Resumos do 56º Congresso Nacional de Botânica.
Formas de vida das palmeiras de Ubatuba, SP
SIMEY THURY VIEIRA FISCH - UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
EVONI ANTUNES MONTEIRO - UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
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A família Arecaceae (Palmae) é simbolizada por seu porte elegante,
ereto e arborescente. Chamado de Pindorama (terra das palmeiras)
pelos nativos, o Brasil apresenta ao longo de sua costa uma diversidade
de formas-de-vida de palmeiras. O presente estudo procurou categorizar
as palmeiras que ocorrem no litoral norte paulista (Ubatuba, SP) quanto
ao estipe (aéreo e subterrâneo), à potencial ramificação basal (mono ou
multi-estipitada), ao porte dos indivíduos adultos (grande: > 12 m,
médio: 6 – 12 m e pequeno: < 6 m), ao estrato florestal ocupado e ao
local de ocorrência. Das 12 espécies encontradas na região somente
Attalea humilis apresenta caule subterrâneo. As espécies com estipe
solitário e grande porte são componentes do dossel florestal (Attalea
dubia, Euterpe edulis, Syagrus pseudococos e S. romanzoffiana). Por
outro lado, as palmeiras multi-estipitadas são as que apresentam porte
pequeno e ocupam o subosque (Astrocaryum aculeatissimum, Bactris
hatschbachii, B. setosa, Geonoma elegans, G. pohliana, G. gamiova, G.
schottiana). Todas as espécies foram observadas na encosta da Serra do
Mar, a não ser A. humilis, que ocorreu na encosta litorânea, e S.
romanzoffiana, na restinga alterada. Na floresta de restinga paludosa
observou-se A. aculeatissimum, B. hatschbachii, B. setosa e G. elegans
e as arbóreas E. edulis e S. pseudococos. Concluiu-se que a região
estudada não apresenta muita variação quanto as formas-de-vida das
palmeiras e que as multi-estipitadas são em maior número de espécies
que as solitárias de grande porte, componentes do dossel florestal.
Apoio: Projeto 01/06023-5 Programa Biota-FAPESP
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Resumo - Sociedade Botânica do Brasil