Trabalho Submetido para Avaliação - 14/05/2012 13:45:54
MÉTODOS PARA MANEJO DE ACESSOS VENOSOS PERIFÉRICOS: OPINIÕES
DE TÉCNICOS EM ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RS
BRISA LUCCAS DE CAMARGO BRITO ([email protected]) / Acadêmica de Pós Graduação. Centro
Universitário Franciscano (UNIFRA), Bagé-RS
DAIANE DOS SANTOS RODRIGUES ([email protected]) / Acadêmica de Pós Graduação. Centro
Universitário Franciscano (UNIFRA), Bento Gonçalves-RS
CÁSSIA MARIA NOBLE MOREIRA ([email protected]) / Acadêmica de Pós Graduação. Centro
Universitário Franciscano (UNIFRA), Bagé-RS
ORIENTADOR: MICHELE GRECO ([email protected]) / Enfermeira do SCIH do Hospital
Universitário Dr. Mário Araújo. Universidade da Região da Campanha (U, Bagé-RS
Palavras-Chave:
Acesso venoso; Manutenção; Permeabilidade; Opiniões; Técnicos em Enfermagem
A maioria dos pacientes que encontram-se hospitalizados necessitam da instalação de cateteres no sistema
venoso central ou periférico como um importante recurso terapêutico, para a administração de antibióticos,
analgésicos, soroterapia, sangue entre outros. Em função disto é de suma importância a manutenção da
permeabilidade dos acessos venosos. Estudos comprovam que utilização da solução heparinizada para
manter um acesso venoso permeável oferece riscos como sangramentos, trombocitopenia, reação anafilática
e a possibilidade de imcompatibilidade com algumas medicações e alguns antibióticos. Diante do exposto,
optamos por introduzir o uso da solução salina para manutenção da permeabilidade de acessos venosos
periféricos de pacientes de um hospital onde se utilizava por padrão a solução heparinizada para manter a
permeabilidade deste tipo de acesso. Tendo como objetivos observar as reações dos pacientes submetidos
ao estudo e investigar opiniões de técnicos em enfermagem sobre a eficiência percebida pelos mesmos
comparada ao uso da solução heparinizada. A relevância deste estudo é representada pelos resultados do
mesmo, que podem ser utilizados, por esta e outras instituições que utilizam o mesmo método, podem ajudar
a diminuir o surgimento de complicações nos pacientes provocadas pela utilização da solução heparinizada
com a finalidade de preservar a permeabilidade de acessos venosos periféricos. A pesquisa do tipo
qualitativa foi realizada na Unidade de Internação 3 do Hospital Universitário da Universidade da Região da
Campanha localizado no município de Bagé/RS. As populações da pesquisa foram os pacientes que
possuíam acessos venosos periféricos bem como a necessidade de mantê-los permeáveis, e os técnicos em
enfermagem que trabalham na unidade. A pesquisa foi desenvolvida durante o período de 10 dias, em
pacientes que mantiveram-se internados durante este período. A obtenção dos dados deu-se pela utilização
da solução salina durante a rotina de utilização dos acessos venoso e posteriormente foi oferecido um
questionário aos técnicos em enfermagem para que expusessem suas opiniões sobre os resultados da
pesquisa. Os dados foram analisados primeiramente através do acompanhamento de cada acesso venoso
pesquisado e catalogado e posteriormente procedeu-se á leitura cuidadosa e observação da freqüência das
respostas a cada pergunta respondida por cada técnico em enfermagem. O projeto da pesquisa foi aprovado
pelo comitê de ética do Hospital, deste modo foram seguidas as diretrizes da Resolução 196/96, do Conselho
Nacional de Saúde que diz respeito à pesquisa com seres humanos. Foi assegurada a autonomia das
populações estudadas que aceitaram em participar da pesquisa mediante suas assinaturas no Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. Foram selecionados para participar da pesquisa somente os pacientes
que possuíam cateteres venosos periféricos do tipo Abocath®, por ser o tipo de cateter periférico que é
utilizado com maior freqüência. Durante o período de desenvolvimento da pesquisa foram salinizados 109
acessos periféricos. Dentre os acessos estudados ocorreram 3 casos de pacientes que tiveram a perda do
acesso venoso causado por rompimento do vaso sanguíneo no local da punção, e 1 caso de acesso venoso
obstruído. Participaram da pesquisa 7 Técnicos em Enfermagem de ambos os sexos e com mais de 4 anos
de experiência na área. Buscamos inicialmente investigar os efeitos percebidos pelos Técnico em
Enfermagem pelo usos constante da solução heparinizada para manter a permeabilidade dos acessos
venosos. Na opinião da maioria são percebidas hemorragias, trombose, flebite, perda do acesso e edema na
região. Os efeitos observados pelos Técnicos em Enfermagem nos acessos venosos dos pacientes em que
foi utilizada a solução salinizada foram a obstrução dos acessos em pacientes com veias menos calibrosas.
No entanto, não foi identificado nenhum efeito adverso no grupo de pacientes que se submeteram a
participar do estudo. Os técnicos em Enfermagem observaram como vantagens do uso da solução salina o
surgimento de poucos efeitos adversos comparado ao uso da solução heparinizada, outra vantagem
observada pelos mesmos foi o fato da solução salina não possuir contra indicações o que representa um
benefício para a saúde do paciente. A proposta de padronização da solução salina para manutenção dos
acesos venosos periféricos foi considerada por todos os Técnicos em Enfermagem que participaram da
pesquisa como um como uma importante melhoria no manejo dos cuidados de enfermagem com os acessos
venosos periféricos. Concluímos que a utilização da solução salina para manter a permeabilidade dos acesos
venosos periféricos é uma alternativa eficiente comparada ao uso da solução heparinizada sendo utilizada
para a mesma finalidade.
REFERÊNCIAS:
Isabella, APJ; Caseiro, AC; Barros, ALBL; Michel, JLM.; Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de
enfermagem no adulto.; Porto Alegre; Artmed; 2010.
Dopico, SL; Oliveira, TF.; Recomendações para o uso da solução salina 0,9% em cateteres venosos
periféricos; Rev Enf Global; 11; 1-9; 2007.
Oliveira FT, Silva LD.; . Uso da solução salina para manutenção de acessos venosos:uma revisão; Rev Bras
Enferm; 59; 787-790; 2006.
Gonçalves, VCS; Gutiérrez, MGR; Glashan, RQ. ; Manutenção de Cateteres Venosos Periféricos de Longa
Permanência com Infusão Intermitente; Acta Paul. Enf; 11; 1-9; 1988.
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde.; Resolução n. 196/96 sobre pesquisa envolvendo
seres humanos; http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/reso_96.htm; março 2011.
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