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O ESTADO DO MARANHÃO · São Luís, 14 de julho de 2015 - terça-feira
Fotos/Divulgação
Maracatu cearense
Espetáculo Catu Macã:
Guerra Bonita, da
Companhia Vidança,
entra em cartaz amanhã
e quinta-feira, às 20h, no
Teatro Arthur Azevedo;
a entrada é gratuita
Serviço
Companhia Vidança (CE) apresenta releitura do maracatu; montagem é premiada e apontada como uma das melhores da dança contemporânea atual
P
ela segunda vez em São
Luís, o espetáculo Catu
Macã: Guerra Bonita, da
companhia cearense Vidança,será apresentado amanhã
e quinta-feira, às 20h, no Teatro Arthur Azevedo (Centro).
A montagem, que reúne dança e teatralidade, apresenta o
universo do maracatu cearense, além da realeza do cortejo
popular e as emoções sentidas ao vivenciá-lo.
Com direção musical, coreografia, pesquisa de linguagem e figurino de Anália Timbó, “Catu Macã: Guerra Bonita”
traz no elenco os bailarinos
Ana Carolina dos Santos, Andressa dos Santos, Aline Kelly
Felisberto, Bárbara Araújo,
Cláudio Costa, Elisilene Mesquita, Emanuel Guimarães,
Fernando Souza, Gabriel Moreira, Gilclesio Sales, Iranilson
Dantas, Jorge Lucas, Kauane
Oliveira, Marcelo Carneiro, Rafael Araújo, Samira Moreira, Socorro Timbó e Suziane Gomes.
Em cartaz pelos teatros brasileiros desde 1999, “Catu Macã:
Guerra Bonita” foi premiado pelo Itaú Cultural, em 2012, e listado como um dos melhores es-
petáculos de dança contemporânea em atividade no Brasil. Segundo Anália Timbó, o espetáculo tem por finalidade fazer
uma releitura do maracatu cearense, que se difere do pernambucano no desacelerado batuque das percussões, além das
pinturas corporais. “Fui buscar
referências para este espetáculo
a partir das minhas lembranças
de infância, da admiração pelo
ritmo, dança pausada e dos brincantes de maracatu que sempre
estavam com os rostos pintados
de preto”, disse Anália Timbó.
Origem - Segundo pesquisadores de música e antropologia,
a origem do maracatu vem dos
cortejos de reis do Congo, manifestação cultural que os negros trazidos para o Brasil durante o período da escravidão
encontraram para marcar sua
identidade e não perder o contato com sua ancestralidade
Com elementos extraídos da
capoeira e incorporando os tradicionais mamulengos, o espetáculo faz um cortejo festivo
dentro de uma linguagem contemporânea. É daí que surge a
expressão Catu Macã, que sig-
nifica guerra ou briga bonita.
Para Anália Timbó, o eixo
norteador do trabalho visa conferir dignidade e realeza ao cortejo popular e às emoções sentidas ao vivê-lo; daí partindo
para outras veredas. “A ideia de
conferir realeza, dignidade ao
povo negro, que também representam outros contingentes de
populações pobres e vulneráveis, guia a concepção estética
do espetáculo”, comentou.
“Catu Macã” é fruto das aulas da escola de dança da Cia. Vidança, que são realizadas desde 1979, no bairro Vila Velha,
na Barra do Ceará, com crianças, adolescentes e filhos de
operários. Todo o figurino é
feito pelos próprios bailarinos
com materiais recicláveis. A
coreografia, montada por Anália Timbó, representa os festejos de danças de origem africana - como a Capoeira, o
Maculelê, o Guerreiro, entre
outros, e sua ambivalência –
pois destacam a tensão entre a
beleza e a concentração da dor,
da briga bonita, do bom combate, ao mesmo tempo em que
transbordam em festa, força
de vida e beleza.
Mais
Fruto de um projeto nascido há 34 anos, a Companhia Vidança é referência no Ceará e conta com cinco projetos que incluem dança, leitura, música, costura e carpintaria, que envolvem mais de 200 alunos, atendendo crianças, jovens e adultos da periferia de Fortaleza. Há atividades complementares de
leitura, além de alimentação para os estudantes.
• O quê
Espetáculo Catu
Macã: Guerra Bonita
• Quando
Amanhã e
quinta-feira, às 20h
• Onde
Teatro Arthur Azevedo
• Ingressos
Entrada franca - com
entrega dos bilhetes a
partir das 19h
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