Revista Perspectiva Amazônica
Ano 3 N° 6 p.85-102
Uso do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) como Recurso Terapêutico
nas Lesões Musculares no Futebol
Flávio Tavares Freire da Silva*
Giovanni Gustavo Gomes Barros**
Eduarda Estefany Mendonça Pinto***
Kelly Cristiane do Socorro Ferreira Barbosa****
Maria Paula Martins do Espirito Santo*****
RESUMO
Assim como no mundo, o futebol é o esporte mais praticado pela população brasileira. Por ser um esporte de alta
exigência seja ela física, técnica ou tática, além de ser um esporte de contato, as lesões tornam-se muito comuns,
principalmente as musculares. O plasma rico em plaquetas (PRP) apresenta-se como recurso terapêutico nas lesões
musculares, graças aos fenômenos biológicos da ação dos fatores de crescimentos liberados pelo PRP assim que
estimulados, reduzindo o tempo de recuperação e favorecendo o retorno dos atletas as atividades de forma segura e eficaz.
Palavras-chave: Plasma rico em plaquetas, Lesões musculares, Lesões no Futebol
ABSTRACT
Muscle injury is a major cause of complaint in the offices of orthopedic and sports medicine, and
is one of the major causes of limitation and delay the return of sports activities. The platelet-rich
plasma (PRP) protocol associated with physical therapy appears to be a therapeutic option in
their lesions. PRP releases growth factors that act directly on chemotaxis, extracellular matrix
formation, regulates the synthesis of DNA and proteins at the injury site, stimulates the
proliferation of collagen, and stimulate fibroplasia and angiogenesis, improving tissue repair,
thereby the healing process of injury, reducing the time of return activities safely, and reduce the
chances of lesional recurrence.
Key words: Muscle injuries, Platelet rich plasma, Growth factors
* Médico radiologista. Membro do departamento médico do Paysandu Sport Club.
**Médico ortopedista. (Hospital do Coração – São Paulo)
***Discentes do curso de fisioterapeuta da Universidade da Amazonia (UNAMA).
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Introdução
Cerca de 400 milhões de pessoas praticam o futebol no mundo todo,
independente de faixa etária e diferentes níveis. Destes, 30 milhões estão no Brasil. Em
todo o mundo, existem mais de 200 milhões de atletas licenciados pela Federação
Internacional de Futebol (FIFA) (SILVA et al, 2005).
Diferente de um passado recente, o futebol de hoje vive uma fase de
supervalorização financeira do referido esporte. Segundo Ribeiro e Costa (2006), por se
tratar de um esporte de alta popularidade mundial, o interesse científico aumenta a cada
dia, principalmente no que diz respeito a lesões. Devido maior exigência física, de força,
e nos treinos, ocorrem danos que antes não havia, aumentando o número de lesões e a
elaboração de planos preventivos de possíveis lesões parece ser crucial para aumentar o
rendimento da equipe (PLENTZ, 2008; MOTTA, 2006).
No futebol as lesões mais comuns são as entorses de tornozelo e lesões
musculares, onde os grupamentos isquiotibiais são os mais acometidos (GÓMEZ
PIQUERAS, 2008). Segundo Laurino et al (2000), lesão muscular esquelética pode
acontecer em qualquer indivíduo que se submeta a prática de treinamento físico e
resultam em alterações nos treinos, como frequência, forma, intensidade e duração por
período igual ou superior a uma semana.
Para melhor compreender as lesões musculares é necessário conhecer o sistema
músculo-esquelético.
A origem de uma fibra muscular se dá em um osso ou tecido conectivo denso, e
através de uma inserção tendínea, se insere a outro osso (FERNANDES, et al, 2011).
Para gerar movimentos, alguns músculos atravessam uma ou mais articulações.
Músculos com funções posturais têm como características ser uniarticulares, planos,
largos, com velocidade de baixa contração e com capacidade de geração e manutenção
de força contrátil grande, geralmente são mais profundos (FERNANDES, et al, 2011).
Já os músculos biarticulares possuem alta velocidade de contração, porém a
menor capacidade de suportar tensão e geralmente estão localizados em
compartimentos superficiais (FERNANDES, et al, 2011).
Uma amplitude maior de movimento é observada nos músculos fusiformes,
enquanto que os músculos penados realizam maior força contrátil (FERNANDES et al,
2011).
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A contração muscular está relacionada diretamente ao comprimento da fibra. As
fibras musculares geralmente são menores que o ventre muscular devido sua
distribuição oblíqua no interior do mesmo (FERNANDES, et al, 2011).
As lesões musculares podem ser por trauma direto ou indireto. Traumas diretos
podem ser oriundos de ferimentos contusos ou penetrantes. Ferimentos contusos são
causados por laceração das fibras teciduais por esmagamento devido ação direta das
forças sobre as mesmas e são caracterizados por alteração da arquitetura fibrilar, perda
da continuidade das fibras e coleções. As lesões penetrantes produzem óbvio dano
tecidual e o diagnóstico geralmente é clínico, onde exames complementares tem
indicação para dimensionar a mesma ou investigar possíveis complicações.
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As lesões indiretas geralmente acometem grupamentos musculares que
atravessam duas articulações e expostos a cargas de grande intensidade durante o
estiramento das fibras em contrações excêntrica. Essas lesões na maioria de vezes
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acometem a junção miotendínea e é mais comum em jovens. Dependendo da
complexidade lesional, as mesmas podem ser classificadas em grau I, II ou III. Lesão
grau I não há rotura ou coleção associadas; as lesões grau II e III evidenciam-se por
alteração da arquitetura e descontinuidade do padrão fibrilar e coleções adjacentes
(Lourenço RB et al, 2008).
As lesões musculares são muito comuns, sendo estas causadas, principalmente,
por contusões e excessivas forças musculares, muitas vezes limitando pessoas de suas
atividades de vida diária e, quando ocorrem na prática esportiva, é muito comum ser
responsável pelo afastamento dos treinamentos e competições. Por outro lado, a grande
incidência de lesões musculares vem resultando em aumento proporcional de estudos
relacionados não somente com o processo de regeneração muscular, mas também com
os tratamentos das diversas lesões que acometem o sistema musculoesquelético
(CONTE, et al, 2002).
Porém, para estudar lesão muscular é necessário conhecer o sistema músculo
esquelético. Fibras musculares geralmente se originam em um osso ou tecido conectivo
denso e se inserem a outro osso através de uma inserção tendínea. As lesões musculares
podem ser causadas por contusões, estiramentos ou lacerações. A força tênsil exercida
sobre o músculo leva a um excessivo estiramento das miofibrilas e, consequentemente,
a uma ruptura próxima à junção miotendínea (FERNANDES, et al, 2011).
Estiramentos ou rupturas musculares são tipicamente observados nos músculos
superficiais que trabalham cruzando duas articulações, como o músculo reto femoral,
semitendíneo e gastrocnêmio. A atual classificação das lesões musculares separa as
lesões entre leve, moderada e grave e depende dos aspectos clínicos revelados.
Contudo, nos últimos anos o uso de fatores de crescimento em lesões musculares
tem sido utilizado para acelerar a cicatrização tecidual com a ideia de um retorno mais
rápido às atividades sem restrições. O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) é definido como
um volume da fração do plasma de sangue autólogo com uma concentração de plaquetas
acima do valor inicial. As plaquetas contêm um grande número de fatores de
crescimento e citosinas que teriam um papel fundamental na regeneração óssea e
maturação dos tecidos moles (VENDRAMIN, et al, 2006).
A utilização do PRP consiste na inversão de relação de glóbulos vermelhos no
sangue que são menos úteis no processo de cicatrização e aumento de plaquetas para a
recuperação, visto que a utilização do PRP está aumentando para melhorar o tratamento
de diferentes patologias ortopédicas (SOARES, et al, 2010).
Desta forma, esta pesquisa justifica-se por a técnica do PRP ser uma nova forma
de tratar vários problemas musculoesqueléticos, sendo amplamente utilizado na prática
clínica em lesões ortopédicas, com o objetivo de analisar o uso do PRP como opção
terapêutica no processo de cicatrização muscular, tendo como questão norteadora saber
se a aplicação do PRP irá influenciar no processo de cicatrização de lesão muscular.
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Referencial Teórico
Anatomia e Fisiologia do Sistema Músculo Esquelético
Os músculos são, individualmente, a maior massa de tecido corporal,
correspondendo a 40-45% do peso do indivíduo, podendo ser divididos segundo sua
estrutura (cardíaco, liso e esquelético ou voluntário), ação, localização, forma,
origem/inserção, número de divisões e direção de suas fibras. O sistema muscular
esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo. Essa musculatura recobre
totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, sendo responsável pela movimentação
corporal (GUYTON, HALL, 1996).
Cada músculo compreende fibras ou células musculares longas, delgadas,
cilíndricas que se estendem por todo o seu comprimento, assim, essas células podem
ser muito mais longas. Cada célula ou fibra muscular multinucleada é conectada às
células musculares paralelas e circundada por uma camada de tecido conjuntivo
denominada endomísio. Tais fibras são, então, agrupadas em feixes mantidos juntos
por outra camada de tecido conjuntivo, denominada perimísio (figura 01). Esse grupo
revestido ou feixe de fibras é denominado de fascículo (MAGEE, 2005).
Figura 01: Representação esquemática da anatomia do músculo.
Fonte: Dias, 2011.
Os grupos de fascículos, feixe de fibras, cada qual com vasos sanguíneos e tecidos
nervosos associados, são mantidos bem unidos por outra camada de tecido conjuntivo
denominado epimísio (Figura 01). Os fascículos circundados por epimísio, que percorrem
todo o comprimento do músculo esquelético, são então completamente circundados por
um tecido conjuntivo importante denominado fáscia (WILMORE, et al, 2010).
A fáscia é um tecido conjuntivo resistente, denso e forte que recobre todo o
músculo e, então, estende-se além do músculo em si, para se tornar o tendão fibroso. É a
fusão de todas as três camadas internas de tecido conjuntivo do músculo esquelético. A
fáscia separa os músculos uns dos outros, permite o movimento sem atrito e forma o
tendão com o qual o músculo é conectado ao osso. Isoladamente, cada uma das fibras é
uma célula alongada (SERNIK, 2009).
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O músculo esquelético é dividido em dois tipos de fibras, dependendo de sua
atividade metabólica e sua função mecânica. As fibras tipo I, conhecidas como
vermelhas, lentas, têm baixa velocidade de contração e grande força de contração.
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Elas funcionam aerobicamente e são resistentes à fadiga. As fibras tipo II,
conhecidas como fibras rápidas ou brancas, são subdivididas em dois tipos, de
acordo com seu nível de atividade metabólica. Ambos os tipos são fibras de
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contração rápida e têm elevadas força e velocidade de contração, que muitas vezes
podem ser a causa das lesões musculares (FARINTTI, MONTEIRO, 2000).
Lesões Musculares
As lesões musculares (figura 02) ou distensões musculares são aquelas onde
há ruptura de fibras musculares, na junção músculo-tendão, no tendão ou na inserção
óssea de uma unidade músculo-tendínea. Existem várias classificações para
estabelecer o nível das lesões musculares (CONTE, et al, 2002).
Figura 02: Representação esquemática da lesão muscular.
Fonte: Oliveira, 2011.
Leva-se em consideração o grau de comprometimento das fibras
musculares, elas podem ser classificadas como: lesão de grau I, onde ocorre a
ruptura mínima das fibras ocasionando leve dor, edema residual e desconforto local;
lesão de grau II, onde ocorre laceração muscular com significante hemorragia, onde
o paciente pode apresentar dor moderada, edema e impotência funcional, e lesão de
grau III, como sendo aquela onde ocorre completa perda de função e continuidade
da maior parte ou de todo o músculo, o paciente já apresenta edema e dor intensa
(BARROSO, THIELE, 2011).
O processo de cicatrização dos tecidos moles é constituído por três
fases, iniciando-se pela fase inflamatória aguda, onde há rotura de fibras colágenas
e de vasos sanguíneos que leva a hemorragia e uma resposta humoral, com ativação
da cascata de coagulação e liberação de fatores inflamatórios quimioterápicos e
vasoativos. Haverá formação de edema como resultado do processo hemorrágico,
associado à vasodilatação, e de aumento da permeabilidade vascular local. Os sinais
e sintomas inflamatórios desta fase são exuberantes, com calor local, vermelhidão,
edema, dor e incapacidade funcional. A duração desta fase é aproximadamente de
três dias (GOGIA, 2003).
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A fase de reparação tecidual proliferativa inicia-se durante as primeiras 24 horas e
intensifica-se a partir do terceiro dia. Haverá aumento da produção de fibroblastos, que
estarão com atividade máxima infiltrando-se nos tecidos lesados. Sua função principal é a
de sintetizar fibras colágenas, depositadas em um padrão aleatório. Ao mesmo tempo,
haverá neoformação vascular, com estabelecimento de novos capilares anastomóticos
permeáveis à passagem sanguínea e à drenagem de exsudato inflamatório. A remoção de
células mortas e coágulos sanguíneos, realizada pelos macrófagos, estão também
intensificados. Esta fase tem duração aproximada de três semanas (BALBINO, et al, 2005).
Na fase de remodelação tecidual cicatricial, a área traumatizada já está
cicatrizada basicamente pelas fibras colágenas, e os sinais e sintomas clínicos, bastante
diminuídos. Entretanto, este tecido neoformado está desalinhado e estruturalmente
desorganizado, assemelhando-se a um gel com pouca força de tensão. A capacidade de
resistência tecidual aumentará proporcionalmente ao realinhamento das fibras
colágenas. Esta fase tem duração de alguns meses, podendo chegar até um ano e meio,
nos casos de lesão ligamentar (WATKINS, 2000).
As lesões em tecidos moles podem ser causadas basicamente por sobrecarga
repetitiva (uso excessivo) ou por traumatismo local direto, onde ocorre o amassamento
de tecidos moles (pancada, cortes, perfuração), e indireto caracterizado por: uso
excessivo, mal uso, hipercontração, mudanças rápidas de direção e parada repentina.
Lesões geradas pelo acúmulo de reforços repetitivos (microtraumatismos de repetição)
que excedem a capacidade de recuperação tecidual (GOGIA, 2003).
As sobrecargas repetitivas, sem a adequada cicatrização tecidual, levam a um
ciclo vicioso de irritação inflamatória local, retenção de metabólitos, dor, isquemia,
edema e contratura muscular reflexa. A evolução do processo reacional causará reação
fibrosa e encurtamento dos tecidos envolvidos (ANDREOLI; WAJCHENBERG,&
PERRONI; COHEN,M. & ABDALLA, 2003).
Diversas são as situações que podem levar a este tipo de lesão: atividades
ocupacionais, onde esforços repetitivos são empregados na execução de determinada
tarefa (digitadores e datilógrafos, operários de fábricas que executam movimentos
repetitivos específicos); atividades esportivas praticadas ocasionalmente por
indivíduos sedentários, com idade acima de 35 anos (“atleta de fim de semana”), onde
não há adequação para esforço realizado, somando-se a capacidade de reparação
diminuída pela idade e pelo descondicionamento corpóreo; atividade esportiva intensa,
realizada por indivíduo atleta profissional, jovem, treinando muitas horas ao dia, no
limite de sua capacidade adaptativa fisiológica, onde pausas não suficiente de intervalos
entre os treinos levam à sobrecarga repetitiva (MOREIRA, et al, 2003).
Inicialmente o sítio da lesão é o local submetido aos esforços repetitivos, e com o
evoluir do quadro, incapacidades secundárias podem instalar-se. É muito importante à
análise individual de caso para caso, para elucidação de fatores associados que possam
estar aumentando o potencial de traumatismo tecidual. Fatores extrínsecos ao
indivíduo, como equipamentos, posturas inadequadas, têm que ser levados em conta na
análise global do caso (SANTOS, 2006).
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O maior risco de lesão muscular ocorre durante a contração excêntrica, pois, neste
tipo de ação, realiza-se trabalho de força e de alongamento ao mesmo tempo, aumentando,
assim, o “stress” sobre os tecidos. As lesões ocorrem porque as ações de alongamento
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provocam uma extensão além do normal de alguns sarcômeros, causando, desta forma,
danos aos mesmos (GANTUS, 2002).
Diagnóstico Clínico da Lesão Muscular
O diagnóstico da lesão muscular inicia-se com uma história clínica detalhada,
seguida por um exame físico com a inspeção e palpação dos músculos envolvidos, assim
como os testes de função com e sem resistência externa. O diagnóstico é fácil quando uma
típica história de contusão muscular é acompanhada por um evidente edema ou uma
equimose distal à lesão (Figura 03) (FERNANDES, et al, 2011).
Figura 03: Contusão muscular e equimose do MMII direito.
Fonte: IOT-HC-FMUSP, 2008.
Exames complementares
Pequenos hematomas superficiais e aqueles que são profundos podem ser de
difícil identificação. Exames de imagem como ultra-sonografia, tomografia
computadorizada e ressonância magnética proveem informações úteis para se verificar e
determinar a lesão com maior precisão (FERNANDES, et al, 2011).
A ultrassonografia (Figura 4) é tradicionalmente considerada o método de escolha
para o diagnóstico da lesão muscular, visto que é um método de imagem relativamente
barato e que possibilita avaliar dinamicamente a contração e rotura muscular. Possui a
desvantagem de ser examinador-dependente (LOW, REED, 2001).
F ig u ra 0 4 : U ltra -s o m
n a c ic a tr iz a ç ã o m u s c u la r
F o n te : IO T -H C -F M U S P , 2 0 0 8 .
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A ressonância magnética (Figura 5) substitui a ultrassonografia na avaliação de
muitas doenças musculoesqueléticas. Possui boa sensibilidade para edemas, cálculo do
tamanho do hematoma e avaliação de desinserções musculotendíneas. Contudo, assim
como a tomografia, é um exame estático (HAGE, IWASAKI. 2009).
Figura 05: Ressonância Magnética de lesão muscular
Fonte: IOT-HC-FMUSP, 2008.
Além do papel diagnóstico, a USG possui importância terapêutica,
possibilitando intervenções localizadas para aspiração. Permite, ainda, a injeção
dirigida possibilitando respostas terapêuticas rápidas e efetivas, com redução da
morbidade. Assim como guiar na aspiração de hematomas e injeção do PRP rico em
fatores de crescimento (SILVA; LAURINO, 2006; LOURENÇO, et al. 2008).
Figura 06: Aplicação de PRP guiado pela ultra-sonografia
Fonte: Banco de dados do autor, 2009.
Novas Tendências no Tratamento de Lesões Musculares: Plasma Rico
em Plaquetas(PRP)
O uso dessa técnica teve início há mais ou menos 10 anos, quando cirurgiões
dentistas de Barcelona, descobriram que a sua aplicação potencializava a capacidade de
cicatrização dos tecidos, particularmente em implantes dentários, em cerca de 5 vezes, à
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capacidade natural e espontânea do organismo em realizá-la (GONZALEZ, 2006).
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Durante vários anos tentou-se a utilização do sangue total para atuação tecidual,
mas depois se percebeu que este procedimento não tinha resultado satisfatório. Portanto
ao se trabalhar com plaquetas, nada mais lógico de que pensar em se colocar
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diretamente o sangue no local da lesão, já que este tem uma grande quantidade de
plaquetas. O que se sabe hoje é que este sangue não é suficiente para expressar os
fatores de crescimento, já que a quantidade de plaquetas está diretamente relacionada à
melhor função e maior ativação dos fatores de crescimento (LAGUNAS, 2006).
O PRP é uma concentração autóloga de plaquetas em um pequeno volume de
plasma, com a consequente presença de fatores de crescimento (FC) liberados por estas
plaquetas, além de proteínas osteocondutoras, que também servem de matriz para
migração epitelial e formação óssea e de tecido conectivo (VENDRAMIN, 2006).
As plaquetas (Figura 07) atuam no processo de hemostasia, cicatrização de
feridas e reepitelização. O PRP tem entre 1.000.000 e 1.500.000 plaquetas por
microlitros. É um hemocomponente autógeno usado para liberar FCs em altas
concentrações no local onde se pretende reparar um defeito ou uma lesão tecidual,
levando à aceleração do processo cicatricial. Os fatores de crescimento estimulam
principalmente a reepitelização, a angiogenêse, a mitose celular, a síntese de
colágeno, a quimiotaxia dos neutrófilos, macrófagos e fibroblastos e a produção
linfócitos com a produção de interleucinas (MAN et al., 2001).
Figura 07: Figura representativa do plasma sanguíneo.
Fonte: Carla, 2010.
Nas cirurgias em que se trabalha com retalhos cutâneos, inclusive
mamoplastias, abdominoplastias e ritidoplastias, o PRP ajuda na hemostasia e estimula
o desenvolvimento da neovascularização, diminuindo assim complicações como
hematomas, seromas e sofrimento vascular dos retalhos. Estas propriedades podem ser
empregadas para melhorar o tratamento de feridas no membro inferior que costumam
evoluir com uma cicatrização mais lenta e com a incidência de complicações nos
retalhos locais, maior que em outras partes do corpo (VENDRAMIN, 2006).
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O gel de PRP é obtido através da adição de gluconato de cálcio ao PRP. Estes
ativam o sistema de coagulação, resultando na gelação do PRP, o que facilita sua
aplicação em diversas cirurgias e também ativam as plaquetas. Inicialmente o PRP era
obtido através de máquinas de plasmaferese e utilizava-se a trombina bovina para sua
ativação. O interesse em facilitar sua obtenção e diminuir os custos fez com que
surgissem algumas máquinas automatizadas e diversos protocolos, inclusive com
substituição da trombina bovina por trombina autóloga (VENDRAMIN, 2006).
As máquinas automatizadas com seus "kits" tornam simples a obtenção do PRP,
porém os custos ainda são elevados. Assim, alguns protocolos foram criados para se
obter pequenas quantidades de PRP e trombina autólogos, utilizando-se centrífugas
comuns e reduzindo muito os custos na preparação do produto (LAGUNAS, 2006).
Procedimento de Aplicação do PRP
O plasma rico em plaquetas é produzido após punção venosa de uma pequena
quantidade de sangue do paciente (figura 08), cujo volume é submetido à centrifugação
em alta velocidade, separando as hemácias das plaquetas (DUGRILLON, et al, 2002).
Figura 08: Representação de retirada de sangue.
Fonte: Almeida, 2012.
O sangue é centrifugado a 3.200 rotações por minutos (figura 09). Após a
centrifugação, o plasma pobre em plaquetas (fica na região mais superior), seguido do
plasma rico em plaquetas e das células brancas e em último plano as hemácias
(depositadas na região mais inferior do dispositivo) (EFEOGLU, 2004).
Figura 09: Figura representativa do sangue sendo centrifugado.
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Fonte: Almeida, 2012.
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Com a centrifugação de uma porção de sangue do paciente, pode-se obter um
concentrado de plasma rico em plaquetas (Figura 10), PRP autólogo, o qual possui
uma abrangência em sua utilização, principalmente em articulações cronicamente
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lesadas, comprometimentos ligamentares, fechamento de cicatrizes, reconstituição
tecidual, bem como na diminuição da perda de sangue no pós-cirúrgico e também
nas cirurgias que necessitem de enxertos, sobretudo ósseos (DEVOS, et al, 2010).
Figura 10: Figura representativa do sangue.
Fonte: Almeida, 2012.
Resultados e Discussão
A análise da área da lesão muscular mostrou que, após a aplicação do PRP a lesão
apresentou sinais de melhoria com formação de tecido cicatricial, essa melhora clínica pode
ser justificada pela aplicação do PRP diretamente na lesão, o qual segundo Laguna (2006)
libera fatores de crescimento, que estimulam a angiogênese, promovendo crescimento
vascular e proliferação de fibroblastos que por sua vez proporcionam um aumento na
síntese de colágeno. Esses benefícios se mantiveram durante todo o tratamento. Na análise
inicial, a ultrassonografia realizada no paciente, após 48 horas à lesão muscular sofrida,
mostra que o valor da área lesionada é de 2.8 centímetros (Figura 11).
Figura 11: U ltrassono grafia de lesão grau II do m úsculo bíceps fem oral.
Fonte: B anco de dados do H ospital P orto D ias, 2010.
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Dois dias (48 horas) após a aplicação do PRP, foi novamente realizado a
ultrassonografia, onde observam-se sinais de cicatrização com redução da área de lesão
para 0.75 centímetros (Figura 12).
Figura 12: Ultrassonografia de lesão grau II do músculo bíceps femoral.
Fonte: Banco de dados do Hospital Porto Dias, 2010.
Fonte: Banco de dados do Hospital Porto Dias, 2010.
Quatro dias depois (96 horas) pós-aplicação PRP, o exame de controle pósprocedimento apresentou uma diminuição ainda maior da área de lesão, sendo esta de
0.48 centímetros (Figura 13).
F igura 13: U ltrasso nografia de lesão grau II do m úsculo bíceps fem oral.
F onte: B anco de dados do H ospital P orto D ias, 2010.
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Seis dias (144 horas) após o procedimento, o exame de imagem (figura 14)
mostra que a medida da área que inicialmente era de 2.8 cm, regrediu em 6 dias com
cicatrização completa. Tais valores estão dispostos no gráfico 01, para a análise geral
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da cicatrização muscular, onde verificou-se redução de 100% em sua área total.
Esses achados são de extrema importância clínica, principalmente ao se considerar o
tempo do processo de cicatrização muscular que, segundo Noonan (1999), pode
durar meses.
Figura 14: Ultrassonografia de lesão grau II do músculo bíceps femoral.
Fonte: Banco de dados do Hospital Porto Dias, 2010.
Gráfico 01: Representação esquemática da cicatrização muscular.
Fonte: Pinto, 2012.
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Os recursos utilizados para a sugestão de elaboração de protocolo de tratamento
fisioterapêutico podem ser associados ao PRP, visando uma maior aceleração no
processo de cicatrização, força e resistência tecidual, para um retorno ainda mais rápido
às suas atividades diárias, onde baseado em estudos, Marques (2009) diz que a
cinesioterapia caracteriza-se por meio de programas de exercícios que visam melhor
condicionamento muscular. Já o alongamento segundo Rocha et al. (2006) tem como
objetivo geral, entre outros, recuperar ou restabelecer a amplitude de movimento normal
das articulações e a mobilidade dos tecidos moles que a cercam. Kannus et al, (1992),
relata que, após uma lesão, o alongamento muscular controlado e movimentos
articulares melhoram, respectivamente, a orientação das fibras de colágeno e a atrofia
causada com a imobilização.
Deste modo, a reabilitação por meio da cinesioterapia, além de acelerar o
processo regenerativo, direciona a um rápido e completo retorno as atividades diárias e
esporte (MARQUES, 2009). No entanto, embora o tratamento por meio da mobilização
venha se mostrando um método muito favorável e eficaz, ele é alvo de alguns estudos e
discussões em relação ao tempo de início da mobilização. Lehto (1991) mostra em
estudos que a mobilização imediatamente após a lesão pode causar novas rupturas e
fraqueza do tecido na área lesada, devendo ser evitada nos primeiros dias após a lesão.
Outro recurso utilizado na sugestão do protocolo fisioterapêutico é a
eletroterapia que segundo Agne (2005) é a utilização da corrente elétrica no corpo
humano com fins terapêuticos para proporcionar efeitos como: analgesia, relaxamento
muscular, metabólico, descontraturante, etc. Estudos prévios relatam que o uso do
ultrasom melhorou a angiogênese e acelerou a produção de força após lesão muscular
induzida pela contração (YOUNG; DYSON, 1990). Oron, (2001), utilizaram o laser em
lesão muscular, e relatam melhora da regeneração, evidenciada através da comparação
com grupos controle.
A crioterapia por sua vez, segundo Oliveira, et al. (2007), tem efeito analgésico,
promove a vasoconstrição, controla hemorragia e edema. Contudo ainda como recurso
fisioterapêutico, porém em uma fase mais tardia, exercícios pliométricos, pois segundo
Santos, Piucco, Reis (2007), a pliometria é uma técnica que visa aumentar a potência
muscular e melhorar o rendimento atlético e pode ser de grande valia pós-PRP.
Conclusão
O uso do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) associado a fisioterapia no tratamento
das lesões musculares se mostrou eficaz em acelerar o processo de cicatrização tecidual,
conforme mostra a literatura. Contudo, novos estudos relacionados ao assunto serão
importantes para a elaboração de protocolos, ratificando os benefícios do Plasma Rico
em Plaquetas visando oferecer força e resistência ao músculo lesionado, promovendo
um retorno rápido e seguro dos atletas a suas atividades de vida diária.
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Referência Bibliográfica
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