2º Clichê Edição Especial do Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica 2005 Nº 23 • Dezembro • 2005 Informativo da FINEP Presidente entrega Lula Prêmio FINEP Em 2005, o Prêmio FINEP de Inova- ção Tecnológica bateu o recorde de inscrições pela terceira vez consecutiva. Ao todo, 679 projetos disputaram os seis primeiros lugares das categorias Média/ Grande Empresa, Pequena Empresa, Instituição de C&T, Produto, Processo e a estreante Inovação Social. Outra novidade da edição foi a inclusão da categoria Inventor Inovador, que não recebe propostas e tem os candidatos de cada região indicados por uma Comissão Julgadora. Confira nas próximas páginas quais os O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrega o troféu de Inventor Inovador a Kentaro Takaoka, representante da Região Sudeste grandes vencedores das etapas regionais e nacional do Prêmio. PRÊMIO FINEP NACIONAL Fotos: João Luiz Ribeiro Jaime Ferreira, da UFSC, recebe do presidente Lula o prêmio de melhor Inovação Social O troféu da categoria Processo é da Braskem, representada por Manoel Lisboa Afrânio Aragão Craveiro, superintendente do Parque de Desenvolvimento Tecnológico do Ceará (Padetec), recebe troféu de melhor Instituição de C&T O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, cumprimenta Besaliel Botelho, vice-presidente da Robert Bosch, vencedora da categoria Produto Jardel Massari, diretor da Ouro Fino, recebe o troféu da categoria Média/Grande Empresa do ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende PRÊMIO FINEP NACIONAL Finalíssima movimenta Em cerimônia no Salão Nobre do Palácio do Planalto, no dia 6 de dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da entrega dos troféus aos seis grandes vencedores do Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica 2005. Participaram da disputa pela etapa nacional, em Brasília, 29 empresas e instituições de pesquisa premiadas nas cinco etapas regionais. As instituições vencedoras foram: a Ouro Fino (SP) na categoria Média/ Grande Empresa; a Pctel (GO), como Pequena Empresa, o Padetec (CE), em Instituição de C&T, a Bosch (SP), em Produto, a Braskem (RS), em Processo, e a Universidade Federal de Santa Catarina, em Inovação Social. Na categoria Inventor Inovador, o vencedor foi o médico anestesista Kentaro Takaoka, dono da indústria de equipamentos hospitalares que leva seu nome. Para a categoria, incluída no Prêmio a pedido do presidente Lula, o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) definiu critérios de premiação, levantou o números de patentes obtidas por cada inventor e selecionou as inovações mais relevantes. Também foram concedidas menções honrosas à Nexxera (SC), na categoria Média/Grande Empresa; à Auto- o Planalto mat (PR), em Pequena Empresa; à Pele Nova Biotecnologia (MS), em Produto; à Biocampo (RN), em Processo; à Fundação CERTI (SC), em Instituição de C&T, e ao Centro de Tecnologia Mineral (RJ), na categoria Inovação Social. As 29 empresas vencedoras regionais do Prêmio FINEP 2005 são líderes em tecnologias e processos inovadores em suas áreas de atuação. Somaram valor aos seus produtos a partir da cultura que estamos consolidando, em iniciativas que integram empresários, cientistas, pesquisadores e diversas instâncias do governo, explicou o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. Juntamente com o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos FINEP, Odilon Antonio Marcuzzo do Canto, o ministro entregou os troféus a cada um dos vencedores. Odilon elogiou o sucesso da estreante categoria Inventor Inovador, criada por sugestão do presidente Lula. Essa justa homenagem ao inovador independente não é simplesmente um ato de reconhecimento transitório, vem acompanhada de medidas legais de suporte à atividade inovativa individual, afirmou Odilon. Na edição de 2005, também foi instituída uma outra nova categoria, que premia a Inovação Social. Alexandre Luís Costa Rodrigues, da Pctel, cumprimenta o presidente Lula. Nas mãos, o troféu da categoria Pequena Empresa Etapas e categorias O Prêmio FINEP de Inovação Tecnológia possui seis etapas: cinco regionais - Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul - e uma nacional. As regionais premiam os três melhores projetos de cada categoria, mas apenas os primeiros lugares se classificam para a Etapa Nacional. Além dos troféus para as categorias Média/Grande Empresa, Pequena Empresa, Instituição de C&T, Produto, Processo e Inovação Social, há premiação para o melhor Inventor Inovador do País, única categoria que não recebe inscrições. Os inventores que representam cada região são indicados por uma comissão julgadora e concorrem apenas na Etapa Nacional. O presidente da FINEP, Odilon Marcuzzo, entrega a menção honrosa a Carlos Alberto Schneider, da Fundação CERTI ! PRÊMIO FINEP NACIONAL " Premiação Troféu Além dos troféus, os vencedores receberam prêmios que servem como incentivo para que todos continuem a se aprimorar e investir continuamente em inovação. A vencedora da categoria Pequena Empresa ganhou um notebook do Sebrae Nacional e uma bolsa de estudo integral do Instituto COPPEAD de Administração, da UFRJ, para um dos seus cursos (MBA Marketing, MBA Finanças, MBA Saúde ou MBA Logística). Todos os demais vencedores ganharam bolsas de desenvolvimento científico e tecnológico do CNPq. Eles também foram convidados pelo British Council a participarem do Workshop de Inovação Tecnológica com consultores do Reino Unido. Outra patrocinadora do Prêmio, a Petrobras, concedeu às empresas e instituições vencedoras bolsa de estudo integral para curso MBA, que será realizado no Rio de Janeiro, além de visita às instalações operacionais na Unidade de Negócio da Bacia de Solimões, na Amazônia. Por fim, a Tavares Propriedade Intelectual ofereceu subsídio para depósito de pedido de patente ou registro de marca. Ao Inventor Inovador Kentaro Takaoka, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) ofereceu uma medalha e US$ 1 mil. Outra novidade foi a instituição do Troféu José Pelúcio Ferreira, concedido a personalidades de uma área estratégica do setor de ciência e tecnologia, a ser indicada em comissão formada por representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia e da FINEP. Receberam o troféu três especialistas que se destacaram na área de Biodiesel. Foram eles: Expedito José de Sá Parente, professor da Universidade Federal do Ceará, Donato Alexandre Gomes Aranda, professor da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Artur Augusto Alves, da Soyminas. José Pelúcio Ferreira foi o segundo presidente da FINEP, transformando-a no principal órgão de financiamento à Ciência e Tecnologia do País, setor no qual foi um líder. O troféu que leva seu nome é um mapa do Brasil que tem encravada no centro uma lente de aumento, simbolizando os microscópios, telescópios e outras lentes usadas por pesquisadores e o olhar do inovador que vê mais claro e além, nos seus esforços de estudo e descoberta. O presidente Lula entrega o Troféu José Pelúcio a Expedito José de Sá Parente PRÊMIO FINEP CENTRO-OESTE Mato Grosso do Sul lidera Região Centro-Oeste Em cerimônia de entrega de troféus ocorrida em Goiânia, na Federação das Indústrias do Estado de Goiás, foram conhecidos os vencedores do Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica 2005 - Região Centro-Oeste. Ao todo, 14 empresas e instituições de ciência e tecnologia, das quais sete de Mato Grosso do Sul, cinco de Goiás, uma de Mato Grosso e uma do Distrito Federal, disputaram o primeiro lugar de cada uma das seis categorias do Prêmio. Confira a ordem de classificação no quadro abaixo: Composição do Júri Roberto Wolf Instituto Euvaldo Lodi/MS Nelson Anibal Lesme Orué Federação das Indústrias do Estado de Goiás Sônia Milagres Teixeira Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Goiás Rodrigo Weber Instituto Euvaldo Lodi Nacional Vencedores Produto 1º lugar Pele Nova Biotecnologia (MS) 2º lugar HT Print (GO) 3º lugar ATP Máquinas Agrícolas (GO) Processo 1º lugar Equiplex (GO) 2º lugar Associação MOR (MS) Média/Grande Empresa 1º lugar Real H (MS) 2º lugar Equiplex (GO) Inventor Inovador Edison Coca Pequena Empresa 1º lugar Pctel (GO) 2º lugar Aeronet (DF) Instituição de C&T 1º lugar Neac-UNIDERP (MS) 2º lugar Gpec-UCDB (MS) Inovação Social 1º lugar Universidade Católica Dom Bosco - UCDB (MS) 2º lugar Cavalo de Carroça UNIDERP (MS) 3º lugar Dom e Arte (MT) Adnauer Tarquínio Daltro SECITEC - Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Mato Grosso Maurício França FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos Sérgio Rodovalho Pereira Caixa Econômica Federal Miguel Ivan Lacerda de Oliveira SEBRAE/GO Laércio de Sequeira FINEP Financiadora de Estudos e Projetos Coordenação do Prêmio FINEP Região Centro-Oeste Deuci Elber de Castro e Souza [email protected] # PRÊMIO FINEP CENTRO-OESTE MÉDIA/GRANDE EMPRESA PEQUENA Aparelho que grava conversas telefônicas é destaque da linha de produtos Pctel Equiplex Há 19 anos no mercado, com sede em Goiânia (GO), a Equiplex Indústria Farmacêutica Ltda. é fabricante de soluções parenterais, como soro hospitalar. Sua capacidade de produção é de 150 milhões de unidades/ano, sendo 60% de sua linha destinada ao mercado de grandes volumes, acima de 100 ml. Os demais produtos são ampolas menores, em material plástico e em vidro, contendo analgésicos, como a dipirona, antiinflamatórios, glicose e diluentes para injeção. Com laboratório de pesquisa pró- Real H $ Empresa familiar com 20 anos de atuação no mercado de nutrição e saúde animal, a Real e Cia Ltda. é pioneira na utilização da homeopatia em rações para cavalos e gados de leite e de corte. Hoje, 15% do rebanho brasileiro, estimado em 150 milhões de cabeças de gado, já consomem esse tipo de alimento, também destinado a melhorar a produtividade dos rebanhos. Com doutorado na França e 50 anos de experiência como veterinário, Cláudio Martins Real, diretor presidente da empresa, desenvolveu a técnica da homeopatia populacional, que é extensiva a todo o rebanho. O foco da Real H são os animais de grande porte, mas a meta até o fim do ano, é adicionar aos seus produtos uma linha específica para animais de estimação - gatos e cachorros. Com 180 representações em todo o País, a Real H prevê faturar R$ 60 milhões em 2005. Desses, cerca de 3% serão aplicados em P&D. Empresa tem aumentado a cada ano os investimentos em P&D prio e 500 funcionários, sendo um PHD e 12 pós-graduados, a Equiplex tem, a cada ano, ampliado os seus investimentos em P&D. Com faturamento anual em torno de R$ 30 milhões, destinou, em 2005, R$ 1,5 milhão para a área de P&D, contra R$ 1 milhão em 2004. Atualmente, está engajada numa parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas Biológicas da Universidade Católica do Estado de Goiás, para a fabricação de novos medicamentos, como antiinflamatórios e anestésicos, obtidos a partir de veneno extraído de animais peçonhentos. Incubada no Centro Federal de Tecnologia de Goiás (Cefet/GO), a Pctel atua há 18 anos no segmento da indústria eletrônica de hardware. O carro-chefe da empresa, que se chamava Megatécnica, é um aparelho capaz de gravar conversas telefônicas quando acoplado ao computador. O produto é utilizado principalmente por empresas que operam com serviços de teleatendimento, como comprovante nas negociações de vendas. Também serve a setores de segurança e imprensa, para registro de entrevistas. Apesar de ter à sua disposição a infra-estrutura de pesquisa do Cefet, a Pctel conta com laboratório próprio de pesquisa. Com 18 funcionários, dos quais um mestre e um pós-graduado, fatura por ano cerca de R$ 60 mil. Desses, 40% são destinados à pesquisa de novos produtos. Até o final do ano, a Pctel prevê lançar no mercado um sistema de interligação de estações de rádio comunicação via internet. Hoje, isso só é possível com a utilização de redes de computadores, praticamente inviável pelo alto custo da operação. Ração que mistura homeopatia também será usada para gatos e cachorros PRÊMIO FINEP CENTRO-OESTE INSTITUIÇÃO DE PESQUISA EMPRESA Neac-UNIDERP A empresa tem 14 empregados, dos quais cinco pesquisadores e 10% do faturamento é direcionado para P&D Aeronet Empresa de informática com soluções na área de tecnologia da informação, a Aeronet Informática e Representações Ltda. está para lançar no mercado um serviço inédito no Brasil. Trata-se do Securitycam, ferramenta que permite o monitoramento, através da internet, de imagens registradas por câmeras de segurança, instaladas em ambientes externos, como residências e prédios comerciais. A FINEP financiou a primeira etapa da pesquisa desenvolvida pela Aeronet em parceria com o Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília. Hoje, a empresa dispõe de laboratório próprio, e está trabalhando sozinha na conclusão do projeto. O Securitycam poderá ser adquirido mediante pagamento de uma mensalidade. O serviço inclui a instalação das câmeras e a disponibilização de uma senha de acesso ao site de monitoramento. Há 11 anos no mercado e com sede em Brasília (DF), a Aeronet atua na área de rede local e remota, provedor de internet de alta velocidade (cabonet), intranet, venda, configuração e instalação de máquinas plataforma INTEL, cabeamento estruturado e soluções corporativas tanto em hardware como em software. Com 14 empregados, dos quais cinco pesquisadores, a empresa fatura em média R$ 2 milhões por ano. Desses, 10% são direcionados para P&D. A Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal concorreu ao Prêmio FINEP através de seu Núcleo de Energia, Automação e Controle Neac, um centro de excelência no desenvolvimento de tecnologia de ponta. Criado em 2000 e com uma equipe de 12 pessoas, dos quais quatro doutores e três mestres, o Neac desenvolve pesquisas básica e aplicada com recursos da Universidade e de empresas parceiras, como a Petrobras, Concessionária de Energia do Mato Grosso do Sul (Enersul) e Transportadora TBG. Recentemente, o Núcleo foi premiado na Argentina, pela Society of Petroleum Engeneers com um sistema inteligente para controle à distância das redes de distribuição de gás natural. Composto por hardware e software, o sistema será instalado na MS Gás, distribuidora da Petrobras na região. Núcleo já foi premiado com um sistema inteligente para controle à distância das redes de distribuição de gás natural Gpec-UCDB Os mestres e doutores do Gpec são responsáveis por projetos inéditos na área de inclusão digital Formado por 16 mestres e doutores, o Grupo de Pesquisa em Engenharia de Computação (Gpec) foi criado, em 2002, por uma equipe de professores do curso de engenharia de computação da Universidade Católica Dom Bosco. Eles desenvolvem pesquisas nas áreas de Visão Computacional, Inteligência Artificial, Engenharia de Software e Sistemas Microprocessados e Sistemas Distribuídos. Seus principais projetos, alguns inéditos, são na área de inclusão digital, para atender pessoas com necessidades especiais. Entre os que se destacam, está o Sigus, ferramenta que simplificará o desenvolvimento e os testes de programas capazes, por exemplo, de seguir o movimento do olhar de um tetraplégico e utilizar essa informação na interação com a máquina. Também está sendo desenvolvida uma cadeira de rodas para tetraplégicos que se movimenta através do balanço da cabeça, para à esquerda ou direita. Outro sistema, o Tato Remoto, foi desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP) e tem o objetivo de auxiliar deficientes visuais na familiarização de um ambiente desconhecido. Nesse caso, está sendo proposta a substituição sensorial da visão pelo tato, fazendo com que imagens sejam capturadas, tratadas digitalmente para detectar seus contornos e reduzir resolução, e posteriormente passadas ao usuário através de eletro-estimulação cutânea no abdômen. % PRÊMIO FINEP CENTRO-OESTE PRODUTO O curativo ajuda na cicatrização de feridas crônicas provocadas por doenças, como úlceras de perna Trator adaptado protege operador das ações nocivas dos produtos químicos ATP Empresa de Jataí, em Goiás, a ATP Máquinas Agrícolas desenvolveu uma plataforma para pulverização agrícola adaptável em tratores. Antes, o pulverizador era rebocado pelo trator, deixando o operador exposto às ações dos produtos químicos utilizados nas lavouras. Com a plataforma, desenvolvida e patenteada em 1996, todo o comando da operação foi transferido para a cabina do trator, que recebeu, ainda, climatização especial, com filtros de carvão aditivado para reter a entrada de produtos químicos. Com isso, o operador ficou protegido. A mudança não só agilizou o trabalho, aumentando em até 30% a área pulverizada, antes em torno de 60 hectares/dia, como tornou a aplicação mais homogênea. A plataforma também facilitou as manobras nas fazendas, já que o novo trator passou a operar com quatro pneus ao invés de seis. Hoje, a ATP atende principalmente os pequenos produtores da região. Equipamento evita falhas de impressão em cartuchos que são reaproveitados & Pele Nova Biotecnologia A inovação apresentada pela Pele Nova Biotecnologia S/A foi o biocure - biomembrana natural para regeneração de tecidos. Com quatro patentes em 60 países, o curativo é indicado no tratamento de feridas crônicas, como úlceras de perna, dos tipos venosa e arterial, e em pé diabético. Aplicado diretamente sobre a superfície da lesão, o Biocure acelera a regeneração tecidual de feridas que podem durar meses e até anos para cicatrizar. Isso é possível devido à preservação de uma proteína que está presente no látex, matéria-prima utilizada na fabricação do curativo. Essa proteína estimula a formação de novos vasos ajudando a recuperar a circulação sanguínea necessária ao fechamento da ferida. Dependendo da gravidade, esse tipo de doença pode levar, inclusive, à amputação da perna ou do dedo. O Biocure consumiu 10 anos de pesquisa e está sendo comercializado no Brasil desde 2002. Hoje, ele é fornecido diretamente para os hospitais e pode, ainda, ser encontrado em algumas redes de farmácias do País. HT Print A HT Print do Brasil Ltda. desenvolveu e patenteou uma câmara de vácuo para ser utilizada por empresas que trabalham com recarga ou reciclagem de cartuchos para impressoras jato de tinta. Com o novo equipamento, foi possível eliminar a formação de bolhas durante o processo de enchimento. O problema atingia cerca de 20% dos cartuchos, que depois de vendidos apresentavam falhas de impressão na primeira semana de uso. A única alternativa para reduzir o percentual de perda era a utilização de uma máquina americana, que custa R$ 15 mil e emprega tecnologia a vácuo durante o enchimento. Apesar de eficiente, a máquina não resolveu o problema. Ao contrário, com a câmara brasileira, que custa R$ 1 mil, as empresas conseguiram praticamente acabar com o problema utilizando o mesmo sistema a vácuo, só que antes e depois do processo de enchimento. PRÊMIO FINEP CENTRO-OESTE PROCESSO INVENTOR INOVADOR Equiplex A Equiplex Indústria Farmacêutica Ltda. desenvolveu um detector de resistência de embalagens para soluções parenterais de pequeno volume. Único no País, o equipamento, em material inox, próprio para a indústria farmacêutica, permitiu a automatização do processo de inspeção das ampolas. Antes, esse trabalho era executado de forma manual por uma equipe de 20 funcionários. Eles pegavam as ampolas, espremiam na mão e, através de verificação visual, faziam a separação das embalagens defeituosas, com microfuros. Com o tempo, esses funcionários passaram a apresentar problemas de Lesão por Esforço Repetitivo e esse foi um dos motivos que levou a Equiplex a buscar uma alternativa para automatizar o processo. Com o novo equipamento, custeado e desenvolvido na própria empresa, a Equiplex conseguiu, a partir de 2004, aumentar de 4,8 para 6 milhões a produção mensal de ampolas. Também reduziu de sete para cinco dias, no máximo, o tempo gasto no processo de revisão das embalagens. Edison Coca Único no País, detector permitiu a automatização do processo de inspeção de embalagens de soro hospitalar MOR Formada por 11 artesãos, que produzem peças a partir do aproveitamento de restos de madeira e ossos bovinos, a Associação MOR Madeira e Ossos Reciclados tem como objetivo a capacitação desses profissionais, a preservação do meio ambiente e a geração de emprego e renda para comunidades do município de Jardins, no Mato Grosso. Na confecção, são utilizadas as madeiras de leiras, derrubadas por fazendeiros, em desmatamentos autorizados, para abertura de novos pastos e desenvolvimento da agropecuária da região. Também são empregadas madeiras de cruzeta, usadas por concessionárias de energia nos postes de iluminação pública. Os ossos são comprados diretamente dos frigoríficos. Atualmente, constam do catálogo de produção 24 itens, entre bandejas, móveis, bijuterias, sous plat, caixas para baralhos e aparelhos de chá. Todas as peças são acompanhadas de uma etiqueta com a procedência da matéria-prima utilizada e uma cartilha com informações sobre as árvores da região. Os produtos MOR já estão sendo comercializados nos mercados de São Paulo e Rio de Janeiro e diretamente na loja da Associação em Jardins. Associação utiliza restos de madeira e ossos bovinos na confecção de peças artesanais Edison Morelis Coca, 43 anos, foi o candidato da Região Centro-Oeste para concorrer ao Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica 2005, na categoria Inventor Inovador. Nascido em São Paulo, Coca é o criador da primeira colheitadeira de semente de gramíneas e leguminosas do mundo. O equipamento agrícola é o principal produto fabricado por sua empresa, a Prata 1000. A conquista desse sonho lhe custou, em 1983, a perda de todos os seus bens - telefone, carro, casa e um carrinho de churros que usava para complementar a renda familiar. Também ficou desempregado. Construído a partir de peças de turbina de avião adaptadas a um trator para aspirar as sementes do chão, o primeiro protótipo do equipamento não deu certo. Depois de várias tentativas frustadas que resultaram em 17 protótipos, Coca, como é conhecido na Região, foi em busca de informações e de cursos específicos. Ao fim de 12 anos, finalmente conseguiu fazer o equipamento funcionar como queria. Em 1995, já como empresário, produziu a primeira colheitadeira de sementes de capim no chão. Coca recebeu o prêmio de Qualidade e Produtividade da Federação da Indústria do Estado do Mato Grosso do Sul (FIEMS), em 1995, menção honrosa no prêmio CNPq 50 Anos e primeiro lugar em inovação tecnológica pela FINEP, em 2001. Em 2004, ganhou o prêmio Empreendedor do Ano na categoria Indústria, concedido pela Ernest & Young, entidade que presta consultoria mundial em diversas áreas. Hoje, Coca desenvolve um trabalho social com adolescentes dentro da empresa. Dá oportunidade para meninos de rua, através de um programa implantado na Prata 1000, que oferece educação escolar e ensino profissionalizante. ' PRÊMIO FINEP CENTRO-OESTE INOVAÇÃO SOCIAL Cavalo de Carroça - UNIDERP A Central de Processamento onde é feita a separação das frutas e legumes descartados pelos supermercados UCDB Em parceria com o Sebrae e a Secretaria Municipal de Assistência Social de Campo Grande, a Universidade Católica Dom Bosco UCDB está ajudando no desenvolvimento e implantação de pequenas comunidades industriais para processar e comercializar frutas e verduras descartadas pelos supermercados de Campo Grande. Hoje, já existe uma comunidade sendo operada por moradores de um bairro pobre da cidade. Diariamente, a Prefeitura recolhe cerca de duas toneladas desses alimentos. Na comunidade, é feita a seleção e a limpeza das frutas e verduras que estão em condições de serem distribuídas para a população, cerca de 450 pessoas carentes da região. Já as frutas que não são usadas para consumo estão sendo reaproveitadas na fabricação de doces em compota ou, ainda, como produto desidratado. A idéia agora é aproveitar as verduras para fazer conservas e molhos, caso do tomate. O que não serve para consumo é usado na fabricação de doces ou conservas Implementado em outubro de 1999, o projeto Cavalo de Carroça tem como objetivo prestar atendimento médico-veterinário a cavalos de trabalho utilizados em carroças de proprietários carentes da periferia de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Esses animais são a única fonte de sustento de moradores que hoje ganham a vida com o transporte de Veterinários materiais. Coordenado por professores com a participação de alunos do curso de veterinária, o serviço é gratuito e inclui desde um simples exame de sangue e administração de medicamentos até uma cirurgia com internação. No caso de o cavalo estar doente e não poder se deslo- prestam atendimento gratuito car, a equipe da universidade vai até o local. Segundo o professor Fernando Arévalo Batista, um dos coordenadores do Projeto, o dia certo para o atendimento à comunidade é quinta-feira, mas a equipe atende os casos de emergência mesmo em outros dias da semana. Dom e Arte Produto artesanal ajuda a divulgar a cultura pantaneira Criado há dois anos por iniciativa do Sebrae em uma parceria com a prefeitura de Dom Aquino e a empresa local Água Puríssima, o projeto Dom e Arte Núcleo Cooperativo de Artesãos de Dom Aquino começou com a confecção de bonecas de pano. Alternativa para a geração de emprego e renda na região, o Núcleo também é uma forma de expressão da cultura e matéria-prima regionais, uma vez que o estado é um dos maiores produtores de algodão do País. De cor negra, as bonecas representam a história e a cultura local. Existem casais de danças típicas siriri e congo e um exemplar de uma dançarina de chorado. No momento, as 20 mulheres que formam o Núcleo estão trabalhando em uma nova coleção - bichos do pantanal que já conta com quatro tipos de aves (arara, tuiuiu, garças e tucano). Também estão em teste mais três tipos de peixes do pantanal (pacu, pintado e dourado) e o jacaré. PRÊMIO FINEP NORDESTE Disputa equilibrada na Região Nordeste Composição do Júri A decisão da Etapa Nordeste do Prêmio FINEP de Inovação Tecnógica 2005 foi marcada pela disputa acirrada entre os estados. A ordem de classifica- Simone Assis Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial/RN ção dos vencedores da Região foi divulgada no dia 11 de novembro, em Maria Bernadete Cordeiro de Sousa Universidade Federal do Rio Grande do Norte categorias Pequena Empresa, Produto, Processo, Instituição de C&T e Ino- José Vitorino de Souza Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico Pedro Alem FINEP Financiadora de Estudos e Projetos Natal. Do total de 79 inscritos, 17 disputaram os três primeiros lugares das vação Social. A categoria Grande Empresa teve dois finalistas. O equilíbrio se reflete na lista de vencedores, que teve seis projetos do Ceará, cinco do Rio Grande do Norte e quatro da Bahia entre os escolhidos. Uma proposta da Paraíba e outra de Pernambuco completam a lista. Vencedores Vera Ilka Meireles Sales Instituto Euvaldo Lodi/CE Celia Maria da Rocha Ribeiro Instituto Euvaldo Lodi/RN Anderson Stevens Leônidas Gomes Universidade Federal de Pernambuco Armando Alberto da Costa Neto Instituto Euvaldo Lodi/BA Carlos Sartor FINEP Financiadora de Estudos e Projetos Maria Gricélia Pinheiro de Melo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial/PB José Henrique Patriota Soares Petrobras Coordenação do Prêmio FINEP Região Nordeste Marco Antonio Motta Nunes [email protected] Média/Grande Empresa 1º lugar Unitech (BA) 2º lugar Simas (RN) Pequena Empresa 1º lugar ZCR (BA) 2º lugar Fuji (PB) 3º lugar MidiaVox (PE) Instituição de C&T 1º lugar Padetec (CE) 2º lugar CT-GÁS (RN) 3º lugar Fundação Edson Queiroz (CE) Inovação Social 1º lugar Organização Potiguar (RN) 2º lugar Instituto Sertão Vivo (CE) 3º lugar UFBA (BA) Produto 1º lugar Armtec (CE) 2º lugar Impacto Protensão (CE) 3º lugar Engepetrol (RN) Processo 1º lugar BioCampo (RN) 2º lugar Beraca Sabará (CE) 3º lugar ZCR (BA) Inventor Inovador Murilo Pessoa de Oliveira PRÊMIO FINEP NORDESTE MÉDIA/GRANDE EMPRESA Simas A Simas Industrial de Alimentos, que detém 55% do mercado de pirulitos do Brasil, desenvolve produtos e processos para o setor de doces, balas, gomas de mascar e afins. O carrochefe do portfólio da empresa é o Cherry Pop, um pirulito recheado com chiclete responsável por um terço do faturamento de R$ 130 milhões, alcançado em 2004. Desse total, 46% são fruto de inovações lançadas no mercado há menos de três anos. No exterior, o sucesso da Simas é a venda de balas. O produto foi responsável por cerca 50% da arrecadação de R$ 45,5 milhões registrada no ano passado em exportações. Presente em mais de 60 países, a empresa possui 30 patentes obtidas junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual. Empresa tem aumentado a cada ano os investimentos em P&D Unidade de produção da Simas, no Rio Grande do Norte Unitech Laboratório de informática da Unitech, na Bahia Criada em julho de 1995 para desenvolver soluções em tecnologia da informação, a Unitech tornou-se a principal empresa do setor em atuação no Norte e Nordeste. Com uma média anual de crescimento de 82%, faturou R$ 51 milhões em 2003 e R$ 69,5 milhões em 2004. Em 2005, a Unitech apresentou faturamento recorde, de cerca de R$ 90 milhões. Entre os softwares criados pela equipe de cerca de 1300 profissionais, estão o UniMail, o UniSAT e o UniSGE, soluções para envio de e-mails personalizados, administração tributária e gestão empresarial, respectivamente. A empresa, que atua nos segmentos de telecomunicações, indústria e administração pública, tem como clientes os governos de São Paulo, Bahia e Minas Gerais, o Ministério da Cultura, a Agência Nacional do Petróleo, a Petrobras, a Brasil Telecom, a Telemar, a Vivo, a Claro e a Nestlé. INVENTOR INOVADOR Murilo Pessoa de Oliveira Especializado no desenvolvimento de soluções para isolamento térmico de tubulações de altas temperaturas, o engenheiro mecânico Murilo Pessoa de Oliveira é autor de 42 patentes registradas no Brasil e no exterior. Entre os produtos criados, destacam-se os Dispositivos Metálicos de Estratificação de Convecção Térmica. Trata-se de estruturas mecânicas que, aplicadas em tubulações, não liberam pós ou fibras para o ambiente. Assim, o manuseio do material não irrita a pele e olhos dos trabalhadores. Formado na Universidade de Fortaleza, Murilo foi funcionário da Petrobras por 16 anos, onde atuou diretamente na área de projetos de refinarias e plataformas de petróleo. Hoje, a empresa utiliza inovações patenteadas pelo inventor em cerca de 110 km de tubulações. PRÊMIO FINEP NORDESTE PEQUENA EMPRESA Piso construído com pedras ornamentais fabricadas pela Fuji MidiaVox Fuji A aposta da F u j i Mármores e Granitos na pesquisa de novos tipos de rochas ornamentais representou 62% do faturamento da empresa nos últimos três anos. Somente nesse período, foram inseridas no mercado nove pedras inéditas, que renderam cerca de R$ 12 milhões. A idéia é garimpar jazidas que possuam materiais diferenciados, capazes de possibilitar mais opções para o consumidor. O produto final geralmente blocos, chapas e ladrilhos é negociado interna e externamente, sendo que 83% da mercadoria é exportada. Dos 54 empregados da Fuji, dez estão envolvidos em pesquisa e desenvolvimento de inovações, como os granitos Bordeaux, Exotic, Fortune, Gold, Macambira, Marrom Madeira, Mororó, Pereiro e Umburana. Especializada em telefonia computadorizada, a MidiaVox desenvolve softwares para Contact Center, setor que engloba todas as ações e ferramentas destinadas a estreitar relações entre empresas e consumidores, como call centers, Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) e telemarketing. Atualmente, o Brasil arrecada 52% da receita total da indústria latino-americana do ramo. Nos últimos três anos, a MidiaVox lançou quatro novos produtos: um que permite a realização de videoconferências pela web, um de envio, recebimento e organização de fax pela internet, um sistema de gravação e monitoramento de chamadas baseado em regras de negócios e um hardware específico para sistemas de telefonia que, integrado ao computador, automatiza as operações de centrais telefônicas. O faturamento em 2004 chegou a R$ 3 milhões, sendo 20% deste valor fruto de exportações. Equipe da ZCR trabalha na criação e atualização de softwares ZCR O Portal do Esporte Clube Bahia (www.eusoubahia.com) foi um dos 10 finalistas na categoria esportes do Prêmio iBest2002, oferecido anualmente aos melhores sites do País. Em 2005, ficou entre os cinco mais votados. O que poucos sabem é que, por trás desse sucesso, está a terceira maior empresa baiana do ramo de tecnologia da informação, a ZCR Informática. Fundada em 1991, investiu em 2004 R$ 235 mil em pesquisa e desenvolvimento de soluções para softwares, sites e celulares, entre outros. O resultado do esforço tecnológico reflete-se no faturamento, que passou de R$ 2,2 milhões, em 2002, para R$ 4,4 milhões, em 2004. Com 100 empregados, sendo 90 de nível superior, a ZCR também presta serviços para o Grupo Tim/Maxitel, a Companhia Vale do Rio Doce e o governo da Bahia. Tela de um dos programas desenvolvidos pela MidiaVox ! PRÊMIO FINEP NORDESTE INSTITUIÇÃO DE C&T CT-GÁS Principal unidade de desenvolvimento de soluções para uso de gás natural no Brasil, o Centro de Tecnologias do Gás CT-GÁS, é um consórcio criado em parceria entre a Petrobras e o Senai. A instituição atende ao mercado interno através da Rede Nacional de Núcleos de Tecnologias do Gás (REGÁS), que possui 17 elos: o CT-GÁS, coordenador, e mais 16 núcleos distribuídos pelo País. Afinado com a meta do governo de elevar a participação do gás natural na matriz energética brasileira dos atuais 7,7% para 12% até 2010 a instituição aposta na pesquisa aplicada e capacitação profissional. Nesse sentido, já criou 341 produtos, 38 processos e 19 softwares, além de promover cerca de 18 cursos relacionados ao gás natural, desde o nível básico até a pós-graduação. O Centro conta com 11 laboratórios de serviços, sete laboratórios de ensino, sete oficinas didáticas, 20 salas de aula, dois auditórios, duas salas de videoconferência e biblioteca especializada. CT-Gás coordena pesquisas sobre gás natural em todo o País Simas Centro de Pesquisas do Padetec é referência em incubação de empresas Fundação Edson Queiroz A Fundação Edson Queiroz FEQ, de apoio à Universidade de Fortaleza (UNIFOR) é uma instituição privada e sem fins lucrativos. Fundada em 1971, tem a missão de investir em capacitação profissional e financiar pesquisas e projetos. Com 70% da equipe de 1.200 funcionários formada por mestres e doutores, a Fundação apoiou, por exemplo, o projeto SACI (Sistema de Apoio ao Combate de Incidentes). Trata-se de um robô utilizado em missões do Corpo de Bombeiros que possui um canhão de água 21 vezes mais potente e é até 40% mais barato do que os similares existentes no mercado mundial. Desenvolvido pela Armtec Tecnologia e Robótica, a novidade figura entre os finalistas da categoria Produto. Outras inovações criadas com incen- Laboratório de testes da FEQ tivo da FEQ são o Rightdry, equipamento controlado eletronicamente responsável pela secagem de grãos, e a Válvula Edson Queiroz, sistema de conexão segura para botijões de gás. Padetec O Centro de Pesquisas do Parque de Desenvolvimento Tecnológico do Ceará Padetec, investe, há 15 anos, na incubação de empresas de base tecnológica. Até hoje, 17 empreendimentos já foram orientados pelo Centro, que atualmente abriga dez empresas incubadas e dez associadas. Um exemplo de sucesso é a Polymar Ciência e Nutrição. Incubada em 1997, criou cápsulas de óleos essenciais que, ingeridas, aromatizam todo o corpo. " O produto, lançado no mercado no início deste ano, tem como princípio ativo elementos extraídos de plantas nativas da região. Uma delas é o coentro, que possui essência similar à da lavanda. Fundado em 1991, o Padetec possui seis laboratórios de pesquisa e ocupa uma área de 1.500m2. Apenas nos últimos três anos, desenvolveu 35 novos produtos e 26 processos. Destes, nove foram patenteados junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). PRÊMIO FINEP NORDESTE PRODUTO Armtec O Corpo de Bombeiros ganhou um aliado e tanto no combate a incêndios. Desenvolvido pela Armtec Tecnologia em Robótica, o Robô SACI possui inúmeras vantagens em relação aos similares existentes no mercado mundial. Três exemplos: lança jatos com até 4.200 litros de água por minuto, o que representa potência 21 vezes maior; suporta 100ºC a mais nos circuitos e pode girar em 360º. No quesito economia, a superioridade continua. Para se ter uma idéia, o custo total de um robô do gênero fabricado na Inglaterra é de R$ 300 mil. Já o preço do SACI, de tecnologia 100% nacional, varia entre R$ 205 mil e Robô mais potente do mundo entra em ação durante teste de resistência R$ 220 mil. O produto é responsável por todo o faturamento da Armtec, que pretende lançar a versão 2.0 do Robô SACI em 2006. Atualmente, existem as versões 1.0 e 1.5. Engepetrol Laje pré-fabricada com tecnologia desenvolvida pela Impacto Protensão Impacto Protensão A utilização das caixas removíveis desenvolvidas pela Impacto Protensão reduz em até 40% os custos de fabricação de lajes pré-moldadas. Aplicadas entre as treliças, estrutura reticulada resultante do cruzamento de vigas, o produto plástico dispensa o uso de isopor ou tijolo para moldar a estrutura. Em relação ao tempo gasto, o material também é vantajoso. Um serviço que demoraria cinco dias para ser entregue fica pronto em 48 horas. Além disso, como têm funcionamento semelhante ao de formas de bolo, as caixas podem ser reaproveitadas. Carrochefe da empresa, o produto foi patenteado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e representou 30% do faturamento registrado entre abril e agosto de 2004. Cobertos por um dispositivo protetor, os cabos de transmissão de dados de poços de petróleo não correm mais o risco de amassamento. O novo produto, que envolve integralmente os tubos de produção, permite que as informações sejam transportadas com perfeição do fundo da estrutura até a superfície. Criada pela Engepetrol, a novidade gera economia de US$ 20 mil por cada mil metros de extensão. Isso porque não é mais necessário enviar o cabo para ser revestido no exterior, o que elevava os custos de US$ 6 para US$ 26 o metro. Patenteada, a inovação é responsável pelo aumento de 200% das vendas da empresa, sendo 146% para o mercado interno e 54% para exportação. A previsão é que o retorno anual seja de R$ 3,7 milhões em vendas para a indústria nacional e R$ 1,2 milhão para a internacional. Técnicos da Engepetrol fazem uso do novo produto # PRÊMIO FINEP NORDESTE PROCESSO Beraca Sabará Única fabricante nacional de dióxido de cloro para desinfecção de águas, a Beraca Sabará reduz em até 40% os gastos com a importação do produto. A substância possui duas vantagens fundamentais em relação ao cloro, normalmente utilizado: é 2,4 vezes mais eficiente e desaparece da água em menos de uma hora, enquanto o cloro pode permanecer dias na mistura. Como dilui rapidamente, o dióxido deve ser produzido no local de aplicação, problema solucionado através da utilização de quatro reatores que, abastecidos com clorato de sódio e ácido clorídrico, geram o produto. Fábrica da Beraca Sabará é a única unidade produtora de dióxido de cloro para desinfecção de águas do País A inovação, patenteada junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), já está sendo aplicada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), que atende a toda Grande Fortaleza. Biocampo Desenvolvido pela Biocampo, o processo de padronização genética de mudas de helicônias aumenta a produtividade em 30%. Flores tropicais largamente utilizadas na ornamentação de ambientes, as helicônias reproduzidas in vitro mantêm as características estéticas e são livres de pragas. Segundo o agrônomo Paulo Hercílio Viegas, responsável pelo projeto, infelizPlantação de helicônias geneticamente padronizadas $ mente o destino das plantas é geralmente o mercado externo. A estratégia se justifica, pois enquanto o consumo anual per capita nos Estados Unidos, Europa, Japão e Argentina é de US$ 80, US$ 120, US$ 130 e US$ 25, respectivamente, um brasileiro gasta em média US$ 8 com flores a cada ano. Os dados explicam nossa intenção. Fica claro que a exportação é o melhor caminho a ser seguido, afirma. ZCR Para atender às especificações do Capability Maturity Model Integration (CMMI), laudo internacional de controle de qualidade de softwares, a ZCR Informática criou um processo que irá nortear toda a produção da empresa. O CMMI é emitido pela Integrated System Diagnostics Brasil (ISD Brasil), única empresa do País reconhecida pelo Software Engineering Institute (SEI), criador do modelo. Além de oferecer credibilidade, o parecer técnico é fundamental para o sucesso da política de exportações da ZCR, que pretende entrar no mercado externo com força total este ano. Uma das exigências atendidas é a integração entre as gerências de medição e análise; monitoração e controle; garantia de qualidade; requisitos; confi- guração e projetos. O sistema permite que os profissionais envolvidos acompanhem todas as etapas de produção de um programa, desde a concepção até a conclusão do serviço. Padronização exige reciclagem dos funcionários PRÊMIO FINEP NORDESTE INOVAÇÃO SOCIAL Organização Potiguar Graças ao projeto Carnaúba Viva, realizado pela Organização Potiguar de Arte, Cultura, Desporto e Meio Ambiente, 130 trabalhadores do Rio Grande do Norte e Ceará, que não tinham fonte de renda, passaram a receber em média R$ 200 por mês. A novidade é a utilização de esteiras de palha de carnaúba, em substituição ao alumínio, para a proteção dos dutos de vapor fabricados pela Petrobras, cujas temperaturas chegam a 260ºC. Palmeira nativa da região, a carnaúba agrega valor ao produto que, devido à procura, teve o preço reajustado em 300%. A iniciativa formou oito grupos produtivos de artesanato em quatro municí- pios do Rio Grande do Norte Upanema, São Rafael, Carnaubais e Caraúbas e um do Ceará Aracati. Outros estão sendo capacitados e a expectativa é de que mais 70 pessoas sejam beneficiadas. Substituição de alumínio por palha de carnaúba gera renda para 130 trabalhadores UFBA Aulas de gestão social são diferencial da UFBA O Centro Interdisciplinar de Desenvolvimento e Gestão Social da Universidade Federal da Bahia já capacitou cerca de 350 alunos de graduação e pós-graduação em gestão social. O curso, criado em 2002, aproxima a comunidade acadêmica das estratégias de cooperação e administração de negócios voltados para comunidades carentes. Este ano, o Programa de Desenvolvimento e Gestão Social, elaborado pela Universidade, abre a primeira turma de mestrado sobre o tema. Na grade curricular da carreira estão disciplinas voltadas para o ensino de economia solidária, cooperativas populares, responsabilidade social e ONGs. Outra atividade realizada durante o curso é a residência social. Em contato direto com as comunidades locais, o estudante aprende na prática as características e atribuições de um profissional do ramo. Sertão Vivo A construção de 3.600 poços artesianos tubulares e rasos, com profundidade média de dez metros, abriu novos horizontes para a população de 87 municípios do Ceará. A inovação, desenvolvida pelo Instituto Sertão Vivo, já proporcionou o plantio de um hectare de frutas e hortaliças irrigadas no sertão do estado onde, devido à escassez de água, tal prática era impossível. Em comparação com os poços existentes antes do projeto, que têm cerca de 60 metros de profundidade, há ainda mais uma vantagem fundamental: enquanto a vazão média dos antigos é de dois mil litros de água por hora, a dos novos varia entre três mil e 92 mil. Os poços-modelo foram construídos às margens dos rios Banabuiú e Quixera- mobim e dos riachos Forquilha, Manituba, São José, Caraúna e Valentim, todos localizados no município de Quixeramobim, que possui aproximadamente 60 mil habitantes, sendo a metade moradores da área rural. Poços artesianos permitem cultura de tomate no sertão nordestino % PRÊMIO FINEP NORTE Região Norte 14 vencedores tem A Etapa Norte do Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica 2005 conheceu, no dia 26 de outubro, a ordem de classificação dos vencedores da Região. Do total de 53 inscritos, 14 disputaram os três primeiros lugares das categorias Produto, Processo, Instituto de Pesquisa e Inovação Social. A categoria Pequena Empresa teve dois finalistas. & O Amazonas, com oito projetos escolhidos, é o destaque da Etapa. Logo em seguida, aparece o Pará, com seis, e Tocantins, com um. Vencedores Pequena Empresa 1º lugar Ornatos (PA) 2º lugar Pharmakos (AM) Instituição de C&T 1º lugar Embrapa Oriental (PA) 2º lugar Fucapi (AM) 3º lugar Fundação Desembargador Paulo dos Anjos Feitoza (AM) Inovação Social 1º lugar Alunorte (PA) 2º lugar Inpa (AM) 3º lugar ACDA (PA) Processo 1º lugar CVRD (PA) 2º lugar Ceteli UFAM (AM) 3º lugar Inpa (AM) Produto 1º lugar Fundação Desembargador Paulo dos Anjos Feitoza (AM) 2º lugar Embrapa Oriental (PA) 3º lugar Pronatus (AM) Menção Honrosa Isoltech (TO) Inventor Inovador Eduardo Bretas PRÊMIO FINEP NORTE INOVAÇÃO SOCIAL ACDA Graças a um software que avalia e estimula o potencial cognitivo, duas crianças com paralisia cerebral já começaram o processo de alfabetização. Outras três estão em fase inicial de aprendizado. A Associação de Assistência à Criança Deficiente da Amazônia - ACDA, que criou o programa em parceria com o Centro de Desenvolvimento Infantil (CEDI), espera disponibilizá-lo para escolas estaduais e utilizá-lo também em casos de Síndrome de Down. A primeira das 127 telas do software apresenta a figura de uma banana e um boneco (smile) que diz o que é isto? e apresenta quatro alternativas. Como as crianças são incapazes de falar, teclar ou escrever, balançam a cabeça, piscam, sopram, enfim, emitem algum sinal quando o personagem fala a respos- ta que consideram correta. Após essa primeira etapa, desenvolvem-se conhecimentos de cores, letras, sílabas e frases. Software estimula potencial de crianças deficientes INPA Índios extraem mel em uma das comunidades atendidas A inovação social do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA consiste em estimular a cultura de criação de abelhas sem ferrão para a extração do mel em três comunidades indígenas do Amazonas: Ticuna, Cocama e Mura. Inicialmente, foram construídas 300 colméias, sendo 100 em cada comunidade. Para que as aldeias passem a ser auto-suficientes, os índios rece- beram treinamento, equipamentos e terão minioficinas de marcenaria, o que garantirá a independência na confecção de colméias. No Amazonas, o preço do litro de mel varia de acordo com a qualidade do produto e vai de R$ 5 a R$ 50. A produção total, de até 900 litros por ano, atende o consumo nas tribos e gera comércio entre as comunidades vizinhas. Alunorte Os tubos de aço utilizados pela Alunorte na fabricação de alumínio ganharam uma nova função que já beneficia mais de dez famílias paraenses. O material sucateado cai como uma luva na construção de estufas, pois, além de cumprir o papel de sustentar a estrutura, ainda reduz o custo total do metro quadrado de R$ 80 para R$ 4. Para possuir uma estufa, o agricultor local interessado em plantar hortaliças, por exemplo, deve estar inscrito na Cooperativa de Extrativismo e Desenvolvimento Agrícola de Barcarena (CEDAB) e desembolsar cerca de R$ 1,2 mil, valor 20 vezes inferior ao de mercado. Há ainda a opção de fazer o pagamento por meio da produção obtida, que, nesse caso, é revendida pela CEDAB. Hoje, existem 15 estufas prontas, 12 em construção e 15 já projetadas. Cada uma possui 315m e cerca de 60 tubos, de 7,5m. Como as estruturas resistem à chuva, os agricultores podem plantar o ano inteiro. O faturamento atual bruto alcançado pelas famílias, juntas, é de R$ 16 mil por mês em média. Estufa construída com tubos de aço da Alunorte é 20 vezes mais barata ' PRÊMIO FINEP NORTE PROCESSO Ceteli A Philips MDS Manaus comemora a redução de 3% no custo de embalagem e transporte de telas de cristal líquido para celulares. O mérito, porém, é dos pesquisadores do Centro de Tecnologia Eletrônica e da Informação Ceteli da Universidade Federal do Amazonas. Terceirizados pela empresa, criaram o push car, miniveículo sobre quatro rodas capaz de armazenar com segurança 5.400 unidades do produto. O carrinho, transportado em caminhões-baú, possui sistema de amortecimento, travas de segurança e pesa 60 quilos. Com 1,5m de altura, 1,18m de comprimento e 52cm de largura, dispensa a utilização de madeira e caixas de papelão. Além disso, permite o reapro- Pesquisador do Ceteli conduz o push car veitamento das cartelas plásticas de proteção das telas, que geralmente chegavam amassadas ao destino. Nova plataforma oferece segurança e economiza tempo CVRD A manutenção de tratores com esteiras não é mais uma dor de cabeça para a Companhia Vale do Rio Doce - CVRD. Antes, a manipulação do truck, peça envolvida pela esteira, era feita por pontes rolantes com cabo de aço e gancho. O sistema girava o componente em duas etapas, primeiro em 180º e depois em 360º. O problema era o risco de acidentes, pois a estrutura não é 100% confiável para suportar trucks com mais de cinco toneladas e cerca de seis metros de comprimento. Há casos em que o cabo arrebenta ou a peça não fica na posição ideal. Mesmo o impacto causado pelos giros já acarreta danos ao patrimônio e perigo aos Pesquisadores tranformam pele de peixe em artigos de couro INPA O aproveitamento de pele de peixes nativos para fabricação de artigos de couro abre uma nova perspectiva para o comércio da Região Amazônica. A técnica desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPA une o útil ao agradável. Ao mesmo tempo em que explora um componente subtilizado e abundante na região, cria uma alternativa ao couro de animais silvestres como a cobra e o jacaré. O produto, já apresentado em mostras e feiras, está em vias de ser comercializado, o que deve ocorrer ainda este ano. No âmbito do estudo, foram fabricados sapatos, cintos, jaquetas, saias, coletes e pulseiras com pele de surubim, pirarucu, tucunaré e tambaqui, entre outros. empregados envolvidos. A solução encontrada foi a construção de uma plataforma que fixa o truck nas extremidades e, através de um motor hidráulico, é capaz de girála em até 360º. O novo processo, além de seguro, reduz o tempo gasto com a manutenção em até 48 horas. Os tratores com esteiras da CVRD são o DR9 e o DR11, de 50 e 105 toneladas, respectivamente. PRÊMIO FINEP NORTE PRODUTO Fundação Paulo Feitoza Através de um sistema de captura e detecção do movimento ocular, a Fundação Desembargador Paulo dos Anjos Feitoza insere portadores de deficiência motora no mundo digital. Trata-se do Mouse Ocular, produto que transmite informações do usuário para o computador por meio de eletrodos instalados na face. Em resumo, os olhos guiam o cursor e as piscadas dos olhos direito e esquerdo assumem as funções dos botões do mouse. O módulo possui programas que permitem a edição de textos e a navegação na Internet, entre outros. Há, por exemplo, um software que simula um teclado padrão. Para escrever, basta levar o cursor até a tecla desejada e selecionar. A novidade já foi patenteada pela Fundação. Mouse Ocular promove inclusão digital Embrapa Além de tolerantes à vassoura-debruxa, os clones de cupuaçuzeiro desenvolvidos pela Embrapa Amazônia Oriental apresentam produção de frutos 40% superior à média e reduzem os custos em 50%. A variedade não tem similar no mercado e é a única imune ao fungo Crinipellis perniciosa, causador da doença que é responsável pela má formação de 65% da plantação de cupuaçu do Amazonas. A fruta, rica em fósforo e vitamina C, é largamente utilizada em sucos, sorvetes, doces, geléias e licores, por exemplo. Entre os 46 clones de cupuaçuzeiro criados, os pesquisadores recomendam um kit composto por apenas quatro: Codajás, Manacapuru, Coari e Belém. Pronatus A Pronatus da Amazônia se inspirou na lenda indígena da árvore mulateiro e desenvolveu um produto rejuvenescedor que agradou em cheio aos consumidores. Trata-se do Creme Revitalizador Mulateiro Anti-Aging, que foi aprovado por 37 dos 40 participantes do teste de qualidade encomendado pela empresa. Ao contrário dos similares hoje no mercado, o novo creme pode ser usado a qualquer hora do dia ou da noite e permite o uso de filtros solares. O diferencial da planta é a presença de fenóis, um tipo de molécula orgânica com forte potencial antioxidante que impede o envelhecimento das células ao deter a ação dos radicais livres de oxigênio. Segundo a lenda, as índias guerreiras da Amazônia se mantinham jovens e belas porque faziam uso de banhos das cascas do mulateiro. Clones de cupuaçuzeiro: maior proteção e menor custo MENÇÃO HONROSA Mulateiro pode ser utilizado a qualquer hora do dia ou da noite A Isoltech Tecnologia Ecoisolantes criou um inédito conjunto de polímeros isolantes para sistemas de cabeamento de redes de distribuição de energia elétrica que poderá atender 30% do mercado interno até o final de 2006. São vários os diferenciais do produto: reduz em 33% o custo por quilômetro; tem capacidade de isolamento 62% maior; diminui em 40% o tempo de instalação; possui metade do peso, apenas 12 kg; é 100% reciclável e não agride o meio ambiente. PRÊMIO FINEP NORTE INSTITUIÇÃO DE C&T Embrapa O Núcleo Temático de Biologia Aplicada da Embrapa Amazônia Oriental, que tem como objetivo viabilizar soluções para o desenvolvimento sustentável da região, possui 13 produtos e 14 processos criados apenas nos últimos três anos. As principais cadeias produtivas atendidas são as do açaí, cupuaçu, pimenta-do-reino, milho, mandioca, tomate e jambu. No caso do cupuaçu, foram desenvolvidos clones de cupuaçuzeiro tolerantes à vassoura-de-bruxa. O resultado alcançado é animador: aumento de 40% da produção de frutos e economia de cerca de 50% com gastos relativos ao combate à doença. Outro exemplo é a criação de híbridos de banana resistentes ao mal-do-Panamá e às sigatokas amarela e negra, doenças que reduzem a produção em até 50%. Fachada da Embrapa Amazônia Oriental Fucapi Fucapi já atendeu 30 micro e pequenas empresas Fundação Paulo Feitoza Os softwares A Voz do Mudo, que decodifica a linguagem de sinais para sons digitalizados, e Mouse Ocular, que permite o controle do cursor do mouse padrão através de piscadas e movimentos dos olhos, são algumas das inovações tecnológicas desenvolvidas pelos pesquisadores da Fundação Desembargador Paulo dos Anjos Feitoza. Na área de inclusão social, a Fundação assinou recentemente convênio com a Suframa e a Prefeitura de Manaus para instalação de 14 Centros de Treinamento em Informática. Em um ano, pretende-se atender 25 mil alunos, mas a idéia é expandir o benefício para toda a rede municipal de ensino, que possui cerca de 255 mil estudantes. Instituição privada e sem fins lucrativos, a Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica Fucapi tem como missão o desenvolvimento de pesquisas e prestação de serviços tecnológicos e educacionais voltados para empresas e organizações da Região Amazônica. Somente por meio do Programa Nacional de Apoio Tecnológico à Exportação (Progex), a Fundação já atendeu 30 micro e pequenas empresas amazonenses, que foram orientadas a adequar um total de 49 produtos para aceitação no mercado internacional. Graças ao apoio, 12 dessas instituições exportaram, juntas, o montante de US$ 395 mil em 2004. A Fucapi nasceu em 1982 e possui 39 patentes registradas. Mouse Ocular sendo utilizado por um dos pacientes PRÊMIO FINEP NORTE PEQUENA EMPRESA Ornatos A Ornatos Embalagens atua, há três anos, no ramo de embalagens artesanais. O pouco tempo, porém, não esconde a vocação empreendedora da empresa, que já possui uma linha de 100 produtos e apresentou faturamento de R$ 86 mil em 2004. Entre os itens desenvolvidos estão caixas para jóias, sacolas de papel, blocos de anotações, pastas para eventos e sachês, tudo produzido com matérias-primas naturais da Amazônia. Um dos destaques é a embalagem Sachê Folha, fabricada com folha desidratada e fibra de açaí. O governo do Amazonas, secretarias estaduais e municipais, hotéis, empresas de cosméticos e perfumarias são alguns dos clientes da Ornatos. Composição do Júri Claudio Ribeiro Cavalcanti Universidade Federal do Pará UFPA Sachê Folha, produzida com fibra de açaí Pharmakos Sabonete de crajiru, um dos 30 itens da linha de produtos da Pharmakos A Pharmakos dAmazônia é uma empresa familiar que fabrica fitoterápicos e fitocosméticos somente com insumos encontrados na floresta amazônica. Desde a fundação, em 2001, o faturamento da Pharmakos só cresce. Para se ter uma idéia, os números foram R$ 500 mil, em 2002, e R$ 1,15 milhão, em 2004. Incubada no Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (CIDE), a empresa produz mensalmente 60 mil unidades de uma linha de 30 produtos, como o antiinflamatório reumatigel, a parafina bronzeadora com óleo de urucum, a pomada de copaíba e o óvulo de crajiru, produto inédito usado no tratamento de cervicites e vaginites. Fernando Teruó Yamada Conselho Deliberativo do SEBRAE/PA Gualter Parente Leitão Instituto Euvaldo Lodi/FIEPA/PA Henrique Adolpho Oliveira de Mattos Petrobras/UN-BSOL João César Dotto Fundação de Tecnologia do Estado do Acre FUNTAC Júlio César Imenes Financiadora de Estudos e Projetos FINEP Manoel Henrique Reis Nascimento Instituto Euvaldo Lodi/FIEAM/AM Maria Luiza de A. Picanço Meleiro Caixa Econômica Federal CEF Marly Guimarães Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas Paulo Roberto Tosta da Silva Financiadora de Estudos e Projetos FINEP Simone de Araújo Góes Assis Instituto Euvaldo Lodi IEL Nacional Coordenação do Prêmio FINEP Região Norte Palmira Moriconi [email protected] INVENTOR INOVADOR Eduardo Bretas O representante da Região Norte na categoria Inventor Inovador é o engenheiro mecânico Eduardo Bretas. Entre outras invenções, criou e patenteou, em parceria com Maria Lelia Lisboa Belo, o Sistema de Extração e Refrigeração Instantânea para Água de Coco, conhecido como Coco Express. O produto é encontrado em mais de mil pontos de venda distribuídos pelo Brasil e está presente em 17 países. A idéia, conta Bretas, surgiu há dez anos em uma fila de banco em Manaus. Na ocasião, percebeu o sucesso de um ambulante que aproveitava o dia ensolarado para vender coco, guardado em isopor e gelo. Os clientes faziam as mesmas perguntas: Está gelado? Tem bastante água?. Resultado: em apenas dois anos, o Coco Express gerou um lucro bruto de R$ 5 milhões. Hoje, nossos licenciados chegam a vender 500 cocos por dia, comemora. ! PRÊMIO FINEP SUDESTE Disputa acirrada marca Os seis representantes da Região Sudeste na disputa pelo Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica Etapa Nacional foram: Ouro Fino (Grande Empresa), Apilani (Pequena Empresa), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Instituição de Pesquisa), Centro de Tecnologia Mineral (Inovação Social), Companhia Siderúrgica de Tubarão (Processo) e Robert Bosch (Produto). A disputa por estados foi acirrada entre São Paulo e Rio de Janeiro. As empresas paulistas lideraram com sete vencedoras, enquanto os cariocas tiveram seis. O Espírito Santo com três e Minas Gerais com duas completam a lista. Ao todo, a região teve 273 candidatos. Na categoria Inven" tor Inovador, o representante do sudeste foi Kentaro Takaoka, vencedor da Etapa Nacional. Região Sudeste Vencedores Produto 1º lugar Robert Bosch (SP) 2º lugar Caliman (ES) 3º lugar Trilha (RJ) Pequena Empresa 1º lugar Apilani Máquinas (RJ) 2º lugar Adespec (SP) 3º lugar Griaule (SP) Processo 1º lugar CST (ES) 2º lugar Carboderivados (ES) 3º lugar Siemens (SP) Instituição de Pesquisa 1º lugar INPE (SP) 2º lugar Bio-Manguinhos (RJ) 3º lugar UFMG (MG) Média/Grande Empresa 1º lugar Ouro Fino (SP) 2º lugar Nortec (RJ) 3º lugar V&M do Brasil (MG) Inovação Social 1º lugar CETEM (RJ) 2º lugar CDI (RJ) 3º lugar CEAT (SP) Inventor Inovador Kentaro Takaoka PRÊMIO FINEP SUDESTE PEQUENA EMPRESA Apilani Adespec Colas especiais que não fazem mal à saúde e podem ser usadas tanto em processos pesados da construção civil e do setor industrial, quanto em pequenos reparos em domicílios. É o que oferece a Adespec, primeira empresa no Brasil a desenvolver uma linha de adesivos de alto desempenho feitos à base de água e livres de solventes. Um dos destaques é o prego líquido. Trata-se de uma cola que substitui pregos e martelos na hora de construir, reformar e decorar ambientes. O adesivo especial é indicado para unir os mais diversos materiais, como madeira, cerâmica, azulejo, concreto, fórmica, gesso, espelho, isopor, pedra, vidro e metais. Produtos semelhantes já são utilizados na Europa e nos EUA, por apresentarem as vantagens de não agredirem o meio ambiente, não serem inflamáveis e não apresentarem riscos à saúde dos usuários. O último lançamento da Adespec é um adesivo à base de poliéster siloxano, que substitui com vantagens os silicones e poliuretanos na construção civil. Em comparação ao silicone, é cinco vezes mais forte e pode ser pintado. Quanto ao poliuretano, as vantagens estão em poder ser aplicado em lugares úmidos, colar metais e plásticos, além de ser duas vezes mais forte. O adesivo inovador é aplicado, por exemplo, na instalação de pisos e cerâmica. Em 2004, a Adespec investiu 85% do faturamento de R$ 310 mil em pesquisa e desenvolvimento. Já no ano passado, os números foram 56% e R$ 760 mil, respectivamente. Pesquisadora da Adespec trabalha no desenvolvimento de colas especiais O segundo lugar alcançado pela Apilani em 2004 não foi por acaso. Nascida em 1983, a empresa venceu a categoria Pequena Empresa Etapa Sudeste e se consolida como importante aliado da indústria nacional de mel, que está entre as dez maiores exportadoras do mundo. A linha de produtos, que possui seis patentes obtidas junto ao INPI, conta, por Centrífuga conserva as exemplo, com uma centrífu- propriedades originais do mel ga para extração de mel. As máquinas convencionais alteram o sabor, a espessura e o aroma do alimento. Já a nossa, evita o choque e conserva as propriedades originais do mel, explica José Vilani, presidente da empresa. A máquina foi apresentada na Feira Internacional de Apicultura, ocorrida em agosto de 2005 em Dublin, na Irlanda. Na ocasião, a Apilani foi a única brasileira do ramo a se apresentar. Segundo José, o diferencial da empresa é a vocação tecnológica. Não copiamos soluções prontas. Observamos as demandas e desenvolvemos inovações apropriadas para cada realidade, afirma. A média de faturamento anual da empresa é de R$ 170 mil e 33% deste valor é aplicado em pesquisa e desenvolvimento. Griaule As tecnologias desenvolvidas pela Griaule podem pôr fim, em curto prazo, ao pesadelo de termos que memorizar senhas e mais senhas em nosso cotidiano. Focada na produção de softwares para reconhecimento de pessoas através de impressões digitais, a empresa já disponibiliza um sistema de banco de dados automático, no qual o usuário apenas encosta o dedo cadastrado em um scanner digital e é reconhecido em no máximo três segundos. Trata-se do GrFinger, que é comercializado no site da empresa (www.griaule.com) e foi considerado pelo FBI (Federal Bureau of Investigation EUA) como um dos oito programas do gênero mais eficientes do mundo. Cada licença custa cerca de U$ 50, preço que inclui a biblioteca do programa, ou seja, quem compra pode escolher quais os dados e comandos considera necessários. Em similares estrangeiros, essa biblioteca custa entre U$ 1 mil e U$ 1,5 mil. O serviço já é utilizado pelas secretarias de segurança pública dos estados de São Paulo, Tocantins, Goiás e Rondônia para emissão de identidades e carteiras de habilitação, por exemplo. Com o software, Scanner digital reconhece usuário em até três segundos a ficha pessoal dos identificados é armazenada e facilmente encontrada através da impressão digital. O Detran de Pernambuco e Mato Grosso do Sul, as universidades de Campinas e São Lucas (RO) e academias, clubes, locadoras e empresas também usam o sistema, que é vendido para os EUA e também países da Europa, América do Sul e Ásia. Com dez anos de idade e há três incubada na Unicamp, a empresa aloca dez dos 18 empregados diretamente no setor de pesquisa e desenvolvimento. # PRÊMIO FINEP SUDESTE MÉDIA/GRANDE EMPRESA V&M Brasil Fundada em 1952 para atender às necessidades da emergente indústria petrolífera nacional, a V&M do Brasil detém 95% do mercado brasileiro de tubos de aço. Subsidiária da Vallourec & Mannesmann Tubes na América do Sul, a empresa faturou R$ 1,8 bilhão em 2004, sendo que 25% desse valor são resultado de exportações. Uma das prioridades da V&M do Brasil é a preocupação ambiental. Graças à manutenção de 106 mil hectares de florestas de eucalipto, posteriormente transformado em carvão vegetal, a empresa é a única fabricante de tubos de aço no mundo a utilizar energia 100% renovável no processo produtivo. Vale ressaltar que cada tonelada de aço produzida com carvão vegetal evita o acúmulo de 1,8 tonelada de CO2 na atmosfera, o que contribui para redução do aquecimento global. Com capacidade para produzir 500 Fábrica da V&M produz até 500 mil toneladas de aço sem costura por ano mil toneladas de tubos de aço sem costura por ano, a Usina Barreiro, localizada em Belo Horizonte (MG), é o principal complexo industrial da V&M do Brasil e ocupa uma área de 3 milhões m2. A produção atende às demandas dos setores de óleo e gás, automobilístico e indústria de base, entre outros. Nortec Especializada na produção de princípios ativos farmacêuticos, a Nortec Química possui cerca de 200 clientes no Brasil e no exterior. Na lista, estão os laboratórios Pfizer, Merck, Roche, Aventis, Cristália, Medley e Eurofarma, que têm à disposição a maior linha de produtos do gênero do País. Além dos 43 princípios ativos já no mercado, há mais 31 sendo desenvolvidos, afirma Marcus Soalheiro Cruz, diretor de pesquisa e desenvolvimento da empresa. Princípio ativo, explica Marcus, é uma substância fundamental para a efi- princípios ativos é a xilocaína. Fomos pioneiros na síntese de xilocaína no Brasil. Hoje, nossos laboratórios não precisam mais importar o produto, comemora. Criada em 1985, a Nortec também desenvolve princípios ativos para medicamentos cardiovasculares, anti-HIV, Equipe da Nortec produziu a maior linha de descongestinantes e antivirais, príncípios ativos do País entre outros. Empresa 100% cácia de determinado remédio. No caso nacional, registrou faturamento de R$ 40 de anestésicos, por exemplo, um dos milhões em 2004. Ouro Fino $ Sediado em Ribeirão Preto (SP), o Grupo Ouro Fino é líder do mercado nacional de produção e comercialização de produtos farmacêuticos para saúde animal. Criada em 1987, a empresa alcançou, em 2005, faturamento de cerca de R$ 120 milhões. Para 2006, a expectativa é de que o faturamento chegue a R$ 160 milhões. No mínimo 5% do que arrecadamos é investido em pesquisa e desenvolvimento (P&D), afirma Fábio Lopes Júnior, diretor financeiro. Entre os produtos desenvolvidos estão o Colosso, carrapaticida bovino 40% mais eficiente do que os similares. O segmento de medicamentos para pequenos animais, como cães e gatos, é responsável por 13% das vendas, enquanto as exportações representam 15%. Atualmente, a empresa, que possui cinco patentes registradas no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), conta com cinco laboratórios de P&D, onde estão alocados 40 dos 450 empregados. 5% do faturamento da Ouro Fino é investido no desenvolvimento de novos produtos PRÊMIO FINEP SUDESTE PROCESSO Carboderivados CST Ao transformar piche líquido em piche esferoidal, a Carboderivados criou um produto inédito que, além de reduzir os riscos de acidentes ocupacionais, facilita o processo de fabricação de materiais refratários, como cerâmica, vidro e tijolo. Por definição, materiais refratários são aqueles que não acumulam calor e resistem a temperaturas elevadas. NormalmenFábrica da Carboderivados, no te, o manuseio não município de Serra, Espírito Santo cuidadoso do piche moído, largamente utilizado pela indústria do setor, provoca queimaduras de intensidades variadas. Por ser esférico e medir até 0,7mm de diâmetro, o esferoidal apresenta uma superfície de contato praticamente desprezível, o que reduz em aproximadamente 100% os acidentes de trabalho. Outra vantagem gerada pelo tamanho e formato do produto é a capacidade de homogeneização dos grãos, que se agregam facilmente aos elementos que compõem os materiais refratários. O processo de obtenção do piche esferoidal possui três fases. Na primeira, o piche líquido é submetido a uma temperatura de cerca de 350ºC. Em seguida, é pressurizado e, por fim, pulverizado. Responsável por 2,61% do faturamento da empresa, de aproximadamente R$ 90 milhões, o piche esferoidal atende integralmente a demanda do mercado interno. A Companhia Siderúrgica de Tubarão CST, em parceria com a KAEME Consultoria, tornou a escória de aciaria apta para substituir a brita na construção de rodovias. Nocy Oliveira da Silveira, executivo de vendas da empresa, explica que a escória é um dos subprodutos da fabricação de aço. "O que fazemos é transformá-la em acerita, como é conhecido o resíduo tratado". O novo produto já foi utilizado com sucesso na pista do Aeroporto de Vitória e nas vias internas do Terminal Industrial Multimodal da Serra Capixaba. Mensalmente, a CST produz 40 mil toneladas de escória de aciaria, que antes era utilizada na regularização de vias e pátios. "Não podíamos usar o material em rodovias asfaltadas, pois, em contado com a chuva e a umidade do ar ou do solo, a escória cresce aproximadamente 7% em volume, o que tornaria os asfaltos irregulares", afirma Nocy. A solução encontrada foi desenvolver um processo industrial capaz de acelerar a hidratação dos resíduos, para que ocorra antes da aplicação em pavimentos. Após tratado, a porcentagem de crescimento é de, no máximo, 3%, valor que está de acordo com as exigências das normas rodoviárias brasileiras. A CST é responsável por 15% da produção de aço do Brasil e apresenta receita líquida anual de US$ 1,8 bilhão. Siemens Padronização de processos é responsável por aumento da produção Visão aérea do complexo industrial da CST, no Espírito Santo Após a implantação de uma nova metodologia de trabalho, chamada Standard Design Platform (SDP), tanto a capacidade de produção quanto as vendas da Área de Transformadores da Siemens do Brasil duplicaram. Iniciada em 2001, a padronização de processos fez o faturamento anual subir de R$ 130 milhões para R$ 300 milhões. Responsável pela fabricação de transformadores, o setor, que antes produzia sete mil megavolts-ampères (MVA), hoje produz 18 mil MVA. "Nosso trabalho se divide em antes e depois da SDP. Para se ter uma idéia, o tempo médio gasto com a engenharia de um produto era de 2400 horas e agora, de 800", afirma Paulo Avelino, gerente de projetos da unidade de produção de Jundiaí, em São Paulo. O novo modelo de trabalho, conta Paulo, mudou o conceito de especialização e a estrutura organizacional de cada projeto. "Com o esquema piramidal, não havia integração entre os envolvidos na fabricação de determinado produto. Cada profissional era responsável por uma parte do processo. Após a SDP, o sistema passou a ser matricial, que possibilita a troca de recursos e soluções entre todos e em qualquer etapa de produção." O sucesso alcançado no Brasil fez a Siemens expandir a tecnologia de gestão para todas as unidades do mundo. % PRÊMIO FINEP SUDESTE PRODUTO Caliman Criado pela Caliman Agrícola em parceria com a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), o primeiro híbrido nacional do mamão pode tornar o País auto-suficiente na produção da fruta e gerar uma economia de US$ 2 milhões com importações de sementes. Até hoje, o Brasil produzia apenas o mamão papaya, facilmente encontrado nos mercados. Batizado como UENF/Caliman 01, o híbrido concorre principalmente com o mamão tainung, da classe formosa, trazido de Taiwan. Resultado de cruzamentos genéticos entre diversos tipos de mamão, a nova fruta é 20% mais doce do que a importada e pesa 1,1kg em média, contra os cerca de 2,5kg do tainung. A tendência é que o consuPlantação do UENF/Caliman 01, primeiro híbrido nacional do mamão midor brasileiro, acostumado com o papaya, de aproximadamente 500g e sabor similar ao UENF/ sil. Desses, 22 mil são da classe papaya e oito mil da formosa, Caliman 01, aprove a novidade. importada. Para alcançar a auto-suficiência, basta que os proLançado em junho deste ano, o híbrido já está sendo codutores brasileiros substituam as sementes estrangeiras pelas mercializado e tem custo equivalente ao papaya. Observamos o nacionais. Potencial nós temos. A Caliman já possui quantidanicho no mercado. Era inadmissível termos apenas uma variedades suficientes de sementes para suprir a demanda desses oito de de mamão, explica Messias Gonzaga Pereira, pesquisador da mil hectares, afirma Messias. O UENF/Caliman 01 está plantaUENF e coordenador do projeto, denominado Frutimamão. do em 250 hectares, distribuídos pelo Rio Grande do Norte, Atualmente, há 30 mil hectares da fruta plantados no BraBahia e Espírito Santo. Trilha Capazes de se adaptarem aos modelos produtivos de cada empresa, os simuladores Trilha representam 70% do faturamento anual da Trilha Desenvolvimento de Projetos, de aproximadamente R$ 1,8 milhão. O software, desenvolvido com a tecnologia see the future, do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), é capaz de simular situações e indicar o caminho mais confiável para a realização de determinada tarefa. & Por exemplo, se uma fábrica precisa entregar um projeto daqui a 15 dias e insere no programa informações como número de empregados envolvidos, quais máquinas serão utilizadas e quantidade de material disponível, saberá, com antecedência, se o prazo será cumprido, qual será o gasto e o que é recomendável alterar no processo de produSimuladores Trilha representam 70% ção. Além disso, o programa possui a do faturamento da empresa vantagem competitiva de levar em consideração as particularidades de cada empresa. Os simuladores desenvolvidos por nós são abertos a novas diretrizes de programação. Podemos alterá-los de acordo com as necessidades do cliente, afirma Ricardo Sarmento, autor da tese de doutorado que originou a criação do produto e coordenador técnico da empresa. A licença mais o serviço de implantação e aprimoramento de um simulador Trilha custa cerca de R$ 90 mil reais. O preço de similares importados é semelhante, mas esses softwares não são adaptáveis a todos os processos produtivos. Apesar de possuírem uma extensa PRÊMIO FINEP SUDESTE PRODUTO Bosch A Robert Bosch vence a caModelos com injeção tegoria Produto com um sistema eletrônica Flex Fuel da de injeção eletrônica Flex Fuel Robert Bosch para automóveis. Graças à inovaVolkswagen: Fox, Polo e ção, inserida no mercado há dois Crossfox; anos, os usuários não precisam Chevrolet (GM): Astra escolher entre veículos a álcool ou e Zafira; a gasolina, pois a estrutura suPeugeout: 206; porta ambos os combustíveis e Fiat: Idea qualquer mistura entre eles, tudo no mesmo tanque. O primeiro carro em série equipado com o sistema da empresa foi desenvolvido para a Wolkswagen. Trata-se de um Fox 1.6, lançado em 2003. Hoje, há sete modelos disponíveis no mercado com nossa tecnologia e mais dez estão em fase final de produção, afirma Marcelo Brandão, chefe de engenharia da Robert Bosch. Assim, a empresa entra definitivamente na disputa pelo setor. Para os usuários, resta avaliar qual combustível deve utilizar em determinada situação. Se quiser economizar, deve optar pelo álcool quando o preço estiver no mínimo 70% mais baixo. Os que não gostam de parar no posto com freqüência, devem optar pela gasolina, que possui 30% a mais de energia por litro e por isso consome menos. A durabilidade do veículo é garantida pelos fabricantes seja qual for o combustível ou mistura escolhida. Há 50 anos no Brasil, a Robert Bosch América Latina integra um dos maiores grupos industriais do mundo, que em biblioteca de informações, um detalhe específico pode não estar previsto. Como os programas são fechados, não há como solucionar o problema e, no fim das contas, quem precisa se rearrumar é a fábrica, explica Ricardo. Criada em 1998, a Trilha é a primeira empresa incubada pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e tem como clientes as multinacionais Nokia, Sony, Siemens e Honda, entre outros. 2004 registrou faturamento de 40 bilhões. Presente nos cinco continentes, o Grupo Bosch investe 7% desse valor em pesquisa e desenvolvimento, setor responsável pela aprovação de aproximadamente 2.800 novas patentes. No Brasil, a empresa emprega cerca de 11.700 pessoas e mantém unidades fabris em São Paulo, Paraná e Bahia. Faturou R$ 3,6 bilhões em 2004. Composição do Júri Heloísa Regina Guimarães de Menezes Instituto Euvaldo Lodi/MG Armando Augusto Clemente Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro Osvaldo Luiz Guimarães Fernandes FIRJAN Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro Guilherme Henrique Pereira Secretaria de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo Hugo Borelli Resende Embraer Augusto Henrique Brunow Barbosa Chronus André Nunes FINEP Financiadora de Estudos e Projetos Yvanna Miriam Pimentel Moreira FIEES Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo Eduardo da Mota Jardim Petrobras Prof. José Aurélio Bergmann UFMG Universidade Federal de Minas Gerais Jacqueline Marie W. Nascimento CEF Caixa Econômica Federal João Luiz Hanriot Selasco INT Instituto Nacional de Tecnologia Guilherme Ary Plonski IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas Vittoria Cerbino FINEP Financiadora de Estudos e Projetos José Antonio Bof Buffon Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo S/A Marcelo Dini Oliveira SEBRAE/SP Álvaro Antônio Saldanha Machado Fundação Belgo Mineira - Grupo Arcelor Coordenação do Prêmio FINEP Região Sudeste Mário Cumeira [email protected] ' PRÊMIO FINEP SUDESTE INSTITUIÇÃO DE PESQUISA Bio-Manguinhos Responsável pela fabricação de 93 milhões de doses de vacinas em 2004, cerca de 45% do total produzido no País, o Instituto Bio-Manguinhos é o principal fornecedor do Ministério da Saúde. Entre as doenças combatidas estão a difteria, o tétano, a coqueluche, a meningite, a poliomielite, a febre amarela, o sarampo, a rubéola e a caxumba. Um dos estudos em andamento no Instituto é a criação de uma nova vacina contra a Neisseria meninigitidis sorogrupo C, uma bactéria que causa meningite principalmente em crianças com menos de dois anos. Para isso, o Bio-Manguinhos, em parceria com pesquisadores do Food and Drug Administration (FDA), dos EUA, desenvolvem uma inovadora metodologia baseada em tecnologia de conjugação. A novidade permite a ligação química estável entre duas moléculas, o polissacarídeo da bactéria e uma proteína, levando à obtenção de um conjugado capaz de imunizar as crianças e induzir memória imunológica. UFMG ! Bio-Manguinhos é responsável por 45% da produção de vacinas do País Apenas com a exportação de vacinas contra a febre amarela, o Bio-Manguinhos vendeu mais de 26 mil doses em 2004, o equivalente a cerca de R$ 56 mi- A Universidade Federal de Minas Gerais UFMG é a segunda instituição de ensino superior do Brasil em número de patentes, com 159 registros obtidos, dos quais 24 internacionais. O resultado, afirma o pró-reitor de pesquisa, José Aurélio Bergmann, é um dos frutos da criação da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CT&IT), em 1997. Idealizada para fomentar o desenvolvimento de inovações tecnológicas na UFMG, a CT&IT atua como um escritório de patentes, responsável pela disseminação da cultura de propriedade intelectual, pela proteção do conhecimento e pela comercialização das inovações geradas na Universidade. Como resultado do esforço tecnológico, a UFMG possui 587 grupos de pesquisa que atuam nas três grandes áreas do conhecimento: Ciências da Vida (36,5%), Ciências da Natureza e Engenharias (30,3%) e Humanidades (33,1%). Os setores congregam 2.362 pesquisadores, sendo 1.512 doutores. Juntos, desenvolvem 3.044 projetos em 911 linhas de pesquisa. Em relação a produção bibliográfica, a Universidade é a quarta instituição brasileira em textos científicos indexados pelo Institute of Scientific Pesquisa é uma das Information (ISI), com 5,5% do prioridades da UFMG total produzido no País. Outra característica marcante da UFMG é o incentivo ao processo de transferência de tecnologias, que levou 13 das patentes obtidas para o setor empresarial. Atualmente, a incubadora de empresas INOVA-UFMG possui 11 incubadas. lhões. Em relação a importações, o número é menor a cada ano. Em 2003, foram importadas 85 milhões de doses e, ano passado, 15 milhões. INPE Dados ambientais disponíveis no Portal do INPE (www.inpe.br) Única instituição da América Latina capaz de fazer previsões meteorológicas com até sete dias de antecedência, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE possui mais de 600 plataformas de coleta de dados ambientais distribuídas pelo território nacional. As imagens e informações obtidas estão disponíveis no site www.inpe.br. Desde 1993, o Instituto colocou em órbita quatro satélites, sendo dois de coleta de dados, o SCD-1 e o SCD-2, e dois de sensoriamento remoto, lançados em parceria com a China, o CBERS-1 e CBERS-2. Lançaremos mais um em 2006, o CBERS-2B, e em 2008 e 2011, respectivamente, os CBERS-3 e 4, afirma Nélia Ferreira Leite, coordenadora de Relações Institucionais do INPE. O potencial instalado promove a realização de 29 programas e projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em coleta de dados. Entre eles, estão o monitoramento em tempo real de queimadas, registro do desflorestamento da Amazônia e previsão oficial do tempo e clima do Brasil. O INPE ainda possui unidades no exterior, como a estação instalada na Antártida, para estudos atmosféricos. PRÊMIO FINEP SUDESTE INOVAÇÃO SOCIAL CETEM CEAT O projeto Produção Limpa e Geração de Empregos no Setor de Rochas Ornamentais, desenvolvido pelo Centro de Tecnologia Mineral CETEM, é responsável pelo retomada de crescimento de 82 pequenas serrarias de rocha ornamental do noroeste do Rio de Ja- Unidade de produção neiro. Ameaçadas de falência, hoje as empresas, juntas, apresentam faturamento médio de R$ 3,5 milhões por mês. Além disso, a iniciativa gerou cerca de 600 empregos diretos. Idealizado para alavancar a indústria do setor, o projeto capacita o corpo funcional das serrarias e, assim, torna os empreendimentos auto-sustentáveis. Um novo modelo de assistência a desempregados, adotado em 2003 pelo Centro de Atendimento ao Trabalhador CEAT, já inseriu 16 mil paulistanos no mercado de trabalho. Não apenas intermediamos o contato entre as empresas e os candidatos. Além de cursos de capacitação, oferecemos programas de desenvolvimento pessoal e observamos qual perfil é mais indicado para cada vaga oferecida, explica Paula von Kostrisch, gerente de tecnologias para inclusão social. Com seis unidades instaladas na periferia de São Paulo, o CEAT, em parceria com igrejas católicas locais, ajuda pessoas em qualquer nível de instrução. Quando alguém nos procura, é entrevistado por um orientador, que avalia o candidato em todos os níveis, da capacitação profissional à condição psicológica, afirma Paula. Até hoje, mais de 265 mil pessoas já passaram pelo Centro. Um dos programas promovidos pelo CEAT é o Sala de Talentos. Se uma empresa disponibiliza 20 vagas, por exemplo, forma-se uma turma com 60 candidatos, que recebem orientações sobre as tarefas relacionadas ao emprego oferecido, como devem ser o visual e o comportamento durante a entrevista com o empregador. Após avaliação dos orientados, os 20 mais aptos são encaminhados para preencherem as vagas. A Oficina de Negócios, por sua vez, estimula o espírito empreendedor nos inscritos, que aprendem como gerenciar seu próprio negócio. Há ainda o Time do Emprego, no qual cerca de 30 participantes ficam atentos às vagas para a profissão de cada integrante da equipe. CDI de uma das serrarias apoiadas Nosso objetivo é colaborar com as micro e pequenas empresas do setor mineral. Para isso, oferecemos apoio tecnológico para o desenvolvimento de melhorias nos processos e orientações de como lidar com o mercado e aliviar impactos ambientais, afirma Carlos Peiter, coordenador do projeto. O Comitê para Democratização da Informática CDI é a primeira Organização Não-Governamental (ONG) da América Latina focada na inclusão digital. Sem fins lucrativos, a instituição criou 965 Escolas de Informática e Cidadania (EIC) em 19 estados brasilei- CDI promove inclusão digital em 19 estados brasileiros ros e no México, Colômbia, Chile, Uruguai e Argentina. Baseados em conceitos do educaPossui ainda escritórios na África do Sul, dor brasileiro Paulo Freire, a proposta Japão e Estados Unidos. político-pedagógica do CDI estimula os O trabalho é realizado em parceria alunos a refletirem sobre a realidade da com as organizações comunitárias ou mocomunidade e transformar o cotidiano vimentos associativos, como entidades de com as ferramentas da tecnologia. Um classe, grupos religiosos, centros comuniexemplo, conta Rodrigo, é da comunitários e associações de moradores. Todas dade de Novo Horizonte, no Rio Grande as escolas são auto-sustentáveis e autodo Norte. Lá, os estudantes percebegeridas, afirma Rodrigo Baggio, diretor ram que a poluição de um rio causava executivo do CDI. Segundo ele, o papel do inúmeros transtornos e, através do comComitê é ceder computadores e capacitar putador, fizeram panfletos pedindo que membros da comunidade, que passam a a população não jogasse mais lixo no lolecionar nos cursos. Até hoje, cerca de 600 cal. Resultado: em quatro meses o promil pessoas já se formaram em uma EIC. blema foi resolvido. ! Bom atendimento é marca do CEAT PRÊMIO FINEP SUL Recorde de participações na Região Sul A ordem de classificação dos concorren- Vencedores tes ao Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica 2005, Etapa Região Sul, foi divulgada no dia 7 de novembro, em Curitiba. Com 206 inscritos, contra os 160 do ano passado, a edição 2005 bateu o recorde de participantes da Região. A cerimônia de entrega dos troféus foi realizada no Centro Integrado dos Empresários e Trabalhadores das Indústrias do Estado do Paraná CIETEP. Santa Catarina e Para! ná, com sete finalistas cada, foram os destaques da Região. Média / Grande Empresa 1º Lugar Nexxera (SC) 2º Lugar Dígitro (SC) 3º Lugar Coester (RS) Inovação Social 1º Lugar UFSC (SC) 2º Lugar Itai (PR) 3º Lugar Apesc (RS) Pequena Empresa 1º Lugar Automat (PR) 2º Lugar Identech (PR) 3º Lugar Seccional (PR) Processo 1º Lugar Braskem (RS) 2º Lugar Klabin (PR) 3º Lugar DataProm (PR) Instituição de C&T 1º Lugar Fundação Certi (SC) 2º Lugar Embrapa Uva e Vinho (RS) 3º Lugar UFSC (SC) Produto 1º Lugar Bematech (PR) 2º Lugar Cianet (SC) 3º Lugar Audaces (SC) Inventor Inovador José Carlos Bornancini PRÊMIO FINEP SUL PRODUTO Bematech A impressora fiscal térmica MP-2000 TH FI é capaz de emitir documentos fiscais - cupons e relatórios, entre outros através de um mecanismo térmico de impressão que prevê o uso da Memória Fita Detalhe (MFD). Essa tecnologia foi desenvolvida pela Bematech e permite que a segunda via do documento fiscal seja eliminada, pois os dados ficam armazenados em uma memória eletrônica. De acordo com a lei, os documentos fiscais impressos a cada venda ao consumidor devem ficar armazenados e Impressora Fiscal Térmica MP-200 disponíveis ao fisco durante cinco anos, gerando uma enorme quantidade de papel. Essa memória proporciona ao fiscal os meios de recuperar qualquer documento emitido pelo equipamento sem a necessidade de procurar a segunda via em rolos de papel armazenados pelo proprietário lojista. O contribuinte tem também as vantagens de diminuir as despesas com papel, pois serão compradas bobinas de apenas uma via, eliminando, também, as despesas com armazenamento de papel. O desenvolvimento deste produto totalmente nacional exigiu o uso de modernas técnicas e ferramentas de desenvolvimento compartilhado junto a universidades e centros de pesquisa. A substituição de importação foi levada em consideração e o mecanismo térmico (único desenvolvido no Brasil para esta aplicação) gera independência tecnológica. O produto traz ganhos e vantagens a todos os agentes envolvidos: clientes, fisco, funcionários e acionistas da empresa. Cianet O produto Switch HPNA traduz um importante passo para a tecnologia nacional que a empresa vem dando, possibilitando que a conectividade chegue a custos acessíveis às classes C e D da população, contribuindo para o processo de inclusão digital do Brasil e diminuindo a importação de produtos acabados. O objetivo é facilitar a popularização da internet. É um sistema para internet banda larga de baixo custo utilizando a tecnologia HPN, ou seja, permitindo a criação de uma rede local privativa utilizando o cabeamento telefônico, sem interferir no serviço de voz. Atualmente as aplicações deste tipo de produto são destinados a internet banda larga em condomínios horizontais e verticais e hotéis. De acordo com Norberto Dias, presidente da Cianet, "é possível desenvolver tecnologia de ponta e principalmente competitiva. Esperamos que, cada vez mais, as políticas governamentais contemplem projetos inovadores criando ins- O Switch HPNA oferece internet banda larga a baixo custo trumentos plenos para o perfeito desenvolvimento de tecnologia no Brasil". Fundada em 1994, hoje são mais de 70 mil usuários de internet atendidos no Brasil com a tecnologia da Cianet. Seus produtos são destinados principalmente para o mercado de internet banda larga, mas poderiam ser aplicados em qualquer sistema de conexão de dados. Funcionário tira foto digital para uso do software Digiflash Audaces O Digiflash é a última solução lançada pela Audaces, uma tecnologia exclusiva e patenteada pela empresa. O software digitaliza moldes através de fotografias digitais. Não é preciso se preocupar com distância, enquadramento ou perspectiva exata. Através da inteligência artificial, o sistema é capaz de eliminar a distorção, corrigir a perspectiva e gerar uma reprodução digital por meio da detecção dos contornos dos moldes. A principal vantagem do DigiFlash está na economia de tempo, já que é possível fotografar um conjunto de moldes em uma única vez. "O Digiflash, usando recursos de processamento de imagens e matemática, resolve de forma distinta e eficiente um problema que existe há décadas na indústria do vestuário: a digitalização de moldes. Acreditamos que produtos de tecnologia como o Digiflash devam ter características como simplicidade, inteligência e elegância, aliadas à eficiência. Essas são linhas básicas nas quais procuramos enquadrar nossos empreendimentos e que normalmente nos elevam a posição de destaque nos mercados em que atuamos." afirma Ricardo Luiz Delfino Cunha, diretor tecnológico da Audaces. A Audaces Automação é uma empresa 100% brasileira que há treze anos desenvolve softwares e hardwares para a indústria de confecções, calçados, móveis e transporte de cargas. Nos últimos anos, a empresa concentrou seus produtos na indústria de confecção. !! PRÊMIO FINEP SUL MÉDIA/GRANDE EMPRESA Nexxera Coester Automação Atuadores elétricos que permitem monitorização de válvulas e comportas Com mais de 40 anos de experiência na área de automação e controle, a Coester Automação S.A. é a única detentora da tecnologia da fabricação de atuadores elétricos inteligentes na América Latina, que são equipamentos que permitem motorização de válvulas e comportas. A principal função do atuador elétrico é o controle do movimento da haste da válvula. Em 2002 foi celebrado com a FINEP um novo plano de negócios 2002/2009, que tem como principal objetivo a internacionalização da empresa. Em 1975, a Coester desenvolveu os primeiros atuadores elétricos fabricados no Brasil e, a partir de 1995, foi adotado um novo posicionamento, onde a organização foi totalmente focada para o segmento de automação de válvulas. Atualmente é o único fabricante nacional que compete, em termos de tecnologia, qualidade e preço, com os principais fabricantes internacionais. Em 1998, a empresa certificou seu sistema de Garantia da Qualidade pela norma ISO 9000. Os atuadores elétricos projetados pela Coester proporcionam a operação precisa e confiável de válvulas, dampers e equipamentos do gênero. O conceito dos produtos combina robustez mecânica com o estado da arte em eletrônica, sensores, software e comunicação de dados. Dígitro !" Atuante no segmento dos fornecedores de soluções para as telecomunicações, a Dígitro é uma empresa genuinamente brasileira, sediada em Florianópolis, com escritórios em Fortaleza, Recife, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Ribeirão Preto e Porto Alegre. Movimentou cerca de R$ 74 milhões em negócios no ano de 2004 e teve um crescimento em suas vendas 30% maior que em 2003, com 108 representantes comerciais e 84 credenciadas técnicas distribuídos em todo o País. A empresa, que hoje conta com mais de 2000 clientes, se destaca pela inovação e pelo diferencial tecnológico: possui plataformas e ferramentas para teste, simulação e supervisão de centrais telefônicas. Além disso, atua no desenvolvimento próprio de sistemas de reconhecimento de fala, síntese de fala e voz so- Equipe garante o sucesso do trabalho bre IP e é líder no mercado, competindo com multinacionais do setor. De acordo com Djan de Almeida do Rosário, supervisor de marketing,"a Dígitro tem buscado, ao longo dos anos, lançar produtos nacionais com tecnologia de ponta e alto valor agregado, resultando na geração de riquezas e conhecimentos que retornam à sociedade brasileira, colaborando assim para o desenvolvimento econômico e social do nosso País." Fundada em 1992, na cidade de Florianópolis, a Nexxera é uma companhia brasileira focada no fornecimento de infra-estrutura tecnológica para integração de empresas, oferecendo ferramentas de gestão de processos financeiros e gerenciamento de dados. Entre as soluções desenvolvidas pela Nexxera estão a integração financeira e mercantil, o sistema de pagamento e cobrança eletrônica, as soluções cash management, o portal eletrônico de compras, os portais de compras públicas e privadas e as ferramentas mobile. A Nexxera iniciou suas atividades com o objetivo de entrar no mercado para fornecer tecnologia de alta qualidade a custos compatíveis à realidade das empresas brasileiras. Buscando avaliar as necessidades das empresas e instituições financeiras, adquiriu know how e conseqüente crescimento no mercado de tecnologia da informação, reduzindo a praticamente zero a necessidade de investimentos em tecnologia por parte de seus clientes que precisam conectarse a parceiros de negócios, como bancos e fornecedores. A empresa, hoje, conecta em sua rede 30 mil pontos, englobando instituições financeiras, governamentais e corporativas. Em 2004, o faturamento bruto da empresa foi de R$ 16,9 milhões e seu lucro bruto atingiu cerca de R$ 14 milhões. Já em P&D, investiu cerca de 28% do seu faturamento, com um total de 31 funcionários alocados na área, representando cerca de 17% das despesas com pessoal. Além disso, em menos de três anos, a empresa faturou 35% em novos produtos lançados no mercado e é responsável por três patentes nos últimos 10 anos. A sede da Nexxera em Florianópolis PRÊMIO FINEP SUL PEQUENA EMPRESA Automat Focada no desenvolvimento de soluções inovadoras em automação, controle e proteção, a Automat se capacitou em fornecer produtos que vão de consultorias à concepção e projeto de sistemas de controle de alto desempenho, fornecimento de equipamentos e softwares, adequação e integração de equipamentos e outros sistemas, sempre buscando novas abordagens e menor custo para seus clientes. Com 25 produtos lançados no mercado nos últimos três Técnico da Automat faz simulações do produto anos, a Automat possui hoje mais de 400 sistemas implantados e do faturamento total da empresa em cerca de 2.500 equipamentos de sua 2004, 93,73% foram de novos produtos concepção operando em 30 clientes, no lançados nos últimos 3 anos, permitindo Brasil e exterior. também um crescimento na sua particiPara viabilizar isto, ampliou percenpação no mercado. Também como contualmente o volume de recursos investiseqüência direta, 16 novas solicitações dos em P&D. Como resultado desta ação, de registros deram entrada no INPI. Funcionários da Identech trabalham na área de produção Identech Seccional Há 13 anos no mercado, a Identech é uma empresa de desenvolvimento, industrialização e comercialização de produtos eletrônicos de tecnologia embarcada, para as áreas de telecomunicações, segurança e de agricultura de precisão. Em 1994, a empresa lançou o primeiro identificador de chamadas telefônicas compatível com a sinalização de Centrais Telefônicas Digitais. Atualmente a Identech já comercializou mais de 800 mil unidades de produtos desenvolvidos, tem 19 pedidos de patente, 15 marcas, vários prêmios de expressão nacional e a consolidação de parcerias de desenvolvimento com empresas multinacionais de expressão. Ninguém consolida parcerias de desenvolvimento com multinacionais se não comprova sua competência técnica e a capacidade de desenvolver produtos inovadores. O foco de atuação da Identech é a pesquisa e o desenvolvimento de produtos diferenciados que possam agregar valor à vida das pessoas. A Seccional Tecnologia e Engenharia Ltda. - STE - foi criada em 1988 com o objetivo de desenvolver projetos e soluções para o mercado de telecomunicações, iluminação e transmissão de energia. A empresa investe, em média, 28% do seu faturamento anual em P&D, cujos resultados representam mais de 50% do faturamento durante sua vida. A STE possui 5 patentes depositadas no INPI, das quais 3 já se encontram concedidas. Além disso, a empresa tem firmado parcerias com outras com o objetivo de desenvolver em seus laboratórios produtos na área de energia, que já resultaram em patentes concedidas em dezenas de países, além de dois pedidos internacionais perante a World Intellectual Property Organization - WIPO. A STE tem como principais produtos as Torres Autoportantes, os Postes Metálicos, a ECO Antena e a Torre Delta. Para o diretor da STE, Paulo Emmanuel de Abreu Jr., "a importância da inovação tecnológica para STE é tudo, pois o lucro preponderante é obtido através dos As torres são um dos principais produtos da empresa royalties gerados pela incansável atividade inventiva. Os clientes são beneficiados pelas estruturas verticais metálicas desenvolvidas através das patentes de invenção, que geram substancial economia de material, ao mesmo tempo que apresentam um grau de segurança e precisão mais elevados que os existentes no mercado até então". !# PRÊMIO FINEP SUL INSTITUIÇÃO DE C&T Embrapa Uva e Vinho Sede da Certi no Campus da UFSC Certi !$ A Fundação CERTI Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras foi criada em 1984 por iniciativa de algumas empresas brasileiras, da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC e dos governos Federal e Estadual. A CERTI é uma organização privada de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, conhecida no País e no exterior por sua atuação em prol do desenvolvimento tecnológico. A Fundação cresceu dentro do Labmetro, o Laboratório de Metrologia do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, e seis anos depois passou a funcionar em prédio próprio no campus da Universidade. Na vertente de Metrologia, a CERTI é referência nacional e atende mais de 500 empresas em todo o País, desenvolvendo projetos para garantia da qualidade dos processos produtivos, em particular para a exportação. A Fundação também é conhecida pela atividade de incubação de empresas de base tecnológica, na qual foi pioneira no País, através do CELTA Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas. Este processo mudou o perfil econômico de Florianópolis, que hoje tem mais de 150 empresas do setor de telecomunicações, informação e comunicação. A Fundação consolidou sua competência em Sistemas Mecatrônicos."Nesses 21 anos, a CERTI foi responsável por alguns projetos importantes que envolvem soluções de convergência digital, como a urna eletrônica brasileira, os terminais de automação bancária e terminais públicos de acesso à internet", lembra Carlos Alberto Schneider, superintendente geral da CERTI. O Centro Nacional de Pesquisa de Uva e Vinho Embrapa Uva e Vinho, criado em 1975, é uma das 37 Unidades Descentralizadas de Pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com foco no agronegócio da vitivinicultura e da fruticultura de clima temperado. Atualmente, o Centro atua como referência nacional na cadeia produtiva da uva e do vinho e como referência regional na cadeia das frutas de clima temperado no sul do Brasil. A principal resultante deste esforço de agregação de novas áreas de atuação foi a intensa e efetiva inserção, reconhecimento e contribuição desta Unidade junto ao setor produtivo, como componente do agronegócio brasileiro. Ela teve ampliadas suas fronteiras, atuando em todo o território nacional, com ações em andamento em 13 unidades da federação e executando 47 projetos de pesquisa, que incluem um elenco crescente de culturas, das quais sobressaem-se a maçã, morango, pêssego, ameixa, caqui, mirtilo, amora-preta, framboesa e pêra. Tomando-se por base o Balanço Social 2004 da Embrapa, lançado em agosto de 2005, o resultado econômico foi de aproximadamente R$ 142 milhões em 2004, na forma de aumento de produtividade, agregação de valor e redução de custos, gerando 883 empregos diretos. Plantação de uvas da Embrapa Engenharia Mecânica UFSC Ao longo dos seus mais de quarenta anos de existência, o Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina tem sido reconhecido no País tanto como um centro de excelência para formação e qualificação profissional, como pela qualidade de suas pesquisas. Uma das maiores contribuições do Departamento é a incubação de empresas de base tecnológica. Dentre várias, pode-se citar a Engineering Simulation and Scientific Software Ltda. - ESSS - que é hoje uma empresa líder no país na área de desenvolvimento de softwares avançados para engenharia e em consultoria na área de simulação de escoamentos. Sua atuação integrada com diversos setores da indústria, tais como metalurgia, eletroeletrônica, semicondutores, produtos têxteis, automotivos, petróleo, aeronáutica e metal-mecânica, tem contribuído significativamente para o desenvolvimento tecnológico nacional. O Departamento foi oficialmente instalado em 1962 e possui uma área total de 12.000 m2, com 69 professores, dos quais 64 são doutores e 5 são mestres, 20 funcionários técnicos e 15 funcionários administrativos. Estão envolvidos nas atividades de pesquisa e desenvolvimento seus 345 alunos de mestrado e doutorado e seus 195 alunos de iniciação científica. Vista áerea do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC PRÊMIO FINEP SUL INOVAÇÃO SOCIAL UFSC todo o estado. "O nosso trabalho mostra que a UFSC põe em prática o tripé ensino-pesquisa-extensão, transferindo rapidamente à sociedade as tecnologias desenvolvidas por seus funcionários", afirma o Professor Jaime. Há 15 anos, o LMM produz comercialmente sementes da ostra japonesa (Crassostrea gigas), que são subsidiadas pela UFSC e vendidas aos maricultores pelo preço menor que o de custo. Mil sementes pequenas - de cerca de 3 mm - custam 10 reais e mil sementes grandes - maiores que 3 mm - custam 20 reais. Em 2005, o laboratório vendeu 35 milhões de sementes e obteve uma receita que foi revertida para a manutenção do LMM e melhoria da própria produção. O trabalho de pesquisa e de transferência de tecnologia de cultivo de ostras desenvolvido pelo Laboratório de Moluscos Marinhos - LMM, da Universidade Federal de Santa CatarinaUFSC é que dá suporte à atividade de cultivo desse molusco no estado. As ações desenvolvidas pela Universidade e o repasse desse conhecimento para pescadores artesanais possibilitaram o restabelecimento das atividades marítimas tradicionais, que passavam por um período de estagnação econômica devido ao declínio da pesca artesanal. O projeto foi o responsável pelo crescimento da aqüicultura no estado, hoje considerado um dos principais produtores de ostras do País. O professor Jaime Fernando Ferreira, supervisor do LMM, lembra que muitos pescadores deixavam de trabalhar no mar, por causa da baixa lucratividade, para se dedicar a outras atividades. Depois da valorização da produção de moluscos, essa situação foi revertida. Hoje já são mais de mil maricultores, Cultivo de molusco cresceu em Santa Catarina reunidos em 20 associações em ITAI A técnica do design, a criatividade e o artesanato unem-se num projeto realizado na Região Trinacional do Iguaçu: o Ñandeva. Desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia Aplicada e Automação ITAI, por meio do Parque Tecnológico Itaipu PTI, com apoio do Sebrae, o Ñandeva vem se consolidando como um importante mecanismo de desenvolvimento do artesanato da região. O objetivo do projeto é resgatar a identidade cultural local e também buscar a afirmação do Ñandeva como uma marca regional, estabelecendo padrões de qualidade e abrindo canais de comercialização para o artesanato. Iniciado em dezembro de 2004, o Ñandeva trouxe designers renomados de diversos países para conviverem por uma semana com quase 100 artesãos do Brasil, Paraguai e Argentina. Os designers indicaram tendências de cores, formas e consumo, adequando o trabalho feito em sete materiais diferentes: Artesanato tornou-se importante atividade na região madeira, couro, fio, tecido, palha, cerâmica e prata. O resultado foi a criação de 140 protótipos, dos quais 60 foram selecionados para compor uma exposição itinerante. A exposição passou pela cidade de Foz do Iguaçu, no Brasil, Assunção e Hernandarias, no Paraguai, e Posadas e Eldorado, na Argentina. Algumas peças do Projeto Ñandeva também foram expostas em Copenhague, na Dinamarca. Técnica mostra facilidade na instalação APESC/UNISC Desde a década de 80, a Universidade de Santa Cruz do SulUNISC vem desenvolvendo estudos de monitoramento ambiental na região dos Vales do Rio Pardo e Rio Taquari, no Rio Grande do Sul, visando à avaliação da qualidade das águas doces superficiais e subterrâneas. Particularmente no interior do estado, muitos municípios não dispõem de um sistema público de abastecimento de água, sendo que os que o possuem limitam-se apenas à área urbana. Segundo Adilson Ben da Costa, Prof. Dr. do Departamento de Biologia e Farmácia da UNISC, o laboratório de Limnologia da UNISC pesquisou diferentes sistemas de desfluoretação da água, buscando o desenvolvimento de um sistema eficiente e de baixo custo, capaz de diminuir a concentração de flúor da água a níveis adequados ao consumo humano, e desta forma erradicar a ocorrência da fluorose dental - excesso de flúor na água que prejudica a formação dentária - nesta região do Brasil. Dentre os diferentes sistemas testados, filtros confeccionados com tubos de PVC e carvão ativado de osso foram os que apresentaram os melhores resultados. Este sistema, utilizando uma massa de 3,5 kg de carvão, garante o fornecimento de água de excelente qualidade a uma família de 5 pessoas por um período de até 4 meses, utilizando água de poços (água bruta) com concentração de flúor de 4 mg L-1. Os procedimentos de produção, instalação e manutenção do filtro são simples, podendo ser executados pelo próprio usuário, constituindo-se portanto num sistema de tratamento de água que independe da contratação de empresas externas. !% PRÊMIO FINEP SUL PROCESSO Klabin O processo de retenção de fibras em máquina de papel com micropartícula criado pela Klabin trouxe benefícios diretos na fabricação de papel, atuando como uma ferramenta para aumento de produtividade e melhoria de propriedades físicas do material, gerando ganhos nas propriedades de colagem do papel cartão para embalagem de alimentos líquidos. De acordo com Osvaldo Vieira, Coordenador de Pesquisa e Interior da fábrica de papéis da Klabin Desenvolvimento da empresa, não existem similares no país e esta sopesquisa e desenvolvimento". lução é um diferencial competitivo: Maior produtora de papéis para "como líder de mercado, a Klabin é uma embalagens e embalagens de papel do empresa comprometida com inovação, País (são 1,6 milhão de toneladas/ano), a Klabin, fundada em 1899, é uma empresa de capital 100% brasileiro. São 18 plantas industriais, sendo 17 no Brasil e uma na Argentina, que produzem papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado, e sacos multifolhados. A Klabin também é a maior exportadora brasileira de papéis para embalagens, com 75% dos embarques nacionais que, em 2004, somaram 554 mil toneladas para 54 países em todo o mundo. A empresa tem a capacidade de reciclar 400 mil toneladas de papel por ano. Sua receita bruta, em 2004, atingiu R$ 3,2 bilhões. Braskem A produção de copos de melhor qualidade, com transparência, maior resistência e a possibilidade de levar ao microondas sempre esteve limitada ao desenvolvimento de uma resina especial e equipamentos. A Braskem, como produtora de resina, foi pioneira na América Latina a desen volver um produto - polipropileno de alta rigidez adequado a esta aplicação. Paralelamente desenvolveu, em parceria com a Descartáveis Zanatta, um equipamento altamente produtivo com qualidade excelente dos copos. Com o objetivo de acelerar a utilização dos equipamentos, a Braskem investiu, também, na construção das máquinas e as está disponibilizando no sistema de comodato para seus principais clientes. Líder no mercado latino-americano de petroquímica, com foco nas resinas termoplásticas polietileno, polipropileno e PVC, a Braskem figura entre as três maiores companhias industriais privadas brasileiras de capital nacional. A empresa registrou, em 2004, um fatu- Os novos copos criados pela Braskem pode ser levados ao forno de microondas !& ramento de R$ 14,3 bilhões e produziu 5,8 milhões de toneladas de produtos, entre resinas termoplásticas, petroquímicos básicos e intermediários químicos. Com mais de 3 mil colaboradores diretos, a companhia possui 13 unidades industriais, localizadas nos pólos petroquímicos da Bahia e do Rio Grande do Sul, pólo cloro-químico de Alagoas e em São Paulo. A empresa mantém uma presença estratégica no mercado internacional por meio de exportações, que respondem em média por cerca de 20% da sua receita total e a posicionam entre as 10 maiores exportadoras brasileiras. Em 2004, registrou vendas de US$ 710 milhões, fornecendo resinas e outros produtos petroquímicos para mais de 40 países na América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África. A empresa dispõe do Centro de Tecnologia e Inovação Braskem, localizado no pólo de Triunfo (RS), o mais completo e bem equipado da indústria petroquímica da América Latina. O Centro coloca à disposição dos clientes da empresa uma equipe altamente especializada, com cerca de 160 pesquisadores e técnicos, apta a fornecer todo apoio no desenvolvimento de processos, produtos e aplicações, bem como na prospecção de novos mercados e oportunidades de negócio. Anualmente, a Braskem investe cerca de R$ 50 milhões em inovação e tecnologia. PRÊMIO FINEP SUL INVENTOR INOVADOR José Carlos Bornancini O sistema de bilhetagem eletrônica é sucesso em centenas de municípios Dataprom O sistema de bilhetagem eletrônica, desenvolvido pela Dataprom, é um gerenciador de créditos de viagem utilizados pelos usuários de transporte urbano coletivo, com as mais modernas tecnologias de software e hardware e desenvolvimento próprio, implementado através de pesquisas contínuas por uma equipe altamente especializada. As empresas e usuários se cadastram uma única vez, executam suas compras e pagamentos por processo de débito com utilização de cartões de créditos, débito automático ou pagamento de boletos emitidos no momento da compra. Além disso, o sistema oferece centrais de atendimento, com estrutura do próprio sistema de transporte, que realizam comercializações e carga de créditos aos usuários; postos autorizados online, com estruturas de terceiros conectados ao servidor; e a carga embarcada, na qual o usuário faz a carga diretamente no interior dos ônibus. O processo traz como vantagens o aumento da velocidade de embarque; a redução de fluxo de dinheiro embarcado; a redução da evasão de receita (fraude, transporte clandestino, entre outros); o controle real do fluxo de passageiros por categoria ou usuário; a antecipação da receita pelo pagamento prévio de créditos e a recuperação de passageiros no sistema com aumento da mobilidade urbana. A Dataprom foi fundada em 1988, em Curitiba, com 12 funcionários e, naquele ano, teve um faturamento de R$ 300 mil. Hoje, a empresa conta com mais de 400 funcionários, tem uma filial em Manaus e dois escritórios em São Paulo, atendendo a mais de 1000 municípios em 19 estados do País, com um faturamento que chegou a R$ 100 milhões em 2004. Em sociedade com o arquiteto Nelson Ivan Petzold, o engenheiro José Carlos Bornancini criou a Bornancini Petzold & Müller Ltda. e, há mais de 40 anos trabalhando juntos, são considerados ícones do design contemporâneo. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Bornancini e seu sócio já desenvolveram mais de 200 produtos em variados segmentos da indústria: de computadores a tratores, de utilidades domésticas a móveis e eletrodomésticos, passando por elevadores e brinquedos. José Bornancini é titular de uma patente referente a uma tesoura de costura cujos cabos plásticos têm forma anatômica, adequada à mão do usuário, para proporcionar máximo conforto e controle de corte. Merecem destaque a famosa Tesoura Mundial Multiuse, a Plastificadora Plastimaq, as Facas Mundial Laser e os Talheres Campig, que desde 1976 integram o seleto grupo de produtos da loja do MOMA - Museu de Arte Moderna de Nova York. Composição do Júri Antônio Rogério Souza Coordenador da Unidade de Inovação e Transferência Tecnológica do Instituto Euvaldo Lodi/SC Antônio Odilon Macedo Consultor da Editora Expressão/SC Francisco de Assis Souza Gerente da Área de Desenvolvimento Tecnológico do Lactec/PR Eduardo Alves Fayet Coordenador de Novos Talentos Instituto Euvaldo Lodi/PR Jorge Bounassar Filho Presidente da Fundação Araucária/PR Carlos Sartor Chefe de Departamento de Tecnologias SociaisDTS2 FINEP/RJ Ricardo de Paula Romeiro Coordenador de Projetos Instituto Euvaldo Lodi/Nacional Edgard Augusto Lanzer Diretor Técnico-Científico da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa Catarina FAPESC/SC Luiz Antônio Antoniazzi Engenheiro da CIENTEC/RS Victor Hugo de Lazzar Consultor Ambiental - CIC Caxias do Sul FIERGS/RS Walmick Aparecido Souza Grassi Supervisor I F1 Caixa Econômica Federal Rodrigo Bellingroodt M. Coelho Representante da FINEP Regional de Santa Catarina e Paraná FINEP João Adolfo Oderich Gerente Geral - REPAR Petrobras Coordenação do Prêmio FINEP Região Sul Rodrigo Coelho [email protected] !' PRÊMIO FINEP NACIONAL Julgamento Renato Cislaghi, coordenador nacional do Prêmio, abre os trabalhos do julgamento Os vencedores da Etapa Nacional do Prêmio FINEP deste ano só foram conhecidos no dia 6 de dezembro, na cerimônia de premiação ocorrida no Palácio do Planalto. Porém, foi um dia antes, no Hotel Parthenon, em Brasília, que aconteceu a verdadeira decisão. Os primeiros lugares das etapas regionais e os indicados ao troféu de Inventor Inovador apresentaram, através de palestras de cerca de 10 minutos, os motivos pelo qual mereciam a vitória. Coube a Comissão Julgadora do Prêmio a missão de escolher os melhores. "Apesar de termos que optar por apenas um em cada categoria, ficamos satisfeitos em saber que todos nos mostraram inovações de alto nível", afirma Renato Cislaghi, coordenador nacional do Prêmio. Produto Vencedor: PCTEL (GO) Vencedor: Robert Bosch (SP) Menção Honrosa: Automat (PR) Ornatos (PA) Menção Honrosa: Pele Nova Biotecnologia (MS) Apilani (RJ) Fundação Paulo Feitoza (AM) Média/Grande Empresa Luis Fumio Iwata Fundação Banco do Brasil Manoel Sérgio Aragão Carneiro CEF Menção Honrosa: Nexxera (SC) Vencedor: Padetec (CE) Real & Cia (MS) Menção Honrosa: Fundação CERTI (SC) Núcleo Temático de Biologia Aplicada da Embrapa Oriental (PA) Vencedor: UFSC (SC) Menção Honrosa: CETEM (RJ) UCDB (MS) Organização Potiguar (RN) Processo Vencedor: Braskem (RS) Menção Honrosa: Biocampo (RN) Marcos Augusto Salles Teles FINEP Maria Beatriz Amorim INPI Olívio Manoel Ávila ANPEI Inpe (SP) Humberto Siqueira Brandi Inmetro Inventor Inovador Vencedor: Kentaro Takaoka (Sudeste) Alunorte (PA) Cláudio Ribeiro Cavalcanti UFPA Jorge Boussanar Filho Fórum das FAPs Instituição de C&T Inovação Social Carlos Tadeu da Costa Fraga CENPES/Petrobrás Francisco Canindé Pegado Nascimento CGT Vencedor: Ouro Fino (SP) UNIDERP/CESUP (MS) Carlos Roberto Rocha Cavalcante Instituto Euvaldo Lodi Nacional Flavio Cavalcanti Oxiteno Bematech (PR) Unitech (BA) Carlos Alberto Pitaluga Niederaur CNPq Evandro Luiz de Xerez Fucapi Armtec (CE) ZCR (BA) Presidente: Carlos Ganen FINEP Cynthia Cannady Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) Finalistas Pequena Empresa Composição do Júri Rafael Esmeraldo Lucchesi Secretário de C,T&I da Bahia Roberto Campos Embraco Edison Coca (Centro-Oeste) Murilo Pessoa de Oliveira (Nordeste) Sebastião Lauro Nau WEG Eduardo Bretas (Norte) José Carlos Bornancini (Sul) Sílvio Meira C.E.S.A.R Equiplex (GO) Coordenação do Prêmio FINEP Nacional CVRD (PA) CST (ES) Renato Cislaghi [email protected] Presidente Coordenação e Edição Diretoria de Inovação para o Desenvolvimento Econômico e Social Redação Eliane de Britto Bahruth Jorge Ramos, Márcia Telles e Renato Pelot Telefone Diretoria de Administração e Finanças Revisão e-mail Programação Visual e diagramação Fax Odilon Marcuzzo do Canto Ministério da Ciência e Tecnologia Fernando de Nielander Ribeiro " Praia do Flamengo, 200 1o, 2o, 3o, 4o, 5o, 7o, 9o, 13o e 24o andares Rio de Janeiro - RJ - CEP 22210-030 www.finep.gov.br Diretoria de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Carlos Alberto Aragão de Carvalho Vera Marina da Cruz e Silva Helder Castro Ali Celestino e Frederico Maia Fotos João Luiz Ribeiro e cedidas pelas empresas (21) 2555-0716 [email protected] (21) 2555-0719