ESPECIAL
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Cidades
O Estado do Maranhão - São Luís, 25 de dezembro de 2011 - domingo
Especial
Tradições natalinas ratificam
maioria cristã em São Luís
Conforme o Novo Mapa das Religiões feito pela Fundação Getúlio Vargas, São Luís é a sexta capital brasileira com
maior volume de católicos, com 71,8% da população; em 2003, eram 76%; evangélicos históricos somam 8,9%
O
sentimento
cristão
e as lembranças sobre o nascimento de
Cristo ratificam
que São Luís
tem uma população quase em sua totalidade formada por cristãos. Pesquisa recentemente divulgada pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV)
chamada Novo Mapa das Religiões mostra que na capital maranhense 71,8% da população é
declaradamente católica, pelo
menos 700 mil pessoas. A capital do Maranhão é a que detém
a sexta maior população católica do país.
Entre os evangélicos pentecostais (integrantes da Assembleia de Deus, Igreja Universal
do Reino de Deus, entre outras),
os adeptos dessa ramificação do
cristianismo chegam a 13% em
São Luís, cerca de 120 mil pessoas. Os chamados evangélicos
históricos ou não pentencostais
somam 8,9% na capital. Os cristãos chegam a 93,7%, conforme
dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Os dados da Fundação Getúlio Vargas também mostram
que houve nos últimos sete
Biaman Prado
Biné Morais
Fiéis assistem à Missa do Galo na Igreja da Sé; 71,8% da população de São Luís é declaradamente católica
anos crescimento das populações evangélicas e queda do número de declaradamente católicos. Se hoje 71,85% dos ludovicenses são católicos, em 2003
eram 76%. O universo de evangélicos pentecostais cresceu três
pontos percentuais no período.
Entre as capitais brasileiras,
São Luís tem um número de católicos inferior apenas ao de Teresina (PI), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Macapá (AP) e Ara-
caju (SE). Em Teresina, 80,66% da
população é declaradamente católica. Entre os evangélicos pentecostais, São Luís tem o 13°
maior percentual de evangélicos
entre as capitais. Rio Branco (AC)
detém o maior percentual de
evangélicos do Brasil: 28,43%, e
Aracaju (SE), a menor população
de evangélicos pentecostais entre as captais: 4,18%. Já entre os
não pentecostais, a capital tem a
15ª maior população entre as ca-
pitais.
Por causa do grande número de cristãos na capital, segundo líderes religiosos, é comum
serem vistos símbolos alusivos
ao Natal nas casas das pessoas,
como as árvores de Natal e presépios entre outros elementos.
Mesmo com um universo tão
grande de cristãos, líderes católicos e evangélicos manifestaram
preocupação com alguns desvirtuamentos do sentimento de
Para o pastor Eliézer da Silva, Natal deve ser de reflexão sobre o sentido da vida
Natal. Apesar disso, eles dizem
que não há como se desvincular
certos hábitos que surgiram através dos tempos.
O pastor presidente da Primeira Igreja Batista de São Luís,
Eliézer Lourenço da Silva, afirma que o Natal deve ser um
momento para que os cristãos
reflitam sobre o sentido da vida
e sobre as mensagens de Jesus
na Terra. "Às vezes, pensamos
apenas em ceias, presentes. Mas
vivenciar o Natal vai além disso. Todo cristão deve pensar que
Cristo pode bater a sua porta de
diversas maneiras. Até mesmo
com o gari ou uma mãe com o
filho com fome no colo", analisou Silva. "O Natal para os cristãos deve ser uma data para se
celebrar a vida", ponderou o arcebispo metropolitano de São
Luís, dom Belisário da Silva.
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Biaman Prado
Significados dos símbolos
Árvore de Natal
No mundo, milhões de famílias celebram o Natal ao redor de uma árvore. A árvore, símbolo da vida, é uma tradição mais antiga do que o próprio Cristianismo, e não é exclusiva de uma só religião.
Muito antes de existir o Natal, os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano em dezembro
como um símbolo de triunfo da vida sobre a morte.
Já o costume de ornamentar a árvore pode ter surgido do hábito que os
druidas tinham de decorar velhos carvalhos com maçãs douradas para
as festividades deste mesmo dia do ano. A primeira referência a uma "
Árvore de Natal" é do século XVI. Na Alemanha, famílias ricas e pobres
decoravam árvores com papel colorido, frutas e doces. Esta tradição se
espalhou pela Europa e chegou aos Estados Unidos pelos colonizadores
alemães. Logo, a árvore de Natal passou a ser popular em todo mundo.
Pinheiro
É a única árvore que não perde suas folhas durante o ano todo. Permanece sempre viva e verde. Foi usado pela primeira vez pela rainha da Inglaterra Elizabete e por ocasião do dia 25 de Dezembro, quando oferecia
uma grande festa e recebia muitos presentes .
Não podendo recebê-los todos pessoalmente pediu que fossem depositados em baixo de uma árvore no jardim. Origina-se daí, igualmente, o
costume depositar os presentes em baixo da árvore. Árvore verde também trás a esperança , a alegria e a vida nova. O verde constante do pinheiro, a vida permanente e plena que Jesus Cristo aparece.
Bolas coloridas que enfeitam as árvores
Simbolizam os frutos da "árvore vida" ou seja, Jesus Cristo.
O Presépio
Um dos símbolos mais comuns no Natal dos países católicos é a reprodução do cenário onde Jesus Cristo nasceu: uma manjedoura, animais, pastores, os três reis magos, Maria, José e o Menino Jesus.
O costume de montar presépios surgiu com São Francisco de Assis, que
pediu a um homem chamado Giovanni Villita que criasse o primeiro presépio para visualizar, sensibilizar, facilitar a meditação da mensagem evangélica, do, conteúdo, do mistério de Jesus Cristo que nasce na pobreza,
na simplicidade.
São Francisco, então, celebrou uma missa em frente deste presépio, inspirando devoção a todos que o assistiam.
Papai Noel
Ele foi inspirado no bispo Nicolau, que viveu e pontificou na cidade de
Myra, Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente,
quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos.
Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí
correu o mundo. Nos Estados Unidos, a tradição do velhinho de barba
comprida e roupas vermelhas que anda num trenó puxado por renas ganhou força. A figura do Papai Noel que conhecemos hoje foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper's Weeklys, em 1881.
O cartão de Natal
A prática de enviar cartões de Natal surgiu na Inglaterra no ano de 1843.
Em 1849 os primeiros cartões populares de Natal começaram a ser vendidos por um artista inglês chamado William Egly.
Independentemente da sofisticação, beleza e simplicidade, os cartões são
símbolos do inter-relacionamento do homem. O ser humano é comunicação, é relacionamento. A dimensão dialogal, de comunhão, de empatia
vem expresso pela palavra escrita. Ao falarmos em palavra, nos vem à
mente o prólogo do evangelho de São João: Cristo é o Verbo, a Palavra
criadora, unificadora e salvadora de Deus (Jo 1,1-5).
Os presentes
Existem muitas origens para este símbolo. Uma delas conta que São Nicolau, um anônimo benfeitor, presenteava as pessoas no período natalino.
Outra tradição mais antiga, lembra os três reis magos que presentearam
Jesus. O dia e o motivo de dar e receber presentes varia de país para país.
A origem dos presentes por ocasião do final do ano tem origem pagã e
que a tradição cristã foi aos poucos assimilando.
Os romanos, há mais de 1500 anos, tinham o costume de enviar presentes aos amigos no início do ano novo. Tal hábito coincidia aos festejos ao
deus Janus (um deus bifronte, que olhava para o ano que terminava e para o que começava) e, talvez as origens do nosso reveillon e outras comemorações de fim de ano. Esta festa complementava a festa do sol (25 de
dezembro).
Com o crescimento do cristianismo essas festas foram ganhando sentido
cristão: Cristo é o Sol que ilumina o caminho dos homens; Ele é o Senhor
da História; é o grande presente de Deus à humanidade.
Fonte:www.catequisar.com.br
Presépio gigante montado na Praça Maria Aragão reproduz a visita dos três reis magos a Jesus, que repousa em uma manjedoura cercado por Maria e José
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