Comportamento Político em Cascavel: Eleições 2006
Morgana Caroline Zwirtes (Unioeste) [email protected] , Rua Universitária 2969 Jardim
Universitário. CEP: 85.819.110. Fone: (045) 220 3223
Susana Baldissera (Unioeste) [email protected] , Rua Universitária 2969 Jardim Universitário.
CEP: 85.819.110. Fone: (045) 220 3223
Rosana Katia Nazzari (Unioeste) [email protected] , Rua Universitária 2969 Jardim Universitário. CEP:
85.819.110. Fone: (045) 220 3223
RESUMO: Para identificar os padrões de comportamento político e preferências dos eleitores
cascavelenses, é preciso detectar as influências dos formadores de opinião e assim estabelecer
comparações em nível regional e nacional através da análise e da coleta de dados de opinião
vinculadas na imprensa falada e escrita. A proposta de estudo apresentada busca verificar com
base na cultura política, determinada pela matriz estrutural-histórica se existe flutuações nas
opiniões e comportamentos dos cascavelenses em uma perspectiva comparada, detectar o
padrão de comportamento de participação política dos paranaenses, suas crenças e
sentimentos de eficácia política diante do conceito de democracia e certificar-se por meio de
estratégia survey o comportamento político e o tipo de estrutura de poder de decisões
existentes entre Sociedade e Estado.
PALAVRAS-CHAVE: Comportamento político; Eleições; Cascavel.
1. INTRODUÇÃO
A maioria dos estudos em ciência política destaca o Estado, mercado e sociedade civil,
todavia, a maior parte desses estudos, descreve e explica, mas não fazem diagnósticos de
como está estruturada a sociedade. Assim, com vistas na consolidação democrática brasileira,
o presente estudo busca detectar se está havendo alteração no comportamento político dos
eleitores cascavelenses. Para tal, busca acompanhar os fatos políticos e as alterações nas
escolhas eleitorais nas pesquisas de opinião vinculada pelos principais meios de comunicação,
bem como por meio de estratégia survey (com perguntas abertas e fechadas) buscar analisar o
comportamento político dos cascavelenses nas eleições de 2006, para o executivo e legislativo
federal e estadual.
Em geral, as pesquisas sobre o processo de transição democrática têm enfatizado as
causas do colapso do regime autoritário, as estratégias de negociação dos novos atores que
introduzem novas regras do jogo político.
Os problemas de consolidação democrática levam as pesquisas comparativas sobre as
instituições e regras institucionais que possam fortalecer a democracia, suas instituições, e que
viabilizem as reformas necessárias nos sistemas partidários, eleitoral, constitucional, entre
outras.
Não obstante são ainda incipientes as pesquisas sobre comportamento político nos
países em transição democrática.
No comportamento político, a consolidação democrática requer a internalização de
valores, como compromisso, respeito e lealdade a democracia, porém, os esforços para
fortalecer a participação política são incipientes e seu impacto na governabilidade da
sociedade ainda está ausente.
Os comportamentos políticos se produzem nas relações intergrupais, usando
principalmente as seguintes categorias analíticas: valores, crenças, representações sociais,
participação em organizações da sociedade civil. O conjunto de pesquisas se subdivide em
quatro vertentes: numa estudam-se as ações coletivas e os movimentos sociais; na outra se
dedica atenção ao comportamento eleitoral e aos determinantes do comportamento político; a
terceira centra-se no estudo da socialização política; e por fim uma quarta dedica-se ao estudo
de aspectos da cultura política (GPCP, 2004:2).
Por meio do estudo da cultura política, podem-se conhecer as dimensões subjetivas e
psicológicas da política. O comportamento político de uma sociedade pode ser observado nas
pesquisas científicas e técnicas que permitem verificar o perfil do eleitorado e as relações
existentes entre as opiniões sobre democracia e a cultura política.
No caso brasileiro, esses fatores são agravados pelos problemas econômicos e sociais,
reforçados pelas pesquisas de opinião que detectaram um crescente descontentamento e
descrença por política e pelos políticos.
Nesse sentido, o estudo sobre o comportamento político poderá colaborar no
entendimento mais adequado das relações entre Estado e sociedade em Cascavel no Paraná e
o tipo de sistema político existente.
Para tal, entender o comportamento político dos cascavelenses remete a buscar no
processo eleitoral de 2006 subsídios quantitativos e qualitativos para se fazer diagnósticos,
longitudinais e comparativos com eleições anteriores e outras instâncias regionais e nacionais.
2. METODOLOGIA
A reflexão crítica deste estudo foi efetuada em três partes, uma de natureza teórica e
qualitativa, com o aprofundamento dos conceitos: comportamento político; eleições e
democracia, outra de natureza quantitativa e explicativa, por meio da análise dos dados
estatísticos das Figuras e Tabelas, no sentido de analisar a dimensão do comportamento
político em Cascavel, notadamente nas eleições de 2006. Para tal, foi feita a ligação entre a
satisfação com o desempenho institucional e a construção de uma comunidade cívica.
A terceira dimensão é de coleta de dados primários e secundários. A pesquisa foi
desenvolvida na cidade de Cascavel no Paraná por consulta dos resultados divulgados na
mídia sobre as eleições. Assim, a população foi constituída pelos eleitores pesquisados nos
Institutos de pesquisa públicos e privados, bem como, serão feitas comparações com os dados
da pesquisa empírica a ser realizada tendo em vista o processo eleitoral que culminará com as
eleições de 2006.
Amostra: O procedimento de amostragem foi aleatório em pontos estratégicos da
cidade de Cascavel definidos a priori, e de variáveis demográficas já classificadas, como
idade, sexo, tipo de ocupação, local de moradia. Para análise dos dados, foram utilizadas
distribuições de freqüências, bem como tabelas de cruzamentos entre variáveis.
3. COMPORTAMENTO POLÍTICO E DEMOCRACIA
A participação política é essencial para a consolidação da democracia no Brasil, o que
nos remete questionar quais seriam os instrumentos que gerariam eficácia política entre
Estado e Sociedade.
O comportamento político de uma sociedade conta com influências distintas, capazes
de modificar um comportamento de outro. Destas, pode-se destacar, valores, crenças,
representações sociais, participação em organizações civis, entre outras.
Ao analisar esse comportamento, outros conceitos mostram-se fundamentais para a
total compreensão sobre o assunto. Dentre eles, os mais importantes seriam a opinião pública,
os meios de comunicação, a influência da mídia, a imprensa, as pesquisas eleitorais e o
marketing político.
A opinião pública, além de ter grande importância perante os indivíduos, está
interligada no comportamento político. Esta importância se dá no sentido de influenciar suas
ações. Mas isso não significa que em todas as ocasiões a opinião pública será verdadeira ou
ainda acatada, e sim que esta é apenas a manifestação da liberdade de expressão.
Com o passar dos anos, a opinião pública obteve enfoque. Isso deve-se ao
desenvolvimento da população, ampliando a escolaridade e a participação associativa,
levando desta maneira, a formação de eleitores mais bem informados.
Para Baquero (1997:60), “[...] opinião pública é compartilhada por um grupo de
indivíduos a respeito de uma preocupação comum”(NAZZARI, 1995:26).
Os meios de comunicação , juntamente com a influência da mídia e a imprensa,
destacam-se como sendo as atividades que mais se desenvolveram e as que mais interferem
nas decisões dos eleitores. Juntas têm o poder de manipular opiniões.
Estes meios, tem como função a divulgação e a responsabilidade de passar para todas
as pessoas a total verdade dos fatos. Como disse Chauí, citado por Nazzari (2005), que a
imprensa, “ [...] como veículo da vigilância, sob o signo da opinião como verdade, a imprensa
torna-se profundamente ambígua, pois exige ao mesmo tempo liberdade e repressão”.
[...] a liberdade de imprensa é elaboradora por
todos como 'doutrina da organização da confiança' política
face à idéia e à prática da representação. A defesa da
opinião e da liberdade de imprensa se realiza sobre o
pressuposto de que os políticos sempre agirão mal e os
governantes sempre prejudicarão o povo, de sorte que a
opinião pública e a imprensa acabam sendo concebidas
como poderes públicos de vigilância e de censura ao poder
(Chauí, 1989:17).
A mídia destaca duas dimensões. A primeira caracteriza-se pela análise do discurso,
segundo Bourdieu, pois propunha uma teoria sobre produção de opinião. A segunda dimensão
diz respeito a escolha racional sobre o comportamento político, onde é o cidadão que escolhe
o melhor custo-benefício na escolha de seu governante.
Atualmente é creditado à imprensa um dos mais importantes papéis para a formação
da opinião pública. Ela detem poder para interferir no comportamento político das pessoas.
Com o desenvolvimento acelerado no campo dos discursos, hoje a imprensa é portadora de
uma grande frente responsável pela formação da opinião política.
Segundo Figueiredo, citado por Veiga (2001), " [...] o marketing político surgiu em
1952 e pode ser definido como um conjunto de técnicas e procedimentos cujo objetivo é
avaliar aspectos psicológicos do eleitorado, visando embasar estratégias para aumentar a
aceitação do candidato junto à população. Basicamente centra-se: i) na imagem dos
candidatos, dos partidos políticos e dos adversários, ii) nos aspectos psicológicos dos eleitores
e, por fim, iii) no acompanhamento de todo o processo eleitoral, intervindo de modo ativo
conforme os objetivos pretendidos”.
Com isso, pode-se dizer que o marketing político distancia-se da ciência política, pois
com esta formulação, está deixando de lado aspectos importantes, como por exemplo a
ideologia partidária (VEIGA, 2001).
O início da redemocratização no Brasil ocorreu nos primeiros anos da década de 80. A
partir desta década, organizações começaram a se fortalecer, acarrentado no início das
grandes participações em movimentos sociais e sindicais. Além disso, a constituição federal
de 1988 ajudou no avanço da participação da sociedade nas decisões políticas.
“[...] A democracia poder-se-á definir não apenas
como governo pelo povo, mas também, retomando a famosa
frase de Abraham Lincoln, como governo para o povo, isto
é, em concordância com as preferências do povo. O governo
democrático ideal seria aquele cujos actos estivessem
sempre em perfeita correspondência com as preferências de
todos os cidadãos (LIJPHART, 1989).
Em relação ao sistema democrático, sabe-se que ele vem se consolidando e adaptandose às culturas mais distintas, provocando uma mudança na vida dos indivíduos, possibilitando
a abertura de mais espaços para a participação política.
4. ELEIÇÕES 2006
Para conseguir acompanhar o andamentos das disputas eleitorais, é necessário o
acompanhamento das notícias e do comportamento político. Sendo assim, é de grande
interesse a utilização das pesquisas eleitorais.
Estas pesquisas podem ser realizadas pelas empresas de opinião pública, institutos
ligados a partidos políticos, para acompanhar seus determinados candidatos e ainda pesquisas
ligadas a Centros de Pesquisas e Universidades, a fim de compreender o comportamento
político da região analisada.
Segundo o TSE, o município de Cascavel, situado na região Oeste do Paraná, possui
hoje mais de 177 mil eleitores. Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que, a
evolução eleitoral do município de Cascavel, analisada no período de maio de 2005 à junho
de 2006, aumentou. Em maio de 2005 o número chegava a 170.348 eleitores. Em junho de
2006 observou-se um aumento significativo na quantidade de eleitores. Com um eleitorado
4,356% maior, atingiu a contagem que corresponde à 177.768 eleitores.
A pesquisa de campo, realizada para diagnosticar as intenções de voto no primeiro
turno das eleições de 2006, foi realizada em locais com grande circulação de passoas. Os
terminais de ônibus e o centro do município de Cascavel foram os escolhidos. O resultado da
intenção de voto referente as Eleições no dia primeiro de outubro de 2006 foi efetuada com
uma amostragem de 168 pessoas e serão apresentados a seguir.
Tabela 01 – Intenção de voto no município de Cascavel em 2006
Presidente
%
Governador
%
Senador
%
Dep Federal
%
Dep Estadual
%
NR/NS
50
29,76 NR/NS
51
30,36
NR/NS
74
44,05 NR/NS
97
57,74
NR/NS
95
56,55
Lula
55
32,74 Requião
56
33,33
Alvaro Dias
44
26,19 Alfredo Kaefer
26
15,48
Edgar Bueno
26
15,48
Geraldo Alckmin
52
30,95 Osmar Dias
49
29,17
Gleisi
43
25,6
Giacobo
13
7,74
Adelino Ribeiro
13
7,74
Heloísa Helena
7
4,17
Flávio Arns
8
4,76
Mussi
2
1,19
Frangão
14
8,33
Rosimeri Tomé
7
4,17
Cristóvam B.
4
2,38
Rubens Bueno
4
2,38
Legenda 50
1
0,6
Irineu Colombo
5
2,98
Laerson V. Matias
5
2,98
Branco
1
0,6
Eduardo F. Sciarra
4
2,38
Juarez Berté
4
2,38
Nulo
3
1,79
Outros
5
2,98
Inês de P aula
4
2,38
Nulo
4
2,38
P aranhos
3
1,79
Outros
7
4,17
Nulo
4
2,38
Total
168 100
168 100
168 100
168
100
168 100
Fonte: pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.
A tabela 01 mostra o equilíbrio entre os cargos de presidente da república, governador
e senador. Como a diversidade de candidatos nos cargos para Deputado Federal e Deputado
Estadual era maior, houve uma disparidade mais acentuada. Para estes cargos soaram um
maior número de candidatos da região Oeste, devido a pesquisa de campo ser aplicada
somente no município de Cascavel.
Analisando os resultados das eleições somente do município, sedida pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), observou-se que o equilíbrio era mesmo verdadeiro. Para presidente
da república e para governador as eleições chegaram ao segundo turno.
Tabela 02 – Resultado das Eleições de 2006 em Cascavel segundo o TSE.
Presidente da República
Votos
% válidos* Governador
Candidato
Votos
% válidos*
62
45,81
GLEISI
64,34
50,11
ROBERTO REQUIÃO
51,28
37,89
ALVARO DIAS
61,51
47,9
7,25
FLAVIO ARNS
11,85
8,76
MUSSI
1,17
0,91
5,5
3,97
RUBENS BUENO
8,81
6,51
SANDOVAL
698
0,54
135
0,1
MELO VIANA
602
0,44
SALAMUNI
292
0,23
72
0,05
LUIZ FELIPE
360
0,27
PROF. IVAN BERNARDO
155
0,12
65
0,05
ANA LUCIA PIRES
290
0,21
CUSTODIO DA SILVA
127
0,1
0
0
LUIZ ADÃO
40
0,03
SANDRA BORGES
76
0,06
JORGE MARTINS
39
0,03
PROCOPIAK
35
0,03
ANTONIO R. FORTE
33
0,02
IVO SOUZA
25
GERALDO ALCKMIN
69,69
50,23
OSMAR DIAS
LULA
53,21
38,35
HELOÍSA HELENA
10,06
CRISTOVAM BUARQUE
ANA MARIA RANGEL
JOSÉ MARIA EYMAEL
LUCIANO BIVAR
RUI COSTA PIMENTA
Votos
% válidos*
0,02
100
99,99
100
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral(2006)
Pode-se perceber que a não houve tanta diferença entre os primeiros candidatos de
cada cargo político.
Nesse sentido, o diagnóstico da análise dos dados coletados servirá para entender as
demandas da sociedade paranaense frente aos problemas nacionais e contribuir para apontar
soluções aos governantes. Dessa forma, as pesquisas de opinião são elementos eficazes no
sentido de canalizar as reivindicações e pressões da sociedade frente aos governos.
5. COMPORTAMENTO POLÍTICO ELEITORAL 2006
Além de diagnosticarmos a intenção de voto no município de Cascavel, utilizamos
outro questionário com a intenção de analisar os aspectos do comportamento político eleitoral.
Para isso, aplicamos simultaneamente os dois questionários.
A população foi abordada nos terminais rodoviáris e na região central da cidade, nos
dias 23, 24 e 25 de setembro de 2006. Foram entrevistados 168 eleitores. Destes, todos eram
eleitores cascavelenses.
Uma parte das questões abordadas referem-se às características sociais dos indivíduos,
como por exemplo faixa etária, escolaridade e renda familiar. A outra parte das questões
satisfaz a linha de capital social, aonde perguntamos sobre: o nível de confiança das pessoas
em relação aos seus governantes, as atividades praticadas com mais freqüência, a cooperação
para com as pessoas, além de opiniões sobre determinados assuntos.
Tabela 03 – Faixa etária, renda familiar e escolaridade
Faixa e tária
Renda Familiar
Absoluto
Até 19 anos
18 10,71 1 salário mánimo
10
20
30
40
50
67 39,88 2 salários mínimos
35 20,83 3 salários mínimos
25 14,88 4 ou mais salários mínimos
11 6,55 Não Respondeu
41
33
72
12
a 29
a 39
a 49
a 59
anos
anos
anos
anos
Acima de 60 anos
Não Respondeu
Total
Absoluto
12
0
168
%
7,14
0
100 Total
%
Escolaridade
24,4 Primário completo/ Incompleto
19,64 Ensino Fudamental Completo/ Incompleto
42,86 Ensino Médio Completo/ Incompleto
7,14 Ensino Superior Completo/ Incompleto
Outros
168
Absoluto %
5,95 Analfabeto
Não Respondeu
100 Total
4
2,38
15 8,93
36 21,43
81 48,21
26 15,48
1
5
168
0,6
2,98
100
Fonte: pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.
Como se pode observar, 39,88% das pessoas entrevistadas encontram-se na faixa
etária que varia de 20 à 29 anos. Mais da metade dos abordados, 60,71% tem suas idades
variando entre 20 e 39 anos.
A renda familiar também é um indício marcante no que diz respeito ao comportamento
político. Pela tabela 03 pode-se analisar que 86,9% dos entrevistados tem uma renda que está
variando entre 2 e 4 salários mínimos.
A escolaridade também é um aspecto muito importante. Das 168 pessoas
entrevistadas, 81 ingressaram no ensino médio. Já as que ingressaram no ensino superior
chegam a 15,48%.
Tabela 04 – Nível de confiança
Poder Legislativo
Absoluto
%
Poder Executivo
Absoluto
%
Poder Judiciário
Absoluto
%
0
17
10,12 0
15
8,93 0
13
7,74
1
9
5,36 1
5
2,98 1
10
5,95
2
7
4,17 2
7
4,17 2
7
4,17
3
17
10,12 3
14
8,33 3
13
7,74
4
17
10,12 4
16
9,52 4
8
4,76
5
38
22,62 5
38
22,62 5
27
16,07
6
23
13,69 6
20
11,9 6
24
14,29
7
20
11,9 7
23
13,69 7
16
9,52
8
13
7,74 8
16
9,52 8
30
17,86
9
0
09
3
1,79 9
3
1,79
10
2
1,19 10
6
3,57 10
6
3,57
Não Respondeu
5
2,98 Não Respondeu
5
2,98 Não Respondeu
10
5,95
Não sabe
0
1
0,6
168
100
Total
168
0 Não sabe
0
100 Total
168
0 Não sabe
100 Total
Fonte: pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.
Em relação ao nível de confiança que as pessoas possuem nos três poderes, pode-se
destacar que em todos os poderes a confiança está representada mais intensamente nas notas
que variam de 3 a 8.
Tabela 05 – Opinião pública
O s políticos não cum pre m suas prome ssas
Concorda
Absoluto
69
% É in te re ssante discu tir política
41,07 Concorda
%
52,98
Concorda em parte
74
33
19,64
Discorda
11
6,55 Discorda
32
19,05
Não sabe
0
0 Não sabe
0
0
14
8,33
168
100
Não respondeu
Total
14
168
44,05 Concorda em parte
Absolu to
89
8,33 Não respondeu
100 Total
Fonte: pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.
Foram feitas várias afirmações aos entrevistados, entre elas a de que os políticos não
cumprem suas promessas e a de que é interessante discutir política. Na primeira afirmação
41,07% dos abordados concordaram e 44,05% concordaram em parte. Isso demonstra uma
relativa desconfiança para com os políticos, pois somando os que concordam e aqueles que
concordam em parte temos um total de 85,12%.
Já na segunda afirmação, a maioria, 52,98% concordou com a afirmativa. As pessoas
que discordaram chegam a somar 19,05%.
Tabela 06 – Perspectivas para o ano de 2007
Vai melhorar
Vai piorar
Vai ficar igual
NS/ NR
Total
Absoluto
65
26
40
37
168
%
38,69
15,48
23,81
22,02
100
Fonte: pesquisa de campo realizada em setembro de 2006.
Referente às perspectivas para o ano de 2007, os indivíduos em sua minoria, 15,48%
disseram que iria piorar a situação do país. O montante das pessoas otimistas chega a
38,69%.
6. CONCLUSÃO
Os conceitos utilizados são os de comportamento político, opinião pública, análise
do discurso dos meios de comunicação, pesquisas eleitorais, marketing político e
democracia, tendo como pano de fundo a história e a cultura política.
De posse da contextualização da história e cultura política, esse trabalho aborda a
problemática do comportamento político, com enfoque nas eleições de 2006. Já realizada a
pesquisa de campo sobre a intenção dos votos dos cascavelenses, percebe-se que não há
discordância nos resultados encontrados. Além disso, com a aplicação do questionário sobre
comportamento político eleitoral, podemos analisar quais as características do eleitorado.
Dentre os aspectos analisados pode-se perceber que a maioria da população não está
satisfeita com o que está acontecendo. Sendo assim, espera-se uma maior participação das
pessoas nos assuntos referentes à política, para que o processo de socialização política ganhe
cada vez mais força.
7. REFERÊNCIAS
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