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XILITOL: UMA ABORDAGEM NO USO EM ALIMENTOS
ANDRESSA ZARDIN HERNANDEZ BONFADA1
JULIANA LORA2
1. Acadêmica do curso de farmácia, Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC,
Criciúma-SC
2. Farmacêutica, Docente do Curso de Farmacia, Universidade do Extremo Sul Catarinense,
UNESC, Criciúma-SC
Autora responsável: A.Z.H. Bonfada
Email: [email protected]
Resumo
O xilitol é um um poliol, com fórmula química C5H12O5, de sabor refrescante, poder
adoçante semelhante ao da sacarose, apresentando-se como um pó branco, cristalino.
Estudos demonstram que o xilitol é importante para a saúde bucal, devido à sua ação
anticariogênica e capacidade de remineralização do esmalte dentário. Também
apresenta algumas aplicações clínicas como no tratamento de infecções respiratórias,
otite média aguda, prevenção da osteoporose, tratamento da anemia hemolítica e a
possibilidade do seu emprego em dietas para diabéticos. Por todas essas razões, a
incorporação do xilitol em dietas alimentares representa benefício tanto para os que
necessitam de uma dieta controlada quanto para aqueles que, embora não tendo
distúrbios metabólicos, preocupam-se com a saúde e com o bem-estar físico. O objetivo
do presente trabalho foi estudar a substância xilitol demonstrando o seu emprego em
produtos alimentícios e verificar a aceitaçao de um produto formulado com este açúcar.
A verificação da sua aceitação em alimentos foi realizada a partir da escala hedônica de
aceitação por um grupo de acadêmicos que voluntariamente experimentaram o produto.
O resultado da analise sensorial apontou uma aceitação moderada do alimento.
Palavras-chaves: xilitol, alimentos e chocolate.
XYLITOL: AN APPROACH TO USE IN FOOD
Abstract
The xylitol is a polyol, with chemical formula C5H12O5, of refreshing flavor, sweetening
power similar to that of sucrose, presenting as a white powder, crystalline. Studies show
that xylitol is important to oral health because of its action anticariogênica and
remineralization of dental enamel, and has some clinical applications such as treatment
of respiratory infections, acute otitis media, prevention of osteoporosis, treatment of
hemolytic anemia and also its possible use in the diabetic diet. For all these reasons, the
incorporation of xylitol in diets is much benefit for those who need a controlled diet and
for those who, while not having metabolic disorders, worries about the health and
physical well-being. The aim of this study was the substance xylitol demonstrating its
use in food products and verify the acceptance of a product made with this sugar. The
verification of their acceptance of food was made from the hedonic scale of acceptance
by a group of academics who voluntarily tried the product. The results of sensory
analysis showed a moderate acceptance of food.
Key words: xylitol, foods, chocolate.
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INTRODUÇÃO
Na biosfera, há provavelmente mais carboidratos do que todas as outras matérias
orgânicas juntas, graças à grande abundância, no reino vegetal, de dois polímeros da Dglucose, o amido e a celulose. Os monossacarídeos são os carboidratos mais simples,
dos quais derivam todas as outras classes, sendo que o número de carbonos de suas
moléculas é a base da classificação, assim as trioses são os monossacarídeos mais
simples, seguidos das tetroses, pentoses, hexoses, heptoses, etc. Destes, os mais
importantes estão as pentoses (ribose, arabinose e xilose) e as hexoses (glicose,
galactose, manose e frutose) (FURIGO JUNIOR et al., 2003).
Conforme Merck (1989, apud Martinez et al., 2007) a xilose é facilmente
encontrada na fração hemicelulósica de plantas, madeiras, casca de milho, grãos de café
e em palhas, como de trigo e arroz. Esta pentose não é metabolizada pelo homem, sendo
principalmente eliminada pela urina, permitindo seu uso no estudo da adsorção dos
carboidratos. Munday (2003) apud Martinez et al. (2007) relata que a xilose pode ser
usada como substrato nas produções de etanol, xilitol, ácidos acético e lático, polímeros
de plásticos biodegradáveis, resinas e leveduras cervejeiras, entre outras.
De acordo com Lima e Berlinck (2003) o xilitol é um poliol, ou seja, um álcool
que apresenta ligado a cada átomo de carbono (C) de sua molécula, um grupo hidroxila,
formado por um átomo de oxigênio (O) e um de hidrogênio (H). Ainda segundo estes
autores, a sua fórmula química é C5H12O5, e pode ser encontrado em liquens, fungos,
algas e vegetais, sendo também um intermediário do metabolismo de carboidratos no
homem. Conforme Araújo (2007) o xilitol apresenta-se como um pó branco, cristalino,
inodoro e de sabor doce e segundo Freitas (2003) pode ser encontrado na natureza em
pequenas quantidades ou seja, inferior a 900mg/100g, sendo a sua extração um processo
economicamente inviável.
Conforme Freitas (2003) a produção de xilitol tem grande destaque pela sua
utilização na indústria alimentícia e farmacêutica. Coelho (2007) relata que a produção
de xilitol atualmente ocorre por um processo químico que envolve a redução catalítica
da xilose obtida através da hidrólise de materiais lignocelulósicos. Estes materiais, são
resíduos agrícolas formados por celulose, hemicelulose, lignina, extrativos e cinzas.
Como exemplos destes materiais têm a palha de arroz, de trigo e de cevada, casca de
algodão, bagaço de cana-de-açúcar, entre outros.
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Coelho (2007) afirma também que o processo químico exige uma pressão e
temperatura elevada, além de várias etapas de purificação, o que torna o custo elevado.
Devido a estes fatores, vários estudos estão sendo realizados com o objetivo de obter
novos métodos de obtenção de xilitol. Uma alternativa ao processo químico é a
produção biotecnológica de xilitol, por não exigir a fase inicial de purificação da xilose,
acarretando menos custos e um trabalho com condições amenas de temperatura e
pressão. Mussato & Roberto (2002) afirmam que neste processo há a utilização de
enzimas ou microrganismos específicos que atuam somente na conversão de xilose em
xilitol, o que leva a um maior rendimento em produto e, conseqüentemente facilita a sua
separação.
Na via biotecnológica são utilizados resíduos agroindustriais, como bagaço de
cana, palha de arroz, palha de trigo e sobras de eucaliptos, reduzindo os custos
financeiros e ambientais. Entre os microorganismos fermentadores de xilose em xilitol,
estão os descobertos por Ching Chiang e S. Knight em 1960, que compreendem
espécies dos gêneros Penicillium, Aspergillus, Rhizopus, Glicocladium,Byssochlamys,
Myrothecium, Neurospora, Rhodotorula, Torulopsis. Entre as leveduras (fungos)
destaca-se a do gênero Candida, pois possui maior eficácia de conversão (LIMA &
BERLINCK, 2003).
Segundo Almeida (2006), o xilitol foi sintetizado em laboratório pela primeira
vez em 1891, pelo químico alemão Emil Fischer, sendo que nesta mesma época de
acordo com Araújo (2007) M.G. Bertrand isolou o xilitol da aveia e do centeio, e por
volta de 1960 e 1970 esta substância começou a ser introduzida na dieta dos diabéticos.
A aprovação do seu uso, pela Food Drug Administration (FDA), conforme esta autora
ocorreu em 1963, sendo incluído no grupo dos substitutos do açúcar.
Em 1970 começaram a ser publicadas as primeiras pesquisas sobre a ação do
xilitol no combate às cáries. A Finlândia foi a pioneira em pesquisa e produção de
xilitol na década de 70, sendo que a produção em grande escala aconteceu em 1975,
pela empresa The Finnish Suggar Company. Em 1976 esta empresa uniu-se à Company
Hoffman La Roche, constituindo a “Xyrofin”, passando a ser considerada a possuidora
de tecnologia mais importante na produção mundial de xilitol (ARAÚJO, 2007).
A absorção do xilitol no organismo humano é lenta (5 a 15g/dia), sendo
realizada por difusão passiva e influenciando pouco nos níveis de glicemia, não sendo
degradado pelas enzimas salivares, permanecendo inalterado no estômago. Quando
atinge o intestino delgado é absorvido por transporte passivo, promovendo uma melhora
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no funcionamento do intestino grosso. O local onde ocorre a principal metabolização do
xilitol é no fígado, podendo ocorrer também no sangue. Estudos recentes comprovam
que o metabolismo do xilitol ocorre pela via pentose-fosfato, a qual é independente da
insulina (ARAÚJO, 2007).
Mussato & Roberto (2002) recomendam que a dose diária de xilitol não exceda
60g, pois doses elevadas podem produzir efeito laxativo. Almeida (2006) afirma que
quando ingerido em grandes quantidades o xilitol pode causar diarréia osmótica, porém,
transitória e em menor grau e freqüência do que a promovida pelo sorbitol e pelo
manitol, cessando logo após a interrupção do seu uso. No entanto, Mussato & Roberto
(2002) relatam que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não estabelece limite para
ingestão desse edulcorante, sendo que a Food And Drug Administration (FDA) permite
que seja utilizada a quantidade necessária para obter o adoçamento desejado.
Uma das propriedades importantes do xilitol é a sua ação anticariogênica, que
segundo Mussato & Roberto (2002) é determinada principalmente pela sua nãofermentabilidade por bactérias do gênero Streptococcus, cuja proliferação na flora bucal
torna-se então limitada. Os autores afirmam que estas bactérias são altamente
cariogênicas e desencadeam um processo infeccioso, resultando na cárie dentária. Souza
(2007) relata que a propriedade cariostática do xilitol deve-se ao fato do mesmo não ser
metabolizado por microrganismo da microbiota bucal, principalmente Streptococcus
mutans, o que impossibilita a proliferação de bactérias e consequentemente impede a
produção de ácidos que atacam o esmalte dos dentes.
Outro benefício para a saúde bucal é que o sabor agradável do xilitol estimula a
salivação, sendo que o aumento de saliva produz um aumento também dos minerais
presentes nela, promovendo uma remineralização dos dentes e reversão de cáries em
estágio inicial. A realização de lavagem bucal com solução de xilitol previne a queda de
pH da superfície dos dentes. Com o aumento da saliva e o aumento do pH aumenta
também o nível de enzimas da saliva que possuem ação bacteriostática (MUSSATO &
ROBERTO, 2002).
Como exemplo dos efeitos do xilitol na saúde bucal, citam-se o realizado por
Trindade (2005), que tinha como objetivo avaliar o efeito do uso de goma de mascar
contendo 15% de xilitol, por 30 dias, em indivíduos com altos níveis salivares de
Streptococus mutans (SM) sobre os níveis salivares de SM. Os resultados deste estudo
sugerem que o uso regular de gomas de mascar contendo 15% de xilitol por 30 dias
contribui para a redução dos níveis salivares de SM durante o período de consumo, no
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entanto, esta redução não persiste após a interrupção do seu uso. Segundo esta autora
após 2 anos de uso crônico de xilitol na dieta, houve uma redução significativa da
ocorrência de cárie no grupo que usou xilitol, quando comparado a outros dois grupos
que utilizaram sacarose e frutose.
Estas ações benéficas do xilitol para a saúde bucal comprovadas em estudos
estão incentivando a utilização desta substância em anti-sépticos bucais, cremes dentais,
pastilhas e gomas de mascar que possuem uma ação de combate às cáries.
Em um estudo Uhari et al. (1998) recrutou 857 crianças de uma creche de uma
cidade da Finlândia, sendo que estas crianças foram divididas em 5 grupos, onde o
grupo 1 utilizou xarope sem xilitol, o grupo 2 utilizou xarope com xilitol, o grupo 3
ingeriu gomas de mascar sem xilitol, o grupo 4 ingeriu gomas de mascar com xilitol e o
grupo 5 recebeu pastilhas contendo xilitol. O estudo verificou que a ocorrência de OMA
foi menor nos grupos em que o xilitol estava incluso, tanto no xarope, como em gomas
ou pastilhas, concluindo também que o açucar citado pode contribuir para a prevenção
de OMA, bem como reduzir o risco de ocorrencia e diminuir a necessidade de
antibioticoterapia.
Estudos realizados por Mattila et al. (1998,a) onde se utilizou uma
suplementação de 10 a 20% de xilitol na ração de ratas que tiveram seus ovários
retirados, constataram que há um aumento na massa óssea, preservação dos minerais
dos ossos, com conseqüente preservação das suas propriedades, uma vez que o
enfraquecimento é evitado. Estes autores afirmam que o xilitol estimula a absorção de
cálcio pelo intestino, facilitando desta forma a sua passagem do sangue para os ossos,
prevenindo, portanto, a osteoporose. Mattila et al. (1998,b) relatam que a prevenção da
osteoporose em pessoas de meia-idade pode ser realizada através da implementação de
uma dose diária de e 40g de xilitol na alimentação.
Segundo Lima e Berlinck (2003) o xilitol pode ser utilizado também no
tratamento da anemia hemolítica, na qual há uma deficiência na enzima glicose-6fosfato-desidrogenase (G6PDH). Esta enzima, conforme Mussato e Roberto (2002) é
importante para a sobrevivência das células, uma vez que é ela que mantém o nível
adequado da coenzima NADPH. A incapacidade das células de regenerar o NADPH
leva à uma diminuição dos eritrócitos. No entanto, o xilitol pode ser usado por pessoas
com deficiência de G6PDH, pois o seu metabolismo não requer essa enzima, garantindo
a presença de NADPH nas células e mantendo os eritrócitos íntegros.
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Outro efeito terapêutico do xilitol está relacionado às infecções respiratórias.
Mussato e Roberto (2002) relatam que o líquido pleural que reveste os pulmões
internamente contém substâncias que possuem a função de eliminar as bactérias que são
inaladas. No entanto, quando há um aumento de sais neste líquido esta atividade
antimicrobiana é inibida, podendo ocorrer infecções.
De acordo com Zabner et al (2000) o xilitol não é metabolizado por uma boa
parte de bactérias, causando uma diminuição de sais no líquido pleural, aumentando a
capacidade dos pulmões combaterem as bactérias, prevenindo a ocorrência de infecções.
Os mesmos autores realizaram um estudo onde procurou-se comparar os efeitos de um
spray nasal contendo xilitol, e outro apenas solução salina no número de Staphylococos
através de Swab nasal. A carga bacteriana mostrou-se significativamente reduzida com
a aplicação de spray nasal com xilitol, em comparação com a solução salina.
Uma característica interessante do xilitol é o seu valor negativo de calor de
dissolução (–34,8 cal.g –1), o que lhe confere um agradável efeito refrescante. Apresenta
solubilidade em água próxima à da sacarose (195 g/100 g água a 20 °C) e é excelente
agente redutor de atividade de água (aw), devido à capacidade de suas hidroxilas se
ligarem à água, o que pode conferir uma maior conservação do produto (CÂNDIDO &
CAMPOS, 1996; MARSHALL & GOFF, 2003).
Outra vantagem é que, devido à ausência de grupos aldeídicos ou cetônicos em
sua molécula, o xilitol não participa de reações com aminoácidos, conhecidas como
reações de “Maillard”. Isto significa que ele não sofre reações de escurecimento não
enzimático, que provocam diminuição do valor nutricional das proteínas (MODESTA,
1994). Dessa forma, recomenda-se sua utilização na manufatura de produtos nos quais
as reações de Maillard são indesejáveis, tais como os alimentos infantis obtidos por
secagem.
Segundo Mussato & Roberto (2002) na indústria farmacêutica, o xilitol pode ser
empregado como adoçante ou excipiente na formulação de xaropes, tônicos e vitaminas.
No entanto Parajó et al.(1998) relatam que como o seu preço é relativamente mais alto
que o da sacarose e do sorbitol (custo de produção cerca de 10 vezes superior), ele pode
ser utilizado com outros polióis que atuam como agentes de corpo da mistura.
O xilitol possui também algumas aplicações clínica na dieta de pacientes
diabéticos, pois Mussato & Roberto (2002) relatam que o xilitol difere dos outros
açúcares convencionais, pois não depende da insulina para ser metabolizado, já que as
principais vias pela qual é absorvido (fígado e intestino) não são mediadas pela insulina.
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Segundo os autores, a ingestão de 60g de xilitol por pacientes diabéticos através da
alimentação diária não promove um aumento significativo da glicemia. Desta forma, o
xilitol pode ser um importante ingrediente na formulação de alimentos para o consumo
de portadores de diabetes.
Em relação aos aspectos legais do xilitol, Araújo (2007) relata que em 1998 a
FDA e a OMS liberaram o uso do mesmo, com a recomendação de uma dose diária
máxima de 50 mg. Conforme Lima e Berlinck (2003) no Brasil o composto foi
aprovado como produto dietético em 1980. De acordo com a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA), através da RDC nº 3, de 2 de janeiro de 2001, o xilitol
é um aditivo do tipo edulcorante natural que pode ser empregado em balas, confeitos e
goma de mascar, na quantidade necessária para se obter o efeito desejado (“quantum
satis”), (BRASIL, 2001).
Cresce a cada dia o número de pessoas que, por motivos diversos, necessitam
diminuir ou cessar o consumo diário de sacarose. Devido a este fato, muitos estudos
estão sendo feitos a fim de desenvolver produtos que possam, satisfatoriamente, atuar
como seus substitutos. Sendo assim, a utilização de edulcorantes em substituição do
açúcar objetiva produzir alimentos ou bebidas de valor energético reduzido, já que o
poder edulcorante dos mesmos pode ser entre 150 e 600 vezes superior ao do açúcar e
conseqüentemente a quantidade utilizada será muito inferior. Dentre os adoçantes
naturais que reduzem as calorias da dieta, encontram-se o xilitol, o sorbitol e o manitol
que são alcoóis de açúcar obtidos pela hidrogenação da xilose, redução da glicose e
frutose, respectivamente, fornecendo 4 cal/grama.
Como o xilitol possui efeito adoçante semelhante ao da sacarose e superior ao de
outros adoçantes, como sorbitol e o manitol (Lima e Berlinck, 2003) ele pode atuar
como substituto desses adoçantes.
Um produto que agrada aos mais variados paladares, de todas as faixas etárias e
de qualquer classe social é o chocolate tradicional, mas torna-se restrito seu consumo
por muitas pessoas, devido ao seu valor calórico. O chocolate é um produto obtido a
partir do cacau, fruto do cacaueiro, originário da América do Sul e produzido em larga
escala no Brasil. Embora a origem do cacau seja obscura sabe-se que já era consumido
pelos astecas e maias antes dos espanhóis o levar para a Espanha e todo o resto da
Europa.
De acordo com Ortolani (2008), para se obter um chocolate diet e light com
qualidade, é necessário o emprego de ingredientes de baixa caloria, capazes de substituir
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a sacarose, sem causar prejuízo ao sabor e às características físicas quando comparado
ao chocolate tradicional. Estes ingredientes substitutos estão divididos em dois grupos
distintos de compostos: os edulcorantes de alta intensidade e os edulcorantes de baixa
intensidade, também denominados de agentes de corpo.
Um alimento diet não significa necessariamente um alimento menos calórico;
são aqueles nos quais há a eliminação de um ou mais ingredientes da fórmula original.
Os alimentos diet são classificados como alimentos para fins especiais com restriçao de
algum nutriente (BRASIL, 1998) indicados para pessoas que necessitam restringir
consumo de algum ingrediente, como os diabéticos que não podem ingerir açúcar, e os
hipertensos que não devem consumir muito sal. Já nos alimentos light há redução
mínima de 25% de algum ingrediente.
O xilitol é considerado um alimento funcional quando adicionado em gomas de
mascar, sendo que segundo ANVISA, através da RDC nº 18, de 3 de dezembro de 1999,
alimento funcional é todo alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais
básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos,
fisiológicos ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem
supervisão médica.
É possível encontrar no mercado vários produtos que contém xilitol em sua
formulação. Na área de dentifrícios podemos destacar os cremes dentais Fluotrat® (um
produto nacional) e Dentfresh®, entre outros. Existem também guloseimas formuladas à
base de xilitol como, por exemplo, o chiclete Trident® e a bala Smints®. Uma inovação
interessante no uso do xilitol em alimentos é a utilização deste na fórmula original do
chocolate, em substituição de outros edulcorantes.
O presente estudo objetivou formular ou incorporar o xilitol em um chocolate e
verificar mediante análise sensorial de alimentos, sua aceitação por um grupo de
universitários.
MATERIAL E MÉTODOS
Duas amostras de chocolate foram preparadas no Laboratório de Nutrição e
Dietética da UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense – Criciúma/SC e
numeradas de acordo com a ordem em que foram obtidas, com xilitol e sem xilitol.
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Para o preparo da amostra com xilitol, utilizou-se 500g de chocolate meio
amargo mais xilitol na proporção de 10% e a amostra sem xilitol foi preparada somente
com chocolate meio amargo.
A proporção da amostra com xilitol foi determinada com base na RDC nº 3, de 2
de janeiro de 2001, a qual estabelece que a quantidade de xilitol deve ser necessária para
se obter o efeito desejado, ou seja, “quantum satis”.
Participaram da avaliação sensorial, 14 julgadores, estudantes universitários da
disciplina de Bromatologia da 3ª fase do curso de farmácia, com idades entre 19 e 25
anos.
Os testes utilizados na pesquisa foram: escala hedônica e escala de atitude ou de
intenção (ABNT, 1998) conforme anexo I. O teste da escala hedônica de aceitação
expressa o grau de gostar ou de desgostar de um produto e a escala de atitude ou de
intenção, o indivíduo expressa sua vontade em consumir, adquirir ou comprar, um
produto que lhe é oferecido.
A aceitabilidade para cada atributo foi computada e expressa em porcentagem.
Para o total de respostas, foi considerado como "gostou" os seguintes pontos da escala
hedônica de 9 pontos: gostei ligeiramente, gostei moderadamente, gostei muito e gostei
muitíssimo, e para o "desgostou" os pontos: desgostei ligeiramente, desgostei
moderadamente, desgostei muito e desgostei muitíssimo. A aceitabilidade foi
considerada como ótima quando esteve acima de 90%, boa acima de 80%, moderada
acima de 70% e, razoável acima de 60%.
A freqüência de consumo da mesma forma que a aceitabilidade foi expressa em
porcentagem. Sendo consideradas como “freqüente” os pontos: comeria sempre,
comeria muito freqüentemente e comeria freqüentemente, para “raramente” foram
considerados os pontos raramente, muito raramente e nunca comeria.
As amostras foram apresentadas aos julgadores e foi solicitado que as
avaliassem com relação às escalas propostas.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O teste realizado para quantificar a aceitabilidade do publico selecionado para
amostra com xilitol demonstrou que 70,5% dos julgadores classificaram a amostra
como “gostei”, 23,5% “desgostei” e 6% “não gostei, nem desgostei”. Sendo que os
resultados da avaliação da aceitação do chocolate com xilitol estão representados no
Gráfico 1.
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Gráfico 1. Aceitabilidade em aspectos gerais do consumo de chocolate com Xilitol.
Como os maiores valores da escala hedônica equivalem a gostar da amostra,
pode-se notar que em relação à avaliação de aceitação, a amostra com xilitol (Gráfico 1)
expressou maior gama de resultados do que a amostra sem xilitol (Gráfico 2). Contudo,
analisando apenas a amostra com xilitol observamos a expressiva diferença entre o
gostar e o desgostar, sendo que o gostar apresentou três vezes mais aceitabilidade que o
desgostar.
Na amostra sem adição de xilitol o resultado para a classificação “gostei” foi de
100%, esta unanimidade pode ser justificado pelo fato do sabor do chocolate já ser
conhecido, não alterando assim, a tradicionalidade do produto.
Observa-se que em nenhuma das amostras houve a não aceitação do produto,
podendo-se dizer que tanto a amostra com xilitol e aquela sem xilitol agradaram aos
experimentadores.
Em relação à freqüência de consumo para amostra com xilitol, o teste realizado
demonstrou que 11,8% dos julgadores classificaram a amostra como “freqüente”, 64,7%
“ocasionalmente” e 23,5% “raramente” conforme Gráfico 3.
Gráfico 2. Intenção de freqüência de consumo de chocolate com Xilitol.
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O Gráfico 4 para a intenção de freqüência de consumo de chocolate sem xilitol
expressa que 76,5% dos julgadores classificam a amostra como “freqüente”, 23,5%
“ocasionalmente”, não tendo julgadores que a classificaram como “raramente”.
A relação de consumo para as amostras com e sem xilitol demonstra a
preferência cerca de sete vezes maior para amostra sem xilitol, isso pode ser justificado
pelo fato da aceitabilidade também ser mais relevante para a amostra sem xilitol.
Gráfico 3. Intenção de freqüência de consumo de chocolate sem Xilitol.
A discrepância apresentada entre aceitabilidade e freqüência de consumo, pode
ser devido à leve sensação de frescor que esta substancia proporciona, uma vez que
raramente esta sensação é associada ao consumo de chocolate. Outra hipótese pode ser o
fato de a primeira prova disponibilizada aos julgadores ser a amostra sem xilitol,
podendo assim, ter alterado o julgamento da amostra subseqüente, ou seja, com adição
deste edulcorante.
CONCLUSÃO
Como pode-se observar, várias pesquisas revelam resultados promissores em
relação aos benefícios do xilitol no tratamento de vários problemas, tanto na área da
odontologia, bem como em diversas áreas, dentre elas alimentos voltados para pessoas
portadoras de Diabetes mellitus. No entanto, estas inovações ocasionam importantes
transformações também no universo do farmacêutico generalista, a medida que novos
produtos contendo xilitol são desenvolvidos.
A elaboração de chocolate meio amargo com xilitol permitiu a verificação do
efeito adoçante deste edulcorante, sendo que os resultados da aceitação ultrapassaram os
70%, assim classificados como moderados.
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Este trabalho enfatizou uma proposta para a indústria alimentícia, visando a
diversificação de produtos para um público alvo, sendo este, indivíduos com deficiencia
no metabolismo de glicídeos, fato que impede o consumo de açúcar comumente
encontrado em chocolates.
Pelo fato de ter um custo elevado, comparado com a sacarose, não há no
mercado diversidade de produtos com adição deste edulcorante, mas verifica-se que
novas alternativas de obtenção estão sendo estudadas, para que esse processo se torne
menos oneroso e diminua os custos na utilização do xilitol. A obtenção biotecnológica
desta substância além de garantir melhores condições de trabalho, beneficia o meioambiente na remoção de resíduos agro-industriais, como a palha de arroz, bagaço da
cana-de-açúcar, entre outros, evitando que os mesmos sejam queimados e eliminem
poluentes no meio-ambiente.
AGRADECIMENTOS
À Deus e a todas as pessoas que contribuÍram direta ou indiretamente para o
desenvolvimento e conclusão deste trabalho, principalmente meu esposo Flávio e meus
filhos Francisco e Gabriel, muito obrigado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXO I
Fonte: ABNT, NBR 14141, 1998.
Fonte: ABNT, NBR 14141, 1998.
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