2 Água e desenvolvimento
4 Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí
8 Sistema de monitoramento de enchentes
10 O que é Perícia Ambiental?
11 Educando para preservar
12 Um panoramo sobre o Marketing Verde
14 Cristina — natureza, história, hospitalidade...
Cleber Miranda
16 Gestão de custos
18 Pequenos detalhes conquistam clientes
19 A identidade digital
20 Investimento sustentável e de longo prazo
Carta ao leitor
Nesta edição que damos as boas vindas à primavera
temos como tema a água.
Elemento primordial que rege a vida do planeta e de
cada ser vivente. Sabemos que nosso corpo é constituído
de 70% de água, e que não conseguimos sobreviver se
ficarmos mais que três dias sem ela.
A ingestão de água está diretamente ligada ao bom
funcionamento de nosso organismo, bem como à saúde
das plantas, dos animais e do planeta.
Devemos cuidar para que a saúde das nascentes e
dos rios seja preservada, sabemos que a quantidade de
água doce no planeta é bem menor que a de água salgada, imprópria para o consumo. E que em várias regiões do
globo a água potável está em plena escassez.
Ao acordarmos, o primeiro elemento com o qual temos contato é a água. Durante o dia a utilizamos para
vários fins, ela nos traz bem estar. Imagine como seria um
dia sem ela?
Ao abrirmos a torneira, não nos damos conta de todo o percurso que ela fez para chegar até ali, inclusive por
quais tratamentos teve que passar...
Usar a água de forma consciente, proteger as nascentes, cuidar do rio, é o mínimo que cada um de nós
pode fazer para preservar sua qualidade.
Por outro lado, a água se torna um elemento de temor quando chegam as cheias, por isso conheceremos
o trabalho de Monitoramento que está sendo feito em
nossa região.
Este tema é muito vasto, como uma gotinha que
ao entrar em contato com outro elemento, faz toda uma
transformação, esperamos pois, que as informações desta edição se tornem um gotinha no solo fértil que é cada
leitor, e que possa no dia a dia fazer uma transformação
para uma melhor qualidade de vida. Afinal, se não fossem
as gotinhas o oceano não existiria.
Boa leitura!
Elaine Pereira
através do mercado de ações
21 Finanças pessoais
22Bruxismo
24 Radiografia Odontológica Digital
25 Andador Microcontrolado
26 Construindo para educar
O planeta Terra pede socorro
27 A água e a vida
expediente
Naturale é uma publicação da DIAGRARTE Editora Ltda
CNPJ 12.010.935/0001-38 Itajubá/MG
Editora: Elaine Cristina Pereira
Colaboradores
Articulistas: Alex Gobato, Ana Moni, Bernadette Vilhena, Célio Gentil, Cesar
Fernandes, Conrado Navarro, Diene Eiry da Silva, Dra. Gracia Costa Lopes,
Lina Lisboa, Luiz Anderson, Márcia Gil de Souza, Márcia Viana L. Martins, Marileia Ieno Gonçalves, Priscila Moraes de Carvalho, Paulo José Braz Rosas.
Revisão: Marília Bustamante Abreu Marier
Projeto Gráfico: Elaine Cristina Pereira
Fotos Capa: Cleber Miranda (35 9816-9565), Maria de Lourdes M. Gonçalves, Natanael Gonçalves Fotos: Geraldo Gomes (35 9837-7810), Jair Antonio
(35 9804-2394), Sthenio Maia.
Vendas: Diagrarte Editora Ltda
Impressão: Gráfica Novo Mundo Ltda
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Apoio
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Naturale
setembro/outubro - 2010
66 Escovar os dentes com a torneira
aberta define um gasto aproximado de
10 litros. Escove com a torneira fechada.
Esta dica vale também para a lavagem
da louça.
66 Descargas de água na maior parte das
vezes são anti-econômicas. Se possível,
opte por vasos com regulagem.
66 Beba água mineral em galões, os des-
cartáveis são poluentes e o seu processo
de fabricação demanda mais recursos
hídricos.
66 Não utilize água tratada para lavar a
calçada. Uma mangueira aberta significa
um consumo aproximado de 300 litros
de água em 15 minutos.
66 Plantas devem ser regadas pela manhã ou ao cair da tarde, evitando-se
assim a perda por evaporação.
66 Lavar o carro utilizando mangueira
consome muita água, use o balde.
66 Verifique sempre se há vazamentos
no sistema hidráulico de sua casa, se
o vazamento for externo chame a concessionária fornecedora da água. Não se
iluda, vazamentos na rua são pagos por
você.
66 Sempre que possível reutilize água
em casa.
66 Nunca jogue no rio, o que você não
jogaria na sua sala de estar. O local onde
você passa horas de descanso tem que
ser limpo, assim como o rio.
66 Apoie qualquer iniciativa de proteção
à fontes e cursos d’água. Recurso hídrico
protegido é recurso hídrico disponível.
A questão dos recursos hídricos
com qualidade e quantidade suficientes está estreitamente relacionada com
a possibilidade de desenvolvimento de
uma sociedade. A falta do recurso, com
certeza, inviabilizará o desenvolvimento.
“A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção
e as necessidades de ordem econômica,
sanitária e social.” Declaração Universal
da Água.
Luiz Anderson, Químico e Consultor Ambiental da Ambioquim Consultoria e Prof. de
Meio Ambiente.
Maria de Lourdes Maia Gonçalves
66 Economizar é sempre uma boa ação,
um filete de vazamento gasta em média
de 12 a 20 litros de água por minuto.
Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí
CBH Sapucaí
A água é um recurso renovável pela ação da natureza, entretanto a poluição dos
corpos d’água e o aumento exacerbado da demanda estão comprometendo a qualidade e quantidade dos recursos hídricos. Por estas razões torna-se necessário agir
para proteger, recuperar e preservar os recursos hídricos.
O código das águas (Decreto 24.643 de 10/07/34 alterado pelo Decreto 852 de
11/11/38) é o marco inicial da legislação brasileira de recursos hídricos. Ele indica os
princípios de planejamento de recursos hídricos e estabelece a prioridade do uso
da água para o abastecimento doméstico, dispõe também sobre a classificação e
utilização. A preocupação com a saúde pública, fauna e flora, é evidenciada com a
obrigatoriedade do tratamento do esgoto e a responsabilização financeira dos poluidores. Por outro lado, este código era bastante centralizador e tinha como foco
principal o setor elétrico em decorrência do desenvolvimento econômico vigente.
Em 1988 com a promulgação da nova constituição se estabelece, entre outros,
que as águas são bens públicos, do domínio da União e dos Estados. E que compete
a União legislar sobre as águas e instituir um Sistema Nacional de Gestão de Recursos
Hídricos. A Lei Federal 9.433/97 institui a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH)
e implanta o Sistema Nacional de Gestão de Recursos Hídricos (SIGRH).
Fig. 1 - Sistema Nacional e Estadual de Recursos Hídricos (Fonte Senra, 2005)
Compete ao Conselho Nacional de
Recursos Hídricos (CNRH) definir a macro política nacional, as regras gerais para
gestão em rios de domínio da união e
intermediar os conflitos em bacias hidrográficas federais. Assim como compete
ao CERH as regras gerais para gestão
em rios de domínio do estado em observância da política nacional e a gestão
de conflitos em bacias estaduais. O CNRH está atrelado ao Ministério do Meio
Ambiente e a Secretaria de Recursos
Hídricos. A Agência Nacional de Águas
(ANA) tem a finalidade, entre suas atribuições, de implementar a PNRH.
O Comitê de Bacia é um órgão colegiado, normativo e deliberativo, com
atuação na bacia hidrográfica. O objetivo, entre outros, é promover o debate
das questões relacionadas com os recursos hídricos, articular a atuação de
órgãos e entidades intervenientes e pro-
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mover a realização de ações que visem
a preservação e recuperação da bacia
hidrográfica e o desenvolvimento autosustentável da bacia. A Agência de Bacia
exerce a função de secretaria executiva
dos Comitês de Bacias.
Fundamentos da Lei 9.433/97:
66 a água é um bem de domínio público;
66 o consumo humano e animal são
prioritários em situação de escassez;
66 a bacia hidrográfica é uma unidade
territorial para implementação;
66 a gestão dos recursos hídricos deve
proporcionar o uso múltiplo da água;
66 a água é um recurso natural limitado,
dotado de valor econômico;
66 a gestão dos recursos hídricos deve
ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários
e das comunidades.
Os objetivos são:
Por Marcia Viana Lisboa Martins
66 assegurar à atual e às futuras gerações
a necessária disponibilidade de água, em
padrões de qualidade adequados aos
respectivos usos;
66 atualizar racional e integralmente os recursos hídricos, incluindo os
transportes aquaviário, com vistas ao
desenvolvimento sustentável;
66 preservar e defender-se contra eventos
hidrológicos críticos de origem natural ou
decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.
Os principais instrumentos de gestão dos recursos hídricos previstos são:
66 Outorga de direito para usar água;
66 Cobrança pelo uso da água;
66 Plano de recursos hídricos;
66 Enquadramento dos corpos de água;
66 Sistema de informações sobre os recursos hídricos.
Em Minas Gerais a Lei Estadual
13.199/99 dispõe sobre a política estadual
e o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SEGREH). O
SEGRH é um conjunto de órgãos e entidades, governamentais ou não, com o
intuito de empregar a gestão integrada e
descentralizada das águas; decidir administrativamente os conflitos relacionados
com os recursos hídricos; implementar a
política estadual de recursos hídricos;
planejar, regular, coordenar e controlar o
uso, a preservação e a recuperação de
recursos hídricos do Estado; promover
a cobrança pelo uso de recursos hídricos, tendo como principal instrumento o
planejamento. O órgão gestor do estado
é Instituto Mineiro de Gestão de Recursos Hídricos (IGAM). O estado de Minas
Gerais foi dividido em 36 unidades de
planejamento. O comitê de bacia do Rio
Sapucaí é a unidade denominada GD5.
Comitê de Bacia Hidrográfica do
Rio Sapucaí - CBH Sapucaí
O decreto 39.911 de 23/09/1998
institui o Comitê da Bacia Hidrográfica
do Rio Sapucaí - GD5 com a finalidade
de promover a viabilização técnica e
econômico-financeira de programas de
investimento e consolidação de políticas
de estruturação urbana e regional, visando ao desenvolvimento sustentado.
Naturale
setembro/outubro - 2010
A Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí é uma das sub-bacias do Rio Grande.
O Rio Sapucaí nasce na Serra da Mantiqueira, em Campos do Jordão/SP, a uma
altitude de 1.650 m, desaguando no Lago
de Furnas a 780 m de atitude, percorrendo, aproximadamente, 248 km.
A vertente mineira possui uma área
de drenagem de 8.824 km² (93,32% da
área total) e abrange 48 municípios: Borda da Mata, Brasópolis, Cachoeira de
Minas, Camanducaia, Cambuí, Careaçu,
Carvalhópolis, Conceição das Pedras,
Conceição dos Ouros, Congonhal, Consolação, Cordislândia, Córrego do Bom
Jesus, Delfim Moreira, Elói Mendes,
Espírito Santo do Dourado, Estiva,
Gonçalves, Heliodora, Itajubá, Itapeva,
Lambari, Machado, Maria da Fé, Marmelópolis, Monsenhor Paulo, Munhoz,
Natércia, Ouro Fino, Paraguaçu, Paraisópolis, Passa-Quatro, Pedralva, Piranguçu,
Piranguinho, Poço Fundo, Pouso Alegre,
Santa Rita do Sapucaí, São Gonçalo do
Sapucaí, São João da Mata, São José do
Alegre, São Sebastião da Bela Vista, Sapucaí-Mirim, Senador Amaral, Senador
José Bento, Silvianópolis, Turvolândia,
Virgínia e Wenceslau Braz.
O CBH Sapucaí é composto por 28
membros titulares distribuídos igualitariamente pelos 4 segmentos: 25% do
poder público estadual, 25% do poder
público municipal, 25% da sociedade civil e 25% dos usuários da água.
Atualmente são representantes do
PODER PÚBLICO ESTADUAL:
66 Prefeitura de Pedralva
66 Prefeitura de Itajubá
66 Prefeitura de Delfim Moreira
66 Prefeitura de Conceição das Pedras
66 Prefeitura de Cambuí
66 Prefeitura de Borda da Mata
66 Prefeitura de Córrego do Bom Jesus
São representantes dos USUÁRIOS:
66 COPASA - Companhia de Saneamento
de Minas Gerais
66 CEMIG - Geração e Transmissão S.A.
66 FIEMG - Federação das Indústrias do
Estado de Minas Gerais
66 MAHLE Componentes de Motores do
Brasil Ltda
66 SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Cambuí
66 Sindicato dos Produtores Rurais de Poço Fundo
66 Sindicato dos Prod. Rurais de Itajubá
São representantes da SOCIEDADE
66 UNIVERSITAS - Centro Universitário de
Itajubá
66 UNIFEI - Universidade Federal de Itajubá
66 Fundação Roge - Delfim Moreira
66 GAMA - Grupo Amigos do Meio Ambiente
66 NADEMA - Natercianos Defensores do
Meio Ambiente
66 CATALISA - Rede de Cooperação para
Sustentabilidade
66 Associação para Valorização Ambiental
e Social Cachoeirense
66 ABES - Seção Minas Gerais - Associa-
66 IGAM - Instituto Mineiro de Gestão das
Águas)
66 RURALMINAS - Fundação Rural Mineira
66 IEF - Instituto Estadual de Florestas de
Itajubá
66 PMMG - 6ª CIA PM IND de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário
66 IMA - Instituto Mineiro de Agropecuária
66 EMATER - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas
Gerais
66 SES/MG - Gerencia Regional de Saúde
de Pouso Alegre
66 Superintendência Regional de Ensino
de Itajubá
São representantes do PODER PÚBLICO MUNICIPAL
66 Prefeitura de Santa Rita do Sapucaí
66 Prefeitura de São José do Alegre
66 Prefeitura de Piranguçu
Naturale
setembro/outubro - 2010
Jair Antonio
66 Prefeitura de Piranguinho
ção Brasileira de Engenharia Sanitária e
Ambiental
66 AEARSI - Associação Ecológica Amigos
do Rio Sapucaí e Itajubá
A atual Diretoria eleita em 16 de
março de 2010 tem como Presidente Celem Mohallem (AEARSI), Vice Presidente
Andriani Tavares Tenório Gonçalves (Prefeitura de Itajubá) Secretário Executivo
Luiz Paulo Costa Barbosa (Emater) e Secretário Adjunto Giovani Adilson Grande
(Secretaria Estadual da Saúde Regional
de Pouso Alegre).
A nova diretoria tem grandes desafios pela frente, pois a recuperação
e conservação da Bacia do Sapucaí
não é tarefa fácil. Ausência de estação
tratamento de esgoto (ETE), dos 48
municípios apenas Cambuí (2 bairros),
Gonçalves, Pedralva, Paraguaçu e Itajubá
possuem estação de tratamento de esgotos. A ETE em Pouso Alegre está em
fase de implantação.
Devido ao histórico de colonização
e ocupação do solo na Bacia, grande
parte da vegetação nativa foi removida e
substituída por áreas de pastagens, culturas – principalmente café e milho – e
mais recentemente, silviculturas. Além
da ocupação e expansão urbana e a existência de estradas. Dentre os principais
problemas enfrentados pela fauna e suas
influências nos recursos hídricos da Bacia do Rio Sapucaí, estão a retirada da
mata ciliar, considerada extremamente
importante para o ciclo de vida de mamíferos, aves, peixes, répteis e anfíbios.
As enchentes também são um grave
problema na bacia do Sapucaí. Após a
ocorrida em 2000, o governo do Estado
retomou, através da COPASA, o projeto
de construção de barramento para contenção de cheias. O CBH Sapucaí, ciente
de que somente a aplicação de medidas
estruturais não resolveriam o problema
de cheias, propôs o investimento na implantação dos instrumentos de gestão.
Em 2009 com recursos financeiros da
COPASA foi contratada a empresa Vida e
Meio Ambiente Ltda para elaboração do
Plano Diretor de Bacias Hidrográfica do
Rio Sapucaí. O plano aprovado em junho
de 2010, contém o diagnóstico da situação ambiental, o potencial hídrico, usos
da água, investimentos, problemas e estabelece ações prioritárias para melhoria
dos aspectos quantitativos e qualitativos
dos recursos hídricos.
Mas, de um modo geral, os comitês
encontram dificuldade de implantação
dos instrumentos de gestão e de estruturação. O relatório da primeira fase do
Plano Estadual de Recursos Hídricos de
Minas Gerais (2006) aponta como uma
das causas a dificuldade de instalação das
Agências de Água e de implementação
da cobrança. Os comitês são instituídos,
mas ao longo do tempo suas plenárias
se esvaziam devido a inconsistência das
pautas de debates, pois não há como ter
deliberações materiais sobre investimentos nas bacias sem recursos financeiros
e sem o agente executor.
A dificuldade de instalação das
Agências de Água é ter sua viabilidade
econômica assegurada pela cobrança
pelo uso dos recursos hídricos, conforme determina a Lei Federal 9.433, Art.
43. Simulações revelam que para muitos
comitês os recursos financeiros derivados da cobrança não são suficientes
para as despesas de manutenção da
6
Agência. Assim, o governo do estado de
Minas Gerais e de São Paulo juntamente com a Agência Nacional de Águas
(ANA), criaram o comitê do Rio Grande
– CBH Grande. O objetivo é a integração
dos comitês tributários da bacia do Rio
Grande, que juntos terão capacidade
financeira, por meio do processo de implementação da cobrança pelo direito de
uso de recursos hídricos, para suportar
as despesas de implantação de uma entidade equiparada de Agência de Água.
O Fundo de Recuperação, Proteção
e Desenvolvimento Sustentável (FHIDRO)
é um Fundo Público Estadual de Minas
Gerais criado em 1999 pela Lei 13.194,
de 29/01/1999, que foi substituída pela
Lei 15.910, de 21/12/2005, com o objetivo de dar suporte financeiro a programas
e projetos que promovam a racionalização do uso e a melhoria dos recursos
hídricos, quanto aos aspectos qualitativos e quantitativos. Contempla também
os ligados à prevenção de inundações e
o controle da erosão do solo. O principal recurso do FHIDRO é proveniente de
50% da cota destinada ao Estado a título de compensação financeira por áreas
inundadas por reservatórios para a geração de energia elétrica.
O ano de 2006 marcou, com a expedição do Decreto 44.314, de 07/06/2006,
o início das operações financeiras do
FHIDRO. Neste ano, segundo o RELATÓRIO DE ENCERRAMENTO DAS
ATIVIDADES DO FHIDRO em 2007, o
Banco BDMG contratou 5 projetos no
valor de R$1.710.409,15 (5,35% do montante dos recursos disponíveis).
Em 2007, o BDMG celebrou 24 projetos no valor de R$ 7.360.933,60. Em
2008, um projeto foi contratado, no valor de R$ 234.811,40.
A porcentagem reduzida do aproveitamento dos recursos do FHIDRO se
deve a baixa qualidade dos projetos e a
rigidez dos documentos exigidos. Face a
este resultado, o IGAM investiu em curso
de capacitação.
Dada a dificuldade de estruturação
dos comitês o Decreto nº 45.230, de
3/12/2009 estabelece no Art. 3º o percentual de até 7,5% do valor total anual
do FHIDRO para a aplicação nas ações
de estruturação física e operacional de
todos os Comitês de Bacia Hidrográficas.
Para os comitês que ainda não tenham
Agência de Bacia ou entidades a elas
equiparadas, os recursos poderão ser
repassados a organizações não governamentais inscritas no Cadastro Estadual
de Entidades Ambientalistas (CEEA).
Assim, pela primeira vez o CBH
Sapucaí está recebendo verba estadual
para sua manutenção e estruturação.
A Associação Ecológica Amigos do Rio
Sapucaí de Itajubá (AEARSI) foi eleita para ser a convenente do CBH Sapucaí e
gerenciar essa verba, pois o Comitê não
tem personalidade jurídica. O valor em
2010 é de R$ 142.000,00. A verba pode ser gasta na contratação de pessoal
técnico, na divulgação do comitê, no pagamento de diárias e deslocamento dos
conselheiros e no material de consumo
da secretaria.
O decreto 45.230 prevê a aprovação
de editais de demanda induzida dos programas e projetos a serem financiados
pelo Fundo. Assim, em junho de 2010
foi publicado o edital com as seguintes
linhas de ações: Sistema de informações sobre RH; Cadastro de usuários e
enquadramento dos corpos de água;
Recuperação de nascentes, áreas de
recarga, degradadas e matas ciliares; Saneamento; Seca; Demanda espontânea,
com investimento de R$ 30.000.000,00.
Com este novo cenário o CBH Sapucaí espera realizar parcerias e promover
a realização das ações necessárias para
recuperação e preservação da bacia.
Msc. Marcia Viana Lisboa Martins,
Analista de projetos da AEARSI
Naturale
setembro/outubro - 2010
Sistema de Monitoramento de Enchentes:
Rio Sapucaí
O Rio Sapucaí é um importante curso d’água na região do Sul de
Minas, nascendo no município de
Campos do Jordão/SP e chegando até
o Lago de Furnas/MG, atravessa várias
cidades que utilizam suas águas para
abastecimento, irrigação, dessedentação animal e como insumo produtivo.
Porém, como em muitos outros rios do
Brasil, também, de tempos em tempos,
provoca cheias, de grandes dimensões
afetando em muito o povo mineiro. As
cidades de Itajubá, Piranguinho, Santa
Rita do Sapucaí, Careaçu e Pouso Alegre (Sul de Minas Gerais), entre outras,
têm convivido com esse medo a cada
período de chuvas.
A ocupação desordenada na bacia
(principal fator da região), o desmatamento e a impermeabilização do solo
são alguns dos fatores que influem diretamente nas inundações e na dimensão
dos prejuízos. A engenharia busca soluções para este problema, que pode ser
amenizado de algumas formas, através
das medidas estruturais e não estruturais. A primeira refere-se a construções
de grandes obras ou ações complexas
que envolvem grandes investimentos.
Como resultado de bons projetos,
tem-se picos de cheias menores e
diminuição dos prejuízos. Como exemplos de medidas estruturais podem ser
citados barragens de contenção de
cheias e os sistemas de diques. Já as
medidas não estruturais apresentam
um menor custo, são mais rápidas de
serem implementadas e diminuem as
perdas. Como exemplo podem ser citados o monitoramento das cheias e
os seguros contra enchentes.
As medidas estruturais, geralmente, dependem de algumas medidas
não estruturais. Para construção e
operação de barragens de contenção
de cheias, por exemplo, é indispensável um sistema de monitoramento de
dados hidrológicos para a tomada de
decisão em eventos extremos.
8
Um trecho da Bacia do Rio Sapucaí é contemplado com um sistema
de monitoramento de dados hidrológicos. Esta medida não estrutural
torna possível informar a população,
com algumas horas de antecedência, a
ocorrência de cheias. Com este suporte técnico a defesa civil pode articular
de maneira mais eficiente seu plano de
contingência.
O Monitoramento de cheias na
Bacia do Rio Sapucaí
Desde o ano de 2000, a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI),
por meio de seu Grupo de Estudo em
Ciências Ambientais (GECA), vem trabalhando e desenvolvendo estudos na
área de hidráulica fluvial, com forte ênfase na questão de enchentes.
Em setembro de 2002 foi firmado,
entre a UNIFEI e a COPASA, o 1º Plano
de Trabalho que contemplava a instalação de estações de monitoramento
e as primeiras medições fluvio-pluviométricas para o Alto Sapucaí. Este
plano de trabalho se inseria dentro de
Por Ana Moni
um convênio assinado entre as partes
para o equacionamento da questão de
cheias no Sul de Minas.
O protótipo inicial começou sua
operação em maio de 2003 e funcionou
até março de 2005, com excelentes resultados. Por motivos financeiros, o
projeto foi retomado em janeiro de
2008. Na primeira fase foram instaladas seis estações de monitoramento,
que dão subsídios para enchentes em
Itajubá, e mais 12 estruturas físicas para suportar as estações. No primeiro
semestre de 2010, uma nova fase tem
início, a instalação dos equipamentos
nas 12 estruturas. Estas cobrirão, junto com as primeiras instaladas, toda a
área que envolve a bacia do Rio Sapucaí, até o município de Pouso Alegre.
As cidades a serem beneficiadas com
esse sistema serão: Itajubá, Piranguinho, Pouso Alegre e Santa Rita do
Sapucaí.
A figura a seguir apresenta a
distribuição das estações de monitoramento.
Estações de monitoramento
O sistema de monitoramento de enchentes tem como objetivos:
ªªOferecer à comunidade soluções não-usuais à problemática das inundações;
ªªDar subsídios, em tempo real, às cidades inseridas nas bacias monitoradas,
por meio de dados telemétricos, para a alocação de um sistema global de alerta
de enchentes;
Naturale
setembro/outubro - 2010
ªªServir como um sistema de referência para outras regiões que sofrem com o problema de cheias frequêntes;
ªªDesenvolver programa computacional que permita
receber dados de alturas de lâminas d´água e transformá-los em vazões volumétricas que serão utilizadas para
a determinação de manchas de inundação nas cidades
afetadas;
ªªFornecer subsídios para modelos computacionais de
escoamento em canais naturais e propagação de ondas
de cheia.
As estações coletam dados de precipitação e nível
dos rios. Abaixo uma das estações, a dos Borges.
Os dados coletados através das estações permitem um melhor entendimento da Bacia e nos eventos de
cheias a elaboração de mapas com as áreas a serem atingidas pelas águas, com algumas horas de antecedência.
Para maiores informações o Sistema de Monitoramento
disponibiliza um site: www.enchentes.unifei.edu.br.
Em fevereiro de 2009 o sistema pode verificar sua
eficiência, quando o município de Itajubá enfrentou uma
situação de iminente inundação (de pequena magnitude).
Em articulação com a defesa civil, prefeitura, corpo de
bombeiros, policia militar, imprensa e ONG’s, os dados
permitiram preparar a população para o evento.
Sistemas de monitoramento como o aqui descrito,
quando utlizados em parcerias entre prefeituras, defesa
civil, corpo de bombeiros e outros orgãos da sociedade
trazem benefícios importantes para a população e seus
municipios.
Deve-se ressaltar que os problemas relacionados às
cheias devem ser considerados dentro do contexto da bacia. Na escolha da medida a ser utilizada tem que se ter a
preocupação de não “empurrar” o problema adiante. Se
os planos diretores considerarem as caracterísitcas fisicas,
hidrológicas e hidráulicas dos municípios poderão direcionar um crescimento sustentável, no que se refere a áreas
de riscos.
Prof. Ana Moni, Chefe do Laboratório de Informações Hídricas. Instituto de Recursos Naturais - UNIFEI)
Coordenador do sistema de monitoramento de enchentes: Prof.Alexandre Barbosa (Pró Reitor de Graduação da UNIFEI). Projeto financiado pela
parceria entre UNIFEI e COPASA.
Naturale
setembro/outubro - 2010
O que é Perícia Ambiental?
Pela Profa. Marileia Ieno Gonçalves
Pode-se definir como Perícia, uma
expressão genérica que abriga diversos
tipos de exames de natureza especializada, visando esclarecer determinados
fatos sob a ótica científica. Quando o conhecimento jurídico do magistrado não é
suficiente para emitir OPINIÃO TÉCNICA,
faz-se então, necessária a instauração de
perícia para apurar circunstâncias e/ou
causas relativas a fatos reais, com vistas
ao esclarecimento da verdade.
A Perícia Ambiental surge normalmente em decorrência de uma demanda
Processual e tem como objeto de estudo o meio ambiente nos seus aspectos
abióticos, bióticos e socioeconômicos,
correlacionando a natureza com as atividades humanas. É um meio de prova
utilizado em processos judiciais para
determinar a extensão do “dano” ambiental e estimar a indenização. O
Perito Ambiental deve ser registrado
nos Conselhos Regionais (art. 145 a 147
da sessão II da Constituição Federal),
sendo sua ação disciplinada pela Lei
de Perícia Judicial - Lei 8.455/92 do Processo Civil. Tem por finalidade verificar
fatos relativos à matéria em questão,
certificando-os, apreciando-os ou interpretando-os. Seu parecer técnico, será
representado, conforme determinação
do Juiz, em inquirição, em audiência
ou por escrito. Além dos Peritos, se faz
necessário também os Assistentes Técnicos (profissional legalmente habilitado
pelos Conselhos Regionais), que é indicado pelas partes e acompanham o
Processo. Estes são de confiança das
partes e ao contrário do que muitos rotulam não é um fiscal do Perito, mas um
técnico coadjuvante dos trabalhos da
Perícia, procurando satisfazer a busca da
verdade, assemelhando-se ao Perito como auxiliar da Justiça.
Deve-se ressaltar que habitualmente em relação às atribuições para
realizar perícias ambientais, os Órgãos
Executores, Fiscalizadores, Normativos e
Deliberativos (IBAMA, IEF, IGAM, FEAM,
Polícia Ambiental, etc.) não podem atuar como Peritos nos crimes afetos à sua
Fiscalização. A esses cabe criar políticas
e diretrizes governamentais e fiscalizar
10
os atos de autuação por infração com
descrição precisa do fato delituoso. Tais
Órgãos jamais devem fazer o levantamento e o exame do local, nem a emissão
do Laudo Pericial, como acontece comumente nos casos de crimes ambientais.
Os técnicos dos Órgãos Ambientais
estão constantemente realizando relatórios para instrução de processo,
tendo em vista que até o nome de “Laudo Pericial” não pode ser dado aos seus
trabalhos, uma vez que este é restrito ao
trabalho do Perito e/ou Assistente Técnico; estas “categorias“ de profissionais
que estão realizando trabalhos periciais,
estão incorrendo em desvio de função,
usurpação de função e malversação de
dinheiro público.
A Perícia Ambiental tem como objetivo determinar a causa, a origem do
Dano, Impacto e/ou Passivo Ambiental,
se o mesmo foi ou não ato criminoso,
se há risco à vida (como um todo/dentro do princípio de sustentabilidade), se
houve falhas no sistema de proteção e
operação do(s) Objeto(s) periciado(s).
Dessa forma, o Laudo Pericial é uma
modalidade de Auditoria Ambiental, tornando-se um instrumento de vigilância e
regulamentação do contexto da Gestão
Ambiental.
Objeto de estudo da Perícia Ambiental segundo a lei 9.605/98 - O Crime
Ambiental pode ocorrer das seguintes
formas:
66 natureza dos crimes e do meio
ocorrido: fauna, flora, administração
ambiental, ordenamento urbano e territorial, poluição gerada por aspectos
socioeconômicos e, outros.
66 ações de possíveis perícias ambientais:
maus tratos em animais, ações antrópicas que dificultam o ciclo vital e, se o
crime ocorre em área protegida ou não;
desmatamento, queimadas, exploração
de madeiras, produção de carvão; perícia sobre um RIMA (Relatório de Impacto
Ambiental) ou PCA (Plano de Controle
Ambiental) aprovado indevidamente em
Órgãos Ambientais; parcelamento do solo, ocupação indevida de áreas públicas,
pichação de prédios públicos, depredação de sítios arqueológicos, parques,
etc.; poluição sonora ou visual, temperatura, luminosidade, vibração, gases,
chaminés, efluentes de: curtumes, agrotóxicos, matadouros domésticos, lixões
e poluição residual (independentemente
da origem, deixa sequelas ao homem e
ao meio ambiente); mineração, execução de aterros, drenagem, dragagem,
barragens, erosão, voçoroca, resíduos
sólidos e obras de engenharia em geral.
Para analisar o aspecto do desenvolvimento
socioeconômico
e
ambiental de uma região, um território
ou local, que visa o crescimento sustentável (em processo de resolução), o
Perito e/ou Assistente Técnico também
faz consultoria capaz de emitir pareceres ambientais, provendo modificações
e soluções necessárias para promoção
de ações mitigadoras e compensatórias, evitando riscos: físico-ambientais e
econômicos (multas), resultando na prevenção ambiental e valorando o “bem”
privado ou público tornando-o sustentado (resolução efetivada). O Meio
Ambiente tem valor econômico agregado
a partir de um sólido projeto de Gestão
Ambiental.
As ações privadas (individuais ou
organizadas) de expansão territorial no
ordenamento de zonas ambientais, tanto
urbanas como rurais, devem ser feitas de
forma articulada, coordenada e sistêmica, devendo sempre ter o auxílio de um
profissional ambiental, obedecendo às
Leis e Ações Estatais, vindo a se beneficiar e valorando o seu “bem”. Exemplo
concreto é a Bolsa Verde, que concede
incentivo financeiro para proprietários
ou posseiros rurais, que promovam a
conservação da cobertura vegetal nativa
em Minas Gerais.
O Perito e/ou Assistente Técnico
Ambiental é um profissional importante
para a interrupção de processos predatórios de crescimento urbano e produção
Agro-Industrial, sendo por isso mesmo
uma categoria profissional cada vez mais
requisitada e fundamental para a sociedade brasileira.
Profa. Marileia Ieno Gonçalves, Geógrafa
- CREA/MG99868D. Perita Ambiental - Instituto Ecológico Aqualung - RJ
Naturale
setembro/outubro - 2010
Educando para preservar
Por Cesar Fernandes
Meio ambiente é um tema que cada vez mais ganha espaço nas
escolas, e fazer com que os alunos assimilem o que aprenderam e
obtenham consciência ambiental e novas posturas é um desafio aos
educadores do século XXI.
Já é possível perceber em diversas escolas a preocupação em fornecer conteúdo sobre o tema, incluindo em sua grade curricular novas
disciplinas e estabelecendo metas de aprendizado. Outras já desenvolvem práticas de sustentabilidade com seus alunos, através do plantio
de árvores, combate ao desperdício de água, reciclagem de materiais,
da coleta seletiva do lixo, criação de hortas, entre outras atividades.
Resultados positivos já podem ser sentidos especialmente quando esses alunos provocam mudanças no comportamento das famílias,
chamando a atenção dos pais para as luzes acesas em cômodos vazios, torneira aberta enquanto escovam os dentes ou ao se barbearem,
e ainda quando tomam banhos demorados. Uma geração que a partir
da infância começa a se conscientizar e a se comprometer com um
futuro sustentável. E a escola tem papel fundamental nesse processo.
E para que a educação ambiental alcance resultados mais expressivos e em menor tempo,
é necessário que as escolas estimulem a participação mais expressiva da comunidade local,
dividindo responsabilidades ambientais e sociais. Ao partilhar esta tarefa, a escola rompe com
o modelo tradicional de ensino e se torna agente transformadora do contexto social em seu
meio, promovendo não somente o desenvolvimento intelectual de seus alunos, mas o engajamento e a construção de valores indispensáveis no mundo moderno.
Um panorama sobre o
Marketing Verde
Por Alex Gobato
Durante a Revolução Industrial algumas espécies deixaram de existir ou
tiveram que se adaptar para garantir a
sobrevivência. A emissão de gases poluentes na atmosfera é responsável pelo
aquecimento global. A busca pelo aumento da produção, a otimização dos
lucros, o crescimento a qualquer custo foram alguns dos responsáveis pelo
consumo exagerado de recursos naturais (especialmente em uma época em
que não havia muita preocupação com
a preservação). Tamanho descuido não
passou sem uma resposta da Natureza.
Calotas derretendo, chuvas, tempestades, mudanças climáticas, alagamentos
e quando a discussão sobre o futuro do
planeta inundou diversos setores da sociedade, a iniciativa privada começou a
agir com mais força e tomando atitude
para um reposicionamento da sua produção.
Não era um novo mercado que se
abria. Mas sim uma situação de emergência mundial. Ao mesmo tempo, a
consciência ambiental de uma empresa
ou de um produto passou a ser levada
em conta pelo consumidor no momento
da compra. Jornal, revista, TV, os meios
de comunicação em geral já demonstravam que a questão da preservação do
Meio Ambiente era uma necessidade. E
as empresas precisaram investir nessa
demanda.
Nos últimos anos, são inúmeros os
exemplos que mostram diferentes iniciativas mercadológicas visando o benefício
do verde. Começando por campanhas
internas nas empresas que conscientizam seus funcionários da necessidade
em “Reduzir, Reutilizar e Reciclar” – a
regra dos 3 “R”. Virou moda dentro das
empresas a coleta de lixo seletivo, distribuindo pelas dependências um container
específico para cada tipo de material reciclável: papel, plástico, lata, vidro, etc...
Também foi grande a adesão de empresas que incentivam seus funcionários a
explorar mais os meios digitais e menos
12
os recursos físicos. Por exemplo: usar
impressoras apenas com a real necessidade. São pequenas ações, mas que
somadas provocam uma reação em cadeia que ajudam a diminuir o consumo.
Diminuir o impacto ambiental
tornou-se o desafio na fabricação de
diversos produtos. Carros que poluem
menos, papéis que utilizam madeira de
reflorestamento como matéria-prima, o
reaproveitamento da água da chuva em
linhas de produção, ou seja: esforço de
inovação e investimento financeiro voltados para um melhor aproveitamento
dos recursos naturais.
Mas só isso não era o bastante.
As empresas começaram a identificar
uma maneira de diferenciar seus produtos explorando o conceito da proteção
ambiental. O consumidor passou a ter
disponível nas gôndolas produtos que
além de uma fórmula de baixo impacto na Natureza, também destinam uma
parte dos lucros para ações de reflorestamento. Outro exemplo: um investidor
financeiro pode escolher um fundo que
também ajuda o meio ambiente enquanto o dinheiro está rendendo no banco.
Esse tipo de diferenciação entre um
produto que valoriza o Meio Ambiente
e outro que não apresenta essa qualidade salta aos olhos do consumidor e
é uma maneira de fazer com que ele se
sinta participativo na questão do Meio
Ambiente. Por outro lado, esse novo
posicionamento foi perfeito para as empresas que gostam de apresentar alguns
dos seus produtos de forma diferente.
Afinal, hoje em dia existem muitos produtos similares no mercado. E esse tipo
de diferença é capaz de fazer o produto
de determinada marca se destacar mais
que outro.
Não foram raros os comerciais
de TV que mostravam um produto que
plantava uma árvore se você consumisse
determinada marca. Diversas ações de
marketing nas ruas das cidades aproveitaram para distribuir mudas de planta.
Alguns produtos fizeram questão de ostentar um selo de “Caborno Zero” na
embalagem, demonstrando que se preocupam com o menor impacto possível
ao Meio Ambiente. Todas essas ações
foram bem exploradas pela comunicação dessas empresas. O resultado é o
crescente consumo sustentável. Bom
para as empresas que querem continuar
registrando aumento nas vendas, bom
para o consumidor que quer ajudar na
preservação do Meio Ambiente, bom para divulgar ainda mais a importância do
consumo consciente.
Sim, ainda existe um longo caminho
a ser percorrido para equilibrar essa relação de consumo e impacto ambiental.
O núcleo dessa questão está baseado
em uma mudança de comportamento
da sociedade em geral e de consumo. E
comportamento não é um fator simples
de se mudar. Entre outras coisas, alguns
consumidores precisam de uma situação financeira melhor para comprar um
produto que se preocupa com o Meio
Ambiente. Outros precisam mudar a maneira de levar a vida, evitando prejudicar
o verde.
Para encerrar e ilustrar esse desafio
que envolve a mudança de comportamento, fica o convite a todos os leitores,
para conferir uma campanha publicitária brasileira premiada no festival de
Cannes em 2010. O nome da campanha
é “Xixi no Banho” (quem ainda não conhece, procure no YouTube). Essa, uma
ação que procura mobilizar as pessoas
para ajudar a proteger a Mata Atlântica.
Uma forma inovadora, diferente e fora
dos padrões. Para alguns é fácil aderir
a esse movimento. Já para outros não.
Revelando como é difícil a mudança de
um simples hábito e de que novas ideias
são, mais do que nunca, bem-vindas.
Alex Gobato é publicitário.
Naturale
setembro/outubro - 2010
Gestão de custos
O bicho papão das empresas
Por Célio Gentil
Quando definimos pela aquisição
de um bem ou serviço, colocamo-nos
diante de uma infinidade de opções no
mercado, com produtos inovadores,
qualidades diversas e preços diferenciados, disponibilizados para atender as
diversas classes sociais.
Estas variedades e opções evidenciam a grande concorrência em todos
os seguimentos de mercado deixando
claro uma situação muito crítica e delicada para as organizações que disputam
espaços de forma ética e responsável,
visando sobrevivência e lucratividade.
Inúmeras pesquisas e estatísticas
divulgadas nas mídias, mostram situações das concorrências entre todos os
setores econômicos e industriais e deixam de forma nítida, uma fotografia nada
tranquila para os gestores que precisam
trabalhar continuadamente com as ferramentas de custos de sua empresa.
De certa forma, estas pesquisas
mostram que esta concorrência tem gerado para as empresas um faturamento
cada vez menor com crescimento de
custos, resultando automaticamente na
redução de sua margem de lucro.
Evidente que a necessidade de sobreviver e manter sua participação no
mercado, requer uma gestão em todos
os seguimentos da empresa com atenção especial em seus custos e despesas.
Para a maioria dos gestores, este
assunto, além de complexo é um tema
desgastante, gera desconforto pelas cobranças junto às equipes de trabalho.
Para empreendedores e gestores
que enfrentam estes desafios constan-
16
tes, buscar inovação na forma de gestão
de custos é fazer uso de ferramentas hoje discutidas e utilizadas mundialmente,
facilitando a rotina com padronizações e
técnicas eficazes.
Quando falamos nestas ferramentas
de gestão de custos, estamos querendo
alertar e divulgar para as organizações
de pequeno, médio ou grande porte, a
necessidade de aplicá-las parcialmente
ou na sua totalidade, dependendo das
estruturas internas e complexibilidade
do negócio.
Gostaríamos de citar alguns pontos
importantes para gestão de custos de
seu negócio e lembrá-los que temos 4
pontos “estratégicos” fundamentais:
1) Vencer a concorrência.
2) Cativar o cliente.
3) Atingir a mais alta qualidade.
4) Atingir o mais baixo custo.
Trabalhando de forma estratégica
estes pontos, o objetivo principal de seu
negócio que é gerar lucro, será atingido.
Lembramos que “Peter Drucker”
em sua obra “Desafios Gerenciais para
o Século XXI” cita: “O gerenciamento
da ‘Cadeia Econômica de Custos’ irá se
tornar uma necessidade. Os executivos e
gestores precisam organizar e gerenciar
não só a cadeia de custos, mas também
a ‘Estratégia Corporativa’.”
Apresentaremos de forma resumida
uma ferramenta que pode ser denominada “Gestão Estratégica de Custos”, cujo
objetivo é definir e trabalhar algumas
questões fundamentais, como:
1) Qual “posicionamento estratégico”
seu negócio compete?
2) A análise da “cadeia de custos” é
constantemente monitorada?
3) A empresa conhece todos os “direcionadores” que geram os custos?
Para melhor entendimento vamos
detalhar um pouco mais estas questões:
1) Posicionamento estratégico: é a posição clara de seu produto no mercado,
competindo pelo menor preço, mantendo menor custo ou produto diferenciado
com preço superior.
Quando se posiciona pelo “menor
preço” algumas considerações são relevantes, vejamos:
yy Ter sempre o menor custo de fabricação para manter sempre menor preço.
yy Definir preço que permita maior vantagem competitiva.
yy Ter processo de melhoria contínua.
Quando se posiciona pelo “produto diferenciado”:
yy Os produtos devem ter sempre quali-
dade superior.
yy Os clientes devem estar conscientiza-
dos do produto diferenciado.
yy Rapidez na reação de novos produ-
tos.
yy Controle de custos rigorosos desde o
desenvolvimento e projeto até a logística final e pós-vendas.
2) Cadeia de custos: É fundamental
manter controle em toda a cadeia de
custo que envolve seu negócio, podendo assim, flexibilizar preços, tornando-se
mais competitivo. Alguns autores definem como cadeia de valor eficiente
quando a análise do custo é feita desde
a extração da matéria prima até a entrega
Naturale
setembro/outubro - 2010
do produto para o cliente, porém, torna difícil para as organizações tal procedimento. Evidentemente a cadeia interna de
valor deve ser trabalhada desde a criação, desenvolvimento,
projeto, produção, distribuição, marketing e pós-vendas.
3) Direcionadores de custos: Os sistemas tradicionais de
custos pressupõem que eles são gerados pelo volume e que
quanto mais você produz, maiores são seus custos. Para algumas empresas este pressuposto não tem mais validade,
buscam a distribuição de custos em todas as áreas diretas
e indiretas, identificam custos estruturais e custos de execução, obtêm, portanto, uma visão diferenciada em seus
direcionadores. Vejamos alguns dos direcionadores:
A. Direcionadores de custos estruturais
I. Escala: É todo recurso investido em pesquisa, desenvolvimento, projeto, fabricação, distribuição, marketing e
pós-vendas.
II. Escopo: Nível de produção interna e terceirizada.
III. Experiência: Know-how, Conhecimento e Inovação.
IV. Tecnologia: Processo usado na cadeia de valor.
V. Complexidade: Variedade de produto ou serviço.
B. Direcionadores de custos de execução
I. Força de Trabalho: Envolvimento do pessoal no processo
de melhoria contínua.
II. Qualidade: Gerenciamento pela qualidade total.
III. Escala de Investimento: Utilização da capacidade interna.
IV. Layout: Eficiência da fábrica.
V. Configuração do produto: Eficiência do projeto.
Autores e especialistas defendem que o controle de
custo requer a minimização dos “direcionadores estruturais”
e a “maximização dos direcionadores de execução”.
Em várias situações a relação entre custos e direcionadores de custos pode não ser aparente, e na maioria das
vezes os direcionadores de custos, são resultados de decisões de longo prazo.
No passado as empresas concentravam-se no controle
do custo de produção, pois ela representava a maior parte do seu custo total. Hoje, com o ciclo de vida mais curto
do produto, diversificação de produtos e clientes mais exigentes, aumentaram os custos de atividades antes e após o
processo de produção.
A “Gestão estratégica de custos” é apenas uma das diversas ferramentas utilizadas para administração de custos.
Estaremos nas próximas edições, apresentando outras ferramentas para seu conhecimento e/ou aplicabilidade.
Célio Gentil, CG – Consultoria Empresarial e Recursos Humanos
Naturale
setembro/outubro - 2010
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Naturale
setembro/outubro - 2010
A identidade digital
Por Márcia Gil de Souza
Nas últimas décadas, a Sociologia
tem destacado que o modo como nos
relacionamos uns com os outros tem
mudado, em especial pelo advento
dos computadores e da internet.
Muitos sociólogos e filósofos problematizam que a geração da Internet
interage com essa tecnologia como se
fosse extensão de seu próprio corpo.
Para essa geração, a integração social
e a socialização se dão mais no espaço
virtual. A construção de uma identidade a partir da vivência em mundos
virtuais é, na verdade, uma simulação
de algo que tem sido determinante na
configuração de uma identidade humana ainda em formação.
Entretanto, dizem os cientistas
sociais, a procura dessa interação in-
terpessoal mediada pelas tecnologias
pode estar relacionada à dificuldade
do indivíduo de se expor ao outro.
As pesquisas feitas sobre as diferentes experiências de relacionamento
com os computadores fazem referências a uma erosão das fronteiras entre
o real e o virtual, Conclui-se que os
problemas do mundo virtual abrangem
também a vida off-line e que, apesar
da discussão em torno dos perigos da
internet, há vantagens na sua utilização.
A família e a escola devem atentar
para esses movimentos pós-modernos
e refletir: apesar do jovem lidar com as
novas tecnologias e suas ferramentas,
principalmente a internet, de forma tão
dinâmica, terá ele estrutura e maturida-
de suficientes para ir além do caminhar
na busca de informações? Ao navegar
por links, sites, hipertextos etc, saberá
o jovem diferenciar o certo e o errado?
Terá sabedoria para realizar suas escolhas, selecionar as informações com
equilíbrio, de forma a norteá-lo para
uma autonomia verdadeira?
Portanto, é fundamental enfatizar
a importância dos relacionamentos
interpessoais na construção da identidade. Em virtude da relevância desse
assunto para a sociedade na qual estamos inseridos, o tema escolhido para a
XV Feira do Conhecimento do G9 é “A
identidade na era da internet”. Participe e confira.
Márcia Gil de Souza, psicopedagoga, é coordenadora Pedagógica do Curso G9
Investimento sustentável e de longo prazo
através do mercado de ações
Por Conrado Navarro
Não é novidade que o mercado
de ações vive momentos de grande
expansão. O aumento significativo no
número de pessoas físicas com cadastro na BM&F Bovespa, hoje com cerca
de 600 mil investidores deste tipo, contribui para uma questão fundamental:
dentre as empresas listadas, como escolher aquelas que mais contribuem
social, econômica e ambientalmente
com o crescimento do país?
Responder à pergunta exige antes
uma rápida reflexão sobre o papel do
mercado de capitais. De forma geral, sua
principal prioridade é permitir que empresas dispostas a investir na economia
local e a expandir seus negócios possam
encontrar investidores também munidos
deste espírito, caracterizando-se assim
como a melhor opção para quem decide
criar oportunidades de negócios: a capitalização através de acionistas.
Ao decidir abrir seu capital, uma
empresa diz ao mercado que prefere
crescer com dinheiro próprio e de acionistas a simplesmente usar, ou continuar
usando, recursos provenientes de empréstimos, financiamentos ou emissões
de títulos. Ao optar pela transparência
diante de investidores, informações de
toda ordem se tornam públicas e acessíveis – a transparência surge como outro
benefício.
Como a negociação das ações é
contínua e marcante no mercado secundário, depois da abertura de capital
a empresa precisa planejar e executar
muito bem seus passos e equipar seus
acionistas e o mercado de detalhes
sobre suas operações. O giro nos detentores dos papéis e nas posições de
ações é decorrente de fatores ligados à
economia como um todo, ao momento,
mas sobretudo, à gestão da companhia.
Investir em empresas de capital
aberto significa ser dono, sócio e acreditar no que a empresa fez, faz e ainda
vai fazer. É natural que diante de uma
decisão tão importante de investimento,
o investidor sinta-se pouco preparado.
Hora de voltar à pergunta do primeiro
20
parágrafo: como escolher uma empresa
que atenda às expectativas do investidor? Mais, como optar por alguma firma
socialmente responsável?
Empresas engajadas com os stakeholders e focadas em gerar valor para seus
acionistas normalmente têm políticas de
investimento de longo prazo associadas
a estratégias (cenários) cuidadosamente
preparadas para situações como crises
econômicas, riscos sistemáticos, não
sistemáticos, ambientais, etc. Além disso, iniciativas de ordem social oferecem
integração com a sociedade e resultados
de efeito prático na vida de muitas famílias.
Empreendimentos deste tipo costumam ser conhecidos mundo afora pela
sigla SRI, que significa Socially Responsible
Investing, ou investimentos socialmente
responsáveis. Para que se tenha uma
idéia do potencial da nova modalidade,
houve crescimento de mais de 320%
nos investimentos sustentáveis nos EUA
entre 1995 e 2007, total que representa cerca de 10% do total da indústria de
fundos do país. (Dados da pesquisa 2007 Report On Socially Responsible Investment Trends in The
United States.)
No Brasil, em iniciativa gerenciada
pela BM&F Bovespa e diversas instituições (ABRAPP, ANBIMA, APIMEC, IBGC,
IFC, Instituto ETHOS, Ministério do
Meio Ambiente e PNUMA) foi criado o
ISE, Índice de Sustentabilidade Empresarial. Segundo uma definição retirada
do próprio material publicado no site
da BM&F Bovespa, “o ISE tem por objetivo refletir o retorno de uma carteira
composta por ações de empresas com
reconhecido comprometimento com a
responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial, e também atuar como
promotor das boas práticas no meio empresarial brasileiro”.
Dentre as missões do Índice, destacam-se:
ªªSer composto por empresas que se
destacam em responsabilidade social,
com sustentabilidade a longo prazo;
ªªSer um referencial do desempenho
das ações desse tipo de empresa;
ªªSer percebido como tal pelo mercado
(credibilidade);
ªªSer replicável;
ªªEstimular boas práticas por parte das
demais empresas.
Na prática, trata-se de uma seleção
de empresas cujas ações são monitoradas e avaliadas – sempre levando em
conta as informações obrigatórias publicadas e reguladas pela CVM (Comissão
de Valores Mobiliários) – de forma sistemática por um Conselho Deliberativo.
A metodologia consiste no envio de
questionários às empresas pré-selecionadas, com as 200 ações mais líquidas
e posterior escolha das empresas com
melhor classificação considerando:
rela­cionamento com empregados e
fornecedores; relacionamento com a
comunidade; governança corporativa; e
impacto ambiental de suas atividades.
O processo repete-se anualmente.
Escolher a empresa mais adequada
ao perfil do investidor fica mais simples. É fato que aqueles investidores
preocupados com aspectos ligados à
sustentabilidade têm no ISE uma possibilidade concreta de escolher melhores
companhias. Porque ser sustentável é
compreender que se pode investir nas
empresas que já aprenderam a ser lucrativas de forma socialmente responsável.
Para conhecer as empresas listadas
no ISE, basta acessar o site da BM&F
Bovespa (www.bmfbovespa.com.br), escolher “Ações” no menu horizontal e
então “Índices” no menu vertical que aparecerá à esquerda.
Bons investimentos.
Conrado Navarro,
educador financeiro,
autor dos livros Vamos falar de dinheiro?
(Novatec) e Dinheirama (Blogbooks) e
sócio-fundador do
Dinheirama –
http://dinheirama.com. Atua como professor,
consultor e palestrante.
Naturale
setembro/outubro - 2010
Finanças pessoais
Por Diene Eiry da Silva
Nunca se ouviu falar tanto em Economia Pessoal como atualmente. Este fato
pouco tem há ver com a renda que cada
individuo recebe, ele esta mais ligado as facilidades de crédito, ou seja, o quanto cada
individuo tem gastado nos últimos tempos.
O importante é a proporção que se gasta e
não o quanto se ganha.
Não se pode ter uma dívida maior
que cinco vezes o salário mensal ou o total
da renda de toda a família. Porém, com as
facilidades de créditos que encontramos à
disposição, fica difícil não cair nas armadilhas do mercado. Vivemos num mundo
consumista e a disputa por bens e produtos está cada vez mais acirrada. O indivíduo
precisa aprender a viver com 70% de sua
renda, e o que sobra deve ser investido.
As pessoas que recebem até R$
1.000,00 gastam aproximadamente 37,5%
do salário pagando juros. Estes juros estão
embutidos na prestação da casa própria,
na prestação do carro financiado, no crediário das lojas, entre outros. Já as pessoas
que vivem com uma renda bem superior, os
chamados indivíduos da classe A e B, che-
gam a investir 25% de tudo que recebem.
Podemos concluir então, que estes indivíduos ao invés de pagar juros, recebem os
juros de seus investimentos.
O ideal é que se faça o controle de
entradas e saídas, o chamado Orçamento
Pessoal. Devemos separar um tempo de
nosso dia, para colocar no papel tudo que
gastamos e recebemos. Pode ser uma planilha eletrônica, ou anotação em caderno,
o importante é que tudo seja anotado, até
o pãozinho de todo dia, deve ser incluído.
No final do mês, calculam-se as receitas,
que são nossas entradas, e as despesas,
que são as saídas. A diferença entre receita e despesa deve ser um número positivo,
caso contrário, isto significa que estamos
gastando mais do que recebemos.
Em caso de déficit no orçamento, despesa maior que receita, a providência a
tomar, é o corte imediato das chamadas
despesas supérfluas, aquelas que podemos viver sem elas, compras que podem
aguardar, viagens, entre outros. O que não
podemos, é deixar de pagar as contas fixas e as que geram altos juros em caso
de atraso, como contas de água, luz, gás,
financiamentos em bancos. Um bom termômetro para saber quando é hora de
parar de gastar, é quando entramos no
cheque especial, este é um sinal de alerta
geral, significa que nada mais deve ser comprado, até que a situação se normalize.
Atenção para estas dicas, tenha apenas um cartão de crédito, nunca deixe de
pagar o total de sua fatura, se você não
viaja para o exterior, tenha um cartão nacional, porque a tarifa do cartão internacional
é muito maior. Jamais saque dinheiro do
cartão de crédito, você paga juros, a partir
da hora em que sacou o dinheiro. Prefira
guardar o dinheiro para comprar um bem à
vista do que financiá-lo, os juros são muito
altos. Evite o desperdício em casa, compre
somente o necessário. Prefira produtos de
qualidade, que durem mais. E principalmente, tenha foco e disciplina financeira,
porque é muito fácil contrair uma divida, o
dificil é sair dela.
Diene Eiry da Silva, Economista. Pós-graduada
em Gestão de Pessoas e Gestão Empresarial e
Negócios. Professora.
Bruxismo
Por Dra. Gracia Costa Lopes
O bruxismo é considerado um transtorno involuntário e inconsciente de movimento da mandíbula,
caracterizado pelo excessivo apertamento e/ou ranger dos dentes, podendo ocorrer durante o sono ou em vigília.
Ranger dos dentes — envolve um forte contato entre os dentes superiores
e inferiores, seguido de movimentos
da mandíbula, produzindo sons desagradáveis.
Os estudos sobre o bruxismo
são controversos, hoje sabemos que
abrange uma associação com:
Lesões de tecidos moles (língua e
bochecha)
Alteração do formato da face, devido a alterações da dimensão vertical
de oclusão e hipertrofia muscular
Ansiedade
yy
Estresse
yy
Depressão
yy
Tipos de personalidade
yy
yy
Alergias
yy
Deficiências nutricionais (magnésio,
cálcio, iodo e complexos vitamínicos),
maloclusão (dentes posicionados erradamente)
Manipulação dentária (restaurações
altas)
yy
Introdução de substâncias estranhas na cavidade oral (ex: canetas,
chicletes, roer unhas etc)
yy
Perda de restaurações
yy
yy
yy
Apertamento dental — se caracteriza por contatos dentários silenciosos,
fortes e sem movimentos mandibulares.
yy
yy
Dores na face
Sensibilidade ou fadiga dos músculos mastigatórios
yy
Dor de cabeça e ouvido
Transtornos otológicos (zumbidos,
vertigens e outros)
yy
yy
Inflamação das glândulas salivares
Desordens da articulação temporomandibular (DTM)
yy
Tratamento do bruximo
yy
Disfunções e/ou transtornos químicos do sistema nervoso central
O tratamento do bruxismo deverá
ser uma combinação de:
Drogas neuroquímicas (que atuam
no nível de receptores dopaminérgicos ou serotoninérgicos)
yy
Tratamento comportamental
yy
Tratamento farmacológico
yy
yy
Propriocepção oral deficiente
yy
Fatores genéticos
Sintomas do bruximo
Os sinais e sintomas associados
ao bruxismo são:
yy Dentes fraturados, sensíveis e desgastados
Tratamento Odontológico – placa
interoclusal, ajuste oclusal, aparelhos
ortodontico
yy
yy
Fisioterapia
yy
Bloqueio infiltrativo
yy
Hipnose
Se você apresenta um dos sintomas, procure um especialista e faça
uma avaliação.
os
n
a
4
2 ruptos
er
r
no a
pre
o sem
m
o
c
e
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Naturale
setembro/outubro - 2010
Radiografia Odontológica Digital
Por Priscila Moraes de Carvalho
A Radiografia Digital está revolucionando o conceito de aquisição de imagem
na Odontologia. Permite a obtenção das
imagens sem a utilização de filmes e câmara escura! Uma das maiores invenções
após a descoberta do Raio X, no campo da
radiologia.
As radiografias digitais podem ser submetidas a um processamento de imagens,
através do qual podemos alterar densidade e contraste, inverter a imagem para a
forma negativa, tomar medidas, mensurar
densidades ópticas, colorir a imagem e até
transformá-lo em tridimensional (3D).
É um método de diagnóstico que
reduz o tempo de exposição e a dose de
radiação do paciente e do profissional.
Em um exame convencional o tempo
para aquisição é em torno de 20 minutos
com alta dose de radiação e uma distorção de imagem de 20%. Com o tempo, a
imagem perde sua qualidade devido ao
processo de revelação, utilizando químicos
altamente tóxicos.
Em exame digital o tempo de aquisição é de 30 segundos com baixa dose de
radiação e distorção de 2% da imagem.
Não perde a qualidade com o tempo e fi-
Tel./fax: (35)
3623-6644
Rua Lucinda Carneiro, 92
ca armazenada em arquivo para o caso de
uma eventual necessidade do paciente e
do dentista.
Entre vantagens de se fazer um exame digital estão: rapidez, maior precisão da
imagem, aumento na radioproteção para o
paciente, comunicação facilitada entre os
profissionais, método seguro.
Conheça alguns dos exames:
yy Radiografia Periapical: Tem como ob-
jetivo visualizar toda a unidade dentária
(coroa, raiz, câmara pulpar e canal radicular) e controle de tratamentos de nódulos
pulpares.
yy Interproximal: Também chamada “bite
wing”, fundamental para pesquisa de cáries
interproximais, evidenciação de alterações
na câmara pulpar, crista alveolar e adaptações marginais de restaurações (excessos
ou faltas).
yy Oclusal: Utilizada como complementação aos achados obtidos no exame
periapical quando se desejam visualizar
maior área de estudo no sentido vestíbulo
lingual e vestíbulo palatino.
yy Panorâmica: Permite visualizar todas as
estruturas do complexo maxilomandibular,
conferindo sua utilidade em todas as especialidades. A ampla cobertura da área
examinada, a projeção das estruturas anatômicas com reduzida superposição, além
da baixa dose de radiação, são algumas
das razões para sua crescente aceitação. A
panorâmica é um exame “check up”.
yy ATM Seriada (Transcraniana Corrigi-
da): Embora os exames radiográficos das
articulações temporo-mandibulares não
possibilitem um diagnóstico preciso de disfunção articular, eles contribuem, quando
bem avaliados, com informações valiosas
sobre a forma, posição, grau de movimento
e alteração anatomo-patológica do côndilo e suas relações com estruturas vizinhas,
possibilitando a comparação entre os dois
lados da articulação.
yy Teleradiografia Lateral, Frontal e Oblí-
qua: Permite mostrar os ossos da face
e crânio para avaliação do crescimento,
desenvolvimento, relação esqueletal, simetria, estudo de adenóides, processos
patológicos e traumáticos. São exames utilizados na prática cirúrgica e ortodôntica,
como base para análises cefalométricas,
tanto manual como computadorizada.
[email protected]
Morro Chic
Itajubá/MG
Andador
Microcontrolado
Por Marcel da Silva, Danilo Pereira,
Diego Marcel e Bruno Aliones
Foi a necessidade de um amigo que nos fez reunir e desenvolver um Andador Microcontrolado. Há pouco mais de
um ano, um jovem de 23 anos, integrante do grupo, sofreu
um acidente de moto, passou por várias cirurgias e durante
a recuperação teve que utilizar um andador para auxiliar nos
movimentos de marcha. Mas, apesar do apoio do equipamento, havia limitações.
Marcel da Silva, Danilo Pereira, Prof. José Maria, Diego Marcel e Bruno Aliones
Nós, alunos do curso de Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação do Inatel (Santa Rita do Sapucaí/MG),
resolvemos idealizar um novo andador para ajudar na recuperação mais rápida e eficiente de pessoas que necessitam de
um equipamento como este, temporariamente ou não. Com
o novo andador, que tem motores e rodas com giro de 360°,
o paciente não precisa fazer força para levantá-lo na hora de
mudar o passo. Com um simples botão, o usuário aciona o
movimento para frente e para trás. Outro diferencial são os
sensores que aumentam a segurança do equipamento, que
para instantaneamente quando sai do alcance do paciente.
Desde o início do projeto recebemos orientações de
professores do Inatel, do Senai de Itajubá e também de profissionais de fisioterapia. Acreditamos que com o Andador
Microcontrolado, o usuário terá realmente uma recuperação
mais eficiente, pois estará sempre apoiado e com a postura
de marcha correta. O nosso objetivo é que o protótipo do
Andador Microcontrolado esteja concluido até o final deste
ano. Depois iniciaremos a busca por parcerias com empresas
interessadas em produzir o equipamento que poderá ser utilizado em clínicas, asilos, hospitais e entidades assistenciais.
Também há a ideia de conciliar este projeto com outro equipamento desenvolvido em Santa Rita do Sapucaí, o
Elevador Ortostático Dinâmico, que tem como função elevar
pessoas com deficiência da postura sentada para em pé e
auxiliar no treinamento da marcha. O elevador já é utilizado
pela fisioterapeuta Claudia Garcez, que também orientou a
equipe no desenvolvimento do andador.
Neste momento, estamos participando da 19ª Edição do
Prêmio SME (Sociedade Mineira de Engenheiros) de ciência e
tecnologia e vamos levar o protótipo às feiras de tecnologia
assistiva em Belo Horizonte e São Paulo, onde já participamos da IX Reatch, em abril deste ano. Na região, quem quiser
conhecer o Andador Microcontrolado é só comparecer à 29ª
Feira de Tecnologia do Inatel, a Fetin, entre os dias 28 e 30 de
outubro, em Santa Rita do Sapucaí.
Naturale
setembro/outubro - 2010
O planeta Terra
Construindo
para educar
pede socorro
Hoje os espaços públicos precisam
estar com seus acessos liberados para
todos os indivíduos, sejam eles portadores de deficiência ou não. O que faz
com que prédios existentes passem por
adaptações e que novas construções sejam erguidas de forma a atender não só a
acessibilidade, mas também, uma consciência ecológica na construção. Várias
pesquisas apontam que 30% do material
utilizado em obras são desperdiçados,
porcentagem bastante alta quando se
pensa no custo da construção e no entulho gerado.
O Colégio Castelo do Saber, em Itajubá/MG, está construindo sua sede com
toda a atenção para detalhes que façam
com que a escola esteja engajada no
padrão ecologicamente correto. Conta
com área de 10.000 m2, dos quais nove
mil estão reservados para área verde, onde farão um trabalho de reflorestamento
com espécies nativas e frutíferas. Além
de favorecer aos pássaros, será um espaço para os alunos estudarem, fazerem
reuniões e lerem, pois terão uma biblioteca itinerante no bosque, nada mais
interativo do que poder ler ou estudar ao
ar livre.
Os alunos serão incentivados a passar mais tempo na escola, aproveitando
o espaço disponível com outras atividades, como por exemplo, a horta. Cada
turma participará do plantio de árvores
no bosque e na mata ciliar do trecho
do Córrego do Ribeirão que passa pelo
terreno. A educação com atividades práticas desperta o interesse e cuidado de
cada indivíduo com o meio em que vive.
A construção projetada com janelas maiores para aproveitar a luz natural,
com captação de água de chuva para ser
utilizada nas descargas e irrigação, com
coleta seletiva de lixo, com parque coberto para as crianças menores, com todos
os acessos liberados para deficientes, é
enfim, um espaço novo e funcional.
O Colégio Castelo do Saber que
há 15 anos atende crianças do maternal
ao nono ano, terá a partir de janeiro de
2011, não só a ampliação de seu espaço físico, mas também a ampliação da
qualidade de ensino e de vida de seus
alunos.
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Sthenio Maia
Por Elaine Pereira
No princípio, o homem se preocupava apenas com o seu bem-estar, como
se os recursos naturais fossem infinitos.
Com o passar dos tempos, a paisagem
de um planeta totalmente coberto por
árvores, rios limpos e solo fértil foi desaparecendo com a degradação do meio
ambiente. O homem vem alterando de
forma acelerada e irresponsável os ritmos da natureza, outrora regulados por
ela própria.
Nos últimos 100 anos, a população
mundial passou dos 1,5 bilhão para mais
de 6 bilhões de habitantes. Para abastecer e abrigar essa multidão, consome-se
energia, produz-se lixo, exploram-se os
recursos naturais, provocam-se queimadas, desmatamentos e os veículos e as
indústrias enchem o céu de gases tóxicos. Os esgotos não tratados e o lixo
produzido contaminam a água e o solo.
Com todos esses fatores negativos a sobrevivência dos seres vivos no planeta
fica cada vez mais comprometida.
Os recursos naturais são finitos e
nem sempre são renováveis. As florestas, por exemplo, constituem um dos
ecossistemas mais valiosos da Terra e
contém mais de 60% da biodiversidade
do planeta. Se antes 50% da superfície
do planeta era coberta por florestas,
hoje corresponde a apenas 20%. Em
escala mundial, elas desempenham um
papel crucial na regularização do clima
por executar a importante função de absorver o dióxido de carbono-CO2 na sua
função de fotossíntese. Uma consequência direta do desmatamento é a redução
da capacidade das florestas em absorver
as enormes quantidades de CO2 do ar
atmosférico, agravando assim o problema do aquecimento global. A utilização
de fontes não-renováveis começou no
século XVIII, quando se começou a queima de combustíveis fósseis para produzir
energia com a finalidade de acionar máquinas e fundir o ferro. Atualmente, os
combustíveis fósseis representam 80%
Por Paulo José Braz Rosas
do nosso consumo de recursos energéticos, sendo o carvão mineral, o petróleo
e o gás natural os mais conhecidos.
Como resultado da sua queima excessiva, tem-se o aumento do aquecimento
global, decorrente do excesso de gases
tóxicos – dióxido de carbono, metano,
óxido nitroso, CFC, HFC, dentre outros
– os quais ao se concentrarem na atmosfera, passam a formar uma camada
isoladora em torno do planeta, permitindo a passagem de raios solares, mas
impedindo a dissipação do calor radiado
pela Terra. Tal fenômeno é conhecido
como “efeito estufa”. Os países industrializados são responsáveis por 70% das
emissões globais de gases tóxicos e com
o agravamento do desmatamento, o planeta Terra não tem conseguido manter o
equilíbrio climático, gerando, dessa forma, um aumento da temperatura média
da Terra.
Os vários acordos internacionais
como Kioto e Copenhagem estão tentando estabelecer normas e padrões para
reduzir as emissões de gases tóxicos na
atmosfera. Um futuro promissor que não
agrida tanto o meio ambiente tem sido o
objeto de estudo de muitos cientistas na
atualidade. Uma proposta muito discutida é a viabilidade da chamada “energia
limpa” que é aquela produzida por hidrelétricas, eólicas, biomassas, pelas ondas
do mar, entre outras. Na área urbana, por
exemplo, os novos conceitos de edifícios
e de casas inteligentes, com painéis solares para gerar energia elétrica e coletar
as águas de chuva, constituem algumas
idéias comprometidas com o conceito
de Desenvolvimento Sustentável que é
aquele capaz de suprir as necessidades
de geração de energia sem comprometer
as necessidades das futuras gerações.
Precisamos construir um novo paradigma
que garanta o futuro do planeta Terra.
Eng. Paulo José Braz Rosas, Presidente da
AENAI (Associação de Engenheiros e Arquitetos de Itajubá)
Naturale
setembro/outubro - 2010
A água e a vida...
Por Elaine Pereira
Arquivo Balneário Parque das Águas
A água, primordial à vida de todos os seres, é o único elemento que se reveste em
três estados: o líquido, o gasoso e o sólido, ou seja, na forma fluida, na evaporação e
no gelo.
Sua permeabilidade envolve e penetra todos os locais. Assim, nos traz tranquilidade, conforto, relaxamento e nutrientes.
A água é usada como terapia curativa há séculos, tanto no que diz respeito a sua
ingestão — recomenda-se tomar três litros de água por dia para se ter um bom funcionamento do organismo — como também em banhos quentes ou frios, escalda pés,
banhos pélvicos, inalações, saunas, compressas de gelo, etc.
Segundo o Dr. Eduardo Alfonso, autor do livro Curso de Medicina Natural en 40
Lecciones, “o efeito da hidroterapia sobre o organismo baseia-se na reação deste. Essa
reação é tripla: reação nervosa, com produção de correntes eletromagnéticas no organismo e a consequente produção de oxigênio atômico livre, mais ativo que o molecular;
reação circulatória, com modificação da irrigação sanguínea
dos órgãos; reação térmica, por modificações na temperatura.”
No Sul de Minas, contamos com o Circuito das Águas, região rica em água mineral com indicações curativas. Podemos
não só apreciar a água como também usufruir de tratamentos
hidroterápicos nos balneários de Cambuquira, Caxambu e São
Lourenço, assim como em Poços de Caldas e Araxá.
Em São Lourenço, no Parque das Águas, encontram-se seis
fontes de água com aplicações terapêuticas distintas. O Balneário inaugurado em 1935, oferece banhos terapêuticos com
água sulfurosa. Segundo a gestora do balneário, a termalista
Conceição Prado, “a água sulfurosa é utilizada, por sua composição físico-química ser indicada para cura e prevenção de
patologias dermatológicas, revitalizando e tonificando a pele;
alergias e doenças do colágeno; diabetes e problemas respiratórios.” Com banheiras de estilo vitoriano e ofurôs,
ducha escocesa, área de repouso, saunas seca e a vapor
e salas de massagens com várias especialidades, temos
no Parque das Águas a oportunidade de nos revigorar
tanto com o uso interno e externo da água, bem como
com o ar e passeio agradável pelo parque.
Muitos são os usos terapêuticos da água, mas lembramos que é importante ter o acompanhamento de um
médico ou profissional da área, pois estes, saberão indicar qual o mais adequado a cada pessoa.
Naturale
setembro/outubro - 2010
27
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24 anos