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Lançamentos de livros, apostilas, anais e produtos abendimania
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(11) 5586-3196
ISSN: 1980-1599
Conselho Editorial
Wagner Romano – GE Energy
Renato Nogueira de Paula – Usiminas
Oswaldo Rossi Júnior – Inter-metro
Carlos Madureira – BBL Bureau Brasileiro
José Santaella R. Jr. – Santec Soldas
Raimar Schmidt – RAIMECK
Comitê Científico
Prof. Américo Scotti – UFU
Profa. Raquel Gonçalves – Unicamp
Prof. Matias R. Viotti – UFSC
Prof. Armando Shinohara – UFPE
Prof. Francisco Ilo – UPE
Prof. Roberto Sacramento – UFBA
Equipe
Jornalista responsável: Edu Oliveira (MTB 47.933)
Colaboração: Alexandra Alves
Comercial: Carlos Eduardo Villar
Designers: Henrique Leal e Wellington Rodrigues
Revisor: Paulo Ranieri
Projeto Gráfico | Diagramação: Giovana Garofalo
Capa | foto: Shutterstock | Edição gráfica: Giovana Garofalo
Gráfica: Duo Graf
Tiragem
7.700 exemplares
Público leitor:
Profissionais especializados (engenheiros, gerentes, administradores) de empresas de END e Inspeção, usuários dessa tecnologia, técnicos (supervisores, inspetores e operadores) que estão diretamente envolvidos com o tema e instituições de ensino.
A Abendi não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em
artigos ou matérias assinadas, que expressam apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da
revista. A publicação reserva-se ao direito de, por motivo de espaço
e clareza, resumir cartas e artigos.
| Certificação
Bureau de Certificação Abendi
(11) 5586-3181
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Feiras, eventos, simpósios e encontros do setor
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| Normalização
Área Técnica da Abendi
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Seja um sócio ou sócio patrocinador da Abendi
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Treinamentos e Ensino a Distância (EaD)
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| Informações gerais
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| Para anunciar na revista e nos veículos da Abendi
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(11) 5586-3171
| Comunicação
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| Representante Regional (AM, PA, MA, CE e RN)
Antônio Noca – [email protected]
(85) 8702-5368 ou (85) 9932-9159
| Representante Regional (PB, PE e AL)
Marco Brito – [email protected]
(81) 9961-5110 e ID 97 * 34748 (Nextel)
Sócios recebem gratuitamente a revista.
Para assinar a revista, acesse: www.abendi.org.br/revista
editorial
Manter um veículo de comunicação dirigida por dez anos ininterruptos
não é um trabalho muito fácil hoje em dia para nenhuma editora. Para uma
instituição de direito privado e sem fins econômicos, então, é uma missão
quase impossível.
Diante disso, não poderia começar este editorial sem uma mensagem de
agradecimento a todos que contribuíram com a Revista Abendi.
Muito obrigado a você leitor(a), associado(a), anunciante e colaborador(a) que fez parte de alguma nota, que posou para alguma foto
ou que compartilhou conosco alguma notícia. Nossa gratidão vai para
você que enviou sugestões de pauta, que escreveu elogiando ou criticando alguma notícia divulgada.
Luiz Fernando Corrêa Ferreira
Presidente da Abendi
Foi uma década de muito trabalho e muita dedicação que nos inspira hoje
a continuar por mais dez, vinte, trinta anos...
Para comemorar, preparamos uma reportagem com as 68 capas, incluindo
quatro edições especiais de aniversário, que levaram e elevaram o nome e a
credibilidade da Revista Abendi no mercado.
O destaque principal desta edição de fim de ano é a matéria que traça um
panorama das atividades de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção no estado
do Rio Grande do Sul.
Ressaltamos, ainda, a homenagem aos sócios que completam aniversário
de filiação e a importância que a Abendi está dando para os treinamentos
on-line convencionais e para os webinars na programação anual.
No setor de Eventos, a novidade é o Encontro de Radiografia Digital, que
acontece pela primeira vez em São Paulo (SP), e a chamada final para envio de
sinopses de trabalhos para participação na Coteq (Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos), evento marcado para junho de 2015.
Se você tiver ideias, sugestões
ou críticas a fazer, envie para:
[email protected]
Por fim, nós, da Abendi, desejamos boas festas e um Ano Novo repleto de
saúde, amor e prosperidade para você e para toda a sua família.
Feliz 2015!
06
08
notícias
institucional
• ABNT divulga nova norma sobre Metrologia.
• Inscrições abertas para o mestrado de Metrologia do Inmetro.
10 anos de Revista Abendi.
10
12
biblioteca
sócios
Biblioteca da Abendi recebe livro sobre corrosão de metais no solo.
Jubileu dos sócios 2014.
23
26
capa
diversidade
industrial
no RS
18
20
eventos
treinamentos
• Novo evento sobre Radiografia Digital.
• Inscrição de trabalhos na Coteq 2015.
Destaques da programação de treinamentos 2015.
23
24
normalização
cer tificação
Participe da elaboração de normas técnicas.
Lançamento de certificação Ex na Abendi.
40
ar tigos técnicos
A importância da inspeção de equipamentos para a eficiência energética
em instalações industriais.
56
calendário
Cursos para os meses de janeiro, fevereiro e março de 2015.
notícias
ABNT divulga nova norma
sobre Metrologia
N
o fim de novembro, a ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) publicou a norma ABNT
NBR 16314, que estabelece os procedimentos para calibração e os critérios
de aceitação para os instrumentos de
ensaio por Ultrassom Multicanal que
empregam a técnica de defasagem
dos sinais de excitação ou recepção
entre os canais que utilizam transdutores multielementos (Phased Array).
Os documentos podem ser adquiridos diretamente através do site ABNT
Catálogo(www.abntcatalogo.com.br)
ou pelo telefone (11) 3017-3600.
Descontos
A Abendi ressalta que as micro e
pequenas empresas podem comprar
o documento por 1/3 do valor no site
Portal MPE (www.portalmpe.abnt.org.
br) e os profissionais brasileiros de Engenharia, Arquitetura e Agronomia ganham 50% de desconto se estiverem
regularmente inscritos no Sistema
CONFEA/CREA, e 60% de desconto se
a
forem associados à Mutua.
Mais informações no site: www.abntcatalogo.com.br/confea
Inscrições abertas para
o mestrado de
Metrologia do Inmetro
O Inmetro (Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia) recebe, até o dia 31 de dezembro, as inscrições para os cursos de
mestrado profissional em Metrologia e Qualidade.
As aulas acontecem em Duque de
Caxias, Rio de Janeiro, e terão 25
vagas destinadas a pessoas graduadas em qualquer área de conhecimento.
O curso é gratuito e tem duração
de 24 meses.
Mais informações sobre o curso e o
edital no site do Inmetro: www.inmetro.gov.br/ensino_e_pesquisa.
Ou pelos telefones: (21) 2679-9846
ou (21) 2145-3189.
institucional
E
m dezembro, a Revista Abendi comemora dez anos de um jornalismo sério e independente que a transformou em um influente veículo de informação sobre Ensaios Não Destrutivos
e Inspeções.
João Conte, diretor executivo da Associação, que faz parte do conselho
editorial e participa da produção da revista desde o início, lembra que sempre foi um anseio da Instituição disponibilizar uma publicação deste tipo para seus associados. “Iniciamos com o
Boletim Abendi e, posteriormente, passamos a editar uma revista sobre Controle da Qualidade em parceria com a ABIMAQ, a qual foi descontinuada”. João
prossegue: “No começo, a maior dificuldade era a questão financeira. Apesar do
grande apoio das empresas associadas
em anunciar na revista, parte dos custos sempre foi absorvida pela Abendi e
dependeu de orçamentos consistentes
para levar o veículo adiante”.
João acredita que, durante estes dez
anos, a publicação passou por evoluções
no conteúdo e na diagramação que a
transformaram em uma referência para
o mercado. “É um processo de melhoria
contínua, buscando o aperfeiçoamento,
de forma a atingir os anseios e as necessidades dos associados e da comunidade de uma forma geral”, conclui João.
Além de divulgar o que acontece no
mercado, a publicação imprime também uma das missões da Instituição que
é contribuir para o crescimento sustentável da indústria, aprimorando a vida
em sociedade e preservando o patrimônio e o meio ambiente.
Ao todo, foram 65 revistas impressas e
quatro números especiais em comemoração aos aniversários de 20, 25, 30 e 35
anos da Abendi.
Confira as capas de todas as publicações divulgadas nestes dez anos de exisa
tência.
8
revista abendi no 65
dezembro de 2014
DE
REVISTA
10
ANOS
ABENDI
tecnologia preservando a vida
www.abendi.org.br
9
biblioteca
Biblioteca da Abendi recebe livro
sobre corrosão de metais no solo
A
Editora Interciência acaba de
doar à Biblioteca da Abendi a
primeira edição da obra Corrosão e
Proteção Anticorrosiva dos Metais
no Solo, de Eduardo Torres Serra.
O livro apresenta uma visão ampla dos fundamentos do processo
de corrosão dos metais em contato
com o solo e especifica os sistemas
de proteção anticorrosiva.
O conhecimento dos fenômenos
de corrosão pelo solo e das técnicas
utilizadas para minimizar ou interromper o processo corrosivo torna-se relevante por se tratar de um
dos três mais importantes meios
corrosivos, juntamente com a atmosfera e os meios aquosos.
O grande número de estruturas
e equipamentos em contato direto
com o solo amplia a importância
do tema tanto pelo aspecto econômico quanto pela segurança das
instalações e da população e, ainda,
pelos danos potenciais que podem
causar ao meio ambiente no caso
de vazamento de produtos contidos em tanques, ou transportados
por tubulações enterradas.
O livro menciona, ainda, diversas
formas de avaliação da agressividade dos solos aos metais, possibilitando que sejam tomadas medidas de proteção anticorrosiva já
na fase de projeto das instalações.
Aborda, também, as técnicas usuais de proteção anticorrosiva dos
metais no solo.
10
revista abendi no 65
dezembro de 2014
A publicação destina-se a estudantes e profissionais envolvidos com
o projeto de instalações e equipamentos, e também para as equipes
de operação e manutenção.
Sobre o autor
Eduardo Torres Serra graduou-se
em Engenharia Metalúrgica pelo
IME (Instituto Militar de Engenharia), em 1970, e tornou-se, em 1980,
mestre em Ciências e Engenharia
Metalúrgica e de Materiais pela
UFRJ (Universidade Federal do Rio
de Janeiro). Engenheiro visitante
no Eletric Power Research Institute,
Palo Alto, Ca., USA, em 1981, trabalhou na indústria e no Centro de
Desenvolvimento da antiga Companhia Telefônica Brasileira. Ingressou no Cepel (Centro de Pesquisa
de Energia Elétrica) em 1975, onde
exerceu funções de pesquisador;
líder do grupo de P&D (Pesquisa
e Desenvolvimento) em corrosão
e proteção anticorrosiva; chefe do
departamento de materiais; pesquisador e consultor da diretoria de
P&D, assistente do diretor Geral do
Centro.
Atualmente é sócio e gerente da
ES+OS Consultoria. Possui 49 artigos publicados em periódicos especializados, 113 trabalhos completos
e 11 resumos em anais de eventos.
Autor e coautor de dois livros publicados (Células a Combustível: uma
alternativa para a geração de energia e Corrosão e Proteção Anticorrosiva dos Metais no Solo), além de
editor, organizador e coautor de outros três livros, atua como pesquisador e gerente de projeto nas áreas
de seleção de materiais, corrosão,
supercondutividade e sistemas de
geração de energia (solar térmica,
solar fotovoltaica e células a combustível). Representou o governo brasileiro no comitê executivo do solar
a
Paces/IEA (até dez/13).
Características:
Páginas: 182.
Formato: 16x23cm.
Preço: R$72.
Mais informações no site da editora
(www.editorainterciencia.com.br).
sócios
Jubileu dos sócios 2014
A
nualmente, desde 2005, a Abendi presta homenagem aos sócios que completam aniversário de filiação a cada
cinco anos ininterruptos com o Jubileu Associativo nas categorias bronze (5 anos), cristal (10 anos), prata (15
anos), ouro (20 anos) e diamante (25 anos).
A homenagem materializa-se através de diplomas e placas entregues aos sócios e às empresas sócias diretamente
pelo presidente da Associação, durante a solenidade de confraternização anual da Abendi.
As pessoas jurídicas que completam jubileus de ouro e diamante ganham um troféu exclusivo. Após a homenagem
dos 25 anos, os sócios recebem uma estrela para cada cinco anos de filiação.
Confira abaixo a relação dos novos homenageados:
Pessoa Jurídica | Jubileu de Diamante (25 anos)
Metal-Chek do Brasil Indústria e Comércio Ltda
Pessoa Jurídica | Jubileu de Ouro (20 anos)
Vallourec Tubos do Brasil S.A.
Pessoa Jurídica | Jubileu de Prata (15 anos)
Carestream do Brasil Com. e Serv. de Prod. Med. Ltda; Proaqt Empreedimentos Tecnológicos; NDT do Brasil; Bently do Brasil
Ltda.; Arotec S/A Indústria e Comércio; Serv-End Indústria e Comércio Ltda.
Pessoa Jurídica | Jubileu de Cristal (10 anos)
Polimeter Comércio e Representações Ltda.; Tecnomedição Sistemas de Medição Ltda.; ISQ Brasil - Instituto de Soldadura e
Qualidade Ltda.; Diagnostic Imagind Automação Ltda.
Pessoa Jurídica | Jubileu de Bronze (05 anos)
Derrick do Brasil Serviços Ltda.; CETI Treinamentos e Serviços Empresariais Ltda. ME; SANTEC - Tecnologia de Soldagem; Terminal Químico de Aratu S/A - TEQUIMAR; Capaz Inspeções Ltda.; C. C. C de Morais & CIA LTDA - ME; Furnas Centrais Elétricas
S.A.; Luthom Engenharia Ltda.; Concremat - Engenharia e Tecnologia S.A.; Centro de Treinamento de Rio das Ostras e Inspeção
Ltda.; TSA Tubos Soldados Atlântico; R.R.V.M. Comércio e Assessoria Técnica Ltda.; Civil Master Projetos e Construções Ltda.
Pessoa Física | Jubileu de Diamante (25 anos)
João Ratigueri; Tito Luiz da Silveira; Nelson do Val Lacerda; Luis Tadeu Lopes de Freitas; Paulo Kulcsar.
Pessoa Física | Jubileu de Ouro (20 anos)
Paulo Roberto Barbosa; Marcelo Kassae Pereira; Carlos Alberto de Oliveira; Marcos Antônio Teclis; Nilson Souza Costa.
Pessoa Física | Jubileu de Prata (15 anos)
Gilberto Rodrigues Gaspar; Francisco José de Sousa; Rogério de Araújo Souza; Ubirajara Pinto Teixeira; Wilson Reinaldo dos
Santos; Cleverson de Queiroz Teles; Maria Isadora Oliveira Bessa Gonçalves; Maria Izabel Laczko Gebrael; Luís Fernando Passos
Barreto; Ricardo Mazzafera; Gilmar Rodrigues Quebrada; Marcos Aurélio Alves Valero; Lauro Antônio Benevides; Geomar Gracindo Sales da Paixão; Jarbas Cabral Fagundes; Flávio Eufrásio Mota Fagundes; Luiz Carlos da Rocha.
Pessoa Física | Jubileu de Cristal (10 anos)
Carlos Roberto Russi; Paulo de Tarso Miranda Mendes; Cláudio Márcio de Assis Fernandes; Alex Pereira da Silva; Benedito
Brito de Moraes; Jorge Alexandre Cerqueira Geraldo; Gustavo Castro de Brito; Edson Rodrigues de Oliveira; Sérgio Ricardo
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revista abendi no 65
dezembro de 2014
dos Santos Silva; Helia Maria Dias Bexiga; Manoel de Lima; Douglas Nery Rodrigues; Expedito Marcos Siqueira Souza; Rafael de Lima Alves Pereira; Alan Dalton da Silva; José Augusto
Pereira Dias; Luis Antônio da Silva; Gilberto Nascimento Boa Morte; Gercy de Azevedo; Fábio
Moreira Carnaúba; Antônio Cirino da Silva; Fausto José Fonseca Gonçalves; Pablo Matoso dos
Santos; Clayton da Silva; João Carlos Rocha; Daniel Ribas Cordeiro; Carlos Roberto da Silva;
Marcus Luís Rodrigues Santanna; Vanderlei Rodrigues Furtado; Jefferson Gomes Garcia Senna; Crisonildo de Menezes Ribeiro; Ubirajara Gonçalves Pereira; Remo Messias Baral; José de
Deus Brito; Iwaldo Henriques Júnior; Fábio Henrique Reis Santos; Sidnei Octaviani; Daniel Alves
dos Reis; Marcos Ueno; Daniel José de Souza; Agenildo Triani da Cruz; Mário Bueno da Silva;
Victor Hugo Castillo Barrios; Nilton Stein; Carlos Vinícius Ferreira de Souza; Marcos Alexandre
Passarelles Souza Filho; Alessandro da Silva Borges; Fábio Moraes Dal Médico; Jefferson Jorge Garcia Lazzari; Eden Nascimento da Silva; José Elias Borges de Castro; Amâncio Joaquim
Gomes Barbosa Júnior; Gilberto Gomes de Souza Silva; Eduardo Vandick Ferreira; Vera Lúcia
dos Santos; Pedro Paulo Santos de Jesus; Alair Ribeiro de Souza; Angelo Washington Oliveira Albuquerque; Alexander Luiz da Silva; Enrique Juan Carlos Furlanetto; Ataídes de Souza;
Carlos Magno Gonçalves de Sales; Evandro Dias da Cunha; Reginaldo França da Anunciação;
Fabio Simões Subtil; Renato Kisanuki; Walther Meiller Junior; Geraldo Viana de Freitas; William
Aparecido Gonçalves Gomes; Carlos Alberto de Souza Nascimento; José Carlos do Rego Mourão; Joel Ferreira de Miranda; Luigi Eduardo Amendola; Joanir Jaques de Paula Virgilio; Ugo
Dall’alba Filho; Marino Luiz Fachini; Valmir Garcia de Souza; César Coppen Martin; Valdir Gonçalves Freixo; Ricardo Maia de Oliveira; Sérgio Furlan; Aldacy de Paula Andrade Júnior; Flávio
do Nascimento Silva; Márcio Cristiano de Oliveira; Reinaldo Cantuária Afonso; Paulo Sérgio da
Conceição; Cláudio Correia de Oliveira; Nivaldo Lopes Cruz; Ralph Sanches Teixeira; Ricardo de
Alencar; Daniel Costa de Jesus; Jorge da Silva Nery; Alexandre de Oliveira Godoy; Rubens Luís
Arenas Bosch; Alexandre da Conceição Leão; Deuvanir José dos Santos; Marcus Antônio de
Almeida Saraiva; Arthur Northfleet; Jorleno de Seixas Ceia.
Pessoa Física |Jubileu de Bronze (05 anos)
Carlos de Olin Perestrelo; Julio Cesar Garcia; José Raimundo Ribeiro; Plínio Hirochi Takeuchi;
Fabio Reis Molina; Felipe Pandini Queiróz; Domingos de Sávio Valente; Jean Michel dos Santos
Mendes; Andréia Vernes de Ramos; Fábio César Pinto; Paulo Cesar Alves da Silva; José Sérgio
de Andrade; Leonardo de Carvalho Oliveira; Rodrigo de Mello; André Pereira de Barros; Antônio Carlos de Araújo Martins; Geovane Correia Silva; Eduardo Octávio Maciel Pires; Arnaldo
José da Silva; Roberto Sousa dos Santos; Mateus Lopes; Antonio Ivanaldo Simão Damasceno;
José William Barbosa Teixeira; Guilherme Magrinelli Gonçalves; Eduardo Luiz Menezes Ruivo
Nascimento; Dênis Barros de Carvalho; Darcy Silva Dias Fernandes; Rogério Milani; Luis Antônio Neves de Carvalho; Rodrigo Bueno; Thiago Henrique Franchi; Valdecir José Neto; José
Bruno Junior; Alberto Perin Júnior; Gutemberg Bastos Correia; Wanderson Antônio Dias Rosa;
Wilson Vieira Pinto; Lee Fo Guan Júnior; Antonio José da Conceição; Ricardo Bianchi Aguiar;
André Wilker de Sousa Braga; Roberto Maurício Mendes da Silva; Carlos Roberto de Oliveira;
Reginaldo Ferreira da Silva; Marco Aurélio Lang da Rocha; Francisco Rodrigo Negreiros de
Amorim; Anderson Gonçalves dos Santos; Sergio Carvalho de Figueiredo Junior; Milquezedec
Lima de Campos; Davi Bastos de Freitas; Marcio Yukio Shibukawa; Wagner Moreira da Silva;
Marcos Oberto Pedreira da Conceição; Enio Costa Soeiro; Miguel Ronaldo Galhani; Alexandre
Couri Valle; Luiz Mauro Alves; Klilton Godoi de Melo; Sérgio Henrique Leite Aita; Jermeson da
Silva; Eliel Jeser Ramos; Jamadson Moreira de Siqueira; Paulo Roberto Norato Júnior; Pedro
Paulo Furtado Junior; Marcelo Luiz Nunes da Silveira; Luciana Faria Gambetá; Odair Bento
da Silva; Paulo Roberto Rucks; Gerci Clésio Teixeira; Alessandro Pereira da Silva; Fernando
Custódio dos Santos; Romildo Teixeira de Macedo; Valmir de Barros; Maurício Torres Penido;
sócios
Marcone Magesqui Silva; Marcos Vitor Elias; Flavio Albino Aranha; Almir Rogério Eugênio; Renato da Silva; Eduardo Ribeiro;
Sívory Leite de Carvalho; Ernesto José Ferrari Filho; Jorlan Ferreira Silva; Paulo César Cosme; Valterson de Almeida Costa; Alexandre Martins; Renato Albino Pacheco; Cláudio Ramos Lacerda; Gilberto Moura de Souza; Eliézer Salvador Oriolo; Cristiano
Rodrigues da Silva; Jorge Dario Uzeda Leon; Robinson de Oliveira; Sandro Murilo Freitas; Orlando Preti; Luciano Oliveira de
Jesus; Joaquim Celso Faula; Luiz Shuiti Mikami; Rodrigo de Oliveira Ribeiro; Aderbal Santo Laurentino; Roberto Joaquim Machado Caldas; José Roberto dos Santos; Paulo Roberto Pedreira da Conceição; Rodrigo Rabelo Leite Fontenelle; Leandro Lima
Viana; Marcos Paulo Macedo Mendes; Jhonata de Carvalho Marcilio; Gisleno Coelho de Araújo; Marcelo Souza Santos; Eduardo Luiz de Souza; Adilson Rui Oliveira Costa Junior; Roseli Francisca Tobias; Jorge de Carvalho Lopes Flórido; Marcos Celeste
dos Santos; Marcos Mariano Pacheco; Anderson Augusto Farias dos Santos; Diego Santos Soares; Roberto Leite de Freitas;
Marcelo Serrano de Castro; Antônio Luiz de Oliveira Costa; Benedito Paula de França Júnior; Marcelo Teixeira de Albergaria;
Gilson Carneiro Dórea; Leonardo de Melo Moreira; Juarez Moura dos Santos; Edmundo Alves dos Santos Filho; Éder Aparecido
Campos Pelizzer; Clébio Rodrigues Paiva; Sidiney Fernandes de Souza; Uilliamberg de Araújo Gomes; Douglas Santana Silva;
Cristiano Nogueira; Ricardo Luiz dos Santos; Markos Cheang; Fabiano Leite da Silva; Josias Gomes da Cunha; Wagner Tadeu
Nóbrega de Oliveira; Charles Bachmann; Marcos Candido da Silva; Francisco de Assis Neves de Souza; Rafael da Costa Silva;
Robson de Oliveira Silva; Shiguemi Uehara Júnior; Ednaldo Matos Oliveira; Emilliano Vieira de Souza; Mario Jorge Lourenço
dos Santos; Ruben Leucadio Vergara Banda; Bruno Ribeiro Aguiar; Sonia Maria de Melo; Jorge Luís Nellis; Ricardo Dantas de
Araújo Júnior; Arilson Brito Barboza; Cekles Lima de Souza; Walace Costa Cardozo Pereira; Felipe Necco da Fonseca; Willyam
Brito de Almeida Santos; Fabiano Fernandes Campos; Ítalo Martins Santos; Raymundo dos Santos Maia Filho; Afrânio Pereira;
José Araújo dos Santos; José Francisco Packer; Clansir Costa da Rocha; Robson Luciano Araújo dos Santos; Deivid dos Santos
Vilares; José Moniz de Andrade Júnior; Flávio Giacomini Carmona; Anderson Barboza; Alexandre Magno Silva Nunes; Rafael
Henrique Salvador; Alexandre Furtado Leite; Elenilson Alves Lopes; Amantino Dias Adriani; Joaquim Dias de Barros; Ronaldo
Lopes da Silva; Luiz Marcelo de Oliveira; José Aires Oliveira Batista; Ulysses Lemes Lambert dos Santos; Igor Augusto Fernandes;
Leonardo Rodrigues Amado; Gabriel de Campos Oehlmann; Claudemir Citran; Arcelino Chaves de Almeida; Fabio Cesconetto
Ferreira; Fernando de Oliveira Farizel; Denwer Azeredo dos Santos; Fabio Luiz Monteiro Gandra; Carlos Domingues da Silva;
Rogério da Silva Santos; Raimundo Marcos Lana; Moisés Soares Mattos; Leonardo Castro Duran Duran; Emerson Rodrigo Brock
Konarzewski; Felipe Teles Matsuda Cannecchia; José Alonso Ferreira; Moacir Antônio dos Santos; Robson Sales de Castro;
Castilho Trindade de Souza; Patrick Andrew Rosa; Fernando de Oliveira Costa Filho; Jimi Carlos Jardim; Leandro de Santana
Ferreira; Jesus André Rückert; Adilson César Borazo; Edward Costa Cabral Júnior; Maicon Eduardo Freitas da Silveira; Marcos
Gomes da Silva; Nelson Ribeiro da França; Marcos Vinicius Teles Riqueto; Carlos Eduardo de Assis Borges de Campos; José Viegas Morandi Campos Carvalho; Marcelo Alves de Oliveira; Michel Anderson Santos Ventura; Édipo Silva de Oliveira dos Santos;
Leandro Alves Pinheiro; Silvio Sebastião Matos; Dilson de Siqueira; João Bosco Scardua; Paula Caroline Dilly; Wilson de Souza
Andre; Luedi Borges dos Santos; Luiwal Ramos Hauers; Benedito Ferreira de Andrade Filho; Demétrio Madjarov Neto; Roosevelt
Morais Rodrigues; José Francisco Rodrigues Henriques; Heygleson Henrique de Miranda; Paulo Sérgio Moura Rufino; Márcio
Kersting Soares; Fernando de Almeida Rosa; Gustavo Hiroshi Maeda; Eduardo Thomas Kato; David Teles Franco; Dácio Oliveira
dos Santos; Marcos de Jesus; Antônio Araújo Leite; Letneciv Guimarães dos Santos; Reginaldo Teodoro Borges; Vidal Carmélio
da Conceição; Ismael Benedito Sachi; Vicente Gomez Iranzo Júnior; Luan Mark Ventura Souza; Eduardo Campos; Alexsandro
dos Santos; José Carlos das Neves Leal; Isaias Ferreira de Souza; Marlon de Oliveira Pantaleão; André Luiz Navarro de Araújo;
Viviane Redondo dos Santos; André Luiz Franchi; Roberto Benedito Skopec Ribas; Jussier Nunes Coutinho; Antonio Plinio G.
Sória; Oltevan de Oliveira Souza; Aderito Rodrigues dos Santos; Fábio da Silva Pimentel; Pedro Leandro de Azevedo Júnior;
Raphael Gadelha Leme do Prado Ribeiro; Roberto Brados Couto Júnior; Renan Victor da Silva; Murilo Bacelar de Souza; Júlio
Marcos Lima Faroni; André de Menezes Gama Pinheiro; Aidalva Assis Santos; Eugenio Aparecido Vidal; Sebastião Serafim Júnior; Carlos Norio Goto; Eder Jairo Perez; Herman Ramos de Almeida; Rodrigo Costa; Joaney Tomaz da Costa; Edson Aparecido
da Fonseca; Marcelo Cordeiro; Leandro José Martins; Nivaldo Conceição do Sacramento Júnior; Eric Schapowal; Rogerio Totzek;
Augusto César Cunha de Oliveira; Edivanildo dos Santos; Rodrigo Possato Bellato; Eduardo de Mello Xavier; Andrei Luis Matos
Palmeira; Luis Renato Manzini; Luciano Silveira da Silva; Alexandro Silva Santana; Clauber Almeida Mendes; Regis Rodrigo da
Silva Munhoz; João Marcos Hohemberger; Fábio de Paula Lopes Ramos; Emílio Santiago Teixeira do Carmo; Antônio Wilson de
Araújo André; Francisco Jesuino Fernandes Júnior; Cayque Gustavo Jacinto; Rogério Alves; Nelson Mendes; Eduardo da Silva
Portella; Francisco Barbosa Lourenço; Alessandra de Souza Costa; Fábio Montenegro de Cerqueira Veiga; Bárbara Anunciação
da Cruz; Wilson da Costa Cunha; Cosme Costa Devens; Jorge Adriano Pavelski; Luciano Ferrer Santiago; Hélio Eduardo Cecílio
a
Gerken; Uelinton de Campos; Edimar Luiz Abate.
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revista abendi no 65
dezembro de 2014
sócios
Empresas sócias da Abendi
ACINOR Inspeções e Serviços
Técnicos Ltda
ATEND - Serviços e Manutenção Ltda EPP
Absolute Examinações Não Destrutivas Ltda
Advanced OEM Solutions
Ahak Brasil Serviços Industriais Ltda
Alpitec do Brasil Alpinismo Industrial Ltda
Arctest Serviços Tec. Insp. e Manut.
Indl. Ltda
Armenio End. Inspeção de Soldas Ltda.
Arotec S/A Indústria e Comércio
Asociación de Inv. Met. Del Noroeste AIMEN
Átomo Radiop. e Segurança Nuclear
S/C Ltda
Auxilio - Assessoria e Serviços
Técnicos Ltda
Aços F. Sacchelli Ltda
BBL - Bureau Brasileiro Ltda
BC TRADE - Comercial Importadora e
Exportadora Ltda
BRTÜV Avaliações da Qualidade Ltda
Belov Engenharia Ltda
Bently do Brasil Ltda.
Brasil Inspeção de Equipamentos
Industriais Ltda - EPP
Brasitest Ltda
Braskem S/A - UNIB 1 BA
Brito & Kerche Consultoria e Inspeção Ltda.
Bureau Veritas do Brasil Soc. Classificadora
e Certif. Ltda
Bureau de Avali. da Conf.Quali. de Sistem.
Ltda.
C. C. C de Morais & CIA LTDA - ME
C.I.C Certificação em Equipamentos
Industriais e Cabos Ltda
CBC Indústrias Pesadas S/A
CCI - Centro Controle e Inspeção Ltda
CEETEPS - Faculdade de Tecn. de
Pindamonhangaba
CETEMQ Centro Tecn. de Mão de Obra
Qualif.
CETI Treinamentos e Serviços Empresariais
Ltda ME
CETREND - Centro de Treinamento em
Ensaios não Destrutivos LTDA - ME
CIA - Centro Nacional de Tecnologia e
Com. Ltda
CONSINSP - Insp. Equips. e Manut.
Indl. Ltda
COTEND Controles Técnicos e END e
Montagem Ltda
Capaz Inspeções Ltda
16
revista abendi no 65
dezembro de 2014
Carestream do Brasil Com. e Serv. de Prod.
Med. Ltda
Carlos Alberto Arruda Salles Marques &
Cia Ltda
Centro de Pesquisa de Energia Elétrica CEPEL
Centro de Treinamento de Rio das Ostras
e Inspeção Ltda
Cesar & Fritsch Offshore Serviços de
Manutenção Ltda
Cia de Saneamento Básico do Est. São
Paulo - SABESP
Civil Master Projetos e Construções Ltda
Cláudia Vital M.E - Vital End Equip. e
Acessórios para END
Coldclima Comercio e Instalação de
Maquinas e Equip. Ltda
Compergy Qualidade Ltda
Concremat - Engenharia e Tecnologia S/A
Confab Industrial S/A
Connect. Serv. CS Serviços de Mecânica
Met. e Man em Altura Ltda
Control Service - Prest. Serv. de Insp. e
Repres. Comercial
Control Union Ltda
Cooperativa Central de Prod. e Ind. de Trab.
em Metalurgia - UNIFORJA
Cooperativa dos Insp. Equip. Autônomos do
Estado Bahia Ltda
Cooperativa dos Insp. de END Estado BA COOEND
D-EDGE Comércio e Serviços Ltda ME
DMCJ Inspeções Ltda
Derrick do Brasil Serviços Ltda
Detection Technology Inc
Deten Química S/A
Diagnostic Imagind Automação Ltda
Divers University Esporte Aquático Ltda
EBSE Engenharia de Soluções S.A.
EMC Engenharia Ltda.
END Oliveira Fiscalização Técnica em
Montagem Ltda - EPP
END Total Inspeções e Manutenção de
Equipamentos Industriais LTDA - ME
END TreinamenUS
END-Check Consult. e Serv. Espec.de
Peças e Equip. Ltda
ENDI - Ensaios Não Destrutivos, Inspeção e
Soldagem Ltda - ME
EPM Engª de Inspeção, Planejamento e
Manutenção Ltda
Eclipse Scientific South America LTDA.
Elfe Óleo e Gás Operação e Manutenção S/A
Endtecne Importação e Comércio de
END Ltda
Engisa Insp. e Pesquisa Aplicada à
Indústria Ltda
Escola de Engª Eletromecânica da BahiaEEEMBA
Esgotecnica Serviços Especializados Ltda - EPP
Estaleiro Brasa Ltda
Evidência Qualidade Montagem e
Manutenção Industrial S/S
Extende
Focus Consultoria e Representação Ltda
Fugro Brasil Serviços Submarinos e
Levantamentos Ltda
Furnas Centrais Elétricas S/A
Gamatron Radiografia Industrial Ltda
German Engenharia e Serviços de
Manutenção Ltda
Global End - Inspeções e Consultoria
Ltda - ME
HCG Equipamentos Ltda
Helling GmbH
INTER-METRO Serviços Especiais Ltda
IRM Services Ltda
ISQ Brasil - Instituto de Soldadura e
Qualidade Ltda
IT - Elétrica Comercial e Serviços
EIRELI - EPP
ITW Chemical Products Ltda
Inecon Inspeções Ltda
Inoservice Serviços de Inspeção Ltda
Inspección y Diagnóstico Técnico
ISOTEC Ltda
Inspetec Inspeções Técnicas Ltda Me
Instrumental Inst. de Medição Ltda
Integra - Coop. Prof. Engª Integridade
Equip. Ltda
IntelligeNDT Systems & Services GmbH
Intertek Industry Services Brasil Ltda.
Isabella De Castro Teixeira ME
JBS Inspeção e Ensaios Ltda
JCMS Kommandor Eireli - ME
JMF Ferreira Man. Indl. e Alp. Industrial Ltda.
JN Inspeção Ensaio Não Destrutivos em
Equip. Ind. Ltda
JPW - Insp. e Cont. da Qual. Montagens
Fabricação e Manut. Industrial
K2 do Brasil Serviços Ltda
Koende Tecnologia em Inspeções
Industriais Ltda
Kroma Produtos Fotográficos e
Representação Ltda
Kubika Comercial Ltda
LWF Treinamento e Consultoria em Engª
Ltda
Lambda Inspeções Treinamentos e Serviços
Ltda. ME
Latin Consult Engenharia S/S Ltda
Lenco - Centro de Controle Tecnológico Ltda
Lloyd’s Register do Brasil Ltda
Lot Engenharia e Consultoria Limitada M.E
Lottici Acesso por Corda Ltda - ME
Lugan - Treinamentos, Comércio e Locação
De Equipamentos Ltda ME
Luthom Engenharia Ltda
M2M do Brasil - Comércio, Serviços e
Representação em END Ltda.
MKS Serviços Especiais de Engenharia Ltda
Marcelo de Carvalho Salomão EPP
Maxim Comércio e Consultoria Industrial
Ltda
Megasteam Instrumentação & Mecânica
Ltda
Metal-Chek do Brasil Indústria e Comércio
Ltda
Metaltec Não Destrutivos Ltda
NDT do Brasil
News Inspeções Ltda
Nr Treinamentos Ltda
Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A NUCLEP
Núcleo Serviços de Inspeção de Equipamentos Ltda
O. S. Inspeções e Reparos em Equipamentos Industriais Ltda - EPP
Oceânica Engenharia e Consultoria Ltda
Paneng Engenharia e Consultoria Ltda
Petrobras Transportes S/A - TRANSPETRO
Petrustest Consultoria em Controle da
Qualidade Ltda
Petróleo Brasileiro S/A - PETROBRAS
Physical Acoustics South America - PASA
Planet Serviços Ltda
Polimeter Comércio e Representações Ltda
Polotest Consultoria, Controle de Qualidade e
Serviços Ltda
Polyteste Inspeções
Powertemp Tecnologia Industrial Ltda
Proaqt Empreedimentos Tecnológicos
Proceq SAO Equipamentos de Medição Ltda
Qualitate Inspeções e END Ltda
Qualitec Engenharia da Qualidade Ltda
Qualitech Inspeção, Reparo e Manutenção
Ltda
Qualy End Inspeções Ltda
R.R.V.M. Comércio e Assessoria Técnica Ltda
Raimeck Indústria e Comércio Ltda
Rufino Teles Engenharia
S.B. Comércio e Serviços de Soldagens
Ltda - ME
SANTEC - Tecnologia de Soldagem
SENAT Group do Brasil - Serviços Marítimos
e Terrestres Ltda.
SGS do Brasil Ltda
SINCQ - Serviços Industriais e Controle de
Qualidade Ltda
SISTAC - Sistemas de Acesso Ltda
SKE Inspeção e Consultoria Ltda
Sagatech Inspeções de Equipamentos LTDA
- ME
Saipem do Brasil Serviços de Petróleo.
Sanesi Engenharia e Saneamento Ltda
Sansuy S/A Indústria de Plásticos
Santos & Fagundes Assessoria em Resgate
Ltda
Satec Controle de Qual. Equipamentos Petroquimicos Ltda - EPP
Send Control Inspeções Industriais Ltda
Serv-End Indústria e Comércio Ltda
Serviço Nacional de Aprend. Ind.- SENAI
Serviços Marítimos Continental S/A
Siemens Ltda
Soldas Especiais Armênio
Suelen Cristina Santana Maciel - ME
System Asses., Insp. e Controle da Qualidade Ltda
T&D Inspeções e Consultorias Ltda
TGM - Turbinas Indústria e Comércio Ltda
TQI Treinamento, Qualificação e Inspeção
Industrial Ltda
TSA Tubos Soldados Atlântico
Tec Sub Tecnologia Subaquática Ltda
Technical Solutions Comercio e Serviços
Técnicos Ltda ME
Technotest Serviços de Inspeções Técnicas
Tecnomedição Sistemas de Medição Ltda
Terminal Químico de Aratu S/A - TEQUIMAR
Top Team Brasil Ltda
Topcheck Controle da Qualidade Ltda
Trac Oil And Gas LTDA.
Tracerco do Brasil Diagnósticos de Processos Industriais Ltda
Tuper Tubos S/A
UNIFOR - Universidade de Fortaleza
UTC Engenharia
Valbrasil Comércio e Indústria Ltda
Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil Ltda
Vallourec Tubos do Brasil S.A.
Varco International do Brasil Equipamentos
e Serviços Ltda
Victória Qualidade Industrial Ltda
Villar Manutenção de Máquinas Ltda
Villares Metals S/A
Voith Hydro Ltda
Welding Science - Comercial e Importadora
Ltda. EPP
Welding Soldagem e Inspeções Ltda
tecnologia preservando a vida
www.abendi.org.br
17
eventos
Novo evento sobre
Radiografia Digital
O
ConaEnd&IEV (Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção) deste ano promoveu,
no dia 20 de agosto, sessões especiais que evoluíram e se transformaram em novo evento do calendário
de 2015: o 1º Encontro sobre Radiografia Digital.
O encontro, que acontecerá em
março, reunirá a comunidade técnica
na discussão dos principais desafios
e gargalos existentes na aplicação da
técnica de Radiografia Digital.
Carla Alves Marinho, coordenadora técnica do evento e engenheira
de equipamentos do CENPES/PDEP/
TMEC, ressalta que o propósito não
é resolver todos os problemas, mas
dar um pontapé inicial para a implementação de mudanças por parte de
todos os envolvidos na questão.
Para o evento, são esperados engenheiros, profissionais de radiografia,
inspetores e acadêmicos de diversas
partes do país.
Segundo Carla, o encontro apresenta uma estrutura de palestras com especialistas de vários segmentos (contratantes, pesquisadores, fabricantes,
fornecedores de sistemas e prestadores de serviço) e será finalizado com
uma mesa-redonda, dando oportunidade para a participação do público.
“O modelo concebido é o usual,
mas queremos inserir muito dinamismo às discussões”. Carla prossegue:
“O grande desafio em promover um
encontro desses, pela primeira vez, é
despertar o interesse de uma comunidade técnica que não se manifesta
muito nos eventos da área”.
Para atrair o público, serão ministradas palestras com profissionais
renomados. Entre os nomes já confirmados, estão: Lilian Modolo (GE), Luiz
Castro (Carestream), Ricardo Tadeu
Lopes (UFRJ), Carla Alves Marinho e
Marcos Aiub (Petrobras).
A programação preliminar passa
por temas como segurança e ética
profissional, demandas e desafios
dos contratantes, soluções para o
sistema de Radiografia Computadorizada, treinamento, qualificação e
certificação de pessoas, benefícios e
desafios dos equipamentos disponía
veis no mercado, entre outros.
ConaEnd&IEV 2014
Sala 2 | 20 de agosto | Sessão Especial de Radiografia Digital
As três sessões sobre Radiografia Digital ocorreram sob a coordenação de Ricardo Tadeu Lopes (UFRJ) e apresentaram
nomes como Marcos Aiub (Petrobras), Marcos Vinicius Maciel Martins (Petrobras), Miguel Allende (Nikon Metrology),
Luiz Castro (Carestream), Ivan Britto (GE) e Aline Rocha (GE).
O dia foi preenchido com cinco palestras sobre tendências e formas de utilização do método, e finalizado com uma
mesa-redonda que abordou os desafios e os benefícios da Radiografia Digital na indústria.
Carla relembra que o evento nasceu como uma consequência natural destas discussões. Durante a mesa-redonda, o
grupo concordou que a técnica não deslanchou como previsto no Brasil. Falou-se muito sobre os gargalos e, após circular
uma ata informal sobre a discussão, ficou evidenciada a necessidade de uma nova discussão sobre o tema, desta vez,
em um fórum mais amplo.
18
revista abendi no 65
dezembro de 2014
Comitê Técnico Executivo
Coordenação:
Carla Alves Marinho (Petrobras).
Membros:
Alessandra Alves (Abendi)
Irani de Oliveira (Abendi)
Fábio Toratti (PASA)
Luiz Castro (Carestream)
Marcos Aiub (Petrobras)
Ricardo Tadeu Lopes (UFRJ)
Rui Pereira de Carvalho (Abendi)
Data: 26 de março.
Local: Sede da Abendi
Endereço: Av. Onze de Junho,
1.317. Vila Clementino.
São Paulo (SP).
Mais informações: (11) 5586-3199
ou pelo e-mail:
[email protected].
Últimos dias para a inscrição de
trabalhos na COTEQ 2015
A
edição de 2015 da Coteq (Conferência sobre Tecnologia de
Equipamentos) seleciona, até o dia
31 de janeiro, sinopses de trabalhos
científicos de pessoas interessadas
em participar de um dos maiores
eventos da indústria brasileira.
A programação inclui apresenta-
ções técnicas e exposição de novas
tecnologias, produtos e serviços voltados às áreas de Ensaios Não Destrutivos, Inspeção e Integridade de
Equipamentos, Corrosão e Pintura,
Análise Experimental de Tensões e
Comportamento Mecânico de Materiais.
Trata-se de uma ótima oportunidade para atualização técnica, intercâmbio de experiências e realização
de negócios.
A Coteq 2015 acontece entre os dias
15 e 18 de junho, no Sheraton Reserva
do Paiva Hotel & Convention Center,
em Cabo de Santo Agostinho (PE). a
Inscrições e mais informações no site do evento: www.coteq.org.br.
tecnologia preservando a vida
www.abendi.org.br
19
treinamentos
Destaques da programação de
treinamentos 2015
A
programação completa dos
treinamentos que serão ministrados pela instituição em 2015 já está
disponível no site da Abendi.
Um dos destaques é o treinamento
Formação de Inspetores de Equipamentos, conhecido também como
IEQ, que tem previsão de início para o
dia 23 de fevereiro.
O treinamento dirige-se a engenheiros e técnicos que desejam iniciar
as atividades na área. As aulas capacitam os profissionais a fiscalizar inspeções, controlar o andamento de programas e planos de inspeção, redigir
relatórios e recomendações técnicas,
controlar a quantidade de reparos, alterações, fabricação e montagem de
equipamentos e avaliar a intensidade
dos danos, avarias e defeitos.
Uma novidade da programação de
2015 é o treinamento de Fabricação e
Inspeção de Pás Eólicas, que prepara
profissionais para atuar em uma das
áreas mais promissoras da indústria.
O novo treinamento fornece, ao
participante, conhecimentos sobre os
mecanismos de inspeção durante o
processo de fabricação e montagem
de pás eólicas.
Treinamentos N3
A programação disponibiliza os
treinamentos para a formação N3 nos
métodos de Ultrassom, Líquido Penetrante, Partículas Magnéticas, Correntes Parasitas, Detecção de Vazamentos, Ensaios Radiográficos e Ensaio
Visual de Solda.
20
revista abendi no 65
dezembro de 2014
O candidato conta, também, com o
curso de Inglês Técnico para N3, com
foco nas normas exigidas nas provas
E e F do exame. Os treinamentos são
todos destinados a profissionais qualificados como N2 na técnica, ou que
possuam comprovação de conhecimento e experiência nas atividades
correspondentes.
As aulas podem ocorrer tanto na
sede da Abendi, em São Paulo (SP),
como in company, nas dependências
das empresas interessadas e na modalidade EaD (Ensino a Distância) para os
métodos de Ultrassom, Líquido Penetrante, Partículas Magnéticas, Ensaio
Visual e Nivelamento.
Webinars
A Abendi estreou recentemente os
webinars, que são aulas no formato de
webconferência para preparar alunos
a conquistar a certificação como N3,
reforçando conhecimentos obtidos
durante os treinamentos.
Ao contrário das aulas de EaD, o webinar ocorre sempre ao vivo, com dia e
hora marcados, possibilitando que os
alunos interajam tirando dúvidas e levantando questões importantes sobre
os temas.
Trata-se de aulas de apoio aos candidatos a N3 que podem discorrer tanto sobre o conteúdo programático das
provas A, B e C, como para os exames
específicos D, E e F.
Acesse o site da Abendi e conheça
a programação completa dos treinamentos que serão ministrados em
2015. Informações também por e-mail
a
[email protected].
grade de treinamentos 2015
Mês
Dia
Tema
Realização
Local
Fevereiro 02
Líquido Penetrante N3
Abendi
São Paulo
Fevereiro 02
Inglês Técnico Preparatório para N3
Abendi
São Paulo
Fevereiro02 WEBINAR - Reciclagem para Instrutores:
Abendi
Virtual
US - Novas Regras
Fevereiro 24
Documentos Técnicos de Soldagem e END
Abendi e FBTS São Paulo
Fevereiro23 Risk-Informed Inservice Testing
Abendi e Asme São Paulo
Março
02
Seleção e Aplicação de Materiais
Abendi
São Paulo
Março04
WEBINAR - Conhecimentos Gerais: Ultrassom Abendi
Virtual
Março
09
Partículas Magnéticas N3
Abendi
São Paulo
Março
11
Inspeção de Fundo de Tanque por Vazamento Abendi
São Paulo
de Fluxo Magnético (MFL - Magnetic Flux Leakage Testing)
Março
16
Básico de END
Abendi
São Paulo
Março24
WEBINAR - Elaboração de Procedimento
Abendi
Virtual
de LP (norma ASME V)
Março
25
Radiografia Digital: Princípios e Normas
Abendi
São Paulo
Abril
06
Técnicas de Proteção contra Deterioração
Abendi
São Paulo
e Corrosão de Equipamentos
Abril
06
Revisão NR13 - Inspeção de dutos
Abendi
São Paulo
de transferência (Tubulações de Processos)
Abril
06
Ultrassom N3
Abendi
São Paulo
Abril
13
Inspeção por Partículas Magnéticas
Abendi
São Paulo
em Máquinas Estacionárias
Abril
27
Fabricação e Inspeção em Pás Eólicas
Abendi
São Paulo
Abril
27
Correntes Parasitas N3
Abendi
São Paulo
Maio
04
Inspeção de US com cabeçotes EMAT
Abendi
São Paulo
Maio
04
Análise de Riscos em Empreendimentos Abendi
São Paulo
de Construção e Montagem de Instalações
e Montcarlo
Industriais
Engenharia
Maio
11
Inspeção de Dutos Terrestres, Ensaios e Testes Abendi
São Paulo
Maio14
WEBINAR - Conhecimentos Gerais: Líquido
Abendi
Virtual
Penetrante
Maio25
Inspection and Fitness for Service, Abendi e Asme São Paulo
Flaw Evaluation of Pressure Equipment
Maio
18
Nivelamento N3
Abendi
São Paulo
Maio
26
Inspeção por US no Setor Ferroviário
Abendi
São Paulo
Junho
08
Ultrassom Forjados AVG/DGS
Abendi
São Paulo
Junho
09
Inspeção de Dutos Flexíveis e Raisers
Abendi
São Paulo
Junho
22
Ensaio Visual de Solda N3
Abendi
São Paulo
Junho
29
END para Inspeção de Parafusos -
Abendi
São Paulo
Bolting Inspection
Julho
08
Principais Erros Cometidos nos Exames
Abendi
São Paulo
de Certificação para N3
Julho
14
Básico de ToFD
Abendi
São Paulo
Julho15
WEBINAR - Elaboração de Procedimento
Abendi
Virtual
de US (norma ASME V)
Julho
20
Detecção de Vazamentos N3
Abendi
São Paulo
Carga Horária
40
40
16
16
24
40
4
40
8
40
8
24
80
328
80
24
16
48
8
40
40
4
16
80
8
40
16
40
8
24
16
8
40
tecnologia preservando a vida
www.abendi.org.br
21
treinamentos
Mês
Dia
Tema
Realização
Julho
27
END Em Materiais compósitos (PRFV - Abendi
Polímero, reforçado em fibra de vidro e outros relacionados)
Julho
27
Básico de END
Abendi
Agosto
10
Inglês Técnico Preparatório para N3
Abendi
Agosto10WEBINAR - Metalurgia e Tratamentos Térmicos Abendi
Agosto
17
Inspeção por PIG Instrumentado
Abendi
Agosto
18
Metrologia e Calibração para empresas de END Abendi
Agosto
24
Partículas Magnéticas N3
Abendi
Agosto
25
Aplicação de ENDs em Inspeção de
Abendi
Pontes e Viadutos
Setembro01 Inspection, Repairs, and Alterations
Abendi e Asme
of Pressure Equipment
Setembro 14
Ensaios Radiográficos N3
Abendi
Setembro 21
Líquido Penetrante N3
Abendi
Setembro 21
US aplicado a Solda por Resistência
Abendi
a Ponto (Automobilístico)
Setembro 22
Reciclagem para Instrutores - Ultrassom
Abendi
- Novas Regras
Setembro 28
Básico de Phased Array
Abendi
Outubro07 WEBINAR - Conhecimentos Gerais:
Abendi
Partículas Magnéticas
Outubro
19
Ultrassom N3
Abendi
Outubro
20
Inspeção em Faixa de Dutos Abendi
Outubro
21
Inspeção por GPR - Round Penetrating Radar Abendi
Outubro
26
Produtividade em Empreendimentos de
Abendi e
Construção e Montagem de Instalações
Montcarlo
Industriais
Engenharia
Outubro
27
Gestão e Organização dos END’S
Abendi
Outubro
27
Laser Scanner para Inspeção de Pontes
Abendi
e Viadutos
Novembro 09
Básico de END
Abendi
Novembro 16
Nivelamento N3
Abendi
Novembro17 WEBINAR - Elaboração de Procedimento
Abendi
de PM (norma ASME V)
Novembro 17
Análise de Certificados de Calibração
Abendi
Novembro 23
Análise de Certificados de Calibração
Abendi
IEQ - Inspetor de Equipamentos
Abendi e FBTS
Especialização Montagem Industrial e Abendi e UFF
Fabricação Mecânica
Local
Carga Horária
São Paulo
8
São Paulo
São Paulo
Virtual
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
40
96
16
16
24
40
16
São Paulo
16
São Paulo
São Paulo
São Paulo
56
40
40
São Paulo
24
São Paulo
Virtual
16
4
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
80
40
16
40
São Paulo
São Paulo
16
São Paulo
São Paulo
Virtual
40
80
8
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
8
24
560
504
grade de treinamentos EAD 2015
Tema
RealizaçãoVigência
Lançamento
Nivelamento Nível 1 e 2
Líquido Penetrante N3
Partículas Magnéticas N3
Ensaio Visual N3
Ultrassom N3
Ensaios Radiográficos N3
Nivelamento N3
Básico de END
Abendi
Abendi
Abendi
Abendi
Abendi
Abendi
Abendi
Abendi
No ar
No ar
No ar
No ar
No ar
Março/15
Dezembro/14
Julho/15
Obs.: As datas são de acordo com a agenda do aluno.
22
revista abendi no 65
dezembro de 2014
90 dias
90 dias
90 dias
90 dias
120 dias
120 dias
90 dias
90 dias
normalização
Participe da elaboração de
normas técnicas
O
ONS-58 (Organismo de Normalização Setorial) trabalha, desde
2003, em parceria com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas),
para estipular métodos e procedimentos mais seguros às atividades
de Ensaios Não Destrutivos.
Até o momento, foram mais de 750
reuniões que resultaram na produção
de 125 normas e projetos de normas
nacionais.
A elaboração de procedimentos
específicos para determinada atividade se faz por meio de uma norma
técnica que nada mais é do que o registro da tecnologia em evolução.
Em sua grande maioria, as normas
não são compulsórias, todavia, como
trazem importantes vantagens para
a sociedade, elas são vistas como um
diferencial para as empresas e adotadas como procedimentos obrigatórios dentro das indústrias.
O ABNT/ONS-58 possui, atualmente, 16 comissões de estudo
(CEs) que se organizam por métodos
de ensaio. Além destas comissões, a
Abendi secretaria as comissões especiais da ABNT sobre Acesso por
Corda, Controle Dimensional e Inspeção de Fabricação.
Diante disso, é essencial a participação de profissionais especialistas
nas reuniões que discutem a elaboração das normas.
O profissional N3 da área de END
e Inspeção se destaca na sociedade
por diversas razões, entre elas, pelo
profundo conhecimento em determinado método, pela execução e
desenvolvimento de inspeções em
peças complexas, pela elaboração e
assinatura dos procedimentos, pela
busca dos limites de confiabilidade
de um ensaio e, por fim, pela necessidade constante de atualizações na
literatura e na normalização do setor.
Sua colaboração é essencial para
acrescentar valor e conhecimento à
elaboração das normas.
Hoje, há uma perfeita sintonia
dos trabalhos desenvolvidos pelos
comitês nacionais com a normalização internacional e esse estágio
de evolução, alinhamento, harmonização e equivalência dos documentos faz com que o Brasil tenha
uma atualização tecnológica comparável à dos países mais avançaa
dos do mundo.
Participe você também das comissões de normalização da Abendi. A aplicação de normas em
produtos e serviços reduz custos, aumenta a produtividade e fortalece a indústria nacional.
tecnologia preservando a vida
www.abendi.org.br
23
certificação
Lançamento de certificação Ex na Abendi
O
evento de lançamento do
esquema de certificação de
Competências Pessoais em Atmosferas Explosivas, que ocorreu no dia
06 de novembro, reuniu cerca de 70
pessoas na sede da Abendi, em São
Paulo (SP).
Com início às 16h, contou com
pronunciamentos de Roberval Bulgarelli, consultor técnico da Refinaria Presidente Bernardes, da Petrobras; João Conte, diretor executivo
da Abendi; e Nelson Mario Lopez
Muñoz, presidente da ABPEx.
Durante o encontro, a Associação
homenageou a atuação de profissionais da área que ajudaram a transformar a inédita certificação em uma
realidade para o mercado.
Na data, foram homenageados:
Alberico Couto Ferraz, Dácio de Miranda Jordão, Sérgio Rausch, Rüdiger
Heinz Arnold Röpke, Roberval Bulgarelli, Hélio Kanji Suzuki, Giovanni
Hummel Borges, Marcelo Appel da
Silva, Nelson López, Ricardo Rossit,
Carlos Henrique da Silva Rocha, Leandro Erthal, Jair Argemiro de Beiel, Ivo
Rausch e Pedro Estéfano Cohn.
Por enquanto, apenas o processo
de certificação na unidade Ex 001
– Aplicação dos Princípios Básicos
de Proteção em áreas classificadas,
módulo que compreende atividades
básicas, como a operação de equipamentos e a inspeção de segurança –
está disponível.
A certificação segue a NA-017,
que considera o total de dez unidades de competências pessoais em
Atmosferas Explosivas.
Para se inscrever, o candidato
precisa enviar um e-mail para [email protected] ou ligar para (11)
a
5586-3153.
Para ver todas as fotos do evento e dos homenageados, acesse o blog AbendiNews (www.abendinews.org.br).
24
revista abendi no 65
dezembro de 2014
Fotos: Edu Oliveira
tecnologia preservando a vida
www.abendi.org.br
25
Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini
capa
Rio Grande do Sul
apresenta diversidade industrial
O estado vem ampliando o leque empresarial com
potencialização para os setores automotivo, petroquímico,
naval, oceânico, eletrônico, entre outros.
Alexandra Alves
R
ico em tradições, o Rio Grande do Sul chama a atenção pela alegria e receptividade do povo gaúcho, acostumado a comemorações fartas em churrasco e regadas a chimarrão (bebida típica à base de mate). O legado
cultural trazido pelos imigrantes italianos, espanhóis e portugueses pode ser visto, por exemplo, nas danças
folclóricas, como a Tirana e o Anú, ambas apresentadas em pares. E em meio a tantas atribuições festivas, o estado
também ostenta uma característica de vital importância à sobrevivência da população: o desenvolvimento industrial,
26
revista abendi no 65
dezembro de 2014
que hoje ocupa o terceiro lugar do
percentual brasileiro nesse segmento da economia, respondendo por
8,4% do PIB do setor, segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). Embora as áreas
têxtil e alimentícia se destaquem no
setor produtivo, o Rio Grande do Sul
vem diversificando o leque empresarial da região, com potencialização
para os setores automotivo, petroquímico, naval, oceânico, eletrônico
e de vitivinicultura, implementos rodoviários, celulose, bens de capital,
saúde avançada, medicamentos,
energia eólica, e reciclagem e despoluição.
‘’Elaboramos uma Política Industrial que contempla 23 setores estratégicos e trouxe uma inovação para a
relação entre poder público e empresa: a Sala do Investidor, que introdu-
ziu um novo conceito de negociação.
Hoje a carteira da Sala do Investidor,
tem 540 projetos, com R$ 50.523.597.
197 em investimentos e previsão para gerar 64.583 empregos diretos’’, diz
o governador do Rio Grande do Sul,
Tarso Genro, com exclusividade à Revista Abendi (leia a entrevista com o
governador na pág. 35).
Empresas e o uso de ENDs
Com três plantas industriais instaladas no Polo Petroquímico do Sul, a
Innova S/A, antes controlada pela Petrobras e vendida, recentemente, para
a Videolar S/A, é a líder no mercado
brasileiro de Estirênicos (resinas produzidas a partir da matéria-prima Monômero de Estireno, por exemplo:
poliestireno, poliestireno expansível,
ABS, SAN). A empresa utiliza todas
as técnicas convencionais de END:
Radiografia, Líquido Penetrante (LP),
Partículas Magnéticas (PM), Medição
de Espessura por Ultrassom (US-ME),
Termografia e US para a inspeção
de soldas. Além dessas, também
são empregadas ferramentas mais
modernas, como US automatizado,
Emissão Acústica (EA), Ensaios de
Réplicas Metalográficas, Videoscopia, Medições de Dureza, Inspeção
por IRIS em trocadores de calor, Radiografia Digital, entre outras.
‘’Os Ensaios Não Destrutivos permitem a inspeção de materiais e
equipamentos, sem danificá-los, nas
diversas fases da sua vida, fabricação, montagem, acompanhamento
em operação e manutenção, contribuindo para a garantia da qualidade,
redução de custos, redução de riscos
e aumento da confiabilidade opera-
tecnologia preservando a vida
www.abendi.org.br
27
capa
cional dos equipamentos’’, afirma o
engenheiro e coordenador da área
de Inspeção de Equipamentos da
Innova, Maurício Cavalheiro Lemes,
profissional certificado pela Abendi.
Segundo ele, todas as técnicas
utilizadas em inspeção de rotina são
executadas por pessoal próprio, uma
vez que a empresa possui SPIE certificado (Serviço Próprio de Inspeção de
Equipamentos). ‘’Temos profissionais
qualificados pela Abendi em LP, PM
US-ME, além de inspeção visual com
videoscopia’’, destaca.
Ao completar, recentemente, 65
anos de fundação, a fabricante de
ônibus Marcopolo possui unidades
em 12 países: África do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China,
Colômbia, Estados Unidos, Egito, Índia, México e Rússia. Todas utilizam
ENDs com o objetivo de proporcio-
nar mais velocidade nas análises dos
materiais, competitividade e confiabilidade nos produtos.
Sob a aba do setor de Engenharia
Experimental, a empresa realiza diversos testes funcionais, com foco na
segurança dos usuários finais:
• Conforto térmico (ar condicionado,
calefação e aquecimento);
• Conforto acústico (ruído externo, ruído interno, dosimetria);
• Meio ambiente: Opacidade (medir o
nível de monóxido de carbono emitido pelo veículo);
• Segurança (visibilidade dos espelhos; iluminação interna e iluminação
externa);
• Vibração ocupacional;
• Acelerometria e extensometria;
• Ensaio de estabilidade lateral (Tilt
Test);
• Estanqueidade em sinalização externa;
• Inspeção visual e dimensional realizada em diversos materiais;
• Medição de dureza (Shore D /Shore A)
realizada em plásticos e borrachas;
• Medição de brilho da pintura realizada como controle de processos;
• Medição de espessura da camada
de pintura realizada como controle
de processos.
Outra empresa que emprega ENDs
diariamente é a Gerdau, líder no segmento de aços longos nas Américas
e uma das principais fornecedoras
de aços especiais do mundo. Recentemente, passou também a trabalhar
em dois novos mercados no Brasil,
com a produção própria de aços planos e a expansão das atividades de
minério de ferro.
De forma geral, os Ensaios Não
Destrutivos fazem parte da rotina da
Gerdau no sentido de garantir o aten-
A Inova conta com profissionais certificados pela Abendi para a aplicação de Ensaios Não Destrutivos.
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revista abendi no 65
dezembro de 2014
“Os governos ainda necessitam de parceria com entidades como a Abendi, que acumulam conhecimento e atuação em áreas que são inovadoras
e importantes para a preservação do desenvolvimento econômico com
valorização das pessoas e dos recursos naturais’’, governador do Rio
Grande do Sul, Tarso Genro.
usinadas ou manufaturadas.
As principais ferramentas empregadas são PM, CP (Eddy current), US
e RX (aplicadas nas linhas de inspeção de produtos) e Detectores de
radioatividade, LP, US e RX aplicados nos recebimentos de matérias-primas e peças.
Contratada pela Petrobras para
construir oito cascos de plataformas de exploração de petróleo
(FPSO na sigla em inglês) na cama-
da do pré-sal, a Engevix Engenharia
S/A pretende movimentar US$ 300
bilhões em contratos nos próximos
dez anos, com a fabricação de cascos, módulos, navios-sonda, embarcações de apoio e gerais.
Para isso, segundo o gerente de
controle de qualidade do Estaleiro
Rio Grande, Leonardo Tostes Muniz,
a empresa continuará contando com
o amparo dos ENDs como forma de
reduzir custos nos processo de fabriMagrão Scalco
dimento às especificações dos produtos fabricados para as indústrias
mecânica e automobilística, nos quesitos de qualidade interna e superficial, por meio das linhas de inspeção
situadas ao longo do processo produtivo. Além disso, as técnicas são
aplicadas nas inspeções de recebimento de matérias-primas e de
peças mecânicas de reposição,
para detecção de radioatividade e
checagem da integridade de peças
A Randon também considera o uso de ENDs uma estratégia para manter a empresa em alta no mercado
tecnologia preservando a vida
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29
Daniel Herrera
capa
O Setor de Engenharia Experimental da Marcopolo, uma das principais fabricantes de ônibus do mundo,
realiza diversos tipos de inspeção com foco na segurança dos usuários
cação e montagem, aumentar a confiabilidade e probabilidade de detecção de falhas, reduzir o desperdício
de bens de consumo, aumentar a segurança de instalações industriais e
possíveis acidentes e impactos ambientais, verificar falhas em componentes soldados e equipamentos (antes que estes possam resultar em defeitos graves ou não conformidade
ao projeto ou ao sistema), garantir
a segurança dos equipamentos em
operação e, finalmente, de garantir
a melhoria contínua dos processos,
analisando a aplicação de cada método, bem como a possibilidade de
otimização desses ensaios.
Dentro do Estaleiro Rio Grande
(ERG1 e ERG2), explica o engenheiro,
são empregadas desde as técnicas
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revista abendi no 65
dezembro de 2014
convencionais, no sentido de detectar
imperfeições superficiais, como EV,
LP e PM, bem como as mais complexas, como US e Radiografia, para apontar imperfeições internas em soldas.
Os Ensaios Visuais são largamente
aplicados nas etapas de fabricação e
montagem de estruturas metálicas e
tubulação, sendo o primeiro ensaio
a ser executado na submontagem e
montagem dos Cascos dos FPSOs.
Já LP e PM revelam indicações não
vistas a olho nu pelo Ensaio Visual de
Soldagem, detectando, por exemplo,
trincas superficiais críticas, sendo empregados tanto nas etapas de fabricação e montagem como nas etapas de
pré-edificação, que são uniões intermediárias de montagem entre dois
ou mais blocos, ou ainda nas etapas fi-
nais de edificação do Casco do Navio.
Já os ensaios volumétricos (Ultrassom e Ensaios Radiográficos) são executados nos chamados pontos de
NDT Plan (plano de ensaios não destrutivos), que são pontos definidos
em projeto. São executados normalmente em ‘’spots’’ pré determinados
de extensões variadas nas etapas de
fabricação, montagem, pré-edificação e edificação.
À frente da operação dessas técnicas estão profissionais certificados.
“Nossa empresa investe constantemente em aperfeiçoamento profissional para todas as áreas de atuação
dentro do empreendimento, sendo o
Controle de Qualidade continuamente treinado em função da necessidade
de se ter inspetores certificados para
se ter atendimeto aos requisitos contratuais do projeto. A Ecovix conta com
profissional certificado como Nível 3
em ENDs dentro do empreendimento, bem como a consultoria de profissional Nível 3 externo, responsáveis
pela supervisão de treinamentos e
acompanhamento das atividades de
END dentro do estaleiro pelos profissionais Nível 2, mantendo contínuo
plano de aperfeiçoamento profissional, garantindo treinamento para
todas as modalidades de END, bem
como a participação em auditorias
de desempenho e de sistema’’, afirma
o gerente.
Considerada a maior fabricante de
reboques e semirreboques da América Latina, a Randon S.A também
considera o uso de ENDs uma estratégia para manter a empresa em alta
no mercado.
O diretor de exportação e marketing do grupo, Cesar Alencar Pissetti,
fala sobre as principais técnicas e em
qual momento são empregadas:
Espectrômetro: Inspeção que efetua a queima do material e identifica a
composição química do material, possibilitando a qualificação do material
analisado nas normas existentes;
Termografia: A Termografia é definida como a técnica que se baseia na
detecção de radiação infravermelha
naturalmente emitida pelos corpos,
permitindo a medição de temperaturas sem contato físico com os mesmos.
Através da utilização de sistemas
infravermelhos, torna-se possível a
observação de padrões diferenciais
de distribuição de calor num componente, com o objetivo de proporcionar informações relativas à sua condição operacional.
Em quaisquer dos sistemas de manutenção considerados, a termovisão
se apresenta como uma técnica de
inspeção indispensável, uma vez que
atende às especificações básicas, tais
como segurança, (não interfere com
o processo produtivo), alto rendimento (pois é realizada com rapidez)
e utiliza normas técnicas internacionais, gerando uma padronização na
prática.
LP
Detecção de descontinuidades superficiais, detecção de vazamentos
em tubos, tanques, soldas e componentes, feita com aerossol. A aplicação do produto está baseada no
fenômeno da capilaridade, que é o
poder de penetração de um líquido
em áreas extremamente pequenas
devido à sua baixa tensão superficial.
Após um tempo, efetua-se a remoção
desse penetrante da superfície por
meio de lavagem com água. Então,
aplica-se um revelador, que irá mostrar a localização das descontinuidades superficiais, como, por exemplo,
trincas nas regiões soldadas.
US
Detecta descontinuidades internas em materiais, baseando-se no
fenômeno de reflexão de ondas
acústicas, quando encontram obstáculos à sua propagação, dentro do
material. Utilizado na inspeção de
regiões soldadas.
Gamagrafia
O método está baseado na mudança de atenuação da radiação
eletromagnética causada pela presença de descontinuidades internas.
A radiação passa e deixa a imagem
gravada em um filme que, após revelação, mostra se há alguma imperfeição dentro da solda e no entorno
da mesma.
Inspeção visual
Os produtos passam por criteriosa
inspeção visual em várias etapas do
processo produtivo, desde linhas de
fabricação até o produto pronto na
expedição. Há uma grande diversidade de produtos, por isso o ensaio
visual é um dos mais importantes.
Cada produto tem detalhes e componentes diferenciados, portanto, as
inspeções ocorrem em vários setores.
São inspecionadas soldas, pintura,
montagem de sistemas, acessórios,
entre outros. A detecção de defeitos
em cada etapa do processo, como
trincas, corrosão, deformação, alinhamento, cavidades, porosidade e
montagem é de extrema importância
para garantir a conformidade e continuidade da produção.
Teste de Estanqueidade ou
Hidrostático
Método utilizado para detecção
de possíveis vazamentos de líquidos,
a fim de efetivar a garantia de segurança operacional dos produtos,
bem como a integridade do meio
ambiente. É realizado em regiões
soldadas para evitar a saída (tanques
de transporte/armazenamento) ou
entrada de líquido no produto (vagões de transporte de grãos).
“Para ensaios mais complexos,
por exemplo os de Gamagrafia ou
Radiografia, que são homologados
por organismos como CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e exigem pessoal qualificado
com treinamentos específicos, fica
economicamente inviável às empresas manter essa estrutura. Logo,
nesses casos, utilizamos terceiros
que prestam serviços de qualidade
e com muita confiabilidade’’, acrescenta Pissetti.
tecnologia preservando a vida
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31
capa
Engenheiro da Marcopolo explica como os ENDs são
fundamentais no setor de transporte
“Redução do custo de fabricação
dos veículos, atendimento de normas
nacionais e internacionais, segurança
dos ocupantes e redução do peso das
estruturas são alguns dos objetivos que
a indústria automotiva busca no projeto de novos produtos. No segmento de
ônibus não é diferente. A forte concorrência de empresas nacionais e
internacionais exige que os produtos
desenvolvidos sejam cada dia mais
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revista abendi no 65
dezembro de 2014
competitivos. Além disso, a legislação
de segurança veicular impõe desafios
cada vez maiores aos engenheiros responsáveis por criar novos veículos.
Nesse meio competitivo e desafiador
surgem algumas ferramentas de auxílio ao engenheiro no desenvolvimento
de novos produtos. A simulação computacional é uma delas. Diferentes softwares existentes no mercado possibilitam ao engenheiro analisar o com-
portamento dinâmico e estático dos
veículos antes mesmo de serem construídos fisicamente. Análise de estabilidade dinâmica e resistência estrutural
são exemplos do que pode ser analisado
virtualmente. Identificando problemas
nessas análises, correções podem ser feitas no próprio modelo virtual, até se
obter uma solução virtualmente definitiva, para, aí então, ser construído
um modelo físico. Esse procedimento
diminui a possibilidade de erros e reduz
o gasto com projetos, uma vez que o
primeiro protótipo construído fica muito próximo da solução definitiva.
A ferramenta de análise virtual de
estruturas veiculares é um exemplo
da aplicação de END no processo de
desenvolvimento de novos produtos.
Mesmo após a construção de modelos físicos, alguns testes podem ser
realizados nos veículos sem que causem danos permanentes aos componentes. As técnicas de extensometria
e acelerometria são exemplos desses
testes. A extensometria consiste na medição de micro deformações que ocorrem na estrutura metálica do veículo
durante a aplicação de algum tipo de
esforço externo (como o ônibus passando por um buraco ou fazendo uma
curva acentuada. Esses dados de micro
deformações são coletados por meio
de um extensômetro elétrico colado na
estrutura, e as informações produzidas
por esse sensor são utilizadas para
“A utilização de ENDs possibilita a
introdução de novos produtos no mercado
sem a necessidade de comprovações de
durabilidade através de testes destrutivos
de campo’’
analisar os esforços a cuja estrutura está sendo submetida. Após o ensaio, o
extensômetro elétrico é descartado e
a estrutura não sofre nenhum dano
permanente.
O mesmo acontece com a técnica
da acelerometria. Um acelerômetro é
colado na estrutura que, por sua vez,
mede os sinais de vibração que ocorrem no veículo durante um trajeto que
pode ser por uma estrada com boa pavimentação ou por um trecho mal conservado, o que causa maiores vibrações.
Todos esses dados coletados através
de ENDs podem ser utilizados para realimentar uma análise computacional,
de forma a se melhorar cada vez mais
as estruturas dos veículos, buscando a
otimização, a redução de falhas em
campo e o atendimento de normas de fabricação desses veículos.
A utilização desta técnica possibilita a introdução de novos produtos
no mercado sem a necessidade de
comprovações de durabilidade através
de testes destrutivos de campo, bem
como evita gastos em campanhas de
reparação estrutural em veículos em
operação.
Segundo normas internacionais de
segurança veicular, um ônibus deve
suportar uma inclinação lateral de 28°
sem que ocorra o tombamento. O ensaio de estabilidade lateral consiste
justamente em avaliar a inclinação máxima que o veículo suporta antes do
início do tombamento.
Com um sistema de cabos e guindastes, esse ensaio é realizado de maneira a verificar a inclinação máxima do
veículo e, ao mesmo tempo, evitando o
tombamento real.
Esse ensaio é um exemplo de END
que serve para verificar o atendimento de normas de segurança veicular
sem que ocorram danos permanentes
no veículo, garantindo sua performance
em operação e protegendo a empresa
de eventuais indenizações onerosas
requeridas em acidentes de trânsito.’’
Álvaro Vial
Gerente de engenharia da Marcopolo
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33
capa
Prejuízos evitados com ENDs
Na Innova, um caso marcante
de prejuízo evitado graças ao uso
de END, segundo o engenheiro e
coordenador da área de Inspeção de
Equipamentos, Maurício Cavalheiro Lemes, profissional certificado
pela Abendi, foi a descoberta de
corrosão sob tensão, através da
aplicação de LP e Réplicas Metalográficas. Essa aplicação foi efetuada
em um trocador de grande porte
na empresa, construído em inoxidável austenítico, cuja falha colocaria em risco a segurança e continuidade operacional da empresa. Em
função da descoberta, o equipamento foi substituído integralmente.
‘’Uma técnica também muito
utilizada e que nos permitiu acompanhar um equipamento até a
sua parada para manutenção é a
Termografia. Com ela, consegui34
revista abendi no 65
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mos acompanhar uma falha de
isolamento no teto da radiação de
um forno. Ao realizar o monitoramento com esta ferramenta, foi possível operar o equipamento até o
período de sua parada para manutenção’’, recorda.
Outro caso aconteceu na Engevix,
durante uma inspeção de aços
EQ70 com alto limite de escoamento (acima de 600N/mm²) que podem, em até 72 horas, gerar trincas induzidas pelo hidrogênio. Nesse determinado momento, precocemente detectado, segundo o gerente de controle de qualidade do
Estaleiro Rio Grande (Engevix), Leonardo Tostes Muniz, as técnicas
de PM e US foram realizadas em
duas etapas, uma tão logo a solda
era liberada pela produção e outra
respeitando as condições de 72
horas de repouso para dissipação
do hidrogênio iônico, para garantia de isenção de trincas. ‘’A Soldagem foi executada conforme Ins-
trução de Execução de Soldagem
específica para este aço, considerando um controle de pré e pós
aquecimento fundamental para
a qualidade final das juntas. Se a
participação dos setores de produção e qualidade da empresa não
tivessem atuado de forma conjunta e preventiva, certamente poderíamos nos deparar com problemas
futuros de incidência de falhas
induzidas nas estruturas offshore.’’
Já na Randon, o ensaio de espectrometria, equipamento portátil adquirido há alguns anos pela
empresa, possibilitou a confirmação de um lote de chapas metálicas com defeitos, utilizadas para a
fabricação de produtos ferroviários,
que acarretariam desgaste prematuro no implemento. Com isso, a
empresa evitou garantias e até
mesmo prejuízos ambientais, justamente porque os vagões ferroviários seriam utilizados para transporte de produtos químicos.
Em entrevista exclusiva à Revista Abendi, o governador do Rio
Grande do Sul, Tarso Genro, fala sobre os planos de
desenvolvimento do estado
1- O setor industrial do Rio
Grande do Sul ocupa, hoje, o
terceiro lugar do percentual brasileiro nesse segmento da economia, com participação de 8,4%
do PIB do setor. Como o governo
estadual incentiva as empresas
que já estão em operação e quais
benefícios oferece para atrair
novas indústrias?
É importante destacar que recuperamos um ambiente de negócios nesta área no Rio Grande do
Sul com ações de incentivo relacionadas a um arcabouço institucional estabelecido pelo Governo
do estado desde 2011. A criação
do Sistema de Desenvolvimento
do Rio Grande do Sul (SDRS), liderado pela Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI) e constituído ainda
pela Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) e por três bancos públicos, Badesul, BRDE e Banrisul,
formaram um importante diferencial do estado. Na esteira deste
fortalecimento institucional, elaboramos uma Política Industrial,
que contempla 23 setores estratégicos e trouxe uma inovação para
a relação entre poder público e
empresa: a Sala do Investidor, que
introduziu um novo conceito de
negociação.
A Sala do Investidor facilita e profissionaliza a relação entre empresa e Governo, indicando um gerente técnico para cada projeto,
profissional que ficará responsável
pela interface com todas as secretarias e órgãos do estado denvolvidos com o futuro empreendimento.
Ou seja, o investidor tem um interlocutor específico para atender
e agilizar as demandas do projeto:
incentivos fiscais (Novo Fundopem
e tratamento tributário adicional),
financiamento pelos bancos do
estado, licenciamento ambiental,
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35
capa
infraestrutura, áreas industriais e
outros. É possível, também, construir um modelo de incentivo adequado a cada projeto.
Hoje, a carteira da Sala do Investidor é o melhor indicativo do
sucesso de nossa Política Industrial: 540 projetos, com R$ 50.523.
597.197 em investimentos e previsão de gerar 64.583 empregos
diretos.
O principal instrumento de incentivo às empresas é o Fundo
Operação Empresa do estado do
Rio Grande do Sul (Fundopem),
que consiste no financiamento do
ICMS devido e que, neste governo,
foi alterado de forma a ampliar seu
acesso a cooperativas. O chamado
Novo Fundopem ganhou maior
flexibilidade na apresentação dos
projetos e na prestação de contas,
com uma série de diferenciais: garante pontuação diferenciada aos
setores estratégicos da Política Industrial, valoriza a massa salarial,
permite a utilização do faturamento incremental e ICMS gerado e
prioriza a compra de insumos dentro do estado, a intensidade tecnológica do projeto e a responsabilidade ambiental.
2 - Na Região Sul, as atividades
que mais se destacam são as das
áreas têxtil e alimentícia, que utilizam a agropecuária como matéria-prima. Quais são os outros
segmentos que vêm crescendo?
Uma das principais características da matriz produtiva gaúcha
é a diversidade. Além da indústria alimentícia, houve incremento
recente nos setores de vitivinicultura, automotivo e de implementos
rodoviários, indústria oceânica e
36
revista abendi no 65
dezembro de 2014
polo naval, celulose, bens de capital, reciclagem e despoluição,
saúde avançada e medicamentos,
petroquímica, software, eletrônica,
indústria criativa e energia eólica.
Alguns setores foram potencializados pela Política Industrial, que
dividiu os 23 setores estratégicos
em tradicionais e da Nova Economia. Nesta última estão a indústria
oceânica, saúde avançada e energia eólica, por exemplo. Nos tradicionais, nossa vocação automotiva
está sendo reforçada com a instalação de uma fábrica da chinesa
Foton, a maior montadora de caminhões do mundo.
No segmento de bens de capital,
duas empresas estrangeiras – a japonesa Mitsubishi e a coreana
Hyundai – passaram a produzir
elevadores no RS. A Honda está
construindo em solo gaúcho o
primeiro parque eólico no mundo
para abastecer 100% de uma
montadora da marca, no caso a
de Sumaré (SP). A Celulose Riograndense realiza o maior investimento privado da história do estado: R$5 bilhões em Guaíba. Entre as gaúchas, vale ressaltar as ampliações da Randon, Metalúrgica
Mor e Cooperativa Piá. No âmbito das empresas de pequeno e médio portes, o estado também organizou e apoiou a constituição
de 20 Arranjos Produtivos Locais
(APLs) e implantou o Projeto Extensão Produtiva e Inovação, que
já atendeu a três mil empresas.
3 - O potencial energético é uma
das características do Rio Grande do Sul, abastecido pelas usinas
hidrelétricas, típicas de regiões
com muitos planaltos. Com a ten-
dência mundial de economizar
água, o governo pretende estimular novas formas de geração de
energia?
Esta é mais uma área, e neste
caso uma área de importância
estratégica, em que novamente a
nossa Política Industrial apresenta
resultados expressivos. Ampliamos
as oportunidades e os incentivos
para investimentos em energia eólica e biocombustíveis. Até 2018, já
temos assegurados R$8,6 bilhões
em investimentos para a geração
de 2.053,9 MW de energia eólica,
através da instalação de 91 parques
geradores.
4 - O Rio Grande do Sul já teve uma indústria naval bem estruturada, inclusive com um estaleiro em Porto Alegre. Nos últimos três anos, esse segmento vem
ganhando força no estado, com
o Polo Naval do RS. Fale sobre
o desenvolvimento desse polo
(capacidade atual e desenvolvimento futuros)
A Indústria Oceânica, considerada como Nova Economia, é um
grande acerto entre os setores
estratégicos incluídos na Política
Industrial do estado. A partir daí,
tivemos resultados significativos,
com a consolidação do primeiro
polo naval, em Rio Grande, e a
constituição de outros dois, o do
Jacuí, com base no município de
Charqueadas, e o do Guaíba, situado em Porto Alegre e na cidade de Guaíba. Em Rio Grande
as encomendas chegam a US$7,4
bilhões, com geração de 40 mil
empregos diretos e indiretos. No
Polo Naval do Jacuí, a Iesa tem
U$720 milhões em encomendas
da Petrobras, e a Metasa investe
R$80 milhões. No Polo Naval do
Guaíba, a Palfinger Koch concluirá sua fábrica de guindastes em
novembro e já monta os primeiros equipamentos. A empresa tem
contratos de US$90 milhões. São
números que refletem, especialmente, a recuperação de toda a
economia da Metade-Sul, no entorno de Rio Grande e Pelotas, uma
região que há décadas convivia
com a falta de perspectivas de desenvolvimento e geraçaõ de empregos.
5 - Como o segundo fabricante
do País de máquinas de todos
os tipos, como o Rio Grande do
Sul capacita profissionais para
dar conta das diferentes demandas de trabalho? O estado investe, por exemplo, em certificação
profissional como forma de aperfeiçoar a mão de obra local?
Um dos principais reflexos de
que a economia do Rio Grande do
Sul está em um momento muito
positivo é a taxa de desemprego
do nosso estado, a mais baixa da
história, em torno de 4%. Durante
mais de um ano, mantivemos a
menor taxa de desemprego entre
as regiões metropolitanas do país.
Isso quer dizer que nossos setores
da Indústria, dos Serviços, do
Comércio, estão em expansão e
oferecendo oportunidades. Prova disso é que somos, também,
o estado que mais qualifica pelo
Pronatec: o Rio Grande do Sul é o
estado com o maior número de prématrículas e matrículas efetivadas
de janeiro a setembro de 2014:
17.672 e 12.079, respectivamente.
As vagas oferecidas desde 2011
até 2014 somam 160.603. No ano
de 2014, 497 municípios gaúchos
executaram o Pronatec, ou seja,
100% dos municípios do Rio Grande
do Sul. Atualmente, o Pronatec
possui 4.196 vagas abertas no RS.
Entre as qualificações oferecidas,
capacitamos os trabalhadores de
todos os setores da economia,
com desatque para a construção
civil, área administrativa e os profissionais autônomos, com capacidade para se tornarem pequenos empreendedores. O incentivo
ao empreendedorismo é um eixo
que trabalhamos com muita força, com o maior programa de microcrédito já implantado no país,
que chegou a quase R$500 milhões e 80 mil produtores beneficiados. Além disso, temos os Núcleos de extensão Produtiva e Inovação, que contemplam 3.500 empresas de pequeno e médio portes, para estimular novas tecnologias e setores de modernização
da economia. São várias iniciativas
trabalhando encadeadas, com excelentes resultados.
6 - Voltada à preservação da
vida e do meio ambiente, a
Abendi difunde o uso de Ensaios
Não Destrutivos (ENDs) como forma de evitar acidentes nas empresas e também investe em certificação profissional para formar
os melhores profissionais. Como
o senhor avalia a função de entidades como essas para o País?
Trata-se de um setor essencial e
inovador para a melhoria das condições de trabalho e para a preservação da nossa matriz ambiental
no processo de desenvolvimento
econômico, no qual as organizações públicas ainda têm muito
para avançar. Certamente são áreas
em que temos de ampliar ainda
mais as oportunidades de capacitação e modernização para alcançar
maior segurança. Tanto com a nossa
Fundação de Recursos Humanos
(FDRH), como por meio da Fundação de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam), formamos servidores e
estruturas atualizadas para as novas
legislações e para a necessidade de
esforço conjunto para o melhor funcionamento do estado nesta área.
Ampliamos a cooperação com os municípios, para a agilidade e o melhor
entendimento das restrições ambientais aos empreendimentos e, por
outro lado, proporcionamos formação permanente para o trabalho. São
áreas em que os governos atuam,
embora ainda necessitem de parceria com entidades como a Abendi, que
acumulam conhecimento e atuação
em áreas que são inovadoras e importantes para a preservação do desenvolvimento econômico com valorização das pessoas e dos recursos
naturais.
“Até 2018, já temos assegurados R$8,6
bilhões em investimentos para a geração
de 2.053,9 MW de energia eólica, através
da instalação de 91 parques geradores”,
Tarso Genro.
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37
capa
A seguir, o presidente do Sistema Fiergs, Heitor José Müller,
avalia o cenário econômico do RS
te em Rio Grande, cuja expectativa
é de uma inserção intensa de empresas gaúchas na cadeia produtiva da indústria naval e offshore,
caracterizada pelo seu alto valor
agregado.
Entretanto, ainda há uma carência de investimentos nos setores
ligados à “novíssima” economia no
Rio Grande do Sul, como tecnologia da informação (TI), automação e semicondutores. A integração entre o setor produtivo e os
polos desenvolvedores de conhecimento é fundamental para tornar
a indústria gaúcha mais sólida e
inovadora. Essa sinergia é importante pela capacidade de geração
de empreendimentos que consigam enfrentar uma concorrência
(em termos nacionais e internacionais) cada vez maior. Os parques
tecnológicos já instalados junto
às universidades, como o da
PUC-RS (Tecnopuc) e da Unisinos
(Tecnosinos), representam iniciativas importantes que têm produ-
zido bons resultados. No entanto,
é necessário adotar medidas que
visem fortalecê-las e ampliá-las, sobretudo para locais menos desenvolvidos do Rio Grande do Sul.
Atualmente, o RS tem sido sondado por empresas que aproveitam
o potencial competitivo dos polos
metal-mecânico e da indústria naval e offshore. Além disso, muitos
investimentos na área de energia foram realizados por empresas privadas, que aproveitaram o potencial de geração de energia eólica da
Região.
Outro movimento importante são
os parques tecnológicos integrados às universidades. Esses empreendimentos têm sido fundamentais
para a inserção de novas tecnologias na nossa economia, bem como,
para a manutenção de jovens qualificados no estado.
Por outro lado, a conjuntura atual
não favorece um dos principais
atrativos e diferenciais do estado,
a localização estratégica dentro do
Foto: Gustavo Gargioni / Palácio Piratini
A indústria do Rio Grande do Sul
é bastante diversificada e emprega
9,1% dos trabalhadores industriais,
representando 10,8% dos estabelecimentos do País. O estado ainda
é bastante tradicional em setores
intensivos em mão de obra, como
são os casos das indústrias de alimentos e de couro e calçados, que
empregam, cada uma, mais de 120
mil trabalhadores e estão concentradas, principalmente, na região
metropolitana.
A indústria gaúcha se consolidou também em outros polos industriais, de maior valor agregado,
como é o caso do complexo metalmecânico situado, em grande parte,
na serra gaúcha, que representa
mais de um terço do PIB industrial
do estado e é um dos mais modernos da América do Sul.
Além disso, destacam-se o polo
petroquímico, segundo maior do
Brasil, com grande capacidade de
produção de polietilenos, e o polo
naval, implementado recentemen-
38
revista abendi no 65
dezembro de 2014
Dudu Leal
Isso demonstra um déficit existente
no estado no que tange ao capital
humano, que é ainda mais intenso
do que o observado em nível nacional (onde este percentual é marginalmente superior: 37,4%). O
investimento na educação e, principalmente, em cursos de formação
profissional técnica deve ser prioridade na condução da política
industrial do Rio Grande do Sul.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS), integrante do Sistema FIERGS, é um
exemplo do esforço do setor industrial para melhorar esse cenário.
Todos os 164 pontos de atendimentos do Senai gaúcho passam por
constante atualização tecnológica
e de infraestrutura. A formação profissional de ponta favorece a inovação nas indústrias, tornando-as
mais competitivas e sustentáveis.
De forma geral, o Rio Grande do
Sul enfrenta uma grave crise nas
finanças públicas. A consequência
disso é a carência de investimentos
públicos que poderiam minimizar
os entraves de competitividade,
principalmente no que concerne
à infraestrutura. O estado ocupa
a penúltima posição entre os entes federados no que tange à des-
tinação da sua receita corrente líquida para os investimentos, ficando à frente apenas de Sergipe,
conforme apontam os dados de
2013. Diante dos baixos investimentos, aumentam os custos de logística. Por exemplo, o modal rodoviário gaúcho tem apresentado, recentemente, uma deterioração de sua
qualidade, conforme levantamento
da Confederação Nacional dos
Transportes (CNT). Também há baixo percentual de rodovias duplicadas em relação aos principais esa
tados do Brasil.
Foto: Camila Domingues / Palácio Piratini
Mercosul. A crise econômica na Argentina abalou as relações comerciais através da imposição de barreiras e entraves para o intercâmbio
econômico na região.
A economia gaúcha enfrenta sérios problemas no que tange à
escassez de mão de obra qualificada: um em cada quatro empresários aponta este como sendo um dos principais entraves
enfrentados pelo setor. Assim, para que a mudança na matriz industrial tenha continuidade e o Rio
Grande do Sul ganhe mercados
como ofertante de produtos de alto conteúdo tecnológico será preciso que, cada vez mais, o estado
seja capaz de ofertar mão de obra
qualificada. No agregado do segmento metal-mecânico, por exemplo, 62,2% dos trabalhadores possuem ensino médio completo ou
maior grau de escolaridade formal, o que sinaliza uma alta demanda por qualificação.
Os dados pelo lado da oferta de
mão de obra não são animadores.
Da população do Rio Grande do
Sul com 10 anos de idade ou mais,
34,4% possuem escolaridade igual
ou superior ao ensino médio completo (11 anos de estudo ou mais).
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39
artigo
técnico
Flávio Roberto
Mathias1
A IMPORTÂNCIA DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA A
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
Sinopse
Este trabalho descreve a importância e o perfil de consumo energético da indústria química e petroquímica no Brasil. Em seguida, apresenta oportunidades de eficiência energética para os principais sistemas operacionais (vapor de processo, aquecimento
direto, água de resfriamento e ar comprimido), indicando a importância dos trabalhos de inspeção de equipamentos que se
integram e contribuem para a segurança industrial, preservação ambiental e confiabilidade das instalações, ao garantir o desempenho técnico, atender requisitos legais, reduzir os custos de produção e contribuir para a eficiência energética das instalações industriais. Finalmente, o trabalho aborda a contribuição da gestão energética associadas à sustentabilidade econômica,
social e ambiental.
Engenheiro Mecânico,
mestrando do curso de
Planejamento de Sistemas
Energéticos da FEM/Unicamp
Área de pesquisa: Eficiência
Energética.
1. Introdução
A partir da Revolução Industrial a economia e o desenvolvimento dos países estão apoiados na disponibilidade e
utilização dos recursos energéticos. Bem como, o petróleo
após a 2ª Guerra Mundial tem sido a principal fonte de
energia primária na matriz energética mundial.
Sendo o petróleo um recurso mineral não renovável e
com a posição geográfica das reservas distribuídas de forma
desigual em quantidade, qualidade e facilidade de acesso
para extração, os custos das matérias primas necessárias
para as indústrias petroquímicas apresentam diferenças nos
preços para os processos de produção.
Os processos petroquímicos consomem grande quantidade de energia. A partir dos anos setenta com o aumento nos preços do petróleo e a demanda crescente por
combustíveis fósseis e produtos industrializados, as indústrias
implantaram melhorias nos sistemas de gestão da qualidade,
bem como desenvolveram processos de produção com novas
tecnologias para reduzir o consumo energético, buscando garantir a lucratividade e competitividade dos negócios.
Outro aspecto importante da análise associada à eficiência
energética é a contribuição na redução das emissões atmosféricas e contaminações, visto que o não cumprimento da
legislação ambiental começa a limitar a capacidade produtiva
quando da renovação das licenças para a operação, podendo
trazer sanções, como aplicação de multas e em casos mais
graves, como por exemplo: vazamentos, incêndios, explosões,
doenças profissionais, levar a interdição ou fechamento de
indústrias.
Este trabalho tem por objetivo destacar a importância das
atividades de inspeção de equipamentos, principalmente
para o setor petroquímico, associadas ao desempenho dos
sistemas industriais de geração e distribuição de utilidades
(vapor, ar comprimido, água de resfriamento) e combustão
(caldeiras, fornos, flare), que se integram e contribuem para a
segurança industrial, preservação ambiental e confiabilidade
das instalações, ao garantir o desempenho técnico, atender
requisitos legais, reduzir os custos de produção e melhorar a
eficiência energética das instalações industriais.
2. A Indústria Química Brasileira
A indústria química compreende e integra os segmentos de
química de base, petroquímica, química fina e de fertilizantes.
O desenvolvimento de tecnologias na área de Refino e
Petroquímica tem contribuído muito para o aumento da
quantidade de petróleo processado no Brasil e a previsão é
que haja mais investimentos para suportar este crescimento,
principalmente em função dos resultados positivos da prospecção da camada do pré-sal.
Conforme o Plano de Negócios e Gestão da Petrobras
(1) para o período de 2012 – 2016 a empresa prossegue a
expansão da sua capacidade de refino com a construção da
Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco e a implementação
do 1º trem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
– Comperj. Após a conclusão desses empreendimentos a
capacidade de processamento de petróleo no Brasil em 2016
passará de 2000 para 2400 mil bbl/dia.
A Abiquim no 17º Encontro Anual da Indústria Química
- EAIQ (2) divulgou que o setor Químico em 2012 utilizou
82% da capacidade instalada e teve um faturamento líquido
aproximado de U$S 153 bilhões, representando 2,6% de
participação no PIB total brasileiro e 10% no PIB industrial.
A composição estimada da distribuição percentual sobre o
faturamento líquido da indústria química brasileira em 2012
está indicada na tabela 1:
Fonte: Elaboração própria a partir de dados da Abiquim - EAIQ (2012).
Tabela 1 Percentual do faturamento da indústria química brasileira
Copyright 2013, ABENDI, ABRACO e IBP.
Trabalho apresentado durante a 12ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos. As informações e opiniões contidas
neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).
40
revista abendi no 65
dezembro de 2014
Em 2011 o setor químico brasileiro ocupou a 6ª posição em faturamento líquido da Indústria Química Mundial - EAIQ (2):
Mundo US$ 4.998,4 bilhões (estimado)
Faturamento Indústria Química Brasileira:
Brasil US$ 157 bilhões (3,1%) - Exportação: US$ 15,8 bilhões
- Importação: US$ 42,3 bilhões
2. 1 Eficiência Energética
Segundo Cleveland et alii (3) as indústrias normalmente consomem de 30 a 40% da energia disponível nos países. Contudo,
quando se fala em melhoria da eficiência energética industrial, a mesma tem muitas faces, sendo importante mencionar que
tipo de definição da eficiência energética é utilizado e como ele é operacionalizado, principalmente sob a forma de indicadores
de eficiência energética, tais como:
• A eficiência em termos de produção de energia relacionada às entradas e o fornecimento de energia;
• A eficiência energética em termos de energia consumida por tonelada produzida;
• A transferência de energia de um tipo desejado de um dispositivo ou sistema dividido pela energia fornecida ao dispositivo
ou sistema para operá-lo;
• O trabalho teórico disponível mínimo necessário para uma determinada tarefa dividida pelo trabalho real disponível
utilizada para executar a tarefa;
Para a análise da eficiência energética também é necessário levar em consideração a tecnologia adotada no projeto de
processo, o grau de automação e controle, a idade e o estado de conservação dos ativos da planta, bem como, a partir da análise
dos indicadores de desempenho é possível avaliar a viabilidade dos investimentos para as melhorias na eficiência.
Para essas análises de investimento Goldemberg (4) indica vários métodos na avaliação do retorno associado à eficiência
energética, tais como o custo da energia economizada, a taxa interna de retorno e o custo do ciclo de vida.
2. 2 Consumos de Energia na Indústria Brasileira
Conforme o Balanço Energético Nacional 2012 (5) e indicado na representação do gráfico 1 para o ano de 2011, o percentual
do consumo de energia da indústria brasileira apresentou o valor de 35,8% do total do consumo no Brasil. Nas indústrias,
conforme representado no gráfico 2, o consumo percentual por fonte de energia para o período de 1975 a 2011 indica o
aumento no consumo de gás natural em substituição ao consumo de óleo combustível.
Fonte: Elaboração própria a partir de dados da EPE - BEN (2012)
Gráfico 1 Percentual do consumo de energia no
Brasil por setor
Fonte: Elaboração própria a partir de dados da EPE - BEN (2012)
Gráfico 2 Percentual de consumo da indústria brasileira por fonte de energia
2.3 Consumos de energia do setor Químico
No Balanço Energético Nacional 2012 (5) o consumo de energia do setor químico, conforme indicado no gráfico 3, representou
8,4% do consumo da indústria:
Fonte: Elaboração própria a partir de dados da EPE - BEN (2012), tab. 3.7.5.a
Gráfico 3 Consumo de energia da indústria Química no Brasil de 1970 a 2011
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41
artigo
técnico
2.4 Oportunidades de eficiência energética e o trabalho de inspeção de equipamentos
A atuação da inspeção de equipamentos em instalações industriais está intimamente associada à segurança operacional,
visando atender os requisitos legais (principalmente a Norma Regulamentadora NR-13) e das seguradoras, com destaque
para o monitoramento e avaliação das condições físicas dos equipamentos estáticos e tubulações quanto aos aspectos de
integridade, confiabilidade e risco. Aliado a esses aspectos a execução dos planos e rotinas de inspeção interna e externa dos
equipamentos e tubulações também contribui para reduzir os custos de produção, pois contribui para a eficiência energética
das instalações industriais.
As rotinas do trabalho de inspeção normalmente buscam identificar e caracterizar os mecanismos de danos (deterioração
e avarias); avaliar as causas e condições favoráveis para a ocorrência de falhas mecânicas associadas a processos de corrosão,
desgaste, alterações metalúrgicas, presença de trincas, risco de ruptura, fadiga, entre outras; avaliar, selecionar e aplicar as
melhores técnicas de inspeção e monitoramento para detectar, prevenir e mitigar danos com o objetivo de preservar a condição
física e requisitos de projeto / operação durante a vida útil requerida para os equipamentos e instalações.
2.5 Processos Industriais
A tabela 2 apresentada a seguir indica os principais processos industriais com os respectivos consumidores de energia e
equipamentos / materiais que fazem parte da indústria petroquímica, e o gráfico 4 está representada a distribuição estimada
por Bajay (6) em 2006 por usos finais do consumo energético da indústria química brasileira:
Fonte: Elaboração própria
Tabela 2 Principais processos, consumidores de energia e principais equipamentos da indústria química.
Gráfico 4 Distribuição percentual por uso final do consumo energético na indústria Química (2006)
42
revista abendi no 65
dezembro de 2014
Os sistemas térmicos associados a aquecimento direto, calor de processo e força motriz conforme indicado no gráfico 4,
representam 85% do consumo energético da indústria química.
Nesse trabalho são apresentados os principais processos encontrados nas indústrias químicas onde a rotina dos trabalhos de
inspeção de equipamentos contribui para a eficiência energética das instalações.
2.5.1 Geração e distribuição de Vapor
Devido a sua disponibilidade, capacidade de transporte de calor com segurança e o custo, o vapor d’água é largamente
utilizado de uma maneira geral na indústria como fluido em processos termodinâmicos.
2.5.1.1 Caldeiras
Conforme Horta et alii (7) o balanço de energia típico de uma caldeira apresenta as seguintes perdas em um sistema de vapor:
Fluxo 1 Principais processos, consumidores de energia e principais equipamentos da indústria química.
Dentre as principais causas que provocam avarias e deterioração em caldeiras e seus equipamentos auxiliares, a tabela 3
indica mecanismos que afetam a eficiência térmica:
Continua
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43
artigo
técnico
Fonte: Elaboração própria, referências Guia Nº 7 do IBP (8) e Souza (9)
Tabela 3 Mecanismos de deterioração que afetam a eficiência térmica de uma caldeira.
Conforme Souza (9) a inspeção de equipamentos durante a operação e manutenção também deve acompanhar os
registros das variáveis de controle operacional, o cumprimento dos planos de manutenção e os resultados das calibrações /
testes operacionais nos sistemas de controle da caldeira:
Variáveis principais:
44
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dezembro de 2014
a) Água de alimentação: pressão, temperatura e vazão;
b) Tubulão: nível de água
c) Vapor: pressão, temperatura e vazão;
d) Ar de combustão: pressão e vazão;
e) Fornalha: pressão;
Variáveis Secundárias:
f) Qualidade da água de alimentação e do condensado (presença de sílica, dureza, cloretos,
sólidos totais, pH, etc.)
g) Desacelerador: temperatura da água
h) Ar de combustão: temperatura i) Razão ar/combustível j) Combustão: Controle da chama e
temperatura dos gases k) Gases da combustão: Teor de O2.
Quando das inspeções periódicas e principalmente na inspeção geral da caldeira (inspeção de segurança), complementar
a inspeção avaliando também:
a) Combustível: composição química e a qualidade;
b) Queimadores: programar a remoção para limpeza e inspeção geral;
c) Sistema de alimentação de combustível: avaliar as bombas, válvulas, aquecedores, etc.
d) Economizadores: avaliar a presença de corrosão (baixa temperatura dos gases) e/ou erosão (jato de condensado, cinzas);
e) Pré-aquecedores de ar: avaliar a presença de corrosão (baixa temperatura dos gases);
f) Sopradores de fuligem: avaliar a presença corrosão, trincas e erosão dos tubos;
g) Dutos de ar e gases (ventiladores, chaminés): executar inspeção visual geral, avaliar presença de corrosão, a integridade do
isolamento térmico e refratário;
h) Bombas de água: programar a execução de manutenção preventiva e preditiva (mecânica e elétrica), inclusive nos
acionadores (motores, turbinas);
i) Ventiladores: programar a execução de manutenção preventiva e preditiva (mecânica e elétrica), inclusive nos acionadores
(motores elétricos);
j) Válvulas de segurança: executar inspeção, calibração e teste em bancada;
k) Vazamentos e pontos quentes: avaliar em operação e corrigir se for identificada a presença de vazamentos (água, vapor e
gases) em tubulações, válvulas, dutos, costado da caldeira, etc.
l) Descarga de fundo: avaliar a qualidade do tratamento de água e os procedimentos operacionais (análise, controle e
frequência de descarga).
Obs.: a quantidade de energia disponível nessa água quente drenada pode ser utilizada em um sistema de reevaporação para
o pré-aquecimento de óleo combustível, steam tracer, aquecimento de água de reposição, etc., melhorando a eficiência global da
caldeira.
2.5.1.2 Distribuição de Vapor
A inspeção de equipamentos e tubulações pode identificar oportunidades de melhoria energética e operacional no
sistema de distribuição de vapor avaliando:
a) Presença de vazamentos;
b) Integridade do isolamento térmico instalado nas linhas e equipamentos;
c) Existência de tubulação fora de operação e que não foram desativadas (ou bloqueadas);
d) Válvulas globo e agulha: posição de instalação (as válvulas instaladas em linhas horizontais devem ter a haste posicionadas
também na horizontal para evitar acúmulo de condensado e golpes);
e) Os tipos e posição de instalação das válvulas: perdas de carga, necessidades de engaxetamento / lubrificação e calibração;
f) A posição de instalação das reduções: reduções concêntricas instaladas em tubulações horizontais provocam acúmulo
de condensado e golpes. Nesse caso, deverá ser programada a substituição por redução excêntrica com o diâmetro menor
instalado para baixo;
g) As perdas de carga: posição de instalação dos filtros (os bujões do filtro devem estar na horizontal para evitar acúmulo de
condensado e golpes), programar limpeza elementos filtrantes;
h) O projeto de instalação e condição física da linha de vapor, especificação, quantidade, posição e funcionamento dos
purgadores;
i) O projeto de instalação e especificação, quantidade, posição e funcionamento dos eliminadores de ar. A presença de ar nos
sistemas de aquecimento provoca redução na temperatura do vapor, efeito de película isolante próximo às paredes de troca
térmica, bloqueio de purgadores com alagamento na superfície de troca térmica;
j) O projeto de instalação e condição física das linhas de retorno de condensado, sistema de recuperação de condensado e
vapor de flash;
k) A execução da calibração dos instrumentos (pressão, temperatura e vazão) e válvulas de controle;
l) As turbinas: programar a execução de manutenção preventiva e preditiva (mecânica e elétrica), incluindo os equipamentos
rotativos e/ou geradores de energia elétrica;
m) A utilização do vapor em equipamentos: pressão de trabalho, posição de injeção do vapor em líquidos, na injeção direta
do vapor evitar lançar na superfície do líquido, pois há a formação de nuvem de vapor, com desperdício de energia térmica.
2.5.2 Aquecimento Direto
Os fornos tubulares são incorporados aos processos de produção em refinarias de petróleo e petroquímicas com o
objetivo de transferir calor através da queima de combustíveis a um fluido de processo que circula em um feixe tubular
(serpentina). O processo de queima de combustíveis por maçaricos em uma câmara de combustão (zona de radiação) é uma
das melhores maneiras de transferir calor ao aquecer grandes vazões de fluido em fornos, bem como em fornos reatores
também possibilita reações endotérmicas no fluido de processo (lado tubo).
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45
artigo
técnico
Conforme Mullinger (10) os controles de processo em um forno procuram atender os seguintes objetivos:
a) Maximizar a capacidade de produção do forno;
b) Assegurar uma qualidade satisfatória do produto;
c) Minimizar o consumo de combustível;
d) Minimizar as emissões;
e) Controlador o aquecimento do forno.
Para cumprir esses objetivos os sistemas de controle monitoram as variáveis indicadas a seguir:
a) A taxa de fluxo de combustível ou entradas de calor para a fornalha;
b) A taxa de fluxo de ar de combustão e a razão ar / combustível;
c) A temperatura do ar de combustão;
d) A temperatura do forno;
e) A composição dos gases na saída do forno;
f) A temperatura do gás de saída do forno;
g) A taxa de alimentação de matéria-prima (carga lado do processo) para o forno;
h) A composição física / química (especificação e qualidade) da matéria-prima para o forno;
i) A temperatura de saída do produto.
Dentre as principais causas que afetam a eficiência térmica em fornos, os principais fatores indicados por Brasil (11) são:
a) Temperatura de saída dos gases;
b) Excesso de ar;
c) Combustível não queimado;
d) Entrada de ar falso e tiragem;
e) Isolamento térmico e refratário deficiente;
f) Operação diferente das condições de projeto.
A análise dos gases de combustão é um dos pontos mais importantes da operação de um forno. Pois, a medição e avaliação
dos teores de O2 ou CO2 dos gases permite determinar o excesso de ar e a eficiência de um forno. Portanto, a eficiência
energética global de um forno está associada à eficiência dos equipamentos e do processo de operação, ou seja, a eficiência
com que o combustível é queimado, o calor é transferido para o produto e a quantidade de calor residual que é recuperada,
entre outras ações.
Conforme Clarke (12) o balanço de energia típico um forno apresenta as seguintes perdas em um sistema de combustão:
2.5.2.1 Fornos Tubulares sujeitos a chama
Dentre as principais causas que provocam avarias e deterioração em fornos e seus equipamentos auxiliares, a tabela 4 indica
mecanismos que afetam a eficiência térmica:
Continua
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Fonte: Elaboração própria, referência Garcia (13)
Tabela 4 Mecanismos de deterioração que afetam a eficiência térmica de um forno.
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artigo
técnico
As inspeções em operação são atividades vitais para garantir a confiabilidade e eficiência energética na operação de fornos.
A execução dessas atividades normalmente é feita nas inspeções de ronda operacionais, bem como pelos inspetores de
equipamentos quando da execução da programação de inspeção externa dos equipamentos.
Quando das inspeções em operação executar inspeção visual da região da fornalha (janelas de inspeção); avaliar a relação
ar/combustível, o funcionamento dos queimadores e características da chama, abafadores e controles da tiragem dos gases;
avaliar visualmente os componentes e acessórios externos; executar inspeção através de termografia dos tubos, componentes
internos (refratário) e chaparia externa; avaliar se há formação de coque, o procedimento e a frequência de descoqueamento;
avaliar as variações de temperaturas registradas pelos termopares em posições específicas do forno.
A elevação de temperatura na chaminé pode ter como causa um excesso de ar além do necessário à combustão, pois nesse
caso normalmente há também um aumento na quantidade de combustível e, consequentemente, essa condição promove
uma maior formação de gases de combustão. Bem como, a taxa de transferência de calor na zona de convecção é limitada
pela característica técnica e vazão do produto de processo nessa região. Nos casos em que é observada a formação externa de
depósitos nos tubos da convecção essa condição dificulta ainda mais a transferência de calor.
Quando das inspeções periódicas e principalmente na inspeção geral (forno fora de operação), avaliar:
a) Combustível: composição química e a qualidade;
b) Queimadores: programar a remoção para limpeza e inspeção geral;
c) Sistema de alimentação de combustível: avaliar as bombas, válvulas, aquecedores, etc.
d) Pré-aquecedor de ar (recuperadores, regeneradores): avaliar a presença de corrosão (baixa temperatura dos gases);
e) Sopradores de fuligem a vapor na região da convecção: avaliar a presença corrosão, trincas e erosão dos tubos;
f) Dutos de ar e gases (ventiladores, chaminés): executar inspeção visual geral, avaliar presença de corrosão, a integridade do
isolamento térmico e refratário. Avaliar o funcionamento do damper (abafador);
g) Bombas de água: programar a execução de manutenção preventiva e preditiva (mecânica e elétrica), inclusive nos
acionadores (motores, turbinas);
h) Ventiladores: programar a execução de manutenção preventiva e preditiva (mecânica e elétrica), inclusive nos acionadores
(motores elétricos);
i) Válvulas de segurança: executar inspeção, calibração e teste em bancada;
j) Vazamentos e pontos quentes: avaliar em operação e corrigir se for identificada a presença de vazamentos (água, vapor e
gases) em tubulações, válvulas, dutos, costado do forno, etc.
k) Instrumentação e malha de controle: programar a execução de manutenção preventiva e preditiva, testes e verificações de
segurança.
2.5.3 Água de Resfriamento
Nas instalações industriais a utilização de água como fluido refrigerante em circuito fechado está associada a sua
disponibilidade e custo. O processo de resfriamento envolve a transferência de calor latente devido à vaporização de uma parte
da água e, também, a transferência de calor sensível devido à diferença de temperatura entre a água e os fluidos de processo.
A qualidade da água de resfriamento em indústrias petroquímicas, principalmente nos processos de troca térmica é muito
importante, pois a presença de impurezas leva a formação de incrustações e depósitos que podem causar corrosão nas
superfícies metálicas, bem como dificultar a transferência de calor nos processos operacionais.
2.5.3.1 Torres de Resfriamento
De acordo com Mierzwa (14), quando a água de resfriamento passa pelos equipamentos de troca térmica, recebe uma
quantidade de calor que provoca um aquecimento que faz a sua temperatura variar de 5ºC a 10ºC, em seguida retorna
para uma torre de resfriamento que reduzirá a sua temperatura. Nesse processo parte da água é perdida por evaporação
(aproximadamente 0,185% da água que circula no sistema para cada 1ºC de variação da temperatura) e arraste (deve ser menor
que 0,2% da vazão de circulação) para uma contra corrente de ar, outra parte da água é perdida nos ciclos de descarga de
fundo na torre (que depende da qualidade da água de reposição e da concentração máxima admissível de sais na água de
resfriamento). Para que a capacidade de troca térmica prevista pelos processos operacionais se mantenha estável, é necessário
promover a reposição com água clarificada. A qualidade da água obtida na fonte de captação é um dos fatores importantes no
custo do tratamento da água (adição de produtos químicos e frequência de drenagens na bacia da torre) contribuindo para a
eficiência do sistema de água de resfriamento, os processos de troca térmica e a confiabilidade de equipamentos e tubulações
do sistema.
Os componentes da torre de resfriamento e respectivas células (seções individuais) precisam ser periodicamente
inspecionados para uma avaliação global quanto à integridade e preservação das partes e componentes, qualidade da água e
o desempenho térmico (avaliação do balanço de massa e energia) e, quando necessário, a consolidação de um plano de ação
para executar melhorias.
As torres de resfriamento de tiragem mecânica são os tipos construtivos usualmente encontrados nas instalações industriais:
• Quando o ventilador é instado na posição lateral da torre e a passagem do ar é feita transversalmente a queda de água a
torre é do tipo forçada;
• Quando o ventilador é instalado no topo com o fluxo em contra corrente a torre é do tipo induzida.
Na figura 1, na página ao lado, indicando detalhes construtivos de uma célula e apresenta de forma esquemática o funcionamento de uma torre de resfriamento com tiragem mecânica induzida para um sistema semiaberto.
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Figura 1 Funcionamento de uma torre de resfriamento com tiragem mecânica.
Dentre as rotinas de inspeção em torres de resfriamento e seus equipamentos auxiliares que afetam a eficiência térmica,
incluir no plano de inspeção as avaliações indicadas a seguir:
Fonte: Elaboração própria
Tabela 5 Rotinas de inspeção que afetam a eficiência térmica de uma torre de resfriamento.
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artigo
técnico
A inspeção de equipamentos durante a operação deve acompanhar o cumprimento dos planos de manutenção,
procedimentos operacionais e os resultados do tratamento da água. Macintyre (15) destaca os seguintes controles de processo
do sistema para torres de resfriamento:
a) Água em circulação (quente, fria, reposição, drenagem): temperatura e vazão;
b) Qualidade da água de alimentação (presença de sílica, dureza, cloretos, sólidos totais, pH, etc.;
c) Ar: temperatura de bulbo úmido;
d) Diferencial térmico entre a temperatura da água que entra e da água que sai na torre;
e) Sistemas de alarme: vibração no ventilador, falha de bomba, etc.
Quando das inspeções periódicas e principalmente na inspeção geral (torre e/ou célula fora de operação), avaliar:
a) Bombas de água: programar a execução de manutenção preventiva e preditiva (mecânica e elétrica), inclusive nos acionadores
(motores, turbinas);
b) Ventiladores: programar a execução de manutenção preventiva e preditiva (mecânica e elétrica), inclusive nos acionadores
(motores elétricos), balanceamento das pás, análise de vibração (sensores de vibração), lubrificação;
c) Válvulas: avaliar e programar inspeção, lubrificação, etc.;
d) Teste de corrosão: avaliar com a instalação de corpos de prova a taxa de corrosão em algumas posições do sistema;
e) Vazamentos: avaliar a estrutura de concreto, tubulações, válvulas, etc.;
f) Instrumentação: teste da malha e calibração de instrumentos
g) Estruturas metálicas: portas, escadas, guarda corpo, passarelas, etc.
h) Sistema de proteção contra incêndio: torres feitas de material combustível (plástico, madeira, etc.) e o sistema de aterramento;
2.5.3.2 Permutadores de Calor
Em uma rede de água de resfriamento conforme exemplo representado na figura 2, os trocadores de calor são equipamentos
muito importantes, a programação de abertura para manutenção (limpeza ou falha) e a liberação para inspeção interna,
ocorrem em função do desempenho (deficiências na troca térmica, contaminações) para atender os requisitos de projeto de
processo ou para cumprir o plano de inspeção conforme a frequência indicada pela categoria do equipamento (classificação
pela NR-13).
Figura 2 Sistema de resfriamento composto de torre de resfriamento e trocadores de calor.
Dentre as rotinas de inspeção em permutadores de calor que afetam a eficiência térmica, incluir no plano de inspeção os
requisitos a as considerações indicadas a seguir:
Continua
50
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dezembro de 2014
Fonte: Elaboração própria
Tabela 6 Rotinas de inspeção que afetam a eficiência térmica em permutadores de calor.
O processo de destilação é um dos processos de
separação mais antigos e importantes utilizados nas
indústrias químicas e petroquímicas. Porém, apresenta
um percentual alto de consumo de energia e é um
processo em que a eficiência termodinâmica é baixa.
As reações e transformações químicas ocorrem
quando é estabelecido um fluxo de massa e energia no
interior da coluna. Segundo Ludwig (17) o desempenho
térmico entre os fluidos em contra corrente (a fase
líquida segue um fluxo descendente e a fase gasosa
ascendente) depende da quantidade de bandejas, dos
requisitos de refluxo e de troca térmica exigida para se
obter a separação dos produtos em uma coluna.
No sistema de uma coluna de destilação são
instalados trocadores de calor, um condensador para
resfriamento do fluido que sai pelo topo na fase vapor
e um revervedor para reevaporar a fase líquida na
base da coluna, conforme está representado na figura
3. Quando a inspeção de equipamentos executa as
avaliações na coluna e seus acessórios (condição física
e de montagem adequada dos acessórios internos –
bandejas, válvulas, vertedoro, recheios, demister, etc.),
conforme requisitos de projeto, bem como as inspeções
nos trocadores de calor, também está contribuindo para
o bom funcionamento da coluna para que a eficiência
de projeto térmico seja obtida na operação das colunas
de destilação.
Figura 3 representação de um fluxo em uma coluna de destilação.
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artigo
técnico
2.5.4 Geração e distribuição de Ar Comprimido
O balanço de energia característico de perdas em um sistema de ar comprimido, conforme Rocha (17) apresenta a seguinte
distribuição percentual:
Tabela 6 Distribuição de perdas em um sistema de ar comprimido.
O custo de energia elétrica está diretamente relacionado à capacidade efetiva dos compressores. Quanto menor for a
temperatura do ar aspirado e comprimido, maior será a eficiência volumétrica do compressor, proporcionando a transferência
de uma quantidade maior de massa de ar para o sistema.
• Um aumento de 5ºC na temperatura do ar aspirado implica em um aumento de aproximadamente 1% no consumo de
energia, conforme a CPFL Energia (18).
A eliminação da umidade contida no ar comprimido também é muito importante, pois enquanto ela estiver na forma de
vapor não provocará danos ao sistema. No entanto, quando este vapor condensa, podem aparecer vários problemas, tais como:
a) Acumular água em tubulações e em pontos baixos da rede de ar;
b) Danificar válvulas e componentes pneumáticos;
c) Contaminar processos que recebem o ar;
d) Baixar o rendimento e aumentar a manutenção nos sistemas de instrumentação;
e) Oxidar componentes metálicos.
Dentre as rotinas de inspeção que afetam a eficiência energética em sistemas de ar comprimido, incluir no plano de inspeção
os requisitos a as considerações indicadas a seguir:
a) Geração de ar comprimido:
• Avaliar o local de instalação dos compressores, a qualidade do ar aspirado (limpeza de filtros) e o sistema de tratamento de
água de resfriamento para os compressores (evitar corrosão e incrustações);
• Avaliar a especificação técnica e o desempenho para o ar de serviço (vazão, pressão) e o ar de instrumento (vazão, pressão,
qualidade - secagem);
• Avaliar e modular o sistema de controle na operação do(s) compressor (es) de modo a atender a variação do consumo (vazão
e pressão) de ar de serviço e de instrumentação das plantas (controle local de um compressor ou controle centralizado para
vários compressores): diminuir a frequência de alívio do compressor para a atmosfera e/ou evitar parada / partidas frequentes
dos compressores;
• Avaliar a capacidade dos vasos de pressão acumuladores de ar para absorver a pulsação na rede e o volume de armazenamento
para atender a demanda, removendo alguma umidade não retirada nos resfriadores e separadores (drenagem e funcionamento
dos purgadores);
• Executar os planos de inspeção nos vasos de ar comprimido conforme requerido pela NR-13;
• Avaliar a execução dos planos de manutenção preventiva e preditiva (mecânica, elétrica e instrumentação) do sistema de ar
comprimido (filtros, compressores, resfriadores, secadores);
b) Rede de ar comprimido:
• Avaliar se as tomadas de ar ficam na geratriz superior das tubulações, evitando o arraste de condensado;
• Avaliar a identificação da rede (pintura conforme a NR-26 Sinalização de Segurança);
• Avaliar a especificação, local de instalação e o funcionamento dos purgadores, bem como a capacidade de eliminação de
condensado, principalmente nos pontos de menor cota da rede de ar;
• Inspecionar, identificar e eliminar os vazamentos no sistema (tubulações, juntas, válvulas, conexões, engates, mangueiras, etc.);
• Avaliar e isolar ramais e derivações secundárias que estão fora de operação, evitando a formação de condensado, perda de
carga e vazamentos;
• Avaliar a pressão e vazão nas principais derivações para os processos produtivos (capacidade disponível x demanda requerida)
e a pressão na posição mais distante da geração de ar comprimido.
Obs.: a variação entre a pressão medida no reservatório de ar e na extremidade da rede não deve ser superior a 0,5 bar. Uma
perda de carga de 0,5 bar em uma rede que trabalha a 7,0 bar significa um consumo adicional de energia de 3% conforme a
CPFL Energia (18);
• Avaliar as restrições que provocam perda de carga e queda na pressão na rede: válvulas, conexões, variação de diâmetros
e trajeto da rede, etc.;
• Avaliar o funcionamento das válvulas redutoras de pressão localizadas próximo aos pontos de consumo;
52
revista abendi no 65
dezembro de 2014
2.5.5 Desempenho de Equipamentos Rotativos
Conforme Afonso (19) uma avaliação de desempenho para os equipamentos rotativos é requerida quando este
equipamento não consegue atender às necessidades de processo, devendo ser executada uma avaliação comparando
o desempenho atual com o original previsto no projeto. Problemas associados ao processo, modificando as curvas
características do fluido, como por exemplo, a vazão, poderá ser verificada em operação.
Os dados de processo observados no campo ou em um sistema automatizado de instrumentação / controle são boas
fontes como indicadores de desempenho para uma avaliação integrada da curva de operação do(s) equipamento(s) com a
curva do sistema em que está operando e os demais equipamentos (operação em série, paralelo, etc.).
Nas análises de desempenho das turbomáquinas, é recomendável envolver as equipes de engenharia de operação /
processo e manutenção/confiabilidade na consolidação dos pareceres técnicos relativos à eficiência e desempenho dos
equipamentos rotativos que são críticos e geram grande impacto na produção ou possam comprometer a segurança.
Normalmente as causas de deterioração em máquinas rotativas (bombas, compressores, turbinas, motores, etc.) são
identificadas quando das inspeções internas. Assim, complementar a avaliação com a análise dos resultados da execução dos
planos de manutenção preventiva e preditiva (mecânica, elétrica e instrumentação), bem como as avaliações de segurança
operacionais (malha de controle).
Para a redução das perdas energéticas mecânicas associadas ao atrito e aquecimento, avaliar também a execução e o
desempenho dos planos de lubrificação para os equipamentos rotativos.
A maior parte dos equipamentos rotativos é acionada por motores elétricos e, conforme indicado por Bajay (6), a força
motriz – elétrica representa um consumo energético de 16,7% nas indústrias químicas. No entanto, conforme destaca Barros
(20) o motor elétrico não é o único equipamento que afeta o consumo de energia elétrica em uma indústria, pois acoplado
ao motor existem os dispositivos de acionamento do motor (inversor de frequência, chave soft start, estrela triângulo, entre
outros), os tipos de transmissão mecânica (acoplamentos, correias, polias, engrenagens, etc.), mecanismos para reduzir ou
ampliar a velocidade (redutores e multiplicadores) e os equipamentos acionados que necessitam de uma determinada
potência e rotação para atender aos requisitos de projeto de processo. Portanto, a especificação e seleção adequada desses
componentes, bem como a qualidade dos trabalhos de manutenção também contribuem para a melhoria integrada da
eficiência energética em equipamentos rotativos.
2.5.6 Sistemas de segurança e alívio de pressão
Dentre as rotinas de inspeção em sistemas de segurança e alívio que afetam a eficiência energética, minimizando a
contaminação ambiental decorrente da combustão no flare, incluir no plano de inspeção a avaliação dos requisitos e as
considerações indicadas a seguir:
Tabela 7 Rotinas de avaliação para os sistemas de segurança e alívio de pressão
3 Ferramental de inspeção para avaliações energéticas.
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53
artigo
técnico
A escolha da melhor técnica e do ferramental de inspeção a ser adotado nas avaliações de integridade é bastante influenciada
não apenas pelas características do equipamento ou do componente a ser ensaiado, mas principalmente pelas características
dos defeitos e deteriorações que possam existir.
Além do ferramental convencional usualmente adotado pelos profissionais de inspeção de equipamentos, outros
instrumentos podem auxiliar a avaliação das condições físicas associadas à eficiência energética em apoio às atividades
operacionais, tais como:
a) Termômetro digital infravermelho (mira a laser), câmara termográfica: temperatura;
b) Termo higrômetro digital: temperatura e umidade;
c) Psicrômetro: temperatura, umidade, bulbo seco, bulbo úmido e ponto de orvalho;
d) Manômetro digital com registrador, Tubo de Pitot: pressão;
e) Anemômetro: velocidade do ar em tubulações com ventilação, ar condicionados, entre outros (temperatura, umidade, vazão);
f) Analisadores de Gás para Combustão em Fornos e Caldeiras: O2, CO, CO2, excesso de ar, etc.
g) Bomba de opacidade: determinar a qualidade da queima de óleo combustível e carvão;
h) Medidor de vazão portátil (US); etc.
4. Considerações: Desafios Futuros para as Políticas Energéticas de Longo Prazo
A partir da publicação no ano de 2011 da ISO 50001 - Sistemas de Gestão de Energia nas Organizações, algumas petroquímicas
estão desenvolvendo processos para a Implantação / Certificação dos Sistemas de Gestão Energética (SGE) de suas unidades
industriais, tendo por objetivo melhorar e integrar os resultados com os outros processos de gestão – Qualidade (ISO 9001) e
Ambiental (ISO 14000).
A legislação conforme Ribeiro (21) em caso de acidentes considera que o meio ambiente é um bem de todos e essencial
para manter a qualidade de vida. Como a atividade desenvolvida pelas empresas do Setor de Petróleo e Gás é perigosa e
sujeita à ameaça de risco ou dano real para a população e o meio ambiente, o sistema de gestão ambiental brasileiro também
introduziu na legislação o princípio do poluidor pagador, para que todas as empresas que obtêm lucro com a exploração
ambiental assumam os custos da atividade, sem repassá-los diretamente para a sociedade.
Segundo Pinto Júnior (22) as análises para as políticas energéticas de longo prazo e as preocupações dos países se concentram
em dois aspectos fortemente interdependentes:
• A segurança de abastecimento, envolvendo a valorização de recursos energéticos nacionais e a universalização do acesso
à energia;
• As questões inerentes à sustentabilidade ambiental, eficiência energética e novas tecnologias de produção e uso da energia.
5. Conclusão
Os investimentos na Eficiência Energética na indústria, conforme indicado no item 2, permitem:
• Aproveitar o potencial de aumento da produção de petróleo e derivados com o início da exploração das reservas do pré-sal,
contribuindo para melhorar a balança comercial com a redução da importação de derivados de petróleo (item 2.2);
• Contribuir para a redução da intensidade de consumo energético na indústria química e adiar a necessidade de investimentos
através da utilização da capacidade instalada das plantas (item 2.3);
• Reduzir os custos e aumentar a competitividade das empresas (item 2.5);
• Melhorar a confiabilidade e a segurança operacional das plantas, reduzindo os riscos de impactos ambientais;
Crises energéticas certamente podem e provavelmente vão acontecer. Reduzir as perdas e desperdícios é uma
responsabilidade de todos, pois permitirá economizar recursos públicos e investimentos na prevenção das crises. O governo
normalmente tem a responsabilidade pela condução das estratégias de desenvolvimento e crescimento da economia, os
empresários a busca pela eficiência das instalações e processos de produção industrial. Portanto, a inspeção de equipamentos
além de contribuir com a segurança e confiabilidade das instalações, também tem um papel significativo no processo de
eficiência energética associados à sustentabilidade econômica, social e ambiental das indústrias.
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revista abendi no 65
dezembro de 2014
5. Referências Bibliográficas
(1) Petrobras, “Apresentação do Plano de Negócios e Gestão da Petrobras”, Petrobras, Rio de janeiro, 2012. Disponível em
http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/apresentacoes/apresentacao-do-pn-2012-2016-rio-de-janeiro.htm. Acesso em
30/07/2012;
(2) Marchi M., “Dados da Associação Brasileira da Indústria Química sobre o desenvolvimento do setor em 2012 e
perspectivas para 2013, 17º ENAIQ - Encontro Anual da Indústria Química”, São Paulo, SP, 2012. Disponível em http://www.
abiquim.org.br/comunicacao/apresentacao/ABIA-ABINEE-ABIT-ABRAMAT-ANFAVEA-Delfim-Netto. Acesso em 09/03/2013;
(3) Cleveland, C. e Wolfgang E., “Encyclopedia of Energy – Industrial Energy Efficiency”. Boston: Boston University, 2004. Vol.
3, pág. 383;
(4) Goldenberg, J. “Energia, meio ambiente e desenvolvimento”. São Paulo: USP, 1998: pág. 58-59;
(5) MME. “Balanço Energético Nacional 2012 – Ano base 2011: Relatório Final”. Rio de Janeiro, EPE: 2012. Disponível
para acesso em http://www.epe.gov.br/Estudos/Paginas/Balan%C3%A7o%20Energ%C3%A9tico%20Nacional%20
%E2%80%93%20BEN/EPEdisponibilizaoRelat%C3%B3rioFinaldoBEN2012.aspx;
(6) Bajay, S. V., Beissmann A., Gorla F. D. “Oportunidades de eficiência energética para indústria: setor químico”. Brasília: CNI,
2010, Gráfico 30 – pág. 152;
(7) Horta, L. A., Rocha, C. A., Nogueira, F. J. e Monteiro, M. A. G. “Eficiência Energética no Uso do Vapor”. Rio de Janeiro:
Eletrobrás / Procel, pág. 15;
(8) Comissão de Inspeção de Equipamentos. “GUIA N° 07 - Inspeção de Caldeiras”. IBP: Rio de Janeiro, pág. 7-12;
(9) Souza, O. A. “Geração de Vapor”. Salvador, CEMANT / CENEQ / UFBA: 1988 Parte I pág. 66-68;
(10) Mullinger. P., Jenkins, B. “Industrial and Process Furnaces - Principles, Design and Operation”. Burlington: Elsevier, 2008,
pág. 288;
(11) Brasil, N. I. “Fornos de Refinarias de Petróleo e Petroquímicas”. Salvador: CEMANT / CENEQ / UFBA, 1988, pág. 36;
(12) Clarke, J. “Overview Process Heating Systems”. Santo André: DOE, 2012
(13) Garcia, D. M. “Fornos Tubulares Sujeitos à Chama”. Cosmópolis: CETRIL, 2009, pág. 26;
(14) Mierzwa, j. C., Hespanhol, I. “Água na Indústria: uso racional e reuso”. São Paulo: Oficina de Textos, 2005, pág. 74;
(15) Macintyre, A. J. “Equipamentos industriais e de processo”. Rio de Janeiro: LTC, 2012, pág. 170;
(16) Ludwig, E. E. “Applied process design for chemical and petrochemical plants”. Houston, 1964, vol. 2, pág. 2;
(17) Rocha, C. R., Monteiro, M. A. G. “Eficiência energética em sistemas de ar comprimido: manual prático”. Rio de Janeiro:
Procel / Eletrobrás, pág. 15;
(18) CPFL Energia, “Eficiência Energética: manual para otimização do uso de energia na indústria”. Campinas, 2006, pág. 12;
(19) Afonso, L. O. A., Leibsohn, G. “Desempenho de turbomáquinas no campo”. Rio de Janeiro: Synergia / IBP, 2009, pág. 10;
(20) Barros, B. F., Borelli, R., Gedra, R. L. “Gerenciamento de energia: ações administrativas e técnicas de uso adequado da
energia elétrica”. São Paulo: Érica, 2010, pág. 129.
(21) Ribeiro, E. “Direito do Petróleo, Gás e Energia”. Rio de janeiro: Elsevier, 2010, pág. 104-109.
(22) Junior, H. Q. P. “Economia da Energia: fundamentos econômicos, evolução, história e organização social”. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2007, pág. 321.
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calendário
A Abendi não tem programação de cursos em janeiro
Fevereiro
DataLocal
Líquido Penetrante N3
2
São Paulo (SP)
Inglês Técnico Preparatório para N3
2
São Paulo (SP)
Webinar | Reciclagem para Instrutores: US (Novas Regras)
2
Virtual
Documentos Técnicos de Soldagem e END (Abendi/FBTS)
24
São Paulo (SP)
Risk-Informed Inservice Testing (Abendi/Asme)
23
São Paulo (SP)
Março
DataLocal
Seleção e Aplicação de Materiais
2
São Paulo (SP)
Webinar | Conhecimentos Gerais: Ultrassom
4
Virtual
Partículas Magnéticas N3
9
São Paulo (SP)
Inspeção de Fundo de Tanque por Vazamento de Fluxo
11
São Paulo (SP)
Magnético (MFL [Magnetic Flux Leakage Testing])
Básico de END
16
São Paulo (SP)
Webinar | Elaboração de Procedimento de LP (norma ASME V)
24
Virtual
Radiografia Digital (Princípios e Normas)
25
São Paulo (SP)
Cetre - Bahia
JaneiroData
Ultrassom ME (Diurno)
12/01 a 16/01
Ultrassom ME (Diurno)
17/01 a 14/02
Líquido Penetrante N2 (Diurno)
17/01 a 07/03
Ultrassom ME (Noturno)
19/01 a 28/01
Ultrassom N2 (Noturno)
19/01 a 18/02
Líquido Penetrante N2 (Diurno)
26/01 e 04/02
Líquido Penetrante N2 (Noturno)
26/01 a 10/02
FevereiroData
Partículas Magnéticas N2 (Noturno)
02/02 a 21/02
Ultrassom ME (Noturno)
09/02 a 19/02
Ultrassom N2 (Noturno)
09/02 a 11/03
Controle Dimensional CL (Noturno)
16/02 a 28/03
Líquido Penetrante N2 (Noturno)
23/02 a 10/03
MarçoData
Ultrassom ME (Noturno)
09/03 a 18/03
Ultrassom N2 (Noturno)
09/03 a 08/04
Líquido Penetrante N2 (Noturno)
16/03 a 31/03
Cetre - São Paulo
JaneiroData
Ultrassom ME (Diurno)
12/01 a 16/01
Ultrassom ME (Noturno)
12/01 a 21/01
Ultrassom N1 L (Diurno)
12/01 a 21/01
Ultrassom N1 L (Noturno)
12/01 a 27/01
Ultrassom N2 (Diurno)
12/01 a 30/01
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Ultrassom N2 (Noturno)
12/01 a 10/02
Ultrassom ME (Diurno)
17/01 a 14/02
Líquido Penetrante N2 (Diurno)
17/01 a 07/03
Líquido Penetrante N2 (Diurno)
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19/01 a 30/01
Líquido Penetrante N2 (Noturno)
19/01 a 05/02
FevereiroData
Ultrassom ME (Diurno)
02/02 a 06/02
Ultrassom ME (Noturno)
02/02 a 11/02
Ultrassom N1 L (Diurno)
02/02 a 11/02
Ultrassom N1 L (Noturno)
02/02 a 18/02
Ultrassom N2 (Diurno)
02/02 a 23/02
Ultrassom N2 (Noturno)
02/02 a 04/03
Partículas Magnéticas N2 (Noturno)
09/02 a 28/02
Líquido Penetrante N2 (Diurno)
16/02 a 26/02
Líquido Penetrante N2 (Noturno)
16/02 e 04/03
DV N2 (Diurno)
23/02 a 26/02
DV N1 (Diurno)
24/02 a 26/02
MarçoData
Ultrassom ME (Diurno)
02/03 a 06/03
Ultrassom ME (Noturno)
02/03 a 11/03
Ultrassom N1 L (Diurno)
02/03 a 11/03
Ultrassom N1 L (Noturno)
02/03 a 17/03
Ultrassom N2 (Diurno)
02/03 a 20/03
Ultrassom N2 (Noturno)
02/03 a 31/03
Partículas Magnéticas N2 (Diurno)
09/03 a 20/03
Líquido Penetrante N2 (Diurno)
16/03 a 25/03
Líquido Penetrante N2 (Noturno)
16/03 a 31/03
DV N2 (Diurno)
30/03 a 02/04
DV N1 (Diurno)
31/03 a 02/04
Cetre - Santos
JaneiroData
Ultrassom ME (Noturno)
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Ultrassom N2 (Noturno)
12/01 a 11/02
Líquido Penetrante N2 (Diurno)
17/01 a 07/03
Ultrassom ME (Diurno)
17/01 a 14/02
Líquido Penetrante N2 (Diurno)
19/01 a 29/01
Líquido Penetrante N2 (Noturno)
19/01 a 04/02
Ultrassom ME (Diurno)
26/01 a 30/01
FevereiroData
Ultrassom ME (Noturno)
02/02 a 11/02
Líquido Penetrante N2 (Noturno)
16/02 a 04/03
MarçoData
Ultrassom ME (Noturno)
02/03 a 11/03
Ultrassom N2 (Noturno)
02/03 a 31/03
TPP N2 (Noturno)
09/03 a 24/03
Controle Dimensional CL (Noturno)
09/03 a 18/04
IE LT (Noturno)
16/03 a 25/03
Líquido Penetrante N2 (Noturno)
16/03 a 31/03
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JaneiroData
Ultrassom ME (Diurno)
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Ultrassom ME (Diurno)
17/01 a 14/02
Líquido Penetrante N2 (Diurno)
17/01 a 14/02
Líquido Penetrante N2 (Noturno)
19/01 a 03/02
Ultrassom ME (Noturno)
26/01 a 04/02
FevereiroData
Líquido Penetrante N2 (Noturno)
09/02 a 25/02
Ultrassom ME (Noturno)
16/02 a 26/02
Ultrassom N2 (Noturno)
16/02 a 18/03
MarçoData
IE LT (Noturno)
09/03 a 18/03
Líquido Penetrante N2 (Noturno)
09/03 a 24/03
Ultrassom ME (Noturno)
16/03 a 25/03
Ultrassom N2 (Noturno)
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Controle Dimensional MQ (Noturno)
23/03 a 12/05
Cetre - Pernambuco
JaneiroData
Ultrassom ME (Noturno)
12/01 a 21/01
Ultrassom N2 (Noturno)
12/01 a 10/02
Líquido Penetrante N2 (Diurno)
17/01 07/03
Ultrassom ME (Diurno)
19/01 a 23/01
Partículas Magnéticas N2 (Noturno)
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FevereiroData
Ultrassom ME (Noturno)
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Controle Dimensional CL (Noturno)
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MarçoData
Ultrassom ME (Noturno)
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Ultrassom N2 (Noturno)
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Controle Dimensional TO (Noturno)
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Controle Dimensional MQ (Noturno)
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Rua Voluntários da Pátria 190 sl. 719, Botafogo - CEP: 22270-902 - Rio de Janeiro / RJ
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