METODOLOGIA DA PESQUISA E DO TRABALHO
ACADÊMICO
FACULDADE SÃO LUIZ
2013
FACULDADE SÃO LUIZ
Avenida das Comunidades, 233.
88350-970. Brusque – SC.
Tel: (47) 3396-7919
E-mail: [email protected]
Site: www.faculdadesaoluiz.edu.br
COLABORAÇÃO
Catharina Obeidi Dias
Dilson de Oliveira Daldoce Júnior
Eliton Fernando Felczak
Fagner Ramon Pacheco Haas
Karina Santos Vieira
Luiz Carlos Berri
Maria Glória Dittrich
Néreo Wilker Vicente
Nivaldo Alves de Souza
Renato Vieira Lima
Silvano João da Costa
Ficha catalográfica
F143
Faculdade São Luiz
Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico/ Faculdade
São Luiz; colaboração de Dilson de Oliveira Daldoce Júnior, Karina
Santos Vieira, Maria Glória Dittrich, Renato Vieira Lima, Silvano
João da Costa. Brusque: Faculdade São Luiz, 2013.
74 p.
Inclui bibliografia.
ISBN
1. Redação técnica. 2. Publicações – Normas. I. Título
CDD - 21 ed.001.42
CDU - 001.816
Ficha catalográfica elaborada por Luzia Fátima de Miranda CRB 14/672
APRESENTAÇÃO
Caro leitor,
A elaboração de um projeto de pesquisa e o próprio desenvolvimento da
pesquisa, para que se alcancem resultados satisfatórios, requer: criatividade,
planejamento, reflexões sólidas e embasadas em conhecimentos já existentes. É
um caminho árduo a percorrer, porém realizador diante do esforço empreendido e
das descobertas ou constatações alcançadas.
Com o objetivo de estabelecer as próprias normas de metodologia, a
Faculdade São Luiz, tomando por base as regras e normas da ABNT, adequou-as a
sua realidade. Este trabalho é fruto da participação de professores, orientadores,
acadêmicos, que ao longo dos anos vem participando do processo da elaboração
dos projetos, do desenvolvimento e avaliação das pesquisas, na instituição. A cada
um dos participantes, nossa gratidão e reconhecimento pelo profissionalismo e por
se dedicar a esta área de conhecimento.
Que esta publicação Metodologia da pesquisa e do trabalho acadêmico
auxilie a você nas orientações básicas no desenvolvimento de seu trabalho
acadêmico para aprender de forma criteriosa, apresentar adequadamente sua
pesquisa conforme os padrões da metodologia científica e contribuir para o avanço
do conhecimento na sociedade.
Claudio M. Piontkewicz
SUMÁRIO
1 O QUE É PESQUISA? .................................................................................................. 14
1.1 Elementos da pesquisa .......................................................................................... 14
1.2 Tipos de pesquisa ................................................................................................... 15
1.3 Desenvolvimento da pesquisa ............................................................................... 16
2 PROJETO DE PESQUISA ............................................................................................ 19
2.1 O que é Projeto de Pesquisa? ............................................................................... 19
2.2 Estrutura de um Projeto de Pesquisa ................................................................... 19
2.2.1 Título ................................................................................................................. 20
2.2.2 Resumo ............................................................................................................. 20
2.2.3 Palavras-chave ................................................................................................ 20
2.2.4 Objeto da pesquisa .......................................................................................... 20
2.2.5 Objetivos ........................................................................................................... 21
2.2.6 Introdução ......................................................................................................... 21
2.2.7 Formulação do problema ................................................................................ 22
2.2.8 Fundamentação teórica................................................................................... 22
2.2.9 Metodologia ...................................................................................................... 23
2.2.10 Cronograma ................................................................................................... 23
2.2.11 Orçamento ...................................................................................................... 23
2.2.12 Referências .................................................................................................... 23
2.2.13 Observações .................................................................................................. 24
2.2.14 Formulário do Projeto de Pesquisa.............................................................. 24
3 NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS ....................... 25
3.1 Introdução e organização do texto ........................................................................ 25
3.1.1 Margens ............................................................................................................ 25
3.1.2 Disposição das palavras e frases na linha .................................................... 25
3.1.3 Fonte ................................................................................................................. 26
3.1.4 Espaçamento ................................................................................................... 26
3.1.5 Parágrafo .......................................................................................................... 27
3.1.6 Paginação ......................................................................................................... 27
3.1.7 Títulos ............................................................................................................... 28
4 ESTRUTURA DO TRABALHO ACADÊMICO ............................................................. 33
4.1 Estrutura e descrição dos fichamentos e produções textuais críticas ............... 34
4.1.1 Ficha de leitura ou resumo ............................................................................. 34
4.1.2 Esquema ........................................................................................................... 35
4.1.3 Resenha (ou recensão) ................................................................................... 36
4.2 Estrutura e descrição do artigo científico e da produção monográfica.............. 37
4.2.1 Artigo científico ................................................................................................. 37
4.3 Elementos pré-textuais: o que vem antes do texto ............................................. 39
4.3.1 Cabeçalho......................................................................................................... 39
4.4 Produção monográfica (TCC – Trabalho de Conclusão de Curso) ................... 40
4.4.1 Capa .................................................................................................................. 42
4.4.2 Folha de Rosto ................................................................................................. 43
4.4.3 Errata................................................................................................................. 43
4.4.4 Folha de aprovação ......................................................................................... 44
4.4.5 Dedicatória........................................................................................................ 44
4.4.6 Agradecimentos ............................................................................................... 44
4.4.7 Epígrafe ............................................................................................................ 44
4.4.8 Resumo e descritores (palavras-chave) ........................................................ 45
4.4.9 Resumo em língua estrangeira ...................................................................... 45
4.4.10 Lista de abreviaturas e siglas ....................................................................... 45
4.4.11 Listas de Figuras, Gráficos, Quadros e Tabelas ........................................ 46
4.4.12 Sumário........................................................................................................... 48
4.5 Elementos textuais: o texto do trabalho acadêmico ............................................ 49
4.5.1 Introdução ......................................................................................................... 49
4.5.2 Desenvolvimento ............................................................................................. 49
4.5.3 Considerações finais ....................................................................................... 50
4.5.4 Notas explicativas e remissivas...................................................................... 50
4.5.5 Elementos ilustrativos...................................................................................... 51
4.6 Elementos pós-textuais: depois que o texto terminou ........................................ 51
4.6.1 Anexos .............................................................................................................. 51
4.6.2 Apêndice ........................................................................................................... 52
4.6.3 Glossário ........................................................................................................... 52
4.6.4 Referências ...................................................................................................... 52
5 NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE CITAÇÕES ................................................. 54
5.1 Citações ................................................................................................................... 54
5.2 Citações nas notas de rodapé ............................................................................... 57
5.2.1 Citação completa e citação resumida ............................................................ 58
5.2.2 Quando o autor tiver sido mencionado no texto ........................................... 59
5.2.3 – Expressões latinas nas notas de rodapé ................................................... 59
6 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 65
6.1 Normas para elaboração de referências .............................................................. 65
6.1.1 Normas quanto à Autoria .................................................................................... 65
6.1.2 Normas de referência por tipo de obra .............................................................. 68
6.1.4 Referências de citações clássicas ......................................................................... 70
6.1.4.1 Outros elementos de referência a obras clássicas ....................................... 74
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 76
INTRODUÇÃO
A organização deste manual de Metodologia da pesquisa e do trabalho
acadêmico surge do empenho de nossos acadêmicos, que perceberam a
necessidade de novas informações que padronizassem e uniformizassem a
produção de trabalhos na Faculdade São Luiz. Esta obra só foi possível através do
empenho de alguns alunos e professores, que colaboraram na redação do mesmo,
com senso crítico e sentimento de pertença à Instituição.
Este Manual tem o objetivo de auxiliar os discentes da Faculdade São Luiz
com alguns subsídios para a elaboração de seus trabalhos, no decurso do
desenvolvimento de suas atividades intelectuais.
Uma das principais características do trabalho acadêmico é o cuidado com
sua apresentação em estruturas sistematizadas. A aplicação adequada das normas
e técnicas demanda cuidado, conhecimento, ética e, principalmente, respeito pelos
leitores do texto, pois um trabalho sistematizado lhes poupa esforço e maximiza seu
tempo e compreensão. Assim, os métodos, em geral, apresentam-se como
caminhos facilitadores. Para tanto, serão apresentadas normas práticas para o
estudo, visando torná-lo cientificamente organizado.
Foram adotadas aqui as normas da ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas - para trabalhos escritos. Ademais, a Faculdade São Luiz
reservou-se o direito de fazer seus próprios ajustes, acrescentando e inovando,
naquilo em que as mesmas normas metodológicas se omitem.
Este Manual está organizado em duas partes. A primeira vai Dos conceitos
da pesquisa às normas de apresentação e se divide em quatro capítulos. O primeiro
capítulo, trata de categorias conceituais sobre a pesquisa. O segundo tem como
objeto a elaboração de um projeto de pesquisa, apresentando sua importância. No
terceiro se encontram as normas e orientações para a elaboração e padronização
gráfica de trabalhos acadêmicos. O quarto capítulo traz a estrutura do trabalho
científico. Apresenta alguns tipos de trabalhos acadêmicos, com ênfase na produção
dos TCC´s – Trabalhos de Conclusão de Curso - e seus elementos pré-textuais,
textuais e pós-textuais.
A segunda parte Das citações às referências se divide em dois capítulos. O
primeiro deles se ocupa das Normas para apresentação de citações, e o segundo
apresenta as Referências, incluindo também as Referências de citações clássicas.
Que esta obra possa contribuir no desenvolvimento de pesquisas, dentro do
nosso ambiente acadêmico, de modo que os trabalhos produzidos sejam bem
construídos, sistematicamente, atendendo às normas que aqui se apresentam,
qualificando-os ainda mais. Sendo assim, que o presente manual seja um
companheiro eficaz e agradável na grande aventura da produção de conhecimento.
Prof. Ms. Silvano João da Costa
80 ANOS DE FILOSOFIA EM BRUSQUE
A história de um novo olhar sobre o mundo
Apetecendo
fornecer
um
contributo
para
a
sociedade
local
e,
principalmente, uma formação filosófica consistente aos seminaristas, criou-se, por
iniciativa da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, o Curso
Seminarístico de Filosofia na cidade de Brusque, caracterizando-se o primeiro curso
superior de Santa Catarina.
No mesmo intento supracitado, aos vinte dias de fevereiro de 1933, deu-se
a aula inaugural do curso de Filosofia, ocorrendo uma preleção feita pelo Pe.
Roberto Bramsiepe SCJ, vindo da Alemanha para tal finalidade.
Pe. Dorvalino Koch SCJ assim refere-se:
Fiel às determinações da Igreja, a Congregação SCJ traçou, com
vigor, suas diretrizes em matéria de estudos filosóficos. Haja, para
tanto, dizem as diretrizes, um instituto adequado onde se desenvolva
um estudo público e sistemático. De cumprimento integral do
currículo. Com escolha cuidadosa dos professores, feita pelos
governos provincial e geral da Congregação.1
Num primeiro momento, as aulas do curso eram ministradas nas
dependências do Convento Sagrado Coração de Jesus, que ladeia o atual campus
da faculdade. Subsequentemente, ao ser criada a Fundação Educacional de
Brusque (FEBE), bem como a Escola Superior de Estudos Sociais (ESES), os
seminaristas da referida Congregação passaram a frequentar o curso de habilitação
em Moral e Cívica, que compreendia algumas das disciplinas filosóficas. No entanto,
em maio de 1986, tal curso passou a funcionar como Curso de Filosofia Pura, tendo
reduzida a sua carga horária, de modo a deixá-lo mais adequado à realidade dos
seminaristas.
Atrelada ao mesmo propósito, fundados e fundamentados no sonho de Pe.
João Leão Dehon (fundador da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de
Jesus), a Faculdade São Luiz (mantida pela ADBM – Associação Dehoniana Brasil
Meridional) celebra hoje os oitenta anos dessa história. No decorrer desse tempo,
foram formados inúmeros religiosos, padres, bispos e também leigos.
1
KOCH, Eloy Dorvalino. CONVENTO SCJ: contribuição à história da província de Brusque.
Florianópolis [s. n.], 1992, p. 95.
A faculdade, no intuito de “[...] contribuir, sob a inspiração de valores
cristãos, com atividades de ensino, pesquisa e extensão de elevada qualidade, para
a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento regional”,2 conta hoje, além do
curso de Filosofia, com cursos de pós-graduação lato sensu (MBA´s), associados à
ESIC (Business Marketing School) e dispõe de uma infraestrutura moderna e
arejada que possibilita o estudo e a interação entre os discentes. Ademais,
desenvolvem-se, anualmente, projetos de cunho social que demonstram o
compromisso para com a comunidade, a juventude e o meio ambiente.
Na preocupação de bem acolher a todos que por aqui passam e
prontamente atender às exigências da legislação, o prédio da instituição conta
também com elevador e rampas de acesso para possibilitar a inclusão de pessoas
com necessidades especiais.
Educar com amor e com ardor! Possibilitar aos egressos da academia um
conhecimento que lhes seja útil, atual e relevante! Formar pessoas engajadas na
construção de uma sociedade mais justa, humana e solidária! Eis os propósitos que
nortearam esse trajeto de oitenta anos e continuarão, de maneira ativa e efetiva, a
nortear a busca de um novo olhar sobre o mundo.
Renato Vieira Lima
2
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DA FAC. SÃO LUIZ, 2008/2010, p. 3.
I PARTE
DOS CONCEITOS DA PESQUISA
ÀS NORMAS DE APRESENTAÇÃO
Maria Glória Dittrich
Renato Vieira Lima
Silvano João da Costa
14
1 O QUE É PESQUISA?
Na vasta produção científica, a questão sobre o que é pesquisa tem
atravessado todos os tempos desde o surgimento da ciência. Na vida do ensino
superior, nos tempos atuais, ela é fundamental para a produção do conhecimento e
o desenvolvimento das práticas acadêmicas nas dimensões do ensino, da extensão
e da própria pesquisa, articuladas entre si.
A pesquisa implica um conjunto de atividades e procedimentos, tendo como
objetivo a solução de problemas através da construção de conhecimentos, dentro de
procedimentos científicos. “Pesquisar é [...] reunir informações necessárias para
encontrar resposta para uma pergunta e assim chegar à solução de um problema” 3
de pesquisa. A pesquisa pode ser entendida como a produção de conhecimento e
como princípio científico educativo, sendo parte integrante da formação acadêmica
no ensino superior.
1.1 Elementos da pesquisa

O problema – pergunta, dúvida, afirmação (a qual problema se quer
responder com essa pesquisa?). É o ponto de partida fundamental. Sem um
problema não há pesquisa;

o método científico – elemento estruturante da direção e forma (tipo) da
pesquisa;

os procedimentos - as atividades para estruturar a solução, a resposta
para o problema levantado;
3
BOOTH, Wayne C.; COLOM, Gregory G.; WIlLIAMS, Joseph. A arte da pesquisa. São
Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 7.
15

o planejamento – os recursos que se farão necessários para a
execução da pesquisa e a organização do tempo no processo de elaboração;

o relatório final da pesquisa – comunicação dos resultados.
1.2 Tipos de pesquisa
Todo trabalho de graduação é fruto de uma pesquisa, esta que pode
articular-se, caracterizar-se, de diversas formas ou tipos, da maneira que melhor
atenda e corresponda aos objetivos do pesquisador. Para tanto, as pesquisas
seguem algumas classificações, seja quanto à técnica empregada, aos objetivos e
aos procedimentos técnicos.
1.2.1 Classificação quanto à técnica empregada
Nesta situação, pode-se classificar uma pesquisa em Documentação Indireta
e Documentação Direta.
A Documentação Indireta caracteriza-se pela busca de dados e informações
já existentes, acerca da temática abordada. Pode utilizar-se de fontes primárias
(obras dos próprios autores/filósofos pesquisados – o que dá maior credibilidade à
pesquisa) e secundárias (obras de comentadores, onde há uma análise,
interpretação e ampliação do que já foi por eles pesquisado).
A Documentação Direta é característica das chamadas Pesquisas de
Campo, num contato direto com a realidade, coletando dados e informações
inéditas, no próprio local onde se dão os fenômenos.
1.2.2 Classificação quanto aos objetivos
Tendo em vista aquilo que se quer pesquisar, é fundamental que se
estabeleça também esse parâmetro. Nesta classificação, cabem as pesquisas:
Exploratória, Descritiva ou Explicativa.
16
A Pesquisa Exploratória “consiste em explorar o tema buscando criar
familiaridade em relação a um fato ou fenômeno, geralmente feita através de um
levantamento bibliográfico”.4 Muito comum no curso de Filosofia.
A Pesquisa Descritiva descreve um fato ou fenômeno a partir de
levantamento de dados, podendo ser através de questionários ou observação
sistemática.
A Pesquisa Explicativa procura formular uma explicação plausível para os
fenômenos, após tê-los compreendido. Preocupa-se em dizer os “porquês” dos
fatos.
1.2.3 Classificação quanto aos procedimentos técnicos
Nesta dimensão, a pesquisa pode ser Bibliográfica, Documental e
Experimental.
A pesquisa bibliográfica apodera-se de livros, periódicos, revistas, teses,
dissertações, jornais e outros meios, para se desenvolver.
A pesquisa documental se assemelha à bibliográfica, no fato de também se
utilizar de alguma fonte para que se transcorra. No entanto, diferencia-se pela
procedência de tais informações. As obras utilizadas aqui são documentos diversos
de arquivos públicos ou privados, cartas, ofícios, diários, fotografias, relatórios, etc.
A pesquisa experimental trata de investigações de pesquisa empírica,
formulando hipóteses e manipulando variáveis, através das relações de causa e
efeito. Exige um rigor quanto à técnica. É fruto da experiência, estando passível a
erros e acertos.
1.3 Desenvolvimento da pesquisa
Toda pesquisa, no seu desenvolvimento, estrutura-se nas seguintes fases:

4
Feitura do projeto e o seu planejamento;
SOUZA, Antônio Carlos de; FIALHO, Francisco Antônio Pereira; OTANI, Nilo. TCC: métodos
e técnicas. Florianópolis: Visual Books, 2007, p. 38.
17

coleta de dados (na pesquisa bibliográfica esta é a fase em que o
pesquisador capta os dados nos fichamentos, nos resumos e nos apontamentos de
textos e outros registros bibliográficos etc.);

análise e interpretação dos dados (momento em que o pesquisador faz
a organização de seus dados coletados, visando responder as questões do projeto).
Esta fase é estruturada pelas reflexões e a sistematização das ideias construídas
neste processo de forma coerente, pertinente e consistente;

relatório final (trabalho escrito a ser entregue como parte das
exigências do Curso, ou de outras instâncias de apoio à pesquisa).5
1.4 Orientador e orientando
O desenvolvimento da pesquisa para os TCC’s, Monografias em cursos de
Pós-Graduação Lato Sensu (Especialização), Dissertações e Teses em cursos de
Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado e Doutorado), ocorre a partir da orientação
de um professor que irá ajudar a conduzir o orientando, pesquisador, no seu
processo de pesquisa para o desvelamento de seu objeto. Por sua vez, o orientando
é o sujeito pesquisador diretamente responsável pela sua pesquisa. É ele quem de
fato pesquisa, aprofundadamente, a partir das orientações de seu orientador, mas,
também, a partir de suas intuições e saberes.
O papel do orientador não é fazer a pesquisa para o orientando. Mas,
efetivamente, orientá-lo no projeto de pesquisa no que diz respeito à metodologia na
construção do corpo-teórico e na análise dos dados. Esta é uma vivência acadêmica
de acolhimento e ajuda entre o orientador e o orientando, diante de suas
necessidades.
O orientador é aquele que pensa junto com seu orientando. Ele aponta
ideias, modelos teóricos e métodos para que o orientando caminhe na busca das
informações. Ele estimula o orientando a encontrar saídas para os seus problemas,
como também discute limites e possibilidades teórico-metodológicas do objeto de
pesquisa. Por sua vez, o orientando deve movimentar-se com disciplina e
entusiasmo na direção do objetivo da pesquisa.
5
Cf. SOUZA et al, 2007, p. 36-41.
18
Já na produção do projeto de pesquisa, o orientador discute com o seu
orientando a importância da delimitação do objeto de pesquisa, da clareza dos
objetivos, da adequação do referencial teórico e metodológico. Este é um momento
significativo na iniciação científica. O diálogo deve fortalecer o processo de tomada
de consciência para a sistematização da estrutura organizacional da pesquisa.
Problematizar é um exercício necessário na orientação de pesquisa. O
orientador deve ser reflexivo, minucioso na observação do desenvolvimento da
estrutura da pesquisa. Deve dialogar com o orientando sobre as questões como:
coerência, consistência, relevância e pertinência entre o objeto, os objetivos, a
metodologia, a fundamentação teórica, a análise dos resultados e as considerações
finais. Ele mostra a necessidade de clareza e objetividade na redação do texto da
pesquisa, bem como o rigor da norma culta da língua na escrita.
Muito importante na orientação é a questão dos prazos a serem cumpridos e
que já são propostos no projeto de pesquisa. O orientador e o orientando devem ter
isto bem presente e procurar se autoguiarem corresponsavelmente, pois entre o
projeto e o desenvolvimento deste, ocorre o processo inteiro da pesquisa.
A feitura do projeto já é pesquisa. Ela vai se aprofundando no avanço da
orientação como um processo de discussões, problematizações, coleta e
sistematização de dados para o desvelamento dos objetivos propostos.
Nesta caminhada, o orientador busca contato com o seu orientando e outros
pesquisadores, frequentemente, fazendo um processo de abertura de consciência
sobre a importância e compromisso para com o saber filosófico e científico.
O
orientador
e
o
orientando
tomam
uma
postura
ética
de
corresponsabilidade, respeito e solidariedade nas relações de orientação. A
honestidade e franqueza nos diálogos fazem parte do bom relacionamento e
desenvolvimento da autoafirmação dos sujeitos envolvidos com a pesquisa.
19
2 PROJETO DE PESQUISA
2.1 O que é Projeto de Pesquisa?
O projeto de pesquisa é um documento que nasce num movimento interativo
de construção criativa que, certamente, visa expressar o sonho do pesquisador a ser
realizado – a resposta para o problema proposto. É uma estrutura de elementos em
que se apresenta um conjunto de decisões (abordagens teórico-metodológicas,
estratégias, atividades etc.) organizadas num planejamento, cronologicamente
estruturado, dentro do tempo previsto para a pesquisa.
O projeto funciona como um guia do pesquisador, apontando os passos que
ele deve seguir. “Além de ser um roteiro pré-estabelecido e rigorosamente
elaborado, o projeto não é imutável, [...], o caminho percorrido ao longo da pesquisa
acaba por imprimir-lhe novas características”,6 fazendo com que o pesquisador
tenha que responder a novas exigências (perguntas).
Para formular um projeto de pesquisa é necessário ter um conhecimento,
uma determinada leitura exploratória sobre algum assunto.
2.2 Estrutura de um Projeto de Pesquisa
O projeto de pesquisa na sua organização estrutural responde às seguintes
perguntas:
 O que pesquisar? (definição do problema, base teórica e conceitual);
 por que pesquisar? (justificativa da escolha do problema – relevância e
atualidade do assunto proposto para a pesquisa);
 para
6
que
pesquisar?
(propósitos
de
estudo
–
objetivos)
GONSALVES, Elisa Pereira. Iniciação à pesquisa científica. Campinas: Alínea, 2003, p. 11.
20
 como pesquisar? (metodologia);
 quando pesquisar? (cronograma de atividades);
 com que recursos pesquisar? (orçamento);
 quem pesquisa?
(pesquisador, equipe de
pesquisa, orientadores,
coordenadores da pesquisa).
2.2.1 Título
O projeto abre sua proposta já a partir do título que revela, em síntese, a
ideia central do mesmo. Evidente, como se trata de um projeto, o título nesta fase da
pesquisa é provisório e poderá sofrer alterações assim que a pesquisa for se
desenvolvendo e atingindo maior clareza sobre o seu objeto de estudo.
2.2.2 Resumo
Deve conter no máximo 250 palavras, com breve introdução do assunto,
objetivo(s), metodologia utilizada para desenvolver a proposta e resultados
esperados. O resumo não começa com parágrafo e tem espaçamento simples.
2.2.3 Palavras-chave
No mínimo três e no máximo cinco palavras, estando estas contidas no
resumo, que bem expressem a temática abordada e facilitem a localização futura do
trabalho. Devem aparecer em caixa-alta (letras maiúsculas).
2.2.4 Objeto da pesquisa
O objeto da pesquisa implica o problema a ser pesquisado. É o assunto da
pesquisa, o qual deve ser bem delimitado e apresentado de forma clara e concisa.
O objeto de pesquisa, segundo Demo, “diz onde queremos chegar, o que
pretendemos mostrar, descobrir, testar.”7 Isto implica uma pergunta aberta, que
servirá de orientação durante o processo de pesquisa que o pesquisador irá
7
DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000, p. 161.
21
construir. Ressalta-se que esta deve apresentar o ponto exato que o pesquisador
quer pesquisar.
2.2.5 Objetivos
Os objetivos compõem uma parte do projeto, altamente relevante, para a
projeção das ações necessárias para encontrar as respostas ao problema proposto.
Eles determinam toda a pesquisa. Mostram até onde a pesquisa vai e,
especialmente, para que ela está sendo proposta, o que ela pretende alcançar. Os
objetivos, dentro do projeto de pesquisa necessitam ser flexíveis, na medida em que
vão sendo referências orientadoras na investigação. Eles se dividem em geral e
específicos. O objetivo geral perpassa todos os elementos do projeto. É o centro de
direção de todas as ações para a investigação. Ele explica objetivamente aquilo que
o pesquisador pretende realizar na pesquisa. Por outro lado, os objetivos
específicos estão diretamente relacionados com o objetivo geral. Eles dizem
respeito à futura redação de um capítulo, de um conteúdo que a pesquisa irá
contemplar. Eles são problemas específicos a serem resolvidos. Ao resolver a
proposta dos objetivos específicos, o pesquisador resolverá o objetivo geral do
projeto de pesquisa. A proposta de um objetivo sempre é iniciada por um verbo no
infinitivo, pois indicará a ação que o pesquisador irá desenvolver.
2.2.6 Introdução
A introdução é o espaço no qual se busca mostrar o objeto e apresentar sua
justificativa. Justificar significa apresentar razão suficiente para que algo tenha
acontecido ou aconteça. A justificativa, em um projeto de pesquisa, visa encontrar
motivos significativos que convençam sobre a escolha do objeto de pesquisa. Na
justificativa, o pesquisador deve apresentar, objetivamente, a importância, a
relevância e a pertinência do tema; mostrar a abrangência do assunto e sua
articulação com a realidade. Ao justificar, o pesquisador deve ser claro e conciso,
para mostrar ideias convincentes a partir de informações, conhecimentos que possui
e que sustentam o interesse do leitor, sobretudo para procurar saber o porquê da
22
pesquisa. Este momento é importante pois, visa introduzir o leitor na ideia mesmo da
pesquisa. Deve conter a(s) pergunta(s) elaborada(s) no problema de pesquisa.
2.2.7 Formulação do problema
O tema da pesquisa, a ideia central, para se transformar em pesquisa
necessita ser problematizado e objetivado em perguntas. Este procedimento é
necessário para se encontrar os pontos específicos, que se necessita para encontrar
a solução, para explicar o tema. O pesquisador, para problematizar o tema, deve,
num primeiro momento, liberar sua imaginação para poder formular muitas
perguntas. Em seguida ele relê as perguntas e pensa a extensão delas e vai
fazendo associações entre elas em ordem de importância e pertinência; logo, vai
classificando as mais potentes, que darão conta de responder às necessidades de
seu tema. Esta ação metodológica leva ao exercício de seleção final, quando se
constrói uma ou mais perguntas centrais que indicam a formulação definitiva do
objeto de pesquisa.
2.2.8 Fundamentação teórica
O referencial teórico é a revisão da bibliografia, da teoria ou teorias
selecionadas para a construção da fundamentação. Nesta parte da pesquisa, o
pesquisador vai encontrando ideias que vão se articulando na direção de cumprir
com os objetivos, hipóteses, definição conceitual de categorias que sustentam as
respostas para as perguntas correspondentes ao desvelamento explicativo do tema
da pesquisa.
A fundamentação serve de base para análise e interpretação dos
dados, sejam eles referentes a ideias dentro de teorias, ou coletados na realidade
empírica. O pesquisador deve deixar, muito claro, qual é a perspectiva teórica que
ele utilizará para realizar a sua pesquisa. Em casos de pesquisas de maior
complexidade, o pesquisador poderá se utilizar de vários referenciais teóricos
distintos que poderão dinamizar e articular diferentes segmentos da pesquisa.
23
2.2.9 Metodologia
O pesquisador, ao definir seu objeto de pesquisa, necessita descrever os
passos procedimentais de sua investigação e que o conduzirão à realização de seus
objetivos propostos. Esta parte apresenta os métodos, os meios técnicos, os
instrumentos e procedimentos a serem aplicados. É o momento em que se diz qual
é o tipo de pesquisa (bibliográfica, descritiva, experimental, prática, estudo de caso,
documental etc.). O pesquisador deve justificar o porquê da escolha do tipo da
pesquisa e apresentar o seu conceito (se bibliográfica, por exemplo, em que isso
consiste? O que é uma pesquisa bibliográfica?), como também expressar, de forma
clara, quais e como serão desenvolvidos os procedimentos passo a passo.
2.2.10 Cronograma
O cronograma implica a organização do tempo para as atividades. É
indicado prever um prazo adequado para as atividades da pesquisa, especialmente
para as diversas revisões de literatura e da produção efetiva como tal. Aqui o
pesquisador indica o período de execução das etapas da pesquisa (dia ou mês).
2.2.11 Orçamento
O pesquisador precisa levantar as necessidades e disponibilidades dos
recursos necessários para a realização de sua investigação. Entre eles, tem-se:
tempo, infraestrutura humana e financeira, materiais, bibliografias, transporte, etc. O
orçamento deve ser elaborado com muita precisão e fidelidade à realidade.
2.2.12 Referências
As referências implicam a lista de material bibliográfico e outros tipos, que
será importante para a viabilização do projeto de pesquisa. Deve-se ter a
preocupação de referendar apenas obras utilizadas no texto e devidamente citadas
nas notas de rodapé. Aquelas que contribuíram para com a pesquisa, mas não
foram direta ou indiretamente citadas, devem compor a seção “Obras consultadas”.
24
2.2.13 Observações

O projeto de pesquisa deverá ter em torno de 10 (dez) páginas, sem contar
com os anexos e/ou apêndices;

Espaçamento entre linhas: 1,5;

A impressão deve ser feita na cor preta;

Deve-se apagar todas as escritas na cor vermelha contidas no formulário - as
orientações e exemplos – (colocar tudo na cor preta) para a finalização do
projeto;

O papel deve ser no tamanho A4(21X29,7cm), branco;

Citações, referências e demais normas metodológicas deverão seguir as
normas da ABNT vigentes e as normas apresentadas neste manual.
2.2.14 Formulário do Projeto de Pesquisa
(Apêndice A)
25
3 NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS
3.1 Introdução e organização do texto
O trabalho acadêmico, segundo a ABNT, é o documento que expressa o
resultado de uma pesquisa dentro de um tema específico “e que deve ser
obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso,
programa e outros ministrados.”8 Para que se desenvolva da melhor maneira,
algumas normas de padronização metodológica devem ser seguidas. A seguir,
seguem determinadas orientações referentes à elaboração e apresentação dos
mesmos trabalhos.
3.1.1 Margens
As margens indicam a distância entre o limite do papel e o corpo do texto.
São quatro margens: superior e inferior, direita e esquerda. As margens superior e
esquerda devem ter 3 centímetros e as margens inferior e direita, 2.
3.1.2 Disposição das palavras e frases na linha
Dentre as diversas maneiras de posicionar as frases e palavras nas linhas,
no corpo dos trabalhos (no centro da linha, justificadas, alinhadas à direita ou à
esquerda), a maneira usual para qualquer trabalho acadêmico, é a justificada, de
modo que o texto inicie-se na margem esquerda e conclua-se na margem direita,
ocupando toda a linha.
8
Cf. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e
documentação trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro: [s.n.], 2003, p. 3.
26
3.1.3 Fonte
A palavra “fonte” é uma apropriação indevida da palavra inglesa fontque
significa “tipo”. Sendo assim, fonte é o tipo (gráfico) de letra que utilizamos no
computador. Algumas propriedades da fonte são: tamanho, espessura e cor.
Em trabalhos acadêmicos deve-se utilizar-se as seguintes fontes:
● Tipo de letra: Arial ou Times New Roman;
● Tamanho 10: para legendas e notas de rodapé.
● Tamanho 11: para citações diretas acima de três linhas e para a
paginação.
● Tamanho 12: para o corpo do texto.
● Cor: “Automático”, ou seja, preto.
● As impressões dos trabalhos acadêmicos devem ser feitas em folhas
brancas de papel tamanho A4 (21X29,7cm).
3.1.4 Espaçamento
Espaçamento é a quantidade de espaço que dista uma linha da outra, seja
no corpo do texto, seja nas notas de rodapé. Os editores eletrônicos de texto
oferecem procedimentos automáticos para configurar o espaçamento.
Segundo a ABNT NRB 14724, no corpo do texto, mesmo que em citações
indiretas ou diretas curtas, utiliza-se a forma de espaçamento 1,5; em contrapartida,
em citações diretas longas (com recuo), usa-se espaçamento simples (1,0), assim
como nas notas de rodapé, nas referências bibliográficas, nas legendas das
ilustrações e nos dados de identificação do trabalho na capa e na folha de rosto.
Falamos em recuar, por isso, faz-se pertinente explicar tal conceito. Recuar
é “arrastar” todo o texto, para alguns centímetros depois da margem esquerda
(como no exemplo abaixo). Utiliza-se recuo para citações diretas longas, ou seja,
citações diretas com mais de três linhas (quatro linhas ou mais). Abaixo, seguem
exemplos de espaçamento normalmente utilizados na digitação de textos.
27
Espaçamento simples (1,0):
Em torno de nós, as ciências do real estendem de maneira
desmesurada os abismos do tempo e do espaço; e elas
constantemente descobrem ligações novas entre os elementos
do universo.9
Espaçamento de 1,5 entre linhas:
Entretanto, vemos que a fidelidade aparece na contemporaneidade como um
valor cada vez mais considerado em descrédito. ZygmuntBauman, 10 importante
teórico da pós-modernidade, diz que “[...] os jovens estão crescendo com a
concepção de que o relacionamento puro e duradouro já não tem mais sentido.”11
3.1.5 Parágrafo
O Parágrafo deve iniciar-se com um centímetro e meio de recuo, em relação
à margem esquerda.
3.1.6 Paginação
Paginar significa organizar as páginas do trabalho, numerando-as segundo a
forma e no espaço reservado à paginação. Os números para a identificação das
páginas devem ser números arábicos, colocados na parte superior da página, à
direita e em tamanho 12. Nos editores de textos eletrônicos, a paginação fica no
espaço que se designa “Cabeçalho”.
A contagem das páginas deve começar a partir da Folha de Rosto (a folha
que vem logo após a capa), ou seja, a quantidade de páginas de um trabalho inclui o
9
CHARDIN, Pierre Teilhard. O meio divino: ensaio de vida interior. Tradução Celso Márcio
Teixeira. Petrópolis: Vozes, 2010, p. 11.
10
ZygmuntBauman nasceu em 1925 na Polônia, estudou sociologia e filosofia em Varsóvia. Em
1971, iniciou docência em Leds.[Cf. BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido - sobre a fragilidade dos
laços humanos. In: orelha do livro. Rio de Janeiro: Zahar, 2004].
11
BAUMAN, 2004,loc cit.
28
número de folhas utilizadas desde a Folha de Rosto. Porém, a numeração inicia-se
apenas a partir da primeira página textual, embora as anteriores, não visivelmente
numeradas, também entrem na contagem.
No Sumário, respeite-se a contagem dos números das páginas. Lembre-se,
no mesmo, deve-se utilizar a mesma fonte e o mesmo tamanho da letra do corpo de
texto.
3.1.7 Títulos
Todas as divisões do trabalho, partes, capítulos, itens e subitens, devem ser
identificadas com títulos e subtítulos. Não recebem título os seguintes elementos
pré-textuais, a dedicatória e a epígrafe.
Há títulos numerados e títulos não numerados. Os títulos sem indicativo
numérico são os dos seguintes elementos pré-textuais: errata, agradecimentos, lista
de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, resumos, sumário; e dos seguintes
elementos pós-textuais: referência bibliográfica, glossário, apêndice(s) e anexo(s).
Os demais títulos são numerados, sendo que o indicativo numérico precede
seu título, alinhado à esquerda, separado por um espaço de um caractere.
3.1.7.1 Título de parte e de capítulo
Os títulos dos capítulos, com indicativo numérico, devem ser alinhados à
esquerda e iniciam a 5 cm da margem superior (além da margem. Se somarmos
esse número a ela, teremos um espaço de oito centímetros). A escrita dos capítulos
e títulos será em letra maiúscula (CAIXA ALTA), tamanho 14. Devemos numerá-los
em ordem progressiva. Usar alinhamento “centralizar” para os Capítulos não
numerados, tais como: Sumário, Resumo, Anexos e Apêndices.
Obs.: A numeração progressiva das seções, capítulos e títulos que
compõem a divisão dos textos, nas suas especificidades, devem iniciar-se em folha
distinta.
Os títulos das subdivisões dos capítulos iniciam junto à margem esquerda,
em linha destacada por um espaço 1,5 antes e depois.
29
Quando os títulos ocuparem mais de uma linha, utiliza-se, entre essas
linhas, o espaçamento simples.
Nos trabalhos de TCC ou dissertações, cada capítulo deve abrir uma nova
página. Para os trabalhos acadêmicos da Faculdade São Luiz, a numeração dos
títulos e subtítulos dos capítulos deve ser contínua, assim como a numeração das
páginas e as notas de rodapé. Os títulos das subdivisões não podem ficar “sozinhos”
na página, devem estar acompanhados de uma linha do texto a que elas se referem.
3.1.7.2 Títulos e Subtítulos em divisões de itens e subitens
Os títulos de itens dos capítulos são numerados, alinhados à esquerda,
grafados em maiúsculas, com letra tamanho 12, em negrito. Eles assumem o nível
um da numeração progressiva.
Os subtítulos, ou seja, os títulos dos subitens dos capítulos, também são
numerados e alinhados à esquerda. Os subtítulos têm formatação diferenciada,
segundo o nível ao qual pertencem:
 Os subtítulos de nível dois têm apenas a inicial da primeira
palavramaiúscula, são grafados em tamanho 12 e em negrito.
 Os subtítulos de nível três têm apenas a inicial da primeira palavra em
maiúscula, são grafados em tamanho 12, em negrito e em itálico.
 Os subtítulos de nível quatro têm apenas a inicial da primeira palavra
em maiúscula, são grafados em tamanho 12.
Ao usar numeração progressiva, não se deve ultrapassar quatro níveis ou
dígitos (1.1.1.1).
Exemplo de numeração progressiva:
PRIMEIRA PARTE
CAPÍTULO I
1 FIDELIDADE: PROMESSA E COMPROMISSO (nível 1, maiúscula, em negrito, à
esquerda, numerado.)
30
1.1 Fidelidade criadora: disponibilidade, constância e obediência (nível 2, só a
primeira letra da primeira palavra é maiúscula; à esquerda, em negrito.)
1.1.1 Fidelidade: esperança e fé (nível 3, só a primeira letra da primeira palavra é
maiúscula; à esquerda, em negrito, em itálico.)
1.1.1.1 A promessa (nível 4, só a primeira letra da primeira palavra é maiúscula, à
esquerda)
Enumerações e listas também devem estar em recuo, como no exemplo:
a. A chegada
1) O contato
a) Procedimentos
3.1.7.3 Marcações especiais no texto
São consideradas marcações especiais no texto: as aspas, o itálico, o
negrito e o sublinhado.
a) Aspas
As aspas podem ser simples ou duplas. Cada uma delas tem uma utilização
diferente. As aspas simples são utilizadas quando se faz uma transcrição dentro de
outra, ou seja, quando já foram utilizadas as aspas duplas para uma transcrição.
As aspas duplas são utilizadas em citações com até três linhas, expressões
populares ou expressões que se deseja destacar, seja por ironia, seja por utilização
não usual da palavra. É comum utilizarem-se aspas duplas em gírias e neologismos
e para indicar um vocábulo antes de se oferecer sua definição ou conceito
(especialmente em trabalhos de exegese).
Exemplo:
31
Para Marcel a “fidelidade a uma promessa demonstra a possibilidade que
temos de ultrapassar a ‘barreira do tempo`. Isso significa dizer que a personalidade
transcende infinitamente uma disposição atual”.12
b) Itálico
O itálico deve ser utilizado para termos de origem estrangeira e destaques
intencionais (enfatizar expressões, frases ou ideias no texto). Utilizado também para
referir-se a termos próprios de determinado autor, estudado ou referendado na obra,
por exemplo:
PERSONA em Jung.
c) Negrito
O negrito deve ser usado para indicar os títulos de livros, de periódicos e de
jornais. O negrito também é utilizado para enfatizar expressões, frases ou ideias no
texto, como o itálico.
Sugere-se que as ênfases do pesquisador sejam marcadas em negrito ou
sublinhado e as ênfases do autor sejam mantidas em itálico para diferenciá-las mais
facilmente.
Porém, o negrito e o sublinhado não devem ser utilizados para indicar
palavras em outros idiomas e gírias.
Obs.: Grifos
Quando a ênfase é dada pelo autor, literalmente, no texto que se está
citando, utiliza-se a expressão “grifo do autor”. Quando o destaque é dado pelo
pesquisador e não consta no texto que se está citando, utiliza-se a expressão “grifo
nosso”. Tais expressões devem estar expressas entre colchetes, ao final da
referência da citação, na referida nota de rodapé.
Esquematizando:
12
MARCEL, Gabriel. Filosofia concreta. Tradução: Alberto Gil Novales. Madrid: Revista de
occidente, 1959, p.182.
32
ITENS DE FORMATAÇÃO
NORMAS
● Arial ou Times New Roman.
●Tamanho 10: legendas e
Fonte – Letra
notas de rodapé.
●
Tamanho
11:
citações
diretas acima de três linhas.
● Tamanho 12: corpo do
texto.
●Tamanho 12 em “Negrito”:
capítulos, títulos e subtítulos.
● Espaçamento entre Linhas:
1,5.
Parágrafo
●
Alinhamento:
“Justificar”
para o corpo de texto e
“Centralizar” para Capítulos
não numerados.
●Distanciamento da margem
no início de parágrafo: 1,5cm.
● Esquerda e Superior: 3 cm.
Margem
● Direita e Inferior: 2 cm.
● Algarismos Arábicos: 1,2,3.
Numeração de Páginas
●Início da Numeração: Folha
de Rosto.
Obs.: Não numerar páginas
de início de capítulo.
Quadro 1: Resumo das Normas de Formatação dos Trabalhos Acadêmicos –
Faculdade São Luiz.
33
4 ESTRUTURA DO TRABALHO ACADÊMICO
Além da apresentação gráfica específica, o trabalho acadêmico possui um
roteiro ou estrutura e uma linhagem própria. Neste Capítulo, classificam-se os
diversos tipos de trabalho científico utilizados na Faculdade São Luiz e se
apresentam suas estruturas, descrevendo cada uma das partes e aplicação.
No ambiente acadêmico, utilizam-se vários tipos de trabalhos, os quais
podem ser classificados conforme o seu porte, ou seja, conforme o número de
páginas e esforço de pesquisa, em trabalhos de pequeno, médio e grande porte.
Os trabalhos de pequeno porte, como fichamentos (resenhas, resumos e
esquemas) e produções textuais críticas (como avaliações, análises e comentários)
possuem de 1 a 10 páginas. Os trabalhos de médio porte, como o artigo científico,
possuem de 10 a 30 páginas. O TCC na Faculdade São Luiz deve possuir no
mínimo 30 e no máximo 60 páginas. Os trabalhos de grande porte são a dissertação
e a tese, estes devem possuir, respectivamente, cerca de 150 páginas (dissertação)
e 400 páginas (tese).
Independentemente do porte, todos esses trabalhos acadêmicos são
caracterizados por serem estruturados em três partes: elementos pré-textuais,
textuais e pós-textuais.
A primeira parte é chamada de pré-textual e nela são alocados os elementos
que vêm antes do texto. Eles se referem a título do trabalho, autor, local e data de
realização e outros elementos próprios à identificação. A segunda parte é chamada
de textual e é o próprio texto produzido. Ela é caracterizada por apresentar uma
introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. A terceira parte é chamada de
pós-textual e nela são alocados elementos informativos e acessórios. É o espaço
para a referência bibliográfica e os anexos.
34
4.1 Estrutura e descrição dos fichamentos e produções textuais críticas
Como fichamentos se entendem:
1. Fichas de leitura ou resumos (em esquemas e outras formas);
2. resenhas;
Como produções textuais críticas se entendem:
1.
Análises e comentários (de filmes, livros, palestras etc).
A estrutura destes trabalhos é a seguinte:
Parte pré-textual
Cabeçalho (na mesma página)
Título
Parte Textual
O texto com o conteúdo da Resenha,
Ficha de Leitura, Resumos e Dossiê
de Leitura.
Parte Pós-textual
Referências bibliográficas (em página
separada)
Anexos (se for o caso)
Quadro 2: Estrutura do Trabalho Acadêmico.
4.1.1 Ficha de leitura ou resumo
O resumo é uma apresentação concisa e seletiva de um texto, visando à
apreensão das principais ideias expostas. São considerados três tipos de resumos:
Resumo Indicativo, Resumo Informativo e Resumo Crítico. Cada um deles é descrito
em suas características e estrutura.
Resumo indicativo é aquele em que são apresentadas as ideias principais
de um texto a partir de palavras-chave ou frases curtas. É introduzido por uma frase
que mostra o tipo de texto (fonte) que está sendo trabalhado (livro, artigo, texto,
filme). O resumo indicativo é utilizado nos Dossiês de Leituras que pode conter
elementos críticos.
Resumo informativo é aquele em que se encontram as informações
essenciais de um texto. Envolve a seleção das partes principais e a construção de
períodos coesos e coerentes. Os exemplos, ilustrações e demonstrações do texto
35
original não devem ser colocados em textos informativos. Este é o resumo
geralmente solicitado como Fichamento.
Resumo crítico se refere ao julgamento de um trabalho quanto à forma, à
metodologia, ao conteúdo e à lógica. Difere da resenha, por não exigir a
apresentação do autor do texto resenhado e a pesquisa bibliográfica, como aquela
forma de fichamento exige.
Para fazer uma ficha de leitura, lembre-se do seguinte:
a.Identificar o título da obra que está sendo fichada ou resumida;
b.Apresentar a referência bibliográfica completa da obra resumida;
c.Lembrar-se que a primeira frase deve ser sempre explicativa, explicitando
o tema central do documento ou fazendo menção ao autor da obra;
d.Identificar as ideias principais de cada parágrafo e construir o texto a partir
delas;
e. Pôr as citações literais da obra original (que sejam breves) entre aspas
duplas;
f.Não utilizar primeira pessoa do plural e, certamente, não do singular.
4.1.2 Esquema
O esquema é uma forma de fichamento e se caracteriza por ser a síntese
de um texto em forma de itens. Também é chamado de resumo esquemático.
O esquema tem características próprias, que devem ser respeitadas:
a. Economia de palavras, evitando repetições e frases longas;
b. As ideias principais de cada parágrafo podem ser expressas através de
frases ou palavras-chave;
c. Exige análise do texto, uma vez que as ideias secundárias devem se ligar
sucessivamente umas às outras;
d. As ideias devem ser organizadas por numeração progressiva, letras ou
marcadores, como o travessão.
36
4.1.3 Resenha (ou recensão)
A resenha é um trabalho científico de alto nível. É um texto que consiste na
síntese de uma obra e sua apreciação, apontando pontos fortes e fracos e
recomendando ou não a leitura. Para elaborar uma resenha é necessário
conhecimento da obra, capacidade de estabelecer juízo de valor de forma
independente, respeitando o pensamento do autor, e conhecimento de obras de
outros autores sobre o tema.
Para a resenha, lembre-se do seguinte:
a. O título da resenha deve ser diferente do título da obra que está sendo
resenhada, mas deve estar relacionado com a mesma;
b. A referência bibliográfica completa da obra resenhada deve encabeçar o
texto;
c. Sugere-se a seguinte estrutura:
· Apresentar as credenciais do autor do texto resenhado, ou seja, apresentar
o autor da obra (breve biografia e outros dados relevantes);
· Apresentar a obra em seus aspectos formais (se está numa Coleção, Série;
a editora; a apresentação gráfica; o idioma, a tradução; o nível da linguagem e
outros elementos que se julgar importantes);
· Apresentar resumo indicativo, ou seja, o assunto do texto original;
· Apresentar a organização da obra (suas partes, capítulos, divisões);
· Apresentar resumo informativo ou síntese da obra, contendo as ideias
principais de cada parte;
· Apresentar uma apreciação, através de julgamento da obra a partir do
ponto de vista metodológico (relação entre as partes, proporção, coerência, coesão),
conteudíssimo (contribuições que trouxe, originalidade, relevância) e estético
(características da linguagem utilizada e do estilo do autor);
· Indicar o público da obra: a quem ela seria dirigida (grupo de pessoas,
cursos);
· Finalmente, apresentar os dados do resenhista (elemento opcional);
· Colocar as citações literais (que sejam breves) da obra original entre aspas
duplas. Todas as transcrições da obra resenhada devem ser citadas entre aspas e
37
com a indicação das páginas da obra entre parênteses. Se forem referenciadas
obras de outros autores, devem ser utilizadas as citações conforme as normas;
· Não utilizar primeira pessoa do plural ou do singular.
4.2 Estrutura e descrição do artigo científico e da produção monográfica
4.2.1 Artigo científico
O artigo científico é considerado o meio de comunicação mais usado no
meio acadêmico para divulgar o conhecimento gerado na atividade de pesquisa. O
seu objetivo é discutir ou apresentar fatos referentes a um projeto de pesquisa sobre
um dado problema dentro de uma área de conhecimento específica.
Quanto ao conteúdo, o artigo é um trabalho científico com autoria declarada
que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas
diversas áreas do conhecimento.
Além disso, os conteúdos que aborda não se constituem em material
suficiente para um livro, nem estão manualizados, pois normalmente se encontram
em fase de pesquisa ou discussão.
Os
artigos
científicos
são
publicações
veiculadas
em
periódicos
especializados e são textos acadêmicos completos. O público visado pelo autor do
artigo científico é a comunidade acadêmica relacionada com a área e temática
específicas. É um dos recursos mais valorizados no meio acadêmico, porque
permite aos pesquisadores expor à comunidade acadêmica e ao público em geral o
resultado de suas pesquisas. Caracteriza-se, também, pela profundidade e aspecto
técnico da análise dos questionamentos que levanta.
O artigo estende-se, normalmente, até 20 páginas ou 8.500 palavras.
O artigo científico da Filosofia diferencia-se dos artigos científicos de outras
áreas do conhecimento como os das Ciências Exatas, Ciências Biomédicas e
Ciências Sociais, não só pela temática, mas também pela sua organização.
Denomina-se a estrutura do artigo como IRDC, sigla formada pelas suas principais
partes: Introdução, Revisão de Literatura, Discussão, Conclusão.
A Introdução é a transição entre uma visão geral da disciplina (fatos
conhecidos) para a focalização do tópico específico de interesse, atraindo a atenção
do leitor. Oferece o que se chama “estado de arte” ou brevestatus quaestionis do
38
tema (não da literatura), justifica a pesquisa apresentando sua relevância e caminha
do tema geral para o recorte específico que se tratará no artigo. Oferece, também,
um pequeno resumo de cada parte do artigo e esclarece as conclusões alcançadas.
Na Revisão da Literatura são apresentados os dados coletados no estudo,
avaliados e apresentados conforme um critério (definido pelo tema, hipóteses, marco
teórico e objetivos). Normalmente se refere ao resultado da pesquisa bibliográfica do
respectivo campo do saber.
Na Discussão, interpretam-se os resultados da revisão bibliográfica em
relação ao que se avançou no conhecimento do problema e as limitações do estudo.
Finalmente, na Conclusão, retoma-se o que se apontou na introdução e
apresentam-se sugestões para outras pesquisas.
Veja-se a estrutura do artigo acadêmico:
Parte pré-textual: Sem cabeçalho, sem capa ou Folha de Rosto
· Título
· Nome do autor com credenciais em nota de rodapé
· Resumo
· Palavras-chave (descritores)
Parte textual: Deve ser dividido em itens e subitens, delimitando as partes
IRDC: Introdução, Revisão da Literatura, Discussão e Conclusão.
· Não é necessário escrever a palavra “Introdução”;
· pode ser utilizado um título que se considere adequado. A introdução deve
responder por cerca de 5 a 10% do total do artigo, ou seja, não deve ultrapassar a
extensão de duas páginas. É o último elemento a ser redigido no artigo.
· a Revisão de Literatura e a Discussão podem ser apresentadas
separadamente ou em conjunto:
Separadamente: apresente, na forma de paráfrases, resumos e diálogos
entre autores, o tema, a partir dos documentos consultados; a seguir, discuta cada
item, apresentando posições a favor e contrárias, pontos fortes e fracos;
Em conjunto: apresente, na forma de diálogos entre autores e no estilo do
parágrafo de julgamento das resenhas, o tema apresentando a ideia de certo(s)
autor(es), apresentando posições a favor e contrárias, pontos fortes e fracos;
39
· não se coloca como título “Revisão de Literatura” ou “Discussão”. Utilize
títulos criativos e adequados aos itens;
· sugere-se que, na Revisão de Literatura e a Discussão, sejam utilizadas
poucas subdivisões, no máximo três, para que o tema não fique muito fragmentado.
Em cada item utilize meta-textos (parágrafos de introdução e apresentação) e
parágrafos de ligação e conclusões parciais;
· a conclusão é a menor parte do artigo, geralmente ocupa apenas 5 % do
texto e revela o percurso metodológico, explicitando a consecução do objetivo
previsto. Não apresenta elementos novos, mas retoma o que foi apresentado no
artigo. É um “espelho” da introdução;
· devem ser utilizadas as citações das obras consultadas. Podem ser
utilizadas notas explicativas para o esclarecimento de termos e conceitos.
Parte pós-textual: Lista bibliográfica completa
4.3 Elementos pré-textuais: o que vem antes do texto
4.3.1 Cabeçalho
Alguns trabalhos de menor extensão poderão ter somente o cabeçalho para
apresentar os elementos identificadores. Isso, fica a critério de cada professor que
deve explicitar, como deseja, a identificação do trabalho solicitado.
O cabeçalho pode ser utilizado em substituição à capa e Folha de Rosto, e
nunca junto deles. Os itens devem ser apresentados em espaço simples e fonte no
tamanho 12.
Contém os seguintes elementos, na ordem apresentada:
a. Nome da Instituição por extenso (todo em maiúsculas e em negrito);
b. Nome da disciplina cursada;
c. Nome do professor;
e. Nome do aluno, por extenso;
f. Data agendada para entrega do trabalho pelo professor, utilizando barras.
40
Exemplo:
FACULDADE SÃO LUIZ
Metafísica
Professor: Ms. Luiz Carlos Berri
Acadêmico: José da Silva
Data: 17 ago. 2013
TÍTULO DO TRABALHO
Segue-se o texto do trabalho e as divisões em itens, se houver.
As folhas do trabalho acadêmico de pequeno porte devem ser juntadas
por simples grampo na extremidade superior esquerda.
4.4 Produção monográfica (TCC – Trabalho de Conclusão de Curso)
Todo trabalho escrito é uma forma de se apresentar os resultados de uma
pesquisa. Nos cursos de graduação, ao procurar-se “[...] aprimorar a formação
científica do estudante [...]”13 utiliza-se deste recurso, o TCC. Por meio dele,
integraliza-se os créditos de um curso superior e, no nosso caso, do bacharelado em
Filosofia.
Para que o trabalho ocorra e transcorra da melhor maneira possível, sem
fugir dos objetivos pré-estabelecidos e sem perder o foco do problema de pesquisa,
é fundamental que, antes da sua execução, se desenvolva um projeto de pesquisa.
Após a elaboração do projeto, a instituição de ensino superior deve, juntamente com
o acadêmico, escolher um orientador para a pesquisa (ver capítulo 2).
O trabalho, que deve conter de 30 a 60 páginas, deve ser entregue em duas
vias à Secretaria Acadêmica, uma em CD e outra impressa. O formato do texto é
monográfico e versará sobre um tema, afinado com uma linha de pesquisa, dentro
do Curso de Graduação.
Em cursos de graduação, o TCC também é entendido como Monografia.
Etimologicamente, a palavra monografia quer dizer a escrituração de um
único assunto. A monografia, segundo Salomon, foi vista como um “relatório que
13
SOUZA et al, 2007, p. 77.
41
objetivava esgotar a problemática de que tratava.”14 No entanto, pela complexidade
da construção do conhecimento na pesquisa, a priori se reconheceu e se reconhece
que nem sempre é possível esgotar um assunto em sua complexidade em uma
única pesquisa. Diante disso, é positivo entender que a monografia é um documento
científico, que registra sistematicamente a descrição de uma investigação científica.
É importante esclarecer que a feitura de uma monografia “[...] não é um exercício de
cópia de vários textos, repetindo incessantemente o que já foi dito por outro!
Também cuide do oposto: um trabalho monográfico não é a manifestação de
opiniões pessoais, sem fundamentá-las!”15 O trabalho de pesquisa na PósGraduação Lato Sensu - Especialização, implica um assunto específico, alinhado
com a área de formação do Curso e constitui-se elemento obrigatório para o
recebimento do título de pós-graduado. O trabalho é monográfico, com um número
de 35 a 70 páginas.
Na sua estrutura organizativa, a monografia tem os seguintes elementos:
Parte pré-textual
Capa (obrigatório e com 1 lauda)
Folha de Rosto (obrigatório e com 1 lauda)
Errata (opcional e com 1 lauda, ou mais)
Folha de aprovação (obrigatório e com 1 lauda)
Dedicatória (opcional e com 1 lauda)
Agradecimento (opcional e com 1 lauda)
Epígrafe (opcional e com 1 lauda)
Resumo e palavras-chave (obrigatório e com 1 lauda)
Resumo em língua estrangeira (obrigatório e com 1 lauda)
Abreviaturas e Siglas (opcional e com 1 a 2 laudas)
Sumário (obrigatório e com 1 a 2 laudas)
Parte Textual
Introdução (obrigatório e com 1 a 3 laudas)
14
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia: elementos de metodologia do
trabalho científico. 4. ed. Belo Horizonte: Interlivro, 1974, p. 219.
15
GONSALVES, Elisa Pereira. Iniciação à pesquisa científica. Campinas: Alínea, 2003, p.
31.
42
Desenvolvimento (obrigatório e com 30 a 60 laudas)
Considerações finais (obrigatório e com 1 a 3 laudas)
Parte Pós-Textual
Referência bibliográfica geral (obrigatório e com 1 a 10 laudas)
Anexos (opcional)
Apêndices (opcional)
Contracapa em branco: (obrigatório e com 1 lauda)
(Ver Apêndice B)
4.4.1 Capa
A capa é elemento obrigatório dos trabalhos de médio e grande porte e é
o primeiro elemento identificador dos trabalhos acadêmicos de médio e grande
porte. O TCC, após aprovação pela banca, deve ser encadernado em capa dura,
conforme as orientações do regulamento do TCC.
A capa deve conter, na seguinte ordem (Apêndice B – Modelo de capa):
a. Nome do autor do trabalho colocado na parte superior (no alto da página),
centralizado, apenas iniciais maiúsculas, com fonte no tamanho 14;
b. Título do trabalho centralizado, em negrito, todo em maiúsculas, fonte no
tamanho 16. Quando ocupar mais de uma linha, deve-se utilizar o espaçamento
simples no título. O título principal do trabalho deve ser claro e preciso, identificando
o conteúdo e possibilitando a indexação e a recuperação da informação. Se houver
subtítulo, deve ficar evidenciada a subordinação ao título principal. É praxe colocar o
subtítulo na linha seguinte, sem utilizar dois pontos e sem negritá-lo.
c. Nome da instituição educacional centralizado, apenas com iniciais em
maiúsculas, fonte no tamanho 14.
d. Cidade onde se situa a instituição educacional, centralizado, apenas com
iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 14.
e. Ano de conclusão do trabalho, centralizado, apenas com iniciais em
maiúsculas, fonte no tamanho 14. Entre cidade (d) e ano (e), utiliza-se espaçamento
simples.
(Ver apêndice C)
43
4.4.2 Folha de Rosto
A Folha de Rosto é elemento obrigatório dos trabalhos de médio e grande
porte e é o segundo elemento identificador do trabalho científico, contendo alguns
elementos da Capa, acrescidos de uma breve descrição do objetivo do trabalho.
Deve conter os elementos abaixo, na ordem apresentada:
a. Nome do autor do trabalho na parte superior (alto da página) centralizado,
apenas com as iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 14;
b. Título e subtítulo do trabalho, centralizado, em negrito, todo em
maiúsculas, fonte no tamanho 16;
c. Natureza do trabalho (monografia, artigo ou trabalho de disciplina),
objetivo (exigência da disciplina, exigência do curso), nome da instituição a que é
submetido; área de concentração e nome do orientador (ou professor/a que solicitou
o trabalho), período e turno. Deve ser justificado, com recuo de 7 cm, com o formato
de um retângulo, fonte no tamanho 12, espaçamento simples;
d. Cidade onde se situa a instituição educacional, nome da mesma
centralizado, apenas com iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 14;
e. Ano de entrega do trabalho, centralizado, apenas com iniciais em
maiúsculas, fonte no tamanho 14.
(Ver apêndice D)
4.4.3 Errata
Elemento opcional, utilizado para marcar erros no corpo do trabalho,
visualizados antes da entrega final. Deve seguir o seguinte modelo:
ERRATA
Folha
Linha
Onde se lê
32
3
publicacao
Leia-se
publicação
44
4.4.4 Folha de aprovação
Elemento obrigatório, constituído pelo nome do nome do autor do trabalho,
título e subtítulo (se houver), natureza, objetivo, nome da instituição, área do
conhecimento, data da aprovação, nome, título e assinatura dos componentes da
banca examinadora. (Ver Apêndice D)
4.4.5 Dedicatória
É elemento opcional. A dedicatória deve ficar em uma página separada
(exclusiva para ela), e os dizeres vêm na margem inferior da folha. Define a quem o
trabalho é dedicado. Não se coloca nesta página a expressão “Dedicatória”
como título. Apenas as letras iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 12 e
espaçamento de 1,5 linhas.
4.4.6 Agradecimentos
É elemento opcional. Refere-se às pessoas e instituições que cooperaram
para que o trabalho fosse realizado. Se forem poucos, usar a margem inferior com o
texto alinhado à direita; se forem muitos, pode-se usar toda a folha. Coloca-se nesta
página a expressão “Agradecimento” como título, sem indicativo numérico e
centralizada. Apenas as letras iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 12 e
espaçamento de 1,5 linhas. Os recuos de parágrafo são opcionais.
4.4.7 Epígrafe
É elemento opcional. É um pensamento ou frase que norteia o trabalho. Ele
deve vir entre aspas duplas, na margem inferior da página, alinhado à direita,
apenas com as iniciais em maiúsculas, fonte no tamanho 12 e com o nome do autor
da frase ou pensamento. Os recuos de parágrafo são opcionais. Podem constar
epígrafes nas folhas de abertura dos capítulos (após os títulos). Essas serão
45
apresentadas como citações com mais de três linhas (recuo de 4 cm, fonte tamanho
10, espaçamento simples).
4.4.8 Resumo e descritores (palavras-chave)
O resumo é elemento obrigatório. Trata-se da apresentação concisa e
seletiva de um trabalho científico e das palavras-chave ou descritores. Só deve ser
redigido após o término do trabalho. O resumo precede o texto monográfico e deve
ser escrito em um único parágrafo com até 250 palavras. Não usa recuo de início
de parágrafo e o espaçamento é simples. Utiliza-se letras no tamanho 12.
Deverá conter: a) objetivo do trabalho (o que se pretendeu fazer?); b)
justificativas (Por que se fez o trabalho?); c) os principais dados ou fatos que apoiam
o que se encontrou (Do que trata o trabalho?); d) indicações da metodologia (como
foi feito o trabalho?); e, e) principais conclusões, em grandes linhas (o que se
encontrou, descobriu?)
As palavras-chave ou descritores são palavras representativas do conteúdo
do trabalho, no número mínimo de três e máximo de cinco. Essas palavras têm a
função de descritores para catalogação e referência, devem estar dispostas em
caixa alta, devem ser numeradas e não negritadas.
4.4.9 Resumo em língua estrangeira
Elemento obrigatório, segundo a ABNT NBR 6028. Com as mesmas
características do resumo. Deve ser titulado, conforme o idioma (Abstract em Inglês,
Resumé em Francês, Resumen em espanhol etc).
4.4.10 Lista de abreviaturas e siglas
É opcional, porém, necessária quando se usam abreviaturas que não são de
conhecimento comum. Refere-se à relação alfabética das abreviaturas e siglas
utilizadas no trabalho, seguida de seu significado correspondente por extenso. A
lista de abreviaturas e siglas é produzida depois do término do trabalho, verificada a
coerência no uso.
46
Sugere-se que as fontes primárias e as obras de referência sejam citadas na
forma abreviada. Em trabalhos de pequeno e médio porte, no entanto, tais
procedimentos não são necessários. Caso as anotações das fontes primárias sejam
feitas através de siglas, essas devem ser indicadas em lista de abreviaturas.
Por fontes primárias entendem-se os textos-base que constituem o objeto do
estudo. Outras fontes de referência são as Sagradas Escrituras, fontes clássicas ou
institucionais, dicionários etc. Podem ser indicadas, entre parênteses ( ), por uma
sigla devidamente explicada (mencionando a edição usada) na lista de abreviaturas.
(A referência completa dessas obras será fornecida na lista bibliográfica final.) O
texto referido na abreviatura pode ser indicado pelo número ou parágrafo, pelo
capítulo e versículo ou pela página, conforme a organização da obra.
Exemplo 1 (como se fazer a abreviação de fontes primárias e montar a lista
de abreviaturas):
CIC - Codex Iuris Canonici
DHLP - Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa
Mt - Evangelho segundo Mateus
SZ - Heidegger, SeinundZeit
Exemplo 2 (como citar a fonte primária abreviada):
(CIC, cân.771)
(DHLP, “amar”)
(Mt 1,12-15)
(SZ, p.105)
4.4.11 Listas de Figuras, Gráficos, Quadros e Tabelas
Caso
sejam
utilizados
elementos
ilustrativos
na
parte
textual
(desenvolvimento) do trabalho monográfico, eles devem ser listados por tipo,
sequencialmente, nas listas de ilustrações. Esses elementos fazem parte dos
elementos textuais, como desenvolvimento, do tema em trabalhos de médio e
grande porte. São ilustrativos das argumentações e demonstrações. São eles:
Figuras, Gráficos, Quadros e Tabelas.
Figuras são os desenhos (estruturas, fluxogramas, esquemas de reações,
esquemas de relações, diagramas, etc), fotos digitais ou analógicas, mapas,
47
imagens de jornais e revistas e imagens em geral. Os desenhos devem ser feitos de
modo a ilustrar claramente a ideia que se quer passar, evitando-se formas
rebuscadas e complicadas. É necessário apresentar a referência bibliográfica, se a
figura for a reprodução de uma já publicada. Devem ser centralizadas na página e
não devem ser “quebradas” em várias páginas.
O Gráfico é a representação matemática de uma variável em função de
outra(s). Como tal deve seguir as normas da matemática. Devem-se usar linhas
visíveis, escala real. Outras orientações: evitar cores, colocar as barras de erro, só
ligar os pontos se estes representarem uma função matemática, colocar uma escala
legível e condizente com o número de algarismos significativos da medida, colocar
as unidades de forma inteligível e usando sempre o sistema internacional de
unidades, e seus símbolos. É bom lembrar que símbolos não têm flexão de plural.
Portanto, quilômetros será sempre abreviados km e não kms.
Os
Quadros
representam
forma
resumida
de
apresentar
dados,
características, graficamente. Obedecem às mesmas instruções para as tabelas a
seguir.
As Tabelas são formas resumidas de apresentar condições ou resultados
de uma coleta de dados ou de uma análise de dados. Organiza os dados e
apresenta-os de forma resumida. Ela deve ser sempre organizada de forma
compreensível para quem não conhece o trabalho. Usar o mínimo possível de
traços; evitar cores; colocar os desvios, número de algarismos significativos
condizentes com a medida; colocar as unidades de forma inteligível e usando os
símbolos do sistema internacional de unidades. É necessário indicar a fonte dos
dados expostos na tabela, centralizar a tabela e ajustar o tamanho para que seja o
mais legível possível.
Figuras, Gráficos, Quadros e Tabelas devem receber um título indicativo. Os
títulos devem ser numerados em sequência, por tipo, na ordem em que aparecem
no texto, com algarismos arábicos. Ou seja, há uma numeração específica para
cada tipo de ilustração. Os títulos indicativos devem oferecer todos os detalhes para
se entender a ilustração sem ler o texto, mas sem serem muito extensos. Os títulos
devem ser alinhados com as margens do texto, com somente a primeira letra
maiúscula, letra em tamanho 12 e espaçamento simples. A ilustração é centralizada,
mas o título indicativo segue o fluxo do texto.
48
Os significados dos símbolos, abreviaturas e siglas utilizados nas ilustrações
devem ser colocados na legenda, não na ilustração. A legenda deve vir abaixo do
título indicativo e da fonte da ilustração, ser alinhada com as margens do texto e
conter todas as informações a respeito da ilustração de modo que ela e a figura
formem um corpo independente do texto.
4.4.12 Sumário
O sumário é obrigatório. Trata-se do último elemento pré-textual. Nele se
relacionam os capítulos, divisões e subdivisões do trabalho, na ordem em que
aparecem no texto e com a indicação das páginas nas quais figuram. (Os editores
eletrônicos podem fazer o sumário automaticamente, desde que os títulos sejam
formatados como tais.) O sumário não deve ser confundido com o índice, que vem
no final do trabalho e em ordem alfabética. Deve conter os seguintes elementos:
I. A palavra SUMÁRIO centralizada, todas as letras em maiúsculas, no
tamanho 12, em negrito;
II. Os títulos alinhados à esquerda, todos em maiúsculas, letra no tamanho
12 e numerados (numeração progressiva). Entre os títulos, bem como antes e
depois do conjunto de seus subtítulos, utiliza-se um espaçamento duplo, o que
corresponde a 12 pontos antes e 12 pontos depois ao se configurar o parágrafo no
editor eletrônico de textos;
III. Subtítulos em numeração progressiva, com apenas a inicial em
maiúscula, fonte tamanho 12. Subtítulos de nível dois, negrito. Subtítulos de nível
três, negrito e itálico. Subtítulos de nível quatro, itálico. O espaçamento dentro do
conjunto dos subtítulos é simples. Entre os subtítulos e os títulos, o espaçamento é
feito por espaçamento duplo, ou seja, 12 pontos antes e 12 pontos depois;
IV. Número da página sequencial em todo o trabalho, no cabeçalho, à
direita, letra tamanho 12.
49
4.5 Elementos textuais: o texto do trabalho acadêmico
O desenvolvimento do conteúdo obedece à organização em introdução,
desenvolvimento e conclusão, observando requisitos como a gradualidade, a
coesão, a coerência e a unidade.
O corpo do texto ou a parte textual de um trabalho acadêmico, como a
monografia ou o artigo, é um relatório de pesquisa. Ou seja, esses trabalhos
escolares apresentam o resultado de uma pesquisa, relatando os passos desde a
coleta de dados (seja em campo, em documentos ou em bibliografia selecionada), a
forma de análise desses dados e as conclusões às quais se chegou. Deve
apresentar três elementos, nessa ordem: Introdução; Desenvolvimento e Conclusão.
A seguir, detalha-se cada um desses elementos.
4.5.1 Introdução
A introdução é o primeiro elemento da parte textual, mas é redigido por
último. A Introdução deve ser redigida sem subdivisões e ocupar de 5 a 10 por cento
do trabalho. É escrita no final do processo, utilizando sempre os verbos no tempo
presente. Deve ser breve e objetiva. A palavra “Introdução” deve aparecer como
título. Fazem parte dela, nessa ordem: a) apresentação dos elementos definidos no
projeto de pesquisa: tema, problema, hipótese, justificativa, objetivos, metodologia e
marco teórico; b) número de capítulos e síntese de cada capítulo; c) indicação das
possíveis conclusões.
4.5.2 Desenvolvimento
O desenvolvimento é o corpo ou o cerne do trabalho monográfico ou artigo.
Responde por 80 a 90 por cento do trabalho. É construído com argumentações e
demonstrações e a partir de uma perspectiva (ponto de vista) claramente definida.
Deve ser organizado em seções ou capítulos e estes, por sua vez, em subseções,
tantas quantas forem necessárias para que o assunto seja bem explanado. Sugerese que o trabalho seja dividido em três capítulos e estes, por sua vez, subdivididos
em, no máximo, quatro subdivisões principais, chegando a subdivisões de nível
quatro (Capítulo I; Item 1; Subitem 1.1, Subitem 1.1.1; Subitem 1.1.1.1). A palavra
50
“Desenvolvimento” não aparece no texto. Cada um dos capítulos, subtítulos e
subitens do Desenvolvimento recebe um título específico.
Para que haja equilíbrio e fluência, sugere-se que cada capítulo inicie com
breve introdução, que relate os objetivos do capítulo, indique suas partes e temas e
oriente o leitor para as possíveis conclusões daquele item. Sugere-se, ainda, que
cada capítulo termine com uma conclusão parcial e uma transição para o capítulo
seguinte. É importante que haja ligação entre cada subseção e todas elas, por seu
turno, em relação aos capítulos, a fim de se manter a unidade no texto.
Esses elementos de introdução e conclusão em cada capítulo são chamados
meta-textos e são redigidos por último. Através deles faz-se o trabalho de coesão e
coerência entre as subdivisões dos capítulos do trabalho acadêmico.
4.5.3 Considerações finais
É a análise final do trabalho em que se deve apresentar, de forma clara,
objetiva e ordenada, as conclusões apuradas no desenvolvimento da pesquisa.
Deve retomar o problema e recapitular o que foi apresentado nos outros capítulos.
A conclusão é um “espelho” da introdução. O que foi explicitado na
introdução é verificado na conclusão, e, assim, deve evidenciar o cumprimento
integral do que foi previsto na Introdução. Deve ser redigida sem subdivisões e ter
tamanho semelhante ao da Introdução. Na conclusão, não se apresentam dados
novos.
Fazem parte dela, nessa ordem: a) verificação do problema, da hipótese e
dos objetivos apresentados na introdução; b) retomada das conclusões de cada
capítulo, com pequena síntese de cada um; c) conclusões gerais; d) Indicação de
possíveis caminhos para desenvolvimentos posteriores; e, e) parágrafo de
encerramento.
4.5.4 Notas explicativas e remissivas
As notas explicativas, remissivas e bibliográficas podem ser: a) notas de pé
de página ou notas de rodapé ou b) notas de fim (no final do capítulo ou do
trabalho). Tanto nos trabalhos acadêmicos de pequeno como de médio e grande
51
porte, as explicações que sobrecarregam o texto, comentários bibliográficos,
remissivas a outras partes e outros elementos semelhantes devem ser postos em
nota e anunciados por uma chamada no texto, depois do elemento a que se referem.
A chamada vem antes da pontuação, a não ser quando esta é ponto de interrogação
ou exclamação.
4.5.5 Elementos ilustrativos
Os elementos ilustrativos (Quadros, Tabelas, Figuras, Gráficos e outros) são
desnecessários e não recomendados para os trabalhos de pequeno porte e para
artigos científicos.
Dependendo do tema e da abordagem, os elementos ilustrativos serão muito
úteis em produções monográficas, mas devem ser usados com muito critério, pois
devem ter coesão e coerência com o texto, ser bem explicitados e analisados e ser
devidamente referenciados com títulos e fonte de informações.
4.6 Elementos pós-textuais: depois que o texto terminou
Os elementos pós-textuais englobam aqueles dados e informações que se
localizam na parte final do trabalho, após a escrita do texto. Contém as fontes e
outros elementos que contribuam para a compreensão da pesquisa, inseridos como
referência bibliográfica, anexos e apêndices.
4.6.1 Anexos
É opcional. Trata-se de documento não elaborado pelo autor da pesquisa e
utilizado para provar, ilustrar ou fundamentar um texto. São incluídos nesse
elemento todos os documentos complementares ao trabalho, que esclareçam ou
comprovem o conteúdo, como: cópias de documentos, leis, decretos, pareceres,
recortes de publicações.
O anexo deve ser identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão
e respectivos títulos.
52
4.6.2 Apêndice
É opcional e se refere a textos ou informações complementares elaborados
pelo autor. São exemplos de apêndices: questionários de pesquisa, formulários,
análises estatísticas, ilustrações, tabelas, ou seja, todo o material elucidativo ou
ilustrativo, mas que não são essenciais à compreensão do texto. Deve ser
identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e respectivos títulos.
4.6.3 Glossário
É opcional. É elaborado pelo autor da pesquisa e é um documento em que
se apresentam as definições de termos e conceitos utilizados ou criados no trabalho.
4.6.4 Referências
Trata da relação dos documentos citados ao longo do texto, para a
elaboração da pesquisa. A apresentação das obras e documentos consultados deve
ser a mais completa possível, observando-se as normas de documentação da
ABNT.
As obras devem ser listadas em ordem alfabética, com espaçamento
simples na apresentação de cada obra e espaçamento 1,5 entre as entradas de
obras.
Deve-se verificar com cuidado os nomes dos autores, especialmente
aqueles de origem europeia, para a forma correta de indicação.
II PARTE
CITAÇÕES E REFERÊNCIAS
Dilson de Oliveira Daldoce
Karina Santos Vieira
Renato Vieira Lima
Silvano João da Costa
54
5 NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE CITAÇÕES
5.1 Citações
Como todo trabalho acadêmico é desenvolvido por meio de uma pesquisa,
onde informações de outros autores são recolhidas, analisadas e envolvidas no
texto,
deve-se
haver
a
preocupação
de
citá-las
e
referenciá-las
fiel
e
pertinentemente.
O intuito das citações é “exemplificar, esclarecer, confirmar ou documentar a
interpretação de ideias contidas no texto; por isso, são também denominadas
‘testemunho de autoridade.’”16
Em suma, funcionam como um localizador das obras nas quais fez-se a
pesquisa, ao mesmo tempo que atribui-se a elas a responsabilidade e os méritos
que lhes cabem.
Dentre os muitos objetivos das citações, vale destacar:
 Possibilitar o desenvolvimento do raciocínio;
 contribuir com as ideias defendidas pelo autor;
 identificar o legítimo “dono” das ideias apresentadas;
 viabilizar o acesso pleno e pronto ao texto original.
Segundo a ABNT, “[...] é indispensável que seja indicada a fonte de onde foi
extraída a citação [...].”17 Nesta perspectiva, viabilizando a padronização e
uniformidade metodológica, a Faculdade São Luiz faz opção pelas notas de
rodapé, que “[...] são indicações, observações ou aditamentos ao texto feitos pelo
16
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 10. ed.
São Paulo: Atlas, 2010, p. 91.
17
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
55
autor”18, bem como, o espaço utilizado para transcrever-se as referências das
citações contidas no corpo do texto.
No primeiro caso supracitado, o autor faz, por meio de notas de rodapé,
intervenções no texto, seja para explicar algum conceito, seja para demonstrar a
tradução de alguma palavra estrangeira, etc. Quando a intervenção vir do próprio
autor, colocar depois da mesma “[nota do pesquisador]”, caso se tenha consultado
alguma obra para formular tal conceito/intervenção, haja o cuidado de indicar a
devida referência, logo após o texto, entre parênteses.
Exemplo:
No texto:
Para tanto, a alteridade¹ deve ser levada em conta, ao analisar-se o ser.
No rodapé:
1
Alteridade: “Condição de um ser distinto de outro no seu modo de ser específico ou
no seu facto [sic] de ser numérico [...] contrapõe-se a identidade de um ser consigo mesmo.”
(LOGOS Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia. São Paulo: Verbo. 1992. 1 v. p. 187.)
Como visto anteriormente, as notas de rodapé, também chamadas de Notas
de Referência, têm a finalidade de referendar as citações utilizadas. Para tanto,
falemos mais sobre citações.
Existem dois tipos de citações:
a) Diretas
As citações diretas são cópias de fragmentos de texto de determinada obra,
de maneira idêntica e fiel. Dividem-se em Diretas Longas e Diretas Curtas.
As diretas longas são aquelas cujo tamanho é superior a três linhas.
Devem ter um recuo de quatro centímetros em relação à margem esquerda, com
letras de número 11, sem aspas e com espaçamento simples. Ademais, deve estar
separada do corpo do texto (tanto do texto que a antecede, quanto do texto que a
sucede) por uma linha em branco. Veja o exemplo:
18
SOUZA et al, 2007, p. 107.
56
__________________
4,0 cm
O rosto, ainda coisa entre as coisas, atravessa a forma que
entretanto, o delimita. O que quer dizer concretamente: o rosto falame e convida-me assim a uma relação sem paralelo com um poder
que se exerce, quer seja fruição quer seja conhecimento.19
As diretas curtas possuem tamanho igual ou inferior a três linhas, estando
no próprio corpo do texto, com aspas. Exemplo:
Em consonância com tal pensamento, deve-se conceber alteridade como o
próprio rosto, ou ainda, como “[...] o ser, o colocar-se ou constituir-se como outro”.20
b) Indiretas
Uma citação indireta é uma reprodução do pensamento de algum autor, no
entanto, sem copiar o texto do mesmo, absorvendo apenas o raciocínio do referido
autor. O pesquisador consulta o texto de uma obra, interpreta-o, analisa-o e retira as
ideias principais, fazendo um texto próprio, ou seja, não copiando parte da fonte
primária. A essa atitude, damos o nome de Paráfrase. Além da paráfrase, temos
ainda a Condensação, que é muito semelhante à paráfrase, no entanto, refere-se a
um conteúdo muito maior, é como uma síntese de capítulos ou de toda uma obra.
Uma vez que o trabalho acadêmico não pode ser fruto de conceitos e
opiniões próprias do pesquisador, as citações Indiretas se fazem presentes em
quase todo trabalho. Nas notas de rodapé, em casos de citações indiretas, deve-se
utilizar a expressão “Cf.”, que indica que o referido conteúdo desenvolvido no corpo
do texto não é da obra que se está referendando, mas está em “conformidade –
conforme, confronte, confira” com a mesma.
Exemplo de Citação Indireta (O pesquisador utilizou-se de uma obra para
desenvolver um raciocínio próprio).
No texto:
O rosto não se submete à posse e não pode ser dominado pelos meus
poderes, uma vez que em sua epifania, apresenta-se completamente resistente a
qualquer apreensão.21
19
20
LÉVINAS, Emmanuel. Totalidade e infinito. Lisboa: Edições 70, 1988, p. 8.
DICIONÁRIO DE FILOSOFIA. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1970, p. 32.
57
No rodapé:
6
Cf. LÉVINAS, Emmanuel. Totalidade e infinito. Lisboa: Edições 70, 2008, p. 8.
As orientações metodológicas que seguem, destinadas às referências de
citações e notas de rodapé, apresentam-se em conformidade com a ABNT (NBR –
Normas Brasileiras Registradas 10520 de 08/2002 e NBR 6023 de 08/2002).
5.2 Citações nas notas de rodapé
Entre a margem esquerda da página e a indicação numérica da nota de
rodapé (ou referência), deve haver um centímetro.
Ademais, as referências das citações indicadas nas notas de rodapé, devem
conter os seguintes elementos:

Último nome (sobrenome) do autor, em letras maiúsculas, seguido por
vírgula;

nome do autor, apenas com as iniciais maiúsculas (Pode ser
abreviado, contendo apenas as iniciais), seguido de ponto;

título da obra, em negrito (não negritar o ponto final), seguido de
ponto (se houver subtítulo, dois pontos);

subtítulo (se houver) sem negrito, seguido de ponto;

tradutor e organizador (se houverem), seguidos de ponto.

número da edição (se não for primeira edição) apresentado desta
forma: (2. ed.);

cidade da edição, com iniciais maiúsculas, seguida de dois pontos;

nome da editora, seguido de vírgula;

ano da publicação, seguido de vírgula;

a abreviação de página (p.) que deve ser minúscula, seguida de
ponto.
Exemplo de referência de citação, em nota de rodapé:
_________________________
13
CUYPERS, Hubert. Teilhard, pró ou contra. 2.ed. Tradução de Frei Eliseu Lopes.
Petrópolis: Vozes, 1969.
58
OBS.: Quando houver mais de um autor na obra referendada, disponham-se
seus nomes do seguinte modo (Ponto e vírgula entre os autores):
LEONEL, João; ZABATIERO, Júlio Paulo Tavares. Bíblia, literatura e linguagem. São Paulo:
Paulus, 2011, p. 21.
Além disso, quando uma obra tiver mais do que três autores, referende-se o
primeiro, apenas, e, em seguida, utilize-se a expressão latina “et al.”, que indica “e
outros”.
Exemplo:
CRUZ, Denise Viuniski da Nova et al. Deleuze vai ao cinema. Campinas: Editora Alínea, 2010,
p. 37.
5.2.1 Citação completa e citação resumida
Ao citar pela primeira vez qualquer obra, a citação deve estar completa
(como apresentada acima) na nota de rodapé. Depois de já ter sido citada uma vez,
nas demais notas, pode-se usar a forma resumida, apresentando apenas o
sobrenome do autor, o ano de publicação e o número de páginas, como no exemplo:
Citação completa:
3
LEAL, Halina Macedo. Paul Feyerabende as possibilidade racionais da ciência. Curitiba:
Editora CRV, 2011, p. 61.
Citação resumida:
4
LEAL, 2011, p. 61.
Deve-se haver o cuidado em casos de coincidência de sobrenomes entre os
autores utilizados. Neste caso, além do sobrenome, acrescente-se a inicial do
primeiro nome. Caso o problema persista (também as iniciais do primeiro nome
coincidirem), coloque-se o primeiro nome completo.
Exemplos:
REALE, M., 1989, p. 20.
REALE, G., 1994, p. 39.
SILVA, Gustavo, 1946, p. 44.
SILVA, Gabriel, 1954, p. 290.
59
5.2.2 Quando o autor tiver sido mencionado no texto
Coloque-se apenas o ano da obra, seguido do número da página, como no
exemplo:
No Texto:
Para Deleuze, “[...] a revolução científica moderna consistiu em ferir o movimento
não mais a instantes privilegiados, mas ao instante qualquer.”5
No Rodapé:
_________________________
5
2010, p. 13.
Caso haja no trabalho mais alguma obra do mesmo autor datada do mesmo
ano, acrescente-se ao ano letras do alfabeto, de maneira sequencial. Cada obra do
ano coincidente deve ter uma letra diferente. Exemplo: (2010b, p. 29).
5.2.3 – Expressões latinas nas notas de rodapé
As expressões latinas têm o intuito de facilitar a elaboração e a leitura do
trabalho, uma vez que, sendo utilizadas apropriadamente, não deixam margens para
erros e “diminuem o trabalho” do pesquisador.
Anteriormente, vimos que a primeira citação de determinada obra deve ser
completa e a segunda, resumida. A partir dai, passam a ser utilizadas as expressões
latinas.
Tais expressões não devem estar contidas no texto, com exceção do “apud”,
devem estar apenas nas notas de rodapé.
a)
Idem ou Id - Do mesmo autor, porém, obras diferentes.
Quando a obra citada for do mesmo autor da obra citada anteriormente,
substitui-se o nome do autor por essa expressão.
LÉVINAS, Emmanuel. De Deus que vem à ideia. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 48.
LEVINAS, 2008, p. 53.
Id., 2009, p. 31.
60
b)
Ibidem ou Ibid. – Na mesma obra, do mesmo autor.
Refere-se a uma outra citação do mesmo autor, presente na mesma obra,
variando apenas a paginação, conforme o exemplo:
__________________________________
11
SANTOS, José Francisco dos. Realismo e falibilismo: um contraponto entre Peirce
e Popper. Curitiba: Editora CRV, 2011, p. 25.
12
SANTOS, 2011, p. 27.
13
Ibid., p.48.
OBS.: Como pode-se perceber, o Ibid e qualquer outra expressão latina não
eliminam a citação resumida, que deve aparecer no trabalho. As expressões latinas
são utilizadas a partir da terceira citação da mesma obra (como no exemplo acima).
c)
Opus Citatum – opere citato – op. cit. – Na obra citada
Refere-se a uma obra já citada, porém, na nota de rodapé, intercalada por
uma outra. Utilizada após o nome do autor, obrigatoriamente.
__________________________
4
SOUZA, 2003, p. 7.
Id., 3005, p. 10.
6
SOUZA, op. cit., p. 18.
5
d)
Passim – Aqui e ali em diversas passagens
Utiliza-se quando faz-se necessário referendar ideias de um autor, extraídas
de diversas partes de sua obra. Isso evita a repetição da indicação das páginas.
__________________________
4
SOUZA, 2003, passim.
61
e)
Loco citato – loc. cit. – No lugar citado
Indica que a referência à citação é a mesma que a anterior, ou seja, mesmo
autor, mesma obra e mesma indicação de páginas. Deve ser indicada conforme o
exemplo:
__________________________
4
SOUZA, 2003, p. 8.
SOUZA, loc. cit.
6
Id., 2001, p. 50.
7
Ibid., p. 53-60.
5
f)
Confira – Cf. – Confronte
Sugere uma comparação ou uma conferência em relação a uma citação.
Usado, sobretudo, em citações indiretas, paráfrases de outros autores, ou para
mostrar argumentos que não se encontram explícitos no texto.
__________________________
15
Cf.. SOUZA, 2003, p. 7.
g)
Etsequentia – et seq. – Seguinte ou que segue
Expressão usada quando se menciona somente a primeira página em que a
citação figura na obra original, porém, mostra que o fragmento citado se refere
também às demais páginas em sequência. Usado em citações indiretas. Onde não
se indica o começo e o final da ideia citada. Somente em caso de paráfrase.
__________________________
9
Cf.. SOUZA, 2003, p. 9 et seq.
62
Apud – Citado por – Conforme – Segundo
h)
É a única das expressões latinas que pode figurar no texto do trabalho e não
somente no rodapé. Quando somente no rodapé não é necessário a citação
completa desde que esta tenha sido citada anteriormente. Indica uma citação de um
autor feita a partir da consulta ou leitura de outrem.
No texto:
MathewLipman apud Souza15condiciona a criança [...]
No rodapé:
__________________________
15
2001, p. 30.
Quando somente no rodapé:
____________________
15
LIPMAN, 1950 apud SOUZA, 2001, p. 30.
OBSERVAÇÃO: Abrevia-se apenas se a obra já tiver sido citada anteriormente.
OBS.: No exemplo acima, a citação foi resumida. Mas, relembrando o que foi
dito anteriormente, só resume-se citações, após já terem sido colocadas de forma
completa numa citação anterior. Logo, entende-se que este exemplo figura uma
situação da obra já ter sido anteriormente citada.
i) Omissões em Citação
Omissões em citação são permitidas quando não alteram o sentido do texto.
São indicadas pelo uso de reticências entre colchetes, [...], no início, no meio, ou no
final da citação.
No início da citação direta:
Segundo Schopenhauer “[...] o mundo é minha representação.”
63
No meio da citação direta:
Para Kant “A sensibilidade [...] é a faculdade das intuições; o Entendimento
[...] é a faculdade dos conceitos.”
No final da citação direta
“É bem mais fácil demonstrar, na obra de um grande espírito, as falhas e os
erros, que dar de sua obra um desenvolvimento claro [...].”
c) Erros Ortográficos ou gramaticais em Citação direta
Caso o pesquisador se depare com algum equivoco linguístico no fragmento
que está citando em seu trabalho, é importante que ele indique isso que lhe parece
absurdo. A expressão “sic” (advérbio latino que significa “assim mesmo”) deve ser
utilizada entre colchetes com um espaço após a palavra ou frase em questão.
Por exemplo:
“Por isso a experiência do mudo [sic] sempre é uma experiência
condicionada, formada subjetivamente, representada”.22
N.B.: A palavra correta é mundo, mas você não pode mudar, pois é uma
citação direta.
e) Ênfase ou destaque em palavras e expressões
Para destacar ou enfatizar alguma palavra ou parte de uma citação, podem
ser utilizados os recursos de negrito e itálico. Deve-se indicar ao final da referência
da citação [entre colchetes], após a indicação da(s) página(s), a expressão: “grifo
nosso”. Caso a palavra destacada conste na obra do autor original, deve-se indicar
com a expressão “grifo do autor”.
5.2.4 Outras Formas de Citação
a) Citação de Palestras, Debates, Comunicação, aulas, etc.
22
ZILLES, 2005, p. 89.
64
Quando citar alguma informação obtida através de informação verbal, devese indicar entre parênteses, a expressão da informação verbal, mencionando-se os
dados disponíveis, em nota e rodapé, conforme exemplo:
O novo medicamento estará disponível até o final deste semestre
[informação verbal]7.
____________________
7
Notícia fornecida por John A. Smith no Congresso Internacional de
Engenharia Genética, em Londres, em outubro de 2001.
b) Textos em outros idiomas e traduções
Recomenda-se que um fragmento citado de obra em outro idioma seja
colocado no texto em seu idioma original e que no rodapé seja apresentada a
tradução correspondente seguida do nome do responsável pela mesma ou da
expressão “tradução nossa” ou “tradução de...” [entre colchetes], caso o responsável
pela tradução seja o próprio autor do trabalho.
65
6 REFERÊNCIAS
Denomina-se referência à listagem dos documentos efetivamente citados no
trabalho acadêmico-científico, as obras que não foram citadas, mas consultadas,
pode-se fazer uma lista adicional usando o título “Obras Consultadas”. As
Referências são alinhadas à margem esquerda do texto, espaços simples, em
ordem alfabética e separadas entre si por dois espaços simples. Devem estar
dispostas em ordem alfabética e com dois espaços simples entre uma e outra.
6.1 Normas para elaboração de referências
6.1.1 Normas quanto à Autoria
a) UM AUTOR:
CHAUÍ, Marilena. Conformismo e resistência: aspectos da cultura popular
no Brasil. São Paulo: Brasiliense23, 199324.
23
Usa-se a expressão: sine nomine, [s.n.], no caso da editora não for identificada.
A data é indispensável à referência, por isso se não constar na obra referenciada é
necessário registrar-se uma data aproximada, entre colchetes da seguinte forma:
 Um ano ou outro – [1996 ou 1997]
 Data provável – [2001?]
 Data correta, mas não indicada no documento – [1976]
 Uso de intervalos menores de 20 anos – [entre 1970 e 1985]
 Data aproximada – [ca. 1950]
 Década certa – [196-]
 Década provável – [196-?]
 Século certo – [18-]
 Século provável – [18-?]
 Quando não constar a data da referência e não se conseguir estimar, usa-se [s.d].
24
66
Quando se referenciam várias obras do mesmo autor, sendo ele o único,
substitui-se o nome do autor das referências subsequentes por um traço equivalente
a seis espaços, seguido de ponto.
______. Espinosa: uma filosofia da liberdade. São Paulo: Moderna, 1995.
b) DOIS AUTORES OU TRÊS AUTORES:
PILETTI, Cláudio; PILETTI, Nelson. História da Educação. 2. ed. São
Paulo: Ática, 1991.
c) MAIS DE TRÊS AUTORES25:
MOSER, Paul K. et al.A teoria do conhecimento: uma introdução temática.
Tradução: Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Fontes, 2004.
d) COMO ORGANIZADOR, EDITOR, COORDENADOR, ETC.
BOHN, Hilário I.; SOUZA, Osmar de (Org.). Faces do saber: desafios à
educação do futuro. Florianópolis: Insular, 2002.
FLEURY, Maria Tereza Leme; FISCHER, Rosa Maria Bueno (Coord.).
Cultura e poder nas organizações.São Paulo: Atlas, 1989.
e) MESMO AUTOR, MESMA DATA DE PUBLICAÇÃO26:
RODRIGUES, AdyrBalastreri. Turismo e espaço: rumo a um conhecimento
interdisciplinar. São Paulo: Hucitec, 1997a.
______. Turismo, modernidade e globalização. São Paulo: Hucitec,
1997b.
25
Quando houver mais de três autores, menciona-se apenas o primeiro, acrescentando-se a
expressão et al.
26
Acrescentam-se letras minúsculas ao ano, na sequência alfabética ascendente.
67
f) AUTOR DESCONHECIDO27:
DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro. São Paulo: Câmara Brasileira do
Livro, 1993.
g) PSEUDÔNIMO:
ATHAYDE, Tristão de. Debates pedagógicos. Rio de Janeiro: Schmidt,
1931.
h)
ÓRGÃOS
GOVERNAMENTAIS,
EMPRESAS,
INSTITUIÇÕES,
CONGRESSOS:
IGREJA CATÓLICA. Fides etRatio. 7. ed. São Paulo: Paulinas, 2004.
i) SOBRENOMES COMPOSTOS:
- quando o segundo nome indica parentesco:
NIVALDO JUNIOR, José. Maquiavel, o poder: história e marketing. 4. ed.
São Paulo: Martin Claret, [s.d]
- quando o nome é espanhol:
SÁNCHES VÁZQUES, Adolfo. Ética. Tradução João Dell’Anna. 25. ed. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.
- quando ligados por hífen:
SCHERER-WARREN, Ilse.
- quando um dos nomes é adjetivo:
CASTELO BRANCO, Carlos.
- quando o nome do autor é conhecido de forma composta:
MACHADO DE ASSIS.
27
Quando se desconhece o autor (artigos de jornal sem autoria explícita, editoriais, etc.) a
entrada é feita pelo título.
68
6.1.2 Normas de referência por tipo de obra
a) MONOGRAFIAS CONSIDERADAS NO TODO
SANTOS, Hênio dos. Ser vivente: um contínuo autofazer-se, um contínuo
aprender. 2004. 103 f. Trabalho de Conclusão de Curso [Bacharelado] – Faculdade
de Filosofia, Faculdade São Luiz, Brusque, 2004.
b) DISSERTAÇÕES E TESES28
SOUZA, Nivaldo Alves de. A pedagogia de Santo Tomás e a filosofia para
crianças de Matthew Lipman. 1995. 495 p. Dissertação [Doutorado em
Filosofia],PontificiaUniversità San Tommaso D'aquino, Angelicum, Roma, 1995.
c) BÍBLIA
BÍBLIA. Português. Bíblia de Jerusalém. Tradução Centro Bíblico Católico.
34. ed. São Paulo: Paulus, 2002.
d) DICIONÁRIO
BRUGGER, Walter. Dicionário de filosofia. 2. ed. São Paulo29: Herder,
1969.
e) ENCICLOPÉDIA
ENCICLOPÉDIA Mirador Internacional. São Paulo: Melhoramentos, 1993. 20 v.
LOGOS Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia. São Paulo: Verbo. 1992. 5 v.
f) ANAIS30
CONGRESSO BRASILEIRO DE FILOSOFIA, 6.,1999, São Paulo. Meio século
de filosofia. São Paulo: Legnar, 2003. 2 v.
28
SOBRENOME do autor, Prenome e outros Sobrenomes (se houver, abreviados ou não).
Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhas ou volumes. Tipo de documento [tese,
dissertação, trabalho de conclusão de curso, etc.] (o grau) – vinculação acadêmica, Instituição, local,
ano da defesa.
29
Não sendo possível determinar o local, utiliza-se a expressão sineloco, abreviada, entre
colchetes [s.l.].
30
NOME DO EVENTO, numeração (se houver), ano, local (cidade) de realização. Título do
documento (anais, atas, etc.) Local de publicação: editora, data da publicação. número de volumes
(se houver).
69
g) ARTIGO/MATÉRIA EM REVISTA31
COVAL, Fabiano Stein. Ética e psicologia em Aristóteles. Reflexão.Os
caminhos da ética. Campinas: PUC, n. 79/80, p. 11-18, jan./dez. 2001.
h) ARTIGO/ MATÉRIA EM JORNAL32
COLOMBI, Adilson José. População urbana na Amazônia. Município Dia-aDia. Brusque, 12 abr. 2007. Opinião33, p. 2.
i) SÉRIES E COLEÇÕES
CHAUÍ, M. Leibniz: vida e obra. In: NEWTON, S. I. Princípios matemáticos;
óptica; o peso e o equilíbrio dos fluídos. LEIBNIZ, G. W. A
Monadologia;Discurso de metafísica e outros textos. São Paulo: Câmara
Brasileira do Livro, 1983. 2. ed. (Os Pensadores).
KONDER, Leandro. O que é dialética. 27. ed. São Paulo: Brasiliense, 1997.
(Primeiros Passos, 23).
j) NORMAS TÉCNICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023 34:
informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
6.1.3 NORMAS DE REFERÊNCIA - MEIOS ELETRÔNICOS / PARTES
a) DOCUMENTOS EM CD-ROM
KOOGAN, Abrahão;HOUAISS, Antônio. Enciclopédia e dicionário Koogan
Houaiss digital. São Paulo: Videolar Multimídia, 1998. 5 CD-ROM.
b) DOCUMENTOS ONLINE
Se houver identificação do autor no texto, coloca-lo antes do nome do site.
FACULDADE
SÃO
LUIZ.
História.Disponível
em:
<http:
//www.faculdadesaoluiz.edu.br/instituicao/historia.asp>. Acesso em: 3 abr. 2006.
31
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da revista. Título do fascículo, suplemento.
Local da publicação: órgão responsável, volume, fascículo, página inicial e final, data.
32
Para referenciar artigo/matéria de revista ou de jornal online, seguem-se as mesmas normas,
acrescentando-se as informações sobre o meio eletrônico pesquisado.
33
Quando não houver caderno, seção ou parte, a página da matéria ou do artigo precede a
data.
34
O título e o subtítulo devem ser apresentados como estão no documento, separados por dois
pontos. Em caso de subtítulo, apenas o título principal é grifado, podendo ser negrito ou itálico, sem
chegar aos dois pontos. Quando não existir título deve-se apresentar alguma frase ou palavra que
identifique o conteúdo do documento, entre colchetes.
70
c) PARTES DE MONOGRAFIA35
RIBEIRO, Daniel Antônio de Carvalho. Igreja: função singular na idade média.
In: ______. A idade média e a “idade média”. Brusque: [s.n.], 2003
d) PARTE DE UMA OBRA
SILVEIRA, René José Trentin. A filosofia como atitude de vida: “aprender” ou
“fazer” filosofia?In: LOMBARDI, José Claudinei (Org.). Globalização, pósmodernidade e educação: história, filosofia e temas transversais. 2. ed. Campinas,
SP: Autores Associados; Caçador, SC: UnC36, 2003. p.111-115.
e) CAPÍTULO DE LIVRO
CASSIRER, Ernst. A definição do homem nos termos da cultura humana. In:
______. Ensaio sobre o homem:introdução a uma filosofia da cultura humana. São
Paulo: Martins Fontes, 2001. cap. 6, p. 107-120.
6.1.4 Referências de citações clássicas
Para indicar a origem de uma citação feita a partir de um autor ou de uma
obra clássica, principalmente nos campos da filosofia, da teologia e da história, é
comum referenciar o texto segundo certos critérios que são universalmente válidos e
específicos para cada autor. Tais padrões de referência obedecem a nomenclaturas
e divisões que foram propostas consensualmente pelos sistematizadores das obras,
tradutores e compiladores que organizaram os escritos.
Feitas estas considerações, faz-se saber que os autores clássicos antigos,
patrísticos, medievais, aqueles renascentistas e do período moderno que gozam de
particular notoriedade, bem como santos, pontífices, reis, imperadores, religiosos,
patriarcas etc. são referenciados na citação da seguinte maneira:
NOME DO AUTOR, Título da obra (em itálico; pode ser abreviado),
referência específica de acordo com a divisão própria da obra.
EXEMPLOS:
PLATÃO,Teeteto, 183e.
PLATÃO, Parmênides, 137d-e.
35
Para referenciar monografias online, seguem-se as mesmas normas das partes de
monografias, acrescentando-se as informações sobre o meio eletrônico pesquisado.
36
Em caso de haver duas editoras, indicam-se ambas com os respectivos locais (cidades). Já
se forem três ou mais, indica-se a primeira ou a que estiver em destaque.
71
ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco, VII, 9.
ARISTÓTELES, Sobre a geração e a corrupção, 10, 372b, 29-31.
LUCRÉCIO, De rerum natura, I, 328-330; 431-434.
PLOTINO, Enéadas, VI, 9, 3.
DIÓGENES LAÉRCIO, Vida dos filósofos, VI, 11.
AGOSTINHO, De civitate Dei, XI, 26.
AGOSTINHO, A cidade de Deus, XIV, 28.
AGOSTINHO, Contra academicos, III.
AGOSTINHO, De vera religione, XXXIX, 72.
AGOSTINHO, Confessionum libri XIII, IV, 16, 31.
ANSELMO DE AOSTA, Proslogium, 2.
ALBERTO MAGNO, De natura et orig. animae, 2, 16.
EUSÉBIO DE CESARÉIA, Hist. eccl., X, 4, 68.
CLEMENTE DE ALEXANDRIA, Stromata, II, 20, 107, 2.
AVICENA, Sufficientiae, I, 6.
AVICENA, Metaphysica, VIII, 2.
AVERRÓIS, In de caelo, III, c. 67.
TOMÁS DE AQUINO, De anima, a. 2.
TOMÁS DE AQUINO, De ente et essentia, 4.
TOMÁS DE AQUINO, Boethii de Trinitate, 1, a. 7.
TOMÁS DE AQUINO, In I sententiarum, 48, 1, 1.
DANTE ALIGHIERI, Inferno, IV, 143.
BOAVENTURA, Itinerarium mentis in Deum, II, 12.
MAQUIAVEL, Discorsi sulla prima deca di Tito Livio, I, 3.
LUTERO, De captivitate babylonica ecclesiae, Edição de Weimar, VI, 527.
CAMPANELLA, De philosophia seu metaphisica, VI, 8, 14.
SUAREZ, De ult. fine hom. I, 3, 1.
BACON, Novum organon, II, 41-61.
DESCARTES, Discurso sobre o método, IV.
DESCARTES, Regulae ad directionem ingenii, regra II.
PASCAL, Pensées, 233.
SPINOZA, Ethica ordine geométrico demonstrata, I, Definitiones.
SPINOZA, Ethica, V, propositio III.
LOCKE, Ensaio sobre o entendimento humano, II, 23, 2.
72
Esta forma de referência é utilíssima dentro da pesquisa científica por
permitir que a citação seja conferida em qualquer edição ou tradução que siga a
numeração clássica, dando à produção acadêmica maior grau de cientificidade e
universalidade em suas referências. Contudo, esta forma de referência do texto não
é contemplada pelas normas da ABNT. Entende-se, então, que se deva, junto à
referência clássica, indicar também a obra que serviu para a extração da citação
(qual o tradutor, a edição etc.).
Assim, sugere-se que a forma de referência clássica apareça indicada no
texto (entre parênteses) e a referência da obra da qual a citação foi extraída seja
indicada em nota de rodapé, segundo as normas da ABNT.
EXEMPLO:
No texto:
Por potência, pode-se entender a possibilidade de uma mudança qualquer,
ou melhor dizendo, “[...] o princípio de movimento ou de mudança que se encontra
em outra coisa ou na própria coisa enquanto outra” (ARISTÓTELES, Metafísica, IV
12, 1019a, 15)1.
_______________
1
ARISTÓTELES, 2002, p. 225.
Na referência bibliográfica:
ARISTÓTELES. Metafísica. Texto grego com tradução e comentário de
Giovanni Reale. Trad. ao port. Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2002.
No texto:
Platão (Fedro, 278d)1, ao fazer referência aos sábios da Grécia arcaica
(Homero, Sólon), para os quais Fedro buscava uma denominação apropriada,
observou que seria demasiadamente excessivo chamá-los de sábios (sophós),
sendo mais adequado chamar a cada um deles de amigo da sabedoria
(philosophós) ou algo semelhante.
_______________
1
PLATÃO, 1966, p. 267.
73
Na referência bibliográfica:
PLATÃO. Diálogos: Mênon, Banquete, Fédon. Trad. de Jorge Paleikat. Rio
de Janeiro: Globo, 1966. v. 1.
No texto:
Santo Tomás lembra na sua Summatheologiae (II-II, q. 64, a. 7, ad 3)1 que
“o clérigo, mesmo se matar a outrem para se defender, é irregular, embora tenha a
intenção de se defender e não, de matar”.
OU:
O ato de matar a alguém, mesmo tendo em vista a autodefesa, demonstra
em si uma irregularidade, tal que “o clérigo, mesmo se matar a outrem para se
defender, é irregular, embora tenha a intenção de se defender e não, de matar”
(TOMÁS DE AQUINO, Sum. theo., II-II, q. 64, a. 7, ad 3)1.
_________________
1
TOMÁS DE AQUINO, 1980, p. 2549.
Na referência bibliográfica:
TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. Trad. de Alexandre Corrêa. 2. ed.
Porto Alegre: EST, Sulina; Caxias do Sul: UCS, 1980. v.5.
No texto:
O Aquinate (C. gent.III, c. 2)lembra que “[…] el impulso de todo agente se
dirige hacia algo cierto, pues de una potencia determinada no procede cualquier
acción, sino que del calor procede la calefacción y del frío la refrigeración.”1
_________________
1
TOMÁS DE AQUINO, 1953, p. 74.
Na referência bibliográfica:
TOMÁS DE AQUINO. Suma contra los gentiles. Trad. Jesus M. Pla.
Castellano. Madrid: Católica, 1953. v. 2.
74
6.1.4.1 Outros elementos de referência a obras clássicas
Depois dos elementos já indicados nas referências exemplificadas, é prática
comum, em se tratando de textos clássicos, referenciar também a coleção ou o
editor principal responsável por alguma obra significativa que contenha as obras do
autor original.
a) Citando a coleção
Essas coleções são inúmeras e se tornam conhecidas dos pesquisadores
através do seu uso. Por isso, geralmente são citadas apenas em siglas com a
respectiva indicação.
Exemplo:
AGOSTINHO, De civ. Dei VII, 26: CCL 47, 246-248; PL 41, 253-255.
Nesta citação, vê-se que após a referência da obra de Santo Agostinho
estão colocados dois pontos e em seguida uma primeira sigla assim escrita “CCL”.
Esta sigla indica a célebre coleção Corpus Christianorum. Series Latina, Turnhout
1953s. Os números que seguem dão a referência dentro desta coleção, muito
utilizada pelos pesquisadores.
A sigla “PL”, que se separa por ponto-e-vírgula da citação da coleção do
CCL, indica outra coleção muito conhecida, principalmente em assuntos de filosofia
e teologia. Indica a obra Patrologiaecursuscompletus do abade francês JacquesPaul Migne, compilada entre 1841-1864. O “L” da sigla indica a série latina, para
diferenciar da série grega, indicada como “PG”.
Outro Exemplo:
“[...] Pois Deus não cessou de tudo empreender para fazer o homem subir
até ele e fazê-lo sentar-se à sua direita”.1
_______________
1
JOÃO CRISÓSTOMO, Serm. in Gen., 2, 1: PG 54, 587D-588A.
b) Citando o editor
Algumas das citações clássicas fazem referência ao editor responsável pela
formatação da obra que se tornou padrão para o estudo crítico da mesma.
75
Exemplo:
AMBRÓSIO, De bono mortis, 4, 13-15: Schenkl 714,10-717,12.
Esta referência mostra a obra de Santo Ambrósio a partir da edição feita por
Karl Schenkl compilada na coleção Corpus Scriptorum Ecclesiasticorum Latinorum,
Wein, 1865s, conhecida pela sigla CSEL. A citação também poderia ter sido feita
assim:
AMBRÓSIO, De bono mortis, 4, 13-15: CSEL 32, 1, p. 714,10-717,12.
OBSERVAÇÃO: Para que as citações clássicas, sejam feitas com precisão
e coerência com a obra original, é necessário que se conheça a estrutura da obra e
como ela foi organizada. O mesmo é válido para as siglas das coleções, que devem
ser citadas segundo o uso padrão.
76
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho
Cientifico. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e
documentação - trabalhos acadêmicos - apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 10520: informação e documentação – citações em documentos –
apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR 6023: informação e documentação – referências - elaboração. Rio de
Janeiro, 2002.
BOOTH, Wayne C.; COLOM, Gregory G., WIlLIAMS, Joseph. A arte da pesquisa.
São Paulo: Martins Fontes, 2000.
DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.
FARINA, Raffaello. Metodologia: avviamento alla tecnica del lavoro scientifico. 4.
ed. Roma: LAS, 1986.
FRANÇA, Júnia Lessa. Manual para normalização de publicações técnicocientíficas. 7. ed. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2004.
GONSALVES, Elisa Pereira. Iniciação à pesquisa científica. Campinas: Alínea,
2003.
JANSSENS, Jos. Note di metodologia: elenco bibliografico, nota bibliografica,
stesura del testo. 3. ed. Roma: PUG, 1989.
KOCH, Eloy Dorvalino. Convento SCJ: contribuição à história de Brusque.
Florianópolis [s. n.], 1992.
MÜLLER, Mary Stela; CORNELSEN, Julce Mary. Normas e padrões para teses,
dissertações e monografias. 5. ed. Londrina: EDUEL, 2003.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DA FACULDADE SÃO LUIZ,
2008/2010.
SALOMON, Delcio Vieira. Como fazer uma monografia: elementos de metodologia
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