ÁCIDO URICO:
O ácido úrico é o produto final do metabolismo das purinas, estando elevado em várias
situações clinicas além da gota. Somente 10% dos pacientes com hiperuricemia tem gota.
Níveis elevados também são encontrados na insuficiência renal, etilismo, cetoacidose
diabética, psoríase, pré-eclâmpsia, dieta rica em purinas, neoplasias, pós quimioterapias e
radioterapias, uso de paracetamol , ampicilina, aspirina(doses baixas), didadosina, diuréticos,
beta-bloqueadores, dentre outras drogas. Diminuição dos níveis é encontrada em dietas
pobres em purina, defeitos dos túbulos renais, porfiria, uso de tetraciclina, alupurinol, aspirina,
corticóides, indometacina, metotrexato, metildopa, verapamil, intoxicação por metais
pesados, e no aumento do clearence renal.
Sinonímia: Uricemia,Urato
Material: Soro
Exames afins: Ácido úrico urinário, Provas de atividade reumática, Fator reumatóide
Valores de referências: Homens: 2,5 a 7,0 mg/dl
Mulheres: 1,5 a 6,0 mg/dl
Preparo: Jejum de 8 horas
Interpretação: Aumento: gota, midixidema, acromegalia, pseudo e hipoparatireoidismo.
Diabetes,
hipercolesterollemia,
obesidade,
hiperparatireoidismo,
leucemia,
mieloma
múltiplo,policetemia, mielofibrose, anemias hemolíticas, metaplasia mieloide, anemia
perniciosa, linfomas, pneumonia, jejum, mononucleose, insuficiência renal, pré-eclampsia,
insuficiência cardíaca, infarto miocárdio, hipertensão arterial, artrite reumatóide, eczema
crônico.
Diminuição:
D.
de
Wilson,
alcoolismo
com
hepatopatia,
contrastes
radiológicos,
hemocromatose, S. do hormônio anti diurético, alopurinol, probenecid, anti inflamatórios não
esteróides, aspirina e vitamina C.
1
ALBUMINA:
A albumina é a proteína mais abundante no plasma. É sintetizada no fígado em velocidade
dependente da ingestão protéica, mas regulada por retroalimentação pelo teor de albumina
circulante.
Hiperalbuminemia é encontrada na desidratação. A diminuição é encontrada na cirrose
hepática, cirrose biliar primaria, D. de Nilson, hemacromatose deficiência de alfa1- antitripsina,
hepatite viral, auto imune, alcoólica ou induzida por drogas , S. nefrótica, má nutrição,
hipertireoidismo.
Material: Soro
Exames afins: Eletroforese de proteínas, proteínas totais e frações
Valores de referências: Soro: 3,5 a 5,5g/dl
Preparo: Jejum de 4 horas
AMILASE:
È uma enzima excretada pelo pâncreas, sensível no diagnostico de pancreatite aguda.Eleva-se
12 horas após o inicio da pancreatite e persiste por 3 a 4 dias.Valores 3 a 5 vezes a cima do
nível normal são considerados significativos.Níveis elevados também são encontrados em
tumores periampulares, caxumba, ulcera péptica perfurada, obstrução e infarto intestinal,
colecistopatias sem pancreatite, cirrose hepática, aneurisma de aorta, apendicite, traumas,
queimaduras, uso de colinérgicos, meperidina e morfinas.Hipertrigliceridemia pode causar
resultados falsamente baixos.
Sinonímia: Amilasemia, Alfa-milase
Material: Soro
Exames afins: Lípase
Valores de referência: Soro: <90 U/L
Urina: <450U/L
Preparo: Jejum de 4 horas
Jejum dispensado na urgência
2
ANAL SWAB:
Sinonímia: Pesquisa de Oxiúros ou Enterobius vermiculares.
Material: Material da região peri-anal colhido em 3 dias diferentes, com espátula própria
fornecida pelo Laboratório.
Colheita, conservação: Colher preferencialmente à noite ou pela manhã antes de defecar e da
higiene pessoal. Não usar pomadas ou talco na região peri-anal. Guardar em lugar fresco até
enviar ao laboratório.
Preparo do paciente: Evitar defecar e ou fazer higiene pessoal antes da colheita.
Método: Método de Hall, modificado Os ovos aderem aos bastões de colheita e são
posteriormente observados ao microscópio.
Interferentes: Uso de anti-helmínticos até há 4 semanas. Uso de pomadas, talco ou higiene
antes da colheita.
Valor de referência : Negativo.
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico da oxiuríase ou enterobiose. Os ovos de E.
vermicularis raramente são encontrados no exame parasitológico de fezes, pois a postura dos
ovos pelas fêmeas do parasita não é feita no intestino, e sim na região peri-anal do indivíduo
infectado, causando o prurido característico desta parasitose.
Exames relacionados: Parasitológico de fezes.
ANTIESTREPTOLISINA ´´O´´ :
A Estreptolisina O elevada indica infecção por estreptococos beta-hemolíticos, mas de forma
isolada não permite o diagnóstica de febre reumática ou glomerulonefrite difusa aguda. Níveis
de AEO podem apresentar variações com valores normais diferentes em populações
distintas.Titulos em elevação durante determinações seriadas são mais significativos que uma
única determinação.Nas infecções estreptocócicas, AEO é detectada em 85% das faringites,
3
30% das piodermites e 50% das GNDA.Na febre reumática, 80% dos casos apresentam AEO
elevada 2 meses após inicio do quadro, 75% em 2 meses, 35% em 6 meses, e 20% em 12
meses. Falso-positivo pode ocorrer em pacientes com tuberculoses, hepatites e
esquistossomose.
Sinonímia: ASLO, ASO,AEO
Material: Soro
Exames afins: Proteína C reativa, VHS
Valores de referências: até 200UL
Preparo: Jejum de 8 horas
Interferentes: Falso- positivo pode ocorrer em pacientes com tuberculoses, hepatites e
esquistossomose
ANTI- TPO- ANTICORPOS ANTI-MICROSSOMAIS:
O principal uso deste exame é a confirmação do diagnostico de doença auto-imune da
tireóide. O anticorpo anti-TPO tem sido utilizado no lugar da determinação do anticorpo antimicrossomal. Anticorpos anti-TPO podem ser detectados em pessoas em doença tireoidiana
significativa.
Sinonímia: AAM, Anti-TPO
Material: Soro
Exames afins:T3.T4,TSH,T4L,Anti-tireoglobulina
Preparo: Jejum de 8 horas
BETA HCG:
O HCG é uma glicoproteína composta de 2 subunidades (alfa e beta). Dosado por
quimiluminescência é sensível o bastante para detectar uma gravidez normal as vezes tão
cedo quanto após 7 dias da implantação, embora o mais seguro 15 dias após a implantação.
Deve-se ter em mente, no entanto, que variações são observadas quanto ao prazo usual da
implantação e que a detecção de BHCG pode sofrer interferências da metodologia utilizada e
da presença rara, mas possível dos anticorpos heterofílicos. Algumas das metodologias para
4
detecção do HCG são direcionadas primariamente para diagnóstico de gravidez, tais ensaios
não necessariamente detectam moléculas degradadas ou homogêneas encontradas em
doenças trofoblásticas. Esta aumentado na gravidez, coriocarcinoma, mola hidatiforme, e
neoplasias de células germinativas dos ovários e testículos. Pode estar pouco elevado na
gravidez ectópica e na gravidez de risco (risco de aborto) quando os níveis podem cair
progressivamente.
Sinonímia: beta Hcg, beta GCH
Material: Soro
Exames afins: CEA, Alfa feto proteína.
Preparo: Jejum de 4 horas
BILIRRUBINA TOTAL E FRAÇÕES:
A bilirrubina resulta da decomposição da hemoglobina nos sistema reticulo endotelial. É
conjugada no fígado para a seguir ser excretada na bile. O teste é útil para diagnostico
diferencial de doenças hepatobiliares e outras causas de icterícia. A destruição excessiva de
hemácias ou a incapacidade do fígado de excretar as quantidades normais de bilirrubinas
produzidas acarretam aumentos nos níveis séricos de bilirrubina,
Existem duas formas de bilirrubina no corpo: bilirrubina indireta ou não conjugada, que circula
livremente ate chegar ao fígado onde é conjugada com o glucuronídeo transferase e depois
excretada na bile.
Causas de aumento da bilirrubina direta (conjugada): doenças hepáticas hereditárias, lesão de
hepatocitos (viral, tóxica, medicamentosa, alcoólica) e obstrução biliar (litíase, neoplasias).
Níveis de bilirrubina direta maiores que 50% dos valores totais são sugestivos de causas pós
hepáticas.
Causas de aumento da bilirrubina indireta: anemias hemolíticas, hemólise auto-imune,
transfusão de sangue, reabsorção de hematomas, eritropoiese ineficaz e doenças hereditárias.
Uso de drogas que ativam o sistema microssomal hepático podem reduzir as bilirrubinas
Sinonímia: Bilirrubina direta ou conjungada, bilirrubina indireta ou não conjungada
Material: Soro
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Exames afins: TGO, TGP, Gama Gt, Fosfatase alcalina, Rh, ABO, Coombs direto e Indireto
Valores de referências: Bilirrubina total até 1,20 mg/dl
Neonatos: < 8,8mg/dl
2ºdia: 1,3 a 11,3 mg/dl
3ºdia: 0,7 a 12,7mg/dl
4º ao 6° dia: 0,1 a 12,6 mg/dl
Bilirrubina direta até: 0,40mg/dl
Bilirrubina indireta até: 0,80mg/dl
Método: colorimétrico
Preparo: Jejum de 8 horas
Interpretação: aumento de bilirrubina conjugada (direta) coledocolitiase, hepatite alcoólica,
auto imune viral ou induzida por drogas, cirrose alcoólica, insuficiência cardíaca congestiva,
mononucleose infecciosa, icterícia pós operatória benigna, S. de Rotor.
CÁLCIO IÔNICO:
O Cálcio iônico é a fração biologicamente ativo do cálcio sérico total, representando 43%
desse. Sua concentração é mais baixa a noite e maior pela amanhã. A dosagem do cálcio iônico
independe da albumina, entretanto varia com o pH, aumentando na acidose, diminuindo na
alcalose.
Sinonímia: Cálcio iônico, cálcio difusível, cálcio livre
Material: Soro.Colher em tubo a vácuo com gel separador. Não abrir o tubo. Evitar contato
com o ar
Exames afins: Ca, Mg, Cl, Bicarbonato, Gasometria, Proteínas Totais
Preparo: Jejum de 4 horas. Evitar garroteamento prolongado
CÁLCIO TOTAL:
O Cálcio encontra-se ligado as proteínas (47%) e livre (43%). O aumento de cálcio é encontrado
no hiperparatireoidismo , algumas neoplasias com ou sem metástases ósseas, mieloma,
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desidratação , hipervitaminose D, síndrome de imobilidade, hipertireoidismo, hepatopatias,
insuficiência renal, sarcoidose, linfoma, uso de diuréticos e estrógenos. Níveis baixos de cálcio
são encontrados na osteomalácia, pancreatite, hipomagnesemia, hipervolemia, má absorção,
deficiência de vitamina D , diminuições da albumina e em situações que cursam com fósforo
elevado(insuficiência renal, hipoparatireoidismo). Níveis críticos de cálcio total são aqueles
inferiores a 6mg/dl e superiores a 14mg/dl. Hemólise pode elevar os resultados.
Sinonímia: Ca, Calcemia, Cálcio Total
Material: Soro.
Exames afins: Cálcio ionizável, fósforo sérico, magnésio , Cloro, Fosfatase Alcalina, Proteínas
séricas, Creatinina.
Valores de referências: Soro: 8,8 – 11,0 mg/dl
Método: colorimétrico de ponto final
Preparo: Jejum de 4 horas.
CAPACIDA DE FIXAÇÃO DE FERRO:
O teor de transferrina é tradicionalmente mensurado como a capacidade de combinação da
transferrina . Normalmente, 1/3 dos sítios de ligação da transferrina estão ocupados pelo
ferro. Assim, a transferrina tem uma considerável capacidade latente de ligação ao ferro, a
chamada capacidade de combinação latente ou livre de ferro. A quantidade máxima de ferro
que pode se ligar a transferrina é a capacidade total de combinação do ferro. Encontra-se
elevada na anemia ferropriva, no uso de anticoncepcionais e gravidez. Valores normais ou
baixos são encontrados nas anemias de doenças crônicas, sideroblásticas, hemolíticas,
hemocromatose, desnutrição, estados inflamatórios e neoplasias. A CTCF aumenta ao mesmo
tempo que a queda do ferro sérico na anemia ferropriva, podendo, as vezes precede-lo .
Sinonímia: TIBC, Siderofilina, Transferrina, e capacidade de combinação do ferro
Material: Soro
Exames afins: Hemograma, ferro, ferritina e transferrina
Preparo: Jejum de 8 horas.
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CEA:
O CEA é uma glicoproteína que não é órgão especifica. Níveis elevados são encontrados em
vários tumores, mas sua maior aplicação é no câncer coloretal. Utilizado para auxiliar no
estadiamento e monitorização , sendo o melhor marcador da resposta ao tratamento de
adenocarcinomas gastro -intestinais. Níves mais elevados são encontrados no câncer coloretal
com metá stases ósseas e hepá ticas. Esta presente em níveis elevados em 65% dos pacientes
com carcinoma coloretal, ao diagnóstico. Seu aumento pode preceder evidencias de
metastases em exames de imagem. Outra s neoplasias podem cursar com níveis elevados de
CEA: câncer de mama, pulmão, ová rio, estômago,pâncreas, útero, tireóide e tumores de
cabeça e pescoço. Níveis elevados também
infecções,úlceras
podem ocorrer em fumantes, inflamações,
pépticas, pancreatite , doença inflamatória intestinal, cirrose hepática,
enfisema pulmonar, polipose retal e doença mamária benigna. Resultados negativos podem
ocorrer na fase precoce do câncer e em alguns pacientes com câncer coloretal metastitico.
Cirurgia,quimioterapia e radioterapia podem causar aumentos transitórios de CEA na
circulação . Para fins de comparação deve -se usar mesmo todo.
Sinonímia: CEA, antígeno carcinoembrionário, antígeno carcinoembriogenico
Material: Soro ou plasma
Exames afins: Alfa-feto proteína, e Gonadotrofina coriônica
Preparo: Jejum de 8 horas.
Interferentes: hemólise e lipemia
CÉLULAS LE:
A célula Le pode ser um neutrófilo, monócito e raramente um eosinófilo que fagocitou a massa
LE. Entretanto, a presença de somente uma célula Le, não é suficiente para dar um resultado
positivo, sendo necessário para isso a observação de várias células LE típicas. No lúpus
eritematoso sistêmico a positividade da pesquisa é observada em 70% a 80 % dos casos.
Podem ocorrer reações falso- negativas nas leucopenias e usos de corticóides. Reações falsopositiva podem ocorrer em reações a drogas, artrite reumatóide, glomerulonefrite, entre
outras. Este teste foi suplantado pela pesquisa e anticorpos antinucleares (FAN) por
imunofluorescência indireta.
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Sinonímia: Células de Hargraves, células do lúpus eritematoso
Material: Sangue total com coágulo
Exames afins: Fan, Complemento, imunocomplexos.
Valores de referências: Negativo
Preparo: Jejum de 8 horas.
CHAGAS:
Os testes sorológicos são utilizados para confirmação da suspeita clínica da Doença de Chagas
e triagem em bancos de sangue. Entretanto, alguns cuidados são necessários na escolha do
método e sua interpretação . O Machado Guerreiro era o exame de escolha no passado,
mas por apresentar baixa sensibilidade (69%), baixa especificidade e complexidade na sua
execução não mais deve ser utilizado. Os métodos Hemaglutinação , imunofluorescência e
imunoensaio apresentam sensibilidade próximo a 100%. Tendo em vista a possibilidade de
falso -positivos (leishmania, malária, sífilis, toxoplasmose, hanseníase, doenças do colágeno,
hepatites) é recomendado que o soro seja testado, em pelo menos 2 métodos todos
diferentes antes de aceito, pelo clínico assistente, a positividade da sorologia.
Sinonímia: Trypanossoma cruzi, machado guerreiro, sorologia para Tripanossomíase
americano
Material: Soro
Exames afins: Pesquisa de Tripanossoma Cruzi
Valores de referências: Negativo
Preparo: Jejum de 8 horas.
CLEARENCE DE CREATININA:
Teste utilizado para avaliação da taxa de filtração glomerular, sendo mais sensível que a
determinação sérica isolada. No clearence de creatinina valores séricos e urinários são
medidos e a depuração é calculada e corrigida tendo em vista a superfície corporal. Clearence
elevado pode ser encontrado após exercícios, na gravidez e no diabete melito. Variação intra9
individual, desse teste pode chegar a 15%. Armazenamento da urina por muito tempo, em
altas temperaturas pode causar conversão da creatina á creatinina, acarretando aumentos.
Sinonímia: Depuração de creatinina. GFR ( Taxa de filtração glomerular).
Material: Soro e urina
Exames afins: Uréia, Urina tipo I
Valores de referências: Soro ou plasma: 0,4 a 1,4 mg/dl
Urina Homem: 21 a 26 mg/Kg/dia
Mulher: 16 a 22 mg/Kg/dia
Depuração: Homem: 97 a 137 ml/min/1,73m²
Mulher: 88 a 128 ml/min/1,73m²
Criança: 70 a 140 ml/min/1,73m²
Preparo: Colher urina de 12 ou 24 horas. Coletar a amostra de sangue no mesmo dia de
entrega da urina.
COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES:
O colesterol é o principal lipídeo associado a doença vascular ateroscleotica. Também é
utilizado na produção de hormônios esteróides , ácidos biliares e na constituição das
membranas celulares. Seu metabolismo ocorre no fígado, sendo transportado no sangue por
lipoproteínas (70% por LDL, 25% por HDL, e 5% por VLDl).
Colesterol total:
Sinonímia: Esterol ciclopentanoperhidrofenantreno,colesterol
Material: Soro
Exames afins: Lipidograma eletroforetico, Colesterol HDL,Colesterol LDL, Triglicerides
Valores de referências: Valor normal: Menor ou igual a 200mg/dl
Limítrofe: 200 a 240 mg/dl
Aumentado: Maior que 240mg/dl
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Preparo: Jejum de 12 horas
Método: enzimático colorimétrico
Interpretação: aumento: icterícia obstrutiva, hepatite por vírus, cirrose, pancreatite, diabete
mellitus, hipotireoidismo, hiperlidemia familiar, gota, anorexia nervosa, S. de Cushing, porfiria
intermitente aguda, gravidez, corticosteróides.
Diminuição: hepatopatias graves, inanição, uremia terminal, septicemia, hipertireoidismo, S.
da má absorção, anemia hipocromica severa, hemofilia, grandes queimaduras, D. de Gaucher
Colesterol HDL:
Sinonímia: HDL-colesterol, alfa colesterol, colesterol ligado a lipoproteinas e alta densidade .
Fração predominantemente ligada aos fosfolipideos.
Material: Soro
Exames afins: Colesterol total,Colesterol LDL, Triglicerides e lipidrograma eletroforetico
Valores de referências: Valor normal: Homens: maior que 40mg/dl
Mulheres: Maior que 50mg/dl
Ideal: Homens: maior que 55mg/dl
Mulheres: maior que 60mg/dl
Preparo: Jejum de 12 horas
Interpretação: aumento: padrão familiar, exercícios vigorosos, ingestão moderada de bebidas
alcoólicas
Diminuição: hiperlidemia familiar combinada, D. Tangier, hipertrigliceridemia, pancreatite
Colesterol LDL:
Sinonímia: LDL-colesterol, beta colesterol, colesterol ligado a lipoproteinas de baixa
densidade. Fração predominantemente ligada aos Colesterol.
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Material: Soro
Exames afins: Colesterol ,Colesterol hDL, Triglicerides e lipidrograma eletroforetico
Valores de referências: Valor normal: Menor que 100mg/dl*
Limitrofe: 100 a 130mg/dl
Aumentado: 130 a 160mg/dl
Muito aumentado: maior que 160mgdl
*No paciente pós evento cardiovascular ou Diabético a meta de LDL é menor que 70mg/dl
Preparo: Jejum de 12 horas
Interpretação: Diminuição: má nutrição, crianças, diabetalipoproteinanemia
Aumento: hipercolesterolemia familiar, hiperlidemia, hipotereoidismo,
S.nefrótica
Colesterol VLDL:
Sinonímia: VLDL-colesterol, pré beta colesterol, colesterol ligado a lipoproteinas demuito
baixa densidade.
Material: Soro
Exames afins: Colesterol ,Colesterol HDL,Colesterol LDL, Triglicerides e lipidrograma
eletroforetico
Valores de referências: Valor normal: menor que 30mg/dl
Limitrofe: 30 a 40mg/dl
Aumentado: maior que 40mg/dl
Preparo: Jejum de 12 horas
COOMBS DIRETO:
O teste de Coombs direto, também chamado de teste direto da antiglobulina humana, é o
principal teste utilizado na investigação das anemias hemolíticas auto-imunes. Detecta
hemáceas sensibilizadas com Imunoglobulina IgG e complemento. Um pequeno percentual de
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pacientes normais apresentam Coombs direto positivo. A causa mais comum de resultados
positivos em pacientes sem anemia hemolítica é a presença de anticorpos induzidos por
drogas. Drogas que interferem: penicilinas, cefalosporinas, sulfonidas, tetraciclina, metildopa,
insulina, dipirona e clorpropamida.
Sinonimia: Pesquisa de sensibilização eritrocitária.
Material: Sangue total ou do cordão umbilical com anticoagulante.
Valores de referência: Negativo
Exames afins: Aglutininas Anti-Rh, Reticulócitos, FAN.
COOMBS INDIRETO:
A pesquisa de anticorpos irregulares ou Teste de Coombs
indireto detecta, no soro,
Imunoglobulinas IgG ou frações do complemento ligadas às hemáceas. É utilizada no pré-natal
de gestantes Rh negativo, triagem de anemias hemolíticas e provas pré-transfusionais.
Sinonímia: Aglutininas Anti-Rh.
Material: Soro.
Exames afins: DDO em líquido amniótico. Painel de hemácias. Pesquisa de outros anticorpos
em painel frio e quente com salina, albumina e albumina-antiglobulina,
Valores de referência: Negativo
Preparo: Não há necessidade de jejum.
COPROLOGICO FUNCIONAL:
Útil na avaliação de distúrbios funcionais e orgânicos do processo de digestão e absorção dos
alimentos permitindo diagnosticar: insuficiência gástrica, pancreática e biliar, desvios da flora
bacteriana, síndromes ileais, colites e outras alterações do sistema digestivo. Todavia, esta
prova é pouco precisa e vem sendo substituída por outros exames.
Sinonímia: Prova coprológica funcional. Prova funcional da digestão. Prova de digestão
alimentar.
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Material: fezes recém-emitidas oriundas especificamente do regime preconizado. Esta prova
não se aplica a fezes de pacientes que não se submeterem ao regime descrito adiante. Não é
factível para lactentes e para crianças que ainda não mastigam carne.
Regime:
Crianças até 12 anos de idade não necessitam de dieta. Para maiores de 12 anos, nos 3
dias que antecedem a coleta, seguir as recomendações abaixo:
 Café da manhã
Um copo de leite, com ou sem café e açúcar. Três fatias de pão com manteiga
amolecida (aproximadamente 1 colher de sopa rasa de manteiga para cada fatia de pão)
 Almoço
Arroz à vontade com duas batatas cozidas.
Um bife de colchão duro, de tamanho médio (cerca de 100g), mal passado na grelha
ou chapa.
Uma colher de sopa de feijão.
 Sobremesa
Uma banana e um pedaço de queijo tipo Minas.
 Lanche
Entre as duas refeições principais o paciente poderá servir-se dos mesmos alimentos
indicados para o café da manhã.
 Jantar
Sopa de macarrão com cenoura cozida, batata e carne.
Arroz à vontade e um ovo cozido.
 Sobremesa
Uma fatia de bananada ou goiabada com queijo minas.
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No quarto dia colher todo o volume fecal da primeira evacuação do dia e levar ao
laboratório imediatamente. Não deixar as fezes por mais de duas horas sem refrigeração.
As fezes não poderem se misturar com urina ou sangue menstrual.
Se possível e com concordância médica o paciente deverá suspender toda a
medicamentação.
Não é permitida a ingestão de bebidas alcoólicas ou gasosas.
CREATINOFOSFOQUINASE - CK TOTAL:
Enzima encontrada principalmente na musculatura estriada, cérebro e coração.
É um
marcador sensível mais inespecífico de lesão muscular, inclusive miocárdica. Níveis elevados
são encontrados no infarto agudo do miocárdio, miocardite, hipertermia maligna, distrifia
muscular , exercício físico, dermatopolimiosite, rabdomiloise, em traumas e injeções
musculares.
Sinonímia: CPK,CK, CK total, Creatina fosfoquinase.
Material: Soro
Exames afins: DHL, TGO(AST),Aldolase, CKMB, Troponina T.
Valores de referência: Homens: 24-195 U/L
Mulheres: 24-170 U/L
Preparo: jejum de 4 horas
Método: Cinético UV- 37ºC automatizado
CREATINOQUINASE CARDÍACA (CK-MB):
A Dosagem da CK-Mb tem sensibilidade de 50% a entrada do paciente no pronto socorro,
sendo que medidas seriadas aumentam sua sensibilidade para 90% no diagnóstico do infarto
agudo do miocárdio. È detectável em 4 a 6 horas após a lesão do miocárdio , ocorrendo pico
em 12 a 24 horas e o retorno a níveis normais em 2 a 3 dias. A CK-Mb representa 20% do total
da creatinofosfaquinase presente no miocárdio e 3% presente na musculatura esquelética.
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Sinonímia: CK-Mb,Izoenzima MB da creatinoquinase,izoenzima cardíaca, creatina fosfoquinase
cardíaca.
Material: Soro
Exames afins: Ck,TGO(AST),DHL,Troponina T.
Valores de referências: Homens e mulheres: 0-25 U/L a 37ºC
Preparo: Jejum de 4 horas
Interferentes: traumas e cirurgias
CURVA GLICÊMICA:
Medidas seriadas da glicose plasmática, nos tempos: 0,30,90,120 minutos após a
administração de 75g de glicose anidra (em solução aquosa a 25%) por via oral, fornece um
método apropriado para diagnóstico de diabetes. Apesar de mais sensível que a determinação
da glicose em jejum, a TOTG é afetada por vários fatores que resulta em pobre
reprodutividade do teste, a menos que os resultados se apresentem nitidamente anormais.
As crianças devem receber 1,75g/Kg de peso até a dose máxima de 75g de glicose anidra. A
TOTG é indicado nas seguintes situações:
-Diagnóstico do diabetes melito gestacional (nesse caso o TOTG é modificado).
-Diagnóstico de tolerância a glicose diminuída, glicemia plasmática em jejum entre 110 e 126
mg/dl.
-Avaliação de pacientes com nefropatia, neuropatia ou retinopatia não explicada de glicemia
plasmática em jejum abaixo de 126mg/dl.
Sinonímia: GTT,TTG,TOTG,Glicemia pós sobrecarga
Material: plasma fluoretado
Exames afins: Glicemia, hemoglobina glicosilada, proteína glicosilada, insulina,frutosamina e
glicemia pós prandial.
Preparo: Jejum de 10 a 12 horas
Tolerância diminuída: tempo 120 min entre 140 a 200mg/dl (diabéticos arsênico, choque,
fadiga, gestação, hipertensão intracraniana, jejum prolongado, hipertireoidismo )
Diabetes melittus: tempos até 120min. Com glicemia superior a 200mg/dl
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Tolerância aumentada: tempo de 60 ou 90 min, com glicemia inferior a 70 mg/dl
(hiperinsulinismo, hipotiroidismo, distrofia muscular, anorexia nervosa).
CURVA GLICEMICA PARA DIAGNOSTICO DE DIABETTES MELLITUS (DMG)
O Diabete Melito Gestacional (DMG) é uma das complicações clínicas mais comuns da
gestação. È definido como intolerância à glicose, de gravidade variável, com início ou
diagnóstico realizado pela vez primeira durante a gestação. A conceituação da DMG
independente da necessidade de tratamento com insulina ou da persistência da intolerância
após a gestação. O diagnóstico de DMG não exclui a possibilidade da intolerância à glicose
existir previamente à gestação e não ter sido diagnosticada.
Os principais fatores de risco são:
1-Antecedentes familiares e pessoais:
- idade maior que 25 anos;
- hipertensão arterial sistêmica;
- obesidade com IMC pré gravídico maior que 25 kg/m²;
- antecedente de intolerância a glicose em gestação prévia
2- Antecedentes obstétricos:
- perdas gestacionais de repetição;
- macrossomia;
- obtos fetal ou neonatal sem causa definida;
-má formação fetal;
- hipoglicemia ou síndrome do desconforto respiratório pré natal;
3- Outros fatores:
- excessivo ganho de peso materno na gestação vigente;
-uso de drogas hiperglicemiantes como corticóides ou diuréticos;
- síndrome dos ovários policísticos;
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O rastreamento de diabete gestacional é necessário quando:
- glicemia de jejum maior ou igual a 85mg/ dl até 125mg/dl associados ou não a fatores de
risco
-glicemia menor que 85mg/dl, mas com fatores de risco, portanto são considerados com
rastreamento positivo sendo necessária a realização de curva glicêmica com sobrecarga oral
de 75mg de glicose na 27ª semana de gestação.
O teste de sobrecarga oral de 75g de glicose deve ser realizado após prévio preparo nos 3 dias
que antecedem a curva.
Sinonímia: teste de sobrecarga oral
Material: plasma fluoretado
Exames afins: Glicemia
Preparo: Jejum de 8 a 12 horas
Interpretação:
Rastreamento negativo: glicose inferior a 85mg/dl. Pontos de corte para valores glicêmicos
são:
Jejum
95mg/dl
1 hora após sobrecarga
180mg/dl
2 horas após sobrecarga
155mg/dl
Quando dois ou mais valores são atingidos ou ultrapassados, a gestante deve ser considerada
como portadora de DMG.
DHEA:
18
O DHEA é produzido pelas supra renais e gônadas nas mulheres saudáveis e homens , o córtex
adrenal é o sitio de produção exclusivo do DHEA e DHEA-S. È muito utilizado quando se deseja
avaliar a origem adrenal dos cetoesteróides.
A excessiva produção do DHEA, leva ao hirsutismo e virilização via conversão para testosterona
e androstenediona .
Sinonímia: Dehidroepiandrosterona, androsterolona, 3-beta-hidroxi-5-androsten-17-ona
Material: Soro
Exames afins: cortisol, androstenediona, testosterona, SDHEA, cromatografia de andrógenos
urinários.
Preparo:Jejum de 6 horas
Interferentes: Hemólise e lipemia
Drogas que aumentam: clomifeno, ACTH
Drogas que diminuem: danazol, andrógenos, cetocanazol, ampicilina (durante a gravidez)
Interpretação: esteróide de origem adrenal, marcador de hiperprodução androgênica pelas
glândulas adrenais (acne, hirsutismo, e virilização)
Aumento: tumor de adrenal, D. de Cushing, hiperplasia adrenal congênita, adrenarca
prematura, esquizofrenia, obesidade.
Diminuição: D. de Addison, anorexia nervosa.
ELETROFORESE DE PROTEÍNAS:
É usada como triagem de anormalidades nas proteínas séricas.Em um soro normal,
usualmente, 5 bandas (albumina, alfa1, alfa2, beta e gama) são visíveis. È útil na caracterização
das
dispoproteinemias
das
quais
as
mais
comuns
são:
hipoalbuminemia,
hipogamaglobulinemia, hipergamaglobulinemia policlonal e monoclonal.
Sinonímia: Proteinograma, proteinograma eletroforético
Material: soro
Exames afins: Proteinúria, Proteína e Bence-Jones, Provas de função hepática
19
Preparo: Jejum de 4 horas
ELETROFORESE DE LIPOPROTEÍNAS:
Os lipídeos circulam no plasma combinados a proteínas (lipoproteínas). As lipoproteínas
podem ser separadas por eletroforese, recebendo nomes de acordo com sua mobilidade: HDL
(alfa-lipoproteína)migram com as alfa 1-globulinas; LDL (beta lipoproteínas) migram com as
betas globulinas; VLDL (pré- betaliproproteínas) migram com as alfa-2 globulinas, e
quilomicrons.
É útil no diagnóstico das dilipidemias primárias e secundárias, Fenotipagem
das hiperlipoproteínemias segundo Fredrickson.
Sinonímia: Lipidograma, Lipidograma eletroforético, fenotipagem das lipoproteínas
Material: soro ou plasma com Edta
Exames afins: Colesterol total e frações, Triglicerídeos
Preparo:
até 1 ano: jejum de 3 a 4 horas
de 1 a 5 anos: jejum de 6 a 8 horas
de 6 a 10 anos: jejum de 10 a 12 horas
acima de 10 anos: jejum de 12 a 14 horas
ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA :
É importante no diagnóstico para o estudo das anemias hemolíticas e talassemias. A principal
hemoglobina dos adultos é a Hba, com pequenas quantidades de HbA2 e HbF predomina ao
nascimento e seus níveis diminuem até os 6 meses de idade. As anormalidades da síntese da
hemoglobina são divididas em 3 grupos: 1- produção de molécula anormal (ex: drepanocitose);
2-redução da quantidade de proteína normal (ex: talassemia); 3- anormalidade de
desenvolvimento (ex: persistência e hemoglobina fetal). É útil no diagnóstico diferencial das
hemoglobinopatias. Algumas outras hemoglobinas identificáveis a eletroforese são: F:fetal,
S:falciforme, C,D,Ge E. Frações que migram juntas na mesma posição (importante para
diagnóstico diferencial): A2, C e E; F e G; S e D.
Sinonímia: Estudo das hemoglobinas, pesquisa de hemoglobinopatias
Material: sangue total com Edta ou heparina
20
Exames afins: hemograma, reticulócitos, falcização
Preparo: Jejum de 4 horas
ESPERMOGRAMA:
A realização do espermograma tem como aplicações, principalmente, a avaliação das
glândulas seminais, da fertilidade e monitoramento pós-vasectomia. Além de esclarecer
infecções neste local.
A coleta e análise do sêmen precisam ser criteriosamente realizados.
Além das avaliações físico-químicas, microscópicas e morfológicas dos espermatozóides,
podem ser realizadas também avaliações imunológicas, bioquímicas e hormonais.
Preparo e coleta do sêmen:
Confiabilidade dos parâmetros analisados dependem destes procedimentos, sendo os mais
importantes:

Abstinência sexual: O ideal é uma abstinência sexual de 5 (cinco) dias, podendo variar
de no mínimo 2 (dois) e no máximo 7 (sete) dias;

A coleta deve ser feita preferencialmente no laboratório – geralmente os laboratórios
oferecem uma sala isolada com uma poltrona confortável, algumas revistas ou vídeos
de material pornográfico onde o paciente entra neste local com o frasco rotulado com
seu nome e material que vai ser coletado (esperma), e depois de coletado ele coloca
em uma pequena janela para que a pessoa que vá pegar este material não veja o
paciente evitando constrangimento.
Se for coletar em casa o que não é aconselhável, encaminhar a amostra no prazo máximo de 1
hora;

Antes da coleta, realizar higiene das mãos e pênis;

A amostra deve ser coletada por masturbação em frascos limpo, de vidro ou plástico,
de boca larga, fornecido, pelo laboratório;
21

Não utilizar métodos alternativos para obtenção do sêmen (em caso de coleta em
casa) como, por exemplo, relação sexual interrompida (interrompe a relação quando
vai ejacular e colhe o material);

Evitar perda do material durante a coleta. Fechar imediatamente o frasco após a
coleta, para evitar alcalinização;

Recomendar ao paciente a não utilização de preservativos de látex durante a coleta;

É indispensável informar o horário da coleta;

O jejum não é obrigatório, exceto quando solicitado a dosagem de frutose, pois níveis
elevados de glicose podem interferir na dosagem.
ESTRADIOL:
O 17-beta estradiol é o estrogênio mais ativo e importante na mulher em idade reprodutiva. O
estradiol é medido para estudo dos casos de amenorréia e como guia de monitoração do
desenvolvimento folicular durante a indução da ovulação. É também produzido pelas
glândulas adrenais, testículos e pela conversão periférica da puberdade precoce feminina,
doença hepática e ginecomastia masculina. Em mulheres menopausadas, a estrona mais do
que o estradiol, é o estrogênio circulante predominante.
Informações necessárias:
-Para mulher perguntar:
- regularidade menstrual (duração do ciclo). Se irregular há quanto tempo se tornou irregular e
se é necessário o uso de medicamentos para que ocorra a menstruação, data da ultima
menstruação;
- gravidez, idade gestacional,
- uso atual ou prévio de anticoncepcional ou outros hormônios, e tempo de interrupção se
uso prévio,
-Para criança perguntar:
- atraso de desenvolvimeto puberal;
-atraso no crescimento;
22
- desenvolvimeto puberal precoce, menstruação (se feminino)
Sinonímia: E2, Estradio 17 beta, 17-beta-diol
Material: soro ou plasma heparinizado
Exames afins: Progesterona, FSH,LH,Estriol, Estrona, Estrogenos urinários
Preparo: Jejum de 8 horas
FALCIZAÇÃO DE HEMÁCIAS:
É usado no diagnóstico da anemia falciforme . Esta prova, também chamada de teste de
hemoglobina S, é usado para detectar células falciformes que estejam gravemente
deformadas, glóbulos vermelhos rígidos que possam diminuir o fluxo sangüíneo. O traço
falciforme (Hb S) é encontrada quase que exclusivamente em pessoas com ascendência
africana. Vários fatores interferem na sensibilidade e reprodutibilidade do teste, entre os quais
se destacam a proporção entre os volumes de sangue e da droga redutora, falha na vedação
do microambiente, e tempo de reação.
Sinonímia: Prova de falcização
Material: sangue total com Edta
Exames afins: Eritrograma, eletroforese de hemoglobina
Valores de referencia: Negativo
Método: Incubação de hemácias com metabissulfito de sódio a 2 %
Preparo: Jejum de 4 horas
FATOR ANTI-NUCLEO – FAN:
É utilizado no diagnostico de doenças reumatológicas principalmente LES onde a positividade
chega a 95% em pacientes não tratados. Podem ocorrer reações falso positivas no Lupus
induzido por medicamentos, esclerodermia, S de Sjogren,polimiosite, dermatomiosite,
proliartrite reumatóide. Elevações transitórias do FAN podem ocorrer em pacientes com
infecções virais.
Sinonímia: Fan, anticorpos anti-nucleares
23
Material: Soro
Exames afins: Celulas LE, anti- Dna, anti-Ena
Preparo: Jejum de 10 a 12 horas
FERRITINA:
È utilizado no diagnóstico e seguimento de anemias ferroprivas e hemocromatose. A dosagem
de ferritina reflete o nível de estoque celular de ferro. Pode estar aumentada em etilistas
ativos e em indivíduos com outras doenças hepáticas como hepatite auto imune e hepatite C,
hemocromatose
ediopatica,
hemosiderose
pós-transfusional,
infarto
do
miocárdio,
hepatocarcionoma. A ferritina é um reagente de fase aguda.
Sinonímia: Apoferritina, alfa 2 globulina
Material: Soro
Exames afins: ferro sérico, transferrina, siderofilina,tgo, eritograma
Preparo: Jejum de 8 horas
FERRO SÉRICO:
A determinação do ferro sérico (FS) é usado no diagnóstico diferencial de anemias,
hemocromatose
e
hemossiderose.
Níveis
baixos
ocorrem
na
anemia
ferropriva,
glomerulopatias, menstruação e fases inicias de remissão da anemia perniciosa. São descritas
variações circadianas com valores baixos de FS a tarde. Pré- menstruação pode elevar os níveis
e caem na menstruação. Na gravidez há possibilidade de elevação inicial do ferro devido a
progesterona e diminuição por aumento de sua necessidade. O uso de anticoncepcional pode
elevar o nível de Ferro Sérico.
Para uma avaliação mais completa sugere-se a dosagem de siderofilina, transferrina, índice de
saturação e ferritina.
Sinonímia: Fe, Dosagem marcial, sideremia, siderúria
Material: Soro
Exames afins: Siderofilina(transferrina), Ferritina, Eritograma
24
Valor de referencia: 50 a 150 ug/dl
Método: colorimétrico automatizado
Preparo: Jejum de 8 horas
FOSFATASE ALCALINA:
As fosfatases alcalinas estão presentes nas membranas celulares dos: ossos, fígado, intestino,
placenta, rins e leucócitos. As isoenzimas hepáticas e ósseas representam 90% da fosfatase
alcalina circulante. A fosfatase alcalina encontra-se elevada na obstrução biliar intra ou extrahepática, hepatoma, metástases hepáticas, cirrose hepática, colangite, hepato-celular,D.de
Paget, carcinoma renal, LES. Diminui no escorbuto, após irradiação, hipofosfatasia,
acondroplasia, hipotiroidismo, D. celíaca.
Material: Soro
Exames afins: Bilirrubinas, TGO,TGP, GGT,hidroxiprolina urinária, izoenzimas da fosfatase
alcalina.
Valores de referências: Adultos: 27 a 100 U/L
Crianças: 75 a 390 U/L
Preparo: Jejum de 4 horas
Método: cinético
FÓSFORO:
O organismo de um adulto contem 500 a 600g de fósforo amplamente distribuído. Os papeis
biológicos do fósforo são:
1- Conferem resistência estrutural ao osso quando combinado com o cálcio
2- Participam como agente essencial no metabolismo energético e no metabolismo dos
carboidratos e gorduras
3- Atuam como tampão no plasma e urina
4- Mantém a integridade celular
5- Regulam a atividade de algumas enzimas
6- Regulam o transporte do oxigênio
25
O
fósforo esta elevado nos exercícios, hipovolemia acromegalia, hipoparatireodismo,
metástases ósseas, hipervitaminose D, sarcoidose, hepatopatias, embolia pulmonar,
insuficiência renal e trombocitose. A diminuição ocorre com o uso de antiácidos, diuréticos,
corticóides, glicose endovenosa, hiper alimentação, diálise, sepse, deficiência de vitamina D e
desordens tubulares renais.
Sinonímia: P. Pi. Fosforo inorgânico, Fosfato, Fosfatemia (HPO4)
Material: Soro
Exames afins: Cálcio, Fosfatase alcalina, Fosfatase ácida, Calciúria, Fosfatúria, PTH, Vitamina D
Valores de referências: Adultos: 2,5 a 5,6 mg/dl
Crianças: 4,0 a 7,0 mg/dl
Urina: 340 a 1.000mg/24 horas
Preparo: Jejum de 6 horas
FATOR REUMATÓIDE:
O fator reumatóide é um anticorpo, da classe IgM, dirigido contra IgG. É classicamente
utilizado no diagnostico da artrite reumatóide, entretanto, algumas considerações devem ser
realizadas na interpretação de seu resultado.
Fator reumatóide é positivo em 5 a 10% da população saudável e em 25 % dos indivíduos
maiores de 70 anos, doenças que cursam com aumento de gama globulinas podem causar
falso-positivos biológicos (LES,Sindrome de Sjorgren, artritre reativa, gota, pseudogota,
esclerodermia, polimiosite e polimialgia reumática).
Esta presente em 10 a 40% dos portadores de infecções crônicas como sífilis lepra, brucelose,
tuberculose, malaria, esquistossomose, tripanossomíase, hepatite viral, doença hepática
crônica e endocardite).
O fator reumatóide é negativo em 1/3 dos pacientes com artrite reumatóide, é positivo em
menos de 50% dos casos nos primeiros 6 meses de doença.
Sinonímia: Prova do látex, Fator do látex
Material: Soro ou liquido sinovial
26
Exames afins: FAN, mucoproteínas, PCR, VHS, ASLO, alfa-1-glicoproteína ácida
Valores de referências: até 8 UL/ml
Método: aglutinação
Preparo: Jejum de 8 horas no caso de soro
GAMA GT:
É um marcador sensível de colestase hepatobiliar e do consumo de álcool. Na icterícia
obstrutiva os níveis estão 5 a 50 vezes acima do normal. A gama GT duas vezes maior que o
valor de referencia com razão TGO/TGP >2:1 sugere consumo alcoólico. Também se eleva nas
neoplasias de fígado e também pode elevar durante o uso de ferritoina, fenobarbital,
carbamazepina, ac. Valproico, estrógenos, clofribrato, e metronidazol.
Sinonímia: GGT,Gama Glutamil Transferase
Material: Soro
Exames afins: TGO,TGP,Fosfatase alcalina, Eletroforese de proteínas
Valores de referências: Homens: < 55,0 U/L
Mulheres: < 38,0 U/L
Preparo: Jejum de 6 horas
GLICOSE:
O diagnóstico dos distúrbios no metabolismo da glicose depende da demonstração de
alteração na concentração de glicose no sangue. As várias desordens do metabolismo dos
carboidratos podem estar associadas com:
1-aumento da glicose plasmática (hiperglicemia)
2- redução da glicose plasmática (hipoglecemia)
3- concentração normal ou diminuída da glicose plasmática acompanhada de excreção urinaria
de açucares redutores diferentes da glicose (erros inatos do metabolismo da glicose).
27
Ocorre aumento da glicose no diabetes mellitus
beribéri,hemocromatose,pancreatite,acromegalia,S de cushing, feocromocitoma, epilepsia,
hipertiroidismo, infecções agudas, traumatismo, tumor e hemorragia cerebral, encefalites,
infarto do miocárdio, choque,câncer de pâncreas.
A diminuição ocorre no hiperinsulinismo, excesso de insulinoterapia, tumor de pâncreas,
tireotoxicose, hipotiroidismo, D. de Addison, carcinoma supra-renal, hipopituitarismo anterior,
tumor de hipófise, cirrose hepática, hepatite infecciosa, D. de Van Gierke, hepatomas,
esteatose hepática, desnutrição, vaquexia, drogas hipoglicemiantes.
Sinonímia: Glicemia
Material: Soro
Exames afins:Curva glicêmica, curva insulinêmica, glicosúria, Hemoglobina Glicosilada
Valores de referências: 60 a 110 mg/dl
Método: enzimático colorimétrico
Preparo: Jejum de 8 a 10horas
GLICOSE PÓS PRANDIAL:
A concentração de glicemia duas horas após a ingestão de 75g de glicose em solução aquosa a
25% ( ou refeição contendo 75g de carboidratos) é de considerável utilidade na avaliação do
diabetes. Normalmente, após a ingestão de carboidratos a glicose sanguínea tende a retornar
ao normal dentro de duas horas.
Fármacos, agentes químicos, desordens hormonais e dietas, devem ser considerados ao
examinar os resultados. Os valores também tendem a crescer com a idade (10mg/dl por cada
década de vida após a idade de 40 anos). Algumas vezes, encontram-se concentrações acima
de 200mg/dl em indivíduos idosos que não apresentam diabetes.
Sinonímia: Glicemia pós prandial
Material: plasma fluoretado
Exames afins:Curva glicêmica, hemoglobina glicosilada, frutosamina
Interferentes: hipoglicemiantes, bebidas alcoólicas
28
Método: enzimático colorimétrico
Valores de referências: até 140 mg/dl, duas horas após a refeição
Preparo:
O paciente deve alimentar-se com refeição contendo ao menos 50g de carboidratos. A
refeição mais pratica é o almoço. Não ingerir bebidas alcoólicas durante essa refeição.
HORMONIO LUTEIZANTE- LH:
O LH é o hormônio estimulador das células intersticiais nos ovários e nos testículos. No sexo
feminino seu grande aumento no meio do ciclo induz a ovulação. Se for dosado de maneira
seriada, pode determinar a data da ovulação. Também utilizado no diagnostico da puberdade
precoce.
Níveis aumentados de LH com FSH normal ou baixo podem ocorrer com obesidade,
hipertiroidismo e doença hepática. Eleva-se nas patologias primariamente gonodais,
mostrando-se em níveis baixos nos hipogonadismos de origem hipofisaria e hipotalâmica. Na
síndrome dos ovários policísticos pode encontrar-se em valores acima do normal, com a
relação LH/FSH maior que dois. Eleva-se na menopausa mais tardiamente que o FSH.
Para mulher questionar:
-regularidade menstrual (duração do ciclo), se irregular há quanto tempo se tornou irregular e
se é necessário uso de medicamentos, para que ocorra a menstruação, data da ultima
menstruação.
-gravidez, idade gestacional,
-uso atual ou prévio de anticoncepcional ou outros hormônios e tempo de interrupção se uso
prévio.
Para crianças:
-atraso de desenvolvimento puberal
-atraso de crescimento
-desenvolvimento puberal precose, menstruação (se feminino)
29
Sinonímia: LH, luteotropina
Material: Soro
Exames afins: FSH, estriol, progesterona, estimulo de lh com LhrH((GNRH)
Preparo: Jejum de 8 horas
Interferentes: Descongelamentos repetidos, gravidez alto níveis de Beta-HCG interferem com
a dosagem de LH dando resultados falso/ elevados.
HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE- FSH:
O FSH estimula os folículos ovarianos na mulher e a espermatogênese no homem. É secretado
pela hipófise. Encontra-se em nível relativamente elevado no primeiro ano de vida
decrescendo a níveis muitos baixos durante a infância e elevando-se na puberdade até níveis
de adulto. O FSH eleva-se nas deficiências ovarianas ou testiculares, tumores hipofisários
secretores de gonadotrofina, alcoolismo e menopausa.
.
A diminuição aparece na deficiência hipotalâmica ou hipofisarias e na produção de ectópica de
hormônios esteróides. É dosado principalmente por mulheres submetidas a fertilização in vitro
e crianças avalecidas para puberdade precose.
Sinonímia: FSH, Folitropina
Material: Soro
Exames afins: LH, Progesterona, Estradiol, Estimulo de FSH após LHRH
Preparo: Jejum de 8 horas
Informações necessárias:
Para mulher:
- Regularidade menstrual (duração do ciclo) se irregular há quanto tempo se tornou irregular e
se é necessário uso de medicamentos para que ocorra a menstruação e data da ultima.
Para criança:
- atraso do desenvolvimento puberal
-atraso do crescimento
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-desenvolvimento puberal precoce, menstruação (se feminino)
HEMOGLOBINA GLICOSILADA:
A medida da glicohemoglobina é a mais importante ferramenta para a monitoração do pacinte
diabético, não deve, entretanto ser usada para o diagnostico do diabetes mellitus.
A glicohemoglobina é formada em duas etapas: o primeiro passo é a formação de uma aldimia
instável (Hba1 lábil ou pré HbA1C). Durante a circulação do eritrócito, essa é convertida em
uma forma cetoamida estável (HbA1C). A taxa de produção é dependente do nível de glicose
sanguínea e da vida media das hemáceas (tipicamente 120 dias). Dessa forma, reflete os
valores integrados da glicose correspondentes as ultimas 6 a 8 semanas.fatores que alteram a
sobrevida dos eritrócitos são possíveis interferentes da dosagem de glicohemoglobina.
Deficiência de ferro pode levar a uma sobrevida maior das hemácias com conseqüente
aumento da sua glicosilação. Anemias hemolíticas podem diminuir a meia vida dos eritrócitos
com diminuição dos níveis de glicohemoglobina. Nesses casos é recomendada o
acompanhamento desses pacientes pela dosagem de frutosamina.
Sinonímia: HbA1C, HbA1 estável
Material: Sangue com EDTA
Exames afins:Glicemia, GTT, Proteina glicosilada, frutosamina
Valores de referências: Não diabéticos: 4,4 a 6,7 %
Diabéticos com bom controle: 6,7 a 7,3%
Diabéticos com controle regular: 7,3 a 9,1 %
Diabéticos com controle ruim: acima de 9,1%
Preparo: Jejum de 4 horas
HEMOGRAMA:
Constitui importante exame de auxilio diagnostico para doenças hematológicas e sistêmicas.
Rotineiramente indicado para avaliação de anemias, neoplasias hematológicas, reações
infecciosas e inflamatórias, acompanhamento de terapias medicamentosas e avaliação de
distúrbios plaquetários. Fornece dados para classificação das anemias de acordo com
31
alterações na forma, tamanho, cor e estrutura das hemácias e conseqüentemente
direcionamento diagnóstico e terapêutico. Orienta na diferenciação entre infecções viróticas e
bacterianas, parasitoses, inflamações, alergias, intoxicações
e neoplasias através das
contagens global e diferencial dos leucócitos e avaliação morfológica dos mesmos. Através de
avaliação quantitativa e morfológica das plaquetas segure o diagnostico de patologias
congênitas e adquiridas
Sinonímia: Hematológico, Hemograma de Schiling
Material: Sangue com EDTA
Exames afins:Contagem de plaquetas, VHS, leucograma, eritograma,reticulócitos, mielograma
Preparo: Jejum não necessário.
HEPATITE A:
O vírus da hepatite A é um RNA vírus de transmissão fecal-oral, por contato interpessoal, água
ou alimentos contaminados. Período de incubação varia de 10 a 50 dias, sendo a infecção
subclínica em 90% dos menores de 5 anos e 70 a 80% dos adultos.
Anti-HVA-Igm- é
um marcador de fase aguda, surge concomitantemente com o
desaparecimento do antígeno viral e permanece por 3 a 6 meses.
Anti-HVA-IgG é detectado logo após anti HVA IgM e seus títulos aumentam gradualmente com
a infecção, persistindo por toda a vida e indicando imunidade.
A resposta imunológica a vacina contra a hepatite A é fundamentalmente do tipo IgG, sendo
que o Anti HVA IgG pode não ser detectado após a vacinação, uma vez que os títulos de
anticorpos induzidos pela vacina são mais baixos que os induzidos pela infecção natural.
Sinonímia: Anti-HAV IgM
Material: Soro
Exames afins: Anti HVA IgG, HbsAg, Anti-Hbs,Anti-Hbc, TGO,TGP,Bilirrubinas
Preparo: Jejum não obrigatório
HEPATITE B:
32
O Vírus da hepatite B (HBV) é transmitido por via sanguínea, relações sexuais e via vertical. O
quadro clássico de desenvolve após período de incubação de 1,5 a 3 meses ( 6 a 8 semanas).
Na ausência de complicações a infecção se resolve em 2 semanas a 6 meses após a fase aguda,
sendo paralela a depuração do antígeno viral do sangue e seguida do surgimento do anti Hbs.
Sinonímia: HBV
Material: Soro
Exames afins: anti-HVA,anti-HCV
Preparo: Jejum não obrigatório
HEPATITE B- Anti- HBc IgG e IgM:
São anticorpos contra o antígeno da core. O anti HBc IgM surge ao mesmo tempo que as
alterações das transaminases. Na infecção aguda (1 a 2 semanas após o HbsAg ) e rapidamente
alcança títulos elevados. No 4 a 6 meses subseqüente, anti HBC-Igm predomina com queda
moderada e aumento dos títulos de Anti-Hbc IGm. Em infecções auto limitadas, o Anti-Hbc IgM
se torna indetectável em poucos meses. Pode ser o único marcador da hepatite na janela entre
o desaparecimento do HbsAg e surgimento do anti-HBs. Após um período de 4 a 6 meses todo
anti-HBc é do tipo IgG e persiste para toda a vida em 90% dos pacientes. Este anticorpo não
confere imunidade.
Sinonímia: Anti- HBc IgM
Material: Soro
Exames afins: Anti-HBC total, HBsAg, Anti-HBS, HBeAg,AntiHbe total, Tgo, Tgp, Bilirrubinas.
Preparo: Jejum de 8 horas.
HEPATITE B- Anti HBe:
O anti HBe surge na recuperação da infecção aguda, após o antígeno HBeAg não mais ser
detectado. Pode ser detectado por muitos anos após a recuperação da infecção por HBV. Em
um portador de HBV, um resultado positivo de anti HBe usualmente indica inatividade do vírus
de baixa infecciosidade.
Sinonímia: Anti-HBE total (IgG+IgM)
Material: Soro
33
Exames afins: HbsAg, Anti-Hbc total(IgG+IgM),Anti Hbs, HbeAg,tgo,tgp, bilirrubinas
Preparo: Jejum não necessário
HEPATITE B- ANTI HBS:
A presença deste anticorpo representa infecção passada com resolução de cura e imunidade
contra HBV. Este anticorpo deve aparecer a partir da 20ª semana e antes da 24ª após o
contagio. O seu não aparecimento pode ser mau prognosticado na evolução da hepatite B.
Aparece também em 83% dos vacinados contra hepatite B, e 17% não aparece.
Sinonímia: Anticorpo da superfície do vírus da hepatite B
Material: Soro
Exames afins: HbsAg, Anti-Hbc total(IgG+IgM),Anti Hbs, HbeAg,tgo,tgp, bilirrubinas
Preparo: Jejum não necessário
HEPATITE B- HBeAg:
O antígeno ´´e´´ é detectável no sangue ao mesmo tempo que o HBsAg. Sua presença derrota
replicação viral e enfecciosidade. Na evolução para formas crônicas, com HBsAg persistindo
por mais de 6 meses, a presença do HBeAg geralmente corresponde a um prognostico de
maior gravidade.
Sinonímia: Antigeno e da hepatite B, antígeno do envelope do vírus da hepatite B
Material: Soro
Exames afins: HbsAg, Anti-Hbc total(IgG+IgM),Anti Hbs, HbeAg,tgo,tgp, bilirrubinas
Preparo: Jejum não necessário
HEPATITE B- HBSAg-ANTÍGENO AUSTRALIA :
O HBSAg pode tornar-se positivo a partir da 3ª semana após o contagio, ainda no período de
incubação, duas a seis semanas antes das alterações da AlT e duas a cinco semanas antes dos
sinais e sintomas. Ocasionalmente pode ser detectado após 12 semanas. Nos casos agudos e
auto-limitados, o HBSAg usualmente desaparece em 1 a 2 meses após inicio dos sintomas.
Após 20 semanas a persistência do HBSAg após infecção primaria prediz persistência de
34
positividade indefinidamente. Um resultado de HBSAg positivo deve sempre ser confirmado e
completado com outros marcadores de infecção.
Sinonímia: Antígeno Australia
Material: Soro
Exames afins: HbsAg, Anti-Hbc total(IgG+IgM),Anti Hbs, HbeAg,tgo,tgp, bilirrubinas
Preparo: Jejum não necessário
HEPATITE C:
O vírus da hepatite C freqüentemente causa infecção assintomática, mas em torno de 70% dos
infectados evoluem para forma crônica. Cerca de 20% desses evoluirão para cirrose após 20
anos de infecção. A janela imunológica tem sido descrita como de ate 6 meses, mas ensaios de
terceira geração, podem reduzir esse tempo para seis a nove semanas. Resultados falsopositivos podem ocorrer em grávidas. Vacinação para influenza, hipergamaglobulinemia, fator
reumatóide e doenças reumáticas. Cerca de 50% dos doadores com anti HCV positivo, são
falso- positivos.
Sinonímia: Anti-HCV, Hepatite A e não B
Material: Soro
Exames afins: tgo,tgp, bilirrubinas, marcadores virais para hepatite A, e B
Preparo: Jejum não necessário
Interferentes: Hemólise
HIV- SOROLOGIA:
A infecção pelo vírus HIV 1 e 2 leva a Síndrome da Imunofluorecência Adquirida- SIDA. Testes
de triagem como Elisa, Elfa, e Meia devem ser confirmados por ensaios mais específicos
(western Blot ou Imunofluosrescência ). Falsos positivos podem ocorrer em testes
imunoenzimáticos nos pacientes com anticorpos anti-HLADR-4, outras viroses, vacinados pela
influenza, hepatites alcoólicas , portadores de distúrbios imunológicos, neoplasias. Filhos de
mãe HIV positivo tem anticorpos maternos, não sendo pois a sorologia definitiva no
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diagnostico. Os testes imunoenzimáticos tem sensibilidade em torno de 98%. Indivíduos de
alto risco , com um teste enzimático positivo, tem valor preditivo positivo de 99%.
Os testes imunoenzimáticos positivos de forma isolada, não podem ser considerados como
diagnóstico de infecção pelo HIV, sendo necessário a realização de Western Blot ou reação em
cadeia da polimerase(PCR).
Sinonímia: Sorologia para AIDS, Sorologia para SIDA
Material: Soro
Exames afins: Relação CD4/CD8, testes cutâneos de imunidade , imunoblot, western Blot
Preparo: Jejum de 8 horas
IMUNOGLOBULINAS:
As dosagens de imunoglobulinas são úteis nos estudos das gamopatias monoclonais,
gamopatias policlonais, imunodeficiência congênitas e adquiridas.
IGG:
É a principal imunoglobulina podendo estar elevada no mieloma IgG, sarcoidose, doença
hepática crônica, doenças autoimunes e infecções. A IgG pode estar diminuída na
imunodeficiência adquirida, deficiências congênitas, gestação, síndromes perdedoras de
proteínas, macro-globunemia de waldenstron, mieloma não secretor de IgG.
Sinonímia: Imunoglobulina IgG
Material: Soro
Exames afins: Imunoglobulinas, Imuno eletroforese
Preparo: Jejum 8 horas
IGM:
É a primeira imunoglobulina a surgir na resposta imunológica. A IgM avalia a imunidade
humoral e é utilizada para estabelecer diagnostico e acompanhamento da terapia das
macroglobulinemia de waldestron ou mieloma. Há um aumento de IgM na cirrose biliar
primaria e fatores reumatóides.
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Sinonímia: Imunoglobulina IgM
Material: Soro
Exames afins: Imuno eletroforese, eletroforese de proteínas, crioglobulinas
Preparo: Jejum 8 horas
IGA:
A IgA é a imunoglobulina que surge na imunodeficiência congênita ou adquirida de IgA
Sinonímia: Imunoglobulina IgA
Material: Soro
Exames afins: Imunoeletroforese, IgA Salivar, IgG,IgM,IgE
Preparo: Jejum 8 horas
IGE:
A imunoglobulina IgE é um indicador da presença de alergias como asma, renite alérgica,
urticária, e eczema ou doenças parasitárias. Os testes sanguíneos de alergia são a IgE total
total e IgE específico para alérgonos isolados ou em conjunto (múltiplos).
IgE total: em crianças com ate 3 anos de idade é bom indicador da presença de alergia. Após
esta idade IgE total pode elevar-se devido a parasitoses intestinais e contatos mais intensos
com outros alergenos, não tendo valor diagnostico. Também eleva-se em outras condições
como imunodeficiências, síndrome hiper IgE e na aspergilose broncopulmonar. A dosagem de
igE total sérica, de forma isolada, apresenta valor limitado como método de triagem de
doenças alergológicas pois muitos pacientes com níveis elevados de IgE especifico apresentam
níveis de IgE normal.
IgE especifico: é utilizado no diagnostico de alergias respiratórias cutâneas e alimentos ,
picadas de insetos, ácaros, pólen, pó domiciliar e na hipersensibilidade a drogas. Não há a
interferência de anti-histaminicos. Podem ser realizados IgE múltiplos para vários alergenos de
forma conjunta. O grau de positividade do IgE múltiplos não pode ser comparado com os
resultados de um teste IgE especifico isolado, e não deve ser interpretado como cumulativo do
grau de positividade de cada um dos IgE específicos.
Sinonímia: Imunoglobulina IgE
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Material: Soro
Exames afins: Imunoeletroforese, IgG,IgA, IgM
Preparo: Jejum 8 horas
MUCOPROTEÍNAS (SEROMUCÓIDES):
As proteínas plasmáticas, a excreção das imunoglobulinas e hormônios e hormônios protéicos,
são sintetizados no fígado e chegam a corrente sanguínea, circulando entre o sangue e os
espaços extra celulares.
As mucoproteínas são glicoproteínas que apresentam como principal constituinte s slfsglicoproteína acida que é sintetizada nos hepatócitos. Há um aumento nos processos
inflamatórios agudos e crônicos, infecções, artrite reumatóide, lúpus, tumores e neoplasias
metasticas, infarto agudo do miocárdio, queimaduras. Diminui nas hepatopatias e S.nefrótica.
Sinonímia: Mucoproteínas
Material: Soro
Exames afins: Alfa 1 anti-tripsina, PCR, Haptoglobina
Preparo: Jejum de 4 horas
Valor de referência: em tirosina: 2,4 a 4,5mg/dl
PARASITOLOGICO:
Utilizado para a identificação das diversas infestações parasitárias (ovos e larvas de helmintos
e cistos de protozoários) e na triagem das infecções intestinais. A intensidade do parasitismo
influi no numero de formas parasitárias eliminadas. É recomendável o exame de fezes em três
amostras colhidas em dias alternados, pois a ausência de parasitas em amostra de fezes não
elimina a possibilidade da presença do mesmo no organismo .
Os métodos utilizados para a identificação parasitária são: método HPJ (Hoffman, Pons e
Janes), método de Baersmnann, método M.IF, método direto a fresco e swab anal.
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POTÁSSIO:
O potássio é um cátion predominantemente intra-celular com concentração em torno de
150mEq/L enquanto os níveis séricos estão em torno de 4mEq/L. Esta diferença é importante
na manutenção do potencial elétrico na membrana celular e na excitação do tecido neuro
muscular. Mesmo pequena alterações no teor de potássio extra celular afeta profundamente
as funções do sistema cardiovascular e neuromuscular.
O potássio tem duas funções fisiológicas principais:
1- Atua na regulação de muitos processos metabólicos celulares
2- Participa na excitação neuro muscular, isso não se deve somente a concentração do
potássio, mas também a relação do teor de potássio intra e extra celular que é
determinante potencial da membrana;
Há um aumento de potássio na administração de sais de K ou penicilina G potassica, a
oligúricos, transfusão de sangue estocado muito tempo,choque, destruição celular por
esmagamento, hemólise, convulsões, tétano, drogas anti-leucemias, insuficiência renal
aguda, insuficiência supra renal, hipoaldoterismo primário, paralisia hipercalcêmica
familiar periódica, acidose, infecções crônicas, uso de espirinolactona com K.
O potássio diminui na falta de ingestão de K, diluição dos lÍquidos extracelulares , S. de
Cushing. Hiperaldoterismo primário, clorotiazida e derivados mercuriais, fase crônica das
grandes queimaduras, nefropatias perdedoras de K, diabete insípido, diarréia, vômitos,
fistulas digestivas
Sinonímia: K, Potassemia, Palemia, Kalemia
Material: Soro ou urina de 24 horas
Exames afins: Sódio, potássio, uréia e creatinina
Preparo: Jejum de 4 horas
PROGESTERONA:
A progesterona é um hormônio sexual esteróide produzido pelo corpo lúteo, durante a
segunda metade do ciclo menstrual, em mulheres não grávidas, pela placenta em grandes
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quantidades na mulher grávida, e pelo córtex supra renal em menor escala, mas em ambas as
fases.
A dosagem de progesterona é indicada na avaliação da irregularidade menstrual, de
amenorréia primaria ou secundaria, nos casos de aborto, onde os níveis reduzidos de
progesterona podem indicar má formação do corpo lúteo (aborto endócrino). Na investigação
da função placentária e nos distúrbios relacionados a síndrome pré menstrual (irritabilidade,
etc).
Os valores encontram-se elevados no: cisto do corpo lúteo, corioepitelioma ovariano, gravidez
molar, hiperplasia supra renal (congênita, masculina) neoplasias ovarianas, puberdade
precoce, tecido placentário (retirado pós parto) e tumores ovarianos lipídicos.Fármacos:
estrógenos, hormônios cortiço-supra renais e progesterona.
Valores reduzidos: ameaça de aborto, amenorréia, morte fetal, anormalidades menstruais,
deficiência luteinica, insuficiência ovariana, insuficiência placentária, pré eclampsia, sindrome
de Turner e toxemia da gravidez.
Sinonímia: PGR 4 pregmen-3,20-diona
Material: Soro
Exames afins: Estradiol, LH , FSH
Preparo: Jejum de 8 horas
Interferentes: soros hemolisados, ictéricos ou lipêmicos não são recomendados e
descongelamentos.
PROTEÍNA C REATIVA-PCR:
É sintetizada no fígado, presente no plasma de pacientes com doenças agudas. A PCR é um
marcador não especifico que eleva em resposta de fase aguda quando houver estimulo de
lesão tecidual, infecção ou necrose celular associada com infarto ou malignidade. É usada para
monitorar processos inflamatórios e diferenciar infecções virais das bacterianas.
A PCR aumenta na febre reumática, infarto do miocárdio, estresse, trauma, infecções
bacterianas e inflamações, hepatite viral.
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Possivelmente pode aumentar na tuberculose ativa, gota, câncer, hanseníase, cirrose ativa,
grandes queimaduras, peritonite, escarlatina, varicela, estado pós cirúrgico, uso de DIU.
Sinonímia: PCR
Material: Soro
Exames afins: ASLO, Látex, Fator reumatóide, VHS, Alfa-glicoproteína ácida
Preparo: Jejum de 8 horas
PROLACTINA:
A prolactina é um hormônio protéico secretado pela hipófise anterior e pela placenta. Durante
a gravidez, junto com outros hormônios, promove o desenvolvimento mamário para a
produção de leite e estimula a produção de leite no período pós parto.
A prolactina esta presente em mulheres não lactantes, homes e crianças com níveis séricos
menores que os encontrados em mulheres grávidas.
No homem a PRL inibe a espermatogênese, interrompendo a passagem de espermátide I para
espermatide II. Tem também ação anti-testosterona e pode ser a causa de impotência e
ginecomastia.
A hipersecreção de prolactina pode ser causada por tumores hipofisários (prolactinoma e
tumores que comprimem a haste hipofisária), doença hipotalâmica, estimulo mamilar, trauma
do tórax, hipotiroidismo, insuficiência renal, exercício físico, estresse, alimentação e varias
medicações (fluoxetina).
A hiperprolactinemia inibe a secreção de LH e FSH, podendo levar ao hipogonadismo. A
presença de macroprolactina deve ser considerada nos indivíduos assintomáticos com
elevação da prolactina sérica próxima de 100nanog/ml.
Sinonímia: PRL
Material: Soro
Exames afins: LH , FSH, Testosterona
Preparo: Jejum de 8 horas
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Interferentes: Descongelamentos repetidos
PROTEÍNAS TOTAIS:
A dosagem das proteínas totais é utilizada na avaliação do estado nutricional e na investigação
de edemas.
Aumento:
Policlonal: processo infeccioso, cirrose biliar primaria, hepatite crônica ativa, cirrose portal,
reações alérgicas e asma.
Monoclonal: mieloma múltiplo, tumores linfóides, macroglobulinemia de waldestrona, D. de
cadeias pesadas, crioglobulinemia, amiloidose
Diminuição:
Hipogamaglobulinemia, defeitos na síntese protéica: Hepatopatias, desnutrição,
hipoalbuminemia
Sinonímia: Proteínas séricas totais, Proteinemia, Albumina + globulinas
Material: Soro
Exames afins: Estradiol, LH , FSH
Valores de referências: 6,0 a 8,0 g/dl
Preparo: Jejum de 4 horas (coleta matinal- efeito circadiano)
Interferentes: Medicamentos, hemólise
PROTEÍNURIA DE 24 HORAS:
São utilizadas amostras de 24h ou 12 h sem preservativos e mantidas em refrigerador. Não
sendo possível a determinação nas primeiras 48 horas após a coleta, deve-se misturar bem e
separar uma alíquota. Amostras congeladas são estáveis por um ano. Há um aumento da
proteínuria na: glomerulonefrite, S. nefrotica, nefrosclerose, infecção urinaria, litíase urinaria,
tumores urológicos, trauma renal, trombose de veia renal ou cava, mieloma,
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macroglobulinemia, pericardite constritiva, infecções sistêmicas agudas, febre tifóide, malária,
sífilis, edema cerebral,leucemia, intoxicação por mercúrio, chumbo, etc.
Sinonímia: Proteinas na urina, albumina+globulinas+fibrinogenio na urina
Material: urina de 24hs
Exames afins: Microalbuminuria, albuminuria, proteínas totais e frações, eletroforese de
proteínas urinarias.
PSA- ANTIGENO PROSTATICO ESPECIFICO :
O antígeno prostático especifico (PSA) é uma protease produzido exclusivamente pelas células
epiteliais e ductos da glândula prostática. O PSA é produzido tanto pelo tecido normal como
pelo tecido prostático hiperplásico e neoplásico. No entanto, o tecido prostático canceroso,
produz ao redor de dez vezes mais PSA que o tecido normal.
O PSA é o mais efetivo marcador tumoral para o câncer prostático e é usado no lugar da
fosfatase ácida prostática como auxiliar no diagnóstico deste câncer em virtude de sua origem
exclusivamente glandular.
O PSA demonstra um prognostico favorável quando os níveis estão estáveis ou em declínio,
enquanto um mal prognostico é previsto com valores constantemente elevados. Relação
usada para diagnostico diferencial entre hiperplasias benigna e tumor maligno de próstata;
esta relação só deve ser empregada se o PSA total estiver entre 4,1 e 10ng/ml. Correlacionar
com ultra-som, clinica e biopsia, se necessário.
Também ocorrem aumentos inespecíficos: Prostatite aguda, adenoma e próstata, obstipação
intestinal, procedimentos prostáticos como: toque, massagem, biopsia, Ultra-som trans renal,
relações sexuais, nesses casos aguardar ao menos 10 dias para fazer a dosagem.
Sinonímia: PSA, antígeno prostático especifico
Material: Soro
Exames afins: Fosfatase acida total e prostática
Preparo: Jejum de 6 horas
Interferentes: Fibrina, amostra turva, grande hemólise ou lipemia. Anticorpos heterofilos
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TAP- TEMPO DE PROTOMBINA:
Permite avaliação do tempo de coagulação do plasma após adição de extrato de cérebro com
atividade tromboblástica padronizada. É utilizado na avaliação de alterações congênitas e
adquiridas de fatores da via extrínseca da coagulação, no controle da anticoagulação e na
triagem pré operatória.
Há aumento da tempo na: deficiência de fatores específicos a esse teste (VII,X,V,II), presença
de inibidor, cirrose hepática, hepatites virais, hepatite auto imune, alcoolismo, cirrose biliar
primaria, coagulação intravascular disseminada, terapia anticoagulante antibióticos,
deficiência dietética de vitamina K, hipertiroidismo.
Sinonímia:Fator II, TP,TAP, tempo de atividade de protombina, tempo de quick, INR
Material: plasma citratado
Exames afins: PTTA, TS,TC
Preparo: Jejum de 4 horas. Informar medicamentos usados nos últimos 10 dias.
Interferentes: anticoagulantes e coleta incorreta. Hemólise
TTPA- TEMPO DE TROBOPLASTINA PARCIAL ATIVADO:
O tempo de tromboplastina parcial ativado (PTTA) normalmente mede a via intrínseca da
coagulação. É utilizado para avaliação pré operatória, no diagnostico de coagulação , no
monitoramento de heperinoterapia.
As causas mais comuns de PTTA, prolongada são: coagulação intravascular dissemida, doença
hepática, anticoagulantes circulantes, terapia com heparina , hemofilia A e B, uso de
anticoagulantes orais, deficiência de vitamina K e hipofibrinogenemia. Quando somente o
PTTA esta prolongado, há deficiência nas etapas inicias da via intrínseca: fatores XII,XI,IX,ou
VIII. Quando o PTTA esta prolongado juntamente com o TP há defeito comum da coagulação
ou estão presentes inibidores como a heparina ou a antitrombina.
Sinonímia: TTPA, fator III, tromboplastina
Material: plasma citratado
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Exames afins: Fibrinogenio, TT,PDF, Prova do laço
Preparo: Jejum de 6 horas. Informar medicamentos usados nos últimos 10 dias.
Interferentes: coleta traumática, hemólise, anticoagulante inadequado.
TEMPO DE SANGRAMENTO- TS:
É o tempo necessário para a hemostasia de um ferimento pequeno, padronizado.
Método de Ivy e Mielke:
Aplicar um aparelho de pressão no braço do paciente no qual nenhuma veia tenha sido
puncionada. Selecionar uma área de teste na superfície volar (anterior) do antebraço, 5 a
10cm abaixo do sulco do cotovelo, em que não haja lesões, pelos, nem veias superficiais.
Limpar com álcool 70% deixar secar e inflar o esfigmomanometro a 40mmHg e manter essa
pressão durante todo o teste. Ter a mão o cronometro . numa rápida sucessao, fazer a incisão
no local preparado, em ângulo reto com o eixo longitudinal do antebraço e acionar o
cronometro.
A cada 30 segundos, absorver o sangue vertido da incisão, com papel filtro, mas sem esfregar o
corte. Parar o cronometro quando o papel de filtro não apresentar nenhuma mancha de
sangue. Afrouxar a pressão do esfignomanometro e fazer o curativo com band-aid; contar o
numero de gotas ou manchas de sangue do papel de filtro e multiplicar por 30 segundos,
obtendo assim, o tempo de sangramento com precisão de 30 segundos.
Método de Duke:
Desinfetar o lóbulo da orelha com álcool 70%. Deixar secar e esperar que a região volte a sua
temperatura normal. Com um estilete descartável puncionar o lóbulo e acionar o cronometro.
A cada 30 segundos aspirar a gota de sangue sem esfregar a incisão. Parar o cronometro
quando o papel de filtro não aspirar mais nenhuma gotícula de sangue. Contar o numero de
gotas no papel de filtro e multiplicar por 30 segundos, obtendo assim, o tempo de
sangramento com precisão até 30 segundos. Limpar o lóbulo da orelha.
Valor de referencia: 1 a 3 minutos
Sinonímia:Tempo de Duke, Tempo de YVI, Tempo de Mielke, Tempo de sangria, Coagulograma,
TS.
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Material: Sangue. Feito diretamente no paciente
Exames afins: Coagulograma,TP,TTPA, Fibrinogenio, Plaquetas. Fator VIII
Preparo: Suspender drogas com efeito antiagregante de plaquetas durante 5 dias antes do
teste. Jejum desnecessário
TC- TEMPO DE COAGULAÇÃO:
Permite a avaliação da via intrínseca da coagulação, entretanto, apresenta pouca
sensibilidade. Este aumentado nas deficiências graves de qualquer um dos fatores de
coagulação (exceto fatores XIII e VII). Nos casos de deficiência de fibrinogênio, no uso de
heparina em doses elevadas e na presença de anticoagulantes naturais.
No momento que o sangue começa entrar na seringa, acionar o cronometro. Transferir 1 a 2
ml de sangue para cada um de 2 tubos de ensaio de vidro lavados, não siliconizados , com
diâmetro interno de 8 mm, chamados de tubo A e B. Colocar os tubos no banho Maria a 37°C
ou mantê-los no calor da mão (pode ser na mão do próprio paciente). Deixar os tubos imóveis
por 4 minutos. Dado o 4° minuto testar o tubo A deitando-o quase na horizontal para ver se o
sangue escorre. Se escorrer colocá-lo novamente de pé após 30 segundos.
Sinonímia:Tempo de formação do coágulo,Coagulograma , Tc
Material: Sangue
Exames afins: Coagulograma, TP,TTPA, Fibrinogênio, Plaquetas
Valores de referências: 4 a 8 minutos
Obs: quando o diâmetro interno do tubo é de 10 a 12mm, o tempo limite aumenta
respectivamente para até 10 min. E até 12 min.
Preparo: Jejum desnecessário
RETICULÓCITOS:
Os reticulócitos têm diâmetro pouco maior que a da hemácia e não tem núcleo, sendo
formado por citoplasma acidófilo, no qual pode se ver um reticulado basófilo após coloração
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com azul cresil brilhante. Os reticulócitos estão presentes normalmente no sangue em torno
de 0,5% a 1,5% do total de hemácias e correspondem a células recém emitidas na circulação. A
contagem de reticulócitos é útil para avaliar atividade eritropoiética , sendo importante para o
diagnóstico diferencial das anemias e para acompanhar tratamento. Valores aumentados são
encontrados na hiperatividade da medula óssea (reticulocitose) como por exemplo nas
anemias hemolíticas, hemorragia. Valores diminuídos são encontrados na hipoatividade da
medula óssea como por exemplo : na aplasia medular, anemia aplástica, anemia ferropriva e
megaloblástica, antes do tratamento e uremia.
Sinonímia: índice reticulocitário, IR, Índice de Produção de Reticulócitos (IPR).
Material: Sangue com EDTA
Exames afins: Hemograma, Ferro, Ferritina
Valores de referências: Percentual: 0,5 a 1,5%
Quantitativo: 25.000 a 75.000 mm³
Método: azul cresil brilhante
Preparo:Jejum de 6 horas
RUBÉOLA:
Doença viral de comportamento benigno, exceto em grávidas quando a infecção aguda pode
levar a síndrome da rubéola congênita.
Seguem os achados sorológicos nas situações clinicas possíveis:
1- Infecção primária: IgM torna-se positivo 1 a 3 dias após o inicio da doença sendo
detectável por 2 a 12 meses. Reações falso-positivas podem ocorrer em pacientes com
mononucleose infecciosa, infecções por parvovírus e coxsakievirus B. A IgG torna-se
positiva a partir de 3 a 4 dias de doença, permanecendo indefinidamente. IgG de baixa
avidez esta presente por até 3 meses, sendo a partir de então detectado IgG de alta
avidez.
2- Reinfecção: sorologia positiva anterior a reinfecção. IgG positivo com elevação de 4
vezes ou mais no titulo da segunda amostra, IgM pode estar presente. IgG de alta
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avidez e resposta linfoproliferativa estão presentes. Não representa riscos para
gestantes.
3- Rubéola congênita: no primeira mês de vida, cerca de 20% dos infectados tem IgM
negativo.IgG avidez não tem utilidade pois pode permanecer com baixa avidez por ate
3 anos na rubéola congênita.
4- Imunes e vacinados: IgG positivo, IgM negativo após 3 meses da vacinação. IgG de alta
avidez presente. Índice de soroconversão com a vacina é próximo a 95%.
Sinonímia:Rna vírus em cadeia simples pertencente a família doa Togavirus. III doença
exantemática.
Material: Soro
Exames afins: Perfil pré natal, Sorologia para citomegalovírus e para toxoplasmose
Preparo:Jejum de 8 horas
SANGUE OCULTO NAS FEZES:
O sangue oculto nas fezes é definido como a presença de sangue nas fezes que requer testes
bioquímicos para sua detecção. Pode ser derivado do trato gastrointestinal alto, bem como do
intestino delgado e do colon. É utilizado como método de triagem do carcinoma colorretal,
embora apresente sensibilidade baixa.
Sinonímia:Sangue oculto nas fezes
Material: Fezes
Exames afins:Eritograma, pesquisa imunocromatografica de hemoglobina humana nas fezes
Valores de referências: Negativo
Preparo: Retirar o frasco no laboratório. Não tomar laxante, não fazer uso de contraste
radiológico por via oral nas fezes por 72 horas que anteceder a coleta. Se o exame for
solicitado em 3 amostras, coletá-las em dias consecutivos ou a critério médico.
Dieta: durante 3 dias que antecedem a coleta de material para exame, o paciente não deve
comer carne nem derivados, inclusive caldos, extratos ou molhos que as contenham. Não
comer beterrabas vermelhas, chocolates ou bebidas alcoólicas.
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Medicamentos contendo ferro precisam ser suspensos. Recomenda-se durante esse período
não escovar ou palitar os dentes nem utilizar fio dental, para evitar sangramento das
gengivas.é permitido lavar a boca e fazer gargarejos. A contaminação da amostra de fezes com
sangue de qualquer outra etiologia (menstrual , hemorróidas) invalida o teste.
Interferentes: Erros no preparo e na dieta
SDHEA-(DHEA-S)
O DHEA-SO4 e a DHEA são os andrógenos adrenais mais abundantes na circulação, são
andrógenos fracos sintetizados pela supra renal e que determinam os níveis de etiocolanolona
e androsterona no sangue e na urina. Atuam no desenvolvimento dos caracteres sexuais
secundários algum tempo antes do inicio da função gonodal (adrenarca).
A dosagem de DHEA é realizada na avaliação do hirsutismo, síndrome virilizantes e nas
suspeitas de adrenarca precoce. A avaliação do DHEA-S é útil em pacientes com hiperplasia ou
tumor supra renal produtor de cortisol (adrenocarcinomas).
Sinonímia:DHEA-S, sulfato de Dehidroeprandrosterona
Material: Soro
Exames afins: ACTH, cortisol, androstenediona, testosterona, DHEA, cromatografia de
andrógenos urinários, 17KS
Preparo: jejum de 10 a 12 horas
Interferentes: hemólise e lipemia.
Drogas que interferem:
Aumento: clomifeno, ACTH, danazol
Diminuição: carbamazepina, fenitoina, contraceptivos orais, ampicilina (na gravidez).
Interpretação: metabolito do DHEA, relacionado com hiperfuração androgênica da glândula
adrenal.
Aumento: hiperplasia adrenal congênita, carcinoma adrenal, tumores virulizantes das adrenais,
D. de Cushing hipófise dependente.
Diminuição: D. de Adisson, hipoplasia adrenal.
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SODIO:
O sódio é o cátion predominante no liquido extracelular, sendo o principal responsável pela
osmolalidade do plasma. Alem disso, exerce importante papel na excitabilidade neuro
muscular. Alguns fatores regulam a homeostasia do sódio, tais como aldosterona e hormônio
anti diurético.
Na urina as principais causas de aumento são o uso de diuréticos, dieta rica em sal, secreção
inadequada de sódio, síndrome de cushing.
Sinonímia: Na, Natremia, e Natruíria
Material: Soro, urina
Exames afins: Potássio, cálcio, magnésio, fósforo, uréia, creatinina
Preparo: Jejum de 4 horas
Interpretação:
Aumento: administração excessiva de salina hipertônica, hiperaldosreronismo primário,
corticosteróides, desidratação, tumor cerebral, trauma crânio encefálico, carbenicilina.
Diminuição: ingestão pobre em Na, vômitos, diarréia, aspiração, fistula, sudorese, lesões
cutâneas, queimaduras, obstrução venosa profunda, nefrite perdedora de sal, insuficiência
renal aguda, diurético, cloreto de amônia, hiperglicemia, hiperlipemia, hemorragias,
intoxicação por água, cirrose hepática, e S. nefrótica.
T3- TRIIODOTIRONINA:
A triiodotironina é produzida primariamente nos tecidos periféricos (fígado e músculos) a
partir da tiroxina (T4), sendo tambem secretado em pequenas quantidades pela tireóide. T3 no
sangue, é predominantemente ligado a proteínas plasmáticas e o restante encontra-se na
forma livre, constituindo-se na fração metabolicamente ativa.
Material: Soro
Exames afins: T4,T4L, TBG,TSH
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Preparo:Jejum de 8 horas
Interpretação: Diagnostico de hipotiroidismo e hipertiroidismo
Juntamente com o T4, encontra-se diminuído em doenças graves, no uso de propanolol, de
amiodarona ou corticóides. Em crianças de até 5 anos de idade, o T3, pode ultrapassar até 30%
o valor normal Maximo e de 5 a 10 anos, até 15%.
T4- TETRAIODOTIRONINA:
O T4 é um hormônio produzido pela glândula tireóide a partir do iodo e da tireoglobulina
através de processo em múltiplas etapas. É o hormônio do qual deriva a treiiodoteronina (T3).
A concentração total de T4 geralmente reflete a atividade secretória da glândula tireóide.
Sinonímia: Tetraiodotironina
Material: Soro
Exames afins: T3,T4L,TSH
Preparo:Jejum de 8 horas
Interpretação: Diagnóstico de hipo e hipertiroidismo sendo sua utilização a mais difundida
para este fim. Drogas como amiodarona e propanolol elevam os níveis de T4.
T4 LIVRE:
Os hormônios tireoideanos são transportados no sangue ligados a várias proteínas de ligação.
Estas incluem a TBG, a pré albumina e a albumina. A Tiroxina livre (T4l), isto é, não ligada as
proteínas, corresponde a 0,03% da tiroxina total circulante e é biologicamente ativa.
A dosagem indireta de T4 livre reflete o estado tireometabólico do individuo, ou seja, colabora
no diagnóstico de hipertiroidismo ou hipotiroidismo.
Sinonímia: T4L, Indice de tiroxina livre, 1TL, Free T4. 3,5,3,5 tetraiodo-L-tironina
Material: Soro
Exames afins: T3,T4,TSH
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Preparo:Jejum de 4 horas
Interferentes: lipemia, descongelamentos repetidos
Interpretação: teste sensível para avaliação da tireóide não sofre influencia de níveis de TBG,
Aumento:
hipertiroidismo,
1º
trimestre
de
gravidez,
jejum
prolongado,
anticoncepcionais, acido valproico, amiodarona, heparina, propanolol, tiroxina.
Diminuição: hipotiroidismo, hemodiálise, doença grave não tiroideana, lítio, tripetopin,
sulfametoxazol, nitroprussiatos, salicilatos, fenitoina, carbamazepina, acido valproico,
rifampicina.
TBG- GLOBULINA LIGADORA DE TIROXINA:
A TBG é uma proteína sintetizada no fígado e responsável pelo transporte de 75% do
T4 total circulante e também na maior parte do T3.
A determinação do TBG é utilizada em pacientes portadores de anormalidades
hereditárias que desenvolvem com redução ou ausência da TBG responsáveis por
baixos níveis de tiroxina, sem repercussão clinica.
Alem disso, a concentração de TBG, se altera por influencia de diversas drogas
(anticoncepcionais ou terapia com estrógenos), na gravidez e também por causas
hereditárias, onde é útil na diferenciação entre hipotiroidismo congênito (T4 neonatal
baixo ) e deficiência congênita TBG.
Sinonímia: globulina ligada aos hormônios tireoidianod
Material: Soro
Exames afins: T3, T4, TSH,T4L
Preparo:Jejum de 8 horas
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Interpretação: a Globulina ligadora de tiroxina é a principal proteína carreadora de T4,
e T3. Alterações da TBG refletem-se paralelamente na dosagem dos hormônios
tiroideanos.
TESTOSTERONA:
A testosterona é um hormônio esteróide que possui múltiplas ações androgênicas
sobre o organismo, incluindo a regulação da secreção de gonadotrofinas pela unidade
hipotálamo-hipofisária, o inicio e a manutenção da espermatogênese, a formação de
fenótipo masculino (durante a diferenciação sexual) e a instalação da puberdade ,
Ao atingir a circulação, a testosterona liga-se a proteínas transportadoras, albumina
(54%) e a globulina ligadora de esteróides sexuais, SHBG (44%). Apenas 2% da
testosterona presente no sangue encontra-se na forma livre.
O controle da produção da testosterona é feito no homem por gonadotrofinas, em
especial o LH, que age nas células de Leydig, promovendo um incremento na produção
de testosterona.
Na mulher os níveis de testosterona variam nas diferentes fases do ciclo ovariano,
indicando uma participação do folículo em desenvolvimento no processo de síntese.
Sinonímia: 17- Beta- hidroxi-4- androstin-3-ona
Material: Soro
Exames afins: LH, FSH, SDHEA, Androstenediona
Preparo:Jejum de 10 a 12 horas
Interferentes: hemólise, icterícia, ou lipemia. Descongelamentos repetidos.
Interpretação: no sexo masculino é indicado na pesquisa do desenvolvimento da puberdade e
no hipogonadismo. No sexo feminino tem indicação em casos de hirsutismo e de virilização.
Aumento: puberdade precoce masculina, resistência andrógena, testotoxicose, hiperplasia
adrenal congênita, ovários policísticos, tumores ovarianos.
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Diminuição: puberdade tardia masculina, deficiência de gonadotrofina, anormalidade
testiculares congênitas ou adquiridas, moléstias sistêmicas.
TESTOSTERONA LIVRE:
Todo hormônio, ao ser liberado da glândula de origem, ganha a circulação, e daí distribui-se
pela intimidade dos tecidos onde vai, em nível celular, desempenhar as suas funções. Nesse
trajeto entre o sitio de origem e o órgão efetor, o hormônio circula ligado a proteínas
carreadoras, especificas ou não, que em situações especiais, liberam o hormônio para o
plasma. Daí, ele atravessa a membrana basal dos capilares distribuindo-se pelo fluido
intersticial em direção as células. Atualmente ficou demonstrado que a fração livre, é a
responsável pela a fração ligada relaciona-se á distribuição dos hormônios pelos vários tecidos.
A importância da dosagem de testosterona livre faz-se sentir em mulheres com excesso de
produção androgênica de origem adrenal ou ovariana, com manifestações clinicas que vão
desde hirsutismo ate a franca virilização com valores normais da testosterona total.
Sinonímia: 17- beta-hidroxi-4-androsten-3-onaMaterial: Soro
Exames afins: testosterona, cortisol, DHEA-S, androstenediona
Preparo:Jejum de 4 horas
Interferentes: utilizado no diagnostico de hipogonadismo no sexo masculino e de hirsutismo
no sexo feminino.
Aumento: ovários policísticos, hipertecose, hiperplasia adrenal congênita, resistência
andrógena.
TIPAGEM SANGUINEA: ABO-RH
Os antígenos eritrocitários são geneticamente determinados e podem ser classificados em
diversos sistemas. Os de maior expressão são os sistemas ABO e Rh ou CDE. A determinação
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dos antígenos eritrocitários deve ser feita para transfusão, transplantes, pré natal ou para
auxiliar no diagnostico de paternidade.
Sinonímia: ABO, tipagem sanguínea, sistema ABO
Material: Sangue com EDTA
Exames afins: coombs, e fator Rh
Preparo:Jejum não obrigatório
Interpretação: é útil na tipagem sanguínea pelo sistema ABO
TIREOGLOBULINA, anticorpos antiA tireoglobulina é o maior componente do colóide intrafolicular da glândula tireóide.
Ate pouco tempo o T4 era considerada exclusivamente intratireoidiana e só alcançava a
circulação como conseqüência de trauma ou certos processos destrutivos glandulares.
Atualmente, sabe-se que os níveis de TG séricos aumentam com estimulo do TRH,ou TSH e que
a administração do horminio tireoidiano diminui os níveis de TG circulantes.
Imunoglobulinas circulantes dirigidos contra TG estão presentes em pacientes com tireodete
de Hashimoto e, em uma menor extensão, na doença de Graves. Anticorpos anti-TG podem
ser detectados em indivíduos sem doença tireoidiana clinicamente significativa.
Sinonímia: Tireoglobulina, TG, TGB, HTG, HTG monitor, Tireoglob monitor.
Material: Soro
Exames afins: T3,T4,TSH
Preparo:Jejum de 8 horas
Interferentes: hemólise e lipemia. Descongelamentos repetidos
Interpretação: utilizada como marcador de carcinoma de tireóide, principalmente para
monitoramento pós cirúrgico.
Aumento: D. de graves, bócio multinodular, carcinoma papilar e folicular da tireóide, tiroidites,
hipertiroidismo TSH-dependente
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Diminuição: tireoidectomia, aplasia tireóidea, defeito de síntese de tireoglobulina,
hormonoterapia tireóidea.
TOXOPLASMOSE- IGG e IGM
A toxoplasmose é uma parasitose causada por um protozoário intracelular, e a contaminação
humana ocorre geralmente pela ingestão de carne animal contaminada ou de ovócitos
originários de ciclo sexuado que ocorre particularmente no gato.
O exame sorológico é obrigatório no exame pré-nupcial e no acompanhamento das mulheres
entre 4 a 10 semanas após o contato e dar permanece em positivo toda a vida.
Sinonímia: Reação de Sabin- Feldman, Toxoplasma Gondei
Material: Soro
Exames afins: Sorologia para citomegalovirus e Epstein-Barr
Preparo: Jejum de 8 horas
Interpretação:
Toxo IgG
Toxo IgM
Resultado
Negativo
Negativo
Não existe imunidade. Risco de
infecção
analises
.São
recomendadas
periodicamente
durante a gravidez.
Positivo
Negativo
Não há infecção aguda
Positivo
Positivo
Possível infecção aguda. Repetir
a toxo IgM após 2 semanas. Um
aumento significativo poderia
indicar infecção aguda, caso
contrario poderia indicar uma
infecção passada.
Negativo
Positivo
Fase precoce de uma infecção
aguda. Repetir a toxo IgG e toxo
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Igm duas semanas após e
observar a evolução sorológica.
Os níveis de IgG podem se elevar quando um novo contato com o agente ocorre ou quando
por uma queda de imunidade, ocorre uma reativação da doença inicial.
Prevenção da toxoplasmose Infecção
1- Lavar muito bem as frutas e aves ate estarem bem passados
2- Cozinhar ou fritar carnes e aves ate estarem bem passa.
3- Impedir o acesso de baratas, moscas e outros insetos aos alimentos
4- Lavar as mãos e utensílios de cozinha, imediatamente após o contato com carnes e
aves cruas ou frutas e vegetais não lavados.
5- Evitar tocar a boca e ou os olhos enquanto estiver manipulando carnes, aves, frutas, e
vegetais
6- Evitar contato com gatos, objetos e locais que possam estar contaminados com pelos
ou fezes. Se inevitável, usar luvas.
7- Usar luvas ao praticar jardinagem ou ao mexer com terra.
8- Desinfetar a roupa de cama do gato, fervendo-a 5 minutos. Trocar a areia da sua caixa
de fezes diariamente.
9- Evitar se possível visitas as pessoas que tem gatos, principalmente se os animais
viverem livres dentro e fora de casa.
10- Uma pesquisa de oocistos nas fezes de determinado gato, pode eventualmente excluílo como transmissor da toxoplasmose.
Gatos velhos geralmente apresentam imunidade e podem não mais ser transmissores.
A toxoplasmose é tão mais grave para o feto, quanto mais precocemente adquirida
durante a gravidez. A partir do sétimo mês de gestação, a gravidade da infestação
praticamente desaparece.
TOXOPLASMOSE, AVIDEZ DE IGG
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A medida da avidez de IgG é útil na determinação do tempo de infestação durante a gravidez
para nortear o tratamento preventivo da toxoplasmose congênita.
Sinonímia: Avidez de Igg anti toxoplasma
Material: Soro
Exames afins: Toxoplasmose IgG, Toxoplasmose IgM, Toxoplasmose PCR
Preparo: Jejum de 8 horas
Interferentes: lipemia , hemólise e presença de filamentos de fibrina. Descongelamentos
repetidos.
Interpretação:
Na fase aguda anticorpos IgG ligam-se fracamente ao antígeno (baixa avidez). Na fase crônica
(maior que 4 meses) tem-se elevada avidez. É indicado para mulheres grávidas, principalmente
no primeiro trimestre que apresentam IgG e IgM positivos. A detecção de anticorpos de alta
avidez em pacientes IgM positivo indica infecção adquirida há mais de 4 meses. Tratamento
anti-parasitário pode manter a baixa avidez por mais de 4 meses. O teste de IgG de avidez é o
melhor marcador de infecção aguda em pacientes com IgM positivo.
Informações necessárias:
Na gravidez, perguntar se teve contato com algum animal doméstico (gato,papagaio)se este
exame já foi realizado anteriormente.
TGO-TRANSAMINASE OXALACETICA (AST):
As aminotransferases estão amplamente distribuídas nos tecidos humanos. As atividades mais
elevadas de AST(GOT)encontram-se no miocárdio, fígado, músculo esquelético com pequenas
quantidades nos rins, pâncreas, baço, cérebro, pulmões e eritrócitos.
AST e a ALT(TGP) são enzimas intracelulares presentes em grandes quantidades no citoplasma
dos hepatócitos. Lesões ou destruição das células hepáticas liberam essas enzimas para a
circulação. A ALT é encontrada principalmente no citoplasma do hepatocito, enquanto 80% da
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AST esta presente ma mitocôndria. Essa diferença tem auxiliado no diagnostico e prognostico
de doenças hepáticas
Sinonímia: TGO, GOT, AST, Aspartato aminotransferase
Material: Soro
Exames afins: TGP, CPK, Bilirrubinas, DHL, Gama-GT
Valores de referencia: 5 a 38 U/L
Método: cinético
Preparo:Jejum de 8 horas
Interpretação:
Aumento: recém-nascido, infarto miocárdio, infarto mesentérico, infarto cerebral, necrose de
músculos esqueléticos, necrose renal, infarto pulmonar, hepatite aguda, mononucleose
infecciosa, infiltração por linfoma e leucemia, icterícia obstrutiva com colangite, cirrose
hepática, hepatomas, pancreatite aguda, hemólise, tuberculose hematogenica,choque,
distrofia muscular pseudo-hipertrofica, dermatomiosite.
TGP- TRNASAMINASE GLUTAMICA PIRUVICA (ALT):
A transaminase pirúvica localiza-se principalmente no fígado. A TGP é mais sensível que a
TGO, na detecção de injuria do hepatócito.
Sinonímia: TGP, GPT, ALT, Alanina aminostransferase
Material: Soro
Exames afins: TGO, Bilirrubinas, DHL, Gama-GT
Preparo:Jejum de 8 horas
Valores de referencia: 10 a 40 U/L
Método: Cinético
Interpretação:
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Aumento: hepatite aguda, cirrose hepática, hepatoma secundário, icterícia obstrutiva,
congestão hepática, infarto do miocárdio, pancreatite aguda, etilismo, hepatites não
alcoólicas, anemia hemolítica, hipotiroidismo, insuficiência cardíaca, doenças músculos
esqueléticos.
Os níveis de TGP são superiores a TGO nas hepatites e esteatoses não alcoólicas. Várias drogas
e hemólise podem causar aumentos espúrio da TGO.
TRANSFERRINA:
É a principal proteína plasmática transportadora de ferro. Os íons férricos provenientes da
degradação do heme no fígado e aqueles absorvidos a partir da dieta são transportados pela
transferrina para os locais de produção dos eritrócitos na medula óssea. A transferrina
(também chamada de siderofilina), uma proteína transportadora sintetizada principalmente
no fígado , controla a absorção do ferro. Sua concentração esta relacionada com capacidade
total de ligação de ferro (TIBC). A avaliçao da TRF é útil no diagnostico diferencial da anemia
ferropenica e no acompanhamento do seu tratamento.
Sinonímia: Siderofilina, Beta-1- glocoproteina
Material: Soro
Exames afins: Ferro, Ferritina, Índice de Saturação da transferrina (TIBC), Iga, Relação Iga/
Transferrina
Preparo: Jejum de 8 horas
Interpretação: útil na avaliação do metabolismo do ferro e do estado nutricional protéico
Aumento: anemias, hipocrômicas e microcíticas
Diminuição: hemocromatose idiopática ou secundaria, processos inflamatórios, infecções
crônicas, câncer, S. nefrótica, carência protéica, insuficiência hepática.
TRIGLICERIDEOS:
Os Triglicerídeos são produzidos no fígado e intestino utilizando glicerol e outros ácidos graxos.
Os triglicerídeos representam mais de 90% das gorduras na alimentação e constituem 95% da
gordura armazenada nos tecidos. Os triglicerídeos em conjunto com o colesterol são úteis na
avaliação do risco cardíaco.
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Sinonímia: Trioleato de glicerol, Triglicerídeos
Material: Soro
Exames afins: Glicemia, Colesterol, Lipidograma
Valores de referência: Valor normal: Menor que 150mg/dl
Limítrofe: 150 a 200mg/dl
Aumentado: 200 a 499mg/dl
Muito aumentado: Maior que 500mg/dl
Obs: Quando o triglicérides é superior a 500mg/dl fica prejudicada a interpretação das demais
frações do colesterol, sendo confiável apenas o valor do Colesterol total e do triglicérides
Preparo: Jejum de 12 a 14 horas
Informações: o paciente deve estar com dieta habitual e peso corporal estável nas duas ultima
semanas precedentes a coleta. Não deve realizar exercícios físicos rigorosos nas 24 horas que
antecedem e deve evitar ingestão de bebidas alcoólicas 3 dias antes. Se for fumante, não
modificar o habito.
Interferentes:
medicamentos,
hormônios
tireoideanos,
esteróides
anabólicos,
betabloqueadores, corticóides, ciclosporina.
UREIA:
A uréia é a principal fonte de excreção do nitrogênio. Produto do metabolismo hepático das
proteínas, é excretada pelos rins. Desta forma a uréia é diretamente relacionada a função
metabólica hepática e excretora renal.
Sua concentração pode variar com a dieta, hidratação e função renal. Apesar dessas
limitações, entretanto, o nível de uréia ainda serve como um índice priditivo da insuficiência
renal sintomática e no estabelecimento de diagnostico na distinção entra varias causas de
insuficiência renal.
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Sinonímia: Carbamida, BVN, Blood Urea Nitrogen, Azotemia
Material: Soro
Exames afins: Creatinina, urina tipo I
Valores de referência: 15 a 40mg/dl
Preparo: Jejum de 4 horas
Interpretação:
Aumento: filtração glomerular deficiente, enterorragia, dieta hiperproteíca, necrose tecidual
por trauma ou infecção, catabolismo aumentado, corticosteróides, desidratação, anuria.
Diminuição: insuficiência hepática, dieta hipoproteíca, inanição, anorexia nervosa
URINA TIPO I:
O exame de urina é muito importante para avaliação da função renal e afecções do trato
urinário, podendo auxiliar no diagnostico e avaliação do tratamento.
É realizada uma analise física da urina, analise química qualitativa e quantitativa dos elementos
anormais e analise do sedimento.
Sinonímia: Urina I, EAS, Elementos anormais do sedimento, Urina rotina, Rotina de urina
Material: Urina
Exames afins: Uréia, Creatinina, Prova dos 3 frascos
Preparo: seguir as instruções do medico assistente quanto a hora da coleta e quanto ao jato
inicial, médio ou final.
Interferentes: medicamentos corantes contendo azul de metileno, acriflavina, fenazopiridina,
constraste tadiologico, falta de higiene na coleta, adição de água ou de outras soluções,
contaminação com resíduos do frasco de coleta mal lavado.
Interpretação: este é um exame grosseiro, mas que da inúmeras pistas e informações
importantes sobre as varias patologias. Os exames físicos e químicos são indícios de doenças.
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UROCULTURA:
AS urinoculturas são usadas com maior freqüência para diagnostico de infecção urinaria
bacteriana (rins, ureter, bexiga, uretra). A urina é um excelente meio de cultura e crescimento
para a maioria dos microorganismo que infectam o sistema urinário. A combinação de piúria
(pus na urina) e bacteriuria significativa é um forte indicador de infecção urinaria.
Coleta de amostras para cultura:
O preparo e a técnica de coleta de urina variam conforme o sexo e a idade do paciente. O ideal
é que a urina seja levada ao laboratório e examinada logo que possível , ela poderá ser
refrigerada por ate 24 horas antes de ser cultivada. Sempre que possível devem ser colhidas
amostras antes do inicio da antibioticoterapia ou do tratamento antimicrobiano.
Adultos e crianças que cooperam:
Mulheres: após boa lavagem dos genitais, coletar o jato ´´médio´´ para um recipiente estéril.
Se houver menstruação ou leucorreia, aplicar um tampão de algodão na vagina antes da
coletar.
Homens: após boa lavagem da glande, coletar o ´´jato médio ´´ diretamente para frasco estéril
. Dar atenção especial a lavagem nos casos de fimose muito estreita onde não se consiga um
jato diretamente expelido do meato urinário.
Ambos os sexos: cateterismo vesical: só pode ser praticado por profissional habilitado.
Observando todos os preceitos da técnica e da esterelidade. Caso contrário, o próprio
procedimento será porta de entrada da infecção urinaria.
Crianças que não cooperam:
Coleta com coletores plásticos: trocar a cada 30 minutos após nova lavagem local
Meninas: após boa lavagem dos genitais com água e sabão ( o uso de antissepticos pode
eventualmente inibir o crescimento da cultura), aplicar o coletor sobre os grande lábios. A
criança devera ficar deitada de barriga para baixo para evitar que a urina reflua na vagina.
Meninos: o mesmo preparo que as meninas. A criança poderá deitar-se de barriga para cima.
Coleta sem coletores plásticos:
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Ambos os sexos:
Método de Boehsn e Haynes- após a alimentação e antes que a criança urine, lavar-lhe os
genitais com água e sabão. Depois segurar a criança de barriga para baixo sobre a mão aberta .
Acariciar ou percurtir levemente os músculos para vértebras da região lombar para ativar o
reflexo espinhal de Perez. Uma micção espontânea devera ocorrer dentro de 5 minutos. Dirigir
o jato de urina diretamente para o frasco de coleta estéril.
Sinonímia: cultura de urina
Material: urina do 2º jato médio, após cuidadosa lavagem dos genitais externos em água
e sabão. Jato inicial devem ser coletados sob expressa solicitação medica.
Exames afins: Urina tipo I, bacterioscópico de urina, antibiograma
Valores de referências: ausência de crescimento bacteriano
VDRL:
A Sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada pelo Treponema pallidum, um
espiroqueta com espirais compactos.
Os anticorpos contra sífilis começam a aparecer no sangue 4 a 6 semanas depois da infecção.
Na sífilis primaria, os testes VDRL, e FTA-ABS (imunofluorescência indireta) positivam-se depois
do cancro duro com sensibilidade de 85%. Na sífilis secundaria a sensibilidade da sorologia é
de 99%. Na sífilis terciária, o VDRL tem sensibilidade de 70% e o FTA-ABS de 98%.
VDRL: teste não treponemico, utiliza como antígeno a cardiolipina que normalmente ocorre no
soro em niveis baixos e apresenta-se elevado na sífilis. O VDRL é uma reação de floculação,
apresentando alta sensibilidade e baixa especificidade. Torna-se positivo duas semanas após o
cancro. Falso-negativos podem ocorrer na sífilis tardia.
Sinonímia: Venereal Disease Research Laboratories, RSS,RSL
Material: Soro
Exames afins: FTA-abs, MHATP, Elisa p sífilis
Preparo: Jejum de 4 horas
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Método: Floculação
Valor de referencia: Soro não reagente
Interpretação:
VDRL é útil para acompanhamento e diagnostico de pacientes como sífilis. A presença de
títulos baixos (até 1/4) pode ser indicativa de reação amamnestica (cicatriz imunológica) ou de
falso positivo. Confirmar com FTA-abs ou com Elisa.
Condições que podem causar falso-positivos: hanseníase, tuberculose, pneumonia
pneumococcica, cancro mole, endocardite bacteriana subaguda, escarlatina, leptospirose,
febre recorrente e da mordedura de rato, malaria, tifo, D. Chagas, varicela, pneumonia atípica,
sarampo, linfogranuloma venéreo, hepatite infecciosa, mononucleose, resfriado comum, lúpus
eritematoso sistêmico, artrite reumatóide, perdas ou doações repetidas de sangue, gravidez.
VHS- VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO
A velocidade de hemossedimentação é um fenômeno não especifico e sua medida é
clinicamente útil em desordens associadas com produção aumentada de proteínas de fase
aguda. A VHS é a velocidade de sedimentação das hemácias em 1 hora no sangue com
anticoagulante. Este teste baseia-se no fato de que processos inflamatórios e necróticos
alteram as proteínas sanguíneas com conseqüente agregação das hemácias, o que as torna
mais pesadas e mais propensas a sedimentação rápida quando colocadas em um tubo de
ensaio vertical especial. Quanto mais rápida é a sedimentação das células maior a VHS. A VHS
não deve ser usada para rastreamento da doença em pacientes assintomáticos. A VHS não é
diagnostico de qualquer doença especifica, mas sim a indicação de um processo patológico
que dever ser investigado. Também é útil para monitoração do progresso de doenças
inflamatórias, se o paciente estiver sendo tratado com corticóide a VHS diminui com a melhora
clinica.
Sinonímia: HS, Velocidade de hemossedimentação, VHS, velocidade de sedimentação globular,
índice de westergreen, índice de KAtz
Material: Sangue com EDTA
Exames afins: PCR, ASLO, Hemograma, Alfa- 1 glicoproteína ácida
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Preparo: Jejum de 4 horas
Valores de referencia:
Homens: até 9mm
Mulheres: até 15mm
Interpretação: a hemossedimentação é uma resultante complexa da interação das seguintes
variáveis: hematócrito , morfologia e raio eritrocitário, anticoagulante, fibrinogênio, globulinas,
densidade eritrocitária, densidade plasmática, viscosidade do meio, temperatura e constante
da gravidade.
VITAMINA B12:
A vitamina B12 também conhecida como fator antianemia perniciosa, é necessária para a
produção de hemácias. É obtida apenas pela ingestão de proteína animal e requer fator
intrínseco para sua absorção. Tanto a B12 quanto o ácido fólico dependem do funcionamento
normal da mucosa intestinal para a sua absorção e são importantes para a produção de
hemácias. Nos níveis de B12 e de folato geralmente são determinados em conjunto porque o
diagnostico de anemia macrocítica requer a dosagem de ambos.
Sinonímia: Cianocobalamina, cobalamina
Material: Soro
Exames afins: Hemograma. Ferro, ac. Fólico
Preparo: Jejum de 8 horas. Não ingerir bebidas alcoólicas na véspera do exame; informar ao
laboratório medicamentos tomados na ultima semana.
Interferentes:
Aumento: acido valproico
Diminuição: outros anticonvulsivantes, aminoglicosideos, aspirina, neomicina, contraceptivos
orais, nitroprussiato, colchicina.
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Interpretação: níveis abaixo do valor referencial confirmam
o quadro de anemia
megaloblástica com déficit de acido fólico e de vitamina B12, ratificando os caracteres
morfológicos eritrocitários como macrocitose e policromasia.
ZINCO:
O zinco é um oligoelemento essencial amplamente encontrado na natureza, sendo após o
ferro o segundo oligoelemento mais abundante no organismo.
A dosagem do zinco sérico não é um indicador patognomonico de intoxicação ou deficiência
desse metal. Os níveis séricos são insensíveis para deficiências livres, alterando-se apenas em
deficiências moderadas a graves e podem se apresentar normais em quadros de intoxicação
ou deficiência desse metal.
A dosagem de zinco eritrocitário é utilizada com os mesmo fins da sérica, tendo a
particularidade de apresentar valores 4 a 10 vezes mais altos que o soro.
O zinco urinário é usado para avaliar toxicidade e deficiência de zinco em conjunto comon
níveis séricos e eritrocitário.
Sinonímia: ZN
Material: Soro, plasma, urina. Coletar amostra em tubo de vidro isento de contaminação
Interpretação: Zinco urinário elevado na presença de zinco sérico baixo pode ocorrer na
cirrose hepática, etilismo, neoplasias, hepatite viral, período pós operatórios, uso de nutrição
parenteral total e aumento de catabolismo.
Zinco urinário e sérico diminuídos podem ser encontrados na deficiência do metal.
Algumas drogas podem elevar o zinco urinário: bumetamida, clortalidona, cisplatina,
hidroclorotiazida, penicilina, e triantereno.
ZINCO PROTOPORFIRINA:
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É um indicador biológico decorrente da interferência do chumbo na síntese do heme e
correlaciona-se com o chumbo sangüíneo. A zinco protoporfirina (ZPP)pode permanecer
elevada por anos nas intoxicações severas, em razão da inibição da síntese do heme pelo
chumbo depositado e posteriormente liberado. A ZPP é o melhor indicador de exposição
crônica que o chumbo sangüíneo por apresentar meia vida longa(67 dias).
Na exposição crônica, o pico de ZPP ocorre em 6 a 9 meses, enquanto o pico do chumbo
sanguíneo ocorre em 3 a 6 meses. Após a eliminação da exposição, a ZPP pode permanecer
acima dos valores de referencia por ate 2 anos.
Sinonímia: ZN-PP
Material: Sangue total- 5 ml de sangue heparinizado.Proteger da luz
Interpretação: avaliação da exposição ocupacional ao chumbo inorgânico. Este elemento,
além de indicar exposição acima do limite de tolerância, tem significado clinico ou toxicológico
próprio, podendo indicar doença ou disfunção de algum sistema biológico.
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Manual de Exames - Laboratório Vitale