Escola Superior de Ciências da Saúde
CURSO DE ENFERMAGEM
ESCS/FEPECS
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Escola Superior de Cíências da Saúde
CURSO DE ENFERMAGEM
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
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COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DA ESCS
MANUAL DE AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO
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EM ENFERMAGEM DA ESCS
BRASÍLIA
AGOSTO, 2009
Escola Superior de Ciências da Saúde
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GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL
José Roberto Arruda
SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES-DF E
PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA
SAÚDE - FEPECS
Augusto Carvalho
DIRETOR-EXECUTIVO DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS
DA SAÚDE-FEPECS
José Rubens Iglesias
DIRETOR DA ESCOLA SUPERIOR EM CIÊNCIAS DA SAÚDE-ESCS
Mourad Ibrahim Belaciano
COORDENADORA DO CURSO DE ENFERMAGEM
Leonora de Araújo Pinto Teixeira (respondendo)
COORDENADORA DA GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO E AVALIAÇÃO
Nilvia Jacqueline Reis Linhares (respondendo)
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Copyright © 2009 - Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde - FEPECS
Curso de Graduação em Enfermagem
Manual de Avaliação do Curso de Graduação em Enfermagem
Para fins de direitos autorais, este manual foi adaptado do Manual de Avaliação do Curso de Medicina
(2003)
A reprodução do todo ou parte deste material é permitida somente com autorização formal da FEPECS/
ESCS.
Impresso no Brasil
Tiragem: 85 exemplares
Capa: Gerência de Recursos Audiovisuais – GERAV/CAO/FEPECS
Editoração Gráfica: Gerência de Recursos Audiovisuais – GERAV/CAO/FEPECS
Normalização Bibliográfica: NAU/BCE/FEPECS
Coordenadora do Curso de Enfermagem:
Leonora de Araújo Pinto Teixeira (respondendo)
Grupo de elaboração:
Rinaldo de Souza Neves
Lindalva Matos Ribeiro Farias
Vanessa Canabarro Dios
Nilvia Jacqueline Reis Linhares
Coordenadora da Gerência de Educação e Avaliação:
Nilvia Jacqueline Reis Linhares (respondendo)
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Colaboradores:
Maria da Graça Camargo Neves
Ana Márcia Yunes Salles Gaudard
Creto Valdivino e Silva
Agradecimento:
Ana Márcia Yunes Salles Gaudard
Evilásio Rodrigues C. Filho
AnaMaria Ferreira Azevedo
Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP)
NAU/BCE/FEPECS
Manual de avaliação do curso de graduação de enfermagem da ESCS. / Rinaldo de
Souza Neves; Lindalva Matos Ribeiro Farias; Vanessa Canabarro Dios; et al. – Brasília:
Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde, 2009.
69 p. (Série material instrucional da ESCS, 2009).
1. Avaliação de curso. 2. Enfermagem. I. Rinaldo de Souza Neves; Lindalva Matos
Ribeiro Farias; Vanessa Canabarro Dios.
CDU 616-083
SMHN – Quadra 03 – Conjunto A – Bloco I – Brasília-DFCEP: 707A07-700
Tel/Fax: 55 61 326-0433
Endereço eletrônico: http://www.saude.df.gov.br/escs
E-mail: [email protected]
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SUMÁRIO
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01
Apresentação ....................................................................................... 07
02
Introdução ............................................................................................ 09
03
Sistema de Avaliação da ESCS ........................................................... 13
3.1
Enfoques .............................................................................................. 13
3.2
Princípios ............................................................................................. 13
3.3
Avaliação do Estudante ........................................................................ 15
3.3.1 Métodos de Avaliação .......................................................................... 15
3.3.2 Avaliação Formativa do Estudante ....................................................... 20
3.3.3 Avaliação Somativa do Estudante ........................................................ 23
3.3.4 Regimento Interno - Avaliação do Desempenho Escolar ..................... 28
3.3.5 Critérios de Promoção ......................................................................... 32
3.3.6 Critérios de Reavaliação ...................................................................... 32
3.3.7 Critérios de Reprovação ....................................................................... 35
3.3.8 Critérios para Conceito Satisfatório no Formato 3ST ........................... 35
3.4
Avaliação do Docente .......................................................................... 37
3.5
Avaliação das Unidades Educacionais e Estágios ............................... 37
3.6
Formatos de avaliação ......................................................................... 39
3.6.1 Formato 1 ............................................................................................. 41
3.6.2 Formato 2 ............................................................................................. 44
3.6.3 Formato 3 ST ....................................................................................... 45
3.6.4 Formato 3 HPE .................................................................................... 47
3.6.5 Formato 3 PCE ...................................................................................... 49
3.6.6 Formato 3 EST ...................................................................................... 51
3.6.7 Formato 4 ST ....................................................................................... 53
3.6.8 Formato 4 HPE .................................................................................... 55
3.6.9 Formato 5 MT ....................................................................................... 57
3.6.10 Formato 5 ST ....................................................................................... 62
3.6.11 Formato 5 HPE .................................................................................... 64
3.6.12 Formato 5 EAC .................................................................................... 66
3.6.13 Formato 5 PMC .................................................................................... 67
3.6.14 Formato 5 EAC-C ................................................................................ 68
04
Bibliografia ........................................................................................... 69
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LISTA DE QUADRO, FIGURA E TABELAS
QUADRO 1
Princípios do Sistema de Avaliação do Curso de Enfermagem da
ESCS ........................................................................................... 13
FIGURA 1
Pirâmide de competência de Miller ............................................ 16
TABELA 1
Classificação dos métodos de avaliação em quatro modalidades
e segundo a confiabilidade e a validade .................................... 18
Distribuição dos métodos de avaliação formativa e somativa ... 19
TABELA 3
Relação dos formatos do curso de Enfermagem da ESCS ....... 39
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TABELA 2
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1 – APRESENTAÇÃO
É com grande satisfação que apresentamos o Manual de Avaliação do Curso de
Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde – ESCS com o propósito de
buscar a inovação permanente do sistema de avaliação e demonstrar coerência com os
novos paradigmas do processo de avaliação educacional e o papel da avaliação no
aperfeiçoamento contínuo do processo de ensino-aprendizagem.
No trabalho de elaboração deste manual, procurou-se atender os princípios do Projeto
Político Pedagógico do Curso de Graduação em Enfermagem para a construção de um
sistema de avaliação de forma coletiva e cooperativa (ESCS, 2005). Este manual deverá
integrar as propostas e informações das diversas fontes que será construído e subsidiado
por discussões e reflexões que surgirão ao longo do curso.
A avaliação somente poderá cumprir o seu verdadeiro papel na melhoria do processo
de aprendizagem se houver dedicação especial e engajamento dos docentes e estudantes.
Para tanto, a leitura do manual é o primeiro passo para o aprofundamento no sistema de
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avaliação da nossa escola. No manual de avaliação, são apresentados os enfoques, os
princípios que fundamentam o sistema de avaliação da ESCS, as propriedades e as
características essenciais dos métodos de avaliação selecionados, assim como os formatos
e instrumentos utilizados na avaliação de estudantes, docentes e programa.
Agradecemos a todas as pessoas que contribuíram e que trabalharam com extremo
afinco para a construção deste manual. As diferentes percepções sobre o processo de
avaliação, gerada pela participação efetiva dos envolvidos, trouxe maior qualificação e
compromisso com os princípios estabelecidos.
Comissão de Avaliação
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2 – INTRODUÇÃO
O desafio atual das escolas de Enfermagem, para cumprir o papel fundamental no
desenvolvimento social, é seguir o caminho indispensável das mudanças, no propósito
de formar profissionais qualificados, em condições de aprendizagem permanente. Dentro
desse contexto de transformações, a compreensão dos novos rumos da avaliação
educacional exige a atenção dos educadores e de toda sociedade não apenas à dimensão
pedagógica, mas, sobretudo, à dimensão social e política da avaliação, no sentido de
retomar as concepções de democracia, de cidadania e de direito à educação (HOFFMANN,
2001).
Avaliação é um processo de emissão de juízo consciente de valor, envolvendo uma
ação ética, reflexiva, dialógica e de respeito às diferenças, para o delineamento de ação
educacional a serviço da melhoria da situação avaliada. Portanto, a ação deve estar
voltada essencialmente para as finalidades dos procedimentos avaliativos, e não
estabelecida apenas na aplicação de métodos avaliativos tecnicamente perfeitos. “Os
fins da avaliação são muito mais importantes do que os meios. Ainda que não se chegue
aos fins sem os meios, são os fins que trazem sentidos aos meios, não o contrário”
(DEMO, 2000). A avaliação envolve compromisso com a formação e o aprimoramento do
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processo pedagógico, para promover o desenvolvimento moral e intelectual dos
estudantes, respeitando a diversidade.
Considerar a diversidade significa reconhecer que os estudantes aprendem em ritmos
diferentes
. A avaliação emergente baseia-se no princípio da educabilidade, ou seja, a grande
maioria das pessoas pode aprender e atingir a competência em quase tudo, desde que
lhes sejam proporcionados tempo e orientação. Estudantes diferentes necessitam de
experiências de aprendizagem diversificadas para o domínio da mesma competência. Se
o estudante não alcançou a maestria esperada na primeira avaliação, ele deverá ter
outras chances de aprender e obter a competência necessária. Todavia, isto não significa
um ato de condescendência gratuito, permissivo, mas que o estudante deverá despender
todo esforço, dedicação e capacidade criativa para a superação dos obstáculos.
Assim, a necessidade de reavaliação deve ser encarada como uma ocorrência natural
dentro de uma prática avaliativa direcionada para o futuro, e não como retrocesso ou
repetição. Os erros e as fragilidades observados devem ser considerados elementos
propulsores de ações que desafiem os estudantes a refletir sobre as próprias estratégias
de aprendizagem, no sentido de delinear, a partir do processo reflexivo, a melhor forma
de superar as dificuldades e avançar nos domínios do conhecimento. Nas metodologias
ativas de aprendizagem, a reavaliação envolve a construção de experiências educativas
motivadoras, ajustadas às áreas merecedoras de atenção, para promover o estudante a
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refletir sobre os conceitos e noções em construção. O professor, a partir da reflexão
sobre o próprio trabalho e das etapas vividas pelo estudante, deve regular, modificar,
inovar, diversificar sua prática pedagógica, para alcançar melhores resultados. Portanto,
não se trata do professor repetir o que foi anteriormente executado, mas criar alternativas
pedagógicas que favoreçam o processo de aprendizagem dos estudantes (HOFFMANN,
2001). As ações educativas não podem ser instrumentos de punição e nem contribuir
para a discriminação das diferenças entre os estudantes.
A prática da enfermagem pressupõe o desenvolvimento da capacidade de aprender
a aprender, ou seja, aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e
aprender a ser, para que o profissional seja capaz de enfrentar os desafios atuais e
futuros. O saber deve estar intimamente integrado ao fazer. Assim, para estar em
consonância com a formação em enfermagem voltada para a atenção integral do ser
humano, o sistema de avaliação deve valorizar o aperfeiçoamento contínuo das habilidades
e atitudes na mesma proporção que a aquisição de conhecimentos.
Considerando que o objetivo fundamental da avaliação educacional é o
aperfeiçoamento do processo de aprendizagem, a avaliação deve estar focalizada
fundamentalmente em uma abordagem formativa, ou seja, no favorecimento do
desenvolvimento do educando. A avaliação somente terá caráter formativo se o avaliador
avaliador que torna a avaliação formativa” (HADJI, 2001, p 56). “É formativa toda avaliação
que ajuda o estudante a aprender e a se desenvolver, ou melhor, que participa da regulação
das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido do projeto educativo” (PERRENOUD,
2000, p 28). A avaliação formativa tem papel fundamental no aprimoramento da
aprendizagem dos estudantes, ao propiciar um feedback contínuo do processo
educacional, possibilitando que as estratégias de aprendizagem sejam ajustadas às
necessidades dos estudantes. As dificuldades que interferem no processo de
aprendizagem dos estudantes podem ser corrigidas ao longo do processo instrucional,
evitando os fracassos ao término da atividade educacional.
O processo educacional que está centrado no desenvolvimento de competências e
habilidades, que considera o diferente e que busca, a partir do reconhecimento, uma
instrução individualizada, não pode estar vinculada à avaliação tradicionalmente utilizada,
baseada em notas ou normas (avaliação norma-referenciada). Na educação baseada
em competências, não é possível aceitar a simples obtenção pelo estudante da nota
suficiente para aprovação como um padrão aceitável de desempenho. Na avaliação normareferenciada, o desempenho, expresso por uma nota, não informa sobre a real capacidade
do estudante na realização das tarefas exigidas, mas somente adquire significado quando
é estabelecida a comparação com os desempenhos dos vários colegas do grupo. Por
exemplo, a nota cinco obtida pelo estudante em uma unidade educacional pode representar
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coloca a avaliação a favor do processo de aprendizagem. “É a intenção dominante do
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a nota maior, menor ou intermediária, na dependência do desempenho dos demais colegas
do grupo. A avaliação norma-referenciada é claramente inadmissível como instrumento
de determinação da competência profissional, uma vez que a prática de enfermagem
exige a necessidade de uma definição clara de um padrão específico de competências.
Se o propósito é determinar se o estudante tem ou não domínio das competências
desejadas, a avaliação deve ser critério-referenciada. Nesse caso, o desempenho do
estudante é analisado com base em um padrão de critérios que indicam a concretização
de objetivos educacionais preestabelecidos, ou seja, a avaliação critério-referenciada
propicia uma avaliação em termos absolutos e não uma avaliação que indica a posição
relativa que o estudante ocupa dentro do grupo.
A avaliação educacional deve, sob o novo paradigma, seguir a lógica da regulação
da aprendizagem, direcionada não apenas para a avaliação do estudante, como também
para a eficiência do processo educacional. Nas novas concepções, o que se procura é
resgatar os significados ético, social e político da avaliação, em busca de uma avaliação
crítica e mediadora, a serviço da qualificação do processo educacional (PERRENOUD,
2000 e HOFFMANN, 2001).
A reflexão sobre as práticas avaliativas envolve necessariamente análise do processo
de ensino-aprendizagem praticado pela Escola, uma vez que é de extrema relevância
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que o sistema de avaliação esteja ancorado nos princípios curriculares. O Curso de
Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) foi delineado de acordo
com as novas concepções de educação em enfermagem e da prática profissional,
comprometido com a assistência integral à saúde e a melhoria da qualidade de vida do
ser humano. A escola foi criada em resposta às demandas sociais, institucionais e regionais
em relação à formação profissional, sendo estruturada com base nas novas Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, estabelecidas pela
Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, mediante a adoção
de modelo pedagógico inovador, caracterizado por três princípios: aprendizagem centrada
no estudante, baseada em problemas e orientada à comunidade. A formação em
Enfermagem está vinculada a um projeto político-pedagógico fundamentado na flexibilidade
curricular, no humanismo, na interdisciplinaridade e em metodologias ativas de
aprendizagem.
Na aprendizagem centrada no estudante, a ênfase é no processo de “aprender a
aprender” e não na transmissão de conteúdos, com o intuito de favorecer o
desenvolvimento do pensamento crítico, da capacidade reflexiva e das habilidades de
auto-aprendizagem. O estudante participa ativamente na construção do próprio
conhecimento, cabendo ao tutor/instrutor/preceptor a função de propiciar meios e
ambientes facilitadores. O processo de ensino-aprendizagem está baseado nos princípios
da pedagogia interativa e da aprendizagem do adulto, utilizando-se de estratégias
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desafiadoras que visam estabelecer a integração entre as ciências básicas e as habilidades
profissionais de enfermagem, a articulação da teoria com a prática e a integração de
conhecimentos e dimensões.
Na aprendizagem baseada em problemas, os problemas são os elementos
desafiadores e motivadores para a autonomia no processo de aprendizagem, estudo
individual e aquisição de informações para a construção do conhecimento. Esta
metodologia viabiliza a integração dos conceitos relevantes de ciências básicas no contexto
de um problema, possibilitando que os estudantes compreendam o significado e o propósito
das ciências básicas para o exercício da enfermagem. Os estudantes, ao serem expostos
aos problemas no trabalho em pequenos grupos, definem objetivos de aprendizagem
que possibilitam o maior aprofundamento sobre o tema específico do problema. A
aprendizagem baseada em problemas possibilita que os aspectos biológicos, psicológicos,
culturais e sociais envolvidos no processo saúde-doença sejam discutidos de forma
integrada.
Na aprendizagem orientada à comunidade, os estudantes vivenciam, desde o
início do curso, os problemas da comunidade, mediante a realização de atividades de
aprendizagem vinculada à realidade da saúde da população, para formar profissionais
de saúde com perfis adequados às necessidades sociais e com visão multidisciplinar da
tornando-os capacitado para detectar e compreender os problemas reais, buscar soluções
viáveis e aplicáveis e participar ativamente na solução de problemas relevantes que
comprometem a saúde das pessoas, das famílias e da comunidade.
O trabalho em pequenos grupos constitui a base de sustentação para a construção
do conhecimento na aprendizagem baseada em problemas. A atividade em grupo, com o
intercâmbio de informações e idéias, erros e acertos, convicções e dúvidas, constitui um
recurso de aprendizagem fundamental para o desenvolvimento do processo de
aprendizagem. O trabalho em pequenos grupos cria um ambiente mais propício para
interação, participação e colaboração, favorecendo o processo de aprendizagem dos
estudantes por meio do diálogo com os respectivos pares.
Considerando as diretrizes assumidas no projeto político-pedagógico adotado pela
ESCS, baseado em metodologias ativas de ensino-aprendizagem, com transferência do
centro das ações para o estudante e com ênfase no “aprender a aprender”, torna-se
fundamental que o sistema de avaliação esteja também em conformidade com esses
princípios. Desse modo, seria incoerente se o sistema de avaliação fosse orientado pelos
instrumentos tradicionais de avaliação, seguindo a lógica positivista, com práticas
avaliativas classificatórias, disciplinadoras, excludentes, arbitrárias, fundamentadas na
competição, no individualismo e na identificação de desigualdades.
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profissão. O propósito principal é contribuir na formação geral dos profissionais de saúde,
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3 – SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA ESCS
O Sistema de Avaliação da ESCS foi estruturado de acordo com os novos
paradigmas do processo de avaliação educacional e coerente com as diretrizes
curriculares estabelecidas no projeto político-pedagógico.
3.1 – ENFOQUES
Com o objetivo de qualificar a ação pedagógica, o foco do sistema de avaliação
do curso de enfermagem da ESCS está direcionado tanto para o produto (o
educando), quanto para o processo educacional (o educador, as unidades
educacionais, as habilidades profissionais em enfermagem e os estágios).
3.2 – PRINCÍPIOS
O sistema de avaliação do Curso de Enfermagem da ESCS está fundamentado nos
princípios delineados no Quadro 1.
Quadro 1 – Princípios adotados no Sistema de Avaliação do Curso de Enfermagem da
ESCS.
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¨
O processo de avaliação deve ser coerente e integrado com as diretrizes
curriculares e o processo de ensino-aprendizagem: Considerando as
diretrizes curriculares e a aprendizagem baseada em metodologias ativas, o
processo de avaliação deve ser fundamentalmente centrado na avaliação de
competências e coerentes com os princípios gerais do currículo: aprendizagem
centrada no estudante, baseada em problemas e orientada à comunidade. Os
processos avaliativos devem promover a interdisciplinaridade, a integração
teoria e prática, a integração das dimensões bio-psico-social e contemplar
competências relevantes para a prática profissional.
¨
O processo de avaliação deve ser coerente com os objetivos definidos
pelo programa educacional: A avaliação deve basear-se nos objetivos de
aprendizagem preestabelecidos. Para tanto, os objetivos devem ser formulados
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e comunicados de forma clara, precisa e transparente antes do início da unidade
educacional, definindo com exatidão o que o estudante deve alcançar ao término
da unidade. Para o estudante, objetivos explícitos ajudam-no na tarefa de
aprender, evitando que ele tenha que adivinhar as expectativas esperadas.
Para o tutor/ instrutor/preceptor, objetivos claros facilitam a verificação do perfil
de competências esperadas durante a avaliação.
O processo de avaliação deve ser permanente, abrangendo estudantes,
docentes e unidades educacionais: O processo de avaliação deve produzir
continuamente informações para objetivar a melhoria do programa
educacional, do processo ensino-aprendizagem e da formação profissional
dos estudantes.
¨
O processo de avaliação deve ser transparente e ético: Todos os participantes
do processo educacional, incluindo estudantes, tutores, instrutores,
preceptores, coordenadores, orientadores, gestores, devem ter
informações regulares e claras sobre as regras regimentais e os métodos
de avaliação adotados na escola. Os processos avaliativos devem
considerar também os princípios de interação e relação social. Assim, a
comunicação dos resultados e desempenhos obtidos em avaliação deve
ser ética, preservando o caráter confidencial e o respeito à individualidade
do estudante e do tutor/instrutor/preceptor.
¨
O processo de avaliação deve ser democrático e participativo: A avaliação
deve ser permanentemente aberta, dialógica, flexível a novas ponderações
e construída no esforço democrático e busca de consensos sobre os
princípios fundamentais, com o propósito sempre voltado para o
melhoramento da instituição educacional na sua função pública e social.
¨
O processo de avaliação deve gerar ambiente de cooperação: Para a
melhoria do processo ensino-aprendizagem, a avaliação deve gerar ambiente
de respeito mútuo e de cooperação entre os diversos atores da Escola.
¨
O processo de avaliação deve ser formativo e somativo: O foco principal
da avaliação deve ser formativo proporcionando o acompanhamento contínuo
do desempenho dos estudantes e do processo educacional, e também possui
a função somativa, para assegurar, ao final do processo instrucional, o nível de
competência dos estudantes, quanto ao alcance dos objetivos de aprendizagem.
¨
O processo de avaliação deve ser critério-referenciado: Na avaliação
formativa, a avaliação critério-referenciada desempenha um papel fundamental,
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¨
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porque os erros e as fortalezas de cada estudante são identificados com base
em critérios. Para o estudante, a maior especificação das fragilidades é um
estímulo para a busca da maestria das competências. Para o tutor/instrutor/
preceptor, a maior compreensão dos erros possibilita delinear estratégias
educacionais mais adequadas para superar as deficiências apresentadas. O
erro não é uma falta a ser reprimida, mas uma fonte de informação. Na avaliação
somativa, a avaliação critério-referenciada também exerce um papel relevante
na verificação do alcance dos objetivos esperados e elimina a competição entre
os estudantes, causada pela classificação segundo notas, e propicia um
ambiente de colaboração no processo de aprendizagem.
3.3 – AVALIAÇÃO DO ESTUDANTE
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A avaliação do estudante é realizada, ao longo de todo o curso, por avaliações
formativas e somativas, para permitir o acompanhamento do processo ensinoaprendizagem e determinar o alcance dos objetivos educacionais e de
aprendizagem preestabelecidos. Os estudantes serão avaliados por uma
composição de métodos de avaliação, aplicados de forma articulada, para obter
maior visibilidade às aprendizagens. A aplicação de diversos métodos de avaliação
é um ato proposital, visto que a avaliação dos diversos domínios não pode ser
feita por um único método. Além disso, somente a aplicação de múltiplas avaliações,
utilizando-se de múltiplos métodos, em múltiplos momentos do processo
educacional, pode-se garantir atributos justos ao desempenho e a progressão
dos estudantes, por demonstrar com mais precisão e justiça o verdadeiro potencial
dos educandos.
3.3.1 – MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Todos os métodos de avaliação têm fortalezas e limitações. Por conseguinte,
o processo de seleção, preparação e aplicação dos métodos de avaliação é um
dos passos importantes para o desenvolvimento de uma avaliação precisa,
confiável e oportuna. As seguintes características são essenciais para os métodos
de avaliação:
¨ Preencher os critérios de validade e confiabilidade.
¨ Contemplar quatro propriedades fundamentais, incluindo:
a. Realismo: a capacidade de reproduzir as várias respostas possíveis de
acontecer no mundo real;
b. Abrangência: a capacidade de contemplar os múltiplos resultados de
aprendizagem (conhecimento, habilidades, atitudes), utilizando-se de uma
variedade de fontes integradas;
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c. Exeqüibilidade quanto ao tempo: tempo consumido para elaboração, aplicação
e correção dos métodos;
d. Julgamento: objetividade e subjetividade.
Figura 1. Pirâmide de competência de Miller – facetas essenciais da competência clínica. Os métodos
de avaliação estão relacionados de acordo com o uso mais eficiente na avaliação da competência clínica.
A qualificação do processo de avaliação dos estudantes de enfermagem envolve,
portanto, a avaliação dos atributos necessários para o adequado exercício profissional,
não podendo focalizar, portanto, somente nas capacidades cognitivas, como
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As duas características mais relevantes na escolha e preparação dos métodos
de avaliação são a confiabilidade e a validade, porque são critérios que permitem
julgar a qualidade de um instrumento de avaliação. A confiabilidade é a propriedade
que determina se os escores obtidos são estáveis e consistentes. O escore de
uma avaliação é confiável quando o mesmo instrumento de avaliação, ao ser
reaplicado aos mesmos educandos, apresenta resultados semelhantes aos
primeiros escores. Operacionalmente, a confiabilidade pode ser definida como
sendo o coeficiente de correlação entre dois conjuntos de escores obtidos,
independentemente, em formas paralelas do teste, para um mesmo grupo. A
confiabilidade refere-se à proporção de variabilidade ou reprodutibilidade de um
escore, sendo afetada por fatores ligados ao avaliador, associados ao candidato e
relativos ao teste. O uso de múltiplos examinadores e a aplicação de testes
abrangentes, constituídos de múltiplas estações ou casos clínicos podem melhorar
a confiabilidade de um teste.
Validade expressa até que ponto o resultado, decorrente da aplicação de um
instrumento de avaliação, reflete o desempenho que é esperado medir. É o escore
e não o tipo de instrumento de avaliação que é válido. A validade é a propriedade
de correlacionar os resultados obtidos com as competências predeterminadas,
para a verificação da eficiência do teste. A pirâmide da competência, introduzida
por Miller, é um modelo conceitual simples que delineia os fatores envolvidos
quando analisamos validade (Figura 1).
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tradicionalmente feito. Considerando a amplitude, a transitoriedade e a dinamicidade do
conhecimento, tornou-se claro que a educação não pode mais ficar centrada no conteúdo,
ou seja, no acúmulo de informações, mas baseada no processo de aprender a aprender,
aprender a pensar, aprender a fazer, aprender a ser, aprender a comunicar-se, aprender
a agir, aprender a resolver problemas, aprender a trabalhar em equipe. A educação em
enfermagem, assim como o processo de avaliação, tem que ser orientada para o
desenvolvimento de competências. Como competência pode ser definida como processo
de integração de atributos, contextos e resultados segundo critérios de excelência, a
avaliação de competências não pode estar orientada na verificação de capacidades
cognitivas, psicomotoras e afetivas de forma fragmentada, desarticulada e
descontextualizada. A competência é construída com a prática da ação, ou seja, na relação
entre o educando e o trabalho. Por conseguinte, a avaliação de competência deve ser
articulada com o mundo do trabalho, onde as práticas profissionais são realizadas, ou
seja, em busca dos desempenhos no topo da pirâmide de Miller. Assim, em uma abordagem
integradora e ampliada, a avaliação de competências tem de integrar os múltiplos
elementos que as constituem, ou seja, atributos, tarefas essenciais, diferentes contextos
e critérios de excelência.
Considerando a pirâmide de Miller, faz-se necessário usar vários instrumentos para
que possam, por complementaridade, dar maior visibilidade às facetas essenciais da
competência clínica. Assim, o uso freqüente de múltiplas observações e diversos métodos
de avaliação pode compensar parcialmente as limitações da aplicação de um formato de
avaliação único.
Com base nas propriedades e características essenciais, foram selecionados diversos
instrumentos para a avaliação do estudante na ESCS. Os métodos de avaliação escolhidos
podem ser classificados em quatro modalidades: (1) modalidade de resposta escrita; (2)
modalidade de observação de desempenho; (3) modalidade de resposta oral; e (4)
modalidade de resposta escolhida (Tabela 1).
A modalidade de resposta escrita caracteriza-se por maior realismo e maior
abrangência do que a de resposta escolhida. Embora a preparação e implementação da
modalidade de resposta escrita exijam menos tempo, a correção é lenta e subjetiva. A
modalidade de observação de desempenho associa-se com alto grau de realismo e
abrangência, mas requer tempo prolongado para preparação e implementação, e o
julgamento é mais subjetivo. Na modalidade de resposta oral, o realismo e a abrangência
dependem da construção das questões. Além disso, a exeqüibilidade é demorada e o
julgamento é subjetivo. A modalidade de resposta escolhida apresenta baixo realismo,
baixa abrangência e exige mais tempo para preparação, porém a correção é rápida e
objetiva.
A distribuição dos métodos de avaliação formativa e somativa dos estudantes do
Curso de Enfermagem da ESCS estão relacionadas na Tabela 1. O emprego articulado
desses métodos tem como objetivo avaliar os resultados mais complexos da aprendizagem.
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Tabela 1 – Classificação dos métodos de avaliação em quatro modalidades e segundo a
confiabilidade e a validade.
Adaptado do livro Evaluation Methods: A Resource Handbook, 1995. Program for Educational Development.
McMaster University.
∗Classificação em: baixa (+), moderada (++) ou alta (+++ )
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Tabela 2 – Distribuição dos métodos de avaliação formativa e somativa dos estudantes
do Curso de Enfermagem da ESCS, conforme as séries que se aplicam e a capacidade
de contemplar os atributos cognitivos e as habilidades profissionais em enfermagem.
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3.3.2 – AVALIAÇÃO FORMATIVA DO ESTUDANTE
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Avaliação de desempenho – modalidade de resposta oral
A auto-avaliação, avaliação dos pares e avaliação pelo tutor/instrutor são
avaliações predominantemente formativas realizadas verbalmente e aplicadas ao final
de todas as atividades de trabalho em pequenos grupos nos módulos temáticos, nas
habilidades profissionais em enfermagem e nos estágios.
Na auto-avaliação, cada estudante do grupo avalia o próprio desempenho nas
atividades de ensino-aprendizagem, com o intuito de desenvolver o senso de autocrítica
e de responsabilidade pela aprendizagem. O processo de auto-avaliação realizado pelo
estudante não deve estar centrado em questões de atitude (comportamento, procedimento,
relacionamento) entre colegas e tutores/instrutores/preceptores. A auto-avaliação só passa
a ter significado quando o estudante é levado a pensar sobre o próprio processo de
aprendizagem, ou seja, pensar sobre como aprender e conviver melhor, pensar sobre as
suas atitudes, analisar sobre como fazer melhor, pensar como contribuir para o progresso
individual e para a aprendizagem dos membros do grupo. Esse exercício desenvolve a
compreensão das fragilidades e a amplia a consciência do estudante sobre a sua relação
com o pensar e o fazer, possibilitando maiores chances de transpor as dificuldades. “A
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O foco principal do sistema de avaliação da ESCS é a avaliação formativa, para
permitir o acompanhamento contínuo do processo de aprendizagem dos estudantes e a
regulação do processo educacional. Para que a avaliação tenha caráter formativo, o papel
do docente é decisivo, porque é a intenção do avaliador que torna o processo de avaliação
formativo. “É a vontade de ajudar que, em última análise, instala a atividade avaliativa em
um registro formativo” (HADJI, 2001, p 13). Avaliação formativa é aquela que está voltada
para o desenvolvimento do processo de aprendizagem, mediante a produção de
informações para os principais atores (tutor/instrutor/preceptor, estudante e
coordenadores), com vistas ao processo de regulação. A avaliação formativa é uma ação
voltada para o futuro, no sentido de subsidiar, a partir da reflexão sobre o processo de
aprendizagem do educando, a direção e a motivação para a aprendizagem futura e a
evolução do processo educacional.
Os instrutores/tutores devem observar continuamente o desempenho dos estudantes,
reconhecer as dificuldades que interferem na aprendizagem, proporcionar feedback
imediato do desempenho e pactuar estratégias educacionais diferenciadas para a
superação das fragilidades. “Uma avaliação que não é seguida por modificação das práticas
do professor tem poucas chances de ser formativa” (HADJI, 2001, p.15). Os estudantes,
ao tomar conhecimento das fragilidades, devem refletir sobre os próprios erros e modificar
as ações, para vencer as dificuldades. Por conseguinte, as deficiências devem ser
identificadas ao longo do processo instrucional, para evitar os fracassos traumatizantes
ao final da unidade educacional ou do curso.
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cognição é fundamental, mas é preciso que comecemos a pensar em termos de
metacognição, isto é, pensar sobre o pensar, que gera conhecimento e, conseqüentemente,
leva à aprendizagem”.
Na avaliação dos pares, o desempenho de cada estudante do grupo de trabalho é
avaliado pelos integrantes do grupo. Na avaliação do estudante pelo tutor ou instrutor,
cada estudante do grupo é avaliado pelo docente responsável pelo grupo.
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Teste de progressão anual
É um teste da modalidade de resposta escolhida, constituído de 100 a 150 questões
de múltipla escolha, elaboradas de modo a promover uma avaliação das capacidades
cognitivas esperadas ao final do curso. O teste de progressão deve ser aplicado, no
mesmo dia, para todos os estudantes da 1a a 4ª série do curso de Enfermagem. Embora
o teste tenha caráter formativo, a realização do teste de progressão é considerada
obrigatória para todos os estudantes. É utilizado como instrumento de auto-avaliação,
propiciando ao estudante o acompanhamento da sua progressão no curso de Enfermagem.
O resultado individual é sigiloso e de conhecimento exclusivo do estudante. Os resultados,
não individualizados, de cada série são conhecidos e utilizados para a avaliação de
fragilidades específicas na resolução desses testes e para a elaboração de planos de
melhoria. A comparação dos resultados entre as séries permite a análise da performance
evolutiva do conhecimento ao longo do curso. Outro propósito da aplicação do teste de
progressão é o treinamento do estudante na realização desse tipo de avaliação, uma vez
que o teste de múltipla escolha é ainda o método tradicional de avaliação dos exames de
residência médica, de admissão e de título de especialização.
A eficiência dos testes de múltipla escolha está limitada a avaliação dos atributos
cognitivos, mas quando construídos de forma adequada, os testes podem focalizar os
comportamentos mais elaborados (compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação)
da taxionomia de Bloom. O teste de múltipla escolha caracteriza-se por alta confiabilidade,
em função do grande número de itens que podem ser facilmente testados e marcados,
podendo medir resultados de aprendizagem altamente complexos e avaliar uma grande
parte dos objetivos estabelecidos. O estudante deve selecionar a resposta correta para o
teste, dentre uma série de alternativas que incluem, além da correta, diversas respostas
incorretas, denominadas distratores. São menos influenciados por adivinhações do que
o teste verdadeiro – falso. Embora a correção seja fácil e objetiva, a elaboração de bons
testes é um processo longo, difícil e complexo. Questões apropriadas devem apresentar
enunciado claro, tornando possível chegar à resposta correta sem o conhecimento das
alternativas correspondentes, e devem conter no máximo cinco alternativas. As alternativas
devem ter construção homogênea e estar em uma mesma categoria (ex. todas referentes
a diagnóstico, a tratamento, ou a prognóstico etc.). Além disso, deve-se evitar a construção
de questões para que o estudante assinale a alternativa incorreta, porque esse tipo de
questão enfatiza o que ele conhece como falso, mas não o conhecimento verdadeiro.
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Instrumento 3 – Mini-avaliação estruturada de desempenho clínico – mini-OSCE
A avaliação estruturada de desempenho clínico – OSCE (Objective Structured Clinical
Examination) é uma avaliação estruturada e planejada para verificação dos componentes
da competência clínica. O OSCE de caráter formativo, denominado mini-OSCE, é composto
geralmente de 4 a 6 estações, sendo empregado na semana da avaliação da 1ª, 2ª e 3ª
séries, com participação obrigatória. A diferença entre o mini-OSCE e o OSCE somativo
da 3ª série é somente no número de estações.
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Exercício baseado em problemas – salto triplo escrito
É uma avaliação escrita, com as mesmas características da avaliação oral estruturada
– salto triplo, que se baseia na reprodução dos passos da tutoria, sendo estruturada em
três etapas. Na primeira etapa, o estudante, diante de uma situação ou problema, deverá
analisar individualmente o problema, por escrito, com a articulação das dimensões
biológicas e psicossociais, identificação das questões propostas pelo enunciado,
formulação de hipóteses e elaboração de objetivos de aprendizagem. Nessa análise, o
estudante deve elaborar, por escrito, três questões relevantes ao problema e aos objetivos
da unidade, sendo, uma da dimensão biológica, outra da dimensão psicológica e outra da
dimensão social. Em seguida, os estudantes comparam os resultados de suas análises
com o gabarito formulado pelo grupo de planejamento do módulo. Todas as questões
levantadas pelos estudantes devem ser analisadas frente aos critérios para a formulação
de questões. A seguir, o grupo deve estabelecer entre as questões levantadas os objetivos
de aprendizagem para o aprofundamento e a complementação das explicações.
Na segunda etapa, o estudante deverá buscar as informações para superar as
lacunas de conhecimento. Finalmente, na terceira etapa, o estudante rediscutirá o
problema à luz dos novos conhecimentos adquiridos e, dependendo da série, poderá ser
avaliado em relação ao plano de manejo do problema. O estudante deve demonstrar
também capacidade de avaliar o seu próprio desempenho no exercício, avaliação dos
pares e avaliação do tutor.
O exercício baseado em problema faz parte também da auto-avaliação do
estudante, sendo aplicado em uma das sessões de tutoria, com a utilização ou não de
um dos problemas do módulo. Embora possa ser usada com propósitos formativos ou
somativos, a avaliação oral estruturada será utilizada com caráter formativo, para a
avaliação do desempenho do estudante na dinâmica tutorial. Esse exercício é
particularmente importante para a avaliação de estudantes da primeira série que ainda
não estão familiarizados com a aprendizagem baseada em problemas.
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3.3.3 – AVALIAÇÃO SOMATIVA DO ESTUDANTE
As avaliações somativas são aplicadas ao final das unidades educacionais, dos
estágios ou em momentos definidos do programa, para verificar o domínio e o grau de
alcance, pelos estudantes, das competências previamente estabelecidas. A avaliação
somativa tem a finalidade de averiguar a aprendizagem efetivamente ocorrida, para a
tomada de decisão sobre a progressão do estudante no programa ou a certificação no
final do curso. Considerando as limitações dos métodos de avaliação, a integração de
múltiplas observações, de diversos métodos de avaliação e de diferentes contextos é
fundamental para produzir informações sobre distintos aspectos do desempenho, para a
tomada de decisão.
Em cada unidade educacional, o julgamento final sobre a aprovação do estudante
será baseado em diversas avaliações somativas específicas. Considerando que o sistema
de avaliação do curso é critério-referenciada, os estudantes são avaliados quanto ao
domínio de um determinado padrão específico de competências. A aprovação do estudante
está vinculada ao completo domínio das competências desejadas.
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Formato 1 – F1: Avaliação final do desempenho do estudante na unidade
educacional
Ao término de cada unidade educacional, o coordenador da unidade deve
registrar no formato 1 os resultados finais das primeiras avaliações somativas
obtidas pelo estudante nos formatos e instrumentos referentes a esta unidade; e
o percentual de faltas do estudante nesta unidade. O formato 1 é também o
documento utilizado para a transcrição do conceito final. Se o estudante não
alcançar conceito Satisfatório nas primeiras avaliações somativas da unidade, o
conceito final somente será registrado após o término, pelo estudante, do plano
de reavaliação.
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Formato 2 – F2: Reavaliação do desempenho do estudante na unidade
educacional
Se o estudante não alcançar conceito Satisfatório nas primeiras avaliações
somativas da unidade educacional, o coordenador da unidade educacional deve
preencher o formato 2, correspondente ao plano de reavaliação. O coordenador
deve transcrever as fragilidades do estudante que necessitam ser corrigidas e os
conceitos obtidos nas reavaliações previstas no plano de reavaliação. Antes de
cada reavaliação, o coordenador deve informar, ao estudante, as áreas que
merecem atenção e estabelecer as estratégias educacionais para a superação.
Ao término do plano de reavaliação, o conceito obtido pelo estudante deverá ser
transferido para o formato 1.
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Formato 3 – F3: avaliação do desempenho do estudante no processo de
ensino-aprendizagem – sessão de tutoria (F3 ST), habilidades profissionais
em enfermagem (F3 HPE), Estágios (F3 EST) e práticas complementares
em enfermagem (F3 PCE).
Os formatos F3 ST, F3 HPE, F3 EST e F3 PCE foram delineados de modo a
estabelecer a estruturação dos parâmetros de avaliação do desempenho do
estudante, respectivamente, nas sessões de tutoria, nas habilidades profissionais
em enfermagem, estágios e práticas complementares em enfermagem. Ao término
de cada unidade educacional, o tutor ou instrutor deve preencher o formato 3
referente à unidade, expressando no documento a interpretação final do
desempenho do estudante no processo de ensino-aprendizagem da unidade. O
tutor ou instrutor, ao preencher o formato 3, deve formalizar uma síntese de todas
as avaliações formativas do desempenho do estudante, realizadas nas atividades
de trabalho em pequeno grupo da unidade. O tutor ou instrutor deve preencher
este documento na última semana do término da unidade educacional e entregar
o formato preenchido individualmente a cada estudante na última reunião do grupo.
Ao tomar conhecimento de sua avaliação, o estudante pode fazer um comentário
por escrito no espaço definido no formato ou comentário oral, se desejar socializar
e discutir as informações com o grupo.
Instrumento 1 – Exercício de Avaliação Cognitiva – EAC
O EAC é uma avaliação da modalidade de resposta escrita, realizada ao final
de cada módulo temático. O EAC é um exercício de avaliação de caráter somativo,
sem consulta, caracterizado por questões baseadas em problemas, ou seja,
questões que não podem ser respondidas sem a apropriada leitura e análise do
respectivo problema. As questões do EAC são baseadas em problemas para
manter coerência com as diretrizes curriculares e o processo de ensinoaprendizagem e devem promover a articulação básico-clínica; favorecer a
integração das dimensões biológica, psicológica e social; buscar comportamentos
em taxionomia do domínio cognitivo mais elevada (compreensão, aplicação,
análise, síntese e avaliação), evitando questões restritas à categoria memória;
contemplar conhecimentos que sejam relevantes para a prática profissional; e
incluir questões sobre o processo de cognição desenvolvido na resolução de um
problema (metacognição). As perguntas devem estimular o raciocínio e evidenciar
o entendimento do estudante em relação aos princípios, mecanismos, relações,
associações e implicações identificadas nos problemas e relevantes aos objetivos
do módulo temático. Esse exercício de avaliação deve permitir que o estudante
expresse seu entendimento geral sobre um tópico, mostre sua capacidade de
organizar suas idéias e seja criativo, crítico e sintético.
As questões da modalidade de resposta escrita são utilizadas para verificar a
aquisição de conhecimentos, podendo ser de resposta curta ou ensaio.
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a. Resposta curta: As questões formuladas devem estar vinculadas com
respostas curtas e diretas, utilizando-se de palavras adequadas, número,
símbolos ou de termos para concluir uma afirmação.
b. Ensaio: O estudante tem maior liberdade para responder às questões
formuladas, com autonomia para decidir como abordar, organizar, integrar ou
propor soluções para o problema. É uma modalidade relevante para um
currículo baseado em problemas.
• Ensaio sintético: a resposta à questão formulada deve ser breve e precisa,
sendo limitada por matéria introdutória ou pelo uso de orientações especiais.
O ensaio sintético viabiliza maior integração das disciplinas em comparação
com a resposta curta. Todavia, as questões tendem a ter pequena amostra
de conteúdo e pouca confiabilidade.
• Ensaio estendido: a liberdade de resposta é quase ilimitada. O estudante
realiza, usualmente por solicitação, uma análise ou avaliação crítica do
material apresentado. O ensaio estendido permite que o estudante mostre
a sua habilidade de escrever, expressar idéias, integrar conhecimentos e
sintetizar informações provenientes de várias fontes.
• Ensaio modificado: O estudante é orientado a responder uma série
progressiva de questões relacionadas com um caso ou problema escrito.
Ao caso ou problema inicial, acrescentam-se informações novas, conforme
seqüência predeterminada pelo examinador. A cada informação acrescida
ao problema anterior, o estudante deve responder novas questões,
considerando a informação adicional. Não é permitido ao estudante o retorno
às questões anteriores. É uma modalidade que incentiva o raciocínio clínico
e a habilidade de trabalhar com problemas. Validade e confiabilidade
moderadas.
Na avaliação cognitiva dos módulos temáticos, o exercício deve ser
usualmente composto por até sete problemas, na dependência das características
do módulo, sendo que para cada problema são formuladas de 3 a 5 questões,
incluindo questões de resposta curta e ensaio sintético. A complexidade das
questões formuladas deve aumentar progressivamente com a evolução do
estudante nas séries.
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Instrumento 2 – Exercício de Investigação Científica – EIC
Este instrumento tem como finalidade avaliar a capacidade dos estudantes
da 1ª a 3ª série de elaborar um exercício de investigação científica, durante o
trabalho anual desenvolvido em cada série, na unidade educacional Habilidades
Profissionais em Enfermagem. Outra finalidade é propiciar ao estudante a
oportunidade de iniciação no método de observação rigorosa e desenvolvimento
do espírito criativo e crítico. O EIC é uma atividade de trabalho em grupo, sendo o
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Instrumento 4 – Avaliação estruturada de desempenho clínico – OSCE
A avaliação estruturada de desempenho clínico – OSCE (Objective Structured
Clinical Examination) é uma avaliação estruturada e planejada para verificação
dos componentes da competência clínica. A padronização, o controle das situações
e o estabelecimento de padrões de desempenho tornaram o OSCE um instrumento
de relevância extraordinária na avaliação do grau de domínio de habilidades e
atitudes. O OSCE pode ter caráter formativo, somativo ou ambos, sendo
caracterizado por alto grau de abrangência e realismo.
A confiabilidade deve ser garantida pela criação de condições semelhantes
de avaliação para todos os estudantes; pelo número adequado de estações, com
tarefas diversificadas; pelos treinamentos apropriados dos instrutores e pacientes;
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número de estudantes de cada grupo determinado pelo instrutor, mediante
consideração das características do trabalho de investigação científica a ser
realizado. A sugestão é que o grupo tenha idealmente dois estudantes e, no máximo,
três estudantes. Para promover a indissociabilidade da pesquisa com o EnsinoServiços-Comunidade, a realidade social é o ponto de partida e de chegada de
qualquer ação. Os estudantes devem identificar, a partir da prática social (ponto
de partida), as indagações, os desafios e os problemas concretos que são os
elementos que dão origens ao desenvolvimento do processo de investigação. As
incertezas, as controvérsias, os questionamentos, a problematização, fundamental
à pesquisa, só nascem e têm significado a partir da leitura da realidade social. Os
professores e estudantes estão juntos na tarefa de investigar, interpretar, analisar
e problematizar a própria realidade, caminhando no sentido de uma educação
realmente integrada, com produção de conhecimento voltada para a transformação
social (ponto de chegada). Por conseguinte, embora não seja uma exigência
obrigatória, o exercício de investigação científica deve buscar a produção de
alternativas para o problema identificado, com a finalidade de colaborar na sua
resolução, em parceria com os serviços de saúde e a comunidade da área de
atuação.
O instrutor responsável pelo grupo de estudantes deve orientar, mediar e
supervisionar a elaboração do exercício. O EIC poderá ser uma proposta ou ação
de intervenção. A proposta de atuação deverá incluir um relato crítico reflexivo da
realidade, com identificação e análise de problemas; elaboração de planos ou
projetos de intervenção; proposta de execução; e processo de avaliação. O EIC
poderá ter formato de relato crítico-reflexivo do contexto e da intervenção possível,
de artigo científico ou de proposta referenciada no planejamento estratégico
situacional (análise de cenários, atores e recursos; de oportunidades, obstáculos
e facilidades em relação à proposta de atuação). Cada grupo de estudantes deve
entregar o EIC 20 dias antes do término da unidade HPE da respectiva série.
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e pela preparação cuidadosa da lista checagem, com os desempenhos detalhados
e critérios indicativos de domínio do comportamento esperado. A validade deve
ser assegurada pela inclusão de tarefas relevantes, comumente observadas na
prática de enfermagem, com grau de complexidade compatível com o estágio de
formação do estudante.
O OSCE é um exame laborioso e de alto custo, mas quando bem construído
fornece informações importantes sobre o desempenho do educando, essenciais
para o seu aprimoramento pessoal e profissional, assim como para a qualificação
do processo educacional. É utilizado na avaliação do desempenho individual dos
estudantes, que passam por uma série de estações, nas quais uma situação ou
caso clínico é apresentado, para que eles desempenhem uma tarefa específica
predeterminada. O OSCE é indicado na avaliação da interação e comunicação
adequadas com o paciente, incluindo situações de depressão, suicídios, violência
física, abuso sexual, pacientes fora de possibilidades terapêuticas, comunicação
de más notícias. Os estudantes são cuidadosamente avaliados por instrutores
que utilizam as informações relevantes obtidas durante o desempenho da tarefa,
para aperfeiçoar o processo formativo do educando. O feedback, ao estudante,
deve ser imediatamente após a realização da atividade, com fortalecimento dos
pontos positivos e correção das fragilidades apresentadas.
O OSCE com caráter somativo é empregado no final da 3ª série, sendo
composto por 10 a 18 estações, com duração aproximada de 4 a 5 horas para
cada estudante. Cada estação é realizada em uma sala. A duração de cada estação
é de 15 a 30 minutos, dependendo da complexidade da tarefa. Nesse período,
está incluído a realização da tarefa pelo estudante e do feedback do desempenho
do estudante pelo instrutor. O OSCE deverá ser realizado um mês antes do início
das Eletivas, para possibilitar a realização do plano de reavaliação.
¨
Instrumento 5 – Avaliação do desempenho do estudante na aplicação da
Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE
A SAE é uma avaliação da modalidade observação de desempenho que
pode ser utilizado com caráter formativo ou somativo, na avaliação de estudantes
da 3º e 4ª séries. Cada estudante é avaliado por diferentes instrutores, em diferentes
momentos, em diferentes cenários e com diferentes tipos de usuários. Em cada
encontro com duração de cerca de 20 minutos, os estudantes são avaliados quanto
ao desempenho, atitudes e habilidades durante a realização da Sistematização
da Assistência de Enfermagem, considerando a dimensão bio-psico-social do
usuário/família/comunidade. O instrutor deve registrar a data, o cenário, o tipo de
atendimento realizado. No fim do encontro, o estudante recebe feedback do instrutor
sobre o desempenho.
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Os instrutores podem adotar uma conduta seletiva para estudantes com
desempenhos limítrofes. Nesses casos, o aumento do número de encontros pode
trazer maiores informações para uma tomada de decisão. Os aspectos relevantes
da SAE incluem: (1) a diversificação de cenários, com inclusão de cenários
relevantes da prática profissional; (2) diversificação de clientes/comunidades/
famílias, com variedade ampla de problemas identificados ou diagnósticos de
enfermagem; e (3) proposta de intervenção a partir dos resultados esperados; e
(4) aspecto formativo e educativo do processo avaliativo, porque as várias
interações e o feedback imediato aumentam as oportunidades de aprender e corrigir
as deficiências. A SAE deverá ser realizada um mês antes do início das Práticas
Complementares em Enfermagem (PCE), para possibilitar a realização do plano
de reavaliação.
¨
3.3.4 – REGIMENTO INTERNO - AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ESCOLAR
Os artigos 127 a 140 fazem parte do Regimento da Escola Superior de
Ciências da Saúde, Título V da Avaliação e da Verificação do Rendimento
Acadêmico, da Promoção e Reprovação, Capítulo I da Avaliação do Desempenho
Escolar; Capítulo II da Promoção; e Capítulo III da Reprovação.
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Instrumento 7 – Avaliação oral estruturada – salto triplo
A avaliação oral estruturada baseia-se na reprodução dos passos da tutoria,
sendo estruturada em três etapas. Na primeira etapa, o estudante, individualmente,
deverá processar a situação-problema até o quinto passo da dinâmica tutorial, ou
seja, até o estabelecimento dos objetivos de aprendizagem. Nessa análise, o
estudante deve elaborar pelo menos três questões relevantes ao problema,
procurando contemplar as três dimensões: biológica, psicológica e social. Em
seguida, os estudantes comparam os resultados de suas análises com o gabarito
formulado pelo grupo de planejamento do módulo. Todas as questões levantadas
pelos estudantes devem ser analisadas frente aos critérios para a formulação de
questões. A seguir, o grupo deve estabelecer, entre as questões levantadas, os
objetivos de aprendizagem para o aprofundamento e a complementação das
explicações.
Na segunda etapa, o estudante deverá buscar as informações para superar
as lacunas de conhecimento. Finalmente, na terceira etapa, o estudante rediscutirá
o problema à luz dos novos conhecimentos adquiridos e, dependendo da série,
poderá ser avaliado em relação ao plano de manejo do problema. O estudante
deve demonstrar também capacidade de avaliar o seu próprio desempenho no
exercício, avaliação dos pares e avaliação do tutor.
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Capítulo I – da Avaliação do Desempenho Escolar
Art. 127. A avaliação do rendimento escolar nas unidades educacionais será
realizada por observância da assiduidade e da verificação do desempenho do
estudante nas competências estabelecidas.
Art. 128. A verificação do rendimento escolar será feita ao término de cada
Unidade Educacional por meio de formatos e instrumentos que comprovem o
alcance, por parte do estudante, dos objetivos educacionais e de aprendizagem
estabelecidos para cada Unidade.
Parágrafo único. Para efeito do disposto no caput, entende-se por Unidade
Educacional os Módulos Temáticos, Habilidades Profissionais em Enfermagem,
Práticas Complementares em Enfermagem e Estágios.
Art. 129. O desempenho escolar será avaliado de maneira formativa e
somativa, ao longo de todo o curso, por meio dos seguintes métodos de avaliação:
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I.
II.
III.
IV.
V.
VI.
Auto-avaliação;
Avaliação dos pares - oral;
Avaliação pelo tutor/instrutor/preceptor;
Teste de progressão;
Exercício baseado em problemas;
Mini-avaliação objetiva e estruturada do desempenho clínico – mini
-OSCE
VII. Exercício de avaliação cognitiva – EAC;
VIII. Exercício de investigação científica – EIC;
IX. Avaliação objetiva e estruturada do desempenho clínico – OSCE;
X. Avaliação do desempenho do estudante na aplicação da Sistematização
da Assistência de Enfermagem – SAE
XI. Avaliação oral estruturada – salto triplo; e
XII. Avaliação do desempenho em Sessões de Tutoria, Habilidades
Profissionais em Enfermagem, Práticas Complementares em
Enfermagem e Estágios.
Parágrafo único. Os critérios de avaliação serão definidos nos respectivos
manuais das unidades educacionais e no Manual de Avaliação.
Art. 130. A aplicação dos formatos e instrumentos de avaliação, bem como
os planos de reavaliação, serão regulamentados no Manual de Avaliação elaborado
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pela Gerência de Educação e Avaliação do Curso de Enfermagem em consonância
com o modelo pedagógico adotado para o curso e submetido ao CEPE/ESCS
para aprovação.
Art. 131. No plano de reavaliação, para cada formato ou instrumento, a
verificação do desempenho escolar será feita por uma segunda avaliação e, quando
necessária, por uma terceira avaliação.
Art. 132. A avaliação do rendimento escolar se procederá mediante atribuição
dos conceitos: Satisfatório (S) e Insatisfatório (I).
Art. 133. A verificação e o registro da freqüência do estudante, em cada
atividade educacional, será de responsabilidade do instrutor/tutor e o seu controle
será feito pela Secretaria de Curso;
Parágrafo único. As faltas justificadas por atestado médico serão objeto de
regulamentação pelo CEPE/ESCS mediante Resolução própria.
Capítulo II – da Promoção
Art. 135. Somente as avaliações somativas serão utilizadas para a verificação
da promoção e certificação do estudante, e serão realizados por meio de
documentos denominados formatos e instrumentos.
Parágrafo único. As informações obtidas na avaliação formativa serão utilizadas
para a regulação contínua do desempenho do estudante e do processo
educacional.
Capítulo III – da Reprovação
Art. 136. O estudante que não obtiver a freqüência mínima obrigatória de
75% (setenta e cinco por cento) nas atividades programadas de cada unidade
educacional, independentemente dos demais resultados obtidos, será reprovado
na respectiva série.
31
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Art. 134. A promoção para a série subseqüente ocorrerá, quando o estudante
obtiver conceito Satisfatório e freqüência mínima obrigatória de 75% (setenta e
cinco por cento) em cada unidade educacional, ao final da série em curso.
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Art. 137 O estudante que mantiver conceito Insatisfatório após plano de
reavaliação do Exame de Avaliação Cognitiva de Módulo Temático, será
considerado Insatisfatório naquela unidade e, por isso, será avaliado por uma
Comissão de Reavaliação Especial que decidirá pela manutenção do conceito ou
pela instituição de um Plano de Reavaliação Especial a que o estudante será
submetido.
§ 1º A Comissão de Reavaliação Especial será constituída pelo Coordenador
da respectiva Unidade Educacional, Coordenador de Série, um membro da
Comissão de Avaliação e pelo Coordenador do Curso que a preside.
§ 2º O Plano de Reavaliação Especial deverá ser aplicado ao estudante antes
do início da próxima série.
§ 3º As Reprovações nas Unidades Educacionais, obedecem às instruções
contidas no Manual de Avaliação.
Art. 138. O estudante que mantiver o conceito Insatisfatório após a avaliação
pela Comissão e/ou Plano de Reavaliação Especial será reprovado na respectiva
série, independente dos demais resultados obtidos.
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§ 1º O estudante poderá realizar apenas um Plano de Reavaliação Especial
por série.
§ 2º Os critérios que decidirão a inclusão do estudante no Plano de Reavaliação
Especial serão elaborados por uma Comissão Especial e incluídos no Manual de
Avaliação do respectivo curso após aprovação do CEPE.
Art. 139. Na primeira avaliação de desempenho nas sessões de tutoria, o
estudante que obtiver três conceitos finais Insatisfatórios, resultantes da aplicação
do formato correspondente, será reprovado na série, independentemente dos
demais resultados obtidos.
Parágrafo único. Cada conceito Insatisfatório resultante da aplicação do formato
correspondente a primeira avaliação de desempenho nas sessões de tutoria,
deverá ser registrado na ficha individual do estudante.
Art. 140. O estudante que mantiver conceito Insatisfatório na terceira avaliação
(plano de reavaliação especial) de um formato ou instrumento, exceto para o
Exercício de Avaliação Cognitiva, será considerado Insatisfatório na unidade
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educacional e, por isso, será reprovado na respectiva série, independentemente
dos demais resultados obtidos.
Parágrafo único – O estudante que mantiver conceito Insatisfatório na segunda
avaliação (plano de reavaliação) das unidades educacionais eletivas, dos estágios,
ou dos exercícios de investigação científica será considerado Insatisfatório na
respectiva unidade educacional e, por isso, será reprovado na série,
independentemente dos demais resultados obtidos.
3.3.5 – CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO
O estudante deverá obter conceito Satisfatório em todas as unidades
educacionais da série para alcançar a promoção para a série subseqüente.
¨
Reavaliação do estudante nas sessões de tutoria – F3 ST
O estudante que obtiver conceito Insatisfatório na primeira avaliação de
desempenho nas sessões de tutoria (F3 ST) de um módulo temático deverá cumprir
o plano de reavaliação. No plano de reavaliação, a segunda avaliação será realizada
no módulo temático subseqüente, supervisionado pelo tutor responsável pelo grupo
ou, se necessário, por outro docente designado para essa atividade. Nessa segunda
avaliação, o tutor deverá avaliar o desempenho do estudante nas sessões de
tutoria, considerando as fragilidades observadas no módulo anterior. Desse modo,
o tutor deverá preencher o formato F2 (plano de reavaliação) do módulo anterior
e o formato F3 ST do módulo subseqüente. Os conceitos da segunda avaliação
(F2) do módulo anterior e da primeira avaliação (F3 ST) do módulo subseqüente
deverão ser coincidentes. Quando se tratar do último módulo da série, a segunda
avaliação consistirá de avaliação oral estruturada (salto triplo), supervisionada
pelo tutor e por um docente responsável pelo módulo. A terceira avaliação (plano
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3.3.6 – CRITÉRIOS DE REAVALIAÇÃO
O estudante que obtiver conceito Insatisfatório na primeira avaliação da
unidade educacional, resultante da primeira aplicação do formato ou do instrumento
respectivo, será submetido ao plano de reavaliação específico, desde que tenha
freqüência mínima obrigatória de 75% nas atividades programadas de cada unidade
educacional da respectiva série.
A avaliação insatisfatória deverá ser analisada concomitantemente pelo tutor
/ instrutor do grupo do estudante e pelo coordenador da unidade educacional,
seguida de diálogo com o estudante, para a identificação das dificuldades
específicas e elaboração de plano de reavaliação individualizado. A implementação
do plano de reavaliação deverá ser acordada entre o estudante, o docente
supervisor do plano e o coordenador da unidade educacional, observando a
compatibilidade de horário.
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de reavaliação), quando necessária, poderá ser realizada no módulo subseqüente
(caso tenha outro módulo subseqüente), no período de férias ou na semana de
avaliação prevista.
¨
Reavaliação do estudante nas Habilidades Profissionais em Enfermagem
– F3 HPE
O estudante que obtiver conceito Insatisfatório na primeira avaliação nos
formatos F3 HPE deverá cumprir plano de reavaliação no período subseqüente,
supervisionado pelo instrutor do respectivo grupo e, caso necessário, por outro
docente designado para essa atividade. A segunda avaliação (plano de reavaliação)
será realizada no período subseqüente ou no último mês que antecede o término
da unidade educacional. A terceira avaliação, quando necessária, será realizada
no período de férias ou na semana de avaliação prevista.
¨
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Reavaliação do estudante nos Estágios – F3 EST
O estudante que obtiver conceito Insatisfatório na primeira avaliação no
formato F3 EST deverá cumprir plano de reavaliação no estágio subseqüente,
supervisionado pelo preceptor responsável pelo grupo ou, se necessário, por outro
docente designado para essa atividade. Na segunda avaliação (plano de
reavaliação), o instrutor deverá avaliar o desempenho do estudante nas atividades
do estágio, considerando as fragilidades observadas no estágio anterior. Assim, o
instrutor deverá preencher o formato F2 (plano de reavaliação) do estágio anterior
e o formato F3 EST do estágio subseqüente. Os conceitos da segunda avaliação
(F2) do estágio anterior e da primeira avaliação (F3 EST) do estágio subseqüente
deverão ser coincidentes. Quando se tratar do último estágio da série, essa segunda
avaliação consistirá de avaliação de casos reais vivenciados, supervisionada pelo
preceptor e por um docente responsável pelo estágio. A segunda avaliação, quando
necessária, será realizada no período de férias ou na semana de avaliação prevista.
O prazo final para a realização da segunda avaliação será no máximo de uma
semana antes do início da série subseqüente, ou antes, da colação de grau, quando
se tratar da 4a série.
¨
Reavaliação do estudante nas Práticas Complementares em Enfermagem
– F3 PCE
O estudante que obtiver conceito Insatisfatório na primeira avaliação do
formato F3 PCE deverá cumprir plano de reavaliação no período de férias anterior
ao início do ano subseqüente. O prazo final para a realização da única avaliação
do plano de reavaliação será de, no máximo, uma semana antes do início da série
subseqüente.
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¨
Reavaliação do estudante no Exercício de Avaliação Cognitiva - EAC
O estudante que obtiver conceito Insatisfatório no primeiro exercício de
avaliação cognitiva de um módulo temático deverá cumprir plano de reavaliação.
A segunda avaliação (plano de reavaliação) será realizada em data previamente
programada, na unidade subseqüente. A terceira avaliação, quando necessária,
será realizada no período de férias ou na semana de avaliação prevista. Antes do
início do plano de reavaliação, o coordenador da unidade educacional e o tutor do
respectivo grupo do estudante deverão reunir com o estudante para elaborar um
plano de reavaliação individualizado, considerando as fragilidades observadas na
avaliação anterior. Antes das reavaliações, a coordenação da unidade educacional
deverá preservar um apropriado intervalo de tempo para que os estudantes possam
buscar as informações necessárias para a superação das dificuldades. As
reavaliações não podem ser coincidentes com as atividades educacionais
subseqüentes dos estudantes.
¨
¨
Reavaliação do estudante objetiva e estruturada do desempenho clínico OSCE
Como as avaliações de desempenho clínico estruturado (mini OSCE) das 1ª, 2ª e 3ª
séries são exclusivamente formativas, o plano de reavaliação se aplica apenas para o
OSCE da 3ª série. O plano de reavaliação do OSCE será elaborado pelo grupo de
planejamento do OSCE, considerando as fragilidades de cada estudante. A segunda
avaliação (plano de reavaliação) será realizada no mês seguinte da primeira avaliação,
enquanto a terceira avaliação, quando necessária, será realizada no mês das Práticas
Complementares em Enfermagem, caso seja possível, ou no período de férias. O prazo
final para a realização da terceira avaliação será de, no máximo, uma semana antes do
início da próxima série.
¨
Reavaliação do desempenho do estudante na aplicação da Sistematização
da Assistência de Enfermagem - SAE
O estudante que obtiver conceito Insatisfatório na primeira avaliação da SAE
deverá cumprir plano de reavaliação. A segunda avaliação (plano de reavaliação)
será realizada no mês seguinte da primeira avaliação, enquanto a terceira avaliação,
quando necessária, será realizada no mês das Práticas Complementares em
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Reavaliação do estudante no Exercício de Investigação Científica – EIC
O estudante ou grupo que obtiver conceito Insatisfatório nos exercícios de
investigação científica deverá cumprir plano de reavaliação durante as férias
imediatamente anteriores ao ano letivo subseqüente. A entrega do produto da
segunda avaliação (plano de reavaliação) deverá ocorrer em data previamente
programada. A data final para a entrega será de, no máximo, uma semana antes
do início da série subseqüente.
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Enfermagem, caso seja possível, ou no período de férias. O prazo final para a
realização da terceira avaliação será de, no máximo, uma semana antes do início
da 4ª série. Quando se tratar da 3ª série, o prazo final para a realização da
reavaliação será no máximo de uma semana antes do início da série subseqüente
ou, antes da colação de grau, quando se tratar da 4º série.
3.3.7 – CRITÉRIOS DE REPROVAÇÃO
¨
Reprovação do estudante por freqüência
O estudante que não obtiver a freqüência mínima obrigatória de 75% (setenta
e cinco por cento) nas atividades programadas de cada unidade educacional,
independentemente dos demais resultados obtidos, será reprovado na respectiva
série (artigo 136 do regimento).
¨
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Reprovação do estudante nas sessões de tutoria – F3 ST
O estudante que obtiver três conceitos finais Insatisfatórios na primeira
avaliação do desempenho nas sessões de tutoria, resultante da aplicação do
formato F3 ST, será reprovado na respectiva série, independentemente dos
resultados obtidos (artigos 139 do regimento). Será também reprovado na
respectiva série o estudante que mantiver conceito Insatisfatório na terceira
avaliação (plano de reavaliação), independentemente dos demais resultados obtido
(artigos 140 do regimento).
¨
Reprovação do estudante no Exercício de Avaliação Cognitiva – EAC
O estudante que mantiver o conceito Insatisfatório após a terceira avaliação (plano
de reavaliação) nos exercícios de avaliação cognitiva será avaliado por uma Comissão
de Reavaliação Especial (artigo 137 do regimento). O estudante que mantiver o conceito
Insatisfatório após a avaliação pela Comissão e/ou Plano de Reavaliação Especial será
reprovado na respectiva série, independente dos demais resultados obtidos (artigo 138
do regimento).
3.3.8 – CRITÉRIOS PARA CONCEITO SATISFATÓRIO NO FORMATO - F3 ST
Os critérios e desempenhos para o conceito satisfatório no F3 ST, nas três séries
iniciais, estão baseados na demonstração, interesse, participação e contribuição dos
estudantes em relação ao processamento do problema, ao processo de aprender a
aprender, as atitudes e habilidades, na relação interpessoal, no trabalho em grupo e no
processo de avaliação. Espera-se que o aluno apresente um aumento gradativo de
profundidade e relevância nos desempenhos, atitudes e habilidades e no processo de
avaliação no decorrer das séries conforme especificado abaixo.
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B – Em relação às atitudes e às habilidades na relação interpessoal e no trabalho
em grupo:
• Demonstrar pontualidade e assiduidade nas atividades em pequeno grupo;
• Demonstrar responsabilidade e compromisso com as tarefas de aprendizagem e
do grupo;
• Respeitar opiniões e idéias divergentes;
• Demonstrar atenção e respeito às características individuais e às necessidades
individuais;
• Estar atento às discussões e interessado no trabalho do grupo;
• Usar linguagem clara, adequada e respeitosa;
• Ouvir com atenção;
• Demonstrar habilidades de comunicação verbal e não-verbal;
• Considerar as expressões verbais e não-verbais dos membros do grupo;
• Demonstrar empatia.
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Os desempenhos incluem:
A – Em relação ao processamento do problema e ao processo de aprender a
aprender
• Levantar de questões pertinentes;
• Integrar as dimensões biológica, psicológica e social;
• Formular hipóteses ou explicações com base em conhecimentos prévios;
• Construir de mecanismos para explicar o problema;
• Identificar lacunas de conhecimento;
• Participar na elaboração de questões de aprendizagem claras, focalizadas, não
superficiais, desafiadoras e exeqüíveis;
• Buscar informações relevantes, orientadas pelas questões e pelo problema;
• Elaborar as informações pesquisadas, fazendo interpretações, integrações,
avaliações, sistematizações, adaptações e adequações, direcionadas para
a explicação ou resolução do problema;
• Citar fontes e compartilhar informações relevantes de forma clara e resumida;
• Analisar criticamente as informações e as fontes;
• Aplicar novos conhecimentos ao problema;
• Verificar se as questões de aprendizagem foram respondidas ou se houve
falta de informação;
• Refletir sobre o que foi assimilado no processamento do problema (conceitos,
princípios, processos etc) e como o novo conhecimento poderia ser aplicado
ou transferido em problemas prévios ou futuros.
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C – Em relação ao processo de avaliação:
• Apresentar capacidade de fazer e receber críticas;
• Realizar de forma pertinente a auto-avaliação, avaliação dos pares, avaliação
do tutor;
• Demonstrar senso de autocrítica;
• Reconhecer a responsabilidade pela própria aprendizagem;
• Avaliar o próprio processo de aprendizagem e o próprio desempenho como
membro do grupo;
• Propiciar feedback específico dos desempenhos dos pares e do tutor;
• Evitar avaliações corporativistas, parciais, repetitivas e burocráticas;
• Desenvolver ação para corrigir dificuldades.
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3.4 – AVALIAÇÃO DO DOCENTE
Ao final de cada unidade educacional ou estágio, o tutor, instrutor ou preceptor
é avaliado por todos os estudantes do seu grupo de atuação. Cada estudante, por
meio de um documento (formato) escrito, formaliza a avaliação do desempenho
do docente nas atividades educacionais da unidade. Esse documento deve ser
preenchido na última semana do término da unidade educacional ou estágio.
O prazo máximo de entrega é de sete dias após as datas previstas de término
de cada unidade educacional ou estágio, conforme ordem de serviço nº 18 de
26 de setembro de 2005. A identificação do estudante é opcional.
¨
Formato F4: Observação do desempenho do tutor/instrutor/preceptor:
tutor nas Sessões de Tutoria (F4 ST), instrutor/preceptor nas Habilidades
Profissionais em Enfermagem (F4 HPE), Instrutor/preceptor das Práticas
Complementares em Enfermagem (F4 PCE) e instrutor/preceptor de
Estágios do processo de ensino-aprendizagem:
Ao término das seções tutorias dos módulos temáticos, habilidades
profissionais em enfermagem, práticas complementares em enfermagem e estágios
cada estudante deve preencher o formato 4 respectivo da unidade, ou seja, F4
ST, F4 HPE, F4 PCE e F4 EST expressando no documento a interpretação final
do desempenho do tutor/instrutor/preceptor nas atividades de ensino-aprendizagem
da unidade educacional. O estudante, ao preencher o formato 4, deve formalizar
a avaliação do desempenho do tutor/instrutor/preceptor nas atividades
educacionais.
3.5 – AVALIAÇÃO DAS UNIDADES EDUCACIONAIS:
As unidades educacionais são avaliadas pelos estudantes e pelos docentes
envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. O estudante e o docente devem
descrever, ao final da unidade educacional, uma síntese das observações feitas sobre a
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unidade educacional, nos formatos específicos. Esse documento deve ser preenchido na
última semana do término da unidade educacional. O prazo máximo de entrega é de
sete dias após as datas previstas de término de cada unidade educacional, conforme
ordem de serviço nº 18 de 26 de setembro de 2005. A identificação do avaliador é opcional.
¨
Formato 5 – F5: Avaliação das unidades educacionais: Módulo Temático
(F5 MT), Sessão de Tutoria (5 ST), Habilidades Profissionais em
Enfermagem (F5 HPE), Palestras/Mesas Redondas/Conferências (F5 PMC),
Exercício de Avaliação Cognitiva (F5 EAC), Práticas Complementares em
Enfermagem (F5 PCE) e Estágios (F5 EST):
Esses formatos são destinados para a avaliação dos módulos temáticos, sessão de
tutoria, habilidades profissionais em enfermagem, palestras/mesas redondas/conferências,
práticas complementares em enfermagem e estágios. Nesses documentos, os estudantes
e docentes devem avaliar todo o processo de aprendizagem desenvolvido na respectiva
unidade educacional.
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3.6 – FORMATOS DE AVALIAÇÃO
Os formatos destinados à avaliação de estudantes, docentes, unidades educacionais
e estágios estão relacionados na tabela 3.
Tabela 3 – Relação dos formatos do Curso de Enfermagem da ESCS, com o respectivo
título, avaliado, avaliador e período de aplicação na avaliação de estudantes, tutores/
instrutores e unidades educacionais. Brasília, agosto – 2009.
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ROTEIRO PARA PREENCHIMENTO DO FORMATO 1
AVALIAÇÃO FINAL E PRIMEIRA AVALIAÇÃO DO ESTUDANTE
NA UNIDADE EDUCACIONAL
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O conceito final e os resultados finais das primeiras avaliações somativas do estudante
em cada unidade educacional, assim como a freqüência do estudante na unidade
educacional devem ser transcritos no Formato 1. Portanto, ao final de cada unidade
educacional, cada estudante terá um formato 1, onde estarão registradas todas as
avaliações somativas realizadas na unidade.
Na página da frente do formato, o coordenador da unidade educacional deve
transcrever o conceito final obtido pelo estudante, resultado da análise de todas as
avaliações feitas na unidade. Se o estudante não obtiver conceito final Satisfatório nas
primeiras avaliações da unidade educacional, o preenchimento do conceito final deve ser
adiado para depois da realização das recuperações. Nesse caso, o coordenador deve
assinalar o item “adiamento da decisão”.
Na página oposta à da frente do formato, o coordenador da unidade educacional
deve assinalar todos os conceitos obtidos nas primeiras avaliações somativas do estudante
na unidade educacional, resultantes da primeira aplicação dos formatos e/ou instrumentos
respectivos. Desse modo, deverão ser preenchidos somente os campos relativos aos
formatos e instrumentos que foram aplicados na unidade educacional. Nessa mesma
página, os responsáveis pela secretaria do Curso de Enfermagem devem transcrever o
número e o percentual de faltas do estudante na unidade educacional.
O coordenador da unidade educacional, quando julgar necessário, poderá tecer
comentários sobre a primeira avaliação do estudante. O coordenador e o estudante deverão
assinar o formato 1, nos locais respectivos.
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ROTEIRO PARA PREENCHIMENTO DO FORMATO 2
REAVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO ESTUDANTE NA UNIDADE
EDUCACIONAL
PLANO DE RECUPERAÇÃO
O formato 2 é o documento utilizado para a transcrição das avaliações no
plano de recuperação, sendo destinado somente para os estudantes que não
obtiveram conceito Satisfatório nas primeiras avaliações somativas da unidade
educacional.
O coordenador da unidade educacional deverá transcrever os conceitos
obtidos pelo estudante na segunda e, se necessário, na terceira avaliação do(s)
formato(s) e/ou instrumento(s) da unidade educacional, no(s) qual(is) o estudante
tenha obtido conceito Insatisfatório na primeira avaliação. Nesse formato, o
coordenador deverá relatar também as áreas de atuação do estudante que
requerem atenção. No verso desse formato, o docente responsável pela reavaliação
do estudante na unidade educacional deverá tecer recomendações ou comentários
sobre o aproveitamento do estudante no plano de recuperação. O estudante poderá
igualmente tecer comentários sobre o resultado da sua avaliação no plano de
recuperação.
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BIBLIOGRAFIA
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