LIVRO 1 | BIOLOGIA 2
Resoluções das Atividades
Sumário
Módulo 1 – O método científico – A origem da vida – A origem dos seres vivos .................................................................................................................................1
Módulo 2 – Introdução à evolução – Conceitos e evidências – Teorias evolucionistas – Fatores evolutivos ........................................................................................3
Módulo 3 – Genética das populações – Especiação – Seleção artificial e seu impacto sobre ambientes naturais e sobre populações humanas ...............................6
Módulo 1
O método científico – A origem da vida – A origem
dos seres vivos
Atividades para Sala
Pré-Vestibular | 1
LIVRO 1 | BIOLOGIA 2
05 B
Atividades Propostas
01 B
É perceptível que a questão requer única e exclusivamente
interpretação do texto, não havendo necessidade de se
estabelecer qualquer relação com a forma de produção
do conhecimento científico ou com a filosofia da ciência.
Vale destacar que a canção faz referência à lenda, ao mito,
à crença, o que provavelmente já leva o estudante à alternativa correta, a única que contempla a ideia de outras culturas.
02 C
O trecho do relatório “... para decidir a questão, é importante empregar um meio conveniente que permita separar
o vapor da parte figurada do sêmen, e fazê-lo de tal modo
que os embriões sejam mais ou menos envolvidos pelo
vapor” demonstra a capacidade de formular uma hipótese
com base nas informações já existentes sobre o assunto.
03 C
A motivação principal dessas investigações, que ocupam
frequentemente o noticiário sobre Marte, deve-se ao fato
de que a presença de água indicaria a possibilidade de
existir ou de ter existido alguma forma de vida semelhante
à da Terra, devido à estrutura e às funções moleculares da
água.
04 C
As experiências não necessariamente envolvem as bancadas de um laboratório ou tubos de ensaio. No entanto,
elas precisam ser montadas de forma a testar uma hipótese específica e precisam ser controladas. Controlar uma
experiência significa controlar todas as variáveis, de modo
que apenas uma esteja aberta a estudo. A variável independente é aquela controlada e manipulada pelo responsável pela experiência, enquanto a variável dependente
não o é. À medida que a variável independente é manipulada, a variável dependente é mensurada em busca de
variações. Controlar uma experiência também significa
montá-la de forma que haja um grupo de controle e um
grupo experimental. O grupo de controle permite que o
responsável pela experiência estabeleça um parâmetro de
comparação, com números que ele possa confiar e que
não resultem das mudanças geradas pela experiência.
2 | Pré-Vestibular
A forma de raciocínio lógico que extrai uma verdade geral
a partir da observação de um grupo particular é chamada
de indução. A partir dessa regra geral, ou dessa lei natural,
estabelecida pela observação do mesmo resultado repetidas vezes, pode-se então deduzir (dedução é a forma de
raciocínio que extrai uma verdade particular de uma verdade geral) que, se fulano é um ser humano – e já que todos
os seres humanos são mortais –, então fulano é mortal.
Desse modo, o texto de Descartes defende que a aplicação de dedução lógica, a evidenciação experimental, permite à razão humana a busca por todo o conhecimento a
ser alcançado.
06 A
Karl Popper estabeleceu o princípio de falsificabilidade,
segundo o qual uma hipótese passa a ser científica se for
falsificável, se por meio de algum experimento real ou imaginário for possível provar sua falsidade.
Assim, ao contrário do que muitos pensam, o objetivo dos
cientistas não é defender o status quo ou proteger as leis
científicas contra contestações. Seu objetivo é justamente
tentar contestar essas leis. Dessa forma, o método científico implica na possibilidade constante de refutar leis ou
verdades científicas, uma vez que as mesmas representam
apenas um estado de repouso do conhecimento.
07 C
Adepto da teoria biogênica, Louis Pasteur, em 1861, por
meio de um experimento, conseguiu demonstrar conclusivamente a impossibilidade da geração espontânea da
vida (hipótese tão defendia pelos abiogenistas), ou seja, a
origem da vida somente é possível a partir da matéria viva,
de um ser vivo preexistente.
No experimento, Pasteur adicionou um caldo nutritivo a
um balão de vidro com gargalo alongado. Em seguida,
aqueceu o gargalo, imprimindo a este um formato de tubo
curvo (pescoço de cisne). Após a modelagem, prosseguiu
com a fervura do caldo, submetendo-o a uma temperatura até o estado estéril (ausência de micro-organismos),
porém permitindo que o caldo tivesse contato com o ar.
08 D
A hipótese heterotrófica sugere que os primeiros organismos vivos, vivendo em ambiente aquático, rico em substâncias nutritivas, sem O2 na atmosfera, nem dissolvido
nas águas dos mares, deveriam utilizar vias metabólicas
anaeróbicas para simplificar matéria orgânica sem oxigênio, ou seja, a fermentação.
09 D
Para reproduzir o ambiente primitivo, ele inseriu uma mistura de gases redutores (ausentes de oxigênio molecularmente livres à base de amônia, metano, hidrogênio e
vapor de água) no interior de um balão de vidro, bombardeando-o com descargas elétricas.
LIVRO 1 | BIOLOGIA 2
10 C
Segundo o texto e o experimento LHC, os pesquisadores
utilizarão os princípios de origem da vida e de transformação da energia, e poderão afirmar que a vida é o resultado de um processo de evolução gradual de sistemas
químicos, em que compostos inorgânicos se combinaram,
originando moléculas simples, como aminoácidos, carboidratos, bases nitrogenadas, que, também, se combinaram,
originando moléculas mais complexas, como proteínas e
ácidos nucleicos, que finalmente originaram estruturas
com capacidade de replicação e metabolismo, as quais
seriam as primeiras formas de vida.
11 A
O texto de Martini contempla a informação de que um
significativo aumento dos níveis de oxigênio atmosférico
ocorreu em resultado do surgimento de um processo
metabólico específico no Período Cambriano. Esse processo refere-se à fotossíntese realizada pelos organismos
procarióticos autotróficos, chamados cianobactérias, promovendo a liberação de oxigênio e criando uma alteração
da atmosfera redutora para atmosfera oxidante.
12 A
O holocausto do oxigênio foi uma espécie de “crise de
poluição mundial” que ocorreu há 2 milhões de anos.
Nessa época, praticamente não havia oxigênio na atmosfera. Quando surgiram os micro-organismos fotossintetizantes púrpuras e verdes, estes passaram a produzir oxigênio a partir da água. O teor de oxigênio na atmosfera
aumentou significativamente a partir do surgimento da
fotossíntese. Com isso, houve uma grande perda da biodiversidade, especialmente as formas vivas anaeróbicas. A
“pegada antrópica” seria uma consequência semelhante,
denominada a “sexta grande extinção”, porém a poluição
resultaria das atividades antrópicas (humanas).
Módulo 2
Introdução à evolução – Conceitos e evidências –
Teorias evolucionistas – Fatores evolutivos
Atividades para Sala
Pré-Vestibular | 3
LIVRO 1 | BIOLOGIA 2
forma, na cadeia alimentar referida no ecossistema pré-histórico da questão, teríamos uma relação de fluxo de
energia predador-presa, em que o número de presas era
maior que o de predadores, fato observado nas cadeias
alimentares atuais e denominado pirâmide direta.
02 C
Quando certas espécies sem qualquer grau de parentesco
com os animais cuja carne desagrada aos carnívoros, mas
cuja evolução se tem feito nos mesmos locais, imitam de
uma forma notável essa coloração, temos uma coloração de aviso. Essas espécies miméticas constituem uma
presa agradável para o predador, mas são protegidas pela
semelhança com as que lhe são repugnantes. Esse tipo de
mimetismo é conhecido como batesiano, do nome H. W.
Bates, que o descobriu.
03 C
O conceito de adaptação biológica (pode ser morfológica
e/ou fisiológica) tem sido considerado uma das ideias centrais do modelo explicativo darwinista para as mudanças
evolutivas das formas vivas. Em âmbito semântico, seu significado é consistente com aquele que encontramos em
sua etimologia, a partir dos termos latinos ad + aptus, ou
seja, em direção a um ajuste.
Dessa forma, esse “ajustamento” que todo ser vivo apresenta em relação ao seu ambiente é chamado adaptação.
Compartilhando da opinião de Bock que, em 1979, afirmou “uma adaptação é, assim, uma característica do organismo que interage operacionalmente com algum fator do
seu ambiente de tal modo que o indivíduo sobrevive e se
reproduz”. Dessa forma, a resistência da bactéria a partir
da ação sistematizada do uso de antibióticos corresponde
a um processo adaptativo.
04 B
Em anatomia comparada, quando encontramos estruturas que se revelam menores e mais simples que as partes
correspondentes de espécies ancestrais, chamamos de
órgãos vestigiais. Assim, podemos concluir que a presença
e análise de órgãos vestigiais podem revelar a existência
de parentesco evolutivo entre as espécies comparadas.
05 C
Atividades Propostas
01 B
Uma pirâmide de números expressa a quantidade de indivíduos presente em cada nível trófico da cadeia alimentar.
Como o número de indivíduos diminui ao longo dos sucessivos elos de uma cadeia alimentar, a pirâmide de número
é representada com o vértice voltado para cima. Dessa
4 | Pré-Vestibular
Conforme observamos, a questão analisa a relação entre
o mecanismo evolutivo e a distribuição geográfica (densidade de indivíduos com fenótipos variáveis) na América
do Norte. Assim, podemos concluir que o substrato (cor
do solo) é um fator edáfico de seleção natural, em que
as variações de pigmentação apresentadas pelos ratos da
espécie em questão são positivamente selecionadas pela
sobrevivência daqueles de mesmo pigmento que o solo.
Seleção natural, dentre outros significados, quer dizer:
persistência do mais capaz à preservação das diferenças e das variações individuais favoráveis, e à eliminação
das variações nocivas. As variações insignificantes, isto é,
LIVRO 1 | BIOLOGIA 2
as que não são nem úteis nem nocivas ao indivíduo, não
seriam prejudicadas pela seleção natural e seriam deixadas no estado de elementos variáveis, talvez como as que
vemos em algumas espécies polimorfas, tornando-se fixas,
graças à natureza do organismo e das condições de vida.
11 C
06 A
A característica citada, ou seja, propriedade de fêmeas
de certos mamíferos abandonarem a prole momentaneamente, a fim de encontrar alimentos, reflete o pensamento
darwiniano sobre a evolução da vida, que tem como um
dos fundamentos a seleção natural, e ainda sugere que, na
luta pela sobrevivência, os organismos melhor adaptados
sobrevivem e se reproduzem, transmitindo à prole suas
características favoráveis.
12 B
07 A
Para Charles Darwin, evolução é um fato histórico, de
maneira que as espécies sofrem modificações ao longo do
tempo. No entanto, a variabilidade é um caráter próprio
de cada ser vivo em que atua a seleção natural, favorecendo a sobrevivência do mais apto. Darwin desconhecia
os mecanismos responsáveis pela variabilidade, sendo
estes elucidados pelo neodarwinismo.
As larvas das borboletas atuais, da família Ithomiinae,
encontradas na Mata Atlântica e na Floresta Amazônica,
apresentam especificidade pelos vegetais da família
Solanaceae existentes nesses biomas. Tal processo
demonstra a existência de uma oferta limitada de vegetais da família Apocynaceae, sendo que a abundância dos
vegetais da família Solanaceae teriam favorecido uma
seleção natural das borboletas que apresentassem essa
variedade trófica em seu nicho ecológico.
09 C
A publicação do livro A origem das espécies marca um
dos mais importantes momentos da história das ciências naturais. Nele, o naturalista vitoriano Charles Darwin
defende que a variabilidade dos seres vivos é resultado de
um ambiente que atua de forma seletiva, e não de proporções variáveis resultantes de uso e desuso. Sendo assim,
Darwin faz uma severa crítica ao modelo evolucionário
defendido por Lamarck.
10 D
A frase em destaque apresenta um visão lamarckista do
transformismo, em que as variações dos indivíduos resultam de esforços repetidos em se adaptarem às novas condições do ambiente. Na verdade, essas variações encontram-se no material genético do ser vivo, como resultado
de mutações espontâneo-aleatórias que serão adaptativamente favorecidas pelo ambiente seletivo.
Segundo Lamarck, cada espécie atual surgiu por transformações sucessivas de uma forma primitiva. O ambiente
pode forçar a mudança de hábitos de um ser vivo, levando
ao crescimento de certas estruturas e à atrofia de outras em
seu organismo, em função do uso e desuso dos órgãos. O
equívoco observado no item D corresponde à informação
de incorporação de característica ao patrimônio genético,
uma vez que Lamarck desconhecia qualquer informação
sobre hereditariedade, apesar da análise da questão criar
essa dúvida.
13 C
08 E
Seleção natural consiste em uma força ambiental que favorece a seleção dos indivíduos que, de alguma forma, possuem caracteres que beneficiam sua sobrevivência e, com
isso, aumentam seu potencial para deixar descendentes.
Esse efeito seletivo resulta, em parte, da disponibilidade
restrita dos recursos ofertados pelo ambiente.
Nas Ilhas Galápagos, Darwin observou a semelhança entre
as espécies de tentilhões com uma que vivia no continente, um pouco distante do arquipélago. Isso permitiu
a ele supor que indivíduos pertencentes à população
de tentilhões do continente haviam migrado, há muito
tempo, para essas ilhas, onde, por meio de seleção natural, teriam surgido populações com adaptações diferentes. No entanto, todos teriam o mesmo ancestral comum.
E expandiu sua ideia para todo o mundo natural. Estudos
recentes, como os observados no texto, revelam a evidência de que o homem e os macacos possuem um ancestral
comum na história evolutiva.
14 D
O significado do termo evolução, em Biologia, não implica
necessariamente melhora, nem avanços, nem progressos. O que ocorre, na verdade, é a adaptação do grupo
biológico, por meio da seleção natural, às condições do
ambiente. Uma característica que seja adaptativa em um
determinado meio poderá não o ser em outro contexto.
15 A
Os tentilhões da espécie A possuíam uma diversidade de
fontes nutricionais (sementes de diversos tamanhos). No
entanto, com a chegada da espécie B que possuía uma
capacidade adaptativa melhor de conseguir as sementes
de grande porte, promoveu uma pressão seletiva positiva dos indivíduos da espécie A que se alimentavam das
sementes menores, pois não tinham que competir com os
tentilhões da espécie B. Sendo assim, a seleção natural
que favorece o aumento da frequência de uma característica fenotípica extrema é do tipo direcional.
Pré-Vestibular | 5
LIVRO 1 | BIOLOGIA 2
16 B
De acordo com o número de representantes de aves tentilhões e o caráter fenotípico do bico, podemos concluir
que as aves com bico de “forma afinada” (população I) e
as aves com bico de “forma larga” (população II) apresentam maior frequência, ou seja, foram selecionadas positivamente em detrimento das aves de “bico intermediário”.
Sendo assim, a seleção positiva dos caracteres extremos
revela uma seleção disruptiva ou diversificadora.
17 E
Os seres humanos surgiram recentemente na história evolutiva do nosso planeta, portanto não tem sua origem no
Período Devoniano. A maior taxa de extinção se deu na
passagem do Período Permiano para o Triássico. Nem
todos os eventos de extinção resultaram no desaparecimento de mais de 70% das espécies. A extinção massiva
dos dinossauros ocorreu no fim do Período Cretáceo.
18 A
Com base nos conhecimentos sobre seleção natural e
fazendo uso de suas características particulares é possível
afirmar: I – Seleção estabilizadora, II – Seleção direcional e
III – Seleção diversificadora.
Na seleção estabilizadora, indivíduos portadores de características intermediárias são mais aptos. Por exemplo, imagine uma espécie vegetal com genótipos AA, Aa e aa.
O alelo A confere resistência frente ao herbicida A, e o
alelo a confere resistência frente ao herbicida B. A aplicação simultânea dos herbicidas A e B eliminaria os indivíduos AA e aa, restando assim somente os indivíduos Aa,
trata-se assim de um exemplo de seleção estabilizadora.
Na seleção direcional, os indivíduos são selecionados
mediante duas características. Por exemplo, vírus HIV resistentes ou sensíveis ao AZT. Com a utilização do fármaco
AZT, há eliminação dos vírus sensíveis e manutenção dos
resistentes, logo há deslocamento da curva para a direita
pela prevalência de um só tipo de indivíduo na população.
Na seleção disruptiva, a população apresenta indivíduos
com três características distintas, porém somente os tipos
extremos estão mais adaptados às condições do ambientes. Trata-se de uma forma de seleção em que o tipo
mediano é eliminado mais facilmente que os demais. Imaginemos, por exemplo, que em uma ilha hipotética, o tipo
de semente seja o fator de pressão seletiva; há sementes
pequenas, médias e grandes e aves com bicos também
distribuídos em três padrões, e cada uma está adaptada a
um tipo de alimento. Se, por acaso, houver alterações climáticas que interfiram na produção de sementes de tamanho médio, as aves com bicos médios serão eliminadas e
permanecerão as de bicos pequenos e grandes ou longos.
Assim, observa-se o desaparecimento do tipo mediano e
a manutenção dos tipos extremos.
6 | Pré-Vestibular
Módulo 3
Genética das populações – Especiação – Seleção
artificial e seu impacto sobre ambientes naturais e
sobre populações humanas
Atividades para Sala
LIVRO 1 | BIOLOGIA 2
Atividades Propostas
01 C
XdY → homens daltônicos → f(d)
XdXd → mulheres daltônicas → f(dd)
Assim, a frequência de mulheres daltônicas seria:
2
 90 
81
f(homens daltônicos)2 = 
=
= 0, 81%
100 ⋅ 100
 1.000 
02 B
Homens com raquitismo hipofosfatêmico = XRY = f(R),
então:
f (R ) = 40%
40
= 0, 4
P=
100
q = 0, 6
Portanto:
f(XRXr) = 2pq
f(XRXr) = 2 · 0,6 · 0,4
f(XRXr) = 0,48 ou 48%
03 E
Uma das condições para a manutenção das frequências
genotípicas e fenotípicas de uma população constante é
que a população seja panmítica, portanto, muito grande
(milhares de indivíduos) para que as proporções estatísticas se verifiquem e para minimizar a ocorrência de oscilação gênica.
Pré-Vestibular | 7
LIVRO 1 | BIOLOGIA 2
04 C
08 B
Considerando uma população com 10.000 indivíduos,
temos: 6.400 indivíduos AA ou 64%, 3.200 indivíduos Aa
ou 32% e 400 indivíduos aa ou 0,4%.
Frequência dos genótipos:
64
f(AA) =
100
64
p2 =
100
p ou f(A) = 8/10 ou 0,8. Daí, o valor de q ou f(a) = 0,2.
Dessa forma, a frequência do gene A é 4 vezes maior que
a do gene a.
09 D
05 D
Sabendo-se que 84% da população expressam a característica dominante, conclui-se que 16% são homozigotos
recessivos. Assim, temos:
16
f(aa) =
100
16
q2 =
100
4
q=
ou 0,4. Então, p = 0,6.
10
Já a frequência de indivíduos heterozigotos seria:
f(Aa) = 2pq
f(Aa) = 2 · 0,6 · 0,4
f(Aa) = 0,48 ou 48%
06 D
O conceito de polialelia fica evidente por existirem 3 genes
ocupantes do mesmo locus no cromossomo. Observa-se a
relação de dominância: AX > AY > AZ. Portanto:
AX
Determina a manifestação do fenótipo de (AY)
AY AZ
AZ AZ
Determina a manifestação do fenótipo de (AX)
AY AY
Determina a manifestação do fenótipo de (AZ)
Dessa forma, a frequência de fenótipos que expressam o
gene AZ é de:
f( A Z A Z ) =
Indivíduos que exp ressam o gene A Z 1.500
=
População
15.000
f(AZAZ) = 0,1
A configuração de duas entidades biológicas (espécies)
diferentes se estabelece quando há uma incapacidade
de promover reprodução com geração de descendentes férteis. Nesse caso, configura-se um isolamento
reprodutivo.
8 | Pré-Vestibular
O isolamento reprodutivo corresponde a um mecanismo que bloqueia a troca de genes entre as populações das diferentes espécies existentes na natureza. Não
se esqueça de que o conceito de espécie se baseia justamente na possibilidade de trocas de genes entre os
organismos, levando a uma descendência fértil. No isolamento pós-zigótico, é bastante comum a esterilidade da
geração F1. Embora nasçam, cresçam e sejam vigorosos,
os híbridos são estéreis, o que revela incompatibilidade
dos lotes cromossômicos herdados de pais de espécies
diferentes, implicando a impossibilidade de ocorrência da
meiose. Não havendo meiose, não há formação de gametas e, consequentemente, não há reprodução. É clássico
o exemplo do burro ou da mula, consequência do cruzamento de égua com jumento, pertencentes a duas espécies próximas, porém diferentes. Nesse caso, burro e mula
não constituem uma terceira espécie, sendo considerados
apenas híbridos interespecíficos. O exemplo visualizado
no texto é análogo ao do burro e da mula.
11 D
f(AZAZ) = 10%
07 D
As espécies existentes hoje resultaram da combinação de
uma série de processos que modificaram seus antepassados para que continuassem vivendo em um ambiente
também em movimento, processo que a ciência chama de
especiação. Ernst Mayr, na década de 1940, afirmou que,
se uma população é separada ou dividida por uma barreira
geográfica e evolui de forma independente, a divergência
genética acabará levando ao isolamento reprodutivo, confirmando a especiação.
10 C
Daí, 48% de 500 indivíduos = 240 indivíduos.
Quando duas populações se encontram separadas geograficamente, é possível verificar que fatores evolutivos
que promovem variabilidade, associados às diferentes ressões seletivas do ambiente, favorecem uma diferenciação
fenotípica e genotípica dos dois grupos. Porém, a garantia
de especiação somente é confirmada com o isolamento
reprodutivo (caso haja cruzamento, nascerá descendentes
estéreis).
Seres de mesma ancestralidade sofreram pressões adaptativas diferentes, apresentando características distintas,
adaptando-se a ambientes diversos.
12 B
O isolamento geográfico fez com que as modificações
que foram sendo adquiridas ao longo de milhares de anos
ficassem restritas a essa população, gerando uma nova
espécie.
LIVRO 1 | BIOLOGIA 2
indefinidamente sem praticamente nenhum controle. Os
fatores grifados no texto representam uma diminuição da
resistência do meio. O ruim desse tipo de crescimento é
que a tendência é que essa curva cresça muito até chegar
a um limite em que os recursos do meio se esgotem e haja
uma queda brusca dessa população.
13 E
Deslocamento de caráter refere-se ao fenômeno no qual
diferenças entre espécies similares, cujas distribuições
se sobrepõem geograficamente, estão acentuadas em
regiões onde as espécies coexistem, mas estão minimizadas ou não existem onde a distribuição das espécies não
se sobrepõem.
Radiação adaptativa é a denominação dada ao fenômeno
evolutivo pelo qual se formam, em um curto espaço de
tempo, várias espécies a partir de uma mesma espécie
ancestral da qual diversos grupos se separaram, ocupando
simultaneamente vários nichos ecológicos livres, eventualmente dando origem a várias espécies diferentes.
Seleção natural é um processo da evolução proposto por
Charles Darwin e aceito pelo mainstream da comunidade
científica como a melhor explicação para a adaptação e
especialização dos seres vivos, evidenciada pelo registro
fóssil. Outros mecanismos de evolução incluem deriva
genética, fluxo gênico e pressão de mutação.
O conceito básico de seleção natural é que características
favoráveis que são hereditárias tornam-se mais comuns
em gerações sucessivas de uma população de organismos
que se reproduzem, e que características desfavoráveis
que são hereditárias tornam-se menos comuns. A seleção
natural age no fenótipo, ou nas características observáveis
de um organismo, de tal forma que indivíduos com fenótipos favoráveis têm mais chances de sobreviver e reproduzir-se do que aqueles com fenótipos menos favoráveis.
A microevolução é a ocorrência de mudanças de pequena
escala na frequência genética de uma população, ao
longo de um número reduzido de gerações. Essas alterações ocorrem ao nível ou abaixo do nível taxonômico da
espécie.
Especiação é o processo evolutivo pelo qual as espécies
de seres vivos se formam. Esse processo pode ser uma
transformação gradual de uma espécie em outra (anagênese) ou a divisão de uma espécie em duas por cladogênese.
16 B
O quadro pandemiológico da AIDS no mundo favoreceu
um amplo avanço da indústria de antirretrovirais. Hoje, já
são mais de 20 medicamentos disponíveis no mercado.
Contudo, esse tratamento terapêutico traz um problema
para as futuras gerações: o alto poder mutante do vírus
HIV somado à ação seletiva da aplicação contínua de uma
variedade dessas drogas nos pacientes têm permitido o
surgimento de cepas virais multirresistentes aos medicamentos disponíveis no mercado.
17 E
O uso indiscriminado de antibióticos na população favoreceu, ao longo de décadas sem uma devida fiscalização
dos órgãos de controle da saúde nacional, a seleção de
linhagens de bactérias mutantes, resistentes aos antibióticos, trazendo um quadro preocupante para a saúde da
população como um todo.
18 A
A administração de leite durante os períodos lactentes
dos mamíferos, como observado entre povos pastoris da
Tanzânia, do Quênia e do Sudão, além de outros lugares,
favoreceu a seleção de genes mutantes (surgidos de forma
aleatória e distinta entre os povos) que se fixaram na população ao longo do tempo, revelando um fenômeno curioso
de convergência evolutiva.
14 C
A competição funciona como um fator seletivo, favorecendo a sobrevivência dos mais aptos.
15 C
A capacidade de crescimento de uma população é o seu
potencial biótico, que é medido por meio de fatores como:
capacidade de reprodução da espécie, mecanismos de
defesa contra predadores, resistência a doenças, capacidade de migração, de adaptação a mudanças ambientais
etc. Assim, uma espécie não cresce indefinidamente, pois
existem fatores que impedem que isso ocorra, como competição, predatismo, escassez de recursos do meio. Isso é
importante para que a população não ultrapasse o limite
determinado que o ambiente seja capaz de sustentar.
Assim, todas as populações crescem formando curvas sigmoides, pois apresentam um ponto de estabilização determinados pela resistência do meio. A população humana é
a única que cresce em uma curva J (jota), ou seja, cresce
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