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Diretoria de Ensino Região LESTE – 5
Programa de Revisão Paralela
Nº 05/08
Nome:_______________________________________________nº.:______Série: 7º - Turma: ____
Disciplina: PRODUÇÃO
Profª _______________________
Nota:_________
Data:______/_______/_______
Leia
O mundo, aqui
Esta mulher de saias largas e sorriso contido, que me encara na foto amarelada, é minha bisavó. À sua
volta um jardim, um quintal, uma rua tão comprida que nem tem fim. O mundo antigamente era desse jeito:
largo, misterioso, cheio de terrenos e quintais e várzeas e céus -como nas velhas fotografias desse álbum.
Conheci minha bisavó. Não a jovem morena que me sorri no retrato, mas a mulher de cabelos brancos e
corpo frágil, que me contava histórias ao anoitecer. Parece que ainda ouço a sua voz...
"-Ah, era tudo muito longe. Qualquer viagenzinha demorava dias, semanas. Até ir ao centro da cidade
demorava um tempão!"
"-Cinema? Quase nunca. O máximo que dava pra fazer era ir ao vizinho ouvir rádio. Tocava música,
dava notícias. Lembro do tempo da guerra..."
"-Mandavam cobrir as janelas, apagar as luzes durante o blecaute. Diziam que podia ter bombardeio. Eu
não tinha medo: a guerra acontecia lá nas europas, não ia chegar aqui. França, Alemanha...pra mim aqueles
lugares não existiam de verdade, eram mais longe que o purgatório!"
É. O mundo da minha bisavó era imenso, interminável, inesgotável. A noticia de uma bomba atômica
estourando no Japão só chegaria a ela muito tempo depois. Os longos espaços amorteciam as novidades e
adiavam os espantos.
E hoje... eu fecho o álbum de fotografias amareladas e vejo à minha frente as imagens de um terremoto
no Japão. A queda de um avião no Canadá. Fome na África e exércitos na Ásia. Uma competição esportiva
na Austrália. Naves saindo do Sistema Solar... tudo aqui, e agora.
Parece brincadeira, mas eu conheço melhor o rosto do presidente americano do que o do padeiro ali na
esquina! Estranhos tempos estes, em que o mundo cabe inteiro, em tempo real, naquela caixa iluminada
parada no meio da minha sala! Em que uma teia eletrônica leva qualquer um a qualquer lugar.
Ainda como espanto de minha bisavó por dentro, piso porta afora e entro no mundo.
Rosana Rios
Responda de acordo com o texto acima
01. Assinale a alternativa correta sobre o texto acima
a) narrador onisciente (3ª pessoa)
b) narrador personagem (bisavó)
c) narrador personagem (bisneta)
d) nenhuma das alternativas
02. Observe os parágrafos 3, 4 e 5. Eles são introduzidos por aspas e travessão. Por quê?
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03. Que ameaça pairava sobre as pessoas na época descrita nos parágrafos do texto?
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04. Seria correto afirmar que há uma identificação muito forte entre a autora do texto e o narrador? Por que
isso ocorre?
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05. O ato de fechar o álbum de fotografias amareladas pode ser interpretado simbolicamente. Qual o
verdadeiro significado desse gesto?
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06. Leia o texto abaixo
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas.
Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito...”
Considerando a linguagem utilizada no texto acima, quais são as palavras que demonstram se tratar de
um texto antigo.
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07. Leia
Continho
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada de
meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a
cavalo:
-- Você aí, menino, para onde vai essa estrada?
-- Ela não vai não: nós é que vamos nela.
-- Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
-- Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.
Paulo Mendes Campos. Crônica 1. São Paulo: Ática, 2002.p.76
(Coleção Para Gostar de Ler) by Joan A. Mendes Campos.
O texto acima descreve um personagem ou um lugar? Justifique sua reposta com um trecho do texto.
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Programa de Revisão Paralela Nº 05/08