SEXTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2015 G DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS
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Política
LAVA JATO
REFORMA POLÍTICA
CURTAS
Haddad critica ‘dois pesos e
duas medidas’ em investigações
“Fomos, no nosso
nascimento, e
continuamos sendo, um
partido parlamentarista.
Acredito no sistema
parlamentarista.”
G O ministro Gilmar Mendes, do
G O prefeito de São Paulo,
Fernando Haddad (PT), criticou,
em entrevista à rádio “CBN”
ontem, a diferença na
condução das apurações de
suspeitas de atos ilícitos contra
partidos distintos. Para ele, não
pode haver “dois pesos e duas
medidas”.
Além disso, Haddad
relembrou o caso do mensalão
mineiro, que está há mais de
um ano parado na Justiça e a
ponto de prescrever. O
processo é movido contra o
ex-governador de Minas Gerais,
Eduardo Azeredo (PSDB).
Segundo o Ministério Público,
R$ 3,5 milhões foram desviados
para a campanha à reeleição
do tucano em 1998.
“Nós não podemos ter dois
pesos e duas medidas. Assim
como que eu quero a punição
de quem prejudicou a
Petrobrás, eu quero a punição
dos tucanos de Minas Gerais
que inauguraram o mensalão”,
disse Haddad.
O mensalão Tucano, como
também é conhecido, começou
a ser investigado em 2005 e
dois anos depois, em 2007, a
Procuradoria Geral da
República apresentou a
acusação à Justiça. Após as
denúncias, Azeredo ainda se
elegeu como senador / Agências
Supremo Tribunal Federal
(STF), criticou ontem a proposta
de fazer uma reforma política
“álibi” ou “simbólica” e ironizou a
ideia de que mudar o sistema de
financiamento de campanhas
eleitorais causaria o fim da
corrupção. “Roubaram porque
tinham o DNA do roubo e não
porque fizeram para a
campanha eleitoral. Não é o
modelo que vai resolver
esse tipo de questão”, disse o
ministro./ Agências
G A cunhada do ex-tesoureiro
Senador Aécio Neves em
reunião da comissão de
reforma política. Foto: AGÊNCIA BRASIL
do PT, João Vaccari Neto, deve
ser apresentar à Polícia Federal
hoje. Marice Corrêa de Lima foi
dada como foragida, depois de
ter a sua prisão temporária
decretada pela Justiça Federal,
na quarta-feira (15). Ontem, um
representante da defesa de
Marice fez contato com a PF e
comunicou que ela se entregará
em Curitiba. Na quarta-feira,
quando Vaccari foi preso em sua
casa./ Agências
G A chapa Mensagem ao Partido,
segunda maior força dentro do
PT, vai condicionar sua
aprovação ao nome do novo
tesoureiro do partido à aceitação
da proposta de que o partido não
receba mais doações
empresariais. A proposta conta
com o apoio de setores do Partido
que Muda o Brasil (PMB), maior
força do PT, mas é difícil sua
aprovação antes do 5º Congresso,
em junho em Salvador. A PMB tem
cerca de metade dos integrantes
do diretório./ Agências
Segundo relatos, os tucanos Andrea Matarazzo, José Aníbal, Bruno Covas, Ricardo Tripoli e até
Fernando Capez estão no mesmo ‘patamar’ na disputa pela candidatura à prefeitura paulista
Nogueira pode elevar disputa interna no PSDB
DIVULGAÇÃO
ELEIÇÕES
Fernando Barbosa
São Paulo
[email protected]
G O nome do secretário estadual de Logística e Transportes
e presidente do PSDB em São
Paulo, Duarte Nogueira, pode
acirrar o nível da disputa interna dos tucanos pela corrida
à Prefeitura de São Paulo. O
entendimento é que se Nogueira transferir seu título
eleitoral de Ribeirão Preto (interior paulista) para a capital,
é um ‘sinal’ que contará com
apoio do governador paulista,
Geraldo Alckmin.
O vereador Andrea Matarazzo, o senador suplente por
São Paulo, José Aníbal, além
dos deputados federais Bruno Covas e Ricardo Tripoli,
também disputam indicação
como candidatos e estão no
mesmo ‘patamar’, assim como o deputado estadual Fernando Capez – mais votado
no estado e recém-eleito presidente da Assembleia Legislativa. “O secretário do governador tem domicílio em
Ribeirão Preto. Se existe essa
possibilidade, não está no
mesmo patamar. Só será se o
governador pedir para ser”,
diz uma fonte do PSDB, em
sigilo. Esse membro lembra
que se não fosse José Serra
candidato ao Senado, Nogueira estaria na corrida eleitoral do ano passado.
Se for candidato, Duarte Nogueira deve receber o apoio de Alckmin
Outro nome avaliado como
forte candidato é o do senador
Aloysio Nunes (PSDB-SP), que
integrou a chapa como vice de
Aécio Neves na disputa pela
Presidência em 2014.
No ano 2000, Geraldo Alckmin transferiu seu título eleitoral de Pindamonhangaba (no
Vale do Paraíba, interior de São
Paulo) para a capital paulista a
pedido do então governador
Mário Covas e acabou como
vice-governador. “É preciso
observar se o secretário (Nogueira) vai transferir seu domi-
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Ordenador de Despesas
cílio eleitoral”, observa um tucano,
que
lembra
o
movimento semelhante.
Segunda opção
A candidatura à Prefeitura de
São Paulo é vista como um
grande salto que projeta os nomes dos concorrentes a nível
nacional. Com essa tese, Nogueira também seria candidato. Há ainda possibilidade de
que, caso o PSDB não avance
ao 2º turno, apoie Marta Suplicy, que já anunciou que deixa
o PT para se filiar ao PSB, em
uma eventual disputa com
Fernando Haddad (PT) ou Celso Russomanno (PRB).
Marta deve anunciar ainda
em abril sua desfiliação do
Partido dos Trabalhadores em
direção ao PSB, que elegeu
Márcio França na chapa de Alckmin como vice-governador
do Estado de São Paulo.
“Dentro do projeto que está
se configurando, ela [Marta]
passa a ser uma segunda alternativa. Se ela está no PSB do
Márcio França passa a ser uma
segunda opção”, conta uma
fonte do PSDB.
O vice-presidente do PSDB
em São Paulo, deputado estadual Ramalho da Construção,
despista sobre a corrida eleitoral. “Quem vai indicar as candidaturas é a conjuntura do
País. Hoje nós estamos em um
momento de crise por todos os
lados (política e econômica) e
certamente isso tudo vai contar na balança”, diz.
Ramalho conta que “há uma
meia dúzia de candidatos”,
mas que é necessário observar
quem vai “despontar” nas avaliações de intenção de voto até
o final deste ano. “Nenhum
dos nossos falou que é candidato”, conclui o deputado.
O vereador paulista Mário
Covas Neto, lembra que Andrea Matarazzo, Ricardo Tripoli, José Aníbal e Bruno Covas
são concorrentes naturais porque participaram das prévias
em 2012, quando, o hoje senador, José Serra (SP) foi o nome
escolhido pelo PSDB. “O pro-
cesso mais natural é de que
aqueles que estiveram nas prévias dois anos atrás sejam candidatos. Mas podemos ter outras alternativas. Temos um
conjunto de deputados e
ex-prefeitos que podem disputar a eleição”, diz.
Mário Covas pontua que se
o PSDB apostar em uma ‘renovação’, provavelmente começará a disputa com índices baixos nas pesquisas de intenção
de voto. “Como são candidatos
que não tiveram oportunidades no passado de disputar
cargos majoritários, qualquer
um desses deve começar a
campanha com índices baixos
nas pesquisas. Mas o candidato do PSDB ganha força porque tem todo um time junto
com ele, como José Serra, Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”, relata o vereador.
União interna
Os membros do PSDB paulista
trabalham para unir o partido
internamente. Nos bastidores,
o receio é que uma disputa
muito acirrada entre ‘Serristas’
e ‘Alckmistas’ pela cadeira de
candidato à prefeitura paulista
pode diminuir as chances de
vitória do partido.
O Covas Neto lembra a vitória de Aécio Neves (64,31%) sobre Dilma Rousseff na cidade
de São Paulo, a reeleição de Alckmin ao governo estadual já
no 1º turno e a vitória de Serra
para o Senado como bons desempenhos na cidade.
Dilma empossa Henrique Alves no Turismo
UNIÃO
G Na tentativa de reforçar a articulação política e melhorar a
relação com o PMDB, a presidente Dilma começou agradecendo Vinícius Lages, de saída
do Turismo, e fez uma série de
afagos ao novo ministro e
ex-presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (RN).
Dilma disse que Alves sempre foi “nosso parceiro de tantas horas no Congresso Nacional”, desejou-lhe muita sorte e
trabalho na nova função e disse que o ministro vai ajudar a
desenvolver, ainda mais, a indústria do turismo brasileiro.
A solenidade contou com a
presença de ministros e parlamentares, mas teve duas ausências importantes: os presi-
dentes do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDBRJ). Irritado com o Palácio do
Planalto por ter desalojado seu
apadrinhado político, Renan
decidiu nomear Vinícius Lages
chefe de seu gabinete. Cunha
apadrinhou a indicação de Alves para o ministério após ele
não ter entrado na lista da Lava Jato. /Agências
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Nogueira pode elevar disputa interna no PSDB