o p e lo s
S a n t if ic a ç ã o d e to d o s
E d ific a ç ã o e m
D á d i v a d o E sp írito
S a n to p ara op erar a
c a p a c id a d e m o r a l
n o s e le ito s
P r e d e s tin a ç ã o p a r a a
v id a d a q u e le s q u e
n ã o r e siste m a o s
S a n t if ic a ç ã o p e lo
E sp ír ito
e d o m d a g raça
m e io s d a g r a ç a
regen erad os
os que co op eram
o p e ra ç ã o d e ca u sa s
se cu n d á ria s
sa n tid a d e d e v id a d e
co m a g raça
to d o s aq u eles a q u e m
su fic ie n te
o s sa c ra m e n to s sã o
c o m u n ic a d o s
Adaptado de Benjamin B. Warfield, The Plan of Salvation [O Plano de Salvação] (Reimpressão. Grand Rapids: Eerdmans, 1977), p. 31.
60» Os Cinco Pontos do Calvinismo e do Arminianismo
Categoria
Depravação
Total
Arminianismo
Calvinismo
1. Livre-Arbítrio ou Capacidade Humana
1. Incapacidade Total ou Depravação Total
E m b o r a a n a t u r e z a h u m a n a te n h a sid o
s e r i a m e n t e a f e t a d a p e la q u e d a , o h o m e m
n ã o to i d e i x a d o e m u m e s t a d o d e to t a l
P o r c a u s a d a q u e d a , o se r h u m a n o é in c a p a z d e ,
p o r si m e s m o , c r e r s a lv if i c a m e n t e n o e v a n g e l h o .
O p e c a d o r e s t á m o r t o , c e g o e s u r d o à s c o is a s d e
D e u s ; o se u c o r a ç ã o é p e c a m in o so e
d e se sp e ra d a m e n te c o rru p to . A su a v o n ta d e n ão
é liv r e , m a s e s t á p r e s a à s u a n a t u r e z a m a lig n a .
P o r t a n t o , e le n ã o ir á e s c o lh e r - d e f a t o n ã o p o d e
e s c o lh e r - o b e m e m lu g a r d o m a l n a e s fe r a
e s p ir it u a l. C o n s e q ü e n t e m e n t e , é n e c e s s á r i o
m u it o m a is q u e a a s s i s t ê n c ia d o E s p ír it o p a r a
le v a r o p e c a d o r a C risto - é n e c e ss á ria a
r e g e n e r a ç ã o , p e la q u a l o E s p ír it o v iv if ic a o
p e c a d o r e lh e d á u m a n o v a n a t u r e z a , m a s é e la
m e s m a p a r t e d a d á d i v a d iv i n a d a s a lv a ç ã o . A
s a lv a ç ã o é u m a d á d iv a d e D e u s a o p ec ad o r, e
n ã o u m a d á d iv a d o p e c a d o r a D e u s.
im p o t ê n c i a e s p ir itu a l. D e u s g r a c i o s a m e n t e
c a p a c ita c a d a p e c a d o r a arre p e n d e r-se e
crer, m a s n ã o in te rfe re n a lib e rd a d e h u m a n a .
C a d a p e c a d o r p o s s u i o liv r e - a r b ítr io e o s e u
d e s t in o e t e r n o d e p e n d e d e c o m o o u tiliz a .
A lib e r d a d e d o s e r h u m a n o c o n s is t e n a s u a
c a p a c i d a d e d e e s c o lh e r o b e m e m lu g a r d o
m a l e m q u e s t õ e s e s p ir itu a is ; a s u a v o n t a d e
n ã o e s t á e s c r a v iz a d a p o r s u a n a t u r e z a
p e c a m in o sa . O p e c a d o r te m a c a p a c id a d e
s e ja d e c o o p e r a r c o m o E s p ír it o d e D e u s e
s e r r e g e n e r a d o , o u d e r e s is tir à g r a ç a d e
D e u s e p e r e c e r . O p e c a d o r p e r d id o n e c e s s it a
d a a s s i s t ê n c i a d o E s p ír ito , m a s n ã o p r e c is a
se r r e g e n e r a d o p e lo E s p ír ito a n t e s q u e p o s s a
crer, p o is a fé é u m a t o h u m a n o e p r e c e d e o
n o v o n a s c im e n t o . A fé é a d á d i v a d o
p e c a d o r a D e u s ; é a c o n t r ib u iç ã o d o se r
h u m a n o p a r a a s a lv a ç ã o .
Eleição
Incondicional
2. Eleição Condicional
2. Eleição Incondicional
A e s c o lh a d e c e r to s in d iv íd u o s p a r a a s a lv a ç ã o ,
f e ita p o r D e u s a n t e s d a f u n d a ç ã o d o m u n d o ,
b a s e o u - s e n a s u a p r e s c iê n c ia d e q u e e le s
r e s p o n d e r i a m a o s e u c h a m a d o . E le e le g e u
s o m e n t e a q u e le s q u e e le s a b ia q u e ir ia m
c r e r n o e v a n g e l h o liv r e m e n te , d e si m e s m o s .
P o r t a n t o , a e le iç ã o fo i d e t e r m i n a d a o u
c o n d i c i o n a d a p e lo q u e a p e s s o a h a v e r i a d e
fazer. A fé q u e D e u s p r e v iu e s o b r e a q u a l
e le f u n d a m e n t o u a s u a e s c o lh a n ã o fo i d a d a
a o p e c a d o r p o r D e u s (e la n ã o fo i c r ia d a
p e lo p o d e r r e g e n e r a d o r d o E s p ír it o S a n t o ) ,
m a s r e s u lt o u d o liv r e - a r b ítr io h u m a n o q u e
c o o p e r a c o m a a t u a ç ã o d o E s p ír ito . D e u s
e s c o lh e u a q u e l e s q u e s a b ia q u e ir ia m , p o r
s e u p r ó p r io liv r e - a r b ítr io , e s c o lh e r a C r is t o .
N e s s e s e n t id o , a e le iç ã o d e D e u s é
c o n d i c i o n a l.
A e s c o l h a d e c e r t o s in d iv íd u o s p a r a a s a lv a ç ã o ,
fe ita p o r D e u s a n te s d a fu n d a ç ã o d o m u n d o ,
b a s e o u - s e u n ic a m e n t e e m s u a p r ó p r ia v o n t a d e
s o b e r a n a . A s u a e s c o lh a d e p e c a d o r e s
in d iv id u a is n ã o se b a s e o u e m r e s p o s t a o u
o b e d i ê n c ia p r e v is t a d a p a r t e d o s m e s m o s , ta l
c o m o fé, a r r e p e n d im e n t o e t c . A o c o n t r á r io ,
D e u s c o n c e d e fé e a r r e p e n d i m e n t o a c a d a
i n d iv íd u o q u e e le g e u . E s s e s a t o s s ã o o r e s u lt a d o
e n ã o a c a u s a d a e s c o lh a d e D e u s . P o rta n to , a
e le iç ã o n ã o f o i d e t e r m i n a d a o u c o n d i c i o n a d a
p o r u m a q u a l i d a d e o u u m a t o v ir t u o s o p r e v is to
n o s e r h u m a n o . A q u e l e s a q u e m D e u s e le g e u
s o b e r a n a m e n t e e le c o n d u z a u m a a c e i t a ç ã o
v o l u n t á r i a d e C r i s t o , p e lo p o d e r d o E s p ír ito .
A s s im , a c a u s a ú lt i m a d a s a l v a ç ã o é a e s c o lh a
d o p e c a d o r p o r D e u s , e n ã o a e s c o l h a d e C r is t o
p e lo p e c a d o r .
60. Os Cinco Pontos (continuação)
Categoria
Expiação
Limitada
Arminianismo
Calvinismo
3. Redenção Universal
ou Expiação Geral
3. Redenção Particular
ou Expiação Limitada
A o b ra r e d e n to r a d e C r isto p o ssib ilito u a sa lv a ç ã o
d e to d o s , m a s n ã o a s s e g u r o u e f e tiv a m e n te a
s a lv a ç ã o d e n in g u é m . E m b o r a C r is t o te n h a
m o r r id o p o r t o d a s a s p e s s o a s e p o r c a d a p e s so a ,
so m e n te a q u e le s q u e c r ê e m n e le s ã o sa lv o s. A
s u a m o r te p e r m itiu q u e D e u s p e r d o a sse o s
p e c a d o r e s so b a c o n d iç ã o d e q u e c r e ia m , m a s
n ã o a f a s t o u e fe tiv a m e n te o s p e c a d o s d e
n in g u é m . A r e d e n ç ã o d e C r is t o s o m e n te se
to r tia e fic a z se a p e s s o a d e c id ir a c e itá -la .
Graça
Irresistível
Perseverança
dos
Santos
A o b r a r e d e n t o r a d e C r i s t o v i s o u s a lv a r s o m e n t e
o s e le it o s e d e f a t o a s s e g u r o u a s a l v a ç ã o d o s
m e s m o s . A lé m d e tir a r o s p e c a d o s d o s e u p o v o ,
a re d e n ç ã o d e C risto a sse g u r o u tu d o o q u e era
n e c e s s á r io p a r a a s u a s a l v a ç ã o , i n c lu s iv e a té,
q u e o s u n e a e le s. O d o m d a fé é a p l i c a d o
in fa liv e lm e n t e p e lo E s p í r i t o a t o d o s a q u e le s
p o r q u e m C r is t o m o r r e u , d e s s a m a n e ir a
g a r a n t in d o a s u a s a l v a ç ã o .
4. Pode-se Efetivamente Resistir
ao Espírito Santo
4. A Vocação Eficaz do Espírito
ou a Graça Irresistível
O E s p ír it o c h a m a i n t e r n a m e n t e t o d o s o s q u e
s ã o c h a m a d o s e x t e r n a m e n t e p e lo c o n v i t e d o
E v a n g e lh o ; e le faz tu d o o q u e p o d e p a r a le v a r
c a d a p e c a d o r à s a l v a ç ã o . P o r é m , n a m e d id a
e m q u e o se r h u m a n o é liv re , e le p o d e r e sistir
c o m ê x it o à c h a m a d a d o E s p ír ito . O E s p ír it o
n ã o p o d e r e g e n e ra r o p e c a d o r a té q u e e ste
c r e ia ; a fé ( q u e é u m a c o n t r ib u i ç ã o h u m a n a )
p r e c e d e e t o m a p o s s ív e l o n o v o n a s c i m e n t o .
A s s im , o liv r e - a r b ít r io h u m a n o lim ita o
E s p ír it o n a a p l i c a ç ã o d a o b r a r e d e n t o r a d e
C r i s t o . O E s p ír it o S a n t o s o m e n t e p o d e le v a r
a C r is t o a q u e le s q u e lh e p e r m it e m fa z ê -lo .
A t é q u e o p e c a d o r r e s p o n d a , o E s p ír it o n ã o
p o d e d a r v id a . P o r ta n to , a g r a ç a d e D e u s n ã o
é ir r e s is t ív e l; e la p o d e s e r e f r e q ü e n t e m e n t e
é r e s is t i d a e f r u s t r a d a p e lo s s e r e s h u m a n o s .
A lé m d o c h a m a d o g e r a l e x t e r n o p a r a a s a lv a ç ã o ,
fe ito a to d o s o s q u e o u v e m o E v a n g e lh o , o E sp ír ito
S a n t o d irig e a o s e le ito s u m c h a m a d o in t e r n o
e s p e c ia l q u e o s le v a i n e v it a v e lm e n t e à s a lv a ç ã o .
O c h a m a d o e x te r n o (fe ito a t o d o s s e m d is t in ç ã o )
p o d e se r e m u ita s v e z e s é r e je it a d o , a o p a s s o q u e
o c h a m a d o in te rn o (fe ito s o m e n t e a o s e le it o s )
n ã o p o d e se r r e je ita d o , m a s s e m p r e r e s u lt a e m
c o n v e r s ã o . P or m e io d e s s e c h a m a d o e s p e c i a l o
E sp ír ito le v a ir r e s istiv e lm e n te o s p e c a d o r e s a
C r is t o . E le n ã o e s t á lim it a d o e m s u a o b r a d e
a p lic a r a s a lv a ç ã o à v o n t a d e d o s e r h u m a n o , n e m
d e p e n d e d a c o o p e r a ç ã o h u m a n a p a r a t e r ê x it o .
O E sp írito g r a c io s a m e n t e fa z c o m q u e o p e c a d o r
e le it o c o o p e r e , c r e ia , a r r e p e n d a - s e e v á liv re e
e s p o n ta n e a m e n te a C r is t o . P o r t a n t o , a g r a ç a d e
D e u s é ir re sistív e l; e la n u n c a d e i x a d e r e s u lta r n a
s a lv a ç ã o d a q u e le s a q u e m é e s t e n d id a .
5. Decair da Graça
5. Perseverança dos Santos
A q u e le s q u e c r ê e m e sã o v e r d a d e ir a m e n te
s a lv o s p o d e m p e r d e r a s u a s a l v a ç ã o se
d e i x a r e m d e g u a r d a r a s u a fé.
N e m t o d o s o s a r m in i a n o s c o n c o r d a m n e s s e
p o n t o ; a lg u n s s u s t e n t a m q u e o s c r e n t e s
e s tã o e te rn a m e n te se g u ro s e m C risto - q u e
u m a v e z o p e c a d o r e s t a n d o r e g e n e r a d o , e le
ja m a i s p o d e r á p e r d e r - s e .
Rejeitado pelo Sínodo de Dort
E s te fo i o s i s t e m a d e p e n s a m e n t o c o n t id o n a
“ R e m o n s t r â n c i a ” ( e m b o r a o r ig in a lm e n t e o s
“ c in c o p o n t o s ” n ã o e s tiv e sse m d is p o sto s n e s s a
o r d e m ) . E s s e s i s t e m a fo i a p r e s e n t a d o p e lo s
a r m in ia n o s à Ig r e ja d a H o la n d a e m 1 6 1 0 , m a s
fo i r e je it a d o p e lo S í n o d o d e D o r t e m 1 6 1 9
s o b a ju s t i f i c a t i v a d e q u e e r a a n ti- b íb lic o .
T o d o s o s q u e s ã o e s c o lh id o s p o r D e u s , r e d im id o s
p o r C r i s t o e r e c e b e m fé p o r m e i o d o E s p ír ito
e s t ã o e t e r n a m e n t e s a lv o s . E le s s ã o m a n t i d o s n a
fé p e lo p o d e r d o D e u s T o d o - p o d e r o s o e a s s im
p e r s e v e r a m a té o fim .
Reafirmado pelo Sínodo de Dort
E ste siste m a d e te o lo g ia fo i r e a fir m a d o p e lo S ín o d o
d e D o r t e m 1 6 1 9 c o m o s e n d o a d o u tr in a d a
s a lv a ç ã o c o n tid a n a s E s c r itu r a s S a g r a d a s . N a q u e la
o c a siã o , o sist e m a foi fo r m u la d o e m “ c in c o p o n t o s ”
(e m r e sp o s ta a o s c in c o p o n t o s a p r e s e n ta d o s p e lo s
a r m in ia n o s) e d e s d e e n t ã o te m sid o c o n h e c id o
c o m o “ o s c in c o p o n t o s d o c a lv in is m o ” .
61. Diferentes Concepções Acerca dos Meios de Graça
Reformada
Arminiana
Luterana
Católica Romana
Fé Salvadora pela
Graça Eficaz
Fé Salvadora pela
Graça Comum
Batismo e
Eucaristia
Batismo, Eucaristia e
Outros Sacramentos
fé por meio da fé
meios sem fé
fé sem meios
(ex opere operato)
operação pelo
contato físico
62* Vocação Geral versus Vocação Eficaz
Vocação Geral
Vocação Eficaz
D efin ição
R efere-se à ap resen tação do E van gelh o, n a qu al se oferece
ao in divídu o a p rom essa d e salv aç ão em C risto e o convite
p ara ace itar a C risto p ela fé a fim de receber o p erd ão dos
p ec ad o s e a vida etern a.
R efere-se ao ch am ad o geral de D eu s n o E van gelh o to rn ad o
eficaz em um a p esso a q u an d o ela crê no E van gelh o e ace ita
a C risto co m o S alv ad o r e Senhor.
A gen te
D irigida pelo Pai a todos os qu e ou v em o E van gelh o;
tran sm itida prin cipalm en te por m eio de cren tes cap acitad o s
pelo E spírito S a n to de D eu s qu e co m u n icam o E van gelh o
co m o é rev elad o n a P alavra de D eus.
D irigida pelo Pai e to rn ad a eficaz p ela ob ra do E spírito S a n to
q u an d o ele ilum ina e c ap ac ita o ind ivídu o a co m p reen d er e
respon der p ositiv am en te ao E van gelh o do Sen h o r Je su s
co n tid o n a P alavra de D eus.
D estin atário s e
E xem p los
È para to d as as pessoas, m as é recebid a som en te por aqu eles
que o u vem o E vangelh o.
É dirigida som en te a tod os os eleitos.
S a u lo (A t 9 .1 -1 9 ); Lídia (A t 16.14); R m 8.30.
“M u itos são ch am ad o s, m as pou cos, esco lh id o s” (M t 2 2 .14).
P ro p ó sito
R evela o gran d e am or de D e u s p ara co m os p ecad o re s em
geral.
Por cau sa d a d ep rav ação total d o ser h u m an o, é ab solu tam en te
n ecessária para levar os eleitos à fé e à co n versão.
R e v ela a san tid ad e e a ju stiç a de D eus.
R e su lta d o s
N ã o resu lta n ecessariam en te em salv ação .
Pode ser rejeitad a, resu ltan d o n a c o n d e n aç ão d o pecador.
Por ser eficaz e irrevogável, resu lta n ecessariam en te na
salv aç ão .
E im possível que seja rejeitada.
O c a siã o
É an terior à co n v ersão e pod e ou n ão conduzir a ela.
E logicam ente anterior à conversão e necessariam ente conduz a ela.
63. Os Sete Sacramentos Católicos Romanos
S a c ra m e n to
P r o c e d im e n to
S ig n ific a d o
Ê n f a s e d o V a t ic a n o I I
B a tism o
O s a c e r d o t e a p li c a o r ito a
c r ia n ç a s.
P ro d u z r e g e n e r a ç ã o , “ u m n o v o
c r istã o ” .
E n e c e ssá rio p a ra a sa lv a ç ã o .
L ib e r t a d o p e c a d o e d a c u lp a
o r ig in a l.
U n e a p e s s o a a C r i s t o e à ig r e ja .
O b atism o d ev e receber m aior ênfase.
O s c o n v e r tid o s d e v e m re c e b e r
i n s t r u ç ã o p r é v ia .
I lu s t r a o c o m p r o m is s o c o m C r is t o .
A c e n t u a a u n i d a d e d e to d o s o s
m e m b r o s e m C r is t o .
C o n firm a ç ã o
O b is p o im p õ e a s m ã o s so b r e a
p e sso a e e sta rece b e o
E sp írito S a n to .
E a lg o n e c e s s á r io a p ó s o b a t is m o .
J u n t a m e n t e c o m o b a t is m o , é
p a rte d o “ sa c r a m e n to d e
in ic ia ç ã o ” .
A p e s s o a r e c e b e o E s p ír it o
S a n t o , r e s u lt a n d o e m
m a tu rid a d e e d e d ic a ç ã o .
E s f o r ç o n o s e n t id o d e u n ir o
b a t is m o e a c o n f i r m a ç ã o c o m o
u m s ó a t o d e in ic ia ç ã o .
A s e p a r a ç ã o d o s d o is s a c r a m e n t o s
s u g e r e q u e e x is t e m g r a u s d e
m e m b r e s i a n a ig r e ja .
E u c a r istia
O s a c e r d o t e c e le b r a a m issa .
A o d e c la r a r “ I s t o é o m e u
c o r p o ” , o p ã o e o v in h o
to r n a m - s e o c o r p o e o
s a n g u e d e C r is t o .
A m is s a é a c o n t i n u a ç ã o d o
s a c r if íc io d e C r is t o .
E ig u a l a o C a lv á r i o , e x c e t o q u e
a m is s a n ã o é s a n g r e n t a .
N a m is s a , C r i s t o o f e r e c e
e x p i a ç ã o p e lo p e c a d o .
O p a r tic ip a n te r e c e b e o p e r d ã o
d o s p e c a d o s v e n ia is .
C o m e r o p ã o é c o m e r a C risto .
I n c e n t i v o à p a r t i c ip a ç ã o
fre q ü e n te p a ra a u m e n ta r a
“ u n iã o c o m C r i s t o ” .
A g o r a a c e r i m ô n i a in c lu i le ig o s.
C e r i m ô n i a m a is b r e v e e s im p le s ;
m a i o r u s o d a s E s c r it u r a s .
C o n f is s ã o
(P e n itê n cia )
T rês p a sso s:
1. T r is te z a p e lo p e c a d o
2. C o n fis sã o o ral ao sa c e rd o te
3 . A b s o l v i ç ã o d o s p e c a d o s p e lo
sa c e rd o te
T e n d o c o n fe ssa d o a o sa c e rd o te
t o d o s o s p e c a d o s c o n h e c id o s
e t e n d o d e c l a r a d o a in t e n ç ã o
d e n ã o p e c a r n o f u tu r o , o fiel
r e c e b e a b s o lv i ç ã o d o s p e c a d o s
p e lo s a c e r d o t e .
N o v a co n cep ção de pecado:
r e la c i o n a m e n t o s e m o t iv a ç õ e s
p e s s o a is d is t o r c id o s .
P e r m ite c o n f is s ã o e a b s o lv iç ã o
g e r a l.
A c o n f is s ã o g e r a l é f e it a e m c u lt o
c o m p o s t o d e c â n t i c o s , le itu r a
b íb lic a , o r a ç ã o , s e r m ã o , a u t o e x a m e , c o n f is s ã o e a b s o l v i ç ã o .
S a n ta s
O rd e n s
O r d e n a ç ã o a o s o f íc io s d e b is p o ,
s a c e r d o t e e d iá c o n o . C o m o
s u c e s s o r d o s a p ó s t o lo s , o
b is p o o r d e n a o s a c e r d o t e .
C o n fe r e a o r e c ip ie n te o p o d e r
s a c e r d o ta l d e m e d ia r a g r a ç a p o r
m e io d o s s a c r a m e n to s , ta l c o m o
o fe re c e r o c o r p o e o s a n g u e d e
C r is t o p a r a r e m ir o s p e c a d o s .
O sa c e r d o te é m e d ia d o r e n tre
D e u s e o s se res h u m a n o s,
c o m o C r i s t o fo i m e d i a d o r
e n t r e D e u s e o s se r e s
h u m an o s.
M a i o r e n v o lv im e n t o d e le ig o s n o
m in is t é r io .
O s le ig o s d e v e m d e s e n v o l v e r e
u tiliz a r o s d o n s n a ig r e ja .
R e d u z iu a d i s t i n ç ã o e n t r e
sa c e rd o te e p o v o .
O s a c e r d o te é c o n sid e r a d o u m
“ irm ã o e n tre ir m ã o s” .
M a trim ô n io
F az -se a tr o c a d e v o to s n a
p re se n ç a d e u m sa c e rd o te .
S in a l d a u n iã o e n tre C r isto e a
ig r e ja . E in d i s s o lú v e l p o r q u e o
c a s a m e n to e n tre C risto e a
ig r e ja é in d is s o lú v e l.
O m a t r im ô n i o n ã o é s o m e n t e p a r a
a p r o c r ia ç ã o .
M a io r ê n f a s e a o a m o r n o
c a sa m e n to .
A m i s s a é p e r m it id a e m
c a s a m e n t o s c o m n ã o - c a t ó li c o s
b a t iz a d o s .
U n ção dos
E n ferm o s
O b is p o c o n s a g r a o ó le o . O
sa c e rd o te u n g e a p e sso a q u e
e s t á p r ó x i m a d a m o r te .
R e m o v e a s fr a q u e z a s e
o b s t á c u l o s d e i x a d o s p e lo
p e c a d o , q u e im p e d e m q u e a
a lm a e n t r e n a g ló r ia .
P re p a ra a s p e s so a s p a r a a m o rte
a o f o r t a le c e r a g r a ç a n a a lm a .
U s o a m p lia d o : m u d a n ç a d e
“e x tre m a u n ç ã o ” p ara “ u n ção
d o s e n fe rm o s” .
U t i liz a d a p a r a f o r t a le c e r /c u r a r o
c o r p o e a a lm a .
A p e s s o a e n f e r m a p a r t i c ip a d a s
l e it u r a s e o r a ç õ e s .
64. Concepções Acerca da Expiação
T e o ria d o R e sg a te
a S a ta n á s
T e o ria d a
R e c a p itu la ç ã o
T e o ria
D r a m á tic a
T e o ria
M ístic a
T e o ria d o
E x e m p lo
D efin ição
A m orte de C risto foi um
resgate p ago a S a ta n á s
p a ra libertar o ser
h u m an o cativ o das
reivin d icações de
S a ta n á s.
Em su a vida, C risto
recapitu lou tod os os
e stágios d a vid a hu m an a,
e assim fazendo reverteu
o cam in h o qu e A d ã o
h avia iniciado.
C risto é o V enced or de
um co nflito divino
entre o bem e o m al e
co n q u ista a libertação
d o ser h u m an o do
cativeiro.
C risto assu m iu um a
natu reza h u m an a e
pecam in osa, m as por
m eio d o p od er do
Espírito S a n to triunfou
sobre a m esm a. O
co n h ecim en to desse
fato in fluen cia o ser
h u m an o m isticam ente.
A m orte de C risto
ofereceu um exem plo
de fé e o b ed iên cia para
inspirar o ser h u m an o
a ser ob ed iente.
Proponentes
O ríg en es
Irineu
A u len
Sc h leierm ach er
Pelágio, Socin o,
A b elard o
B a se
B íblica
M a te u s 2 0 .28; M arcos
10.45; 1 C orín tios 6 .2 0
R om an os 5.15-21;
H ebreu s 2.10
M ateu s 2 0 .2 8 ; M arcos
10.45; 1 C orín tios
15.51-57
H ebreu s 2 .10,14-18;
4 .1 4 -1 6
1 Pedro 2.2 1 ; 1 Jo ã o 2.6
O b jeto
S a ta n á s
S a ta n á s
S a ta n á s
O ser h u m an o
O ser h u m an o
C on dição
E spiritual
do Homem
S e rv id ã o a S a ta n á s
Se rv id ão a S a ta n á s
Se rv id ão a S a ta n á s
F alta de co n sciê n cia de
D eu s
E spiritualm en te vivo
(Pelágio)
Sen tido da
M orte de
C risto
A vitória de D e u s sobre
S a ta n á s
A recap itu laç ão feita por
C risto de todos os
estágios d a vida hum ana.
A vitória de D e u s sobre
S a ta n á s
O triunfo de C risto sobre
a su a própria natureza
p ec am in o sa
U m exem plo de
verd ad eira fé e
ob ed iên cia
V alor para
o Ser
H u m an o
L ib erta ção d a servidão
a S a ta n á s
R eversão d o cam in h o da
h u m an id ad e, da
d eso b ed iên cia para a
o b ed iên cia.
A recon ciliação d o
m u ndo efetu ad a por
D eus, livran d o-o da
su a servidão ao m al.
U m a influência m ística
su b co n scien te
In spiração p ara u m a vida
fiel e ob ed ien te
64. Concepções Acerca da Expiação (continuação)
T e o ria d a In flu ê n c ia M o ra l
T e o ria C o m e rc ia l
T e o ria G o v e rn a m e n ta l
T e o ria d a S u b stitu iç ã o P en al
D efin ição
A m orte de C risto dem onstrou o
am or de D eus, o que am olece
o c o ra ç ão do ser h u m an o e o
leva a arrepender-se.
A m orte de C risto trouxe
hon ra infinita a D eus. A ssim ,
D eu s co n ced e u a C risto um a
recom p en sa d a qu al ele n ão
n ecessitav a, e C risto
transferiu-a ao ser h u m an o.
A morte de Cristo demonstra a alta
consideração de D eus para com
a sua lei. Ela mostra a atitude de
Deus em relação ao pecado. Por
meio da morte de Cristo, D eus
tem um a justificativa para
perdoar os pecados daqueles que
se arrependem e aceitam a morte
substitutiva de Cristo.
A m orte de C risto foi um
sacrifício vicário (substitutivo)
que satisfez as exigên cias d a
ju stiça de D e u s em relação ao
pecad o, p a g a n d o a pen alidad e
do p ecad o h u m an o , trazendo
perd ão, im p u tan d o ju stiça e
recon cilian d o o ser h u m an o
com D eus.
P ropon en tes
A b elard o , Bush nell, R ash dall
A n selm o
G rócio
C alv in o
B a se B íblica
R o m an o s 5.8; 2 C orín tios 5 .1 7 '
19; Filipenses 2.5-11;
C o lo sse n ses 3.2 4
Jo ã o 10.18
S alm o s 2, 5; Isaías 42.21
Jo ã o 11.50-52; R om an o s 5.8-9;
T ito 2.14; 1 Pedro 3 .18
O b jeto
O ser h u m an o
D eus/ser h u m an o
D eus/ser h u m an o
D eu s
C o n d ição
E sp iritual
do H om em
O ser h u m an o está enferm o e
n ec essita de auxílio.
O ser h u m an o deson ra a D eus.
O ser h u m an o é um violador
d a lei m oral de D eus.
O ser h u m an o é to talm en te
d ep ravad o.
Sen tido da
M orte de
C risto
D e m o n stro u o am or de D eu s
p ara co m o ser h u m ano.
Trouxe h on ra infinita a D eus.
Foi um su bstitu to para a
p en alidad e do p ecad o e
m ostrou a atitu d e de D eus
para co m o pecado.
C risto su portou a p en alidad e do
p ecad o em lu gar d o ser
hu m an o.
V alor para
o Ser
H u m an o
A o ver o am or de D eus pelo ser
h u m an o, este é m ovido a
a ce itar o p erd ão de D eus.
E ssa h on ra, d a qual C risto n ão
n ecessita, é aplicad a aos
p ecad o re s p ara a salv ação .
Torna legal o d esejo de D eu s de
perd oar aqu eles que ace itam a
C risto co m o seu su bstitu to.
Por m eio do arrep en d im en to o
ser h u m an o pod e aceitar a
su b stitu ição de C risto com o
p ag am en to pelo pecad o.
65. A Extensão da Expiação
Expiação Ilimitada
D e c la r a ç ã o d o
C o n c e it o
A m orte d e C risto foi su ficien te p ara tod as as p esso as, m as eficaz p ara u m n ú m ero lim itad o.
Apoio
Objeções
N u m e ro sa s p a ssa g en s p arece m in d icar q u e a m orte d e C risto foi
por to d a a h u m an id ad e. O s dois v ersícu lo s p rin cip ais sã o 1
T im ó te o 4-10 e 1 Jo ã o 2.2, q u e d e c laram q u e C risto é a
p ro p iciação e o S a lv a d o r d o m u n d o . O u tro s v ersícu lo s são
Isaías 5 3 .6 ; Jo ã o 1.29; 1 T im ó te o 2.6 ; T it o 2 .1 1 ; H eb reu s 2.9.
A s palavras “tod os” e “inteiro” n em sem pre se referem à totalidade
de seus conteú dos. U m exem plo é a trib u tação de to d o o m u ndo
p or C ésar; isso n ão incluiu os jap o n e ses. O m u n d o inteiro nesses
versícu los significa pessoas de to d a s a s áre as g eo g ráficas.
A p ro cla m a ç ã o u n iv ersal d o ev a n g e lh o e stá b a s e a d a n a
ex p ia çã o ilim itad a de C risto . P ara q u e o E v an g elh o seja
oferecid o sin c eram en te a to d a a h u m an id ad e , C risto precisa
ter m orrid o por to d a a h u m a n id a d e (M t 24-14; 2 8 .1 9 ; A to s
1.8; 1 7 .3 0 ).
A p ro clam aç ão d o E van gelh o e stá b a s e a d a n a o b ra c o n su m a d a de
C risto. O s eleitos estão em todo o m u n d o e n e c e ssita m ou vir o
E v an g elh o p ara serem salvos. A p re g a ç ã o d o E v an g e lh o a tod os
é u m a q u estão de ob ediên cia e n ã o d e e x p ia ç ã o ilim itad a.
O am or de D e u s é dirigido a to d o o m u n d o e to d o aq u ele que
crê é salv o . P ortan to , a e x te n sã o d a m orte de C risto inclui
to d a s as p esso a s.
O am o r de D e u s é dirigido a um gru p o esp ecial, co m o se p o d e ver
n o seu am o r para co m Israel (A m 3 .2 ). O seu am o r é dirigido
aos eleitos de to d as as áreas geográficas d o m u n d o . A q u e le s
que crêe m são os que D eus deu ao Filh o (Jo 6 .3 7 -4 0 ).
A ob ra de C risto é su ficien te p ara assegu rar a sa lv a ç ã o dos
eleitos, m as é oh tida p or m eio d a fé (R m 10.17).
S e a m orte de C risto foi suficiente para tod os, a fé to rn a-se
d esn ece ssária e sem sentido.
O s ben efícios n atu rais do m u n d o tam b ém são d esfru tad o s
pelos n ão -e leito s. E sses benefícios in clu em o sol, a ch u v a,
bo a saú d e etc.
O s ben efícios n atu rais são resu ltado d a g ra ç a co m u m d e D e u s.
E ssas co isas são d ad as por D eus por c a u sa d o c a r á te r d e D e u s.
E le p o d e ser b o n d o so a quem ele quer.
Expiação Definida e Limitada
D e c la r a ç ã o do
C o n c e ito
C risto n ão v eio p ara p ro p o rcio n ar sa lv a ç ã o a to d a a h u m an id ad e, m as para to rn ar c e rta a sa lv a ç ã o d os
eleitos.
Apoio
Objeções
A q u eles q u e d efen d em u m a ex p ia ç ã o lim itad a dizem q u e D e u s
provid en cio u sa lv a ç ã o so m e n te p ara o seu po v o (M t 1.21),
su as o v elh as (Jo 1 0 .1 5 ,2 6 ), seu s am igo s (Jo 15.13), a igreja
(A t 2 0 .2 8 ) e a e sp o sa (E f 5 .2 5 ).
A ex p ia ç ã o n ão salva todas as p esso as, m a s é d isp o n ív el para
to d as. E sses versículos referem -se àq u e le s q u e D e u s escolh eu .
S ã o e ste s qu e torn am a e x p iação eficaz.
A q u e les p or q u em C risto m orreu são aq u e le s que o Pai lhe deu
(Jo 6 .3 7 -4 0 ). C risto n ã o m orreu p o r aq u e le s q u e o Pai n ã o
lhe deu. P ortan to, foi por um ce rto n ú m ero q u e ele m orreu.
E sse s versícu los n ão m en cion am u m a e x p ia ç ã o lim itad a. E
evid en te q u e som en te um d ete rm in ad o n ú m ero é escolh id o,
pois n em tod os se salvam .
C risto m orreu pelo s eleitos d e to d a s as áreas do m u n do. E isso
que a E scritu ra q u er dizer q u a n d o afirm a q u e C risto m orreu
pelo m u n d o in teiro (1 T m 4 .1 0 ; 1 J o 2 .2 ).
Q u e a m orte de C risto foi por to d a a h u m a n id a d e faz m ais
se n tid o d o qu e en ten d er qu e ele m orreu p o r p e sso as de to d as
as áreas geográficas.
Q u e lig ação a m orte de C risto tem co m o s n ã o -e le ito s? S e ele
m orreu por tod os, por qu e alg u m as p e sso a s n ã o são salvas?
A m orte de C risto to m a potencial a salv aç ão de todos, m as ela tom ase real som ente para um d eterm inado núm ero. E ssa é a única
conexão. A queles que rejeitam isso d evem sofrer as conseqüências.
A obra in te rcessó ria d e C risto foi a fav o r d o s seus. C o m o ele
orou so m e n te por um d ete rm in ad o g ru p o, ele preten d ia
oferecer sa lv a ç ã o p ara um n ú m ero lim itado.
So m e n te um ce rto nú m ero e fetiv am en te se rá salvo. C risto sab ia
qu em seriam essas p esso as e foi p o r elas q u e ele orou.
Paulo diz q u e a ob ra de C risto foi em fav o r de gru pos
específicos: Israel, a igreja. Isso m o stra q u e a su a obra n ã o
tem um e sco p o ilim itad o.
A su a sa lv a ç ã o é to m a d a real p ara ce rto s gru pos, m as ele m orreu
p or todos. O s gru pos q u e receb em a sa lv a ç ã o são ap e n a s u m a
p arcela d aq u eles pelos q u ais ele m orreu .
66. A Teoria Penal Substitutiva da Expiação
Necessidade
Substituição
Propiciação
Imputação
E xp lan ação
D eus n ão pode
sim plesm ente ignorar
o p e c a d o d o ser
h u m an o , n em pode
m e ram e n te perdoar
o ser h u m an o sem
exigir u m pagam ento
ou u m a punição pelo
p e c a d o . N e sse sentido,
a e x p ia ç ã o é
n e c e ssá ria para que
o ser h u m an o seja
reco n ciliad o com o
seu C riador.
O sen tid o n orm al da
p alav ra d eve ser ace ito
n este c o n tex to . Ela
sim plesm en te significa
que a e x p iação é um
sacrifício o ferecid o em
lu gar d o pecador. A ssim ,
o sacrifício lev a a cu lp a
d o pecador.
P ara recu p erar o favor ou
ap la c a r a ira de D eu s.
P ara satisfazer as su as
ex ig ên cias e assim
afastar a su a ira. O
p e c a d o h u m an o n ão
ap e n as en tristece a
D e u s, m as o d eix a
irado. A su a ira
so m e n te p o d e ser
satisfeita p ela e x e c u ç ã o
d a su a ju stiç a. O seu
sistem a ju d icial n ão
p o d e ser n egligen ciad o .
E n q u an to a su b stitu ição e
a p rop iciação estão
relacion ado s com os
asp e cto s n egativos da
e x p ia ç ã o (o que D eus
tirou de n ó s), a
im p u tação está
relacio n ad a co m os
asp e cto s p ositivos da
e x p iação (o q u e D eus
n os d eu ). D eu s tirou a
cu lp a d o s cren tes, m as
tam b ém lhes im putou a
ju stiç a de C risto.
R e fe rê n cia
B íb lica
H eb reu s 9.22
Jo ã o 1.29; 2 C o rín tio s 5.21;
G á la ta s 3.13
L e v ític o 4-35; R o m an o s
3 .2 5 -2 6 ; 5.9
R o m a n o s 6.3-4
O b je ç ão
Por q u e D eus
sim plesm ente n ão nos
p erd o a com o um ato
de b o a v on tad e em vez
de requerer um
p ag am en to?
N ã o é im próprio e in ju sto
pen alizar u m a parte
in o cen te ?
O a p la c a m e n to d a ira d o
Pai pelo F ilh o n ã o
rev ela co n flito d en tro
d a D iv in d ad e?
N ã o é im próprio e inju sto
reco m p e n sar u m a parte
cu lp ad a?
R e sp o sta à
O b je ç ã o
M e sm o que D eus
p u d esse ignorar o
p e c a d o contra si
m esm o com o um ato
de b o a vontad e, ele
ain d a assim é
c o n stran g ido por sua
n atu reza a preservar
a ju stiç a no universo.
Ign orar o pecado
d estru iria o significado
d o c o n c e ito de justiça.
A lé m d isso, os seres
h u m an o s podem
sim p lesm en te perdoar
o u tro s seres hum anos
c o m o u m ato de boa
v o n ta d e porqu e som os
im p erfeitos e tem os
n ó s m esm o s um a
d e se sp e ra d a
n ecessidad e de perdão.
Porém, D eu s é perfeito
e n ã o n e c e ssita de
p e rd ão . A ssim sendo,
o p aralelo en tre o
p e rd ão h u m an o e o
perd ão de D e u s n ão
se m an té m .
A resp o sta a e ssa pergu n ta
é sim , a m en os q u e a
parte in o c en te rece b a a
p u n ição v o lu n tariam en te
e o juiz se ja in sep aráv el
d a p arte in ocen te. Je su s
satisfaz am b o s os
requ isitos. E le deu a sua
vid a v o lu n tariam en te
(Jo 10.17-18) e ele era
in sep arável do Pai.
A ssim , co m efeito o
Juiz p u n iu a si m esm o.
A resp o sta a e ssa
p erg u n ta p o d e ser
c o lo c a d a n a form a de
o u tra p erg u n ta: u m a
p e sso a p o d e estar irada
e ser am o ro sa ao
m esm o tem po? Todo
pai e m ãe sab e q u e a
resp osta é sim . O Pai
ficou irad o co m o
p ec ad o d o m u n d o , m as
ele am o u o m u n d o de
tal m od o q u e en v io u o
seu F ilh o p ara ex p iar o
p e c a d o do ser h u m an o.
A ssim , o Pai n ão
m u d o u de u m D eu s
irado para u m D e u s
am o ro so q u an d o
C risto m orreu n a cruz.
O am o r de D e u s
esta v a presen te o
tem p o to d o e de tato
foi a m o tiv a ç ã o d a
e x p iação . A su a
sa n tid a d e ex igia u m
p ag am e n to pelo
p ec ad o . O seu am or
o fere ceu o p ag am en to .
E ssa pergu n ta é o outro
lad o d a o b jeção co n tra
a su b stitu ição . N ã o
p arece ju sto qu e um a
p arte in o c en te seja
p u n id a e, do m esm o
m o d o , n ão p arece ju sto
qu e u m a parte cu lp ad a
se ja reco m p e n sad a.
T o d av ia, é isso o que
ac o n te c e n a ex p iação .
M as a razão por qu e
D e u s vê essa tran sação
co m o ab solu tam en te
ju sta é qu e q u an d o
d e p o sitam o s a n o ssa fé
nele, so m o s unidos com
C risto . E m certo
sen tid o, nós ficam os
casad o s, in sep aráveis,
de m od o que n ã o é
tan to u m a
tran sferên cia de ju stiça
q u a n to possuí-la em
co m u m . Ela é
c o m p artilh ad a.
Im p licaçõ es
A c e rc a do
C aráte r de
D eu s
E n fase n a so b eran ia e na
po sição de D e u s co m o
ad m in istrad or oficial
d o sistem a ju d icial d o
u niverso.
Ê nfase n o am o r de D eu s
pela su a criação . Ele
define o am or p ela sua
n atu reza. O am or
verd ad eiro sem pre
requer sacrifício pessoal.
E n fase n a ab so lu ta
san tid ad e e n a ira
ju stificad a de D eu s
q u a n to ao p e c a d o . Ele
m erece resp eito e
ab so lu ta o b ed iên c ia e
m an ifesta a su a ira
co n tra a im pied ad e.
E n fase n o d esejo de D eu s
de ter co m u n h ão
íntim a co m a su a
criação . Por c a u sa da
e x p iação som os
h erdeiros d o Pai e coh erdeiro s co m o Filho.
67. Os Resultados da Morte de Cristo
Su b stitu ição dos Pecadores
Je su s tom ou o nosso lugar; ele sofreu a p u n ição dos nossos p ecad o s (Lc
2 2 .1 9 -20 ; Jo 3 .3 6 ; 6 .5 1 ; 15.13; E f 1.3; H b 2.9; 1 Pe 3.1 8 ; 1 Jo 5.1 1 -1 2 ).
A fastam en to dos Juízos D ivinos
D eus vê o pecad o com o julgado n a m orte do seu Filho. O crente está protegido
pelo sangue redentor de C risto (Rm 2.4-5; 4-17; 9.22; 1 Pe 3.20; 2 Pe 3.9,15).
C um p rim en to d a Lei
R em oção dos Pecados C ob ertos por Sacrifícios A n tes da Cruz
A ju stiça im p u tad a de Je su s torn a-se a ju stiç a do cren te d ian te de D eu s
co m o o perfeito cu m p rim en to d a lei (A t 15.10; R m 1.16-17; 3 .2 1 -2 2 ,3 1 ;
4 .5 ,1 1 ,1 3 -1 6 ,2 3 -2 4 ; 5 .1 9 ; 10.4; 2 C o 5 .2 1 ; G1 3 .8; 4 .1 9 -3 1 ; 5.1).
O s p ec ad o s co m etid o s entre a é p o c a de A d ã o e a m orte de C risto n a cruz
foram co b ertos pelos sacrifícios. Em C risto eles sã o rem ovidos (A t 17.30;
Rm 3 .2 5 ; H b 9 .1 5 ; 10.2-26).
R eden ção do Pecado
O próprio D e u s p ag o u o resgate do p ec ad o h u m an o por m eio d a m orte
do seu Filho (A t 2 0 .2 8 ; Rm 3 .2 3 -2 4 ).
R econ ciliação do Ser H u m an o com D eu s
A atitu d e de D eu s p ara co m o m u n d o m u dou co m p letam en te (Rm 5.1011; 2 C o 5 .1 8 -2 0 ; E f 2.16; C l 1.20-22).
P ropiciação em R elação a D eu s
A ju stiç a e a lei de D e u s foram vin d icad as (satisfeitas) (R m 3 .2 5 ; H b 4-16;
1 Jo 2.2; 4 .1 0 ).
Ju lgam en to da N atu reza P ecam inosa
A n atu reza p ec a m in o sa foi ju lg ad a n a cruz e agora pod e ser co n tro lad a
pelo E spírito n a v id a d o crente. E m term os de su a po sição , o crente
participa d a cru cificação , m orte, sep u ltam en te e ressu rreição de C risto.
Perdão e Purificação
O cren te em Je su s tem p erd ão e p u rificação tan to n a ju stificação qu an to
n a san tificação por m eio do san gu e e d a co n tín u a in te rcessão de C risto
nos céus (1 Jo 1 .1 -2 .2 ).
Salv ação N acion al de Israel
O futuro Israel cren te terá seus p ec ad o s rem ovid os (R m 9 -1 1 ,
esp ecialm en te 11.25-29).
B ên ção s M ilenais e Eternas sobre os G en tios
A s b ê n ção s terren as m ilenais, qu e e stão assegu rad as a Israel, serão
partilh ad as pelos gentios (M t 2 5 .3 1 -4 6 ; A t 15.17; A p 2 1 .2 4 ).
O D esp ojam en to dos P rin cipados e Potestades
N a cruz C risto ob teve u m a vitória legal direta sobre S a ta n á s e su as h ostes
0 o 12.31; 16.11; E f 1.21; C l 2.1 4 -1 5 ).
O Fundam en to da Paz
A cruz produziu a paz entre D e u s e os seres h u m an os (Rm 5.1; E f 2 .1 3 - 14a;
C l 1.20), en tre ju d eu s e gen tios (E f 2.14-18; C l 3 .11) e paz universal
(1 C o 15.27-28; E f 2.14-15; C l 1.20).
Purificação das C o isas no C é u
A s “co isas” celestiais foram pu rificadas por cau sa d o sangu e de C risto
(H b 9 .2 3 -2 4 ).
68. Variedades do Universalismo
Reconciliação Universal
( s e g u n d o a lg u n s b a r t i a n o s )
S u s t e n t a q u e a m o r te d e C r is t o a lc a n ç o u o s e u p r o p ó sito d e
re c o n c ilia r t o d a a h u m a n id a d e c o m D e u s. Q u a lq u e r se p a r a ç ã o
q u e e x ista e n tre o se r h u m a n o e o s b e n e fíc io s d a g ra ç a d e D e u s
é d e n a tu r e z a s u b je tiv a , e x is tin d o s o m e n te n a m e n te d o ser
h u m a n o . A r e c o n c ilia ç ã o é u m fa to c o n s u m a d o .
Perdão Universal
(se g u n d o C . H . D o d d )
S u s t e n t a q u e D e u s , s e n d o a m o r o s o , n ã o ir á a te r - s e
r e s o lu t a m e n t e à s c o n d i ç õ e s q u e e s t a b e l e c e u . E m b o r a
t e n h a a m e a ç a d o c o m a p u n i ç ã o e t e r n a , n o fim e le irá
c e d e r e p e r d o a r a t o d o s . D e u s ir á t r a t a r t o d a s a s p e s s o a s
c o m o se t iv e s s e m c r id o .
Restauração Universal
( s e g u n d o O r íg e n e s )
E m a lg u m p o n t o d o ' f u t u r o t o d a s a s c o is a s s e r ã o r e s t a u r a d a s
a o s e u e s t a d o o r ig in a l e p r e t e n d id o . A s a l v a ç ã o p le n a
p o d e r á s e r p r e c e d i d a d e c i c lo s d e r e e n c a r n a ç ã o o u d e
a lg u m p e r ío d o d e p u r if i c a ç ã o n o in íc io d a v id a f u tu r a .
A Doutrina da Segunda Oportunidade
A o b r a d e C r i s t o é s u f ic i e n t e p a r a a s s e g u r a r a s a l v a ç ã o d o s
e le it o s , m a s a s a l v a ç ã o é a s s e g u r a d a e f e t i v a m e n t e p o r m e io
d a fé ( R m 1 0 .1 0 - 1 3 ) . T o d a s a s p e s s o a s , m e s m o a q u e l a s q u e
o u v i r a m e r e je it a r a m , s e r ã o c o n f r o n t a d a s c o m a s
r e i v in d i c a ç õ e s d e C r i s t o n a v i d a f u t u r a . E v i d e n t e m e n t e ,
t o d o s o s q u e t i v e r e m t a l o p o r t u n i d a d e ir ã o a c e it á - la .
Bênçãos Temporais Universais
O s b e n e f íc io s n a t u r a is d o m u n d o t a m b é m s ã o d e s f r u t a d o s
p o r t o d o s . E s s e s b e n e f íc io s in c lu e m o so l, a c h u v a , b o a
s a ú d e e t c ., e s ã o r e s u lt a d o d a g r a ç a c o m u m d e D e u s .
E s s a s c o is a s s ã o d a d a s p o r D e u s p o r c a u s a d o c a r á t e r d e
D eu s.
Argumentos a Favor
E r id íc u lo i m a g i n a r q u e u m D e u s v iv o , t o d o - p o d e r o s o
Argumentos Contra
D e u s n ã o f a r á n a d a q u e c o n t r a d i g a q u a lq u e r u m d e se u s
e s o b e r a n o p o d e r i a c r ia r u m s is t e m a p e lo q u a l u m a
a t r ib u t o s . A s s i m , a fim d e h a r m o n iz a r o s e u p e r fe it o a m o r
p a r t e d a h u m a n i d a d e (o a u g e d a s u a c r ia ç ã o ) se r ia
e a s u a p e r f e it a ju s t i ç a e le c o n c e b e u o s i s t e m a d e r e d e n ç ã o
c o n d e n a d a à p u n iç ã o e te rn a .
e x p o s t o n a s E s c r i t u r a s . D e v e m o s a c e i t a r o r e g is tr o b íb lic o
e n ã o n o s s o s p r ó p r io s r a c i o c í n i o s fin ito s .
E in ju s t o c o n d e n a r o s n ã o - s a l v o s à p u n i ç ã o e t e r n a c o m o
D e u s é o p a d r ã o f in a l d e ju s t i ç a , e n ã o o s e r h u m a n o .
r e s u l t a d o d e s u a v i d a r e l a t i v a m e n t e b r e v e n a te r r a .
S e u m D e u s t o d o - p o d e r o s o e s o b e r a n o d e s e ja q u e t o d a s
E m b o r a D e u s d e s e je a s a l v a ç ã o d e t o d a a h u m a n i d a d e , a s
a s p e s s o a s s e ja m s a lv a s (1 T m 2 .3 - 4 ; 2 P e 3 .9 ) , e n t ã o
p e s s o a s d e v e m r e s p o n d e r à o f e r t a d i v i n a d e s a lv a ç ã o , e
s e g u r a m e n t e t o d o s s e r ã o s a lv o s .
m u it o s n ã o o f a z e m ( Jo 5 .4 0 ) .
A m o r t e d e C r i s t o a b s o lv e u t o d a a h u m a n i d a d e d e s u a
O c o n t e x t o d o s d o is v e r s í c u lo s m o s t r a c la r a m e n t e q u e o s
c o n d e n a ç ã o d i a n t e d e D e u s , a s s im c o m o A d ã o le v o u
b e n e f íc i o s d a m o r t e d e C r i s t o s ã o p a r a o s q u e e s t ã o e m
t o d a a r a ç a h u m a n a a o p e c a d o ( R m 5 .1 8 ; 1 C o 1 5 .2 2 ) .
C r is t o , a s s im c o m o a s p e n a l i d a d e s d o p e c a d o d e A d ã o s ã o
p a r a a q u e le s q u e e s t ã o e m A d ã o .
68* Variedades do Universalismo (continuação)
Argumentos a Favor
O te m a d o N o v o T e sta m e n to é o a m o r so b e r a n o d e
Argumentos Contra
C o n c o r d a m o s , D e u s t e m a m o r in f in it o , m a s e le ta m b é m
D e u s . S e o s e u a m o r é s o b e r a n o , e le d e v e se r
te m ju s t iç a e s a n t id a d e . E le j á c o n c e b e u u m p la n o
in t e ir a m e n t e v it o r io s o . D iz e r q u e o a m o r d e D e u s
c o n s i s t e n t e c o m t o d o s o s s e u s a t r i b u t o s in fin ito s .
n ã o é c a p a z d e a s s e g u r a r a s a l v a ç ã o f in a l d e t o d a a
D e p e n d e d o se r h u m a n o a c e i t a r o p l a n o d e D e u s a o
h u m a n i d a d e p r e s s u p õ e u m D e u s fin ito .
in v é s d e c o n c e b e r o s e u p r ó p r io p l a n o e c h a m a r D e u s
d e in ju s t o se e le n ã o o a c e ita r .
C r is t o p a g o u a p e n a l i d a d e d o p e c a d o e m f a v o r d e t o d a
A m o r t e s u b s t it u t iv a d e C r i s t o fo i s u f ic i e n t e p a r a a s a l v a ç ã o
a h u m a n i d a d e ( H b 2 .9 ) e , le g a lm e n t e , s e u m a
d e t o d o s (2 C o 5 .1 9 ) ; t o d a v i a , c a d a p e s s o a d e v e c r e r a
s u b s t i t u i ç ã o t ã o a d e q u a d a é r e a liz a d a e a c e i t a , é
fim d e q u e e la s e ja e fic a z a s e u f a v o r (v. 2 0 ) .
in ju s t o q u e o c r e d o r t a m b é m e x ija o p a g a m e n t o
o r ig in a l.
O a t r ib u t o m a is a b r a n g e n t e d e D e u s é o a m o r. O s e u
A E s c r i t u r a n u n c a se r e fe re à h a b i t a ç ã o d o s i n c r é d u l o s a p ó s
ju íz o é a p e n a s u m in s t r u m e n t o t e m p o r á r io p a r a
a m o r t e c o m o u m lu g a r d e r e fo r m a . E la é s e m p r e d e s c r i t a
r e fo r m a r a s p e s s o a s im p e n it e n t e s , s e n d o a s s im e le
c o m o u m lu g a r d e d e s t r u iç ã o e p u n i ç ã o ( M t 2 5 .4 6 ; L c
p r ó p r io m o t i v a d o p e lo a m o r. P o r fim , t o d a s a s p e s s o a s
1 6 .1 9 - 3 1 ) . A ú n ic a r e fe r ê n c ia a u m e n c o n t r o d e C r i s t o
s e r ã o r e fo r m a d a s , q u e r n e s t a v id a , q u e r n a v i d a f u t u r a ,
c o m o s d e s c r e n t e s a p ó s a m o r te d o s m e s m o s e s t á e m 1
e d e s s e m o d o a o f in a l t o d o s s e r ã o s a lv o s .
P e d r o 3 .1 9 , e e s s a p a s s a g e m a p li c a - s e q u a n d o m u i t o
s o m e n t e a o s d e s c r e n t e s d o s d ia s d e N o é .
P o r fim , t o d a a h u m a n i d a d e ir á crer, s e ja n e s t a v i d a o u
n o p o r v ir (F p 2 .1 0 - 1 1 ; 1 P e 3 .1 9 - 2 0 ) .
A m o r t e d e C r is t o to r n o u t o d a s a s p e s s o a s p a s s í v e i s d e
s e r e m s a lv a s (2 C o 5 .1 9 ) . T o d a v ia , o s e r h u m a n o p r e c i s a
c r e r a fim d e se r s a lv o (v. 2 0 ) .
M u it o s n ã o h a v e r ã o d e c r e r n e s t a v id a , m a s o p o r v ir
o fe re c e rá u m a se g u n d a o p o r tu n id a d e .
A s c o n s t a n t e s r e fe r ê n c ia s b íb lic a s à “ fé s a l v a d o r a ” in d ic a m
c la r a m e n t e q u e a lg u n s n ã o ir ã o c r e r Q o 1 .1 1 - 1 2 ; 3 .1 8 ;
2 0 .3 1 ) .
A s p a la v r a s d e J e s u s in d ic a m c l a r a m e n t e q u e a lg u n s v ã o
p a r a a v id a e t e r n a e o u t r o s p a r a a p u n i ç ã o e t e r n a . A l é m
d is s o , e m M a t e u s 2 5 .4 6 a p a la v r a t r a d u z i d a c o m o e t e r n o
é a io n o s, q u e s ig n ific a “ r e fe r e n te à o r d e m f in a l d a s c o is a s
q u e n ã o ir á a c a b a r ” .
A s a d v e r tê n c ia s q u a n to à “ p e r d iç ã o ” s ã o m e r a m e n te
h ip o t é t ic a s e c o n s t i t u e m u m a d a s m a n e ir a s p e la s
O u tra s p a ssa g e n s do N o v o T e sta m e n to a p o n ta m p ara a
d e s t r u i ç ã o d o s n ã o - e le i t o s ( R m 9 .2 2 ; 2 T s 1 .9 ; A p 2 1 .8 ) .
q u a is D e u s a s s e g u r a a s a l v a ç ã o u n iv e r s a l d e t o d a a
h u m a n id a d e .
C r i s t o e o s a p ó s t o lo s c o n s t a n t e m e n t e a d v e r t i a m a s p e s s o a s
a c e r c a d a ir a e d o ju íz o d e D e u s c o n t r a o p e c a d o ,
c h a m a n d o - a s c o m u r g ê n c ia a o a r r e p e n d i m e n t o .
P o r t a n t o , s e o u n iv e r s a lis m o f o r v e r d a d e i r o , C r i s t o e o s
a p ó s t o lo s e r a m i g n o r a n t e s o u i n t e ir a m e n t e e n g a n o s o s .
69. Concepções Acerca da Santificação
Randy Gleason. Adaptado e usado mediante permissão.
70. Cinco Concepções Acerca da Santificação
P onto de P artida
A O b ra de D eu s
A R esp o n sab ilidad e H u m an a
Efeitos da S an tificação
A E x ten são da S an tifica ção
W esleyana
A santificação com eça na
conversão (novo
nascim ento), quando a
pessoa responde à graça
preveniente de D eus para
a salvação (19, 2 5 ).*
A santificação é uma obra da
graça de Deus. O Espírito
San to opera a regeneração
do coração do crente,
levando-o da rebelião ao
am or total. A pós a salvação
(a resposta hum ana à graça
preveniente de D eus), Deus
concede ao ser hum ano a
graça santificadora para
capacitá-lo a evitar o
pecado deliberado (25).
O ser hum ano está obrigado
a fazer a vontade de D eus
(27). Ele deve ser san to (1
Pe 1.15-16) e revestir-se do
“novo homem” (Ef 4 .22,24).
Pela contínua desobediência
a D eus pode-se perder a
salvaçao. O cristão deve
“cumprir a lei com base
na fé” (27).
A santificação produz amor
em ação (27). O ser hum ano
é libertado do poder da lei
(27). O Espírito San to
com unica aos crentes a
natureza de D eus e lhes
concede um a vida de amor;
dá-lhes um novo coração,
fazendo-os am ar em vez
de desobedecer (28).
O cristão deve atingir um ponto
em que ele não peca
deliberadamente contra Deus
(Mt 5.48; 6.13; Jo 3.8) (15).
N esse momento cessa a luta
entre o bem e o mal (17). Esse
é um estado de “inteira
santificação” (17-19). Somente
na segunda vinda de Cristo o
crente será aperfeiçoado em
termos de suas deficiências
desconhecidas.
R e fo rm ad a
A santificação com eça na
conversão por meio da fé
salvadora (61-62).
D eus nos renova à sua
sem elhança, conform andonos com C risto (Rm 8.29).
É um processo contínuo,
no qual o Espírito Santo
atua em nós (2 C o 3.18).
O ser hum ano deve seguir o
exem plo de Cristo (67). Ele
deve servir aos membros do
corpo de Cristo (Jo 13.1415). Ele tam bém deve
revestir-se do sentim ento
de C risto (Fp 2.5-11). O
ser hum ano precisa cooperar
com a obra de D eus nele,
expressando gratidão pela
salvação (85).
O cristão já não tem o seu velho
eu, que foi crucificado (Rm
6.6). Por meio da santificação,
o cristão é genuinamente
novo, em bora não seja uma
pessoa totalmente nova (74) •
A santificação continua por
toda a vida, e por ela a pessoa
é renovada. Por exemplo, a
pessoa é capaz de resistir ao
pecado (82). Além disso,
D eus conforma o crente à
sua imagem (Rm 8.29).
Pela santificação, o crente
torna-se mais sem elhante
a Cristo. N o entanto, a
perfeição não é alcan çada
nesta vida (84). O crente
deve continuar a lutar contra
o pecado enquanto viver
(G1 5.16-17).
P en tecostal
O s pentecostais holiness crêem
que um a segunda obra do
Espírito San to santifica o
crente em uma experiência
de crise na qual o pecado
original é inteiram ente
rem ovido (108-9, 134).
O utros pentecostais (com o
as Assem bléias de Deus)
afirm am que os crentes que
já receberam nova vida por
m eio do Espírito (salvação)
mais tarde recebem um
batism o capacitador do
Espírito San to que inicia
neles uma vida de
crescim ento espiritual (193).
Essa obra posterior do
Espírito é contínua, e não
um a única experiência de
crise (109-10).
D eus produz um batism o no
Espírito (a obra inicial da
santificação) para produzir
crescim ento (118). O
sangue de C risto também
nos purifica do pecado
continuam ente (1 Jo 1.7)
(117). A Palavra de Deus
tam bém produz
santificação no crente
(120).
O ser hum ano deve cooperar
com o Espírito San to,
apresentando-se a D eus
(Rm 12.1-2) (120).
D evem os obedecer a D eus
constantem ente (126).
Isso inclui mortificar as
coisas pecam inosas que
pertencem à nossa
natureza terrena (1 Ts 4.3-4)
(117).
A santificação é ao mesmo
tem po progressiva e uma
questão de posição (113-14).
A santificação é instantânea
no sentido de que
im ediatam ente separa o
crente do pecado para Deus
(Cl 2.11-12) (115-16). A
santificação é também
progressiva, pois por meio
dela D eus continua a
purificar-nos do pecado
d Jo 1.7) (117).
O alvo da santificação é a
“inteira santificação”, pela
qual o crente alcan ça o
“pleno desejo e determ inação
de fazer a vontade de D eu s”
(124). O crente ainda é
tentado e ainda conserva a
sua velha natureza durante
toda a sua vida terrena
(124).
*O s números entre parênteses indicam as páginas de Melvin E. Dieter e outros, Five Views on Sanctification [Cinco Concepções Acerca da Santificação] (Grand Rapids: Zondervan, 1987). Usado mediante permissão.
70. Cinco Concepções Acerca da Santificação (continuação)
P on to de Partida
A O bra de D eu s
A R esp o n sab ilid ad e H u m an a
K esw ick
A santificação com eça no
m om ento em que se crê
(com a salvação).
D eus (Pai, Filho e Espírito
San to) vem habitar com
o crente e o renova
segundo a sem elhança
de D eus (174).
O ser hum ano deve viver no
Espírito para receber toda
a plenitude de D eus (Ef
3.19). O alvo primordial
da vida do cristão deve ser
o de ter um íntimo
relacionam ento com
D eus (166).
O cristão “norm al” (que está
sendo santificado) deve ter
uma vitória contínua sobre
pecados conhecidos (15 3).
A velha natureza n ão está
erradicada, m as é
contrabalançada pela obra
do Espírito San to no crente
(157). A santificação é tanto
em termos de posição (perdão,
justificação, regeneração [a
n ova vida recebida]) quanto
de experiência (nosso
cham ado à santidade, 2 C o
7.1). O ser hum ano ainda é
influenciado pelo pecado, mas
n ão está necessariam ente sob
seu controle (174). A pessoa
tem um novo potencial - a
capacidade de escolher
corretam ente e de fazê-lo
consistentem ente (178).
O crente não irá alcançar a
perfeição nesta vida, mas
deve experim entar êxito
consistente em vencer o
pecado (155). A vida do
cristão deve ser controlada
pelo Espírito San to (155).
A santificação total não irá
ocorrer até a segunda vinda
de C risto (1 Jo 3.2) (160).
A go stin ian a
D isp e n sac io n alista
A santificação com eça por
ocasião da conversão (fé
salvadora) (205).
N a regeneração (no
m om ento da salvação),
D eus prepara o indivíduo
para a santificação
experiencial (209). O
batism o do Espírito San to
coloca o crente no corpo
de C risto, capacitan do-o
a ter com unhão, receber
poder espiritual, dar fruto
etc. (213). O Espírito
habita todos os crentes e
tam bém enche aqueles
que se rendem a ele
voluntariam ente (218).
Por causa da habitação
do Espírito, o cristão pode
crescer em santificação.
O ser hum ano tem a
responsabilidade de andar
no Espírito (dependendo
continuam ente do poder
do Espírito) (220).
Utilizando o poder de Deus,
os cristãos devem evitar o
pecado, que entristece o
Espírito que neles habita
(219). D evem os estar
prontos a seguir a vontade
e a direção de D eus para
as nossas vidas (219). Os
crentes de hoje devem
refletir a santidade de
D eus com o um exemplo
da graça de D eus (226).
O cristão tem duas naturezas,
a carne e o espírito, que são
opostas entre si (Rm 7) (203).
A s duas naturezas do ser
hum ano são paralelas às duas
naturezas de C risto (hum ana
e divina) (203-4). O crente
recebe um “novo eu” , uma
nova vida que brota da sua
nova natureza (Cl 3.9-10)
(208).
O s cristãos não irão receber
perfeição com pleta até que
estejam no céu (Ef 5.25-27;
1 Jo 3.2).
E feitos da S an tifica ção
A E x ten são da San tificação
71. O Fundamento da Igreja
Posição 1
Posição 2
Posição 3
“A Pedra” = Pedro
“A Pedra” = C risto
“A Pedra” = a co n fissão de Pedro
S u ste n ta d a por T ertuliano, C ip rian o,
V atican o I e II
S u ste n ta d a por A g o stin h o , C alvin o, Zuínglio
S u ste n ta d a por C risó sto m o , Zahn
A rgum en tos a favor:
C risto estav a se dirigindo a Pedro q u an d o
falou da pedra.
Petros (Pedro) significa u m a p eq u en a rocha.
D e aco rd o com o cato licism o rom ano, Pedro
foi o prim eiro p ap a.
A rgum en tos contra:
A rgum entos a favor:
P assagen s com o 1 C o rín tio s 3.1 1 ; 1 Pedro 2.4-8.
Petra é ap licad a m etaforicam en te a C risto no
N o v o T estam en to.
C risto faz u m a d istin ção en tre petros e petra.
A rgum entos contra:
A rgum entos a favor:
C risto agradou -se d a co n fissão de Pedro (M t 16.1618).
O ofício d a preg ação foi estab elecid o sobre a
co n fissão de Pedro.
A rgum en tos contra:
H á u m a diferen ça en tre petros (um a p eq u en a
pedra) e petra (u m a grande p e d r a ).
C risto pod e n ão ter falad o e x atam en te essas
p alavras, já qu e ele falav a aram aico.
Pedro n egou a m orte im in en te de C risto (M t 16.2223).
Pedro ch am a a C risto de fu n d am en to (1 Pe
2 .4 -8 ).
C risto n u n c a afirm a ser a roch a.
O ofício d a preg ação foi estab elecid o m u ito an tes
d a co n fissão de Pedro.
Pedro n u n ca afirm ou ser papa.
1 C o rín tio s 3.11 torn a im possível que Pedro
seja o fu n d am en to d a igreja.
72. Uma Comparação Dispensacional entre Israel e a Igreja
Israel
Igreja
Nenhum deles representa a totalidade do programa de Deus.
Semelhanças
Ambos participam do programa mais amplo do reino de Deus.
Ambos visam glorificar a Deus, embora de maneiras diferentes.
Existe uma continuidade entre as duas entidades.
D
R elação
Relacionamento baseado no
nascimento físico
Relacionamento baseado no
nascimento espiritual
Chefia
Abraão
Cristo
Nacionalidade
Uma nação
De todas as nações
Interação
Divina
Nacional e individual
Salvação individual, mas
relacionamento no corpo de
Cristo
Dispensações
A partir de Abraão
Restrita somente à presente era
Princípio
Regente
Incorporado na aliança mosaica
(no futuro, a nova aliança)
Um sistema de graça que inclui a lei
T
I
s
T
T
JL
N
ç
o
E
s
73. A Igreja Local Contrastada com a Igreja Universal
Visível
Invisível
Membros: salvos e perdidos
Membros: somente os salvos
Somente pessoas presentemente vivas
Tanto os mortos quanto os vivos em Cristo
Muitas igrejas locais
Somente uma igreja universal
Diferentes denominações
Nenhuma denominação específica
Parte do corpo de Cristo
Todo o corpo de Cristo
Diíerentes tipos de governo
Cristo é o único cabeça
Ministra as ordenanças (ou sacramentos)
Ordenanças cumpridas (por ex., 1 Co 11.23-26;
Ap 19.9)
74. Analogias entre Cristo e a Igreja
Igreja
Cristo
Passagem
Terminologia
Cabeça
Corpo
Colossenses 1.18a
“Ele é a cabeça do corpo, da igreja”.
Pedra Angular
Templo
Efésios 2.20-21
“... sendo ele mesmo, Cristo Jesus,
a pedra angular”.
Amado
Virgem
2 Coríntios 11.2
“... vos tenho preparado para vos
apresentar como virgem pura a
um só esposo, que é Cristo”.
Noivo
Noiva
Apocalipse 21.9
“Vem, mostrar-te-ei a noiva, a
esposa do Cordeiro”.
Governante
(implícito)
Cidade
Apocalipse 21.9-10
“... e me mostrou a santa cidade,
Jerusalém, que descia do céu,
da parte de Deus”.
Possuidor
Povo
Tito 2.14
"... e purificar para si mesmo um
povo exclusivamente seu”.
Pastor
Rebanho
1 Pedro 5.2-4
“Pastoreai o rebanho de Deus...
Logo que o Supremo Pastor se
manifestar, recebereis a
imarcescível coroa da glória”.
Primogênito
Família
Efésios 2.19
“... sois da família de Deus”.
Colossenses 1.18b
“Ele é o princípio, o primogênito
de entre os mortos”.
Criador
Novo Homem
Efésios 2.15
“... para que dos dois criasse, em si
mesmo, um novo homem”.
Fundador
(implícito)
Povo Eleito
1 Pedro 2.9
“Vós, porém, sois raça eleita, ...
nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus”.
Sumo Sacerdote
Sacerdócio Real
Hebreus 4.14
“Tendo, pois, a Jesus, o Filho de
Deus, como grande sumo
sacerdote.” “... sacerdócio real...”
1 Pedro 2.9
Herdeiro
Herança
Efésios 1.18
“... a riqueza da glória da sua
herança nos santos”.
75. Os Ofícios de Presbítero e Diácono - Qualificações e Deveres
Qualificações
Hospitaleiros
Aptos para ensinar
1 Timóteo 3.2; Tito
1.8
1 Timóteo 3.2; 5.17;
Tito 1.9
Sóbrios
Tenham bom
testemunho dos
de fora
N ão arrogantes
1 Timóteo 3.2;
Tito 1.8
1 Timóteo 3.7
D iácon os e
Presbíteros
Presbíteros
Que tenham filhos
obedientes
N ão avarentos
Inimigos de contendas
N ão sejam neófitos
1 Timóteo 3.3
1 Timóteo 3.3
1 Timóteo 3.6
Não irascíveis
Amigos do bem
Justos e piedosos
Que tenham domínio
de si
Tito 1.7
Tito 1.7
Tito 1.8
Tito 1.8
Tito 1.8
Irrepreensíveis
Esposos de uma só
mulher
Temperantes
Respeitáveis
N ão dados ao vinho
Que governem bem
a própria casa
1 Timóteo 3.2,9;
Tito 1.6
1 Timóteo 3.2,12;
Tito 1.6
1 Tim óteo 3.2,8;
Tito 1.7
1 Timóteo 3.2,8
1 Timóteo 3.3,8;
Tito 1.7
1 Timóteo 3.4,12;
Tito 1.6
N ão cobiçosos de
sórdida ganância
Apegados à palavra
fiel
De uma só palavra
Experimentados
1 Timóteo 3.8
1 Timóteo 3.10
Não violentos, porém
cordatos
1 Timóteo 3.3; Tito 1.7
D iácon os
1 Timóteo 3.4-5,
12; Tito 1.6
1 Timóteo 3.8;
Tito 1.7
1 Timóteo 3.9;
Tito 1.9
Deveres
Presbíteros
D iácon os
Administrativos presidir a igreja
Pastorais - pastorear
a igreja
Educacionais ensinar a igreja
Oficiativos - dirigir
os ofícios da igreja
Representativos representar a igreja
1 Timóteo 5.17;
Tito 1.7
1 Pedro 5.2; Judas 12
Efésios 4.12-13; 1
Timóteo 3.2
Tiago 5.14
Atos 20.17;
1 Timóteo 5.17
Socorrer os pobres
Liberar os presbíteros
Atos 6.1 -6
Atos 6.1-4
76. Qualificações Funcionais dos Presbíteros e Diáconos
Em Relação a Deus
J
1 Timóteo 3.9; Tito 1.9
Irrepreensíveis
1 Timóteo 3.2,9; Tito 1.6
justos e piedosos
Não sejam neófitos
Tito 1.8
1 Timóteo 3.6
Aptos para ensinar
1 Timóteo 3.2; 5.17; Tito 1.9
Amigos do bem
Apegados à palavra fiel
Tito 1.8
Experimentados
1 Timóteo 3.10
Em Relação aos Outros^)
De um a só palavra
N ão violentos, porém cordatos
1 Timóteo 3.8
1 Timóteo 3.3; Tito 1.7
Respeitáveis
1 Timóteo 3.2,8
Tenham bom testemunho dos de fora
Hospitaleiros
1 Timóteo 3.2; Tito 1.8
N ão arrogantes
Inimigos de contendas
N ão cobiçosos de sórdida ganância
1 Timóteo 3.3
1 Timóteo 3.8; Tito 1.7
1 Timóteo 3.7
Tito 1.7
Em Relação a Si Mesmos^)
Sóbrios
1 Timóteo 3.2; Tito 1.8
Que tenham domínio de si
Tito 1.8
Temperantes
1 Timóteo 3.2,8; Tito 1.7
N ão irascíveis
N ão avarentos
Não dados ao vinho
1 Timóteo 3.3,8; Tito 1.7
Tito 1.7
1 Timóteo 3.3
Em Relação à Família ^
Esposos de uma só mulher
Que governem bem a própria casa
1 Timóteo 3.2,12; Tito 1.6
1 Timóteo 3.4,12; Tito 1.6
Que tenham filhos obedientes
1 Timóteo 3.4-5,12; Tito 1.6
77. O Ofício de Presbítero
A ssunto
Palavra grega: presbyteros;
literalmente, “pessoa mais velha”
Q ualificações do
Presbítero
Vida irrepreensível
(comportamento
íntegro:
Tt 1.6-8; 1 Tm 3.2,9)
Cordato (não agressivo,
paciente: 1 Tm 3.3;
Tt 1.7-8)
Amigo do bem (não dado ao
vinho, nem avarento, injusto,
egoísta: 1 Tm 3.3; Tt 1.8)
Homem de família que tem uma
esposa e filhos fiéis (1 Tm 3.2,4;
Tt 1.6)
1 Timóteo 3.1-7
Tito 1.5-9
Apegado à palavra (fiel à
doutrina: Tt 1.9)
Apto para ensinar (possui
conhecimento:
1 Tm 3.2)
Mente sóbria e sadia (reflete
sobre os problemas: 1 Tm
3.2; Tito 1.7)
Cristão maduro (somente os maduros
podem exercer a autoridade da
liderança: 1 Tm 3.6)
Deveres do Presbítero
Administrativos (presidir a
igreja como mordomo de
Deus: Tt 1.7; 1 Pe 5.2-3)
Pastorais (pastorear a igreja;
apascentar o rebanho: At 20.
28; 1 Pe 5.2)
A A utoridade
A autoridade do presbítero é espiritual; sua autoridade não é
eclesiástica - isto é, não é fundamental para a existência ou
continuidade da igreja.
do Presbítero
N úm ero dos
Presbíteros
Nos tempos antigos, os idosos eram governantes.
O termo tomou-se um título dado a qualquer
governante, de qualquer idade.
A pluralidade de presbíteros era comum nas antigas
igrejas do Novo Testamento (At 14.23; 20.17;
Fp 1.1; Tt 1.5).
Uso no N.T.: ofícios de liderança em geral: os anciãos
da nação judaica (Atos 4.8), os presbíteros da igreja
cristã (At 14-23).
Educacionais (ensinar a igreja,
corrigir, exortar: 1 Tm 3.2;
Tt 1.9)
Oficiativos (liderar a igreja,
presidir sobre a igreja:
Tg5.14)
Não se dispõe que a igreja
deva eleger um número
definido.
Aquele que aspira a esse oficio, almeja
uma “excelente obra” (1 Tm 3.1).
A igreja deve realizar um exame cuidadoso para verificar se a vida do candidato confere com as
qualificações (1 Tm 3.1-13; Tt 1.5-9).
O rdenação do
“Ordenação”: deve referir-se ao ato de
“nomear”, e não a uma cerimônia
formal de investidura no oficio.
A cerimônia de ordenação é como
segue: imposição de mãos, oração,
jejum, leitura das qualificações,
votos.
A D ignidade do
Presbítero
A Responsabilidade
Os presbíteros da igreja devem dirigir a
cerimônia, assim como devem fazer
em todas as reuniões oficiais.
R ecom pensas
Presbiterato colegiado aparentemente
com a mesma autoridade (Tg 5.14)
A duração da liderança não é
especificada.
A ordenação é o reconhecimento da igreja da
aptidão espiritual de seus oficiais eleitos
(At 6.3-6).
Jesus foi chamado de “bispo” (1 Pe 2.25). Pedro foi chamado de “co-presbítero” (1 Pe 5.1). João era um presbítero (2 Jo 1). A igreja foi exortada a respeitar a dignidade desse oficio
(1 Ts 5.12-13; Hb 13.7,17,24).
0 presbítero deve ser considerado e deve considerar-se a si mesmo como vim mordomo de Deus (1 Co 4.1-2; Tt 1.7).
do Presbítero
do Presbítero
Deve ser um homem (as mulheres não
têm permissão para presidir na igreja:
1 Tm 2.11-12)
A autoridade do presbítero está
limitada à igreja local que o elegeu.
Eleição do Presbítero
Presbítero
Boa reputação junto aos de fora da igreja;
piedoso dentro e fora (1 Tm 3.7)
Representativos (representar a igreja
quando necessário: At 20.17-31)
A autoridade do presbítero é delegada pela igreja. O presbítero não
tem outra autoridade na igreja a não ser aquela que lhe é dada pela
igreja. Ela é concedida pela igreja e pode ser retirada dele pela igreja.
1 Timóteo 3.2 é um exemplo de presbiterato
singular: “bispo”. Porém, isso provavelmente
refere-se a um líder, um presidente dos
presbíteros/diáconos.
O presbiterato da igreja não provém
do presbiterato judaico.
Crescerá em sua autoridade (Lc 12.43-44). Também terá uma eterna coroa de glória que não é para todos os cristãos, mas para o presbítero fiel (1 Pe 5.1-4).
78. O Ofício de Diácono
Assunto
0 O fíc io d o D iá c o n o
Componentes/Apoio/Passagens
Diakonos significa aquele
que serve.
U so neotestam entário de diakonos (diakonoV ): “m inistro” ,
20 vezes (por ex., E f 3.7 ); “servo”, 7 vezes (M t 23.11; Jo 2.5);
“diácon o”, 3 vezes (Fp 1.1; 1 T m 3 .8 ,1 2 ).*
Caráter: 1 Tim óteo 3.8
Respeitável, de uma só palav ra, não inclinado
a m uito vinho, não cobiço >0, apto para gerir
os recursos para os pobres, D eve adm inistrar
bem as questões financeiras da igreja em geral.
Q u a lific a ç õ e s d os
D iá c o n o s
1 T im ó t e o 3
R eputação: A tos 6.3
C onhecido com o alguém
cheio do Espírito San to
e de sabedoria.
Fé: 1 Tim óteo .9
D eve conservar o mistério da fé com a
consciência 1 m pa. N ão precisa ter o dom ou
a capacidade natural para o ensino, mas deve
entender e si stentar a doutrina.
Discernimento: Tim óteo 3.2-4
Pessoa de bom d scernimento.
Sen sato, sóbrk 3, disciplinado.
Espiritualidade: A tos 6.3
C heio do Espírito. C uidar dos
recursos para os pobres e ser vir
as mesas requer m ais que tir o
em presarial e sabedoria dest
mundo.
D e v e r e s d o D iá c o n o
Socorrer os pobres. A responsabilidade da igreja local é ajudar os seus
próprios pobres. A tos 6.1-6 e 1 Tim óteo 3.8 sugerem que os diáconos
devem gerir os fundos da igreja.
E le iç ã o d o s D iá c o n o s
É necessário um período de experiência
(1 T m 3.10).
O M a n d a to d o s
D iá c o n o s
A duração do m andato n ão é especificada.
A D ig n id a d e d o s
D iá c o n o s
O próprio título em plica em grande
honra.
A s R e c o m p e n sa s
d o s D iá c o n o s
B oa reputação, respeito (1 T m 3.7-8), sabedoria e ousadia (A t 6.8-10).
* 0 uso pode variar, de acordo com a tradução da Bíblia utilizada.
O termo refere-se a um
ofício especial de
serviço na igreja.
Possível origem: os sete
servos de A tos 6.1-6.
Relaç ões familiares: 1 T im óteo 3.12
A s m esmas expectativas que o presbítero deve
sat isfazer. D eve ser esposo de um a só mulher e
go\ 'em ar bem os filhos. Isso gera confiança na igreja,
um a vez que o diácono cuida das coisas da igreja.
Sexo: 1 Tim óteo 3.11
A s mulheres são elegíveis para esse ofício.
Elas devem ter qualificações especiais.
N ão devem ser m aledicentes porque boa
parte do seu serviço inclui visitação. Ver
Rom anos 16.1 - Febe.
O utra concepção é a de que esta passagem
se refere às esposas dos diáconos em vez
de diaconisas.
Liberar os presbíteros. O diacon ato está entre os diversos ministérios que
perm item aos presbíteros se concentrarem na esfera espiritual da igreja.
A eleição formal é feita pela igreja
(At 6.1-6).
N a igreja primitiva sempre havia pluralidade de diáconos
(At 6.1-6; Fp 1.1).
Serviço angélico (M t 4-11), com o aquele do próprio Senhor (M t 20.28).
79. Quatro Concepções sobre o Batismo com Agua
C a tó lic a R o m a n a
In stru m en to d a graça salvad ora
Posição
L u te r a n a
C o n ce d e a graça salv ad o ra àqu ele qu e exerce um a fé v erd ad eira
D eclaração da
Posição/
Sign ificado
do Batism o
“Q u er despertando ou fortalecen do a fé, o batism o efetu a a
lavagem da regen eração” . Para os católicos, isso ocorre no
batism o ex opere operato, ou seja, pela atu ação do próprio e le ­
m ento. A fé n ão precisa estar presente. A obra é som en te obra
de D eus n a pessoa. O batism o erradica tan to o p ecado original
q u an to os pecad os veniais e infunde graça santificadora.
P ara qu e o batism o seja eficaz, a fé salv ad o ra deve ser ex ercid a
an te s do batism o. S e m a graça salv ad o ra o batism o é ineficaz.
O b jetos
C rian ç as e ad u ltos
A d u lto s e crian ças
M odo
A sp ersão
A sp e rsão ou im ersão
Fun dam en tação
A tos 22.16 e T ito 3.5 fazem um a co n exão entre salvação e batismo.
A to s 2.41; 8.36-38; 10.47-48; 16.15,31-34; 18.8; R om an os 6.1-11
A to s 2.38 relacion a o arrependim ento e o batism o co m a salvação.
O u tra s bases bíblicas: Jo ã o 3 .5; R o m an o s 6.3; 1 C o rín tio s 6 .1 1 ;
1 Jo ã o 3.9; 5.8.
A p o io dos pais d a igreja: E pístola de B arn ab é, o P astor de
H erm as, Ju stin o, Tertuliano, C ip rian o. O C on cílio de Tren to
ap oiou essa p osição.
O b jeções
E fésios 2.8-9 diz qu e a salv aç ão é p ela graça m ed ian te a fé.
A ên fase do N o v o T estam en to é sobre a fé, à parte d as obras.
N o N o v o T e stam en to o b atism o está in tim am en te ligad o à
co n v ersão , m as n u n c a é um requ isito d a co n versão.
O s cren tes do N o v o T estam en to eram tod os adu ltos. N ã o há
nen h um exem plo claro de batism o infantil no N o v o
T estam en to.
E sta p o sição difere d a cató lica som en te co m respeito à fé. A
p o sição cató lica n ão requer fé salv ad o ra d a parte de q u em está
sen d o batizado. O b atism o é eficaz em e de si m esm o. M arco s
16.16 n ão reflete a n ecessid ad e do batism o. Em M arcos 16.16
som en te a incred u lidade co n d en a.
O u so do batism o co m o m eio de ob ter a graça n ão foi claram en te
en sin ad o por C risto ou por Paulo. Isso sugere que ele n ão é
essen cial. A s m u itas p essoas com qu em Je su s se relacion ou n ão
foram co n fro n tad as co m a n ecessidad e do batism o, m as som en te
co m a n ecessid ad e de fé.
A sso ciar o batism o e a fé co m vistas à salv aç ão transgride Efésios
2.8-9. E xiste o problem a das obras.
/
79. Quatro Concepções sobre o Batismo com Agua (continuação)
R e fo r m a d a
S in al e selo da alian ça
B a tis ta
Sím b o lo d a salv ação
D eclaração da
P osição/
Sign ificado
do B atism o
O s sa c ram en to s são sinais e selos exteriores d e u m a realidade
interior. “O batism o é o ato de fé pelo qu al som os in cluídos na
alia n ç a e assim ex p erim en tam os os seus b e n efício s” . O batism o
é a in iciaç ão na alian ça e um sinal d a salv ação .
É sim plesm en te um testem u n h o - a prim eira profissão de fé que
o cren te faz. O rito m ostra à co m u n id ad e qu e o indivídu o agora
está id en tificad o co m C risto . E um sím bolo de u m a realidade
interior, e n ão um sacram en to . N ã o ocorre nen h um efeito
ob jetivo sobre a pessoa.
O b jetos
C ria n ç as e adu ltos
A d u lto s cren tes e crian ças cren tes
M odo
A sp e rsão ou efu são
Im ersão
Fun dam en tação
O b atism o d á co n tin u id ad e à alian ça feita co m A b raão e su a
d escen d ên cia (G n 17.7). O batism o su bstitu i a circu n cisão
(A t 2.39; R m 4.1 3 -1 8 ; H b 6.13-18; C l 2.1 1 -1 2 ).
N o N o v o T estam en to, a fé salv ad o ra é sem pre um pré-requisito
d a salv ação .
P osição
Fam ílias inteiras foram in cluíd as n o b atism o, assim com o no
V elho T estam en to as fam ílias foram in cluídas n a alian ça
(A t 16.15,33; 18.19).
E xem plos do N o v o T estam en to m ostram cren tes ad u ltos send o
batizados.
O batismo por imersão ilustra melhor a morte e a ressurreição de Cristo.
M u itas p assagen s do N o v o T e stam en to d iscu te m a salv ação pela
fé à parte d o batism o (Lc 2 3 .4 3 ; A t 16.30-31; E f 2 .8-9).
O b jeções
A igreja e Israel n ão são a m esm a en tid ade.
A circu n cisão m arcav a a en trad a n a teo cracia, que incluía tan to
cren tes co m o descren tes.
A circu n cisão era som en te p ara os h om en s; o batism o é para
tod os os crentes.
O s cren tes do N o v o T e stam en to eram todos adu ltos. N ã o há
n en h u m exem plo claro de batism o infantil n o N o v o
T e stam en to.
O N o v o T estam en to tem exem plos de batism os de fam ílias, que
p rovavelm en te incluíam crian ças (A t 16.29-3 4 ).
A igreja prim itiva ap aren te m en te batizava crian ças n ão crentes
de pais cren tes.
M u itas p assagen s do N o v o T estam en to relacio n am estreitam en te
o b atism o co m a salv ação .
80. Quatro Posições Acerca da Ceia do Senhor (continuação)
T r a n su b sta n c ia ç ã o
P rincipais
D ocu m en tos
D e creto s do C o n cílio de Trento
M inis trante
A p rop riado
S a c e rd o te
Participan tes
P ão (óstia) p ara os m em bros da
igreja; o cálice n ão é d ad o aos
leigos
In terpretação
de “ Isto é o
m eu corp o”
In terp re tação literal
Pontos de
C on vergên cia
R e fo r m a d a
C o n s u b s ta n c ia ç ã o
M e m o ria l
C o n fissão de A u gsb urgo
C o n fissão de W estm inster
C o n fissão de Sch leith eim
C ate cism o M enor
S e g u n d a C on fissão H elvética
C o n fissão de D ord rech t
M in istro O rd e n ad o
P astor
P astor
Líderes d a igreja
Líderes d a igreja
S o m e n te os crentes
So m e n te os cren tes
S o m e n te os cren tes (alguns
gru pos praticam a co m u n h ão
restrita, em que os
p articip an tes d ev em ser
m em bros d a d en om in ação.
O u tro s praticam a
co m u n h ão ex clu siva, em
qu e se deve ser m em bro
d a igreja local).
In terp re tação literal
In terp retação n ão literal
In terp retação n ão literal
1. A C e ia d o S e n h o r foi instituída pelo próprio Je su s (M t 2 6.26-28; M c 14-22-24; Lc 2 2 .1 9 -2 0 ).
2. Je su s orden ou a rep etição d a C e ia d o S e n h o r (M t 2 6 .2 9 ).
3. A C e ia do S e n h o r p roclam a a m orte de Je su s C risto (1 C o 11.26).
4- A C e ia do S e n h o r co n ced e algum tipo de benefício espiritu al ao p articipan te.
80. Quatro Posições Acerca da Ceia do Senhor
T r a n su b sta n c ia ç ã o
C o n s u b s ta n c ia ç ã o
R e fo r m a d a
M e m o ria l
G ru p os
(T radições)
C a tó lic a R o m an a
L u teran a
P resbiteriana, o u tras Igrejas
R efo rm ad as
B atista, M e n o n ita
“ F u n d a d o r”
da P osição
Tom ás d e A q u in o
M artin h o Lutero
Jo ã o C alv in o
U lrico Zuínglio
P resen ça de
C risto
Pela co n sag raç ão do p ão e do
vinh o, o pão transform a-se
n o co rp o de C risto e o vinho
tran sfo rm a-se n o san gu e de
C risto. C risto está
v erd ad eiram en te e
su b stan cialm en te presen te
n os próprios elem entos.
O s elem en tos n ão se
tran sform am n a p resen ça de
C risto, m as ele está realm en te
presen te em , co m e sob os
elem en tos.
C risto n ão está literalm en te
presen te n os elem entos.
Ele e stá presen te esp iritu al­
m ente n a particip ação dos
elem en tos.
C risto n ão está presen te nos
elem en to s, seja literalm en te
ou espiritu alm en te.
Sign ificado
d a C e ia do
Sen h o r
A lim e n to espiritual para a ’
alm a; fortalece o p articipan te
e livra dos p ecad os ven iais.
C risto é sacrificad o em cad a
m issa p ara fazer ex p iação
pelos p ecad o s do
co m u n g an te .
O recipien te tem o perd ão dos
seus p ec ad o s e a co n firm ação
d a su a fé. A particip ação deve
incluir a fé, caso co n trário o
sac ram en to n ão traz n en h um
ben efício.
U m a co m e m o ração da m orte de
C risto qu e co n ced e g raç a para
selar os p articip an tes n o am or
de C risto . A ce ia proporcion a
alim en to espiritu al e lev a a
p esso a p ara m ais perto d a
p resen ça de C risto.
U m a co m e m o ração da m orte
de C risto. O particip an te
é lem b rad o dos benefícios
d a red en ção e salv ação
produzida p ela m orte de
C risto.
81. Disciplina Eclesiástica
“Muitas pessoas deixam de fazer uma clara distinção entre punição e disciplina, e existe uma
diferença muito significativa entre esses dois conceitos. A punição visa aplicar uma retribuição
por um erro cometido. A disciplina, por outro lado, visa incentivar a restauração da pessoa
envolvida no erro. A punição é concebida primariamente para vingar um erro e afirmar a justiça.
A disciplina é concebida primariamente como uma correção daquele que deixou de viver
segundo os pad“' í3s da igreja e/ou da sociedade”*.
Passagem
M a t e u s 1 8 .1 5 - 1 8
Problema
Procedimento
O p e c a d o d e u m “ ir m ã o ”
1. R e p r e e n s ã o e m p a r tic u la r
( n ã o d e f in id o )
2 . R e u n i ã o e m p a r tic u la r
Propósito
R e sta u ra ç ã o (g an h ar
“ a te u ir m ã o ”)
3. A n ú n c i o p ú b lic o
4 . E x c l u s ã o p ú b lic a
1 C o rín tio s 5
I m o r a lid a d e
1. L a m e n t a r c o le t iv a m e n t e .
R e s t a u r a ç ã o ( 5 .5 )
A vareza
2 . R e m o v e r d o g ru p o .
P u r i f ic a ç ã o ( 5 .7 )
I d o la t r ia
3 . N ã o se a s so c ia r .
E m b r ia g u e z
Fraud e
2 C o r ín t io s 2 .5 -1 1
N ã o c it a d o
A p ó s o a r r e p e n d im e n t o
s in c e r o :
R e s t a u r a ç ã o ( 2 .1 1 )
P r o t e ç ã o ( 2 .1 1 )
1. P e r d o a r
2. C o n fo rta r
3. A m ar
G á l a t a s 6 .1
“A l g u m a f a l t a ”
R e sta u ra r:
R e sta u ra ç ã o
1. C o m o p e s s o a s e s p ir itu a is
2. C o m bran d u ra
3 .C o m r e fle x ã o
2 T e s s a l o n ic e n s e s 3 .6 - 1 5
P r e g u iç a , m a le d i c ê n c i a
( “ s e in t r o m e t e m ” )
1. O b s e r v á - lo .
2. N ã o se a sso c ia r c o m ele.
R e s t a u r a ç ã o (“ p a r a q u e
f iq u e e n v e r g o n h a d o ” )
3 . A d v e r ti- lo (c o m o irm ão ,
n ã o c o m o i n im ig o ) .
1 T i m ó t e o 5 .1 9 - 2 0
D e n ú n c i a c o n t r a p r e s b ít e r o
se m te ste m u n h a s
1. N e c e s s i d a d e d e 2-3
te ste m u n h a s.
2 . S e o p e c a d o c o n tin u a r ,
P u r i f ic a ç ã o (“ p a r a q u e
t a m b é m o s d e m a is
te m a m ” )
r e p r e e n d e r d ia n te d e
to d o s .
T i t o 3 .9 - 1 1
C o m p o r t a m e n to fa c c io s o
1. A d m o e s t á - lo d u a s v e z e s.
2 . E v it á - lo (c o m o
p e r v e r t id o , p e c a m i n o s o ,
a u to -c o n d e n a d o ).
* Carl Laney, A Guide to Church Discipline [Guia sobre Disciplina Eclesiástica] (Minneapolis: Bethany, 1985), p. 79.
P r o t e ç ã o ( c o n t r a d iv is õ e s )
82. Fluxograma de Disciplina Eclesiástica
1. Imoralidade sexual aberta (1 Coríntios 5.1-13)
2. Conflitos pessoais não resolvidos (Mateus 18.15-20)
3. Espírito faccioso (Romanos 16.17-18; Tito 3.10)
4. Falsos ensinos (Gálatas 1.8-9; 1 Timóteo 1.20; 6.3-5; 2 João 9—11;
Apocalipse 2.14-16)
83. Termos Básicos sobre a Segunda Vinda de Cristo
Term os
“ P a r o u s ia ”
“A p o c a li p s e ”
R eferên cias B íb licas
1 T e s s a lo n ic e n s e s 3 .1 3
1 C o r ín tio s 1.7
1 T im ó t e o 6 .1 4
1 T e s s a lo n ic e n s e s 4 .1 5
2 T e s s a lo n ic e n s e s 1 .6 -7
2 T im ó t e o 4 .8
1 P e d ro 4 .1 3
T it o 2 .1 3 - 1 4
“ E p ifa n ia ”
Sen tid o Literal
“ e s ta r ju n t o ”
“p resen ça”
“ r e v e la ç ã o ”
“ a p a r e c im e n t o ”
Sen tid o Traduzido
“p resen ça”
“ r e v e la r ”
“ap arecer”
“ v in d a ”
“ch egad a”
84. Concepções Acerca do Arrebatamento
Pré-Tribulação
Declaração
da Posição
C risto virá para os seus san to s; d ep o is ele virá co m os seu s san to s. O p rim eiro e stág io d a vin d a de C risto é
c h a m a d o de arreb atam en to ; o se gu n d o é c h am ad o de re v e laç ão . A esco la m ais an tig a a ce n tu av a a q u estão
d a “ im in ên cia”. T o d av ia, atu alm en te o p o n to cru cial d e sta p o siç ão c o n c e n tra -se m ais n o asp e cto d a ira de
D e u s e se a igreja se rá c h a m a d a a ex p erim e n tar p arte d e la o u to d a ela d u ran te a tribu lação .
Proponentes
Jo h n F. W alvoord, J. D w igh t P en tecost, Jo h n Feinberg, P aul Feinberg, H e rm a n C oy t, C h arles Ryrie, R en e Pache,
H en ry C . T h iessen , L e o n W ood, H a l Lindsay, A lv a M c C la in , Jo h n A . S p ro u l, R ich ard M ayh u e.
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
A B íblia diz q u e o s cristão s (a igreja) e stã o isen to s d a ira divina
(1 T s 1 .1 0 ). E ssa isen ção não significa qu e a igreja n ão
e x p e rim e n ta p ro v açõ e s, persegu ição ou sofrim ento.
O s cristão s e stã o isen to s d a ira d e D e u s {ò p y q ) , m as a m aior
parte d o s te x to s q u e tratam d a trib u lação ( 8 \ ttpLç) referem -se
à trib u lação q u e os cren tes sofrem . Ise n ç ã o d a ira n ã o significa
ise n ção de trib u lação . A lé m d isso, se os cristão s e stã o isen tos
d a ira d a trib u lação , a q u eles q u e cressem d u ran te a tribu lação
teriam de ser arreb atad o s n o m o m e n to d a co n v ersão .
O s c r e n te s ta m b ém estão isentos d o tem po d a ira registrad o
e m A p o c a lip se 3 .10 . Isto é ap o iad o p ela m an eira co m qu e
a p r e p o siç ã o grega ek (éic) é u sad a n e sta p assagem .
O se n tid o n o rm ativ o d e ek ( èk ) é “ tirad o d o m eio d e ” e não
im plica em ser a fa sta d o d a p r o v ação . P ode sign ificar preservad o
d a trib u lação se m ser tirad o d a p ro v ação . A prep o sição norm al
co m o se n tid o d e “ m an te r afa sta d o d e ” é apó á n o ).
T o d a s a s p o siç õ es d e arreb atam en to trib u lacio n ista prevêem
u m rein o m ilenal. A posição p ré-trib u lação requ er que
c re n te s v iv o s e n ão glorificados en tre m n o reino, p ara assim
o re p o v o a re m (Zc 1 2 .1 0 -1 3 .1 ; R m 1 1 .2 6 ).
O s 144 m il d o A p o calip se p o d em p o v o ar a terra d u ran te a
é p o c a d o m ilênio.
E sta p o siç ã o faz u m a clara d istin ção en tre o arreb atam en to e
a re v e la ç ã o , u m intervalo de tem po. Isso é co n siste n te com
d ife ren tes p assagen s que tratam d esses d ois ev e n to s.
Q u a n to a o arreb atam en to: Jo 14.1-4; 1 C o 1 5.51-58 ; 1 Ts
4 -1 3 -1 8 ; q u a n to à revelação ou à se g u n d a v in d a de C risto:
Z c 14; M t 2 4 .2 9 -3 1 ; M c 13.24-27; L c 2 1 .2 5 -2 7 ; A P 19.
A “ b e n d ita esp e ra n ç a ” e o “g lorioso a p a re c im e n to ” sã o o m esm o
e v e n to (arre b atam e n to e r e v e la ç ã o ). O N o v o T e stam en to fala
de u m a se g u n d a v in d a, e n ã o de d u as vin d as o u de u m a vinda
em d ois e stág io s. A d istin ç ã o p o d e e star n a n atu reza dos
ev e n to s e n ã o em d ife ren ças d e tem po.
E sta p o siç ã o d á ên fase à im inência. C risto p o d e v o ltar a
q u a lq u e r m o m en to ; portanto, os cren tes têm u m a atitu d e
de e x p e c ta tiv a (T t 2.3). N ã o e x istem ad v ertên cias
p rep a rató ria s de u m a tribu lação p ró x im a p ara os cren tes
d a e ra d a ig reja (A t 20.29-30; 2 Pe 2.1 ; 1 Jo 4 .1 -3 ).
P ara os ap ó sto lo s e p ara a igreja prim itiva d u ran te e ssa é p o ca, a
im in ên cia e sta v a re la c io n a d a co m a se g u n d a v in d a de C risto.
A ssim , os d o is e v e n to s sã o co in cid e n te s e n ã o se p arad o s (M t
2 4 .3 ,2 7 ,3 7 ,3 9 ; 2 Ts 2.8; T g 5 .7 -8 ; 1 J o 2 .2 8 ). A d em ais, 2
T e ssalo n ic en ses 2 .1 -1 0 p o d e en u m erar e v e n to s qu e d ev e m ser
esp erad o s an te s d o arreb atam en to .
E sta p o siç ã o c o n te m p la um a trib u lação literal co n form e
m o stra d a e m A p o calip se 6 -1 9 . N ã o h á n en h u m a m en ç ão
à ig reja e m A p o c a lip se 4 - 1 8 (arg u m en to do silên cio).
B o a p arte d a lin g u agem de A p o c a lip se 6 - 1 9 é figu rad a; a
trib u lação tam b ém o p o d e ser. O argu m en to d o silên cio é um
racio cín io in eren tem en te fraco.
A q u e le q u e d eté m , m en cio n ad o em 2 T e ssalo n icen ses 2.1-12,
é o E sp írito S a n to qu e habita n a igreja. E le p recisa rem ovê-la
(a igreja) a n te s d o início da tribu lação .
O m in istério d e h a b ita ç ã o d o E spírito S a n to n ão é eq u iv alen te à
su a ob ra de re te n ção . A lé m d isso, o te x to n ão eq u ip ara
claram e n te o qu e d eté m co m o E spírito S an to , ou a rem o ção
d a r e te n ç ã o co m o a rreb atam en to d a igreja.
(
Várias partes desta tabela foram adaptadas de Millard J. Erickson, Christian Theobgy, Vol. 3 (Grand Rapids: Baker Book House, 1985), pp. 1149-1224Usado mediante permissão. Também Gleason L. Archer, Jr., Paul D. Feinberg, Douglas J. Moo e Richard R. Reiter, The Rapture: Pré-, Mid-, PostTribulational? [O Arrebatamento: Pré, Meso ou Pós-Tribulacionista?] (Grand Rapids: Zondervan, 1984). Usado mediante permissão.
84. Concepções Acerca do Arrebatamento (continuação)
Arrebatamento Parcial
Declaração
da Posição
E sta p o siç ão d e c lara q u e so m e n te os cren tes qu e estiv erem vigian d o e e sp eran d o p elo S e n h o r se rão arreb atad o s
em d ife ren tes o c a siõ e s an te s e d u ran te a trib u lação d e se te an os. O s qu e forem a rre b a ta d o s se rão o s san to s
esp iritu alm en te m ad u ro s, ta n to m o rtos q u a n to viv o s (1 Ts 4-13-18).
Proponentes
Jo se p h S e iss, G . H . L an g, R o b ert G o v e tt, W itn ess L ee, G . H . Pember, Ira E. D av id , D . H . P an to n
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
O N o v o T e stam e n to fre q ü e n te m e n te v ê a ressu rre ição co m o
u m a reco m p e n sa p ela q u al se d e v e lu tar (M t 19.28-29;
Lc 9 .6 2 ; 2 0 .3 5 ; F p 3 .1 0 -1 4 ; A p 2; 11; 3 .5 ). P ortan to, nem
tod os os cren tes se rã o a lc a n ç a d o s p ela prim eira ressu rreição,
so m en te aq u eles q u e forem d ign os.
O a rreb atam en to é parte d a c o n su m ação d a sa lv a ç ã o . D e u s
inicia a sa lv a ç ã o pela graça e irá c o m p letá-la p o r su a g raç a ,
n ã o por n o ssas obras (E f 2.8-9).
O u tra s p assagen s in d icam o arreb atam en to p arcial dos cren tes
o u algo se m e lh an te a isso (M t 2 4 .4 0 -5 1 ).
E xiste c o n fu são en tre versículos qu e se ap lic a m a Israel e
versícu los qu e se aplicam à igreja e m p a ssa g e n s d o s E v an g elh o s.
Isso n ão é o arreb atam en to , m as u m en v io ao ju ízo, c o m o no
ex em p lo d o dilúvio em M ateu s 2 4 .39. E m 1 C o rín tio s 15.5 1-52
e stá escrito q u e tod os os cren tes se rão a rre b atad o s.
H á um a ên fase em vigiar, aguardar, trab alh ar e esperar
recom pensas (M t 2 4 .4 1 -4 2 ; 2 5 .1 -1 3 ; 1 Ts 5 .6 ; H b 9 .2 « ),
A ên fase e stá em trabalh ar por reco m p e n sas (co ro as, 2 T m 4 .8 )
e n ão em p articip ação n o arreb atam en to .
H á versículos q u e en fatizam a n e c e ssid ad e de sofrer a fim de
reinar (R m 8 .1 6 -1 7 ; Lc 2 2 .2 8 -3 0 ; A t 14.22; C l 3.24; 2 Ts
1.4-5). P ortan to, os cren tes d ev e m sofrer ag o ra ou d u ran te
a trib u lação an te s qu e p o ssam rein ar co m C risto.
O s cren tes sofrem em tod as as ép o cas e to d o s o s cren tes irão
rein ar co m C risto. O sofrim ento e o rein ad o d o s c ristão s
n u n c a é ligad o a qu alqu er su p o sta o rd em d o a rreb atam en to .
Por c a u sa d o p ec ad o , u m cren te p o d e p erd er o d ireito a
desfru tar d a prim eira ressu rreição e do rein o (1 C o 6 .1 9 -2 0 ;
G1 5 .1 9 -2 1 ; H b 12 .14 ).
E ssas p assag en s falam que os n ão salv o s n ã o e n tram no reino.
E las n ão se ap licam aos crentes.
O s cren tes d ign os e v ig ilan tes te rão a re co m p e n sa d e serem
arreb atad o s an te s d a trib u lação (A p 3 .1 0 ).
A í e stá a d ivisão n a igreja, n o co rp o de C risto . P arece que
aq u eles qu e são dign os de serem le v a d o s se rão arreb atad o s,
ao p asso qu e os n ão d ign os se rão d e ix a d o s p ara trás.
P assagen s co m o Jo ã o 14.1 e 1 C o rín tio s 15.51-52
ev id en tem en te incluem to d o s os cren tes.
C o m o o b a tism o do E spírito c a p a c ita p ara testem u n h ar (A t 1.8)
e n em to d o s os cren tes testem u n h am , n em to d o s os cren tes
e stã o n o co rp o d e C risto (1 C o 12.13) e n em tod os serão
arreb atad o s.
O batism o d o E spírito co lo ca to d o s os cren tes n o co rp o de
C risto (1 C o 12.13).
84. Concepções Acerca do Arrebatamento (continuação)
Meso-Tribulação
Declaração
da Posição
E sta p o sição en ten d e q u e a igreja, os cren tes em C risto , se rão arreb atad o s n o m eio d o p erío d o d a tribulação,
a n te s d a G ran d e T ribu lação. E ste co n ceito reú n e o m elh or d as p o siçõ es d a p ré-trib u lação e d a pós-trib ulação.
E le tam bém tem o arreb atam en to n o m eio d a se p tu ag ésim a se m an a.
Proponentes
G leaso n L. A rcher, N o rm a n H arrison , J. O liv er B usw ell, M errill C . Tenney, G . H . L an g
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
E sta p o siç ã o a p re se n ta m enos problem as d o q u e os co n ceito s
pré o u p ó s-trib u lacio n istas. E la ev ita os problem as d o s dois
ex tre m o s.
E xiste u m a p erd a de im in ên cia n e sta p o siç ão (assim co m o n a póstrib u lação ). N ó s já n ã o so m o s ch a m a d o s a vigiar e esperar, m as
a ag u ard ar sin ais p rep arató rio s, co n fo rm e in d icad o s no livro do
A p o calip se e em M a te u s 24.1 -1 4 .
A s E sc ritu ra s d ã o grande ênfase ao s 3 an o s e m eio (42 m eses,
1 2 6 0 d ias) q u e dividem os 7 an o s d a trib u lação (D n 7; 9 .2 7 ;
1 2.7 ; A P 1 1.23; 12.3,6,14).
A ên fase n o m eio d a trib u lação é d e v id a ao rom p im en to d a
alian ç a co m Israel (D n 9 .2 7 ), e n ã o ao arreb atam en to .
O d isc u rso d o M on te das O liveiras (M t 2 4 -2 5 ) fala d a vin d a,
a p a re c im e n to e retorno de C risto . E le co in cid e co m a
p a ssa g e m d o arrebatam en to em 1 T e ssalo n icen ses 4.15.
O ú n ico elo c o n cre to é o u so do term o parousia em am bas as
p assagen s. E sse elo to rn a-se d éb il por c a u sa de m u itas outras
d iferen ças n os co n te x to s.
2 T e ssalo n ic en ses 2.14 claram en te esp ecifica sinais que
p rece d e m o arrebatam ento.
2 T e ssalo n ic en ses 2 . ls s refere-se ao s dois e v e n to s q u e p recedem
o D ia d o Senhor, e n ão ao arreb atam en to d a igreja.
A p o c a lip se 11 .15-19 m enciona a sétim a trom beta, qu e é
id ê n tic a à trom beta de D eu s em 1 T e ssalo n icen ses 4.16.
O arreb atam en to realm en te ocorre em A p o calip se 11 só porqu e
ex iste u m to q u e d a trom beta? O argu m en to é fraco e n ão tem
b ase bíblica.
E sta p o siç ã o m an té m a d istin ção en tre o arreb atam en to e a
re v e la ç ã o , qu e são assim dois estágio s d a v in d a d e C risto.
A p ré-trib u lação tam b ém m a n té m a d istin ç ão tem po ral. A póstrib u lação ig u alm en te m a n té m u m a d istin ção , em bora seja
u m a d ife ren ça e m e ssên c ia e n ão n o tem po.
A igreja é lib e rtad a d a ira de D eu s, m as n ão de p ro v açõ e s e
testes, u m a vez qu e o arreb atam en to ocorre n o m eio d a
trib u la çã o , lo g o an tes d a gran d e m an ife staç ão d a ira de
D e u s.
A q u e les q u e su ste n tam e ssa p o siç ã o d ev e m ver u m n o v o con ceito
de ira n o livro d o A p o c a lip se . H á u m a esp iritu alização forçad a
d o s c ap ítu lo s 1-11 co m p ro p ó sito s co n te m p o rân e o s e n ão para
cu m p rim en to futu ro. A igreja p o d e ser lib ertad a d a ira seja
pelo arreb atam en to pré-tribu lação ou p ela p roteção co n tra a ira.
A ssim co m o n o livro de A to s h á u m a so b re p o sição em term os
d o pro gram a d e D e u s para a igreja e p a ra Israel, assim h á
um a so b re p o siç ã o n o program a de D e u s n o livro do
A p o c a lip se .
A igreja tem em si ta n to ju d eu s q u a n to gen tios. T o dav ia, isso
n ã o torn a n ec essária u m a so b re p o sição d o program a de D eu s
para a igreja e p ara Israel co m o n ação .
E sta p o siç ão perm ite q u e os san tos n ão glorificad os d o final
d a trib u lação e n tre m n o reino m ilen al p ara rep o v o ar o
m undo.
A p ré-trib u lação tam b ém perm ite o rep o v o am en to . A lé m disso,
é p ossível q u e algun s d esc re n tes en tre m n o M ilênio, u m a vez
qu e a c o n v e rsão de Israel n ã o ocorrerá até a S e g u n d a V inda.
84. Concepções Acerca do Arrebatamento (continuação)
Pós ^Tribulação
Declaração
da Posição
E s t a p o s i ç ã o a f ir m a q u e o s c r e n t e s v iv o s s e r ã o a r r e b a t a d o s n a s e g u n d a v in d a d e C r i s t o , q u e ir á o c o r r e r
n o f in a l d a t r i b u la ç ã o . D e n t r o d e s t e g r u p o , e x is t e m q u a t r o p o s iç õ e s c o n f o r m e c a t e g o r i z a d a s p o r
W a lv o o r d : (a ) c lá s s i c a , (b ) s e m i - c lá s s i c a , (c ) f u t u r is t a , (d ) d is p e n s a c io n a l. O e s p e c t r o é a m p lo ,
a b r a n g e n d o u m p e r ío d o d e s d e o s p a is d a ig r e ja a n t ig a a t é o p r e s e n t e s é c u lo .
Proponentes
C lá ssic a :
S e m i- c l á s s i c a :
F u t u r is t a :
D is p e n sa c io n a l:
O u tro s:
J. B a r t o n P a y n e
A le x a n d e r R e e se , N o rm a n M a c P h e rso n , G eo rg e L . R o se , G e o rg e H . F ro m o w
G e o rg e L a d d , D a v e M ac P h e rso n
R o b e r t H . G u n d r y , D o u g la s J. M o o
H a r o l d O c k e n g a , J. S id lo w B a x t e r
Argumentos a Favor
O a r r e b a t a m e n t o é p r e c e d i d o p o r s in a is i n c o n fu n d ív e is
( M t 2 4 - 3 - 3 1 ) . E s s e s s in a is s ã o p a r t e d o p e r ío d o d e
t r ib u la ç ã o p e l o q u a l o s s a n t o s t ê m d e p a s s a r . S u a
c u lm i n â n c i a s e r á o r e t o r n o d e C r i s t o , q u e in c lu ir á o
Argumentos Contra
E s t a p o s iç ã o l e v a n t a p r o b le m a s q u a n t o a o r e p o v o a m e n t o
d o r e in o m ile n a l p o r c r e n t e s d e c a r n e e s a n g u e s e t o d o s
e le s s ã o a r r e b a t a d o s e g lo r ific a d o s .
a r r e b a t a m e n t o d o s c r e n t e s ( M t 2 4 .2 9 - 3 1 ,4 0 - 4 1 ) .
N o d i s c u r s o d o M o n t e d a s O liv e ir a s , C r i s t o f a la d o
a r r e b a t a m e n t o e m c o n e x ã o c o m a r e v e la ç ã o .
A p a r á b o l a d o jo i o e d o tr ig o ( M t 1 3 .2 4 ) m o s t r a q u e a
s e p a r a ç ã o ir á o c o r r e r n o fin a l d o s te m p o s . N a q u e l a
o c a siã o , o s b o n s (c re n te s) se rã o se p a ra d o s d o s m a u s
(in c r é d u lo s ) e is s o ir á o c o r r e r n o fin a l d a t r ib u la ç ã o .
A n o ç ã o d e q u e o s 1 4 4 m il d o A p o c a l i p s e s ã o a q u e l e s q u e
ir ã o r e p o v o a r a te r r a d e i x a d e le v a r e m c o n s i d e r a ç ã o o
c o n te x to d e sta p assagem .
A s e q ü ê n c ia d a r e s s u r r e iç ã o e x ig e q u e t o d o s o s c r e n t e s
d e t o d a s a s e r a s s e ja m r e s s u s c i t a d o s e m s e u s c o r p o s
g lo r ific a d o s n o fin a l d a t r ib u la ç ã o ( A p 2 0 .4 - 6 ) .
S e u a rg u m e n to ex egé tico d e A p o c a lip se 3 .1 0 c o m ele (“d e ” ) é
. trace >. In terp re tar “p r o v ação ” c o m o q u a lq u e r o u tr a c o isa e x c e to
a ira d e D e u s n ã o faz ju stiça a e s ta p a la v r a o u à p a ssa g e m .
O s e n s in o s d o N o v o T e s t a m e n t o a c e r c a d o r e t o r n o d e
C r is t o n ã o f a z e m d i s t i n ç ã o d e e s t á g i o s : e p if a n ia ,
m a n if e s t a ç ã o , r e v e la ç ã o , p a r u s i a , o d i a , o d i a d e J e s u s
C r is t o , o d ia d o S e n h o r J e s u s e o d i a d o S e n h o r .
A s e q ü ê n c i a d o s e v e n t o s , r e l a c i o n a n d o - s e 1 T e s s a lo n ic e n s e s
4 c o m o a r r e b a t a m e n t o e 1 T e s s a l o n ic e n s e s c o m o D i a
d o S e n h o r , é d e s p r e z a d a a o se d e t e r m i n a r a o r d e m
c r o n o ló g ic a d o s e v e n to s .
A e x p r e s s ã o “ te g u a r d a r e i d a h o r a d a p r o v a ç ã o ” , e m
A p o c a li p s e 3 .1 0 , t a m b é m p o d e r e fe r ir - s e à l i b e r t a ç ã o
d a ir a d e S a t a n á s q u e e s t a r á a t u a n d o n o p e r ío d o d a
t r ib u la ç ã o .
A s s i m c o m o a E s c r it u r a p o d e s e r u m t a n t o r e t i c e n t e
q u a n t o a u m a r r e b a t a m e n t o p r é - t r i b u la ç ã o , e x is t e u m
s ilê n c io a i n d a m a io r q u a n t o a u m a r r e b a t a m e n t o p ó s t r ib u la ç ã o . I s s o é e s p e c ia lm e n t e v e r d a d e i r o n a e p í s t o l a
p r o f é t i c a jo a n i n a d o A p o c a lip s e , q u e d á m a i s ê n f a s e a o
r e t o r n o d e C r is t o . U m e x e m p lo d i s s o s ã o a s v a g a s
r e f e r ê n c ia s à ig r e ja e m A p o c a l i p s e 4 —1 8.
O s u r g im e n t o d e a p o s t a s i a é u m s i n a l q u e ir á p r e c e d e r o
r e t o r n o d e C r i s t o (2 T s 2 .8 ) .
O a rg u m e n to d e q u e o a rre b a ta m e n to p ó s- trib u la ç ã o e ra a
c r e n ç a d a ig r e ja c r is t ã h i s t ó r i c a c a i p o r t e r r a q u a n d o
v e r if ic a m o s q u e a q u ilo q u e se a c r e d i t a v a n a ig r e ja
p r im it iv a é b a s t a n t e d ife r e n te d o q u e s e a c r e d i t a h o je .
N ã o o b s t a n t e , o f u n d a m e n t o d e u m a v e r d a d e d o u t r in á r ia
n ã o é a ig r e ja p r im itiv a , m a s a P a l a v r a d e D e u s .
B o a p a r t e d o e n s in o b íb lic o d a d o à ig r e ja a c e r c a d o t e m p o
d o fim t o r n a - s e s e m s e n t id o s e a ig r e ja n ã o ir á p a s s a r
p e la t r i b u la ç ã o ( M t 2 4 .1 5 - 2 0 ) .
E s t a p o s iç ã o c o n flit a c o m o e n s i n o d o r e t o r n o im in e n t e
d e C r i s t o . A E s c r it u r a n o s e n s i n a a v ig ia r e e sp e r a r , n ã o
o s s in a is p r e p a r a t ó r io s d a v i n d a d e C r i s t o , m a s a b e n d i t a
e s p e r a n ç a d a s u a v o lt a ( T t 2 .1 3 ) .
85. Concepções Acerca do Milênio
Premilenismo Histórico
(Também denominado Premilenismo Clássico e NãoTKspensacional)
Declaração
do Conceito
O s p r e m ile n is t a s s u s t e n t a m q u e o r e t o r n o d e C r i s t o s e r á p r e c e d id o d e c e r t o s s in a is , d e p o is s e g u id o s
d e u m p e r ío d o d e p a z e ju s t i ç a n o q u a l C r i s t o ir á r e in a r s o b r e a t e r r a e m p e s s o a c o m o R e i. O s
Proponentes
G e o r g e E . L a d d , J. B a r t o n P a y n e , A l e x a n d e r R e e s e , M illa r d E r ic k s o n
p r e m ile n is t a s h is t ó r ic o s e n t e n d e m a v o l t a d e C r i s t o e o a r r e b a t a m e n t o c o m o u m s ó e o m e s m o
e v e n to . E le s v ê e m u n id a d e . P o r t a n t o , e le s s ã o d is t i n t o s d o s p r e m ile n i s t a s d is p e n s a c io n a is , q u e o s
c o n s id e r a m c o m o d o is e v e n t o s s e p a r a d o s p e la t r i b u la ç ã o d e s e t e a n o s . O p r e m ile n is m o fo i a
in t e r p r e t a ç ã o e s c a t o ló g i c a p r e d o m i n a n t e n o s t r ê s p r im e ir o s s é c u lo s d a ig r e ja c r is t ã . O s a n t ig o s
p a is P a p ia s, I r in e u , J u s t i n o M á r tir , T e r t u lia n o e o u t r o s s u s t e n t a r a m e s s a c o n c e p ç ã o .
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
A c r o n o l o g i a d e A p o c a lip s e 1 0 - 2 0 m o s t r a q u e
i m e d i a t a m e n t e a p ó s a s e g u n d a v i n d a d e C r is t o ir á
a c o n t e c e r o s e g u in te : a p r is ã o d e S a t a n á s ( 2 0 .1 - 3 ) , a
p r i m e i r a r e s s u r r e iç ã o ( 2 0 .4 - 6 ) e o in íc io d o r e in o d e
C r i s t o ( 2 0 .4 - 7 ) p o r “ m il a n o s ." ( 1 7 - 1 8 ) *
O r e in o d e C r i s t o n ã o c o m e ç a a p ó s a p r im e ir a r e s s u r r e iç ã o ,
p o is e le j á r e in a à d e s t r a d o P a i ( H b 1 .3 ). ( 1 7 8 - 7 9 )
N o t e m p o p r e s e n t e , a ig re ja é o I s r a e l e s p ir itu a l. D e u s irá
r e s t a u r a r a n a ç ã o d e Is r a e l a o s e u le g ít im o lu g a r a fim
d e c u m p r i r a s p r o m e s s a s d o r e in o (R m 11 ) n o r e in o
m ile n a l. E s ta p a ssa g e m a p ó ia o e n s in o d e R m 11. 24:
“ ... q u a n t o m a is n ã o s e r ã o e n x e r t a d o s n a s u a p r ó p r ia
o l i v e i r a a q u e le s q u e s ã o r a m o s n a t u r a i s ! ” ( 1 8 - 2 9 )
A i n d a q u e a ig r e ja s e b e n e f i c i e e s p i r it u a lm e n t e d a s
O V e lh o T e s t a m e n t o e C r is t o p r e d i s s e r a m u m r e in o n o
q u a l o U n g i d o h a v e r ia d e g o v e r n a r (S I 2 ; M t 2 5 .2 4 ) .
O r e in o é u m e n s i n a m e n t o g e r a l d a B íb lia . E le a g o r a e s t á
n a ig r e ja ( M t 1 2 .2 8 ; L c 1 7 .2 0 - 2 1 ) . C r i s t o r e in a a g o r a
n o s c é u s ( H b 1 .3 ; 2 .7 - 8 ) . ( 1 7 8 - 7 9 )
C o m o a s p r o fe c ia s d o V e lh o T e s t a m e n t o fo r a m c u m p r id a s
n o p a s s a d o , a s s im a q u e la s r e f e r e n t e s a o f u tu r o t a m b é m
o s e r ã o . E s t e é u m a r g u m e n t o a f a v o r d a c o n s is t ê n c i a
A i n t e r p r e t a ç ã o d e A p o c a l i p s e 2 0 .1 - 7 n ã o e x ig e lite r a lis m o .
E s s e s v e r s í c u lo s p o d e m s e r e n t e n d i d o s s im b o lic a m e n t e ,
u m a v e z q u e o liv r o d o A p o c a l i p s e u tiliz a m u ito s
s ím b o lo s . ( 1 6 1 )
n a h e r m e n ê u t ic a . ( 2 7 - 2 9 ) .
p r o m e s s a s f e i t a s a I s r a e l, I s r a e l e a ig r e ja n u n c a s ã o
e q u ip a r a d o s e s p e c i f ic a m e n t e . ( 4 2 - 4 4 )
U m r e in o c o m p o s t o t a n t o d e s a n t o s g lo r if ic a d o s q u a n t o
d e p e s s o a s a i n d a n a c a r n e p a r e c e e x c e s s i v a m e n t e ir re a l
p a r a s e r p o s s ív e l. ( 4 9 )
A ig r e j a s e r v e p a r a c u m p r ir a lg u m a s d a s p r o m e s s a s fe ita s
a I s r a e l. C r i s t o d e ix o u is t o c la r o d e p o is q u e o s ju d e u s
o r e je i t a r a m (M t 1 2 .2 8 ; L c 1 7 .2 0 - 2 1 ) . (2 0 - 2 6 )
E s t a c o n c e p ç ã o in s is te q u e o N o v o T e s t a m e n t o in te r p r e ta
p r o fe c ia s d o A n t i g o T e s t a m e n t o e m c a s o s n o s q u a is o
N o v o T e s t a m e n t o n a r e a lid a d e e s t á a p lic a n d o u m p r in c íp io
e n c o n t r a d o e m u m a p r o fe c ia d o V e lh o T e s t a m e n t o ( O s
11.1 e m M t 2 .1 5 ; O s 1 .1 0 e 2 .2 3 e m R m 9 .2 4 - 2 6 ) . (4 2 -4 3 )
O s e n t id o d e “ v i v e r a m ” ( A p 2 0 .4 ) p o d e s e r e n t e n d i d o
c o m o “ v i v o s ” , e n ã o c o m o r e f e r ê n c i a à r e s s u r r e iç ã o .
M u i t o s d o s p a i s d a ig r e ja a n t i g a a b r a ç a r a m e s t a v i s ã o d a
e s c a t o l o g i a . (9 )
N ã o é f á c il e n c a i x a r o s p a is d a ig r e ja d e f i n i t i v a m e n t e e m
u m a c o n c e p ç ã o d a e s c a t o l o g i a . A l é m d is s o , a s d o u t r in a s
n ã o s ã o d e f in id a s p e l a a n á lis e d o s p a i s d a ig r e ja , m a s p e lo
e s t u d o d a E s c r it u r a . ( 4 1 )
U m r e in o te r r e n o lite ra l d e m il a n o s é m e n c io n a d o so m e n te
e m u m a p a s s a g e m ( A p 2 0 .1 - 6 ) e ta m b é m o c o r r e n a
lite r a tu r a a p o c a líp tic a . O V e lh o T e s ta m e n to n ã o p o d e se r
u s a d o p a r a su p r ir in f o r m a ç õ e s a c e r c a d o M ilê n io . (3 2 )
A s p r o fe c ia s d o V e lh o T e s t a m e n t o c o n s t it u e m o f u n d a m e n to
d a s p r o f e c ia s d o N o v o T e s t a m e n t o . O N o v o T e s t a m e n t o
e s t a b e l e c e o lo c a l e a d u r a ç ã o d o m ilê n io ( A p 2 0 .1 - 6 ) e
o V e lh o T e s t a m e n t o f o r n e c e m u it a i n f o r m a ç ã o so b r e a
n a t u r e z a d o m ilê n io . ( 4 3 - 4 6 )
R o m a n o s 1 1 .2 6 d iz q u e a n a ç ã o d e I s r a e l s e r á c o n v e r t i d a .
(2 7 -2 8 )
M u ita s p a s s a g e n s d o N o v o T e s ta m e n to d isso lv e m a s d istin ç õ e s
e n tr e Isra e l e a ig re ja (G1 2 .2 8 - 2 9 ; 3 .7 ; E f 2 .1 4 - 1 6 ) . (1 0 9 )
D e u s r e s e r v o u u m lu g a r e s p e c ia l p a r a a n a ç ã o d e Is r a e l
n o se u p la n o . (2 7 -2 8 )
I s r a e l fo i e s c o lh i d o c o m o a n a ç ã o p o r i n t e r m é d io d a q u a l
v ir ia o M e s s ia s . C o m o J e s u s c o n s u m o u s u a o b r a , o
p r o p ó s i t o e s p e c i a l d e I s r a e l j á fo i c u m p r id o . (5 3 )
* 0 s números que seguem as afirmações referem-se às páginas de Robert G. Clouse, The Meaning of the Millennium: Four Views [O Significado do Milênio:
Quatro Posições] (Downers Grove: InterVarsity Press, 1977). Usado mediante permissão. Outras afirmações procedem de diferentes autores.
85. Concepções Acerca do Milênio (continuação)
Premilenismo Dispensacional
Declaração
do Conceito
O s a d e p t o s d e s t a e s c o l a s ã o a q u e le s q u e g e r a lm e n t e s u s t e n t a m o c o n c e i t o d e d o is e s t á g io s n a v in d a
d e C r i s t o . E le v ir á p a r a a s u a ig r e ja ( a r r e b a t a m e n t o ) e d e p o is co m a s u a ig r e ja ( r e v e l a ç ã o ) . O s d o is
e v e n t o s s ã o s e p a r a d o s p o r u m a t r i b u la ç ã o d e s e t e a n o s . E x is t e u m a d i s t i n ç ã o c o n s i s t e n t e e n t r e
I s r a e l e a ig r e ja a o lo n g o d a h is tó r ia .
Proponentes
J. N . D a r b y , C . I. S c o f i e ld , L e w is S p e r r y C h a f e r , J o h n W a lv o o r d , C h a r le s F e in b e r g , H e r m a n H o y t ,
H a r r y I r o n s id e , A l v a M c C l a i n , E r ic S a u e r , C h a r l e s R y rie
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
E ste c o n c e ito m a n té m u m a h e r m e n ê u tic a c o n siste n te
q u e p e r m it e a I s r a e l c u m p r ir a s p r o m e s s a s q u e lh e f o r a m
fe ita s e à ig r e ja c u m p r ir a s s u a s p r o m e s s a s . ( 6 6 - 6 8 )
I s r a e l j á c u m p r iu a s p r o m e s s a s d e u m a t e r r a c o m a
c o n q u i s t a d e C a n a ã 0 s 2 1 .4 3 ,4 5 ) . S e u p r o p ó s i t o d e
tr a z e r o M e s s i a s ta m b é m j á fo i c u m p r id o . ( 1 0 1 )
A e x p r e s s ã o “ e v iv e r a m ” ( A p 2 0 .4 - 5 ) , e n t e n d i d a c o m o a
p r im e ir a r e s s u r r e iç ã o , s u s t e n t a e s t a c o n c e p ç ã o . E s s a
r e s s u r r e iç ã o p r e c e d e o r e in o m ile n a l. ( 3 7 - 3 8 )
E s s a r e s s u r r e iç ã o n ã o é físic a p o r q u e s o m e n t e p o d e o c o r r e r
u m a r e s s u r r e iç ã o físic a (Jo 5 .2 8 - 2 9 ) ; A t 2 4 - 1 5 ) . E s s a é
u m a r e s s u r r e iç ã o e s p ir itu a l. ( 5 6 - 5 8 ; 1 6 8 )
A E s c r it u r a r e v e la t a n t o u m r e in o u n iv e r s a l q u a n t o u m
O g o v e r n o d e D e u s so b r e a c r i a ç ã o s e m p r e t e m s id o p o r
u m m e d ia d o r . A s s im , o se u g o v e r n o m e d i a t o r i a l n ã o
p o d e s e r r e s tr in g id o a o M ilê n io . ( 9 3 )
r e in o m e d ia to r ia l, q u e s ã o d o is a s p e c t o s d o g o v e r n o d e
D e u s . 0 r e in o m e d ia t o r ia l é o M ilê n io , n o q u a l C r i s t o
irá r e in a r n a te r r a . ( 7 2 - 7 3 s s ; 9 1 )
U m a le itu r a lite r a l d e A p o c a l i p s e 1 9 - 2 0 c o n d u z a u m a
c o n c e p ç ã o p r e m ile n is t a d i s p e n s a c io n a l. O u t r a s
G r a n d e p a r t e d o A p o c a li p s e d e v e s e r e n t e n d i d a
s i m b o li c a m e n t e e m r a z ã o d e s u a n a t u r e z a a p o c a l í p t i c a .
c o n c e p ç õ e s p r e c i s a m e s p ir it u a liz a r o s e v e n t o s .
O p a c t o a b r a â m i c o s e r á p le n a m e n t e c u m p r i d o e m Is r a e l
( G n 1 2 .1 - 3 ) . S u a r e a liz a ç ã o é v i s t a n o s p a c t o s p a le s t in o
e d a v íd i c o e n a n o v a a li a n ç a . A ig r e ja p a r t i c i p a d a s
b ê n ç ã o s d a n o v a a li a n ç a , m a s n ã o c u m p r e a s s u a s
p r o m e s s a s (G1 3 .1 6 ) .
A s p r o m e s s a s f e it a s a o Is r a e l d o A n t i g o T e s t a m e n t o
f o r a m s e m p r e c o n d ic io n a is e b a s e a d a s n a o b e d i ê n c ia
e f id e lid a d e d e Is ra e l. A n o v a a l i a n ç a é p a r a a ig r e ja ,
O c o n c e i t o d e u m r e in o t e r r e n o lite r a l é u m a
c o n s e q ü ê n c i a d o s e n s i n a m e n t o s g e r a is a c e r c a d o r e in o
ta n to n o A n tig o c o m o n o N o v o T e sta m e n to . (4 2 -4 3 )
O N o v o T e sta m e n to , q u e é a ú n ic a a u to r id a d e p a ra a
ig r e ja , s u b s t it u iu o V e lh o T e s t a m e n t o e s u a s p r o m e s s a s .
(9 7 )
O M ilê n io é p o s s ív e l e n e c e s s á r i o p o r q u e n e m t o d a s a s
p r o m e s s a s f e ita s a I s r a e l f o r a m c u m p r id a s . ( E n n s , 3 9 0 )
A d e s o b e d i ê n c ia d e Is r a e l a n u lo u a s s u a s p r o m e s s a s , q u e
e s t a v a m b a s e a d a s n a s u a f id e li d a d e (Jr 1 8 .9 - 1 0 ) . (9 8 )
O V e lh o T e s t a m e n t o d e s c r e v e o r e in o c o m o u m r e in o
lite r a l d o M e s s i a s s o b r e t o d o o m u n d o , n a te r r a . ( 7 9 - 8 4 )
O N o v o T e sta m e n to m o stra q u e C risto e sta b e le c e u u m
r e in o e m s u a p r im e ir a v in d a e e s t á r e in a n d o a g o r a so b r e
to d o o m u n d o . (1 0 2 )
e n ã o p a r a Is r a e l. ( 1 0 0 )
85. Concepções Acerca do Milênio (continuação)
Pós'Milenismo
Declaração
do Conceito
O s p ó s - m ile n is t a s c r ê e m q u e o r e in o d e D e u s e s t á s e n d o e s t a b e l e c i d o a g o r a p o r m e io d o e n s in o , d a
p r e g a ç ã o , d a e v a n g e l iz a ç ã o e d a s a t iv i d a d e s m i s s i o n á r i a s . O m u n d o s e r á c r is t ia n iz a d o e a
c o n s e q ü ê n c i a s e r á u m lo n g o p e r ío d o d e p a z e p r o s p e r i d a d e c h a m a d o d e M ilê n io . I s s o s e r á s e g u id o
p e la v o lt a d e C r is t o . E s t a p o s i ç ã o a p a r e n t e m e n t e e s t á a l c a n ç a n d o m a is a d e p t o s e m c ír c u lo s
c o n t e m p o r â n e o s , c o m o o I n s t i t u t o d e E s t u d o s C r i s t ã o s p a r a a R e c o n s t r u ç ã o C r is t ã . A p r in c ip a l
p r o p o n e n t e d o p ó s - m ile n is m o t r a d i c i o n a l fo i L o r r a in e B o e ttn e r . V e r s e u liv r o T h e M ille n n iu m
( F ila d é lfia : P r e s b y te r ia n a n d R e fo r m e d P u b lis h in g C o ., 1 9 5 7 ) .
Proponentes
A g o s t in h o , L o r a i n e B o e ttn e r , A . H o d g e , C h a r l e s H o d g e , W .G .T . S h e d d , A . H . S t r o n g , B . B .
W a rfie ld , J o a q u i m d e F io r e , D a n i e l W h itb y , J a m e s S n o w d e n , o s r e c o n s t r u c i o n is t a s c r is t ã o s
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
E m c e r t o s e n t i d o , o g o v e r n o d o E s p ír it o d e D e u s n o
c o r a ç ã o d o c r e n t e é u m m ilê n io ( Jo 1 4 - 1 6 ). ( 1 2 1 )
E sta c o n c e p ç ã o d e ix a d e e n c a ra r a d e q u a d a m e n te
A p o c a l i p s e 2 0 a o f o r m u la r e d e f in ir a s u a n o ç ã o d o
M ilê n io . ( E r ic k s o n , 1 2 0 8 )
A d i f u s ã o u n iv e r s a l d o e v a n g e l h o é p r o m e t i d a p o r C r i s t o
( M t 2 8 .1 8 - 2 0 ) .
A G r a n d e C o m i s s ã o n ã o o r d e n a a p r o c l a m a ç ã o u n iv e r s a l
d o e v a n g e l h o ; o m u n d o é c a r a c t e r i z a d o p o r d e c lín io e
n ã o p o r c r e s c i m e n t o e s p ir it u a l.
O t r o n o d e C r is t o e s t á n o c é u , o n d e e le a g o r a r e in a e
g o v e r n a (S I 4 7 .2 ; 9 7 .5 ) . A ig r e ja t e m a t a r e f a d e
p r o c la m a r e s s a v e r d a d e e a ju d a r a s p e s s o a s a c r e r e m
n e le . (1 1 8 -1 1 9 )
N e n h u m a d e s s a s a f ir m a ç õ e s e x ig e o p ó s - m ile n is m o o u
a f a s t a u m f u t u r o r e in o te r r e s tr e .
A s a l v a ç ã o v ir á a t o d a s a s n a ç õ e s , tr ib o s , p o v o s e lí n g u a s
A i n d a q u e a s a l v a ç ã o v e n h a a t o d a s a s n a ç õ e s , is s o n ã o
s ig n ific a q u e t o d o s , o u q u a s e t o d o s , s e r ã o s a lv o s , n e m o
( A P 7 .9 - 1 0 ) .
N o v o T e s t a m e n t o diz q u e o e v a n g e l h o v is a m e lh o r a r a s
c o n d i ç õ e s s o c ia is d o m u n d o .
A p a r á b o l a d e C r is t o so b re o g r ã o d e m o s t a r d a m o s t r a
c o m o o e v a n g e l h o se e s t e n d e e se e x p a n d e le n t a m e n t e ,
U m a m a io r ia d e p e s s o a s s a l v a s n a t e r r a n ã o g a r a n t e a e r a
d o u r a d a q u e o p ó s - m ile n is m o e s p e r a q u e v e n h a .
m a s c o m s e g u r a n ç a , a té q u e v e n h a a c o b r ir t o d o o
m u n d o ( M t 1 3 .3 1 - 3 2 ) .
O s s a l v o s s e r ã o m u it o m a is n u m e r o s o s q u e o s p e r d id o s
n o m u n d o . (1 5 0 -5 1 )
E x iste m m u ita s e v id ê n c ia s a d e m o n s tr a r q u e o n d e o
e v a n g e l h o é p r e g a d o a s c o n d i ç õ e s s o c i a is e m o r a is
e s tã o m e lh o r a n d o a c e n tu a d a m e n te .
P o r m e i o d a p r e g a ç ã o d o e v a n g e l h o e d a o b r a s a lv ífic a d o
E s p ír ito , o m u n d o s e r á c r is t ia n iz a d o e C r i s t o v o l t a r á a o
fin a l d e u m lo n g o p e r ío d o d e p a z c o m u m e n t e c h a m a d o
d e M ilê n io . ( 1 1 8 )
A a t i t u d e d e id e a li s m o o t i m i s t a ig n o r a a s p a s s a g e n s q u e
m o s t r a m a c o n f u s ã o e a p o s t a s i a d o fin a l d o s te m p o s
( M t 2 4 .3 - 1 4 ; 1 T m 4 - 1 - 5 ; 2 T m 3 .1 - 7 ).
A l é m d is s o , p o d e - s e r e u n ir a m e s m a q u a n t id a d e d e
e v id ê n c ia s p a r a p r o v a r q u e as c o n d iç õ e s d o m u n d o
e s t ã o p i o r a n d o . (1 5 )
O u s o d e u m a a b o r d a g e m a le g ó r i c a n a i n t e r p r e t a ç ã o
b íb lic a d e A p o c a l i p s e 2 0 a le g o r iz a i n t e ir a m e n t e o r e in o
d e m il a n o s .
E x is t e u m a q u a n t i d a d e li m i t a d a d e a p o io b íb lic o p a r a
e s sa p o siç ã o .
85. Concepções Acerca do Milênio (continuação)
Amilenismo
Declaração
do Conceito
A B íb lia p r e d iz u m c o n t í n u o c r e s c i m e n t o p a r a le lo d o b e m e d o m a l n o m u n d o e n t r e a p r im e ir a e a
s e g u n d a v i n d a s d e C r i s t o . O r e in o d e D e u s e s t á p r e s e n t e a g o r a n o m u n d o p o r m e io d a s u a P a la v r a ,
d o s e u E s p ír it o e d a s u a ig r e ja . E s t a p o s i ç ã o t a m b é m t e m s id o c h a m a d a d e “ m ile n i s m o r e a li z a d o ” .
Proponentes
O s w a ld A ll is , L o u is B e r k h o f , G . B e r k o u w e r , W illia m H e n d r ic k s e n , A b r a h a m K u y p e r , L e o n M o r r is ,
A n t h o n y H o e k e m a , o u t r o s t e ó lo g o s r e fo r m a d o s , e a I g r e ja C a t ó l i c a R o m a n a .
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
A n a tu r e z a c o n d ic io n a l d o p a c t o a b r a â m ic o (b e m c o m o
d o s o u t r o s p a c t o s ) i n d i c a q u e o s e u c u m p r im e n t o , o u
f a lt a d e c u m p r i m e n t o , é t r a n s f e r i d o p a r a a ig r e ja p o r
m e io d e J e s u s C r i s t o ( G n 1 2 .1 - 3 ; R m 1 0 ; G1 3 .1 6 ) .
M u it a s p a s s a g e n s m o s t r a m q u e o p a c t o a b r a â m i c o fo i
i n c o n d ic i o n a l e d e v e r ia se r l i t e r a lm e n t e c u m p r id o p o r
Is r a e l.
A s p r o m e s s a s d e u m a t e r r a f e it a s n o p a c t o a b r a â m i c o
fo r a m e x p a n d i d a s a p a r tir d o s ju d e u s p a r a t o d o s o s
c r e n t e s e d a t e r r a d e C a n a ã p a r a a n o v a te r r a .
E s t a p o s i ç ã o t e m p r o b le m a s p a r a s e r h e r m e n e u t i c a m e n t e
c o n s i s t e n t e n a in t e r p r e t a ç ã o d a E s c r i t u r a . E la
e s p ir itu a liz a p a s s a g e n s q u e c la r a m e n t e p o d e m se r
e n t e n d i d a s lite r a lm e n te .
A p r o fe c ia e x ig e u m a a b o r d a g e m s im b ó lic a n a
i n t e r p r e t a ç ã o d a B íb lia . P o r t a n t o , a s p a s s a g e n s
p r o fé t ic a s p o d e m se r e n t e n d i d a s n o c o n t e x t o g e r a l
d a c o n c r e t i z a ç ã o d o p a c t o p o r D e u s ( p o r e x ., A p 2 0 ) .
(1 6 1 )
A c r o n o lo g i a d e A p o c a li p s e 1 9 - 2 0 é c o n t í n u a e d e s c r e v e
e v e n t o s q u e ir ã o o c o r r e r n o fin a l d a t r i b u l a ç ã o e a n t e s
d o r e in o m ile n a r d e C r is t o .
O V e lh o e o N o v o T e s t a m e n t o
so b o p a c to d a g ra ç a . A g o r a ,
d o is p r o g r a m a s d i s t i n t o s m a s
p r o p ó s it o s e p l a n o s d e D e u s .
A E s c r i t u r a n ã o r e v e la c la r a m e n t e u m p a c t o d a g r a ç a .
E s s e é u m t e r m o te o ló g ic o q u e fo i c u n h a d o p a r a
e n c a i x a r n o e s q u e m a a m ile n is t a d e e s c a t o l o g i a .
e s t ã o i n t i m a m e n t e u n id o s
I s r a e l e a ig r e ja n ã o s ã o
u m só c u m p r im e n to d o s
(1 8 6 )
O r e in o d e D e u s é c e n t r a l n a h i s t ó r i a b íb lic a . F o i c e n t r a l
n o V e lh o T e s t a m e n t o , n o m in is t é r io d e J e s u s e n a ig r e ja ,
e ir á c o n s u m a r - s e c o m o r e t o r n o d e C r i s t o . N ã o h á
n e c e s s i d a d e d e e s p e r a r u m r e in o e m u m a é p o c a f u tu r a ,
p o is o r e in o s e m p r e e x is t i u . ( 1 7 7 - 7 9 )
A p o s i ç ã o o b v i a m e n t e c o n s id e r a q u e D e u s n ã o t e m u m
lu g a r p a r a I s r a e l n o fu tu r o . O s a m i le n i s t a s t ê m
d if i c u ld a d e d e e x p lic a r R o m a n o s 1 1.
A h is t ó r ia e s t á se m o v e n d o p a r a o a lv o d a r e d e n ç ã o t o t a l
d o u n iv e r s o (E f 1 .1 0 ; C l 1 .1 8 ) . ( 1 8 7 )
A r e d e n ç ã o t o t a l d o u n iv e r s o é o a lv o d e t o d a s a s
c o n c e p ç õ e s m ile n is ta s . I s s o n ã o a p ó i a e s p e c i f ic a m e n t e
u m c o n c e i t o a m ile n is ta .
A p o c a lip s e 2 0 .4 - 6 r e f e r e - s e a o r e in o d a s a lm a s c o m
C r is t o n o c é u , e n q u a n t o e le r e in a p e l a s u a P a la v r a
e p e lo s e u E s p ír ito . ( 1 6 4 - 6 6 )
A p o c a l i p s e 2 0 .4 - 5 c la r a m e n t e r e f e r e - s e a u m a r e s s u r r e iç ã o ,
m a s o s a m ile n is t a s e v i t a m o a s s u n t o . A l g u m a s f o r m a s d o
O N o v o T e sta m e n to fre q ü e n te m e n te e q u ip a r a Isra e l
A n a ç ã o d e Is r a e l e a ig r e ja s ã o t r a t a d a s c o m o d i s t i n t a s n o
N o v o T e s t a m e n t o ( A t 3 .1 2 ; 4 - 8 - 1 0 ; 2 1 .2 8 ; R m 9 .3 - 4 ;
1 0 .1 ; 1 1 ; E f 2 .1 2 ) .
e a ig r e ja c o m o u m a u n id a d e ( A t 1 3 .3 2 - 3 9 ; G1 6 .1 5 ;
1 P e 2 .9 ) . ( H o e k e m a , 1 9 7 - 9 8 )
v e r b o g r e g o zao (Cáui ) , “ v i v e r ” , s ã o u s a d a s n o s e n t i d o d e
r e s s u r r e iç ã o e m J o ã o 5 .2 5 e A p o c a l i p s e 2 .8 .
86. Quadro Cronológico Dispensacional das Últimas Coisas
O ápTrayrjcrofieda
(“arrebatam ento”)
E ncarnação
I
1
W
Era da Igreja
-
I
I
Mt 1.18-23
Cl 4.4
Fp 2.6-8
Ef 2.3-6
1 Ts 4.17
O ánoKaÁvipiç
( revelação )
O Dia do Senhor
I
I „ tervalo
-
Estado Eterno
I
1
W
O Tempo da Angústia de Ja c ó
(In b ulaçao Intermediaria)
I
X
M ilênio
i
Ml 4.5
1 Ts 5.4
2 Ts 2.2
2 Pe 3.10
Dn 9.27
Mt 24.30-31
1 Pe 1.7,13
Ap 1.1
Ap 20.1-6
Ap 7.26-27
i
J
1 Co 15.24-28
Ap 21-22
87. Concepções Acerca das Últimas Coisas
Categorias
Amilenismo
Pós-Milenismo
Pré'Milenismo
Histórico
Pré'Milenismo
Dispensacional
Segunda Vinda
de Cristo
Um único evento; nenhuma
distinção entre arrebatamento
e segunda vinda; introduz o
estado eterno.
Um único evento; nenhuma
distinção entre arrebatamento
e segunda vinda; Cristo retorna
após o milênio.
Arrebatamento e segunda vinda
simultâneos; Cristo volta para
reinar na terra.
A segunda vinda será em duas
fases; arrebatamento da igreja;
segunda vinda à terra sete anos
depois.
Ressurreição
Ressurreição geral dos crentes
e incrédulos na segunda vinda
de Cristo.
Ressurreição geral dos crentes e
incrédulos na segunda vinda
de Cristo.
Ressurreição dos crentes no início
do Milênio. Ressurreição dos
incrédulos no final do Milênio.
Distinção entre duas ressurreições:
1. Igreja no arrebatamento; 2.
Santos do Velho Testamento e
da tribulação na segunda vinda;
3. Incrédulos no final do Milênio.
Julgamentos
Julgamento geral de todas as
pessoas.
Julgamento geral de todas as
pessoas.
Julgamento na segunda vinda.
Julgamento no final da tribulação.
Distinção no julgamento:
1. Obras dos crentes no
arrebatamento; 2. Judeus/gentios
no final da tribulação; 3.
Incrédulos no final do Milênio.
Tribulação
A tribulação é experimentada
nesta era presente.
A tribulação é experimentada
nesta era presente.
Conceito pós-tribulação; a igreja
passará pela futura tribulação.
Conceito pré-tribulação: a igreja é
arrebatada antes da tribulação.
Milênio
Nenhum milênio literal na terra
após a segunda vinda. O reino
está presente na era da igreja.
A era presente tranforma-se no
Milênio por causa do progresso
do evangelho.
O Milênio é tanto presente
quanto futuro. Cristo está
reinando no céu. O Milênio não
tem necessariamente mil anos.
N a segunda vinda, Cristo inaugura
um milênio literal de mil anos
na terra.
Israel e a Igreja
A igreja é o novo Israel. N ão há
distinção entre Israel e a igreja.
A igreja é o novo Israel. N ão há
distinção entre Israel e a igreja.
Alguma distinção entre Israel e a
igreja. Há um futuro para Israel,
mas a igreja é o Israel espiritual.
Completa distinção entre Israel e
a igreja. Programa distinto para
cada um.
Defensores
L. Berkhof; O. T. Allis; G. C.
Berkhouwer
Charles Hodge; B. B. Warfield; W.
G. T. Shedd; A. H. Strong
G. E. Ladd; A. Reese; M. J.
Erickson
L. S. Chafer; J. D. Pentecost; C. C.
Ryrie; J. E Walvoord
Adaptado de Paul Enns, Moody Handbook of Theology (Chicago: Moody Press, 1989), p. 383. Usado mediante permissão.
88. Perspectivas sobre o Extincionismo
Declaração do
Conceito
Todas as pessoas são criadas imortais, mas aquelas que persistirem no pecado serão
completamente aniquiladas, ou seja, reduzidas à não-existência.
Proponentes
Arnóbio, Edward Fudge, Clark H. Pinnock, socinianos, John R. W. Stott, B. B. Warfield,
John Wenham
Princípios
Existe um inferno literal.
Nem todos serão salvos.
Existe apenas um tipo de existência futura.
Aqueles que não forem salvos serão eliminados ou aniquilados. Eles simplesmente
deixarão de existir.
Ninguém merece um sofrimento eterno e consciente.
Argumentos a Favor
Argumentos Contra
É inconsistente com o amor de Deus que ele permita
o tormento eterno de suas criaturas.
Essa noção dá ênfase excessiva ao aspecto material
do ser humano.
A cessação da existência está implícita em certos
termos aplicados ao destino dos ímpios, tais como
destruição (Mt 7.13; 10.28; 2 Ts 1.9) e perecer
(Jo 3.16).
Não há nenhuma evidência lexicográfica ou exegética
que sustente a afirmação de que tais termos
significam aniquilação. A maneira como esses
termos são usados na Escritura revela que não
podem significar aniquilação.
A punição eterna mencionada em Mateus 25.46
não significa algo infindável.
Em Mateus 25.46, é feito um paralelo entre a
existência dos crentes e a dos incrédulos. Afirma-se
que ambas as formas de existência são eternas. A
mesma palavra é usada em ambos os casos. Se a
passagem fala de vida eterna para o crente, também
deve estar falando de punição eterna para o
incrédulo. De outro modo, a palavra “eterno” tem
dois sentidos contrastantes no mesmo versículo.
Somente Deus possui imortalidade (1 Tm 1.17;
6.16).
Deus também confere imortalidade aos santos anjos e
à humanidade redimida. Somente Deus tem vida e
imortalidade em si mesmo (Jo 5.26), mas isso não
significa que ele não tenha conferido existência
infindável como uma dádiva natural às suas
criaturas racionais. A Escritura apresenta a morte
como uma punição pelo pecado (Gn 2.17; Rm 5.12)
em vez da imortalidade como uma recompensa
pela obediência.
A imortalidade é um dom especial relacionado com
a redenção em Jesus Cristo (Rm 2.7; 1 Co 15.5254; 2 Tm 1.10).
A vida eterna é uma qualidade de vida que os ímpios
jamais experimentarão. A expressão “vida eterna"
não indica uma existência sem fim, mas refere-se
à felicidade da verdadeira comunhão com Deus
Qo 17.3).
89* Castigo Eterno
Descrição
Trevas (Mt 8.12)
Choro e ranger de dentes (Mt 8.12; 13.50; 22.13; 24-51)
Fornalha de fogo (Mt 13.50)
Fogo eterno (Mt 25.41)
Fogo inextinguível (Lc 3.17)
Abismo (Ap 9.1-11)
Tormento eterno, sem descanso de dia ou de noite (Ap 14.10-11)
Lago do fogo (Ap 19.20; 21.8)
Negridão das trevas (Judas 13)
Participantes
Satanás (Ap 20.10)
A besta e o falso profeta (Ap 20.10)
Anjos pecaminosos (2 Pe 2.4)
Seres humanos (corpo e alma) serão lançados na punição eterna (Mt 5.30; 10:28; 18.9;
Ap 20.15).
Efeitos
Separação de Deus e da sua glória (2 Ts 1.9)
Diferentes graus de punição (Mt 11.21-24; Lc 12.47-48)
Estado eterno final; sem segunda oportunidade (Is 66.24; Mc 9.44-48; Mt 25.46; 2 Ts 1.9)
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EM QUADROS
Teologia Cristã em Quadros apresenta de uma maneira sucin­
ta, equilibrada e sistemática as diferentes perspectivas acerca
de uma grande variedade de temas teológicos de enorme im­
portância, tais como:
• Teorias evangélicas da inerrância
• Argumentos clássicos a favor da existência de Deus
• Profecias messiânicas cumpridas em Cristo
• O ensino bíblico acerca do Espírito Santo
• Os filhos de Deus em Gênesis 6
• Os cinco pontos do calvinismo e do arminianismo
• Quatro concepções sobre o batismo em água
• Concepções acerca das últimas coisas
Estes e muitos outros assuntos abordados tomam essa obra
de consulta imprescindível para todo estudioso que verdadei­
ramente valoriza a Palavra de Deus e deseja saber o que Ele
revelou sobre si mesmo, sua natureza e atributos, bem como
sobre outros temas relacionados à Teologia Cristã.
H. Wayne House nasceu em 1948. Doutorou-se em Teologia no
Categoria: Teologia/Referência
Dallas Theological Seminary e em Direito na Cobum School o f Law.
ISHM 85-7367-311-7
Com mais de 25 anos de experiência em instituições acadêmicas,
atualmente é professor de Direito e de Teologia e Cultura na Trinity
International University, além de professor visitante de Teologia no
Michigan Theological Seminary. Ele é autor de vários livros sobre
Teologia e colaborador freqüente de periódicos especializados.
H. Wayne House é casado com Leta e têm dois filhos.
9788573 673111
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H. Wayne House