PERFIL DOS ALUNOS DAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
E SUA INFLUÊNCIA NA AÇÃO DO PROFESSOR
BITTENCOURT, Elisa
[email protected]
KOGUT, Maria Cristina
[email protected]
PUCPR
RESUMO
O objeto de estudo do presente trabalho foi o perfil dos alunos das séries finais do Ensino
Fundamental, representado pelo relato de professores de Educação Física que atuam nesse nível de
ensino e que desenvolvem o seu trabalho nos locais onde os acadêmicos do 6º período realizaram o
estágio supervisionado no segundo semestre de 2005. Esteve em questão também qual a influência
da caracterização dos alunos para ação pedagógica do professor. Para o diagnóstico das
características encontradas nessa faixa etária, aplicou-se um questionário com 14 professores, e para
a concretização deste estudo, foram selecionadas todas as respostas da questão 6, que tratava
justamente do perfil do aluno. Diante dos comentários, pode-se observar o destaque conferido às
transformações e aos conflitos decorrentes do período da adolescência, fase em que se encontram os
alunos das séries finais do Ensino Fundamental, sendo que as características mais relatadas foram
de que os alunos são: desatentos, agitados, rebeldes, indisciplinados, inseguros, inquietos e
hiperativos, porém também houve uma caracterização positiva: participativos, questionadores,
exigentes, interessados e alegres. Através da percepção das reais necessidades dos alunos, o
professor deve planejar e elaborar suas aulas adequadas ao perfil desses alunos e acreditar que a
Educação Física, segundo Costa (1987), seja uma disciplina que auxilie na formação das atitudes
dos educandos, contribuindo com o aprimoramento da sua autonomia e, conseqüentemente,
favorecendo no desenvolvimento integral do ser humano. Para que isso venha a acontecer, é
fundamental a ação planejada, consciente e reflexiva A realidade constatada está condizente com a
literatura observada, referente às características e necessidades dos alunos adolescentes e da forma
como expressam as suas transformações e conflitos internos.
Palavras-chave: perfil de alunos, adolescência, ensino fundamental, ação docente.
2836
INTRODUÇÃO
O presente estudo preocupou-se em levantar quais as principais características dos alunos
das séries finais do Ensino Fundamental, que se encontram na faixa etária dos 11 aos 14 anos,
período que coincide com o início da fase da adolescência, e qual a influência do perfil observado
para a ação pedagógica consciente e reflexiva do professor de Educação Física.
A adolescência, sob a perspectiva de Zekcer (1985), é um momento de grandes
modificações físicas e necessariamente de uma maior maturidade emocional. Os valores éticos,
morais, sociais e religiosos são contestados, repensados e passados por um crivo bastante crítico.
Diante das diversas alterações pelas quais os alunos desse nível de ensino estão passando,
faz-se necessário que o professor de Educação Física esteja a par dessas transformações que
acometem a vida dos seus educandos. Elas devem ser tratadas com a devida importância, pois seus
impactos sobre a vida do adolescente podem se tornar permanentes. Conscientizando-se das reais
necessidades dos alunos, o professor poderá desenvolver seu planejamento, refletindo sobre a sua
ação para adequar as atividades a serem desenvolvidas dentro do perfil demonstrado e apresentado
pelos seus próprios alunos. È fundamental que o professor exerça o seu papel de forma integral,
direcionando os seus objetivos a serviço de uma prática mais reflexiva e competente.
Para o diagnóstico de como se apresenta o conhecimento e o entendimento do professor de
Educação Física dos seus alunos, foram entrevistados professores de escolas onde os acadêmicos do
6º período de Licenciatura em Educação Física, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná,
estavam realizando o estágio supervisionado na referida etapa de ensino, no ano letivo de 2005.
Complementar à entrevista, para uma melhor compreensão da faixa etária em questão e do papel do
professor, foi realizada uma revisão de literatura sobre assuntos como a adolescência e a ação do
professor, como forma de corroborar e confrontar o observado na realidade vivida pelos professores
entrevistados.
REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Costa (1987), a concepção de Educação Física a ser desenvolvida na escola deve
pretender encarregar-se, principalmente, da formação da atitude do educando, ajudando-o a se
2837
conhecer, a se dominar, a se relacionar com o mundo e a buscar sua autonomia pessoal,
completando, assim, o processo de educação geral por meio de atividades físicas.
A Educação Física representa, dessa forma, uma multiplicidade de objetivos, nas categorias
desenvolvimento físico e aquisição de habilidades, ajustamento social, formação de atitudes e
conhecimento, o que denota um considerável espaço de tempo para a sua execução. Diante disso,
procura-se a identificação real das orientações que regem a Educação Física na escola, assim como
um modelo útil, “sob uma perspectiva de transformação, que favoreça o exercício da democracia e
da participação, oportunizando ao indivíduo a busca de sua autonomia, por meio da atividade física
e, à Educação Física, a busca de sua identidade”. (COSTA, 1987, p. 23).
Os alunos das séries finais do Ensino Fundamental, até pouco tempo atrás denominadas de
5ª a 8ª séries do 1º grau, encontram-se no período da adolescência, mais especificamente, estão
entrando nessa fase de crescimento e desenvolvimento humano, marcada por grandes mudanças em
todos os aspectos. Segundo Zekcer (1985), pode-se estimar os 10 anos para o início da puberdade
no adolescente feminino e os 12 anos para o adolescente masculino, fixando o término pelos 20
anos para ambos; mas vale destacar que a importância dessa divisão não está na faixa etária
cronológica, e sim, na faixa etária de desenvolvimento físico, psíquico e social que o adolescente
apresenta.
Referente às alterações físicas, de acordo com Zekcer (1985), é nessa fase que vai haver o
estirão do crescimento, em relação à sua estatura e ao seu peso, e um súbito crescimento das
alterações hormonais, que acarretará no aparecimento das características sexuais secundárias e o
amadurecimento dos órgãos sexuais. Tanto em meninos como em meninas, esse amadurecimento
dos órgãos genitais, assim como o crescimento de pêlos pubianos e em demais partes do corpo,
representa o início da puberdade. Nos meninos, uma característica marcante é a alteração
relacionada ao timbre e qualidade da voz, que pode até produzir alterações psicológicas. Nas
meninas, as características mais marcantes são a menarca (a vinda da primeira menstruação) e o
desenvolvimento do botão mamário, que dá prosseguimento ao desenvolvimento dos seios.
(GALLAHUE e OZMUN, 2005).
Além de a adolescência caracterizar-se pelas alterações físicas, grandes modificações
ocorrem em níveis emocionais, psíquicos. Dentro do conceito de adolescência defendido por Ferraz
(1965, p. 5), “a puberdade traz ao adolescente uma série de apreensões, de inquietação e estranheza,
a par de uma sede de emoções novas e de inusitado entusiasmo de viver”. Nesse processo evolutivo
de crescimento e desenvolvimento, o ser humano passa por diferentes períodos de ajustamentos e de
2838
integração progressiva, valendo-se de um complexo mecanismo de adaptação, que visa a preencher
as necessidades vitais.
De acordo com Ferraz (1965), a adolescência estabelece-se numa fase de atitudes indecisas e
incoerentes, com as quais os jovens exibem as primeiras reações de independência ao meio social. É
nessa fase que a ação pedagógica apresenta o seu auge, quando necessita de sua máxima eficiência,
e, segundo o autor, essa ação pedagógica deve estar envolta em afeição ao aluno. Segundo
Perrenoud (2002), a prática reflexiva do professor deve propor uma forma original de aliar objetivos
e de considerar a realidade para que o mesmo esteja engajado nesse processo e equipe-se para
atender as necessidades dos seus alunos.
Para que isso ocorra, o professor de Educação Física das séries finais do Ensino
Fundamental necessita estar a par das reais características dos alunos que se encontram no início da
fase da adolescência. Ferreira (1978) acredita que a característica mais acentuada dessa fase é um
aumento de energia, que se manifesta através de atividades incessantes. Este aumento de energia,
define a autora, aparece nos meninos através de atos agressivos, de corridas de automóvel, e nas
meninas através do uso de roupas e de maquilagem inadequadas. Em ambos os casos, ninguém
gosta de ser considerado criança, e já notam-se como quase adultos. A ânsia de se tornar adulto
também é uma característica observável nos adolescentes, porém, segundo Ferreira (1978), a
carência de metas definidas, a imprevisibilidade do que se fazer no futuro estão presentes nos
adolescentes. E mais, os problemas do presente vividos por eles, geralmente, são resolvidos sem
serenidade e nem objetividade.
A Educação Física na escola deve abranger, antes de tudo, em seus objetivos e conteúdos, a
característica da faixa etária dos seus alunos, quais as modificações que estão passando, para poder
explorar o máximo das suas habilidades e assim obter resultados satisfatórios e significativos.
Segundo Gallahue e Ozmun (2005, p. 368) “o desenvolvimento de habilidades motoras
especializadas é altamente dependente de oportunidades para a prática, encorajamento, ensino de
qualidade e o contexto ecológico do ambiente”. Isso somente se consegue diante de uma ação
docente planejada e elaborada, uma prática educativa que valorize os conceitos da Educação Física
e motive os alunos, amarrando um trabalho sério em função do desenvolvimento integral do ser
humano. Ainda segundo Gallahue e Ozmun (2005), muitos adolescentes têm suas capacidades
motoras atrasadas em função das limitadas oportunidades de prática regular, do ensino deficiente ou
ausente e de pouco ou nenhum encorajamento, reforçando ainda mais a importância da ação
planejada, reflexiva e consciente do professor.
2839
O adolescente, em níveis comportamentais e aos olhos dos adultos, descrito por Ferraz
(1965, p. 17), “mostra-se irritante, pretensioso, exibicionista, quando não, arredio, intratável,
ressentido”. Tem momentos de perplexidade no encontro consigo mesmo, não se compreende e
nem é compreendido. Quando sozinho, diante de pessoas com quem não está familiarizado, o
adolescente costuma mostrar-se reservado, inseguro, mas se acolhido com afabilidade e
consideração, revela-se atencioso, esforçando-se no sentido de causar boa impressão. Avesso a
censuras e a conselhos que lhe parecem impertinentes, repreendido pelos pais ou pelos professores,
a sua reação depende do seu temperamento e do estilo de vida iniciado na infância. O adolescente
apresenta muitos caracteres contraditórios: pode mostrar-se alegre e animado, desinteressado, afável
ou generoso em certa ocasião, e totalmente ao contrário imediatamente depois; isso depende, claro,
das situações que o despertam, qual o grau de interesse pela situação.
Uma vez detectado o relevante papel que o professor de Educação Física tem para com os
seus alunos e a importância da prática reflexiva e consciente diante do perfil dos alunos, é preciso
destacar os aspectos que devem estar envolvidos nessa ação pedagógica. Segundo Hildebrandt e
Laging (1986), é fundamental que o professor leve em consideração a individualidade do aluno
como ponto de partida para as sua reflexões didáticas e as peculiaridades referentes à faixa etária,
assim como deve direcionar a sua atenção e os seus objetivos todos no aluno, centro do processo de
ensino-aprendizagem. Já em fase de planejamento, o professor precisa assumir o seu papel
reflexivo, fazendo dessa prática um hábito, uma identidade e uma postura, como afirma
PERRENOUD (2002). Com os objetivos e as competências a serem desenvolvidas nos alunos
definidas, o professor precisa programar-se para o direcionamento dos conteúdos, levando em conta
o contexto social. O professor, nessa fase, deverá lançar mão de formas de diferenciação se quiser
atender a promoção individual de cada aluno, acompanhando-o durante o encaminhamento da aula.
O ideal é que o diálogo, a autonomia, a responsabilidade, a informação, a experimentação e o
esclarecimento estejam presentes no ambiente educacional da aula de Educação Física.
Portanto, diante das diferentes e múltiplas características que os adolescentes apresentam e
manifestam na escola, o professor precisa adotar tais aspectos em suas aulas, conscientizando-se
desse período de transição no qual se encontra o aluno, que tem um comportamento, segundo
Gallahue e Ozmun (2005), essencialmente exploratório, representando uma fase agitada, repleta de
mágoas e de problemas, um período de questionamentos, desafios, de exploração e de exame crítico
das ações de colegas, amigos e adultos. E isso não deve ser considerado como algo que não tem
importância, algo a ser ignorado, como se fosse apenas uma transição passageira e sem sentido.
2840
Esse acontecimento na vida do aluno deve ser levado a sério pelos profissionais da educação, como
uma forma de ajudar o aluno a encontrar o seu lugar na sociedade.
METODOLOGIA
-
Tipo de pesquisa: O presente estudo baseou-se em observações das aulas e opiniões de
professores de Educação Física sobre o perfil dos seus alunos, caracterizando-se, portanto,
por ser uma pesquisa de campo de caráter qualitativo e exploratório.
-
Participantes: Para diagnosticar as principais características encontradas nos alunos das
séries finais do Ensino Fundamental, foi aplicado um questionário aos professores de
Educação Física, sendo que uma das perguntas tratava-se do aspecto do perfil dos alunos
dessa etapa de ensino. O questionário foi respondido por 14 professores de Educação Física,
de escolas particulares e públicas de Curitiba, onde os acadêmicos do 6º período do Curso
de Licenciatura em Educação Física estiveram realizando o estágio supervisionado no
segundo semestre de 2005.
-
Coleta de dados: Cada acadêmico aplicou o questionário com o professor responsável pela
sua turma de estágio, e o disponibilizou em dispositivo de fácil acesso aos demais
acadêmicos. Uma vez em posse desses questionários, o grupo de estágio que esteve no
mesmo campo de atuação selecionou uma das questões para concretização do presente
estudo. A pergunta 6 do questionário tratava justamente do perfil do aluno das séries finais
do Ensino Fundamental. Dessa forma, foram reunidas todas as respostas da questão 6, que
apresentava relatos dos professores sobre as características da faixa etária da referida etapa
de ensino.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diante das respostas advindas dos professores de Educação Física, que estão em contato
com os alunos adolescentes há um certo tempo, pode-se perceber que a maioria cita o período da
2841
adolescência, que esse período é marcado por constantes transformações na vida do aluno. Um dos
argumentos que mais destaca entre as observações dos próprios professores é que os alunos, nessa
fase, são bastante participativos e agitados, e mesmo os professores que citaram que quando há
alunos que não gostam de participar das aulas, quando é ministrado algo diferente, que atraia a
atenção dos alunos, eles tornam-se participativos e acabam gostando da aula.
Alguns professores remetem-se apenas ao aspecto motor do aluno, descrevendo que muitos
alunos encontram-se em déficit motor, ou seja, acreditam que as habilidades físicas dos alunos estão
a desejar. Um professor, em especial, comenta que há algumas diferenças entre as séries, no aspecto
motor, devido a atuação de professores anteriores, que provavelmente não desenvolveram um
trabalho planejado e dirigido para aprimorar as habilidades dos alunos. Isso de fato acontece quando
há uma defasagem na prática educativa, como afirma Gallahue e Ozmun (2005, p. 368), “o
desenvolvimento motor fundamental maduro é pré-requisito para a incorporação bem sucedida de
habilidades motoras especializadas correspondentes ao repertório motor do indivíduo”. Quando o
aluno não teve experiências adequadas para desenvolver uma determinada habilidade ou até mesmo
uma capacidade física deixou de ser aprimorada e trabalhada, ocorrerá de fato essa falta de domínio
motor. Fica aqui demonstrada a importância do papel do professor, do seu planejamento e da sua
prática reflexiva.
Dentro das características observadas no período da adolescência quanto ao comportamento,
os professores acreditam que a sua atuação nessa faixa etária é muito importante, pois realmente
acreditam que essa é uma fase delicada. Dentre as respostas dos professores pode-se observar
considerações de que os alunos são hiperativos, indisciplinados, agitados, inquietos, inseguros, sem
limites, temperamentais, rebeldes, instáveis. Porém também se pode observar que são participativos,
interessados, exigentes, questionadores, críticos e alegres.
Um professor relata que para com essa faixa etária é muito importante o diálogo. Ele
acredita que, mesmo sendo difícil trabalhar com esse público adolescente, o professor detém uma
responsabilidade que é a de acrescentar informações importantes, corretas para os alunos, e que
também, com isso, os professores acabam influenciando as suas atitudes. O professor comenta que
o diálogo é fundamental, pois se as atividades forem repassadas sem a devida explicação, sem ser
sugerido o por quê dessas atividades, os alunos farão as aulas por obrigação, e isso não será
prazeroso, tanto para o aluno, que fica sem expectativa da aula, assim como para o professor, que
não percebe o significado da sua aula.
2842
Vale salientar que a maioria dos professores relatou os aspectos relevantes da adolescência,
tanto positivos como negativos, mas acabaram por destacar os aspectos positivos que se podem
observar nos alunos, as suas qualidades. Somente um professor pesou o seu consentimento sobre as
características negativas que os seus alunos adolescentes apresentam, colocou-os como alunos sem
limites, sem conhecimento corporal, de difícil sociabilização, egoístas ao extremo e formadores de
grupos excluindo os demais alunos que estão fora dos padrões.
Houve um comentário de um dos professores que citou como sendo a aula de Educação
Física o momento mais propício para os alunos entrarem em conflito, a aula que surge mais
problemas comportamentais. O surgimento desse argumento dá-se possivelmente pelas
características da própria aula de Educação Física, uma aula onde o aluno se expressa através de
movimentos, num ambiente diferente de onde são organizadas e sistematizadas as demais
disciplinas nas escolas. A aula estruturada numa quadra, ou num pátio certamente faz o aluno
expressar-se de diferentes maneiras, explorando esse espaço. É o movimento o objeto de estudo da
área da Educação Física e, por isso, o aluno precisa praticá-lo.
CONCLUSÃO
Diante dos resultados observados pelos relatos, verifica-se que a fase da adolescência
apresenta-se num período em que os professores encontram maiores dificuldades para ministrar a
sua aula, devido às turbulências características vividas por esta faixa etária.
De um modo geral, na opinião dos professores, os alunos desse nível de ensino são bastante
agitados e participativos, de forma com que a atividade proposta seja adequada ao gosto desses
alunos. Conforme o perfil do adolescente, o professor vê a importância de planejar atividades que
estejam de acordo com a realidade vivida pelos seus alunos, não somente atraindo-os pelo gosto, e
sim também pelas suas necessidades físicas, motoras e psicológicas. Apesar disso, pelas
características relatadas e pelas descrições realizadas, os professores precisam ainda incorporar mais
o processo reflexivo em seus planejamentos, para que o aluno seja cada vez mais participativo e
visto com mais entusiasmo no processo educativo.
Diante da literatura pode-se considerar que a realidade observada dentro da escola, mais
especificamente nas séries finais do Ensino Fundamental, está de acordo com as características mais
comuns presentes na adolescência. O aluno, no ambiente escolar, e principalmente nas aulas de
2843
Educação Física, expressa as suas transformações, assim como seus dilemas, problemas e conflitos
de uma forma muito clara, devido justamente ao relacionamento social existente na escola, devendo
o professor se utilizar disso como elemento propulsor da sua ação para o êxito do processo de
ensino-aprendizagem.
REFERÊNCIAS
COSTA, Vera Lúcia M. Prática da Educação Física no 1º grau: modelo de reprodução ou
perspectiva de transformação? 2. ed. São Paulo: Ibrasa, 1987.
FERRAZ, João de Souza. Psicologia do adolescente. 2. ed. Limeira: Letras da Província, 1965.
FERREIRA, Bertha Weil. Adolescência: teoria e prática. Porto Alegre: Sulina, 1978.
GALLAHUE, David L.; OZMUN, John C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês,
crianças, adolescentes e adultos. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2005.
HILDEBRANDT, Reiner; LAGING, Ralf. Concepções abertas no ensino da educação física. Rio
de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1986.
PERRENOUD, Philippe. A prática reflexiva no ofício de professor: profissionalização e razão
pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2002.
ZEKCER, Israel. Adolescente também é gente. São Paulo: Summus, 1985.
Download

PERFIL DOS ALUNOS DAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO