Como representar ondas? Observemos ao lado a fotografia de uma tina de ondas em funcionamento. Quando a ponta do vibrador toca a água ele produz uma perturbação na superfície da água. Esta perturbação propaga-se a todos os pontos da superfície da água. A partir deste ponto vemos uma sucessão de bandas circulares as quais estão representadas na fotografia ao lado. Umas bandas são escuras e outras são claras. O esquema da figura 1 permite justificar tal situação Lâmpada Corte transversal na superfície da água Alvo Figura 1 – esquema da tina de ondas Figura 2 – representação esquemática de uma onda circular Neste caso podemos descrever a onda por linhas circulares (Figura 2). A forma circular deve-se ao facto de a velocidade da onda ter o mesmo valor em qualquer direcção da superfície da água. Em cada linha de onda as partículas de água estão na mesma fase de vibração. No espaço a três dimensões as linhas dão lugar a superfícies esféricas cujo centro é, o ponto onde foi originada a perturbação (Figura 3). Os raios de onda indicam a direcção de propagação da onda e são perpendiculares ás superfícies de onda. No plano, podemos representar a superfície de onda por uma linha e o raio de onda por uma seta. As ondas podem ser representadas tanto pelos raios de onda como pelas superfícies de onda. Figura 3 – raio de onda e superfície de onda N As ondas electromagnéticas emitidas por uma fonte pontual no vácuo correspondem a superfícies de onda perfeitamente esféricas que atingem áreas cada vez maiores, à medida que se afastam da fonte. A figura 4 pretende ilustrar uma área rectangular de duas superfícies de onda esféricas com origem numa fonte pontual. Figura 4 – superfícies de onda Uma superfície de onda que se considere suficientemente longe da fonte que lhe deu origem, pode ser considerada uma superfície de onda plana, sendo os raios de onda que a atravessam paralelos entre si. Este modelo pode ser aplicado aos raios solares, na medida em que, o Sol estando muito longe da Terra, faz com que as superfícies de onda que origina e que atingem o nosso planeta possam ser consideradas planas pelo que os raios de onda que as atravessam são paralelos entre si (Figura 5). Terra Figura 5 – superfícies de onda que atingem a Terra vindas do Sol As ondas sonoras emitidas por um diapasão podem ser esquematizadas tal como ilustra a figura 6. Repare-se que existem zonas em que as linhas de onda estão mais próximas e zonas em que elas estão mais afastadas, esta disposição sugere que este tipo de ondas é longitudinal. Neste tipo de ondas a perturbação (oscilação da pressão do ar) ocorre na mesma direcção de propagação da onda. Zona de ar menos denso , ou seja, de menor pressão Zona de ar mais denso , ou seja, de maior pressão Figura 6 – representação esquemática de ondas sonoras originadas num diapasão N