Lição 13
21 de Junho a 27 de Junho
O Reino de Cristo e a Lei
Sábado à tarde
LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: Mateus 4:8 e 9; Daniel 2:44; I
Pedro 2:11; I Coríntios 6:9-11; Apocalipse 22:14 e 15; I Coríntios
15:26.
VERSO ÁUREO: “Mas este é o concerto que farei com a casa de
Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu
interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles
serão o meu povo.” Jeremias 31:33.
EM 2011 MORREU STEVE JOBS, o fundador da Apple. Tinha 56 anos.
Alguns anos antes, depois de uma luta com o cancro, Jobs chamou à
morte “a melhor invenção da vida”, pois essa obrigava-nos a alcançar o
melhor que podemos enquanto aqui estamos. Por outras palavras,
como o nosso tempo é tão limitado, devemos tentar, no presente, ser
tão bem-sucedidos quanto pudermos.
Contudo, Jobs estava a ver as coisas ao contrário. O que o impulsionava
a tentar alcançar a maior parcela deste mundo, isto é, a morte (ou, pelo
menos, a sua inevitabilidade), devia ter sido precisamente aquilo que
revelava a futilidade de lançar aqui raízes demasiado permanentes,
naquilo que é sempre terreno demasiado superficial. É certo que Steve
Jobs realizou muito, mas, em comparação com um milhão de anos ou
com a eternidade, o que importa isso?
Na realidade, foi-nos garantido que este mundo e tudo o que nele há vai
ser destruído e que Deus vai estabelecer um mundo novo e eterno,
onde o pecado e a morte (tudo consequências da violação da Lei de
Deus) nunca mais existirão.
Vamos ver durante esta semana a questão do Reino eterno de Deus e a
função da Lei em relação com ele.
Ano Bíblico: Salmos 40-45.
SOP: Serviço Cristão (Livro), (Capítulo) O Campo Estrangeiro em
Nossa Pátria, (199)
O REINO DE DEUS
Domingo, 22 de Junho.
Quando Deus criou os primeiros seres humanos, deu-lhes o domínio
sobre todas as coisas. Adão devia dirigir o mundo. No entanto, por
causa da violação da Lei de Deus, ele perdeu o direito da soberania
terrena, e o direito de propriedade passou para o arqui-inimigo,
Satanás. Quando os representantes dos outros mundos se reuniram
diante de Deus, no tempo dos Patriarcas, foi Satanás quem apareceu
como “delegado” da Terra (Job 1:6).
Leia Efésios 2:2; II Coríntios 4:4; Mateus 4:8-9. O que nos dizem estes
versículos sobre o poder de Satanás neste mundo?
O que aconteceu durante as tentações no deserto é muito revelador.
Satanás ofereceu-se para dar a Jesus o governo de todos os reinos
terrenos, se Jesus Se curvasse e o adorasse (Mat. 4:8-9; ver também
Lucas 4:5-7). Jesus veio para recuperar o mundo das mãos de Satanás,
mas só o podia fazer à custa da Sua própria vida. Como deve ter sido
forte, então, a tentação quando Satanás ali compareceu e se ofereceu
para Lhe dar o mundo! No entanto, ao curvar-Se perante Satanás, Ele
teria caído no mesmo engano que Adão e, consequentemente, teria
também sido culpado de violar a Lei do Seu Pai. Se o fizesse, o Plano da
Salvação teria falhado, e nós estaríamos mortos nos nossos pecados.
É claro que sabemos que Jesus saiu vitorioso e, na Sua vitória, temos a
certeza e a promessa da nossa própria vitória, a qual é vida no Reino
eterno de Deus, o mesmo que foi apresentado em Daniel 2, quando a
pedra cortada sem mãos destruirá todos os reinos deste mundo. E
então, depois disso, “o Deus do céu levantará um reino que não será
jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e
consumirá todos estes reinos, e será estabelecido para sempre”. Daniel
2:44.
Todos os reinos retratados em Daniel 2 fizeram tudo o que sobre
eles foi predito. Isto inclui a permanente desunião na Europa,
simbolizada pelo ferro e o barro nos pés da estátua. Por que razão
devem estes factos espantosos ajudar-nos a confiar na promessa
do último Reino, aquele que “será estabelecido para sempre”?
Ano Bíblico: Salmos 42-50.
CIDADÃOS DO REINO
Segunda, 23 de Junho.
Há muitas nações em que aqueles que para lá se mudam, vindos de
outros países, têm de renunciar a toda a sua ligação e aliança com a
terra natal, se quiserem obter a cidadania nesse novo país que os
acolhe. Alguns países, porém, permitem a uma pessoa manter uma
dupla nacionalidade, isto é, tais pessoas podem prometer lealdade a
ambos os países.
No entanto, no Grande Conflito não existe tal coisa como dupla
cidadania. Ou estamos num lado ou no outro. O reino do mal tem
estado, há milénios, a combater o Reino da justiça, e é impossível a uma
pessoa ser fiel a ambos, ao mesmo tempo. Temos de fazer uma escolha
quanto ao reino que vai ter a nossa lealdade.
Leia I Pedro 2:11; Hebreus 11:13; Efésios 2:12; Colossenses 1:13;
Deuteronómio 30:19; Mateus 6:24. O que nos dizem estes textos
sobre a impossibilidade de se ter “dupla cidadania” no Grande
Conflito entre Cristo e Satanás? Que função tem a observância da
Lei em nos ajudar a demonstrar onde está verdadeiramente a
nossa cidadania? Veja Apoc. 14:12.
Logo que as pessoas tomam a decisão de seguir Cristo, elas decidem
voltar as costas ao reino do diabo. A pessoa que o faz torna-se, então,
parte de uma outra comunidade, a do Senhor Jesus Cristo, e, em
resultado disso, essa pessoa obedece agora às Suas regras, à Sua Lei e
aos Seus mandamentos, não aos do diabo. A obediência dessa pessoa
não é, porém, universalmente apreciada – certamente não o é pelo
diabo, o qual está ansioso por ter essa pessoa de volta, mas,
frequentemente, também não o é por outras pessoas, que tendem a
desconfiar desses “estranhos e peregrinos” no seu meio. Apesar desses
obstáculos, Deus tem um povo que é leal a Ele e não ao “príncipe deste
mundo” (João 12:31).
Acontece, muitas vezes, que os estrangeiros num dado país
sobressaem, porque são diferentes. De que modo devemos nós,
como Adventistas do Sétimo Dia, e como “estrangeiros e
peregrinos”, sobressair também? Ou não devemos fazê-lo?
Ano Bíblico: Salmos 51-55.
A FÉ E A LEI
Terça, 24 de Junho.
O tema dominante nas Escrituras é simples: Deus é amor. O amor de
Deus é demonstrado de forma mais forte na Sua Graça. Com o Seu
poder ilimitado, Deus podia facilmente ter varrido a Humanidade da
face da Terra, mas, em vez disso, escolheu refletir a Sua paciência e dar
a todos a oportunidade de experimentar a plenitude da vida no Seu
Reino eterno. Mais do que isso, o Seu amor está revelado no preço que
Ele próprio pagou na Cruz.
O amor de Deus também está diretamente relacionado com a Sua
justiça. Tendo provido incontáveis oportunidades para que as pessoas
escolham o seu respetivo destino, o Deus de amor não as vai forçar a
entrar no reino que elas tenham rejeitado. Quando os ímpios
comparecerem diante do trono de Deus em julgamento, serão
condenados pelo seu próprio testemunho. Ninguém que compareça
diante do trono poderá, em verdade, dizer que não tinha conhecimento
dos requisitos de Deus. Quer através da revelação escrita, quer através
da revelação natural, todos tiveram contacto com os princípios básicos
da Lei de Deus (Rom. 1:19-20; 2:12-16).
Leia I Coríntios 6:9-11; Apocalipse 22:14-15. Quem vai entrar para o
Reino, quem vai ficar de fora e porquê? Que função desempenha
nisto a Lei de Deus? Repare-se também no nítido contraste entre os
dois grupos!
O que é fascinante é que, se pusermos I Coríntios 6:11 lado a lado com
Apocalipse 22:14, obtemos a descrição de Cristãos fiéis que são
justificados no nome do Senhor Jesus Cristo; isto é, são “justificado[s]
pela fé, sem as obras da lei” (Rom. 3:28), mas que são também
guardadores da Lei.
“Não é nenhum decreto arbitrário da parte de Deus que exclui do
Céu os ímpios; estes são excluídos pela sua própria incapacidade
para gozar da companhia dos seus habitantes. A glória de Deus
seria para eles um fogo devorador. Acolheriam com júbilo a
destruição para furtar-se à presença d’Aquele que morreu para os
resgatar.” – Ellen G. White, Aos Pés de Cristo, p. 18. Até que ponto
estas palavras nos ajudam a compreender o tema doloroso do
destino dos perdidos?
Ano Bíblico: Salmos 56-61.
O REINO ETERNO
Quarta, 25 de Junho.
Deus criou um mundo perfeito. Após a entrada do pecado, esse mundo
perfeito tornou-se terrivelmente manchado. A história da redenção diznos que Jesus entrou na história humana de modo a que, entre outras
coisas, a perfeição original viesse a ser restaurada. Os remidos viverão
num mundo perfeito, onde o amor reinará de forma suprema.
Como já vimos, só num Universo moral, só num Universo com seres
morais, pode existir o amor; e, para serem morais, esses seres têm
também de ser livres. Isto levanta uma interrogação: poderá o mal
surgir de novo?
De que modo Daniel 7:27; João 3:16; Apocalipse 21:4 ajudam a
responder à pergunta feita acima, sobre se o mal surgirá outra vez?
Qual é o significado do termo eterno?
Quando Deus criou o Universo, havia condições associadas à sua
estabilidade. Isto é muito evidente em Génesis 2:17, onde Adão foi
advertido de que a violação da ordem expressa por Deus resultaria em
morte. A simples menção da morte indica que o conceito de eternidade,
numa perspetiva humana, era condicional. Adão teria a experiência da
vida eterna unicamente se mantivesse a sua lealdade para com Deus.
Contudo, na Terra recriada, a morte deixará de ser uma realidade, o que
quer dizer que viveremos para sempre, num cumprimento das muitas
promessas das Escrituras. Se a rebelião teria possibilidade de voltar a
ocorrer é realmente apenas um mero assunto de debate. O facto é que
tal não vai ter lugar.
Leia Jeremias 31:31-34. Que princípio percebemos aí, o qual nos
ajuda a compreender a razão por que o mal não vai surgir outra
vez?
O Reino messiânico será composto de pessoas que mantiveram a
lealdade a Deus ao longo da respetiva experiência religiosa. Diante de
perseguições e lutas pessoais, essas pessoas escolheram o caminho da
obediência e demonstraram a disposição de viver vidas ao serviço de
Deus. Deus promete inscrever a Sua Lei no seu coração, de modo a que
venham a fazer naturalmente as coisas que Lhe são agradáveis. No
Reino de Cristo, o pecado estará inteiramente vencido, e a justiça
reinará de forma suprema.
Ano Bíblico: Salmos 62-67.
A LEI NO REINO
Quinta, 26 de Junho.
De todas as cruéis consequências do pecado, a morte tem sido a mais
persistente. O pecado pode ser vencido; Satanás pode ser confrontado;
mas, com apenas duas exceções (Enoque e Elias), de entre milhares de
milhões, quem é que, alguma vez, escapou à inevitabilidade da morte?
“Quando se trata da morte”, escreveu um antigo filósofo, “nós, seres
humanos, vivemos todos numa cidade sem muralhas”.
Que mensagem se encontra em Apocalipse 20:14 e I Coríntios
15:26?
Não admira que, com o poder atribuído à morte, Cristo, antes de
estabelecer o Reino messiânico na Terra, primeiramente destrua por
completo a morte.
Não há dúvida de que a morte está relacionada com o pecado, o que
significa que está relacionada com a Lei de Deus também, uma vez que
o pecado é a violação da Lei de Deus. Consequentemente, não é
possível haver pecado sem a Lei. Mas, embora o pecado esteja
dependente da Lei, a Lei é independente do pecado. Isto é, a Lei pode
existir sem haver pecado. De facto, assim foi desde o início da criação
do Universo, até que Lúcifer se rebelou no Céu.
“Quando Satanás se rebelou contra a lei de Jeová, a ideia de que existia
uma lei ocorreu aos anjos quase como o despertar para uma coisa em
que não se havia pensado. No seu ministério, os anjos não são como
servos, mas como filhos. Existe perfeita unidade entre eles e o seu
Criador.” – Ellen G. White, Pensamentos Sobre o Sermão da Montanha,
p. 109.
Tendo isto em mente, a ausência de morte e pecado no Reino de Deus
não requer a ausência da Lei. Assim como a lei da gravidade é
necessária para a interação harmoniosa entre os elementos físicos do
Universo, a Lei moral de Deus é necessária para reger a interação justa
entre os santos. Quando Deus inscreve a Sua Lei no coração dos
remidos, o Seu único propósito é o de selar a sua decisão de andarem
no caminho da justiça, por toda a eternidade. Consequentemente, a Sua
Lei torna-se na própria essência do Seu Reino. Assim sendo, temos
todas as razões para crer que os princípios da Lei moral de Deus estarão
presentes no Reino eterno de Deus. A diferença é, naturalmente, que
esses princípios nunca serão violados lá como têm sido violados aqui.
Tente imaginar o ambiente perfeito no Céu: sem natureza caída,
sem diabo a tentar-nos, sem pecado e sem morte. Faça a si mesmo
esta pergunta: que coisas na nossa vida e no nosso caráter não se
enquadram muito confortavelmente num tal ambiente?
Ano Bíblico: Salmos 68-71.
Sexta, 27 de Junho.
ESTUDO ADICIONAL: Leia, de Ellen G. White, “Sem Veste Nupcial”, pp.
307-319, em Parábolas de Jesus.
“Satanás declarara que era impossível ao homem obedecer aos
mandamentos de Deus; e é verdade que por nossa própria força não
lhes podemos obedecer. Cristo, porém, veio na forma humana e por
Sua perfeita obediência provou que a Humanidade e a divindade
combinadas podem obedecer a todos os preceitos de Deus. ...
“A vida de Cristo na Terra foi uma expressão perfeita da lei de Deus, e
quando os que professam ser Seus filhos receberem um caráter
semelhante ao de Cristo, obedecerão aos mandamentos de Deus. Então
o Senhor pode contá-los com toda a confiança entre os que formarão a
família do Céu. Trajados com as vestes gloriosas da justiça de Cristo,
participarão da ceia do Rei. Têm direito a associar-se com a multidão
lavada no sangue.” – Ellen G. White, Parábolas de Jesus, pp. 314 e 315.
PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:
Leia a citação de Ellen G. White no Estudo Adicional de sexta-feira.
Em que aspetos são tanto a Lei como a Graça reveladas nesse
excerto? Por que razão é importante que as compreendamos
sempre uma com a outra? O que acontece quando estes conceitos
são ensinados separados um do outro?
A introdução da lição mencionou o falecido Steve Jobs e a sua
afirmação de que o espectro da morte, da nossa própria morte, nos
deve impulsionar a fazer tudo o que pudermos aqui na Terra.
Embora haja alguma verdade nessa ideia, em si e por si só, isso não
é o suficiente. Isso nunca resolve o problema da própria morte nem
o que a morte faz ao significado da vida que a antecede. Na
realidade, depois da morte de Steve Jobs, a capa da revista The New
Yorker (A Nova Iorquina) retratava S. Pedro, com um iPad na mão, a
controlar a entrada de Steve Jobs pelos portais de pérola. Ainda que
isso possa ser engraçado, que lição podemos nós aprender com o
facto de que provavelmente não vai haver no Céu iPads, nem
qualquer outra coisa que Steve Jobs aqui tenha criado?
Que coisas há presentemente na Terra que vão perdurar para todo
o sempre? O que não sobreviverá para lá da destruição final deste
mundo? Que razão torna essencial que saibamos a diferença entre
essas coisas?
Ano Bíblico: Salmos 72-77.
Leitura Adicional, Comentários de EGW:
Parábolas de Jesus, “Diante do Supremo Tribunal”, pp. 307-319.
Moderador
Texto-Chave: Daniel 2:44.
Com o Estudo desta Lição, o Membro da Classe Vai:
Aprender: A reconhecer que o pecado e a morte serão erradicados.
Sentir: Júbilo na expectativa de herdar a Nova Terra.
Fazer: Tomar a resolução de se dedicar inteiramente ao Reino de
Deus.
Esboço da Aprendizagem:
I. Aprender: Abaixo Com a Morte
A. Por que razão só num Universo moral é que o amor pode existir?
B. Por que razão Jesus não seguiu a via de menor esforço para obter o
domínio da Terra, prostrando-Se diante de Satanás (Mat. 4:8 e 9)?
C. De que maneira a Lei de Deus se relaciona diretamente com a Sua
justiça?
D. Por que razão o mal nunca mais surgirá, depois de Deus destruir o
pecado?
II. Sentir: A Nossa Grande Esperança
A. De que maneira podemos sentir-nos parte da nossa respetiva
comunidade sem, no entanto, “sermos do mundo” (João 17:14)?
B. Como novos cidadãos no Reino de Deus, devemos sentir lealdade
para com Ele. De que maneira se demonstra a nossa lealdade?
C. Como podemos manter uma atitude de esperança, quando nos
confrontamos com o pecado e a morte, consequências da violação da
Lei de Deus?
III. Fazer: O Nosso Compromisso de Lealdade
A. Que razão impede que tenhamos dupla cidadania no Grande Conflito
entre o Reino de Deus e o reino do mal?
B. Até que ponto estarmos focados no Céu nos torna mais bem
preparados para vivermos uma vida com sentido e sermos melhores
cidadãos, aqui e agora?
C. O que acontece à nossa vida espiritual, se realçarmos a Lei acima da
Graça ou a Graça acima da Lei?
Sumário:
Deus vai estabelecer um mundo novo e eterno, onde deixarão de existir
todas as consequências da violação da Lei de Deus. Cada um de nós é
convidado a aceitar a oferta de cidadania no Reino de Deus.
CICLO DA APRENDIZAGEM
1º PASSO – MOTIVAR!
Realce da Escritura: Daniel 2:44.
Conceito-Chave para Crescimento Espiritual: Espiritualmente falando,
não é possível ficarmos com um pé dentro e outro fora. É impossível a
qualquer pessoa ser, ao mesmo tempo, fiel tanto a Deus como a
Satanás. Todos temos de escolher o líder e o reino a que
manifestaremos a nossa lealdade.
Só para o Dinamizador: A questão da validade da Lei de Deus não é
simplesmente uma questão com que nos confrontamos hoje em dia. O
pecado começou originalmente com Satanás a pôr em causa o caráter
de Deus, o qual se reflete na Sua Lei. Dessa forma, o pecado teve
entrada no nosso mundo perfeito e desfigurou-o terrivelmente. Jesus
veio ocupar um lugar na História humana para nos salvar e reabilitar.
Na Terra feita de novo, será observada a Lei de Deus e o amor reinará
de forma suprema.
Conta-se a história de uma senhora muito tímida que veio a aceitar
Jesus como salvador. Aparentemente, dava a ideia de que não tinha
grandes talentos para usar ao serviço de Deus. Por isso,
sossegadamente encontrou um nicho na igreja e fielmente prestava
serviço, organizando sempre os almoços de convívio ao Sábado, após o
culto. Muitos anos mais tarde, essa senhora contraiu uma doença
terminal e deu entrada num hospital. Quando o pastor a visitou, ela
disse-lhe que estava pronta para morrer. Os seus olhos iluminaram-se
ao dizer-lhe como estava desejosa de ver Jesus voltar para a despertar
do sono da morte. Ela queria partilhar com outros a esperança que
tinha. Pediu então ao pastor que se assegurasse de que, quando as
pessoas viessem assistir ao seu funeral, ela tivesse a sua Bíblia na mão
esquerda e na sua mão direita um garfo de plástico. O pastor percebeu
a ideia da Bíblia, mas não a razão do garfo de plástico. “Pastor, há
muitos anos que ajudo a organizar os almoços de convívio. E, semana
após semana, tenho lembrado às pessoas que conservem o respetivo
garfo para a sobremesa. Quando elas virem o garfo, vão querer uma
explicação e, então, o pastor deve dizer-lhes que quero que todos
saibam que o melhor ainda está para vir!”
Durante este trimestre, ao termos estudado a Lei de Deus e a Sua Graça
maravilhosa, devemos lembrar-nos de manter o olhar sobre o quadro
mais amplo. O pecado e a morte não terão a última palavra. Como
Adventistas do Sétimo Dia, temos o privilégio de anunciar ao mundo
que a melhor parte ainda está para vir, na recriação de um mundo
perfeito.
Atividade de Abertura: Qual é a razão por que nos lembramos das
seguintes pessoas: Johann Sebastian Bach, Thomas Edison, Steve Jobs,
Napoleão, Madre Teresa? Por que aspeto da sua vida gostaria de ser
lembrado? Porquê?
Uma Questão a Debater: Será possível estarmos “tão focados no Céu
que não temos utilidade nenhuma na Terra”?
2º PASSO – ANALISAR!
COMENTÁRIO BÍBLICO
A criação da Humanidade não começou realmente em Génesis 1. A
Criação começou quando Deus, compelido pelo amor por criaturas
ainda não criadas, concebeu um Planeta que havia de ser belo,
luxuriante e habitado por seres que iriam refletir, de forma especial, a
imagem e a semelhança do seu Criador. Esta Criação tinha por
fundamento a Lei do Céu, a qual regia o Universo. Esta Lei significava
vida, ordem, beleza e criatividade, tendo por base o amor de Deus – o
Pai, o Filho e o Espírito – porque unicamente o amor pode conceber um
tão maravilhoso mundo.
I. Dimensões Cósmicas
(Recapitule com a Classe Isaías 14:12-19; Ezequiel 28:12-20.)
Infelizmente, esta não é uma história que termina com a afirmação “e
viveram felizes para todo o sempre”, porque a desconfiança, a dúvida e
a inveja tinham-se, de alguma maneira, infiltrado no Reino celestial.
Apocalipse 12 descreve a rebelião comandada por alguém que,
anteriormente, fora conhecido como Lúcifer (Isa. 14:12-19; compare-se
a descrição em Eze. 28:12-20), o qual pretendia estar acima das estrelas
de Deus e ser semelhante ao Altíssimo. A ambição impulsionou um ser
criado a duvidar dos motivos divinos expressos na Lei divina. Essa
dúvida foi injetada num mundo perfeito – que tinha apenas uma
“imperfeição”: os seres que Deus fizera não eram seguidores do tipo
robô; tinham sido dotados com a liberdade de tomar decisões. À
medida que a serpente fala, “vemos a informação falsa passar a
desconfiança, a desconfiança a desenvolver-se em alienação, e a
alienação a gerar o medo (Gén. 3:1, 6, 8, 10)”. – Sigve K. Tonstad, The
Lost Meaning of the Seventh Day (O Significado Perdido do Sétimo Dia).
Berrien Springs, Mich.: Andrews University Press, 2009, p. 464.
Apocalipse 12 descreve, no contexto de uma guerra cósmica, como a
dúvida de Lúcifer infetou outros membros da família cósmica, e como a
Humanidade caiu no mesmo embuste.
Pense Nisto: Analisem no grupo de estudo as implicações da criação,
por Deus, de seres humanos com a capacidade de escolha. O que revela
isto acerca do Criador? O que nos diz acerca das leis estabelecidas pelo
Criador?
II. O Plano de Deus – Não Uma Ideia a Posteriori
(Recapitule com a Classe I João 3:8; João 8:44.)
No entanto, Deus teve um plano preparado desde sempre, dado que
conhecia, como Ser Omnisciente, o fim desde o princípio. Deus, no Filho,
oferecer-Se-ia a Si mesmo como sacrifício e, uma vez mais, corrigiria
todas as coisas. Os seres humanos poderiam de novo fazer a sua
escolha – algo que está repetidamente expresso no apelo divino,
dirigido por intermédio de profetas e outros homens de Deus, para que
se escolha Deus em vez de Baal (ou do dinheiro ou dos prazeres ou do
ego).
O conflito cósmico que se desenrolou envolveu questões a respeito da
integridade de Deus. Em I João 3:8 é declarado que “quem comete
pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o
Filho de Deus Se manifestou: para desfazer as obras do diabo”. O facto
do diabo ter pecado no princípio dá a entender que já existia uma
estrutura (ou leis) durante a rebelião no Céu. Contudo, para lá da
questão acerca da transgressão da Lei divina, precisamos de ter em
conta a questão resultante de se pôr em causa o caráter de Deus, a qual
se reflete também nas observações insinuantes dirigidas a Eva, em
Génesis 3. João 8:44 contém uma descrição do arqui-inimigo: “Ele (o
diabo) foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade,
porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que
lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” A descrição que
Cristo faz de Satanás envolve homicídio e mentira – sendo ambas as
coisas violações da Lei moral de Deus.
Pense Nisto: Por que razão é importante que a salvação não seja uma
ideia a posteriori ou uma reação de emergência por parte de Deus?
III. Pode Deus Ser Justo e Misericordioso?
(Recapitule com a Classe Apocalipse 12:10; Zacarias 3:1-5; Job 1.)
Uma outra questão importante no conflito cósmico entre Cristo e
Satanás envolveu a relação entre o Criador e o ser criado. Ter
autonomia e agir segundo os seus próprios interesses eram os dois
aspetos da pretensão de Lúcifer (Isa. 14:12-19). A estrela da manhã
queria ser senhor de si mesmo e em igualdade com Deus.
Por fim, a justiça e a misericórdia de Deus foram postas em perigo,
quando Satanás desafiou a Trindade no Céu. Uma vez que Satanás está
permanentemente a acusar o povo de Deus (Apoc. 12:10; Zac. 3:1-5;
compare-se com Job 1), é preciso que a questão da justiça divina seja
entendida neste conflito. É Deus realmente imparcial? Terá Ele favoritos?
Como funciona a salvação? Em que termos pode Ele perdoar um
pecador que transgrediu a Sua Lei?
Durante todo este trimestre temos estudado diferentes aspetos da
iniciativa de Deus para dar, de uma vez por todas, resposta a estas
interrogações. A primeira promessa, dada a Adão e Eva, apontava para
Aquele que esmagaria a cabeça da serpente. Sacrifícios e rituais no
Santuário terrestre serviam de ilustrações do plano divino. Os profetas,
ao longo de todo o período do Velho Testamento, falaram acerca do
Messias e foram acrescentando peças ao conjunto que haveria de
resultar num quadro mais amplo. E então, finalmente, a Palavra Criativa,
que, falando, trouxera à existência o planeta Terra, tornou-Se carne e
habitou entre nós. Jesus tornou patente tanto a seriedade do pecado
como a maravilha do Plano divino da Salvação. O Seu exemplo serviu
para engrandecer a Lei e o caráter de Deus. A Sua pregação apontava
para os princípios do Reino, os quais eram distintos daqueles que eram
acariciados pelo Lúcifer caído. O Seu sacrifício pagou o preço do pecado
e dos nossos pecados – uma vítima inocente foi morta e redimiu os
culpados, que precisavam de depender completamente deste
sacrifício.
Embora o Grande Conflito ainda não esteja terminado, a vitória está
garantida. A Lei de Deus e o Seu caráter foram justificados pelo próprio
Deus, que demonstrou a sua viabilidade e esteve disposto a pagar o
preço que custa a transgressão.
Pense Nisto: Ao pensar no Grande Conflito, de que modo este
confronto cósmico se desenrola na sua própria vida pessoal?
3º PASSO – PRATICAR!
Perguntas para Reflexão:
Que acusação a respeito da Lei de Deus lançou Satanás no Céu? De que
maneira Jesus a desmentiu?
Em que termos Satanás conseguiu desfilar no Céu como representante
da Terra?
De que maneira tem toda a Humanidade estado exposta aos princípios
básicos da Lei de Deus?
Até que ponto está Daniel 2 correto, considerando-se as atuais
realidades económicas e políticas da Europa?
Há quem ensine que, como Deus é amor, Ele vai acabar por deixar toda
a gente ir para o Céu. A Bíblia, porém, ensina que os ímpios serão
excluídos do Céu. O que os desqualifica para o Céu?
Perguntas para Aplicação:
O que acontece quando realçamos a Lei acima da Graça ou vice-versa?
Que efeitos práticos tem isto na nossa vida?
Qualquer indivíduo, como novo cidadão, passa a estar obrigado a seguir
as leis do seu novo país. O que tem isto a ver com o Cristão e com a Lei
de Deus?
Como se pode viver aqui como “estrangeiros e peregrinos” e, no
entanto, ser o “sal da terra” na influência que exercemos sobre o nosso
mundo, nas questões sociais, económicas e políticas?
4º PASSO – APLICAR!
Atividade: Na cultura atual, o Céu é muitas vezes retratado como um
lugar onde todos vamos andar vestidos de vestes brancas e onde
passaremos a eternidade sentados numa nuvem branca e fofinha, a
dedilhar uma pequena harpa. Dediquem uns instantes a falar sobre o
que imaginam que o Céu será. De que maneira a ausência de pecado e
morte vai marcar a nossa vida? O que mais ansiamos ter lá?
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Lição 13 21 de Junho a 27 de Junho O Reino de