Gustavo Rodrigues mergulha na música nativista e latino-americana em
seu primeiro trabalho, “Entreveros e Revoluções”
O cantor e compositor Gustavo Rodrigues lança seu primeiro registro
fonográfico, “Entreveros e Revoluções”, pela gravadora Vertical. Produzido por Oscar
Soares, o álbum resume a crença de Gustavo na evolução da música nativista, sem
deixar de lado referências tradicionais como Jayme Caetano Braun, Noel Guarany,
Pedro Ortaça e Cenair Maicá. O grupo que o acompanha na gravação atesta que o
moço não vem para brincadeira: temos Oscar Soares (violão, guitarra, baixo), Luciano
Maia (acordeom), Revair dos Santos (violão), Cristiano Teixeira (bateria), Índio Fajardo
(bombo leguero), Rodrigo Pires (gaita ponto) e Miriam e Marli França (coral). Nas
faixas, composições próprias e criações de Jayme Caetano Braun, Nito Padilha e Otávio
Santos. O primeiro trabalho de Gustavo Rodrigues será lançado na Livraria Cultura, no
Bourbon Shopping Country, em Porto Alegre, no dia 23 de julho, às 18h, com direito a
pocket show do músico.
Gustavo Rodrigues produz música nativista, bem ao estilo da região Sul do
Brasil e da América Latina. Segue a trilha de ícones da música gaúcha e latinoamericana, como Noel Guarany, Jayme Caetano Braun, Cenair Maicá, Pedro Ortaça e
Atahualpa Yupanqui – é possível identificar a influência nas faixas de “Entreveros e
revoluções”, como também se ouve algo do tango do bandeonista e compositor
argentino Astor Piazzolla em algumas composições. “Também me interessa o tango
argentino e moderno. E sou um gaudério que gosta de ouvir Beatles, Queen, David
Bowie e Marvin Gaye”, confessa, para ressaltar que honra a tradição sem deixar de
estar aberto a novas histórias e sons.
“Morei em diversas cidades do Rio Grande do Sul, o que me possibilitou
vivenciar da forma mais ampla a cultura gaúcha. Minha família paterna é da região das
Missões, fato que potencializou meu interesse pela cultura do nosso Estado. A riqueza
da cultura gaúcha sempre me atraiu. Minhas leituras, por exemplo, também vão por
aí”, conta o músico. São essas vivências, misturadas a histórias ouvidas, lidas e
vivenciadas pelo Interior e pela América Latina, que inspiram Gustavo Rodrigues ao
compor suas canções. “Para compor música é preciso criatividade e ouvido. Não há
fórmulas”, resume. “Creio que quem aprecia a música regional e conhece o universo
da cultura gaúcha vá gostar do CD. E também aqueles ouvintes que apreciam uma boa
música, já que o trabalho, garanto, tem um instrumental de qualidade indiscutível.”
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