CONGRESO
LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA
BOTÁNICA
XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL
Latinoamericano de
Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão
CONHECIMENTO DA VEGETAÇÃO ARBÓREA DO CERRADO
BRASILEIRO
AUTOR(ES):Renata Dias Françoso;Ricardo Flores Haidar;Izabel Oliveira
Souza;Daniel Costa Carneiro;Fernando Carvalho Vieira;Rafael Peixoto
Ataides;Ricardo Bomfim Machado;
INSTITUIÇÃO:
Pós-graduação em Ecologia
UnB -Engenharia Florestal
Pós-graduação em Ciências Florestais
Políticas de conservação são embasadas em informações biológicas. Quando
há deficiência de dados, os padrões norteadores dessas políticas são
obscuros, ocasionando em perda de biodiversidade. Muitas vezes,
informações biológicas são enviesadas para as proximidades dos centros de
pesquisa ou para determinados grupos taxonômicos. Ecótonos são áreas
relevantes para prospecções biológicas, pois apresentam características
diferenciadas das áreas núcleo dos biomas, sendo provável que novos
levantamentos nessas regiões incluam espécies ainda não registradas no
bioma. Realizamos uma compilação dos estudos em cerrado sensu lato e
identificamos lacunas de informações para ampliar o conhecimento de sua
vegetação
arbórea. Algumas dessas lacunas
foram
amostradas
posteriormente. Usando as localidades de levantamentos como sendo uma
espécie, fizemos um mapa de adequabilidade climática, usado para
comparar a riqueza de espécies em localidades com alta e baixa
adequabilidade climática. Foram identificadas nove lacunas e incluímos
informações para quatro dessas com inventários (Maranhão, Mato Grosso e
Minas Gerais) e dados de literatura (Goiás). A classe de menor
adequabilidade climática demonstrou riqueza significativamente maior que
as demais. Os dados de 569 localidades representaram 894 espécies
arbóreas, 291 gêneros e 79 famílias. Apenas 170 espécies ocorreram em
mais de 10% das localidades, e foram registradas 203 unicatas. As famílias
mais especiosas foram Fabaceae e Myrtaceae, e as com maior número de
gêneros foram Fabaceae e Rubiaceae. Famílias com apenas um gênero
foram comuns. As famílias mais frequentes foram Fabaceae, Vochysiaceae,
Malpighiaceae, Bignoniaceae, Apocynaceae e Myrtaceae. A maioria das
espécies é compartilhada com mais de dois biomas, seguidas das espécies
compartilhadas com a Floresta Atlântica e das espécies restritas ao Cerrado.
A curva de rarefação para as coletas no Cerrado não estabilizou. As famílias
mais frequentes no cerrado sensu lato não são as mesmas das matas de
galeria da região, sugerindo que essas fitofisionomias sejam consideradas
unidades biológicas distintas em estudos biogeográficos. A maior proporção
de espécies do cerrado compartilhada com a Floresta Atlântica sugere uma
maior proximidade histórica entre esses biomas. Os ecótonos aparentam ser
fronteiras bioclimáticas com condições favoráveis à biota de diferentes
ecossistemas, sendo de extrema relevância para a conservação. (FGBPN,
DPP-UnB, Rede ComCerrado, CNPq).
CONGRESO
LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA
BOTÁNICA
XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL
Latinoamericano de
Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão
Palavras-chave: informação biológica, lacunas de informação,
adequabilidade climática.
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