COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. Interação Solo-Duto – Ensaios em Laboratório como Subsídio para o Estabelecimento de Modelos de Comportamento Thelma Sumie Maggi Marisa Kamiji IPT, São Paulo, Brasil, [email protected] Gisleine Coelho de Campos IPT, São Paulo, Brasil, [email protected] Carlos de Oliveira Cardoso CENPES/Petrobras, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected] RESUMO: Este trabalho apresenta uma metodologia de ensaios em laboratório, empregada para o estudo do comportamento da interação solo-duto com elevados deslocamentos, tema de grande relevância no cenário atual, frente as recentes descobertas de novas fronteiras exploratórias no litoral do Brasil. A cadeia de petróleo e gás natural vem demandando uma série de novas soluções para o transporte de óleo e gás com altas pressões e temperaturas, o que exige alternativas técnica e economicamente viáveis para a instalação de risers e dutos. No caso específico de dutos submarinos, a ocorrência de elevados deslocamentos laterais, depende da reação que se desenvolve entre o solo e duto, o qual é influenciado por diversos parâmetros, dentre os quais destacam-se: resistência do solo, diâmetro e peso do duto. Estes parâmetros podem ser controlados em condições laboratoriais, por meio do emprego de um tanque de ensaios preenchido com solo similar àquele encontrado no campo e com segmentos de dutos que são usados em casos reais. Neste trabalho descrevem-se os ensaios realizados em solo argiloso, no âmbito de um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento no IPT, em parceria com o CENPES (PETROBRAS), com dutos de diferentes diâmetros em argilas sob condições diversas de adensamento. Os resultados mostram que os modelos matemáticos atualmente em uso pela comunidade técnica mundial para a análise da interação solo-duto com elevados deslocamentos, podem e devem ser aperfeiçoados para a sua utilização em dutos submarinos em águas profundas. PALAVRAS-CHAVE: Ensaios em Laboratório, Dutos, Atrito, Interação Solo-Duto, Elevados Deslocamentos. 1 influenciado por diversos parâmetros, dentre os quais destacam-se: resistência do solo, diâmetro e peso do duto. Estes parâmetros podem ser controlados em condições laboratoriais, por meio do emprego de um tanque de ensaios preenchido com solo similar àquele encontrado no campo e com segmentos de dutos que são usados em casos reais. Paralelamente ao desenvolvimento de novos métodos investigativos e a melhoria da precisão dos testes experimentais, os modelos numéricos também estão sendo aprimorados visando aumentar a confiabilidade dos resultados. Neste contexto, este trabalho apresenta uma metodologia de ensaios em laboratório, INTRODUÇÃO Devido às recentes descobertas de novas fronteiras exploratórias no litoral do Brasil, a cadeia de petróleo e gás natural vem demandando uma série de novas soluções para o transporte de óleo e gás com altas pressões e temperaturas, o que exige alternativas técnica e economicamente viáveis para a instalação de risers e dutos. No caso específico de dutos submarinos, a interação solo-duto sempre representou um dos maiores desafios a serem pesquisados. A ocorrência de elevados deslocamentos laterais, depende da reação que se desenvolve entre o solo e duto, o qual é 1 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. empregada para o estudo do comportamento da interação solo-duto com elevados deslocamentos. Neste trabalho descrevem-se os ensaios realizados em solo argiloso, no âmbito de um projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento no IPT, em parceria com o CENPES (PETROBRAS), com dutos de diferentes diâmetros em argilas sob condições diversas de adensamento. Os resultados mostram que modelos matemáticos atualmente em uso pela comunidade técnica mundial para a análise da interação solo-duto com elevados deslocamentos, podem e devem ser aperfeiçoados para a sua utilização em dutos submarinos em águas profundas. 2 Materiais e Métodos 2.1 Tanque de provas Foto 2. Vista geral da montagem do duto no sistema de arraste. A Foto 1 apresenta uma vista geral do tanque desenvolvido para a execução dos ensaios de interação solo-duto. O tanque possui 4,90 m de comprimento, 1,10 m de largura e 1,50 m de altura. No fundo do tanque foi colocada uma camada drenante composta por 0,20 m de areia grossa sobre a qual foram dispostas duas camadas de geotêxtil não tecido. Foto 3. Vista geral do sistema de arraste do duto. 2.3 Os deslocamentos horizontais e verticais do duto foram monitorados por dois sensores a laser, tendo-se instalado o primeiro em uma das extremidades do tanque e o alvo correspondente na parte fixa do carrinho (que não sofre deslocamentos verticais), onde também se instalou o segundo sensor, cujo alvo correspondente foi fixado na extremidade de uma barra conectada ao contraventamento dos deslizantes. Para monitorar a força exercida pelo duto sobre o solo, foram empregadas duas células de carga engastadas ao sistema de arraste conectadas por balancins (Foto 2). Na parede do duto, foram instalados sensores para medida das pressões neutras e das tensões totais. Os sensores de tensão total, identificados como PT1 e PT2, foram instalados na seção transversal central do duto, segundo direções no Foto 1. Vista geral do tanque de provas. 2.2 Instrumentação utilizada Sistema de arraste do duto As Fotos 2 e 3 apresentam, respectivamente, uma vista geral da montagem do duto e do sistema de arraste utilizado. 2 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. sentido descendente que formam 45º em relação à horizontal. Os sensores de pressão neutra, identificados como PP1, PP2, PP3, PP4, PP5 e PP6, foram instalados simetricamente distribuídos em relação à seção transversal central do duto, distando 17 cm da mesma, e segundo direções no sentido descendente que formam 45º e 90º em relação à horizontal. Na Figura 1 mostrado o esquema de posicionamento dos sensores no duto. Na Figura 2 apresenta-se o posicionamento dos sensores em relação ao tanque. A saída dos cabos da instrumentação é efetuada pela parte superior do duto, daí sendo conduzida para o sistema de aquisição de dados (SAD). O monitoramento intantâneo da instrumentação é realizada por meio de elementos gráficos e displays digitais. A aquisição de dados é realizada por um programa elaborado na plataforma LabVIEW, que permite a apresentação dos dados em tempo real durante os ensaios e sua gravação em arquivo, possibilitando o tratamento dos dados por meio de programas como o Excel ou MatLab. Figura 2. Posicionamento dos sensores em relação ao tanque-de-provas. 2.4 Características do solo e dos dutos utilizados 2.4.1 Solo utilizado Para o preenchimento do tanque foi utilizada uma argila caulinítica, cujas principais características são apresentadas na Tabela 1. Tabela 1. Características do solo utilizado. Limites Solo Caulim LL (%) LP (%) IP (%) 54 34 20 ρs (kg/m³) 2,627 Granulometria Argila (%) Silte (%) Areia (%) 22 72 6 2.4.2 Características dos dutos utilizados Duas seções distintas de dutos, com 1,0 m de comprimento cada, foram utilizadas para a realização dos ensaios com suas principais características são apresentadas na Tabela 2. Figura 1. Posicionamento dos sensores instalados na seção de duto. 3 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. Tabela 2. Características dos dutos utilizados. Características Duto 1 Duto 2 Sem revestimento (pol) 8,625 12,75 Sem revestimento (cm) 21,91 32,39 Com revestimento (cm) 22,79 33,27 Diâmetro interno (cm) 19,71 22,59 Espessura total da parede (cm) 1,54 2,34 Diâmetro externo 2.5 2.6 Comprimento (cm) 100 100 Massa (kg) 62,6 143,0 Duto com água (kg) 52,4 120,2 Duto vazio e fechado (kg) 22,1 56,4 Massa submersa (kg) como pela verificação de vazões nulas, removeu-se a sobrecarga e, a seguir, foram realizados ensaios Barra T para determinação da resistência da camada de solo. Ensaios Barra T Para a determinação da resistência não-drenada do solo no tanque, foram executados cinco ensaios Barra T até a profundidade de 50 cm. Os ensaios foram realizados a 1/4, 3/8, no meio, a 5/8 e a 3/4 do comprimento do tanque, de forma a mapear variações significativas de resistência. Foram realizados dois ensaios barra T, em cada posição do tanque, com barra horizontal de mesma seção transversal e comprimentos distintos. Nessas condições, para uma dada profundidade, o valor de Su é dado pela Equação (1): Adensamento da camada de solo Durante a fase de preparação de cada ensaio, efetuou-se a mistura da lama com água, de modo que o teor de umidade resultasse igual a 1,5 vezes o limite de liquidez. A mistura foi realizada empregando-se um misturador (Foto 4). Posteriormente, foi aplicada sobrecarga entre 10 e 27 kPa, para se obter a resistência não-drenada do solo entre 2 e 6 kPa, obtida por intermédio de blocos de concreto dispostos sobre um tablado de madeira, posicionado sobre a camada de solo. Su = ∆F ∆A B × N t (1) Em que Nt é o fator de barra tomado igual a 10,5 (Stewart and Randolph, 1994), ∆F = F1 – F2 e ∆AB = AB1 - AB2 , sendo F1 e F2 as forças medidas na haste vertical, e AB1 e AB2 as áreas (em projeção) da barra T. Assim procedendo, anulam-se o atrito atuante na haste vertical e o efeito de borda nas barras horizontais, os quais são comuns aos ensaios realizados com as duas sapatas. Em outras palavras, o valor de ∆F corresponde a um ensaio executado com uma sapata de área ∆AB, isento dos fatores mencionados, prescindindose assim de efetuar uma estimativa do fator f (fator de influência do atrito). Para a campanha de investigação, confeccionou-se uma sapata adicional de comprimento igual a 1/3 da original. Os pares de ensaios foram realizados distantes entre si (eixo a eixo) cerca de 10 cm, tendo-se tomado o cuidado de impor penetração nas duas sapatas no solo através de planos paralelos. Deve ser enfatizado que todos os ensaios foram executados em duplicata, com a primeira cravação correspondendo ao estado natural ou indeformado e a segunda, ao estado amolgado, possibilitando assim a determinação da Foto 4. Processo de mistura da camada de solo no tanque. O adensamento do solo levou em torno de 15 dias. Durante todo o processo de adensamento, mediram-se os recalques da camada de solo e os volumes de água drenados pela parte inferior do tanque. Constatado o final do adensamento primário, tanto pela estabilização dos recalques, 4 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. sensitividade do solo em cada profundidade ensaiada. Com os resultados obtidos nos cinco ensaios Barra T realizados no estado natural, foram determinados os valores médios de Su para cada profundidade. 3 ENSAIOS REALIZADOS Uma série de 28 ensaios foi realizada, com as principais características de cada ensaio apresentadas na Tabela 3. 19 12,75 3,89 485 Peso próprio (1,0 cm) 20 12,75 6,15 1179 Peso próprio (3,0 cm) 21 12,75 5,92 405 Peso próprio (2,0 cm) 22 12,75 6,53 1882 Peso próprio (5,0 cm) 23 8,625 5,22 1690 Peso próprio (7,0 cm) 24 8,625 5,04 1246 Peso próprio (4,0 cm) 25 8,625 4,76 1962 Peso próprio (3,5 cm) 26 8,625 4,68 1700 Peso próprio (4,0 cm) 27 12,75 4,26 2850 Peso próprio (7,7cm) 28 12,75 4,90 1750 Peso próprio (6,1cm) Tabela 3. Características dos ensaios realizados. Ensaio φext (pol) Su (kPa) Peso do duto no ensaio (N) Ent. Inicial 1 12,75 2,16 1179 0,3 D (11,0 cm) 2 12,75 2,94 1179 Peso próprio (2,0 cm) 3 12,75 2,52 1179 Peso próprio (4,0 cm) 4 8,625 2,36 513 0,3 D (7,0 cm) 5 8,625 2,75 513 Peso próprio (2,0 cm) 6 8,625 2,56 905 0,3 D (7,8 cm) 7 8,625 2,36 219 0,3 D (7,0 cm) 8 8,625 2,74 611 Peso próprio (4,0 cm) 9 8,625 2,68 351 Peso próprio (2,5 cm) 10 8,625 2,93 189 Peso próprio (0,2 cm) 11 8,625 3,05 1524 Peso próprio (5,5 cm) 12 12,75 2,43 415 Peso próprio (3,8 cm) 13 12,75 2,34 250 Peso próprio (5,0 cm) 14 12,75 1,92 607 Peso próprio (3,0 cm) 15 12,75 2,82 607 Peso próprio (2,0 cm) 16 12,75 2,50 866 Peso próprio (3,0 cm) 17 12,75 2,11 312 Peso próprio (3,0 cm) 18 12,75 3,12 312 0,3 D (10,0 cm) Os ensaios de arraste lateral foram realizados através da imposição de deslocamentos horizontais, com velocidade de 0,5 a 1,0 mm/s, com objetivo principal de medir a reação do solo necessária para o deslocamento do duto, e determinação do coeficiente de atrito equivalente (reação/peso submerso) entre o duto e o solo. As Fotos 5 a 7 apresentam uma vista geral do arraste do duto durante a execução dos ensaios. Foto 5. Vista geral do enterramento inicial do duto. 5 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. A tensão total foi obtida subtraindo-se do valor medido a variação da pressão hidrostática, associada ao deslocamento vertical medido no duto em relação à sua posição original. Na Figura 4 pode-se notar claramente a inversão no sentido de arraste do duto, através da variação na tensão total em cada face do duto. Ensaio 25 - 18/09/2009 90 Tensões Totais (kPa) Foto 6. Vista geral do arraste do duto durante o ensaio. PT1 PT2 60 30 0 -30 -60 -90 0 30 60 90 120 150 Tempo (min) Figura 4. Tensão total em função do tempo de ensaio. Na Figura 5, apresenta-se a curva de variação da força de arraste, obtida pela soma dos esforços medidos nas duas células de carga, em função do deslocamento horizontal. A origem dos deslocamentos horizontais foi estabelecida considerando-se a posição do duto inicial do duto. Da mesma forma, o valor inicial de todas as demais variáveis medidas durante o ensaio foi estabelecido nessa condição. Foto 7. Vista geral do arraste do duto durante o ensaio. 4 RESULTADOS As Figuras 3 a 7 apresentam alguns resultados característicos obtidos, dos cerca de vinte e oito ensaios realizados. O ensaio escolhido foi o de número 25 (tabela 3). A Figura 3 apresenta os perfis de resistência não-drenada obtidas nos cinco ensaios Barra T, realizados ao longo do tanque. Ensaio 25 - 18/09/2009 1ª ida 0,5D 1ª volta 0,5D Força de Arraste (N) 7000 2ª ida 0,5D 4000 Ida 10D 1ª ida 2D 1000 1ª volta 2D -2000 2ª ida 2D 2ª volta 2D -5000 3ª ida 2D 3ª volta 2D -8000 4ª ida 2D -11000 4ª volta 2D 0 Barra T 28 - 09/setembro/2009 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1,5 2 2,5 Retorno Figura 5. Força de arraste em função do deslocamento horizontal. 10 0 Profundidade (cm) 1 Deslocamento Horizontal (m) Su (kPa) 0 0,5 10 Na Figura 6 apresenta-se a curva de variação do deslocamento vertical sofrido pelo duto em função do deslocamento horizontal, tendo-se convencionado que os valores negativos estão associados ao sentido descendente. 20 30 40 50 60 direita centro direita centro centro esquerda esquerda Figura 3. Resultado do ensaio Barra T no solo preparado para o ensaio de arraste. Na Figura 4 apresenta-se a curva de variação da tensão total em função do tempo de ensaio. 6 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. equivalentes no campo dos grandes deslocamentos, sendo de fundamental importância para o dimensionamento de dutos submarinos aquecidos (HP-HT); • É importante lembrar que a qualidade dos resultados obtidos nos ensaios em modelos experimentais depende de um adequado procedimento de montagem e execução, bem como de monitoramento apropriado das grandezas de interesse. Além disso, os métodos de ensaio utilizados podem e devem ser aperfeiçoados objetivando a melhoria dos resultados já obtidos. Finalmente, dadas as dimensões dos elementos utilizados nos ensaios, a extrapolação dos resultados para casos reais de engenharia é possível e constitui a meta final do projeto de pesquisa em desenvolvimento. A previsão do comportamento em situações reais será modelada após a conclusão da nova série de ensaios previstas. Até o momento, os estudos restringiram-se a solos argilosos e uma nova etapa, em solos arenosos, terá início em breve. Deslocamento Vertical (cm) Ensaio 25 - 18/9/2009 1ª Ida 0,5D 10 1ª Volta 0,5D 2ª Ida 0,5D 0 Ida 10D -10 1ª Ida 2D 1ª Volta 2D -20 2ª Ida 2D 2ª Volta 2D -30 3ª Ida 2D -40 3ª Volta 2D 4ª Ida 2D -50 0 0,5 1 1,5 2 2,5 Deslocamento Horizontal (m) 4ª Volta 2D Retorno Figura 6. Deslocamento vertical em função do deslocamento horizontal. Na Figura 7 apresenta-se a curva de variação da pressão neutra no sensor PP6. A pressão neutra foi obtida subtraindo-se do valor medido a variação da pressão hidrostática, associada ao deslocamento vertical em relação à sua posição original. Ensaio 25 - 18/09/2009 Pressão Neutra (kPa) 16 12 8 4 0 -4 -8 -12 -16 0 30 60 90 120 AGRADECIMENTOS Tempo (min) Figura 7. Pressão neutra em função do tempo – Sensor PP6. 5 Os autores gostariam de agradecer ao IPT pelo apoio na execução dos ensaios e ao CENPES (PETROBRAS) pelo financiamento da pesquisa em curso. CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em vista o objetivo principal deste trabalho, que consistiu em apresentar uma metodologia de ensaios em laboratório empregada para o estudo do comportamento da interação solo-duto com elevados deslocamentos, algumas observações merecem destaque: • A utilização de modelos físicos em escala real para avaliação do comportamento da interação solo-duto com elevados deslocamentos tem se mostrado fundamental para a correta avaliação deste complexo comportamento; • Os resultados obtidos nos ensaios realizados foram utilizados no desenvolvimento de modelo experimental, para o cálculo de atritos REFERÊNCIAS Stewart, D.P., e Randolph, M.F. (1994). T-bar penetration testing in soft clay. Journal of Geotechnical Engineering, 120: 2230–2235. doi:10.1061/(ASCE)0733-9410(1994)120:12(2230). 7