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O Conhecimento e a Utilização do Sistema Internacional de
Unidades (SI) na Atividade Farmacêutica
The knowledge and utilization of Internactional Unity System (SI) in the
pharmaceutical activity
Leonardo Caetano1, Maria Fernanda1, Raimundo Nonato de Moraes1, Rayanna G. T.
de Faria1, Renata R. Milhomem1, Sérgio Ricardo da Silva1, Tatiane R. de Lima1,
Robério Marcos Alcântara2
1. Acadêmicos da Faculdade de Farmácia do Planalto Central
2. Tutor da Faculdade de Farmácia do Planalto Central
RESUMO – As grandezas e as unidades de medidas internacionais fazem parte de toda
ciência. Desta forma, as medidas de temperatura, volume e pressão e suas conversões
serão avaliadas na atividade farmacêutica.
PALAVRAS-CHAVE –Medidas, constantes físicas, temperatura volume, pressão arterial
SUMMARY – The greatness and the units of international measures are part of all science.
This way, the temperature measures, volume and pressure and their conversions will be
evaluated in the pharmaceutical activity.
KEYWORDS- Blood press, temperature,volume, physical constants, measurement
INTRODUÇÃO
Química é à base da vida e pode ser definida como o estudo da composição, estrutura e
propriedades das substâncias, e das transformações que elas sofrem. A química também trata das
substâncias, a matéria das quais as coisas são feitas. Já bioquímicos, estudam as substâncias
encontradas nos seres vivos, enquanto os químicos clínicos realizam testes para analisar as amostras
retiradas de pacientes em hospitais e clínicas.
A clínica é parte da ciência, ela está intimamente relacionada com os outros ramos da ciência
moderna, e assim, a ciência química mantêm uma posição chave entre as outras ciências básicas.
Portanto, para formação do farmacêutico as medidas desempenham um importante papel na
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expressão de dosagens de medicamentos, resultados clínicos laboratoriais, temperatura de pacientes e
muitos outros aspectos dos cuidados médicos.
As medidas são baseadas nos sistemas de unidades. Estas unidades são os padrões
dimensionais assumidos. O resultado de uma medida e expresso em termos de um número e uma
unidade. Nas ciências físicas existem diferentes unidades para as grandezas (comprimento, massa,
tempo e temperatura).
No sistema Internacional de Unidades (SI) adota as seguintes unidades para as grandezas
relacionadas na tabela 1.
Tabela 1. Grandezas e unidades do Sistema Internacional (SI)
Grandeza
Unidade
Símbolo
metro
m
massa
quilograma
kg
tempo
segundo
s
Kelvin
K
Comprimento
temperatura
DESENVOLVIMENTO
Comprimento
É uma medida da distância entre dois pontos. Nós usamos comprimento para expressar a
extensão da matéria. A unidade básica de comprimento é o metro, e seu símbolo é o m. Em relação às
unidades inglesas, 1 metro (m) ligeiramente maior do que 3 pés ou 1 jarda (unidade de medida de
comprimento usada nos EUA e no Reino Unido. Equivale a 0,914m).
Num trabalho científico, distâncias muito pequenas devem freqüentemente ser medidas.
Unidades menores do que o metro é, portanto úteis. Uma destas unidades, o centímetro, simbolizado
por cm, é 1/100 (0,01) do metro, uma vez que centi significa 100 vezes menor. Há 100 centímetros
num metro, (100cm = 1 m).
Para distâncias ainda menores, usamos o milímetro. Assim como um miligrama é 1000 vezes
menor do que um grama, um milímetro, simbolizado mm, é 1 000vezes menor do que um metro.
Uma vez que o milímetro é dez vezes menor do que o centímetro, há 10 milímetros em um
centímetro: 10 mm= 1cm.
Volume
A matéria ocupa espaço. Volume é uma medida da extensão do espaço ocupado. O metro
cúbico é a unidade SI de volume. Uma Vez que o metro cúbico é um volume tão grande para medidas
químicas, unidades menores de volume são necessárias. O litro é a unidade mais comumente usada.
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Podemos descrever seu volume em termos de uma caixa cujo comprimento, altura e largura são 1
decímetro cada (0.1 metro). O volume será então 1dm x 1 dm x 1dm, ou 1 dm3, isto é, 1 decímetro
cúbico. Este volume é chamado litro, e seu símbolo é L. Um litro é um pouco mais do que um “quart”
(qt) do sistema inglês.
Por exemplo, 1 mililitro de líquido preenche cerca de um quinto de uma colher de chá, e uma
xícara de café tem um volume de cerca de 200mL. As relações que acabamos de descrever podem ser
representadas assim: 1L = 1000 cm3.
Temperatura
É uma medida de quanto alguma coisa quente ou fria.Os valores de temperatura são
determinados por meio de um termômetro. Um típico termômetro de laboratório consiste de um tubo
fino de vidro parcialmente cheio com mercúrio, um aumento de temperatura no fundo do tubo faz o
mercúrio expandir e a temperatura subir.
Os termômetros são calibrados de modo que as alturas da coluna de mercúrio correspondem a
certas temperaturas. A escala de temperatura é gravada no vidro. Três diferentes escalas são
comumente utilizadas para descrever temperatura: Fahrenheit, Celsius, Kelvin.
A escala Celsius é a escala centígrado e os pontos de referência de congelação e ebulição da
água nos permitem comparar os tamanhos dos graus de temperatura nas três escalas.
Na escala Kelvin, a água ferve a 3730 e congela a 2730. Na escala Celsius, a água ferve a 1000 C
e congela a 00 C. Na escala Fahrenheit, a água ferve a 2120 e congela a 320. Note que há 100 graus
entre os pontos de ebulição e congelamento nas escalas Kelvin e Celsius. Em contraste note que há
1800 entre estes pontos na escala Fahrenheit. Você pode então ver que o tamanho de um grau é o
mesmo nas escalas Celsius e Kelvin, e que um grau nestas escalas é maior do que um grau na escala
Fahrenheit. Cada grau na escala Celsius e Kelvin é 180/ 1000 = 1,8 vezes em que grau na escala
Fahrenheit.
A febre é parte do mecanismo de defesa do corpo. Em resposta à infecção por bactérias, as
células brancas do sangue liberam uma substância química que age no cérebro para produzir febre. A
temperatura corporal mais alta ajuda a distribuir as bactérias invasoras. No estado febril a
temperatura corporal, que raramente excede 106 0F (41,10C) nos seres humanos.
No caso da hipertemia é uma temperatura corporal bem aumentada, acima de 1050F (410C),
que pode resultar de um ataque térmico. Temperaturas extremamente altas, particularmente acima de
11 00F (430C), podem ser fatais.
Na hipotermia é uma temperatura corporal anormalmente baixa. Ela pode ser causada por
exposições prolongadas ao frio, perda severa de sangue, ou hipotiresidismo. Embora a hipotermia
possa também ser fatal, são artificialmente induzidas para diminuir as necessidades de oxigênio
durante certas intervenções cirúrgicas.
Para converter Fahrenheit em Celsius, subtrai 32 graus, multiplica por 5 e divida por 9.
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A escala Kelvin é a única que chama de zero a baixa temperatura possível, nada pode ser mais
frio do que 0K. Esta temperatura é chamada de zero absoluto.Por esta razão, a escala mais baixa
possível é zero nesta escala Kelvin nunca pode ser negativa. Graus na escala kelvin são representados
sem o sobrescrito símbolo para grau e a palavra Kelvin substitui agora o antigo termo” graus Kelvin”.
Esta escala é usada no SI e é aquela que é usada para cálculos químicos.
Pressão
A unidade física conhecida como pressão hidrostática é definida como a força compressiva
média atuando na superfície de um meio qualquer.
Líquidos ou suspensões, como o sangue, são estados da matéria não compressível a forças
normalmente encontradas em sistemas fisiológicos. A força (F) aplicada na superfície (A) de um
determinado volume é transmitida integralmente por toda a extensão desse volume, de tal maneira
que a força por unidade de área ( F / A = pressão) é a mesma em cada ponto do material.
Da mesma forma que a força é transmitida integralmente para cada ponto no interior do
líquido, também é para cada ponto na superfície interna do recipiente que o contém. A pressão em
qualquer ponto no interior de um determinado volume de líquido é uma quantidade escalar. Portanto,
p é representada por magnitudes (número ) mas sem direção. Se o volume de liquido é submetido a
ação da gravidade, a pressão no interior do mesmo passa a depender da posição no plano vertical.
O aparelho circulatório nos mamíferos constituí-se, em sentido geral, em um sistema de tubos
fechados, eu em nenhum ponto permite que seu conteúdo, o sangue, escape para banhar diretamente
as células. O sistema de canais por onde o sangue circula tem particularidades estruturais distintas nos
diferentes segmentos.
Estes segmentos são adequados à pressão, ao volume de sangue conduzido, ou seja, fluxo
sanguíneo, e outras particularidades da corrente sanguínea que os percorre. Assim se distinguem as
artérias, capilares e veias.
O princípio físico básico que faz o sangue circular é a diferença do nível de pressão, entre os
diversos setores do sistema circulatório.
A medida de pressão arterial se faz com o esfgmomanômetro, que consiste de uma manga
inflável que é presa à parte superior do braço. Um aparelho especial para medida de pressão
(manômetro) é ligado a ela.
O profissional de saúde coloca o aparelho e apalpa o pulso e vagarosamente, bombeia o ar para
o interior da manga, até que a pulsação não seja mais sentida. O desaparecimento da pulsação
acontece porque a manga inflada comprime a artéria umeral, achatando-a: o sangue não consegue
passar para alcançar o pulso. Neste ponto, o edidor do aparelho registra a pressão sistólica, que o
homem se situa em média entre 10 e 16 cm de mercúrio. A medida da pressão diastólica é um pouco
mais complicada. No momento em que se mediu a pressão sistólíca, comprimindo-se ao máximo a
manga em torno do braço, o médico afrouxa ligeiramente a válvula, que permite o escapamento de ar.
O ar sai, então, muito vagarosamente. Enquanto isso está acontecendo, o médico está agradando
ouvir sons através de um estetoscópio colocado na parte da frente do cotovelo. A medida que a manga
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vai se alargando, ele ouve uma série de sons que depois pára. Este é o momento da diástole, que
varia entre 6 e 10 cm de mercúrio.
Conclusão:
Este trabalho tutorial permitiu aos alunos conhecer as grandezas do sistema internacional de
unidades, e como estão relacionados com o cotidiano da atividade farmacêutica.
BIBLIOGRAFIA
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UCKO, D. A. Química Para as Ciências da Saúde. Uma Introdução à Química Geral, Orgânica e
Biológica. 3ª ed. Ed. Manole Ltda., São Paulo S. P. , 1998.
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BRANDY, G.E & HUMISTON, J.E. Química Geral. 2ª ed. Ed. Livros Técnicos e Científicos, v. 1 e 2,
Rio de Janeiro RJ, 2000.
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SACKHEIM, G. I. & LEHMAN, D. D. Química e Bioquímica para Ciências Biomédicas. 8ª ed.
Ed. Manole Ltda, São Paulo, 2001.
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