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DIVULGAÇÃO
undada pelo engº Haroldo Pavan há quase quatro
décadas, para se dedicar às atividades ligadas ao saneamento, infraestrutura viária e meio
ambiente, a empresa Esan Engenharia e Saneamento Ltda. adquiriu grande experiência
também no desenvolvimento e execução de
uma ampla gama de obras como: drenagem
superficial e profunda; pavimentação asfáltica; terraplenagem; obras de arte. Ao lado disso, a empresa vem se destacando nos últimos
cinco anos no segmento de limpeza de lagos,
rios e canais através de um novo método.
Para colocar em uso esta inovação tecnológica, inúmeras pesquisas realizadas pela Esan
resultaram num equipamento de coleta de resíduos sólidos em efluentes, o Coletor Gradual de
Sedimento de Fundo (CGSF), tecnologia patenteada e totalmente brasileira. O método possibilita a remoção de material adensado (do fundo de lagos, lagoas ou rios), obtendo uma alta
concentração de sólidos (muito superior à das
dragas convencionais), a um custo muito inferior aos praticados atualmente, sem causar turbulência no meio líquido e principalmente sem a
utilização de agentes químicos (polímeros).
Trata-se de um equipamento que consiste em uma balsa (certificada pela Marinha
do Brasil), contendo a tecnologia do coletor.
José Roberto Milano, engenheiro responsável
e diretor técnico da Esan
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Uma empresa brasileira detém a tecnologia
de um novo método para limpeza de lagos
Trabalho de limpeza do lago do Parque da Aclimação
Entre as características e vantagens do processo CGSF, destacam-se: alto desempenho;
facilidade de operação; baixo tempo de execução; grande volume de retirada de lodo;
remoção quase completa do lodo e em alto
teor de sólido, diminuindo o custo de transporte do material; não necessita da utilização de centrífugas; permite simplicidade de
execução e um baixo efetivo operacional;
além de manter o nível de sólidos em suspensão estável, ainda condensa o material
retirado evitando o excesso de água no
lodo; não necessita da adição de produtos
químicos (polímeros); possibilita uma execução rápida e limpa sem que haja o revolvimento da água; contempla a possibilidade
de não manter o passivo ambiental na planta industrial; é executado sem que seja necessário paralisar as lagoas de estabilização.
Essa tecnologia surgiu da constatação de
que as indústrias têm necessidade de limpar
seus depósitos de água, lagoas e/ou tanques
de estabilização, retirando o material indesejável, produto do processo industrial (o lodo),
sem turbilhonamento, sem causar aumento do
sólido em suspensão evitando com isso consequências negativas no meio aquático e piorando a qualidade do efluente, sem revolver
o depósito de água e, principalmente, respeitando as exigências relacionadas à segurança
sanitária e ambiental.
Os processos tradicionais com a utilização
de dragas causam um aumento dos sólidos em
suspensão e necessitam de produtos químicos.
Esses processos também demandam que o material seja colocado em centrífugas para a separação do líquido e do sólido. O líquido resultante
do processo tradicional retorna para a lagoa,
contendo partes do material químico utilizado.
Quando no processo tradicional não se utiliza a
centrífuga, bags gigantescos devem abrigar os
resíduos retirados pela draga, exigindo grandes
espaços físicos, que permanecem no local por
longos períodos de tempo, mantendo dessa
forma o passivo ambiental na planta industrial.
O processo desenvolvido pela Esan através do CGSF resolve o problema de maneira
eficiente, não criando transtornos adicionais
em termos de espaço físico ou de agravamento do passivo ambiental. Pelo CGSF, o
material indesejável – ou seja, o lodo – pode
ser transportado através de tubulação, em
grandes distâncias, diretamente para caminhões ou bags, propiciando uma maior
rapidez na execução do processo. A concentração de sólidos obtida pelo CGSF pode
variar em níveis médios de 15% a 20%, ou
superiores a isso.
De acordo com o engenheiro responsável e diretor técnico da Esan, José Roberto
Milano, o Coletor mudará de forma positiva
o planejamento de projetos dessa natureza.
“Essa tecnologia permite que as obras sejam realizadas com tempo e custo reduzido
e, principalmente, sejam realizadas com o
mínimo impacto à biota e ao leito dos loWWW.BRASILENGENHARIA.COM.BR
ENGENHARIA/2010
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T CNICAS
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cais onde o lodo é retirado,
além de diminuir de forma
expressiva o passivo ambiental, o que atualmente é
a grande preocupação das
empresas e da sociedade”,
explica José Roberto.
Nesse contexto, impondo-se como uma empresa especializada em obras
de saneamento e infraestrutura viária que
atende tanto a área pública quanto o setor
privado, e desenvolvendo soluções técnicas
para execução de obras de qualidade, passaram então a recorrer aos serviços da Esan
empresas de grande envergadura, entre as
quais destacam-se as relacionadas a seguir.
Sabesp (1) – Lagoa de Tratamento de Esgoto Sanitário de Lagoinha (SP). Com a lagoa
em pleno funcionamento, o processo do
CGSF retirou, além do lodo de fundo, também partículas em suspensão, tornando a
lagoa eficiente no tratamento de efluentes.
O mesmo procedimento foi efetuado nas
seguintes lagoas de tratamento: Estação
de Tratamento de Esgoto de Roseira (SP);
Lagoa de Estabilização de Esgoto Bananal (SP); Estação de Tratamento de Esgoto
de Santo Antonio do Pinhal (SP); Lagoa de
Estabilização de Morungaba (SP); Canal de
Água Bruta do Rio Paraíba do Sul (SP).
Sabesp (2) – Em junho passado, a Esan (depois de vencer licitação realizada pela Sabesp)
iniciou a retirada de parte do lodo do lago do
Parque da Aclimação. O material está sendo removido através de sucção em baixa velocidade, desidratado, acondicionado em caminhões
totalmente vedados e levado para a Estação
de Tratamento de Esgotos ABC, da Sabesp. A
Esan está retirando material com níveis sólidos
que chegam a 40% sem o emprego de qualquer produto químico. Estão sendo retiradas
cerca de 4 700 toneladas de lodo úmido, que
corresponde a 940 toneladas de lodo com teor
sólido. O lodo não será removido em sua totalidade porque a vida aquática, em especial a microscópica, também necessita de sua presença
para se desenvolver. A retirada do lodo está
gerando o mínimo de perturbação no cotidiano do parque. Está sendo feita através de uma
balsa flutuante, na verdade um coletor, que
percorre o lago em toda a sua extensão. Caminhões e caçambas fechadas também estão
no parque, e o lodo vai diretamente do coletor
gradual para as caçambas, sem risco de derrame de material no piso. Frisa-se também que a
Esan mantém uma engenheira ambiental com
especialidade em limnologia para supervisionar
todo o processo.
Outro caso é o da Lagoa de Tratamento
de Esgoto Sanitário de Salesópolis (SP), onde
foram realizados ensaios com o processo do
CGSF e a concentração do material retirado
comprovou também a sua eficiência. No dia
da retirada, 12%; após sete dias em bags de
ráfia, 20%; após 15 dias em bags de ráfia,
25%; após 30 dias em bags de ráfia, 37%.
Petrobras – (1) Lagoa Facultativa Aerada
Nº 1 da Refinaria de Cubatão. Início em
12/02/2007; média diária de 100 toneladas;
média mensal de 2 200 toneladas com
18% de teor de sólidos; total executado
de 25 000 toneladas. Os serviços realizados com o CGSF transcorreram de maneira
rápida, limpa e com resultados excelentes.
As vantagens físicas e econômicas do processo CGSF foram amplamente comprovadas. A Refinaria de Cubatão havia realizado serviço semelhante em lagoa idêntica,
desativando e retirando mecanicamente
os resíduos existentes. Constatou-se que
o processo do CGSF satisfez o cliente com
uma vantagem significativa adicional de
não precisar desativar a lagoa. (2) Lagoa
Facultativa da Refinaria de Paulínia – tendo
vista que a Refinaria de Paulínia pretende
utilizar o processo do CGSF, a Esan realizou
um teste com o CGSF na lagoa e o material
retirado com esse teste apresentou nível de
concentração de 19%.
Suzano Papel e Celulose – Lagoa de Aeração da Planta Industrial de Suzano. Foram realizados ensaios com o processo do CGSF e a
concentração do material retirado comprovou
a eficiência do CGSF também para resíduos
de papel e celulose com ótimos resultados.
Concentração do material: no dia da retirada, 20%; após 15 dias em bags de ráfia, 28%;
após 30 dias em bags de ráfia, 32%.
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