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CAMPINAS, DOMINGO,
15 DE NOVEMBRO DE 2015
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Fotos: Divulgação
Marcelo Marinho trocou São Paulo por Valinhos e comanda uma equipe de 50 pessoas
Luciana Caletti, CEO da LoveMondays: grandes empresas estão sediadas em Campinas
Levantamento feito pela Love Mondays mostra que remuneração
na cidade está acima dos valores praticados no restante do País
PERFIL SEMELHANTE
Campinas paga
até 35% a mais
Proximidade com São Paulo, vida mais tranquila e localização de
empresas de grande porte explicam os altos salários praticados aqui
SHEILA VIEIRA
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
[email protected]
Diretores, coordenadores e estagiários de empresas instaladas
em Campinas recebem salários
com uma diferença de até 35%
em relação à remuneração média oferecida para o mesmo cargo no restante do País. É o que
aponta uma comparação feita
com 342.180 mil profissionais
pela Love Mondays, comunidade de carreiras que possibilita
descobrir salários e a satisfação
dos funcionários das empresas.
Sob a proteção do anonimato e
sigilo, os participantes responderam a algumas perguntas, ajudando o departamento de pesquisa a formatar os dados. As in-
formações foram coletadas no
período de janeiro a outubro.
Luciana Caletti, CEO da LoveMondays, explica que a metodologia adotada envolveu calcular
a média salarial a partir das informações coletadas entre os
profissionais e posteriormente
dividindo-as pela média nacional e também em Campinas. O
objetivo da plataforma Love
Mondays é oferecer transparência aos profissionais, beneficiando a escolha no mercado de trabalho e a negociação de salários. Mais de 60 mil empresas
são citadas e avaliadas pelos funcionários.
Quanto maior os salários,
maior a diferença. Quem ocupa
uma cadeira na diretoria da empresa chega a receber 35% a
mais comparativamente aos salá-
rios pagos para a mesma função
no restante do mercado. Enquanto a média nacional para o cargo
é R$ 16,612, em Campinas os salários na função utrapassam R$
22,571, diferença de 35%.
Dos cinco cargos
avaliados, só o de
analista tem teto mais
baixo na cidade: de
R$ 22 cai para R$ 13 mil
A mudança da gestão familiar para a profissionalização em
cargos estratégicos abriu uma
oportunidade no cargo de direção de uma empresa da área de
bebidas em Valinhos, cidade vizinha a Campinas. A vaga, traba-
Campinas ainda apresenta uma remuneração inferior ao eixo Rio-São Paulo. A
boa notícia, segundo Carolina Carvalho,
sócia-diretora da Asap Recruiters em
Campinas, consultoria de recrutamento,
seleção e avaliação de executivos, é que o
mercado local já superou praças como
Sul, Centro-Oeste e Nordeste.
As variações salariais dependem do
porte e do setor de atuação da empresa.
Os segmentos de tecnologia e farma têm
apresentado uma remuneração média
mais atrativa, apoiados nos avanços dessas cadeias, diz a sócia-diretora da Asap
Recruiters.
Entre os fatores que justificam remunerações melhores para os profissionais
que atuam em empresas de Campinas está o fato de a Região Metropolitana de
Campinas ser um pólo atrativo para os negócios. Uma das razões é a proximidade
lhada durante cinco meses até
ser preenchida, oferecia uma diferença de 20% em relação à remuneração que o diretor comercial Marcelo Marinho recebia
em São Paulo. Agora ele atua
na Ultrapan, empresa de médio
porte e comanda diretamente
uma equipe de 50 pessoas. “A região é um polo industrializado e
uma forma de competir com a
Capital é oferecer uma remuneração melhor aos executivos”,
avalia. O clima na região e a
tranquilidade na cidade também pesaram na decisão do diretor.
Em Campinas, outro cargo
com remuneração acima dos valores praticados no restante do
Brasil é o de coordenador, que
remunera seus profissionais
com salários 10% acima da mé-
com a Capital e outras regiões desenvolvidas. A cidade dispõe de uma infraestrutura ampla e em constante desenvolvimento, o que atrai grandes players. Em relação ao grau de preparo dos profissionais
para as vagas em Campinas, Carolina
compara que o executivo local tem perfil
muito semelhante ao de executivo de São
Paulo e Rio de Janeiro. “É claro que, se
compararmos a perfis de outras praças,
como Nordeste e Centro-Oeste, essas habilidades diferem um pouco”, analisa.
Quando uma vaga é aberta, o o tempo para preenchimento de uma posição
de gerência é de dois meses e meio, prazo um pouco maior para coordenadores, que chega a três meses. De acordo
com Carolina, em um processo seletivo,
a Asap, após uma seleção criteriosa, costuma encaminhar entre três e cinco executivos.
dia nacional. Enquanto o mercado, de maneira geral remunera
os coordenadores com R$ 5,9
mil, aqui a faixa salarial na função ultrapassa R$ 6.503,00. De
acordo com Luciana, a região
Sudeste especialmente São Paulo e cidades nos arredores, registra uma média salarial mais alta. “Uma hipótese para uma média salarial maior do que a nacional pode ser o fato de que algumas grandes empresas são sediadas na cidade”, analisa a
CEO da Love Mondays.
Dos cinco cargos avaliados somente um não apresentou faixa
acima da média paga no mercado. O salário de analista em
Campinas tem um teto de R$
13.9 mil e, segundo Luciana, a
pesquisa recebeu informação de
salários para a mesma função
na casa de R$ 22,1 mil. São valores pagos a funcionários públicos de instituições como Banco
Central e Petrobrás, e que puxam a média salarial apresentada. “O valor de um salário é sempre o reflexo da oferta e demanda de um certo perfil de profissional. Em Campinas estão sediadas algumas empresas de tecnologia, e sabemos que esse setor continua aquecido”, pondera.
Visitada por mais de um milhão de pessoas todos os meses,
a comunidade Love Mondays gera contéudo para diversos levantamentos a partir da percepção
dos usuários. O reajuste salarial
na comparação 2014 e 2015 é
uma pesquisa em andamento e
que deverá estar concluída ainda este ano.
VAGA NO EXTERIOR
Pesquisa mostra que 79,2% de brasileiros aceitariam proposta de emprego fora do País
Mais brasileiros estão dispostos a
deixar o Brasil para abraçar uma
oportunidade de trabalho no
Exterior. De acordo com pesquisa
da Catho, o percentual de
profissionais que aceitariam uma
vaga fora do Brasil passou de
75,9% em 2014 para 79,2%
neste ano.
Também aumentou o número de
profissionais que aceitaria uma
oportunidade em outro país
mesmo sem nenhum benefício
extra, como aumento salarial ou
promoção de cargo. Esse
percentual subiu para 11,5% em
2015, ante 8,5% no ano anterior,
segundo dados da Catho.
A pesquisa mostrou ainda que
38,5% dos profissionais
entrevistados aceitaria se mudar
para o Exterior por conta de uma
proposta profissional caso ela
representasse uma oportunidade
de desenvolvimento, mesmo que
sem promoção imediata. Em
2014, esse percentual era de
34,2%.
Receber uma promoção é
condição essencial para que
29,2% dos entrevistados
aceitem uma proposta de
trabalho no Exterior, enquanto
20,8% dos profissionais não
aceitaria a mudança sob nenhum
pretexto. Os dados fazem parte
da Pesquisa dos Profissionais
Brasileiros 2015, levantamento
anual feito pela Catho.
“O cenário de crise econômica no
Brasil, somado às oportunidades
que uma oferta de emprego no
Exterior pode representar, tem
levado mais brasileiros a avaliar
positivamente a mudança para
outro país em virtude de uma
proposta de trabalho”, afirma
Murilo Cavellucci, diretor de
gente e gestão da Catho.
“Em geral, a experiência
internacional contribui para o
desenvolvimento do profissional,
que tem a possibilidade de
conhecer outra cultura, além de
vivenciar a realidade de sua
profissão em outro país. De
qualquer modo, é fundamental
avaliar com atenção todos os
prós e contras na mudança”, diz
o executivo.
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