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GÊNERO, CIÊNCIA E SOCIEDADE EM “BALINESE DANCER”,
DE GWYNETH JONES
Lucia de La Rocque (UERJ/FIOCRUZ) 1
A percepção das escritoras feministas de ficção científica do amálgama entre os
campos ocupados pelas questões de gênero e de ciência passa, necessariamente, pela
discussão travada por essas autoras acerca do papel da mulher numa sociedade em que a
ciência respalda o poder masculino. Mary Shelley, autora de Frankenstein inicia, com
sua obra prima, uma linha de ficção científica feminista que ficaria por muito tempo
excluída desse gênero literário, já que a ficção científica seria demarcada pelo olhar
masculino de Jules Verne e H.G. Wells no século XIX e por escritores da estatura de
Aldous Huxley, Isaac Asimov e Arthur C. Clarke na primeira metade do século XX.
Assim, por mais de um século, com poucas e honrosas exceções como Herland, de
Charlotte Perkins Gilman (1915), o veio feminista da ficção científica se manteve
dormente, só tendo sido retomado nos anos 60, com o advento do movimento feminista.
A partir daí, autoras como Ursula Le Guin, Joanna Russ, Marge Piercy, Octavia Butler e
Margaret Atwood têm explorado questões da tecno–ciência que tocam fundo na relação
de hegemonia estabelecida entre os mundos masculino e feminino, desde priscas eras
até o tempo presente. Algumas dessas escritoras, da mesma forma que Gilman no início
do século XX, se utilizaram da forma utópica, inspiradas pelos movimentos que
caracterizaram os efervescentes anos 60. Moylan (2000, p.68) assim descreve este
momento:
Um forte veio utópico percorria o trabalho do Marxismo Crítico e da Nova
Esquerda, as teorias sociais dos movimentos de libertação raciais e nacionais,
as vozes múltiplas do feminismo, os gritos dos pobres e despossuídos, as
asserções da diferença sexual e do desejo, os debates a favor da paz mundial e
1
A pesquisadora Anunciata Sawada, que participa do projeto de pesquisa da Profa. Lucia de La
Rocque, é co-autora deste trabalho.
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do governo mundial, e a reconceitualização da relação da humanidade com a
própria natureza.
O eco desse panorama político-cultural foi contundente na literatura, e
reverberou de modo especial nas utopias feministas que passaram a imaginar
alternativas ao controle que assolava as distopias das décadas anteriores, como Brave
New World e 1984. No entanto, os sonhos utópicos dessa época acabaram sendo
esmagados pela realidade inegável de um capitalismo que excluía desenfreadamente
mais e mais pessoas de seus paraísos de consumo, e que alicerçava progressivamente os
valores materiais em detrimento das forças coletivas da solidariedade e da tolerância (de
La Rocque, 2004,). Naturalmente, a ficção utópica não conseguia vicejar nesse clima, e,
portanto, segundo Baccolini (2000, p. 17):
Mais de vinte anos depois dos protestos dos anos 60 e 70, a cultura da
oposição manteve um núcleo de resistência; mas a utopia [...] não parece ser
mais o modo literário escolhido pelos escritores durante os anos 80 e 90. A
ficção distópica parece ser particularmente condizente com essas décadas.
As distopias feministas dessa época denunciam como uma forma de ciência,
alavancada pelo patriarcado, acaba manipulando o corpo da mulher, principalmente no
que tange a questões que, por força de ditames biológicos, estão restritas ao mesmo,
como o caso da maternidade, não sendo à toa, portanto que tantas obras, como a
precursora Herland, se debrucem prioritariamente sobre essas questões A leitura dessas
obras, na realidade, instiga debates dos mais diversos e fundamentais para o campo do
feminismo, cobrindo desde as discussões em torno de formas alternativas de reprodução
humana, tais como se apresentam na ficção e já aconteceram ou estão a passos de
acontecer na realidade, envolvendo maior ou menor teor decisório das mulheres sobre o
seu próprio corpo, até questionamentos sobre a ideia do ciborgue, ideia altamente
polêmica e trazida para o cerne do feminismo com os estudos pioneiros de Donna
Haraway.
Todo esse emaranhado de conceitos e questões em torno dos mesmos,
suscitado pela leitura da ficção científica de veio feminista, nos serve para lembrar que a
antiga e confortável fronteira entre o “natural” e o “artificial” vem progressivamente
sendo elidida, de forma impiedosa e irreversível. No entanto, apesar da inexorabilidade
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desse processo, há pontos que envolvem o comportamento humano, e a relação entre os
gêneros no desenrolar do mesmo, sobre os quais as ciências de cunho biológico, em
especial a biologia e psicologia evolutiva, não abandonaram de todo sua antiga crença
no determinismo biológico, defendendo ainda que pelo menos parte desse
comportamento deve ser atribuído a instruções metabólicas comandadas pela carga
genética que herdamos de nossos ancestrais. Esse determinismo pode servir a propósitos
no mínimo escusos; ao se considerar, por exemplo, que os homens têm maior disposição
biológica para a poligamia (ver Ridley, 1993), pode-se justificar arranjos familiares e da
sociedade como um todo que sejam extremamente opressivos para as mulheres. Já as
ciências humanas, principalmente a antropologia, insistem no ponto que o ser humano
se distingue dos animais por estar sempre ligado à cultura, que de certa forma o
produziu e é por ele/a produzida, e por isso seria extremamente complicado separar o
“natural” do “cultural”. ( Fonseca, 2007). Essa disputa entre as ciências de fundo
biológico e humano na tentativa de explicar aspectos do comportamento humano,
ligados ao papel dos gêneros, poderia ser resumida à velha pergunta do ovo e da
galinha: O que vem antes, no caso específico do ser humano, a natureza ou a cultura?
(de La Rocque, 2005).
Neste artigo, nosso objeto de análise é o conto “Balinese Dancer”, de Gwyneth
Jones, que foi primeiramente publicado no Asimov´s Science Fiction Magazine em
1997, e lida de uma forma extremamente pungente com essas questões de gênero e
ciência.
Jones, nascida em Manchester em 1952, é mais conhecida como Ann Halam e
tem escrito ficção científica, histórias de horror e fantasia para leitores mais jovens
desde 1980 sob este pseudônimo e, até esta data, já publicou mais de vinte romances.
Sua ficção científica é admirada por sua “intensidade e inteligência, além de sua criação
de mundos imaginários extremamente originais” (Hollinger, 2010, p. 326). Recebeu
várias nomeações e prêmios desde os anos 90, entre eles o World Fantasy Awards e o
Arthur C. Clarke Award. É frequentemente comparada a Ursula Le Guin, muito embora
seus estilos e conteúdos sejam diferenciados.
Em “Balinese Dancer” o cenário é distópico, embora, como em muitas
distopias, não seja assim tão diferente do que vemos ao nosso redor. Segundo Moylan
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(2000, p. 43) “a crítica realizada pelas distopias pode permitir a seus autores e leitores a
encontrar seu caminho dentro – e em algumas vezes mesmo contra e além – das
condições que mascaram as próprias causas das duras realidades em que vivem”.
Anna e Spence viajam pelo interior da França com seu filho Jake, procurando
lugares para acampar. Já no inicio notamos que as coisas estão mudando, e para pior.
Quando encontram um lugar que parece estar relativamente preservado, eles se
estabelecem, mas logo se vê que as aparências enganam. Apesar do cenário idílico,
formado por campos de feno e por um pequeno moinho de vento, ao se aproximarem de
um lago em que Jake pensara em nadar, constatam que o brilho prateado da água
corresponde a milhares de peixes mortos.
No local, encontram um gato, que Spence nomeia Chuck, definindo-o como
siamês, uma variedade denominada de balinês. Anna discorda, dizendo ser um
birmanês, que se supunha terem sido usados como oráculos na Birmânia. O casal tem
frequentes pontos de discórdia, agravados pelo fato de que Spence acredita que Anna
sabe mais do que ele e até deveria fingir ser mais ignorante, “nem que fosse de vez em
quando”(Jones, 1997, p.308). Spence escreve livros infanto-juvenis. Anna é uma
cientista, que foi despedida por sua descoberta de que a erosão da diferença entre os
sexos, no nível molecular, estava “inexoravelmente” a caminho, e de que o “futuro não
pertencia nem aos homens nem as mulheres, mas a algum tipo de nova criatura” (Jones,
1997, p. 316).
O chefe de Anna reagira violentamente às ideias da cientista, dizendo
suas opiniões não são bem vindas neste departamento. Eu não tenho
nenhuma “opinião”... protestou Anna... ela estava pensando no tordo e
no cuco, essas vozes doces e familiares que para sempre haviam se
calado. Você não vê que nossa casa está pegando fogo? Nossa casa está
pegando fogo, os pequeninos estão mortos. Como você pode ficar
tagarelando sobre essas trivialidades ridículas? (Jones, 1997, p. 316).
Anna se revoltara com a reação de seu chefe, pois para ela isso não era uma
história de terror, diferentemente do aquecimento global ou buracos na camada de
ozônio. Ela percebia que algo estava acontecendo e que em seu ponto de vista era
somente evolução. Ela estava aflita e certa de que não havia se preparado para a reação
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de seu chefe, já que havia esperado debater formas de usar a notoriedade que teria sido
trazida por suas pesquisas e que isso deveria ser trabalhado a favor de seu departamento.
Todavia, o oposto acontecera e ele estava furioso: “O que é que isso importa? Ela
implorou. Não é como se nada fosse mudar da noite para o dia. Isso é algo que
ninguém irá experimentar de forma consciente. Isso será como...descer das árvores”.
(Jones, 1997, p.316)
Com a demissão de Anna, Spence sentiu certo alívio, pois agora o trabalho de
sua mulher não mais existia. Ele não precisaria mais dividi-la com míseras e abarrotadas
férias escolares com excessos de trabalhos a fazer.
Ela é minha agora, ele pensou. Ela é toda minha...Anna tirando e limpando
suas lentes de contato, noites no passado, tão cansada que ela mal podia
respirar, a hábil economia de seus gestos calmamente preservada. Essas
mãos tornadas inúteis, incapazes de praticar essa arte que ele só conhecia
por meio de seus ecos débeis e mundanos? Oh não. Ele pensou em Marie
Curie, a maçante exatidão das mulheres cientistas, que lhes cai
naturalmente. Delicadeza e resignação, por um cérebro do tamanho de
Júpiter, Ela não pode ter perdido isso [...] a recente memória, dessas últimas
e extraordinárias semanas na Inglaterra, trouxe à baila um bêbado de rosto
vermelho numa confraternização de publicadores, berrando “a sua mulher
destruiu o próprio tecido da sociedade!” Um dos incidentes mais bizarros na
sua carreira de esposo de cientista. (Jones, 1997, p.312)
Fazendo um contraponto à ciência da personagem Anna, que objetiva lidar
exclusivamente com questões de sexo biológico, estão os estudos feministas de Butler,
que discutem as posições opostas de homens e mulheres em quase qualquer cultura
humana como resultado, não de sexo (corporificação) mas das valorações e expectativas
sociais e culturais que se tornaram ligadas aos corpos físicos (Hollinger, 2006).
Se o gênero é a construção social do sexo, e não há acesso a este “sexo” a não
ser por meio de sua construção, então parece que não somente o sexo é
absorvido pelo gênero, mas que ”sexo” se torna algo parecido com uma
ficção, uma fantasia (Butler, 1993, apud Hollinger, 2006).
Jones não apenas cria mundos imaginários com portas abertas ao tratamento
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diferenciado das questões de gênero, como também admite que para tal aprofundou-se
em estudos na área de ciências:
Quando você remove a divisão por gênero você não tem pessoas que são
“ambos os sexos de uma vez” ou “que não são mulheres nem homens”. O
que você removeu foi o isso/ou aquilo, a oposição binária [...] de modo a
isso não ser mais uma questão. A ciência que eu estudei para “Balinese
Dancer”[...]me deixou pensando que a sexualidade, por si, é mais um
mosaico. Talvez minha utopia político-sexual seria um lugar onde o
mosaico da sexualidade humana fosse a teoria aceita como pano de fundo,
no lugar da Grande Divisão ( Jones apud Hollinger,2006).
Jones sempre lidou com as questões complicadas envolvendo sexo e gênero.
No seu romance White Queen (1991), que ganhou o Tiptree Award, há um tratamento
bem diferente da mesma questão. Em White Queen, os Aleutians são alienígenas que
chegam a um mundo fragmentado pelas “guerras de gênero” e outros conflitos étnicos e
religiosos. Sendo hermafroditas, eles não conseguem entender a divisão reinante na
Terra, assim descrevendo-a:
Há duas nações... Uma carrega os filhos dos outros para eles. Eles são
chamados “Femininos” e os parasitas obrigatórios “Masculinos”. Uma
divisão em parasitas e carregadores de filhos foi outra peculiaridade a
adicionar à sua obsessão com religião, à mistura promíscua de linguagem
formal e informal, e à sua comida horrível. Mas a variação de traços humanos
é incontrolável e vasta, mesmo dentro de uma só nação (Jones apud
Hollinger, 2006, p.332).
“Balinese Dancer” cria situações irônicas. Ao mesmo tempo em que Anna é
despedida por sua “descoberta” de que a diferença entre os sexos está decaindo em nível
molecular, ela lê ensaios de uma escritora feminista, Ramone Holyrod, que ataca
profissionais como Anna, dizendo: “Mulheres bem sucedidas jogam com sua
feminilidade. Elas não têm desejo de ver erodida a diferença entre os sexos, elas
elaboram e alimentam essa mesma diferença que condena milhões de outras mulheres”
(Jones, 1997, p.314), ao que Anna argumenta “O mundo público é masculino, e para
lidar com o mesmo nós temos que adotar um comportamento másculo. Você e eu,
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Ramone, nós temos que nos mostrar, exibir nossas coisas ou perecer, publicar ou nos
danarmos.” (Jones, 1997, p.315)
Como diz Jones, em e-mail para Hollinger:
A tensão é entre a determinação de Anna em não ser definida como
feminista (ela sabe que seria danoso para sua carreira), sua experiência, que
a põe diante de todas as desvantagens relacionadas a gênero que cientistas
mulheres podem sofrer, e sua grande ideia – o que, infelizmente para Anna,
está ancorado na ciência do sexo, e fadado a levantar o tipo de problema que
ela vem evitando toda sua vida (Jones apud Hollinger, 2006, p.334)
Em relação ao apocalipse mais iminente da degradação ambiental e violência
calada que ameaça a população europeia no conto, Jones assim se posiciona:
"é impossível saber se o colapso da civilização – sugerido na história – é de
alguma forma causado pelas mudanças de DNA (encontradas por Anna)...ou
se é coincidentemente o fim da estrada para a velha forma de fazer as coisas.
Eu propositadamente deixei a questão em aberto”. (Jones apud Hollinger,
2006, p.334)
A imagem final de “Balinese Dancer”, neste contexto, é também
profundamente irônica, a do gato Chuck, “orelhas alertas para uma voz e um passo que
ele jamais escutaria de novo. Mantendo ainda a fé: confiante de que logo tudo voltaria
ao normal” . (Jones, 2006, p. 325)
A maneira contundente como as obras de ficção científica de autoria feminina
lidam com explicações, aparentemente opostas, advindas das ciências biológicas e das
sociais,
para o comportamento humano, em questões que envolvem o papel dos
gêneros, como a maternidade, a maternação, a divisão das tarefas domésticas e de
vários outros tipos de atividades, tem sido alvo de atenção por parte da crítica feminista.
Muitos
desses
romances,
apesar
de
não
negarem
tendências
díspares
de
comportamentos entre os gêneros – embora, sabiamente, deixem a origem dessas
diferenças no campo da especulação – propõem alternativas engenhosas e criativas, que
acabam por viabilizar sociedades imaginárias de fato igualitárias.
Destacam-se, entre algumas obras que lidam de forma contundente com a
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erosão da diferença biológica entre os sexos, The Left Hand of Darkness (1969), de
Ursula Le Guin, e Woman on the Edge of Time (1976), de Marge Piercy. Os anos 60 e
70 foram particularmente ricos nesse tipo de ficção especulativa, influenciada por várias
pensadoras feministas, como Adrienne Rich e Shulamith Firestone. The Left Hand of
Darkness estaria mais encaixado dentro das ideias de Rich, que defende que a
maternidade não precisa ser necessariamente uma instituição patriarcal, mas pode
fortalecer as mulheres e suas capacidades. Já Woman on the Edge of Time estaria mais
relacionado à Firestone, que acredita na liberação das “mulheres de sua biologia
reprodutiva” através de tecnologias reprodutivas de contracepção e gestação
extrauterina (Little, 2007).
Não podemos nos esquecer de que muitas dessas obras foram geradas na
atmosfera utópica dos anos 70. “Balinese Dancer” claramente uma distopia, questiona
pontos que, de alguma forma, já são resolvidos nessas obras anteriores. Ou seja, levanta
questões concernentes aos papéis de gênero que não têm respostas definidas e prontas e
assim evidencia que dependendo do momento histórico, torna-se mais interessante
suscitar questionamentos, ao invés de tentar respondê-los.
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S. . Future Females, the next generation: new voices and velocities in science
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DE LA ROCQUE, Lucia. “Úteros bípedes ou cálices sagrados: gênero, reprodução e
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DE LA ROCQUE, Lucia. “Natureza e cultura, gênero e ciência: dicotomias postas em
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Feminismos, identidades, comparativismos: vertentes nas literaturas de língua
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LITTLE, Judith (ed). Feminist Philosophy and Science Fiction: Utopias and Dystopias.
New York: Prometheus Books, 2007.
MOYLAN, Tom. Scraps of the Untainted Sky: Science Fiction, Utopia, Dystopia.
Boulder, Colorado: Westview Press, 2000.
OBS: As autoras se responsabilizam pelas traduções de todos os trechos citados neste
trabalho.
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