NAURU
CONFISSÕES RELIGIOSAS 1
Budistas (1%)
Cristãos (79%)
- Católicos (33,1%)
- Protestantes
(45,5%)
- Outros Cristãos
(0,4%)
Outras Religiões
(7,4%)
Religiões
Tradicionais
(8,1%)
Sem Religião
(4,5%)
2
3
População :
Superfície :
10.000
21 km
2
Refugiados
(internos)*:
Refugiados
(externos)**:
-
-
Deslocados:
-
* Refugiados estrangeiros a viver neste país.
** Cidadãos deste país a viver no estrangeiro.
Esta pequena ilha era uma colónia alemã no final do século XIX e, depois da Primeira Guerra
Mundial, foi administrada pela Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido segundo um mandato
da Liga das Nações. Foi ocupada pelos japoneses na Segunda Guerra Mundial. Nauru tornouse independente em 1968.
Não existe religião estatal. A maior parte dos funcionários governamentais são membros da
Igreja Protestante de Nauru. A Constituição de 1968 4 garante o direito à liberdade de
consciência, expressão, assembleia e associação. Contudo, também afirma que estas
liberdades podem ser restringidas por qualquer lei «que seja razoavelmente necessária... no
interesse da defesa, segurança pública, ordem pública, moral pública ou saúde pública». O
Departamento de Estado Norte-Americano referiu que não havia indicações de discriminação
social geral contra denominações religiosas específicas.
1
www.globalreligiousfutures.org/countries/nauru
http://data.un.org/CountryProfile.aspx?crname=Nauru
3
Ibidem
4
www.constituteproject.org/constitution/Nauru_1968
2
No passado, os Mórmones e as Testemunhas de Jeová foram os principais a sofrer o impacto
de políticas governamentais sobre liberdade religiosa. A atitude do Governo está enraizada no
facto de os dois grupos obterem os seus convertidos entre trabalhadores estrangeiros na
indústria de fosfatos do país, que praticam religiões diferentes das dos cidadãos nascidos na
ilha. Tem havido resistência por parte de alguns elementos da Igreja Protestante de Nauru em
relação aos Mórmones e às Testemunhas de Jeová. Eles temem que o proselitismo realizado
por estes grupos possa criar tensões nas famílias.
Os convertidos realizam serviços religiosos nas casas da empresa onde trabalham. Este tipo de
culto foi impedido no passado, embora não haja relatos de que as restrições continuam. O
Governo também informou os líderes de ambos os grupos que, segundo as disposições legais
da portaria sobre o nascimento, a morte e o casamento, as suas Igrejas devem registar-se junto
do Governo para operarem oficialmente. Até que este registo aconteça, não podem construir
igrejas nem realizar serviços religiosos. A Igreja Católica, a Igreja Congregacional de Nauru e
a Igreja Protestante de Kiribati são as únicas oficialmente registadas.
Mas os missionários de vários outros grupos cristãos estão activos no país e trabalham
livremente. Durante o período em análise, não houve acontecimentos significativos
relacionados com violações da liberdade religiosa. Contudo, as tensões sociais têm estado a
aumentar. O relatório anual do Departamento de Estado Norte-Americano para o país referiu
que os problemas económicos resultantes da redução da receita na importante indústria de
extracção de fosfatos do país levaram a algumas tensões sociais.
Uma nova fonte de tensões sociais vem do controverso centro australiano de detenção de
imigrantes que se localiza em Nauru, segundo um acordo com a Austrália. O jornal Sydney
Morning Herald reportou que 543 tâmiles, iraquianos, sudaneses e iranianos estão no centro
de detenção. Os detidos protestaram repetidamente contra as condições de vida nos seus
campos. Enquanto no passado havia ampla solidariedade para com os detidos, em Outubro de
2013 houve uma luta entre os detidos e alguns membros da população local. O jornal
Greenleft Weekly reportou que um habitante local, identificado como trabalhador do Exército
de Salvação, atacou um detido libanês que precisou de levar pontos numa ferida na cabeça.
No entanto, isto não foi visto como um incidente de violência relacionado com a religião.
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Esta pequena ilha era uma colónia alemã no final do século XIX e