UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Sonia Maria Cores
A PERCEPCAO DO SOM NAS ACADEMIAS SEGUNDO OS
PRATICANTES
Curitiba
2006
Sonia Maria Cores
A PERCEPCAO DO SOM NAS ACADEMIAS SEGUNDO OS
PRATICANTES
Trabalho de conclusao do Curso de Educayao
Fisica da Faculdade de Ciencias Biol6gicas e
da Saude da Universidade Tuiuti do Parana,
como requisito para obtenyao do grau de
licenciatura, orientado pelo Professor Doutor
Candido Simoes Pires Neto.
Curitiba
2006
TERMO DE APROVAC;AO
SONIA MARIA CORES
A PERCEPCAO DO SOM NAS ACADEMIAS SEGUNDO OS
PRATICANTES
Esta monografia
foi julgada e aprovada
para a obtengao do grau de licenciatura
no curso de Educagao Fisica da Universidade
Tuiuti do Parana
Curitiba, 30 de outubro de 2006
Educagao Fisica
Universidade
Tuiuti do Parana
?1
Professor Ney de Lucca Mecking
Curitiba
2006
SUMARIO
1. INTR 0 D uC;A 0 ------------------------------------------------------------------------------------
08
1.1 JUSTI FICATIVA DO TEMA --------------------------------------------------------------
08
1.2 PROBLEMA
---------------------------------------------------------------------------------
10
1.3 0 BJ ETIVOS ---------------------------------------------------------------------------------
10
1.3.1 Objetivo Geral ------------------------------------------------------------------------
10
1.3.2 Objetivos Especificos
---------------------------------------------------------------
10
------------------------------------------------------------------
11
2. REVISAo
DE LlTERATURA
2.1 NATUREZA
DA ONDA SONORA -----------------------------------------------------
11
2.1.1 Dimens6es da Onda Sonora ------------------------------------------------------
12
2.1.2 Qualidades
13
da Onda Sonora ------------------------------------------------------
2.2 SOM, PROPRIEDADES
2.3 CONCEITO
E MEDIDAS ------------------------------------------------
E CLASSIFICA~Ao
DOS RuiDOS
-----------------------------------
14
16
2.3.1 A Medic;ao e 0 Contrale do Ruido ------------------------------------------------19
2.4 EFEITOS DO RuiDO
2.5 RuiDOS
NA AUDI<;AO E NO ORGANISMO
RECREACIONAIS
2.6 EXERCiclO
FIsICO,
ou NAo OCUPACIONAIS
----------------------
21
------------------------
23
MUSICA E RuiDO --------------------------------------------
2.6.1 Legisla~ao e Ruido Urbano ------------------------------------------------------2.7 FAIXA DE AUDI<;Ao
26
27
HUMANA ---------------------------------------------------------
29
2.7.1 Bases Fisicas da Audi~ao ---------------------------------------------------------
29
2.8 ORELHA EXTERNA -----------------------------------------------------------------------
31
2.8.1 Modo de Vibrat;:8o da Membrana
3. METODOLOGIA
Timpanica
---------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------
3.1 TIPO DE PESQU ISA -----------------------------------------------------------------------
32
34
34
3.2.1 Populat;:8o -----------------------------------------------------------------------------
34
3.2.2 Amostra --------------------------------------------------------------------------------
34
3.3 INSTRU M ENTOS ---------------------------------------------------------------------------
34
3.4 COLETA DE DADOS ----------------------------------------------------------------------
35
3.5 ANALISE DOS DADOS -------------------------------------------------------------------
35
4. APRESENT AC;AO E DISCUSSAO
DOS RESULTADOS
-----------------------------
36
5. CONCLUSAO
-------------------------------------------------------------------------------------
46
REFERENCIAS
--------------------------------------------------------------------------------------
48
------------------------------------------------------------------------------------------
50
AN EX OS -----------------------------------------------------------------------------------------------
53
APENDICES
LlSTA DE QUADROS
Quadro 1 - Perfil dos entrevistados
Quadro 2 - Numero de modalidades
----------------praticadas
Quadro 3 - FreqLu§ncia e tempo das modalidades
--------------------------------------------36
na academia
praticadas
----------------------------37
na academia
----------37
Quadro 4 - De acordo com a percep980 auditiva --------------------------------------------37
Quadro 5 - Problemas auditivos e queixas apresentadas
ao termino das aulas ----38
LIST A DE GRAFICOS
Gratico 1 - Qual a sua classificayao
por genero? ---------------------------------------------39
Grafico 2 - Qual a sua idade? ---------------------------------------------------------------------39
Grafico 3 - Quantas modalidades
voce pratica na semana --------------------------------40
Grafico 4 - Com que frequencia
na semana voce a(as) pratica? ------------------------40
Grafico 5 - Ha quanto tempo pratica a(as) atividades?
-------------------------------------41
Grafico 6 - Durante a pratica das atividades voce prefere 0 som ------------------------42
Grafico 7 - Durante a pratica das atividades sua percepC;:80 foi: -------------------------42
Grafico 8 - Problema apresentados
no aparelho auditivo----------------------------------43
Gratico 9 Problema auditiv~ relatado --------------------------------------Grafico 10 - Queixa ou desconforto
--------------------44
no aparelho auditiv~ --0 das aulas? --------------44
RESUMO
A PERCEPC;AO DO SOM NAS ACADEMIAS SEGUNDO OS
PRATICANTES
Aluna: Sonia Maria Cores
Orientador: Dr.Candido S. P. Neto
Curso de Educac;:ao Ffsica
Universidade Tuiuti do Parana
o
objetivo deste estudo foi verificar a importancia da percepc;:ao auditiva do
som durante as atividades segundo os praticantes, bem como 0 nfvel de intensidade
sonora e ate que ponto 0 som seria um estfmulo durante as aulas praticas.
Participaram
deste estudo trinta alunos (as) de tres academias
de Curitiba,
selecionadas aleatoriamente,
sendo dez alunos de cada academia, iniciantes ou
ftsicamente ativos, com idades entre dezessete e quarenta anos. Para medir os
nfveis de intensidade
sonora utilizou-se
um decibelfmetro
digital de marca
Instrutherm, modelo DEC-430. Os nfveis encontrados foram: Na academia A - 118
dBA; na academia B - 120 dBA e na academia C - 119 dBA, nfveis estes bem
acima do que estabelece a Norma de Registro (NBR) nO. 10152, da Associac;:ao
Brasileira de Norma Tecnicas (ABNT). A durac;:ao das aulas e de uma hora por
modalidade em todas as academias de Curitiba e a corrente musical mais utilizada e
Rock and Roll. Os trinta praticantes tambem foram avaliados por um questionario
com dez questoes sendo oito questoes fechadas e duas questoes abertas. Os
resultados obtidos foram: 60% dos praticantes fazem aula pratica todos os dias, 30%
praticam mais de tres atividades por semana, 70% freqi.ientam a academia a mais
de um ano. Com referencia a preferencia do som por parte dos praticantes 77%
preferem 0 som forte, 73% em relac;:ao a sua propria percepc;:ao auditiva durante as
aulas relataram que 0 som se encontrava normal, como tambem 43% apresentaram
alguma queixa como desconforto no aparelho aUditivo apos 0 termino de suas aulas.
Palavras - chave:
Percepc;:ao do som; academias;
Enderec;:o: Travessa Capitao Clementi no Parana-ap.
CEP: 80620-180 Curitiba - Parana
E-mail: [email protected]
praticantes.
204 - Agua Verde
1 INTRODUCAO
A PERCEPCAO DO SOM NAS ACADEMIAS SEGUNDO OS
PRATICANTES
1.1
JUSTIFICATIVA
DO TEMA
As buzinas disparam,
roncam, os auto-falantes
Essa orquestra,
as sirenes
apitam,
as maquinas
rangem,
os motores
gritam, as pessoas berram.
sem nenhuma
harmonia
toca a estridente
trilha sonora
do
cotidiano nas grandes cidades brasileiras.
Nao e dificil constatar que a cada dia essa permanente
torna as pessoas mais surdas, bastando para isso observar
agressao
a frequencia
preciso elevar a voz para se fazer entender numa conversayao.
barulho em excesso
tras toda uma serie de consequencias
saude, de ins6nia a partos prematuros,
o
volume
ou, intensidade
aos ouvidos
com que e
Esta provado que 0
perturbadoras
para a
de ulceras a perda de reflexos.
do som correspondem
a
amplitude
das ondas
acusticas cuja a unidade de medida e 0 decibel (dB). Zero decibel s6 existe no papel
dos livros de fisica e em laborat6rios
de acustica, pois 0 silencio absoluto
nao existe
no mundo real. A fala humana em tom normal oscila em torno de 60 dB, isso nao
significa que um grito que faz aparentemente
0 dobro do barulho ensurdeya,
porque
o decibel e na realidade, uma medida logaritmica.
No que se refere ao ruido urbano 0 Brasil gerou legislayoes
na esfera federal,
estadual e municipal.
Na esfera
vinculado
federal
a Secretaria
atua
0
Conselho
do Meio Ambiente
Nacional
Nacional,
do Ambiente
esse 6rgao
(CONAMA),
possui
algumas
9
resoluc;:oes, entre elas, a resoluc;:ao nO001, de 8 de marc;:o de 1990, que dispoe sobre
a emissao
de ruidos,
atividades industriais,
padroes,
comerciais,
A Associac;:ao
Brasileira
Brasileira
de Registro
(NBR)
avaliac;:ao da aceitabilidade
de ruido compativeis
academias.
criterios
em decorn!incia
de quaisquer
sociais e recreativas.
de
Normas
nO 10152,
Tecnicas
que
fixa
de ruido em comunidades,
(ABNT),
possui
como fixa tambem
desportivas,
para
os niveis
dentre eles as
de conforto acustico tanto em pavilhoes
locais para esporte e atividades
a Norma
as condic;:oes exigiveis
com 0 conforto acustico em diversos ambientes,
0 nivel recomendado
para espetaculos,
e diretrizes,
fechados
para os professores
e alunos de academias foi de 40 a 45 dBA.
o fato
academias
performance
e que hoje em dia, um numero cada vez maior de pessoas buscam as
nao s6 por um fator
na qualidade
fisico
e estetico,
como
de vida em todos os aspectos,
tambem
incluindo
uma
melhor
0 aspecto
social
e afetivo.
Das modalidades
oferecidas
pel as academias,
80% dependem
da utilizac;:ao
da musica para sua execuc;:ao. Dentre elas, segue abaixo uma pequena
amostra
e
sua descric;:ao:
- "Body Pump" : Eo um programa de exercicios
anilhas, especial mente dimensionadas
que reune os beneficios
localizados
para a modalidade.
da musculac;:ao e 0 dinamismo
que utiliza barras e
Um "workout"
completo
das aulas coletivas
com
musica.
- Aerolocal:
resistencia
Eo um metodo de condicionamento
muscular,
tornando-o
mais
tonificado
fisico que visa desenvolver
sem,
contudo,
a
hipertrofia-Io,
deixando 0 corpo firme e resistente a fadiga.
- "Step": Eo uma aula cuja dinamica consiste em subir e descer uma plataforma
ajustavel com variac;:oes de movimentos
rendimento aer6bico de baixo impacto.
de brac;:os e pernas, combinando
com 0 auto
10
- "Aerobica":
nos sistemas
E um
vascular
metodo de prepara9ao
e respiratorio,
principalmente
nao atletas. As aulas sao de media/alta
impacto, organizado
Considerando
lazer, como tambem,
uma analise mais abrangente
altera90es
sedentarios
com movimentos
e
de baixo
didaticas motivantes.
nao apenas
a qualidade
como atividades
de
de vida, esta pesquisa visa
a tudo 0 que se refere ao som utilizado nas atividades
que oferece hoje as academias
1.2
em academias
um meio de aprimorar
nos individuos
intensidades,
em seqOencias e coreografias
as atividades
fisica que visa provocar
de Curitiba.
PROBLEMA
Qual a percep9ao do som segundo os alunos durante a pratica das atividades?
1.3
OBJETIVOS
1.3.1
Objetivo geral
Verificar a percep9ao
do som e sua a9ao segundo os praticantes
durante a pratica
de atividades.
1.3.2
Objetivos especificos
Tra9ar 0 perfil dos entrevistados.
Avaliar a intensidade
sonora durante as aulas praticas.
Avaliar a percep9ao do som durante a pratica das atividades
segundo os praticantes.
2 REVISAO DE LlTERATURA
21
NATUREZA
DA ONDA SONORA
Se perguntarmos
a um individuo
aquilo que ouvimos".Para
0 que e som ele responden3:
"som e tudo
0 fisico, 0 som e uma forma de energia vibrat6ria
propaga em meios elasticos.
que se
Para 0 psic610go 0 som e uma sensa<;:ao inerente
a
cada individuo.
Ao fisiologista
auditivas
ate atingir
verificaremos
interessa
0 cerebro.
a maneira
pela qual 0 som caminha
Se analisarmos
cada
uma das respostas
que todas estao corretas, pois cada profissional
som de acordo com 0 interesse e a necessidade
Entretanto,
observamos
uma
e intensidade
vez, as propiciam.
interdependencia
apelo intuitivo,
caracterizam
psicol6gica
dessas
areas,
variedade de sons que nos estimulam
ou seja,
0
as sensa<;:oes de
do som que, por sua
na defini<;:ao do som parece ter um
pois pode ser mais facil a compreensao
0 som tendo como referencia
dadas,
de sua area de conhecimento.
com os atributos fisicos mensuraveis
A abordagem
vias
lid a com 0 conceito de
psic610go necessita das informa<;:oes do fisico para poder comparar
frequencia
pelas
dos eventos
fisicos
que
a
as sensa<;:oes que estao associadas
diariamente
(RUSSO,
1999).
Segundo Russo, (1999) muitos corpos podem servir como fontes sonoras: as
cordas de um instrumento
musical como 0 violao,
uma membrana
de um tambor,
uma barra no xilofone, etc.
Todavia,
fonte
sonora
movimento
ha um pre-requisito
- precisa
ser capaz
indispensavel
de vibrar.
para um corpo funcionar
Se um corpo
vibrat6rio ele necessita de duas propriedades
pode
como
ser posto
em
fisicas que sao inerentes a
12
cada corpo: massa e elasticidade.
Quando algo faz com que uma fonte sonora vibre
ou oscile, um even to sonoro ocorreu e este pode ser transmitido
o
meios
ar e provavelmente
como,
transmitir
por exemplo,
som.
elasticidade
0 meio mais comum
Devido
finitas,
agua,
ao
fato
fios,
cordas
das
estruturas
elas sao capazes
de ser encontrado,
e ac;o tambem
terem
que permitem
Embora as propriedades
separadamente
a um meio transmitir
as propriedades
RUSSO (1999 apud SPEAKS,
2.1.1
de
massa
e
tanto como fonte de um som
que permitem
uma estrutura funcionar como uma fonte de som sejam essencialmente
propriedades
mas outros
sao capazes
moleculares
de funcionar
quanto como meio para sua transmissao.
para algum meio.
som, e conveniente
do meio de transmissao
identicas as
descrevermos
e as propriedades
da fonte
1992).
Dimens6es da Onda Sonora
De acordo com Russo, (1999), chama-se
que as particulas
foi substituida
de freqOencia (f) 0 numero de ciclos
materiais realizam em 1 segundo. A expressao
por hertz (Hz), em homenagem
ao fisico alemao Heinrich Hertz, sendo
esta a unidade de medida usada internacionalmente.
vibra em hertz (Hz) e conhecida
determinada
pela densidade
como
particulas
materiais completarem
Teoricamente
existem
A taxa na qual a fonte sonora
a sua freqOencia
e pelo comprimento
periodo (T) e definido como a quantidade
ciclos por segundo
que,
por sua vez, e
das hastes de um diapasao.
de tempo, em segundos,
requerida
Ja
0
para as
1 cicio.
ondas sonoras
de qualquer
freqOencia.
Entretanto,
0
ouvido humane e senslvel somente aos sons cuja faixa de freqOencias se situa entre
20 e 20.000 Hz, denominada
faixa audlvel. Ondas sonoras situadas abaixo de 20 Hz
sao chamadas de infra-som e acima de 20.000 Hz de ultra-som,
(RUSSO,1999).
A faixa de freqOencias audlvel difere para alguns animais, tais como:
gatos
=
10 Hz a 60 kHz
13
caes = 15 Hz a 50 kHz
morcegos = 10kHz a 120 kHz
=
golfinhos
Golfinhos,
10kHz a 240 kHz
morcegos
e mariposas
sao animais que se locomovem
de alimentos ou fugindo de perigos atraves de ondas ultra-sonicas
emitem.
A observac;:ao do comportamento
desenvolvimento
objetos
(submarinos,
profundidades.
humano,
baixa
do sonar, durante
minas,
Como
a 2" Guerra
etc.)
0 ultra-som
desses
sob
a
intensidade,
intensidade
0
elevada,
ultra-som
visa
Mundial,
agua,
esta situado
pode ser usado com intensidades
animais
que eles proprios
sugeriu
visando
a ideia
pequenas
a transmissao
da faixa
do
a detecc;:ao de
localizando-os
acima
na busca
a
grandes
audivel
pelo ser
ou bastante
elevadas.
Em
de
ao
em
energia
visa a produc;:ao de alterac;:6es no meio. Russo
meio;
(1999 apud
OKUMO e col., 1982).
2.1.2
Qualidades
Para
Russo,
relacionadas
(1999),
as qualidades:
uma qualidade
qualidade
da Onda Sonora
as dimens6es
ou atributos
altura, intensidade
a frequencia
sonora
estao
e 0 timbre, embora este ultimo seja
nao do som, mas da fonte sonora
relacionada
da onda
que 0 produziu.
A altura e a
da onda sonora que, por sua vez, nos permite
classifica-Ia em uma escala que varia de grave a aguda.
Quanto mais alta for a frequencia,
mais agudo e 0 som. Quanto mais baixa for
a frequencia,
mais grave ele 0 sera. Ainda com relac;:ao
observarmos
que os term os alto e baixo referem-se
frequencia,
sendo,
intensidade
sonora,
qualidade
portanto,
relacionada
como
tanto
equivalentes
geralmente
a
amplitude
efetiva e sua energia transportada,
agudo
empregados.
da onda sonora
permitindo-nos
e importante
a ondas sonoras de alta e baixa
aos termos
sao
a frequencia,
classifica-Ia
e grave
A intensidade
quanto
a
e nao
a
e uma
sua pressao
dentro de uma escala
14
que varia de fraco a forte. Dessa maneira, quanta maior for a amplitude,
efetiva e a energia transportada
for, mais fraco ele
pela onda sonora mais forte e 0 som. Quanto menor
sera (RUSSO,1999).
0
Para Russo, (1999), 0 timbre nao e uma qualidade
sonora.
Por meio dele podemos
emitida por instrumentos
harmonicas
2.2
diferenciar,
diferentes,
grat;:as
SOM, PROPRIEDADES
Segundo Bhatnagar,
som e caracterizado
Tempo,
propriedade
nota musical
contribuit;:ao das diversas freqClencias
complexo.
(2004), 0 som e gerado quando uma fort;:a faz um objeto
0 movimento
no meio, cause a propagat;:ao
das moleculas,
p~r dois atributos
seja 0 periodo
decorrido,
no meio, que transmite
principais:
freqClencia
ou a fase de inicio
de uma
0 som.
e intensidade.
do som, tambem
0
0
e uma
do som.
A freqClencia se refere
completos,
a
a mesma
E MEDIDAS
vibrar de forma que a vibrat;:ao molecular,
.E
do som, mas sim da fonte
p~r exemplo,
de que se comp6e um som denominado
onda de pressao
a pressao
a
velocidade
de vibrat;:ao, ou aD numero
que uma particula executa; e expresso em ciclos por segundo,
(Hz). A freqClencia determina
0 timbre
dos som,
ou tom; 0 ouvido
de ciclos
ou Hertz
humane
pode
detectar sons dentro de faixa de 20 a 20.000 Hz. As freqClencias mais importantes
para se compreender
a fala estao na faixa de 250 a 8.000 Hz.
As ondas sonoras de baixa freqClencia sao percebidas
as ondas sonoras
de alta freqClencia sao percebidas
relat;:ao entre freqClencia e altura nem sempre
representada
como agudas.
Entretanto,
e linear. A intensidade
a
do som e
pela amplitude das ondas sonoras (BHATNAGAR,2004).
Segundo
correlaciona-se
como graves, enquanto
Bhatnagar,
(2004),
refere-se
com a altura percebida.
em term os de sua pressao
sonora,
a
fort;:a do movimento
A fort;:a do movimento
em dinas por centimetro
molecular
molecular
quadrado,
e
e medida
ou I-lPa.
15
Como a faixa das pressoes
grande,
foi medida
sonoras
em decibeis(dB}.
a que 0 ouvido
humano
0 decibel e definido
e sensivel
como
e muito
0 logaritmo
da
propon;:ao entre a pressao sonora medida (Px) e uma pressao sonora de referencia
(Pr). A f6rmula
determinado
para se calcular
0 nivel de pressao
sonora (NPS) em decibeis
de
som e a seguinte:
NPS dB = 20 log PxlPr
Convencionalmente
a pressao sonora de referencia
20 IJPa, que corresponde
a pressao sonora necessaria
de 1.000 Hz seja apenas
intensidade
audivel
ao ouvido
e 0,0002 dina/cm
2 ,
ou
para fazer com que um som
humano.
Se Px for igual
do som do NPS em dB e zero. Zero decibel nao significa
a Pr, a
ausencia
de
som, mas sim que a pressao sonora medida e igual a pressao sonora de referencia.
Se a pressao sonora medida for 100 vezes maior que a pressao sonora referencia,
intensidade
da pressao sonora, medida em NPS dB, seria de 40 dB, porque 0 log de
100 e 2.(BHATNAGAR,
2004}.
Para ilustrar 0 NPS dB para as propon;:oes entre diferentes
1, anexo 1). 0 ouvido humano e sensivel a faixa de intensidade
o som
a
Px:Pr, (ver tabela
de 0 a 140 NPS dB.
acima de 140 dB causam dor.
A exposic;:ao prolongada
e repetida a sons com nivel de pressao sonora acima
de 90 a 100 NPS dB pode causar lesao estrutural
ciliadas, na c6clea. As alterac;:oes da intensidade
altura do som.(BHATNAGAR,
permanentemente
sao percebidas
a intensidade,
ha um aumento
Entretanto, nem sempre ha relac;:ao 1: 1 entre altura e intensidade.
referencia
nao e igualmente
mais conhecida
indica a intensidade
como alterac;:oes da
2004}.
A medida que aumenta
o ouvido humano
das celulas
sensivel
a audi<;ao media
da altura.
Isto ocorre porque
a todas as freqOencias
para 0 decibel e denominada
do sam em rela<;ao
percebido
sonoras.
A
nivel de audic;:ao (NA), que
normal. Um NA de zero dB
16
designa
a
intensidade,
percebida
com
dificuldade,
pelo
ouvido
humano.(BHATNAGAR,2004}.
Em homenagem
a Alexander
Graham
Bell, inventor
para medi<;:oes de perdas nas linha telefonicas,
Bel (RUSSO,1999
qual
comprimia
ampla
varia<;:ao da
foi usada
nos EUA, uma unidade denominada
p. 102, grifo do autor), como medida
uma
do telefone,
escala
relativa de intensidade,
linear
de
intensidades
a
pel a
transforma<;:ao desta em uma escala logarftmica.
Assim,
em vez de expressar
a intensidade
relativa
0,0001; 0,001; 1.000; 100.000 ou 1.000.000.000.000
que as intensidades
Entretanto,
empregarmos
relativas eram, respectivamente,
ao usarmos valores decimais,
para varios
podiamos
sons como
dizer simplesmente
-4, -2, 3, 5 e 12 Bels.
0 processo
se torn a mais facil, se
0,1 de um Bel, ou seja, 0 deciBel (dB) (RUSSO, 1999 p. 103, grifo do
autor), definido como uma raiz que nos diz em que razao urn valor
e maior
ou menor
que outro, sendo este ultimo tornado como referencia.
Um comentario
sobre gramatica e necessario.
unidades sao escritas e pronunciadas
Mas no plural utiliza-se,
2.3
CONCEITO
Bel e deciBel.
respectivamente,
nao deciBeis, como e erroneamente
E CLASSIFICA~AO
Usados na forma singular estas
empregado
Bels
e
deciBels
(dB e nao dBs) e
(SPEAKS, 1992).
DOS RuiDOS
Todos os sons tem 0 potencial de serem descritos como ruidoso Basicamente,
a classificayao
desejavel.
do ruido e subjetiva e sua distin<;:ao se refere ao fato deste ser ou nao
Para um jovem, a musica proveniente
frequentemente
a
excess iva intensidade,
de um conjunto de rock, associada
e sinonimo
que para outro pode nao passar de ruido. Todavia,
descrever
um sinal
acustico
aperi6dico,
originado
de prazer, vibra<;:ao, enquanto
0 termo
da
ruido e utilizado
superposi<;:ao
de
para
varios
17
movimentos
de vibra9ao
com diferentes
freqLu3ncias, as quais
rela9ao entre si. Russo (1999 apud FELDMAN & GRIMES,
1985).
Russo, (1999), afirma que 0 ruido afeta adversamente
mental
das
expostos
pessoas,
sendo
a ele, como
grilficos,
e
diariamente,
0 caso de aeronautas,
ferramenteiros,
motoristas,
que,
marceneiros,
metroviarios,
operadores
de
operarios da constru9ao civil, telefonistas,
Entretanto,
ruidos,
mesmo
0 habitante
durante
milhares
nao 0 abandona,
0 sono,
musicais,
serralheiros,
esse verdadeiro
teceloes,
uma vez que a sociedade
de amplifica9ao,
Standard Organization"),
de
trilfego,
algazarras,
"bombardeio
em festas,
discotecas,
sonoro"
cinemas,
modern a esqueceu-se
tanto individuais
sonoros infantis, quanto coletivos.
estacionario
militares,
motores envenenados,
procura distrair-se
segundo 0 seu nivel de intensidade
* Continuo
metalurgicos,
etc.
que possa parecer,
2204/1973 ("International
dentistas,
com os quais parece estar acostumado:
controle de volume dos sistemas
ouvido, brinquedos
ferroviarios,
sao
das grandes cidades vive imerso numa atmosfera
nem quando
teatros, espetaculos
fisico e
de trabalhadores
perfuratrizes,
buzinas, alarmes contra roubos, escapamentos,
etc. Por mais estranho
0 bem-estar
aeroviarios,
medlnicos,
nao apresentam
do
como fones de
De acordo com a Norma ISO
os ruidos podem ser classificados
em:
- Ruido com varia90es de niveis despreziveis
durante
o periodo de observa9ao.·
* Continuo
nao estacionario
- Ruido cujo nivel varia significativamente
durante
o periodo de observa9ao.
* Continuo
flutuante
- Ruido
cujo nivel varia continuamente
de um valor
apreciavel durante 0 periodo de observa9ao.
* Ruido intermitente
- Ruido cujo nivel cai ao valor de fundo (ruido de fundo)
varias vezes durante 0 periodo de observa9ao,
em valor constante
sendo 0 tempo em que permanece
acima do valor da ordem de segundos
ou mais, podendo,
para
fins dessa norma, ser assumido como continuo, tendo-se em vista a sua avalia9ao.
18
• Ruido de impacto
ou impulsivo
- Ruido que se apresenta
energia acustica de dura<;ao inferior a um segundo
em intervalos
em picos de
superiores
segundo. A forma de onda desse tipo de ruido e frequentemente
descrita
a um
por sua
amplitude e dura<;ao, em que a amplitude e medida no pico maximo e a dura<;ao e 0
tempo que leva a onda para cair 20 dB de seu nivel normal. 0 ruido de impacto e um
fen6meno
acustico associado
a
mais nocivos
a explosoes
e e considerado
audi<;ao, com intensidades
um dos tipos de ruidos
que variam de 100 dB para 0 ruido de
impacto e acima de 140 dB para 0 ruido impulsivo.
Russo (1999 apud FELDMAN
&
CRIMES, 1985).
De acordo
com Quick
et al. (1981),
problema do ruido deve ser encarado
do trabalhador,
coletividade
mas tambem
como
cefaleia, disturbios
comportamento.
sensibilidade
nervosismo,
As
seriamente,
podendo
otalgias,
pessoas
trazer
expostas
a
Axelsson,
(1991)
e Seligman
nao somente
serios
hipertensao
e podem ficar mais propensas
irritabilidade
(1991)
no ambito da comunidade
um todo,
gastricos,
Costa
(1993),
0
no ambito da saude
me geral, po is este afeta a
a
problemas
saude
como:
arterial, altera<;oes no sono e no
ruido
prolongado
mostram
a brigas e discussoes
mais
devido ao seu
e tensao.
Comenta
que a atividade
de lazer estao
surgindo
cujos
niveis de ruido parecem aumentar com 0 passar dos anos; sendo assim, tem havido
uma preocupa<;ao em rela<;ao a estas atividades
ruidosas,
tais como: conserto
rock/pop, onde os niveis de ruido chegam a aproximadamente
de
105-115 dB (A), walk-
man, estereos de carro, que podem produzir ruido entre 120-140 dB (A), armas de
fogo que podem exceder de 150-160 dB(A) e outras atividades
barcos,
apitos
tratores
e barulhos
frequentemente
lazer.
motorizados,
em estadios
expostos
motocross,
avioes-miniaturas,
de futebol).
a niveis
intensos
Os adultos
(carros de corrida,
jogos
jovens
de som durante
de fiiperama,
e que sao mais
estas
atividades
de
19
Miller, (1974) comenta que tem side estudada
entre ruido, incomodo
comunidade
dificuldades
observador
diante
questionario
que
profissional
e das rea,,6es da comunidade.
quanto ao ruido sao estudados
Ele apontou
da
na realiza"ao
influenciar
e a proposta
da
par meio de uma queixa em particular.
metodo
nos
socia is a rela"ao
0 incomodo
das pesquisas
comunidade,
pode
qualificado
informa,,6es
por pesquisa
de
dados
tais como:
entrevista
coletados.
e
a postura
do
constru"ao
de
FreqOentemente,
um
em acustica analisa 0 problema e este usualmente
obtem as
por meio de um prontuario e de uma pesquisa social.
Borsky, (1980), reportou
que pouco tem sido feito para diminuir
do ruido, apesar do fato de um grande numero de residentes
se incomodados
pelo ruido do ambiente.
Poucas pessoas
0 incomodo
da comunidade
se queixam
sentir-
a um 6rgao
oficial adequado.
Kryter, (1985) colocou que tem havido um aumento do numero de queixas de
grupos de comunidades,
o ruido
conseguindo
pode ser um dos causadores
cognitiva
e na aprendizagem
dependendo
das altera,,6es
individuos.
(1981) estudaram
na performance
podem
ocorrer
a ele.
minutos,
a ruido, mesmo
que apresentaram
que por
como
das paredes dos vasos sangOineos, ou seja, um aumento
de resistemcia dos vasos, com diminui"ao
do f1uxo sangOineo.
A Medi"ao e 0 Controle do Ruido
Segundo
dos
altera,,6es
expostas
curtos de tempo, como dez ou quinze
conseqOemcia contra"ao
2.3.1
Essas
pessoas
dos niveis de decibels.
que ocorrem
do tipo de ruido e do tempo de exposi"ao
Anren et ai,
periodos
dos
algumas a diminui"ao
Russo,
componentes
indispensaveis
de
(1999),
as medi,,6es
freqOencia,
sonoras
intensidade
para 0 processo de determina"ao
e
permitem
dura"ao,
da nocividade
analises
atributos
de um ruido.
precisas
fisicos
20
Alem disso, e importante
individuo
acumula
durante
saber qual a dosagem
sua
(AKKERMAN,
1976). Na medi"ao
de medidores
de niveL
dosimetros.
jornada
trabalho
em
do ruido sao empregados,
de pressao
(RUSSO,1999-pag
de
de pressao sonora que um
sonora,
conhecidos
ambientes
ruidosos
basicamente,
dois tipos
como
103, grifo do autor) Tais medidores
por um sistema em que 0 microfone
e
decibelimetros
sao constituidos
e a pe"a vital, aliado a um amplificador
e um
indicador de nivel.
De acordo
com Russo,
pode ter respostas
(1999), 0 circuito
para ruidos
continuos
obtendo-se
constante ou para determinar
especifico,
0 ruido
e intermitentes
rapidas. Os dosimetros
individual do trabalhador
Segundo
padronizadas
C, designadas
ser usados
ou impulsivo
sao determinados
de
circuitos
sao recomendaveis
comuns
para
quando e necessario
deve ser
respostas
lentas
e
avaliar a exposi"ao
na edi"ao
do ruido existem
varias
denominadas
de circuitos de compensa"ao
para reproduzirem
a audibilidade
em fun"ao da frequencia
sonoro
comportamento
auditiv~
respectivamente,
de 40,70
em ambientes
de medi"ao
internacionalmente,
o circuito
de nivel
a niveis de ruido, durante sua jornada de trabalho.
Costa e col., (1989),
nivel
de
com 0 usa
para ruido continuo
0 circuito
Pelo fato do ouvido nao responder linearmente
medidor
em medi,,6es
valores extremos de ruido intermitente.
e de impacto
nao devendo
instrumentos
entao um valor medio. Os limites
desse tipo de medidor. A resposta rapida e empregada
Quando
desses
lentas ou rapidas. As lentas sao empregadas
ruidos cujo nivel varia excessivamente,
de tolerancia
de medi"ao
procura,
humane
por
em
meio
A, B e
sonora.
ao espectro de frequencias,
desses
rela"ao
escalas
a
circuitos,
niveis
de
0
reproduzir
0
intensidade,
e 100 dB a 1.000 Hz.
A e 0 mais utilizado na medi"ao
de ruidos continuos
e intermitentes
de trabalho, pois mede 0 volume percebido
pelo ouvido humano, com
e empregado
nas medidas de ruido de
enfase nas frequencias
alias. Ja 0 circuilo C
impacto, por ser um circuito de resposta mais linear.
21
Como 0 ouvido humane nao e igualmente
da faixa
audivel,
para avaliar
pesquisa, confrontando-se
a
demais frequencias,
a audibilidade
medida
montada
uma curva,
auditiva,
a uma determinada
1.000 Hz.(RUSSO,
a sensagao
curvas
auditiva
formada
para todas as frequencias
ao ruido
foi realizada
uma
de um tom de 1.000 Hz, com parada a das
que a intensidade
por todos
intensidade,
sonora
crescia.
A partir dai, foi
os sons que produzem
tendo como referencia
igual sensagao
a frequencia
de
1999).
A zona de maior sensibilidade
e essas
sensivel
foram
aUditiva foi encontrada
denominadas
de curvas
entre 3.000 e 4.000 Hz
de igual audibilidade
ou curvas
isofOnicas (COSTA e col, 1989)
De acordo com Russo, (1999), uma exposigao continua
85 dBA pode causar
aumento
de apenas
perdas
permanentes
5 dB implica
de audigao
a ruidos superiores
e, acima
redugao do tempo de exposigao
deste
nivel,
a
um
ao ruido pela
metade.
Alem disso, nao constam somente os ruidos ocupacionais,
fazem parte de atividades
de lazer: usa de fones de ouvido,
carros de corrida, conjuntos
de rock, orquestra,
infantis, cujos niveis de intensidade
(chaveiro),
corneta
de futebol
sem mencionar
podem atingir
mas alguns que
danceterias,
alguns
motos,
brinquedos
128 dBA, como 0 do rev61ver
(123 dBA), bombinhas
(121 dBA) (CELANI
e col,
1991).
24
EFEITOS DO Ruloo
Russo,
(1999),
afirma
NA AUOI~Ao
E NO ORGANISMO
que quando
nossos ouvidos sao dotados de mecanismos
auditiva durante e ap6s a estimulagao
descrito como mascaramento,
estamos
expostos
protetores
acustica.
a ruidos
em geral,
que alteram a sensibilidade
Sofremos
a agao de um fen6meno
toda vez que a percepgao de um som e diminuida
presenga de um ruido de maior intensidade
que encubra esse som.
em
22
Se nossa sensibilidade
auditiva
estfmulo sonoro intense e duradouro,
Quando,
porem,
isso ocorre
e reduzida
durante
fen6meno
ap6s a cessat;:ao do estimulo,
adaptat;:ao
peri-estimulat6rio
Os efeitos
segundo
entre
do ruido
Melnick,
(1985):
Shift");
Trauma
Threshold
,ipermanent
Threshold
de um
dizemos que houve adaptat;:ao auditiva.
fadiga auditiva , tambem cham ada mudant;:a temporaria
A diferent;:a
a apresentat;:ao
e fadiga
entramos
em
no limiar.
auditiva
e que
a primeira
e um
e a segunda e p6s-estimulat6ria.
na audit;:ao podem
Mudant;:a
acustico
ser divididos
temporaria
e Mudant;:a
Shift") tambem chamada
no
limiar
em tres categorias,
(TTS
permanente
Perda Auditiva
- "Temporary
no
limiar
(PTS
-
Induzida pelo Ruido
(PAIR).
A mudant;:a temporaria
gradual da sensibilidade
no limiar (TTS) ou fadiga auditiva e uma diminuit;:ao
auditiva com 0 tempo de exposit;:ao a um ruido contfnuo
intenso. Tal redut;:ao no limiar auditivo e um fenomeno
ao normal ap6s um periodo
de repouso
auditiv~.
temporario,
Ruidos
de 2.000 a 6.000 Hz em intensidades
tende a ser recuperada
sonora (MERLUZI,
nas primeiras duas a tres horas ap6s cessada a estimulat;:ao
trauma
acustico
deve estar restrita
isto e, ruidos de impacto ou impulsivos
humano, por produzirem
Caracteriza-se
les6es mecanicas
com queda audiometrica
auditiva induzida
Russo,
(1999), a mudan9a
aos efeitos
de uma explosao,
na c6clea.
subita neuro-sensorial,
acentuada
da
os mais nocivos ao ouvido
irreversiveis
por uma perda auditiva
somente.
proveniente
, considerados
entre 3.000 e 6.000 Hz (MERLUZI,
Segundo
principal mente na faixa
entre 60 e 80 dBA. A maior parte do TTS
exposit;:ao unica a um ruido de grande intensidade,
frequencias
nao
1981).
A expressao
uni ou bilateral,
ja que este volta
de baixa frequencia
produzem tanta fadiga aUditiva quanto os de alta frequencia,
e
em forma
podendo
ser
de V na faixa de
1981).
permanente
no limiar (PTS) ou perda
pelo ruido (PAIR) ou perda auditiva ocupacional
e decorrente
de
23
um acumulo
de exposi<;:5es a ruido,
constantemente,
lenta
normal mente
em
sua
deCOrrE3ncia de
Em
acompanhada
de sensa<;:ao de ouvido tampado,
fase
isto e, barulhos subjetivos
Posteriormente,
de
(recrutamento),
E
inicial,
a
0 limiar auditivo
Hz),
perda
0
bilateral
que
leva
e zumbidos,
mais acentuada
para as altas frequencias
de
compreensao
de
e frequencia
individual.
muscular,
dores
disturbios
0 Brasil,
circulat6rio,
interferencia
de equilibrio,
de
humor
como
com 0
problemas
e ansiedade.,
1985).
ou NAo OCUPACIONAIS
A exposi<;:ao a ruidos recreacionais
sendo consideravel
nervoso,
de cabe<;:a, mudan<;:as repentinas
RECREACIONAIS
do ruido
pois altera<;:5es no organismo
sistema
no trabalho,
influencia
Os efeitos nao auditivos
Russo (1999 apud FELDMAN & CRIMES,
incluindo
1981).
do ruido, tempo e local
indo desde a<;:5es sobre os aparelhos
sobre 0 metabolismo,
vem sendo objeto de pesquisas
em varios
uma vez que a eleva<;:ao dos seus niveis sonoros
nos ultimos
fala,
a sons intensos
lembrar que os efeitos do ruido na audi<;:ao sofrem
sono, diminui<;:ao do rendimento
paises,
auditivo
temporaria,
ja que lesa as celulas ciliadas da orelha interna (MERLUZZI,
um todo ja foram observadas,
RuiDOS
ser
ou
mais, dando lugar a uma
(destaque do autor) tambem merecem destaque,
2.5
abafamento
a dificuldades
de exposi<;:ao, alem da susceptibilidade
conforme
pode
em presen<;:a de ruido ambiental e intolerancia
importante
psicol6gicos,
auditiva
continuos
nao se recupera
direta de alguns fatores, tais como intensidade
digestivo,
repetidas
no ouvido.
neuro-sensorial
3.000
principalmente
sao
exposi<;:ao a ruidos
intermitentes.
(acima
que
por um periodo de muitos anos. Em geral, a PAIR desenvolve-se
e gradualmente,
perda auditiva
diarias,
anos,
com Russo
levando
muitas
irreversiveis.
De acordo
ocupacionais
podem ser divididos em quatro categorias:
vezes
(1999 apud CLARK,
a perdas
1991),
vem
auditivas
os ruidos
nao
24
• Ca<;:a,tiro ao alvo - Geralmente
rifles de ca<;:acalibre 22 atingem
132 a 139
dBA; pistolas 163 a 170 dBA.
• Brinquedos
=
(impacto)
percussao
- instrumentos
de sopro - (impacto)
95 a 113 dBA; carrinhos
com sirenes
- 64 a 114 dBA; explosivos
eletrodomesticos
cortadores
nao
- Embora incomodos,
levam
a
grandes
de grama e serras eletricas
76 a 123 dBA; vinil -
eletronicas
- 103 a 119 dBA;
(rev61veres e biribinhas)
Russo (1999 apud CELANI, COSTA FO& TROISE,
• Ruidos domesticos
=
- 128 a 133 dBA
1991).
os ruidos gerados pelos aparelhos
prejuizos
para
a
audi<;:ao, contudo,
podem atingir NPS > 110 dBA, e telefones
sem fio podem gerar toques que atingem
140 dBA
Russo (1999 apud ORCHIK
e
col., 1985).
• Musica (discotecas)
- Os niveis sonoros nestes locais podem atingir
entre 105 e 115 dBA, segundo AXELSSON
(1991).
Uma pesquisa realizada na Alemanha,
revelou
os habitos
freqOencia
desses
a discotecas
locais
portanto
auditivos
sujeitos
ambiental excessivamente
• Concertos
por ISING, BABISH & KRUPPA (1997)
de 569 jovens
de 10 a 17 anos,
relacionados
a
mostrou uma varia<;:ao de 95 a 110 dBA nos niveis sonoros
e 15% dos jovens
mais
valores
a
perdas
freqOentavam
auditivas
uma vez par semana,
induzidas
par
exposi<;:ao
estando
a
musica
amplificada.
de bandas de rock - NPS de 102 dBA a 116 dBA. Um show de
uma banda como 0 Sepultura emite em media 120 dBA
• Musica classica e jazz - Em media NPS < 90 dBA.
• Orquestra
dBA (percussao)
sinfonica
- Em media 107 dBA; (pico) 100 dBA (cordas)
(FERNANDES
e col.. 1994). Foram realizados
1994, dois estudos que investigaram
diferentes
tipos
de conjuntos
(MORDINI e col., 1994; FERNANDES
em Sao Paulo, em
os efeitos da musica em profissionais
musicais:
bandas
e col.,1994).
de rock
a 116
e orquestra
de dois
sinfonica
25
Um terceiro
estudo,
foi realizado
p~r Russo e col., (1995),
na cidade
de
Fortaleza (CE), com musicos de trios eletricos com 0 objetivo de estudar os efeitos
da exposiyao
a esse tipo de musica excessivamente
amplificada
sobre a audiyao
dos musicos. Foram medidos os Nfveis de Pressao Sonora (NPS) em varios locais
do vefculo,
bem como determinada
a mudanya
temporaria
Threshold Shift - TTS), e as principais queixas levantadas
no limiar (Temporary
por estes.
Outro estudo realizado por Miranda & Dias (1997), na cidade de SalvadorBahia, com 187 indivfduos,
revelou
uma
prevalencia
excessivamente
sen do 114 deles musicos de bandas ou trios eletricos,
de perda
amplificada
auditiva
induzida
em 40,6% dos indivfduos,
(57,1%); bateristas (46,2%); percussionistas
sen do 46 musicos:
(43,3%) e guitarristas
profissionais,
que
inclufssem
ambiental
com a mensurayao
musicais
para
proteyao
individual,
educativos,
nao excederem
controle
medico
110 dBA;
alem de reforyarem
medidas
amplificada
• Fones de ouvido, gravadores
o controle
organizativas
de implementar
a fim de reduzir os riscos da perda auditiva
musica excessivamente
avaliayao
e dos instrumentos
de proteyao
a necessidade
baixistas
auditiva para
e audiol6gico;
dos nfveis sonoros dos vefculos
musica
(40%).
Os auto res sugeriram a criayao de programas de conservayao
esses
a
por exposiyao
induzida
e
programas
pela exposiyao
a
para essa populayao .
e sistemas de som - NPS 110-128 dBA.
de volume geralmente
varia de (1) 60 a (10) 114 dBA. A maioria
dos jovens prefere um NPS medio de 74,2 dB para musica de fundo e 83,3 dB como
principal
atividade.
Mais recentemente,
jovens equipar seus autom6veis
vem se tornando
com amplificadores
frequente
entre
de grande potencia,
adultos
isto e, que
possam reproduzir sons de ate 120 ou 140 dBA.
Varios concursos tem side realizados e, em Los Angeles,
possufa 30 alto-falantes
dentro de um "Fusca",
gerando
a equipe vencedora
pelo menos
metro de distancia do carro, com janelas fechadas (AXELSSON,
1991).
110 dBA a 1
26
Segundo
Russo (1999 apud Ising, Babish & Kruppa,
1997), na investigac;:ao
com 569 jovens alemaes e seus habitos auditivos, tambem foram estudados
medio e a intensidade
de uso de estereos
pessoais.
Os resultados
0 tempo
mostraram
que
50% dos jovens ouvia musica menos de uma hora por dia, a excec;:ao dos jovens de
13 anos de idade que ouviam-na
de 8 a 10 horas por dia.
Quanto ao nivel de intensidade,
iniciava
a 60 dBA, mas 5% dos jovens
0
ajustava para 110 dBA, nivel preferido pela faixa eta ria entre 12 e 13 anos, que se
expunha a niveis sonoras medios superiores
por dia. Esses dados fizeram
a 95 dBA para um periodo de 8 horas
com que os autores
auditiva induzida por exposic;:ao
a musica
estimassem
excessivamente
0 risco
amplificada
10 dBA para a freqOencia de 3 kHz em 5% dos jovens estudados
de perda
> 95 dBA em
e, ap6s 10 an os de
exposic;:ao, em 40% destes.
• Transportes:
Autom6veis,
onibus
e caminh6es
circulando
cidades geram ruidos situ ados entre 85 e 95 dBA. Entretanto,
os responsaveis
pelos mais elevados
niveis de pressao
nas grandes
os avi6es a jato sao
sonora,
variando
em uma
decolagem entre 130 e 140 dBA. Russo (1999 apud ZANER, 1991).
Os grandes
sonora, superando
Conforme
que os niveis
centr~s urbanos
sofrem diariamente
um verdadeiro
bombardeio
em muito 0 indice ideal de 50 dB(A}, beirando os 100 dBA.
Russo(1999
apud ROLLA,
de poluic;:ao sonora
1994}, uma pesquisa
calculados
para a cidade
realizada
revelou
de Campinas
- SP
varia ram de 49,2 dBA ate 89,9 dBA.
2.6
EXERCiclO
A partir
ocupacionais,
FiSICO, MUSICA E Ruioo
da decada
isto e, aqueles
de
60
surgiu
originados
a preocupac;:ao
durante
musica de estilo rock and roll e seus instrumentos
0 lazer,
com
os
rufdos
nao
principal mente porque
eletronicos,
de intensidade
a
muito
27
amplificadas,
expoe
potencialmente
A
0
a audigao
lesiva
musica
ouvinte
portanto,
modal ida des oferecidas
area que acreditam
a uma
pressao
sonora
intensa,
0
volume
e parte
indispensavel
hoje nas academias,
desta
modalidade,
conseqOencia
que ofereciam
porcentagem
som
em
competigao
forte
trabalhando
estavam
identificaram
habituados
dos alunos nas
trazendo
academias
como
de ginastica
apontaram
com valores
pela legislagao vigente (85 dBA), chegando
as autoras
da
com 0 proprio som da musica.
(1997) mediram 0 ruido de quatorze
de 86% das academias
todas
muitos profissionais
intensidade,
aulas de aerobica com musica e os resultados
aif§m do ruido,
academias
de
uma desnecessaria
Deus e Duarte,
permitidos
aparelho
de
e nao sao raros os profissionais
que 0 som muito intenso aumenta 0 rendimento
do
ser
(MORDINI et aI., 1994).
aulas. Assim, para manter os alunos cada vez mais motivados,
usam
podendo
acima
para uma
dos limites
uma delas a atingir 105 dBA,
que os professores
de ginastica
com 0 ruido, nao se preocupando,
destas
ate 0 momento,
com os prejuizos que poderiam advir.
Fusco,
(1995)
relatou
que
os jovens
estao
ficando
surdos
na aula
ginastica, e alertou que 0 aluno aproveita as aulas como lazer, mas 0 professor
em uma atividade
laborativa.
A cad a nova exposigao
do dia do periodo anterior,
esta
ao ruido (nova aula), esta
ocorre sobre um ouvido que ainda pode nao ter se recuperado
sobre carga da exposigao
de
metabolicamente
da
dando inicio, desta forma, a
lesoes celulares.
2.6.1
Legislagao e Ruido Urbano
Na esfera federal, atua 0 Conselho
incorporado
resolugoes,
a Secreta ria do Meio Ambiente
Nacional do Meio ambiente
Nacional,
(CONAMA),
esse orgao possui algumas
entre elas podemos citar: a resolugao nO 001, de 08 de margo de 1990,
dispoe sobre a emissao de ruidos, pad roes, criterios e diretrizes,
em decorrencia
de
28
quaisquer
atividades
industriais,
politica,
respaldada
propaganda
comerciais,
sociais ou recreativas,
pela Lei nO 7804/89 - Politica
inclusive
Nacional
as de
do Meio
Ambiente.
Nessa resoluc;:ao sao considerados
a
prejudiciais
seguranc;:a e ao sossego
publico os sons e ruidos que atinjam no ambiente exterior do recinto em que tenham
origem, nivel de som de mais de 10 dBA, acima do ruido de fundo existente
sem trMego.
Ainda,
independentemente
do ruido de fundo,
atingem
no local,
no ambiente
exterior do recinto em que tem origem, mais de 70 dBA durante a noite.
A Associac;:ao
Brasileira
de Registro
Brasileira
de
de Registro
para a avaliac;:ao da aceitabilidade
Normas
(NBR)
Tecnicas
(ABNT)
possui
a Norma
10.151, que fixa as condic;:oes exigiveis
de ruido em comunidades,
ela especifica
um
metodo para a medic;:ao de ruido, a aplicac;:ao das correc;:oes nos niveis medidos (de
acordo com a duragao, caracteristica
espectral
e fator de pico) e uma comparac;:ao
dos niveis corrigidos, com 0 criterio que leva em conta varios fatores ambientais.
Esse mesmo orgao dispoe ainda a NBR 10.152, que fixa os niveis de ruido
compativeis
com 0 conforto
conferencia,
cinemas,
acustico
residencias,
em ambientes
escolas,salas
diversos.dentre
de musica,
igrejas e templos, pavilhoes fechados para espetaculos
Na esfera estadual atua 0 Instituto Ambiental
determinac;:oes
do CONAMA
e da ABNT
acima
eles:salas
locais
e atividades
de
para esporte,
esportivas,
etc.
do Parana (lAP), que segue as
citados,
nao existindo
nenhuma
a emissao
de sons e
resoluc;:ao sobre este assunto.
Na esfera
municipal
as prefeitura
ruidos em zonas da cidade classificadas
(ZC), zona industrial
estao delimitando
em zona residencial
(ZR), zona comercial
(ZI), entre outras. Em cada uma das faixas, instituiram-se
sub-
classificac;:oes de limite da poluic;:ao sonora de acordo com 0 periodo do dia, ou seja,
diurno, vespertino ou noturno. Na legislac;:ao ambiental,
de Belo Horizonte e Curitiba
referente ao rUldo urbano, 0 horario diurno vai de 07:00 as 19:00 h, 0 vespertino
das 19:00 as 22:00 h, e 0 noturno e das 22:00 as 07:00 h da manha seguinte.
til
No
29
caso de uma zona estritamente
residencial
devem ser respeitados
horario diurno, 50 dBA para 0 periodo vespertino
2.7
e 45 dBA para 0 noturno.
FAIXA DE AUDI(;:AO HUMANA
De acordo com Russo, (1999) 0 ouvido humane
para todas as frequencias
com
55 dBA para 0
intuito
0
propriedades
subjetivas
audi9ao
de
esclarecer
fisicas
das
na sensa9ao
humana
incluindo
intensidade
as
rela90es
vibra90es
auditiva.
minima
existentes
sonoras
e as
0 ouvido
sonoro
foram
as
sensivel
realizados
altera90es
correspondentes
nas
altera90es
foi determinada
ou audibilidade
sonora capaz de impressionar
50% das vezes em que 0 estimulo
entre
a area de frequencias
de detec9ao
e igualmente
psicoacLJsticos
Nesses experimentos
que compreendia
limiar
0
e varios experimentos
nao
a faixa de
de 20 a 20.000
, isto 13, a mais
Hz,
fraca
humano para um tom puro em
13 apresentado,
tomando
por base a
frequencia de 1.000 Hz e a pressao sonora de referencia de 20 IJPa.
Esse valor de pressao determinou
0 estabelecimento
do 0 dB NA (Nivel de
Audi9ao) .
A area de audibilidade
de individuos
inicialmente
otologicamente
entre
para um grupo
18 e 25 anos,
em campo livre e, posteriormente,
Nacional de Fisica, na Inglaterra (RUSSO,
com 0
1999).
Bases Fisicas da Audi9ao
Segundo
orgaos
norma is, com idades variando
para tons puros apresentados
uso de fones, no Laboratorio
2.7.1
ou 0 nivel de audi9ao foi determinada
Russo, (1999), 0 ouvido 13 um extero-ceptor,
sensoriais.
provenientes
Possui
do proprio
mesmo assemelhando-se,
de tal delicadeza,
um isolamento
corpo,
inclusive
em aspecto,
que causam vergonha
aCLJstico especial
assim como os outros
que atenua
0 da voz do individuo.
a
conchas
Nossas
marin has, escondem
os sons
orelhas,
estruturas
ao mais perfeito artifice e, de tao perfeito
30
funcionamento
automatico,
inspiram
respeitosa
admira<;ao
ao mais
competente
engenheiro.
Entre todos os 6rgaos do corpo, poucos fazem tanto em tao pequeno espa<;o.
Se um engenheiro
fosse construir
3
comprimir em, aproximadamente
17 cm
um harmonizador
de impedancias,
um grupo
de retransmissao
canais
m6vel
ou um transdutor
eletrica,
um sistema
um ouvido e reproduzir
,
um sistema de som que incluisse
um analisador
para manter
mecanico
e amplifica<;ao,
destinado
a converter
um delicado
de acordo
com
Russo,
energia
equilibrio
de muitos
mecanica
hidraulico
em
possivel
1968).
conseguir
milagre de miniaturiza<;ao, sua obra jamais se igualaria, em desempenho,
humano, que se adapta as fortes intensidades
instrumento
musical
esta sendo
tocado
no concerto
em conjunto,
executam atos de espantoso
sons, desempenhando
as estruturas
dire<;ao e a distancia
defesa.
desenvolvimento
isola 0
estado de vigilia,
ruidosos, despertando-
da orelha externa,
alcance e virtuosismo,
discriminando
papeis vitais para 0 ser humano,
locomo<;ao e manuten<;ao do equilibrio
e
que
ao soar do mais fraco alarme de um rel6gio despertador.
Funcionando
alerta
ao ouvido
de uma orquestra,
sem contudo evitar que adorme<;amos em meio a ambientes
de
esse
dos motores e sirenes, distingue
barulho da festa para escutar uma voz amiga e esta em constante
nos, prontamente,
energia
e um sistema
& WARSHORFSKY,
que fosse
(1999)
de grande capacidade,
um transformador
interne de comunica<;ao em dois sentidos (STEVENS
Ainda
suas fun<;6es teria que
estatico
de fontes sonoras,
Porem,
acima
de
tudo,
quanto
a
a sua
localizando
como importante
possibilitam
de um sistema simb61ico estruturado,
cerca de 400.000
tanto relacionados
e dinamico,
funcionando
media e interna
mecanisme
aquisi<;ao
que nos diferencia
a
e
0
das outras
especies animais: a linguagem verbal. (RUSSO, 1999).
"Ao longo de sua evolu<;ao, 0 sistema
grandes
climaxes
de especializa~ao:
labirinto-acustico-Iateral
a electroiocacao,
OU 0 sentido
atingiu
tres
eletrico
dos
31
peixes,
a ecoloca<;ao,
Mangabeira-Albernaz,
animal
Russo
(1999
apud
fun<;6es do ouvido
em tres itens,
as seguintes:
-
Disp6e
de
mecanismos
que
permitem
a
adequada
da energia acustica captada.
• Protetora - Disp6e de elementos
excessivas,
e a linguagem".
que resumir as principais
• Transmissora
transmissao
sonar
1989)
Se tivessemos
destacariamos
ou
capazes
de atenuar intensidades
evitando assim danos maiores as celulas sensoriais
• Transdutora
- Transforma
Didaticamente,
0 ouvido
senoras
da orelha interna.
energia mecanica em eletrica e nervosa.
humane
pode ser dividido em tres partes, a saber:
orelhas externa, media e interna .
2.8
ORELHA EXTERNA
Russo,
(1999), afirma que em muitos animais,
orelha externa conferem-Ihe
a firmeza,
a mobilidade
da
fun<;ao direcional de capta<;ao do som, que e de grande
utilidade na localiza<;ao da fonte sonora. 0 ser humane perdeu ou nunca adquiriu as
tres maiores fun<;6es do pavilhao auricular da maioria dos animais:
• Coletar
determinada
e
concentrar
energia
das
ondas
senoras
provenientes
de
dire<;ao.
• Fazer julgamentos
precisos sobre a dire<;ao do som, movendo
a orelha, em
vez de mover a cabe<;a ate que 0 som se torne mais intenso.
• Manter
movimentos
0 meato
acustico
externo
livre
de agua,
sujeira
por meio
de valvula de algumas partes externas. Para nos, sao estruturas
de
rigid as
que os impossibilitam.
Contudo,de
acordo
com
Russo,
(1999),
0
pavilhao
auricular
auxilia
na
capta<;ao e canaliza<;ao dos sons para 0 meato acustico externo (MAE). Por ser esse
canal
um tubo
fechado
de, aproximadamente,
2,5 cm, e capaz
de entrar
em
32
ressonancia
para sons de comprimentos
comprimento,
10 e 15 dB as ondas
entre
a 4 vezes 0 seu
sonoras
na faixa
de
entre 2.000 e 3.000 Hz
frequencias
2.8.1
amplificando
de onda correspondentes
Modo de Vibray80 da Membrana Timpanica
A orelha externa e separada da media pela membrana
sonora que apresenta
uma linha nodal representada
na parede do MAE, estando 0 ventre de vibray80
rigida, a pOry80 central da MT, geralmente
um piSt80, em movimentos
(MT) , fonte
pelo anel fibroso que a prende
na pory8o mais central.
Embora
se move como um todo, como se fosse
acima de 2.000 Hz, porem,
de vaivem. Para frequencias
o modo de vibray80 da MT torna-se
timpanica
segmentar,
isto e, por partes, e perdendo
sua
tens80 (RUSSO, 1999).
A massa do martelo e da bigorna esta igualmente
do eixo de rotay8o da cadeia ossicular que corresponde
extremidade
do
processo
longo
do
martelo
distribuida
acima e abaixo
a uma linha trayada entre a
e 0 processo
curto
da
bigorna,
coincidindo com 0 centro de gravidade do sistema condutor de som (RUSSO,
A cadeia
martelo,
bigorna
ligamentos,
ossicular,
formada
e estribo
movendo-se
pelos tres menores
encontra-se
suspensa
na
do corpo,
cavidade
ou seja,
timpanica
por
para dentro e para fora como se fosse um bloco unico
Em resposta a press6es moderadas,
modo que a cadeia ossicular
0 estribo acompanha
0 movimento
de
age como uma massa unica. A platina do estribo gira
em torno de seu polo postero-inferior,
campainha
ossos
1999).
movendo-se
mais como
uma alavanca
do que como um piSt80 Russo (1999 apud PAPPARELLA
de
& SHUMRICK,
1973).
Segundo
frequencia
Russo,
ascende
(1999),
quando
a intensidade
acima de um valor critico
de
um
som
de
baixa
(70 a 90 dB NS para frequencias
situadas entre 450 e 4.000 Hz), esse modo de vibray80
muda,
33
subitamente,
passando a platina do estribo a rodar em torno de seu eixo longo.
A amplitude do movimento
e diminuida
e men or pressao e transmitida
para a
coclea, reduzindo, assim, 0 risco de lesoes das celulas ciliadas do orgao de Corti.
Os musculos
sons intensos,
intra-auriculares
promovem
outros
meios
de prote<;ao contra
principal mente de baixa freqOencia. Quando 0 tensor do timpano
contrai, puxa 0 cabo do martelo juntamente
orelha media. Quando 0 estapedio
com a MT para dentro da cavidade
e 0 de restringir a movimenta<;ao da
cadeia ossicular pelo aumento de rigidez do sistema. Esse efeito denominado
por sua
vez,
resistencia do sistema
altera
a impedancia
a passagem
1999).
da
orelha
media,
reflexo
aumentando
a
da onda sonora que penetra no MAE. Essa a<;ao
mecanica do conjunto timpano-ossicular
media (RUSSO,
da
se contrai, puxa a platina do estribo para fora da
janela oval. 0 efeito das contra<;oes simultaneas
acustico,
se
contribui para a fun<;ao protetora
da orelha
3 METODOLOGIA
3.1
TIPO DE PESQUISA
Para este estudo
Nelson
(2001),
analisados,
3.2.1
neste
classificados
utilizou-se
tipo
de
a pesquisa
pesquisa,
e interpretados,
descritiva,
os fatos
sao
que segundo
abordados,
sem que 0 pesquisador
e
registrados,
interfira neles.
Popula9aO
A popula9aO alvo deste estudo constitui de alunos de ginastica
de 03 academias
3.2.2
Thomas
de Curitiba, escolhidas
provenientes
aleatoriamente.
Amostra
A amostra foi composta
por 30 alunos, 10 de cada academia,
sendo 23 do
sexo feminino e 07 do sexo masculino com idade entre 17 e 40 anos, iniciantes ou
fisicamente
3.3
ativos.
INSTRUMENTOS
Os instrumentos
marca Instrutherm,
utilizados neste trabalho
foram : um Decibelimetro
modele DEC-430 e um questionario
fechadas e 02 abertas.
com 10 quest6es,
Digital
sendo 08
35
3.4
COLETA DE DADOS
Os niveis de intensidade
Modalidades:
modalidade
Body
acompanhada
Decibelimetro
confiabilidade
Pump;
Digital
sonora foram aferidas durante as aulas pn!iticas das
Step;
Body
Combat
e Rpm/Spinning,
sendo
cada
com musica e durayao de uma hora cada.Foi utilizado um
marca
das respostas
Instrutherm,
modelo
do questionario
aplicado
DEC-430,
para
aos praticantes
garantir
a
logo ap6s ao
terminG das aulas.
o questionario
Tuiuti do Parana:
de referencia foi validado por tres professores
Professora.
Mestra Jocian
Machado
Bueno;
da Universidade
Professora.
Marcia Regina Waltter e Professor. Doutor Candido Simoes Pires.
3.5
ANALISE
DOS DADOS
A analise foi feita por meio de porcentagem
e analise interpretativa.
Mestra
4 APRESENTACAO E DISCUSSAO
Com 0 prop6sito
de conhecer 0 nivel de intensidade
uma aula de ginastica com musica, nas academias
intensidade sonora nas tres academias
o
periodo
de duragao
e
sonora produzido
por
de Curitiba, foi medido 0 nivel de
selecionadas
das aulas
corrente musical que predominou
encontrados
DOS RESULTADOS
para este estudo.
de uma hora para cada
atividade,
a
em todas as aulas foi "Rock and Roil". Os niveis
foram:
Na academia A 0 nfvel de intensidade
sonora foi de 118 dBA,
Na academia B foi de 120 dBA e,
Na academia C, 119 dBA.
Se compararmos
niveis sugeridos
os nfveis de intensidade
na Norma Brasileira
sonora,
para esporte e atividades
esportivas,
com os
(NBR) 10.152, como nfvel recomendado
conforto acustico de 40 a 55 dBA em pavilh6es
observa-se
acima descritos,
fechados
para professores
para espetaculos,
e alunos destas academias
um valor de 40"acima do recomendado.
Quadro 1. Perfil dos entrevistados.
QUADRO
1
QUESTAO
Sexo masculino
Sexo feminino
QUESTAO
Qual a sua idade?
17 20 anos
21 30 anos
31 40 anos
a
a
a
de
locais
Qtd
7
23
%
23%
77%
Qtd
4
8
18
%
13%
27%
60%
37
Quadro
2. Distribui«ao
modalidades
praticadas
dos
entrevistados
de acordo
QUADR02
QUESTAO
Quantas modalidades voce pratica na semana?
2 atividades
3 atividades
Mais de 3 atividades
Quadro
3. Distribui«ao
tempo das modalidades
dos entrevistados
praticadas
0
numero
de
de acordo
Qtd
9
18
3
%
30%
60%
10%
com a freqliencia
e 0
na academia.
QUADRO 3
QUESTAO
Com que frequencia na semana a(as) pratica?
2 vezes
3 vezes
Todo dia
QUESTAO
A quanto tempo pratica a(as) atividades?
6 meses
Mais de 6 meses
Mais de 1 ano
Quadro 4. Distribui«ao
com
na academia.
dos entrevistados
Qld
3
18
%
10%
30%
60%
Qtd
8
1
21
%
27%
3%
70%
9
de acordo com a percep«ao
QUADR04
QUESTAO
Durante a pratica das atividades voce prefere 0 som:
Forte
Fraco
QUESTAO
Durante a pratica das atividades sua percepc;;ao ao
som foi:
Forte
Fraco
Normal
auditiva.
Qtd
23
7
%
77%
23%
Qtd
8
0
22
%
27%
0%
73%
38
Quadro
5. Distribui«ao
queixas
apresentadas
dos entrevistados
ao termino
em rela«ao
ou desconforto
auditivos
das aulas ..
QUADR05
QUESTAO
Voce apresenta ou ja apresentou algum problema no
aparelho auditivo?
Sim
Nao
QUESTAO
Se sua resposta foi sim a questao acima especifique
no espayo abaixo
Sim (Iabirintite)
Nao
QUESTAO
Em rela~ao a percep~ao do som ao termino de suas
jaulas, voce apresenta ou apresentou
a problemas
Otd
1
29
%
3%
97%
Otd
1
29
%
3%
97%
Otd
6
%
20%
17%
3%
60%
alguma queixa
no aparelho auditivo? Se a sua
resposta foi sim, descreva logo abaixo.
Zumbido
Sensa~ao de ouvido tampado
Dor de cabe~a
Nenhuma altera~ao
5
1
18
e
39
Entrevistados
por Genero
100%
_. _. _. _. _. _. -. _. _. _. _. _. -. -' _. _. _. _. -"77%
-' _. _. _. _. _. _. _. _. _.-
80%
.
60%
._- -. - _._.- -_._. - - ._.- _._.
40%---·_·
.Sexo
Masculino
OSexo
Feminino
- ._- -.- ._.- -- - _.23%
20%
0%
Entre vi sta dos
Grafico
1 - Qual a sua classificac;ao
por Genero?
No gn3fico 1, referente ao genera dos entrevistados observa-se que 77 % sao
do sexo feminin~, enquanto apenas 23% em relac;:ao ao sexo masculino.
Entrevistados por Idade
100%
90%
80%
70%
60%
60%
._._._._._._.-_._._.__ ._._._._._._._.__ ._.-.r---.,-
50%
-._._._._-_._.-.-._._._._.- _._._._._._._._.
40%
._._._._._._.-. -. -.- .... -. - ._._._... -. _._._-
30%
20%
10%
0%
Entrevistados
Grafico
2 - Qual a sua idade?
.17
a 20 anos
021
a 30 anos
031
a40anos
40
No grafico 2, referente a idade dos entrevistados
entre 31 e 40 anos.
observa-se
que 60 % tem
Atividades praticadas na sernana
100%
90%
.-. - .-.-.----.
-. -.-.-.-. -.-. -. -. - .-. - .---. -. - .-.-. -.-. -.-.-. -.- -.-
.-. - .-.-. - .-.-. -. -.- -.-.-.-.- .-.-. -. -.-. -. -. - .-. -.-. -.- .--. -. -. -.-
80%
.2
70%
60%
Atividades
60%
03 Atividades
50%
OMais de 3
atividades
40%
30%
30%
20%
10%
10%
0%
Entrevistados
Grafico 3 - Quantas modalidades
voce pratica na semana?
No grafico 3, referente ao numero de atividades praticadas durante a semana,
observa-se que 60 % dos entrevistados praticam ate tres atividades.
Frequencia
100%
na Semana
.- .-. -. -.- .-. -.-.-. -. -. - .-. -. -.- .-. -.- .-. -. -.- --. -. -. -. - .-. -. - -.-.
90%
.-. -. -.-.-. -.-.-. -. -. -. -. -. -.- -. -.- .-. - .-- -. - .-.-. -. -----.
80%
.-.-. -.-. -.- ---. -.- .-. -.- .-- -. -. - .-. -. -.--- -. -. -. -. -.- -- -. - .-.
.2Vezes
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
-. -.
._._._._._-_._._._._._._._._-_._._._._-_._._.,----,
-. -.-. - .-.-.-. -. - .-. -. - .-. -. -.-. -. -.- .-. -.-.
60%
03 Vezes
o Todo
30%
••••••.••
~ ••
:•D:••••
••~.
Entrevistados
Grafico 4 - Com que freqiiencia
na semana voce as pratica?
dia
41
No grafico 4, referente a freqOencia das atividades,
entrevistados
observa-se
que 60 % dos
0 fazem todos os dias.
Tempo de frequencia na atividade
100%
90%
80%
70%
70%
60%
50%
-. -. -.-. -. -.-. -. - .-.-. -. -._.-. _.- -. -.-.-
40%
.-. -. -. -. - .-.-. -. -.-.-. -. -.-. -.-. -. - .-. _.-
30%-
-. - - - .2.7%
-- ---. - - -. -.-
20%
-._.- -.-. - - .-. - -.-
10%
·----30/0-·-·-._._...c=:=:::J. _._._
0%
.6 meses
o Mais
de 6 meses
o Mais
de 1 ana
Entrevistados
Gratico 5 - Hfi quanto tempo pratica a(as) atividades?
No grafico 5 referente ao tempo de pratica das atividades na academia
observa-se que 70% dos entrevistados praticam suas atividades a mais de um ano,
enquanto 27 % 0 praticam a seis meses e 3 % 0 fazem a mais de seis meses.
42
Preferlmcia
do Som
'f~t •••·•··,,~·.•••·••.•••·•••.••••
:~:~1::::
30%
o Fraco
---------
20%-----_·10%
_.. _._-_.
0%
_._._._._.Entrevista dos
Grafico
6 - Durante
a pratica
das atividades
voce prefere
0 som:
No grafico 6 referente a preferencia do som pel os praticantes, durante as
atividades, observou·se que 77% prefere 0 som forte, enquanto apenas 23 % destes
o preferem fraco_
Percepc;ao
100%
_._.-._. _._._._.-- _. - --- -
90%
do Som
-._._.-. -... _._._._... _._._._._-
... _.-._._._._._... _._._._ ---- _.. -_.. -'-' -. _.-._.-- .-. -. -.-.
80%-····-········_·_·_··_·_·---73%·--·
70%
-----. -... _.---- _._.---- _.------. _.-------.
60%
----.-
50%
40%
30%
-. --_.-' -----. --_._._.---- ---. _.--
- -- -----. ---------. _._... -- -- -----
I
. -.
-
• Forte
o Fraco
.--.
o Normal
27%
--.--.--------------------.-----
~~~:
t:::
L..
.-0'
-.--.--
...__ _.__
._._
0%
L-_~
Entrevistados
Grafico
7 - Durante
a pratica
das atividades
sua percepc;ao
ao som foi:
43
No grilfico 7 referente a percep"ao ao som pelos praticantes durante a pratica
das atividades, observou-se que para 73% 0 som encontrava-se
em nlvel norma,
sendo que 0 nlvel de intensidade sonora aferida foi de no mlnimo de 118 dBA, acima
do que e exigido pel a Norma (NBR) nO 10.152 da Associa~o
Brasileira de Norma
Tecnicas.
Problemas
100%
-
-
_.-.
_. _._. _._.
-._.-. _.-
._.
no Aparelho
_. _._. _. - ._._.97%
_. - ._. _.
90%
.--.-----.---.-
80%
.----.--.---.--.--.-.-.---.-
70%
.- .-.-.-. -.- -.- .--. -. -.-.-. -. -. -. -.-
_. _.
-
._-
- ._. -'-
-.-.-.-----
60%
.-.-. -. -. - .-.-. -.-. -. -. -.-.- .-.-. -.--
50%
.-.-. -. -.- .-. -.-. -. -. -. -.-. - .-.-. -. -.-
40%
.-.-.-.-.-.-.-.-.--.-.--.----.--
30%
.- .-.-. - .--.-. -. -. -. - .-.-. -. -.- .-. -.-
20%
.-.-.-.-.-.-.--.-.-.-.-
10%
·-·-·-·-·--·--·-·3%-·-·-·-·-·-·-·-
0%
Auditivo
-.-.-.-.-.-.-
- -.-.-.--.
Entrevistados
Grafieo 8 - Voee apresenta
auditivo?
ou ja apresentou
algum problema
no aparelho
No grafico 8, referente a problemas no aparelho auditivo, observou-se
97% dos entrevistados nunca apresentaram problemas de audi"ao, enquanto
em apenas 3% relata ram problemas pre-existentes.
que
que
44
Problemas no Aparelho Auditivo
97%
100% ----'-'-'---'-"-'-'-'-'-'-'-'-'-'-'-'-'-'-'-'-'-'-'-'--_._._._._._.90% ------------------ -------------------80% ------------------ -----------------70%------------ -- --------.------60% -------------------------- ----- ----50%------- -- ----- ------ ----- ----40% ---------------------------30% ------.---------------------------.--20% --._.-.----- ----------------------10%----------3%-------_L- __
-'
0% --.---------
.Sim
(Labirintite)
ONao
_
Entrevistados
Grafico 9 - Se sua resposta foi sim a questao acima especifique no
espaco abaixo:
No grafico 9 referente a algum problema especificado no grafico 8, observouse que 97 % dos entrevistados
nao apresentavam
nenhum tipo de deficielncia
auditiva, enquanto que 3 % apresentou algum problema, sendo este como labirintite.
Especifica!(ao do Problema
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
------------ --------------- ----------- ----- ----- -- ----- --- --- ----- -- --.-._.--- -- --.---.--- ----------------- --------- - -----------.------------.------------- ----------------
.-. - --. ------ .-. -.- ---- -- -. ---- -- ------ ------ -----6-0% - ---- -----
.Zumbido
o Quvido
Tampado
ODor de Cabeya
ONao consta
nenhuma
altera<;:ao
Entrevistados
45
Gratico 10 - Em rela!;ao a percep!;ao do som ao termino de suas aulas,
voce apresenta ou apresentou alguma queixa ou desconforto
no aparelho
auditivo? Se a sua res posta foi sim, descreva logo abaixo:
No grafico 10 referente a queixas sobre alterayoes apresentadas
pelos
praticantes ap6s 0 termino da(s) sua(s) aula(s) observa-se que para 60% nao
apresentaram nenhuma queixa, enquanto que para 20 % reclamaram de zumbido
presente, 17 % sensayao de ouvido tampado e 3% apresentaram dor de cabeya.
As queixas como zumbido e sensayao de ouvido tampado tambem sao
sintomas de perda auditiva em sua fase inicial citado por Russo (1999).
5.CONCLUSAO
Este estudo procurou levantar questoes sobre os nlveis de intensidade
nas atividades
de lazer, especificamente
bem como a percepg80
auditiva
nas academias
de ginastica
sonora
de Curitiba,
em relag80 ao som pelos praticantes
durante
as
nlveis
de
aulas praticas.
Atraves
intensidade
da analise
e discuSS80
trabalho
constatou-se
sonora, de ate 120 dBA, muito acima do que estabelece
Registro (NBR) nO 10152 da Associag80
fixa
deste
as condigoes
comunidades,
exiglveis
para
a avaliag80
da
aceitabilidade
(ABNT), que
de
como fixa tambem os nlveis de rUldo acustico em diversos
dentre eles as academias
onde 0 nlvel recomendado
Apesar desta observag80
sua percepg80
Brasileira de Norma Tecnicas
a Norma de
auditiva
em
ambientes
e de 40 a 45 dBA.
73% dos entrevistados
0 som encontrava-se
rUldo
normal,
relataram
que em relag80 a
77% preferiam
0 som forte
durante as aulas praticas.
Ainda no referencial
sonora acima dos padroes
aos praticantes
te6rico buscou-se
de conforto
nas academias,
diferentes populagoes
queixas
relatadas
e os danos fisiol6gicos
e enriquecidas
causados
com estudos
em
e autores.
bem como queixas
apenas um apresentou
acustico
fundamentadas
Apesar de ter sido constatado
normal,
a relag80 entre nlveis de intensidade
relatadas
autos nlveis de intensidade
pelos praticantes,
dos trinta entrevistados,
problema no aparelho auditivo.Entretanto
pelos praticantes
auditiva em sua fase inicial.
pode-se
afirmar
sonora acima do
no que se refere as
que S80 sintomas
de perda
47
este contexto, sugere-se
que os cursos de Educac;so Fisica promovam
estudos mais abrangentes
multidisciplinar,
academias.
entre
discuss6es
e
sobre esta tematica, bem como um trabalho em conjunto,
fonoaudi610gos,
proprietarios,
professores
e
alunos
de
REFERENCIAS
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Ruidos,
seus
e psicoacustica
efeitos
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ASSOCIA~Ao
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DE NORMAS
acustico- NBR - 10.151. Rio de Janeiro, 1999.
TECNICAS.
Niveis
de
conforto
ASSOCIA~Ao
BRASILEIRA
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acustico NBR - 10.152. Rio de Janeiro, 1999.
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Niveis
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1986.
2. ed. Lovise,
APENDICE
VALlDA9AO
1
DE INSTRUMENTO
Prezado Professor:
Eu, Sonia
Maria Cores,
Curso de Educayao
academica
da Universidade
Tuiuti
Fisica, pretendo realizar um estudo relacionado
som nas academias
segundo
os praticantes.
percepc;:ao do som e sua ac;:ao segundo
0
'Objetivo
os praticantes
do Parana,
no
a percepc;:ao do
Geral",
e verificar
durante
a pratica
a
das
atividades.
Para tanto
usarei como
dados para a conclusao
instrumento
do trabalho
de pesquisa,
visando
a obtenc;:ao de
a realizac;:ao de um questionario
e, por isso,
solicito a sua colaborac;:ao para analisar e validar 0 roteiro do mesmo.
Antecipadamente
agradec;:o a sua atenc;:ao e colaborac;:ao.
Sonia Maria Cores
Rua Travessa Capitao Clementi no Parana, nO77 apto. 204
Agua Verde CEP: 80620-180
Curitiba-Pr.
Fone: 3243-2385
[email protected]
PROFESSOR
Nome:
_
Formac;:ao:
_
Grau que detem: ( ) Licenciado ( ) Bacharel ( ) Especialista
( ) Mestre ( ) Ooutor
Tempo em que Atua na Area:
_
AondeAtua:
_
Opinioes e Observa<toes:
Assinatura
Ctba,
do Professor
de outubro de 2006.
APENDICE 2
QUESTIONARIO
1)
o
2 0
3)
2)
Sexo
Masculino
10
17 a 20 anos
Feminino
20
21 a 30 anos
30
31 a 40 anos
Das atividades abaixo qual ou quais voce pratica?
10BOdy
40
4)
Pump
Body Combat
8)
30
Body Jam
50
Rpm/Spinning
60
Power Jump
3
203vezes
o
Todo dia
20
+6meses
30
+ 1 ana
Durante a pratica das atividades voce prefere a sam:
10
7)
Step
Ha quanto tempo pratica a (as) atividades?
106meses
6)
20
Com que frequencia na semana voce a (as) pratica?
102vezes
5)
Idade
Forte (alto)
2 OBaixo
(fraco)
Durante a pratica das atividades sua percepgao ao som foi:
o
Forte (alto)
20
Baixo (fraco)
30
Normal
voce apresenta ou ja apresentou algum problema no aparelho auditiv~?
10Sim
20Nao
9)
Se a sua res posta foi sim a questao acima especifique
abaixo:
10)
no espac;o
Em relac;ao a percepc;ao do som e sua percepc;ao auditiva ao termino
de suas
aulas,
desconforto
logo abaixo.
voce
no aparelho
apresenta
auditiv~?
ou
apresentou
alguma
queixa
ou
Se a sua resposta foi sim, descreva
ANEXO 1
T ABELA
I-
V ALORES
DE PROPOR<;:AO
E DECIBElS
I'IOP01"\·10
,.,
2:1
1:1
'):\
(l:J
10:1
1:-:1
20:1
30:1
.10:1
·0:1
DE PRESSOES
PII;''':,() IdBI
LUI!
n,n
0,00000
0,"W101
04;'",12
Of,QR9:"
0/1.-12·1
1,00000
12304S
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1,(.020(,
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14,0
1'''1,1
211.0
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QO·'
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2,00000
3.00000
3QO
40,U
-\,OtKK)()
RO,D
10U.0
120,0
100:1
1,000:1
i0.000: 1
100.000:1
1.000.000: 1
FONTE:
f}t),O
5.00000
11,00000
BHATNAGAR
Guanabarn-Koogan
ANEXO 2
Corte do ouvido humano
2004
CORRESPONDENTES
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Sonia Maria - TCC On-line