UPCII M Microbiologia
Teórica 31-32
2º Ano
2013/2014
Sumário
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G. Controlo da Infeção
Capítulo XXVI. Infeção Nosocomial
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Princípios gerais
Quais os principais fatores de risco para infeções nosocomiais
Medidas de prevenção
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Infeções nosocomiais=IACS
Infeções associadas aos Cuidados de Saúde
Na europa:
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5 a 10% das infeções e m doentes hospitalizados
Anualmente 3 milhões de casos com 50 000 mortes associadas
Em Portugal (2009)
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11,03% IACS em 9,8% dos pacientes hospitalizados
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Infeções nosocomiais=IACS
Existe um esforço europeu e nacional para a prevenção
assente em:
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Métodos de estudo comparáveis e testados.
O Plano Nacional de Controlo da Infeção (PNCI-DGS)
estabelece as guidelines para os estudos e promove a
caracterização da situação a nível nacional.
http://www.dgs.pt/programa-nacional-de-controlo-dainfeccao.aspx
Estas regras assentam em critérios que permitem estudar e
comparar os riscos de infeção considerando os diferentes
procedimentos, serviços, etc.
O objetivo é ter guidelines de prevenção da infeção ajustados à
realidade particular dos hospitais e baseadas em evidência que
é reavaliada de forma dinâmica.
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A Prevenção resulta?
Há vários estudos que mostram que sim.
As reduções rondam os 30% dependendo dos estudos e
das instituições em que são aplicados.
A existência de métodos de verificação e cálculo das
taxas de infeção e monitorização das mesmas são um
estimulo para as equipas aplicarem as boas práticas.
Há no entanto segundo alguns autores um mínimo de
infeção irredutível sobretudo em pacientes algaliados ou
entubados de longa duração.
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Caracterização das IACS
Pode ser feita em relação a:
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Risco
Frequência
Gravidade
Mortalidade
Custos
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IACS associadas a dispositivos invasivos
São as mais prevalentes
Dependem do dispositivo que está a ser usado
Em qualquer do caso são sempre uma quebra das defesas
naturais do individuo e promovem a colonização do
microbiota indígena de zonas estéreis.
As mais comuns são:
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Pneumonia associada a ventilador
Infeção nosocomial da Corrente sanguínea
Infeção do trato urinário
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Pneumonia associada a ventilação
Consiste na Pneumonia que se desenvolve 48-72h após a
intubação.
É uma causa de mortalidade e morbilidade nas UCIs
envolvendo custos elevados.
Mais prevalentes ainda nas unidades de neonatologia e em
doentes cirúrgicos.
Medidas de prevenção baseadas em evidência: “ Ventilator
Bundle”:
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Elevar a cabeceira 30-45º
Avaliar diariamente a possibilidade de extubação.
Profilaxia da ulcera péptica e da trombose venosa profunda.
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Pneumonia associada a ventilação
Outras medidas de prevenção:
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Cuidados de higiene oral
Desinfeção oral com clorohexidina
Utilização de tubos endotraqueais com aspiração subglótica
contínua
Substituição dos filtros ou circuitos apenas quando é essencial
Não utilização de soro fisiológico para a aspiração das
secreções
Manutenção da pressão no tubo endotraqueal
Avaliação rotineira do resíduo gástrico.
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Infeção nosocomial da corrente
sanguínea
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Incidência depende de:
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Tipo de cateter
Frequência de manipulação
Local de inserção
Gravidade clinica
Etc.
A colonização neste tipo de infeções dá-se primeiro na
porção endovascular do cateter que pode ser
intraluminal ou extraluminal.
A causa mais comum é a migração dos microrganismos
desde a pele até à ponta do cateter.
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Infeção nosocomial da corrente
sanguínea
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Medidas preventivas
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“Central Line Bundle”
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Higiene das mãos do operador
Barreiras de proteção máxima aquando da colocação do cateter
central.
Utilização da clorohexidina na anti-sepsia da pele
Escolha ideal do local de inserção do cateter
Revisão diária da necessidade do cateter e a sua remoção assim que
possível.
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Infeções do trato urinário
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São as mais frequentes
Resultam em:
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Cistite
Pielonefrite
Bacteriemia secundária/sépsis
Prostatite
Prevenção pode elimiar 69% das infeções.
A entrada dos microrganismos tanto pode ser por via
extra ou intraluminal.
Por cada dia de algaliação o risco da infeção aumenta de 3
a 10%.
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Infeções do trato urinário
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Os microrganismos desenvolvem-se à superfície do
cateter em biofilme o que torna a sua eliminação mais
difícil.
Prevenção deve ser feita:
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Utilização de técnica asséptica aquando da colocação do
cateter.
Utilização de dispositivos não invasivos ou utilização de forma
intermitente qd possível.
Remoção do cateter assim que possível.
Utilização de dispositivos impregnados com antimicrobianos
(mas apenas como ultimo recurso e depois das medidas
anteriores falharem).
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Infeções devidas a procedimentos invasivos
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Infeção do local cirúrgico.
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Segundo efeito adverso mais frequente no doente
hospitalizado.
Fatores de risco
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Fontes de microrganismos
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Diabetes
Obesidade
Malnutrição
Tabagismo
São o próprio hospedeiro::
 Pele
 Mucosas
 Órgãos ocos
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Infeção do local cirúrgico
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Os procedimentos podem ser:
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limpos
Limpos/contaminados
Contaminados
Sujos
Dependendo da zona da cirurgia
Também pode haver contaminação da equipa cirúrgica ou do
local da cirurgia.
Cerca de 60% das ILCs são evitáveis:
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Uso apropriado de antibióticos profiláticos
Tricotomia apenas quando indicado e por métodos que não lesem a pele
Controlo de glicémica na cirurgia cardíaca
Manutenção da normotermia na cirurgia coloretal
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Microrganismos MultiResistentes
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Methicilyn Resistant Staphylococcus aureus (MRSA)
Vancomycin Resistant Enterococci (VRE)
Extended Spectrum Beta Lactamases (ESBL).
Enterobacteria produtoras de ESBL
Estas bactérias já foram encontradas em todos os tipos
de infeções discutidas anteriormente e por isso têm um
potencial epidemiológico importante.
Embora as infeções não sejam mais graves as opções
terapêuticas são reduzidas e por isso as consequências
podem ser agravadas.
As bactérias Gram negativo têm vindo a aumentar neste
grupo com perdas económicas e humanas significativas.
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Medidas de Prevenção Generalizadas
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Precauções Básicas e Isolamento:
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Medidas adotadas para prevenir o aparecimento do IACs mas
também a contaminação cruzada dessas infeções.
Noção que tem vindo a evoluir com o tempo
Aquando da epidemia VIH foram instauradas as Precauções
Universais em que todos os contactos com fluidos corporais
deveria ser mínimo independentemente do diagnóstico do
paciente. Ou seja todos os pacientes são potencialmente
infeciosos mesmo que não estejam ainda diagnosticados.
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Atualmente as medidas de prevenção visam:
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Fornecer recomendações sobre a prevenção e o controlo
das IACS para todos os componentes do sistema dos
cuidados de saúde
Reafirmar as precauções básicas como o alicerce da
prevenção na transmissão durante os cuidados aos
doentes
Reafirmar a importância da implementação das
precauções específicas baseadas na situação clínica do
doente e no agente infecioso provável, até a etiologia
infeciosa ser determinada
Fornecer recomendações baseadas em evidências
científicas.
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Medidas de Prevenção Básicas
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Etiqueta da tosse
Uso de máscara em procedimentos envolvendo o canal
medular
Praticas seguras nas injeções
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Medidas de Prevenção Básicas
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Estas medidas são desconhecidas da maioria dos
Prestadores de Cuidados
A primeira medida (higiene das mãos) é pouco praticada.
São necessárias mediadas de monitorização e
consciencialização para melhorar a adesão dos
profissionais de saúde. Muitas vezes é importante
salientar que não são apenas os pacientes que estão em
risco mas a própria equipa de cuidadores.
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Transmissão da infeção e Medidas Básicas de Prevenção
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Aumento das resistências a antimicrobianos
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Situação indissociável da infeção e do seu controlo.
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Bibliografia
Artigo na pasta do molar.
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aula teórica 31 -Infecção Nosocomial Aspetos gerais