MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS
E CIÊNCIAS ECONÔMICAS
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
PLANO DE ENSINO
Disciplina: Nova Economia Institucional
CHS: 64 horas
Curso: Ciências Econômicas
Unidade: FACE
Semestre: 2014/2
Pré-Requisitos: Macroeconomia I e Microeconomia II
Horário: Matutino: 3ª das 8:00h às 11:40h, Noturno: 3ª das 18:50 às 22:00h
Professor: Everton Sotto Tibiriçá Rosa
1. EMENTA:
A natureza da empresa: origens, evolução e desenvolvimento. Mercados e hierarquias. As
instituições econômicas. Teoria dos Custos de Transação.
2. OBJETIVOS:
Apresentar a formação das ideias econômicas no contexto da abordagem histórica e evolucionária da
escola Institucionalista e da teoria microeconômica do Novo Institucionalismo, destacando as
peculiaridades da dimensão social, histórica, coletiva e institucional aplicadas aos principais problemas
econômicos associados aos mercados, empresas, indivíduos e tomada de decisão.
3. CONTEÚDO
UNIDADE I. INTRODUÇÃO
1.1. Esclarecimentos de ordem:
- Economia Institucional, Nova Economia Institucional, Instituições e Indivíduos
- O que há de novo? O que seria o velho?
HODGSON (1998); RONCAGLIA (2005) 17.4; COASE (1998);
1.2. Precursores da abordagem institucional:
- Século XIX: divergências na Era de Ricardo: Rodbertus, Wagner, Friedrich List,
- A Escola Histórica Alemã (a "Velha" e a "Jovem");
LIST (1841) 11; RONCAGLIA (2005) 9.6; SCREPANTI & ZAGMANI (2005) 3.2.5;
SCHUMPETER (1954) parte 4 - cap.4 (a, b)
1.3. O Debate do Método na ciência econômica: Menger e a Jovem Escola Histórica;
SCREPANTI & ZAGMANI (2005) 3.2.5; RONCAGLIA (2005) 11.2; SCHUMPETER (1954) parte 4
- cap.4 (c).
UNIDADE II. A ECONOMIA INSTITUCIONAL: abordagem empírica, dinâmica e evolucionária para
a ciência econômica
3.1. Thorstein Veblen: A teoria da Classe Ociosa, A teoria da Empresa, ciência evolucionária
VEBLEN (1899); VEBLEN (1904); VEBLEN (1898); SCREPANTI & ZAGMANI (2005) 8.5;
GALBRAITH (2007); RONCAGLIA (2005) 13.8;
3.2. John Commons: Economia Institucional
COMMONS (1934); MITCHELL (1935)
3.3. Wesley Mitchell: abordagem do ciclo econômico, National Bureau of Economic Analysis
MITCHELL (1913); MINSKY (1992); SCHUMPETER (1954) parte 5 - cap.4; BRUE
3.4. Adolf Berle: A Corporação Moderna e a Propriedade Privada
BERLE & MEANS (1932)
3.5. John K. Galbraith: Sociedade Afluente, Poder Compensatório,
1
GALBRAITH (2007); STIGLITZ (2006); SCREPANTI & ZAGMANI (2005) 12.3.4;
UNIDADE III. "NOVA" ECONOMIA INSTITUCIONAL: nova síntese neoclássica, reforma no
mainstream econômico, a aplicação de "teoria" na abordagem das instituições
4.1. Ronald Coase: custos de transação, externalidades e o custo social
COASE (1937); COASE (1991); COASE (1998)
4.2. Oliver Willianson: racionalidade limitada e oportunismo, estruturas de governança
WILLIANSON (1975); WILLIANSON (2005); SIMON ();
4.3. Direito de Propriedade, Public Choice (Demsetz, Buchanan, Tullock)
BRUE (2005) cap. 16.
4.4. Douglas North: aspectos do "velho" institucionalismo, instituições e teoria microeconômica
NORTH (1990); NORTH (1997); SCREPANTI & ZAGMANI (2005) 12.3.3
UNIDADE IV. ASPECTOS DA ABORDAGEM INSTITUCIONAL EM OUTRAS 'ESCOLAS': sinergia
com a abordagem Institucionalista e crítica à aborgagem da Nova Economia Institucional
4.1. Myrdal, G., Hirschmann, A., Young, A.: causação cumulativa, desenvolvimento econômico
Myrdal (1959); SCREPANTI & ZAGMANI (2005) 12.3.6
4.2. Friedrich von Hayek: escola austríaca, a questão do método e a crítica ao mainstream
SCREPANTI & ZAGMANI (2005) 12.3.7; RONCAGLIA (2005) 11.6
4.3. Hymman Minsky: economia monetária de Keynes, instituições e incerteza
MINSKY (1996); MINSKY (1992); FERRARI-FILHO ()
4.4. Organização Industrial, Teoria Evolucionária da Firma: Nelson & Winter, Dosi. G, Chandler.
NELSON & WINTER; HODGSON (1993); SCREPANTI & ZAGMANI (2005) 12.3.5;
4. METODOLOGIA
O conteúdo programático será ministrado através de aulas expositivas. Serão realizados seminários em
sala de aula para a discussão de textos e assuntos selecionados.
5. RECURSOS DISPONÍVEIS
- Lousa e giz; Data Show.
6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação será composta por resenhas sobre tópicos selecionados (30%), atividades agendadas
(30%), provas surpresa (20%), seminário (10%) e participação em aula (10%). As notas finais serão
ponderadas pela frequência do aluno. O aluno será considerado aprovado se obtiver Média Final maior
ou igual a 6,0 e tiver o mínimo de 75% de presença na carga horária da disciplina. Informações
adicionais podem ser encontradas no Regulamento Geral de Cursos de Graduação da UFG (RGCG).
7. DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES
Os resultados das avaliações parciais serão divulgados nos murais da Secretaria Acadêmica da FACE,
identificados pelo número de matrícula do aluno. O resultado da média final será divulgado diretamente
no Portal do Aluno, podendo também ser feito uso dos murais da secretaria acadêmica. Seguindo o
artigo 81 do RGCG, o estudante poderá solicitar revisão de nota no prazo máximo de cinco dias úteis a
partir da data de divulgação da nota.
8. CRONOGRAMA PREVISTO DE EXECUÇÃO (Sujeito a alterações no decorrer do semestre)
CONTEÚDO
UNIDADE I
UNIDADE II
UNIDADE III
N. DE HORAS-AULA PREVISTAS
8
24
16
2
UNIDADE IV
TOTAL DE HORAS-AULA
* sujeito a alterações no decorrer do semestre.
16
64
9. BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
BERLE. A.; MEANS.; G. [1932] A Moderna Sociedade Anônima e a Propriedade Privada. São Paulo,
Nova Cultural, (Os Economistas), 1987.
COASE, R. [1937] The Nature of the Firm. Economica 4 (16): 386–405. 1937.
COASE, R. [1991] The Institutional Structure of Production. Prize Lecture, The Sveriges Riksbank
Prize in Economics Sciences in Memory of Alfred Nobel, December 9, 1991.
COMMONS, J. Institutional Economics,The American Economic Review, Vol. 21, No. 4, (Dec., 1931),
pp. 648-657.
GALBRAITH, J. K. Galbraith Essencial: os principais ensaios de John Kenneth Galbraith. São
Paulo: Futura, 2007.
HAYEK, F. Law, Legislation and Liberty, 1973-9.
HAYEK, F. The fatal conceit: The errors of socialism. The collected works of Friedrich August Hayek.
Vol. I. Ed.: W. W. BARTLEY III. London: Routledge, 1988.
HODGSON, G. The Approach of Institutional Economics. Journal of Economic Literature, vol XXXVI
(March1998), pp. 166-192.
RONCÁGLIA, A. The Wealth of Ideas: A History of Economic Thought. New York, Cambridge
University Press, 2005.
SCHUMPETER, J. [1954] History of Economic Analysis. Taylor & Francis e-Library, 2006.
SCREPANTI, E.; ZAMAGNI, S. An Outline of the History of Economic Thought. New York, Oxford
University Press Inc., 2005.
NORTH, D. Institutions, institutional change, and economic performance. Cambridge: Cambridge
U. Press, 1990.
MITCHELL, W. Business Cycles and Their Causes, 1913.
MITCHELL, W. Commons on Institutional Economics, The American Economic Review, Vol. 25, No.
4 (Dec., 1935), pp. 635-652.
MYRDAL, G. Economic Theory and Underdeveloped Regions, 1957.
MINSKY, H. The Structure of Financial Institutions and the Dynamic Behavior of the Economy.
Hyman P. Minsky Archive. Paper 178. http://digitalcommons.bard.edu/hm_archive/178
MINSKY, H. Uncertainty and the Institutional Structure of Capitalist Economies. The Jerome Levy
Economics Institute of Bard College, Working Paper nº 155, April 1996.
VEBLEN, T. The Theory of Business Enterprise, 1904.
VEBLEN, T. The Theory of the Leisure Class: An economic study in the evolution of institutions.
New York: Macmillan, 1899.
VEBLEN, T. ‘Why Is Economics not an Evolutionary Science?’ Quarterly Journal of Economics,
1989.
WILLIANSON, O. The Economics of Governance. Berkeley, University of California, 2005.
WILLIAMSON, O. Markets and hierarchies, analysis and anti-trust implications: A study in the
economics of internal organization. New York: Free Press, 1975.
COMPLEMENTAR
BRUE, STANLEY. The Evolution of Economic Thought. São Paulo, Thonson Learning, 2005.
CHANDLER JR, A. [1992] What is the firm? A historical perspective.
GALBRAITH, J. K. [1967] O Novo Estado Industrial. São Paulo, Abril Cultural (Os Economistas), 1982.
KEYNES, J. M. [1926] The end of laissez-faire. London, Hogarth Press, 1926.
KUPFER, D.; HASENCLEVER, L. (orgs.) Economia Industrial: fundamentos teóricos e práticas no
Brasil. Rio de Janeiro, Campus, 2000.
LIST, F. [1841] Sistema Nacional de Economia Política.México, Fondo de Cultura Económica, 1942.
3
NELSON, R., WINTER, S. An evolutionary theory of economic change. Cambridge, Mass.: Harvard
University Press, 1982.
NORTH, D. ‘Institutions and Economic Theory’, American Economist, 1992. O’Driscoll G. P. and
Rizzo M. The Economics of Time and Ignorance, 1985.
SIMON, H. “Rational Decision Making in Business Organizations,” Amer. Econ. Rev., Sept. 1979, pp.
69(4), 493–513.
SMITH, A. [1776] A Riqueza das Nações. São Paulo, Nova Cultural (Os Economistas), 1988.
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Professor Everton Sotto Tibiriçá Rosa
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Coordenador do Curso de Ciências Econômicas da FACE-UFG
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