ARCPA
TAXA PAGA
5140-999 Carrazeda de
Ansiães
30 de Janeiro de 2012
N.º Contrato 574012
Mensal
Ano XVII - Nº 181
Director:
Tiago Miguel Lopes Baltazar
Preço: 0,50€
http:// www.arcpa.pt
A
ARCPA
deseja a todos
um feliz ano de
2012
Plantas da Nossa Terra
Janeiro 2012
2
Alho
Catarina Lima
Allium sativum, mais comummente conhecido por alho, é uma planta com propriedades medicinais
pertencente à família das Liliáceas.
Originário da Ásia, o alho cresce no sul da Europa, particularmente na zona do Mediterrâneo. É uma
planta perene cujo bulbo (“cabeça de alho”) é composto por folhas escamiformes (“dentes de alho”).
O alho é utilizado desde a Antiguidade tanto
como tempero como pelas suas propriedades
medicinais. As suas propriedades antimicrobianas e efeitos benéficos para o coração e
circulação sanguínea são já conhecidas e bem
estudadas; possui um óptimo valor nutricional, contendo vitaminas (A, B2, B6 e C),
aminoácidos, sais minerais e outros compostos biologicamente ativos, como a alicina,
responsável pelo seu cheiro desagradável.
O alho costuma ser indicado como auxiliar
no tratamento de hipertensão arterial leve,
redução dos níveis de colesterol e prevenção
de doenças cardiovasculares, em particular
a aterosclerose. Também se atribui ao alho a
capacidade de prevenir constipações e outras doenças infecciosas, e de tratar infecções
bacterianas e fúngicas.
Está atualmente em estudo a possibilidade
de o alho poder ser utilizado como anticancerígeno, particularmente em casos de cancro
de próstata.
Os efeitos secundários mais comuns do alho
são irritações ao nível do estômago e rins e alterações emocionais.
Bibliografia:
www.plantasmedicinaisefitoterapia.com
(CUNHA, A. Proença da, Farmacognosia e Fitoquímica, Fundação Calouste Gulbenkian, 2005)
Jornal “O Pombal” n.º 181 de 30 de Janeiro de 2012
Quintinha do Manel
Rua Tenente Aviador Melo Rodrigues
Carrazeda de Ansiães
Restaurante, Pensão / Residencial
278617487
CARTORIO NOTARIAL
da Notária Lic. Ana Maria Gomes dos Santos Reis
Alameda Nossa Senhora de Fátima número 8 em Macedo de
Cavaleiros,
Certifico para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação
Notarial lavrada neste Cartório Notarial no dia três de Janeiro de dois mil e
doze, com inicio a folhas oitenta e uma do livro de notas DUZENTOS
E DEZOITO TRAÇO A, ALFREDO CARLOS RUSSO e mulher MARIA
ALICE DA SILVA MONTEIRO RUSSO, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Seixo de Ansiães,
concelho de Carrazeda de Ansiães, , residentes na Rua do Calvário da
Lagoa., n°19, 2° esquerdo, em Valbom, Gondomar, que são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio, sito na freguesia de Seixo de Ansiães,
concelho de Carrazeda de Ansiães:
Prédio rústico composto de terra de pastagens e oliveiras, sito no lugar
de “Pendurada”, inscrito na matriz sob o artigo 2.287, com o valor patrimonial de 25.44 €, descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda
de Ansiães sob o número vinte e seis, freguesia de Seixo de Ansiães.
Que apesar do citado prédio estar aí inscrito, em comum e sem determinação de parte ou direito, a favor de herdeiros de Antónia
Aguilar Gouveia que foi viúva de Luís Gouveia Moutinho, que foi residente
em Selores, Carrazeda de Ansiães, pela apresentação três de dezanove de
Julho de mil novecentos e oitenta e cinco, o mesmo é pertença dos justificantes, porquanto.
Em dia e mês que não podem precisar, mas que foi há mais de vinte
anos, os justificantes adquiriram o referido prédio, por compra verbal
aos referidos titulares do registo, aquisição que ocorreu por volta do ano de
mil novecentos e oitenta e nove, que nunca reduziram a escritura pública.
Que deste modo, desde essa data, os justificantes passaram a possuir o
citado prédio, no gozo pleno das utilidades por ele proporcionadas, cultivando-o e colhendo os seus frutos, considerando-se e sendo considerados
corno seus únicos donos, na convicção que não lesavam quaisquer direitos
de outrem tendo a sua actuação e posse, sido de boa fé, sem violência
e sem oposição, ostensivamente e com conhecimento da generalidade das
pessoas que vivem na freguesia onde se situa o prédio e tudo isto por lapso
de tempo superior a vinte anos.
Que esta posse em nome próprio, pacifica, continua e publica, desde há
mais de vinte anos, conduziu a aquisição daquele prédio, por usucapião
que expressamente invocam, justificando o seu direito de propriedade para
efeito do registo dado que esta forma de aquisição não pode ser provada por
qualquer outro título formal extrajudicial.
Está conforme o original, Macedo de Cavaleiros, três de Janeiro de dois
mil e doze.
O Colaborador da Notária por expressa delegação, André Miguel Alves
Loureiro.
3
Janeiro 2012
FICHA TÉCNICA
Nome
O Pombal
Propriedade
Associação Recreativa e Cultural
de Pombal de Ansiães
EDITORIAL
Nº de Pessoa Colectiva
500 798 001
Publicação Registada na D.G.C.S.
122017
Depósito Legal
129192/98
Director
Tiago Miguel Lopes Baltazar
Paginação e Composição
João Miguel Almeida Magalhães
Redacção e Impressão
Largo da Igreja, 1 - Pombal de Ansiães
5140-222 Pombal CRZ
Telef. 278 669 199 * Fax: 278 669 199
E-mail: [email protected]
Home Page
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Redactores
Tiago Baltazar;
Patrícia Pinto, Fernanda Cardoso
Fotografia
Fernando Figueiredo; Eduardo Teixeira;Anibal Gonçalves.
Colaboradores
Vitor Lima; Fernando Figueiredo;
Fernando Campos Gouveia; Flora Teixeira; Manuel Barreiras
Pinto; Ricardo Simão
Almeida; Margarida Almeida; Manuel Igreja; Catarina Lima;
Luís Mota Bastos;Anibal Gonçalves;
(Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos seus autores)
Tiragem Média
500 Exemplares
Preço
O jornal O POMBAL é gratuito para os
residentes em Pombal de Ansiães
Assinatura Anual (Sócios)
Portugal: 8,00 Euros;
Europa: 18,00 Euros;
Resto do Mundo: 25,00 Euros
Assinatura Anual (Não Sócios)
Portugal: 12,00 Euros; Europa: 25,00 Euros;
Resto do Mundo: 35,00 Euros
Pontos de Venda
Sede da ARCPA (Pombal);
Papelaria Horizonte; Ourivesaria Cardoso;
Papelaria Nunes
(Carrazeda de Ansiães)
FUNDADO EM 1 DE JANEIRO 1997
Tiago Baltazar
Enfim, Janeiro!
Janeiro, assim se chama o primeiro mês do
ano em homenagem a um deus romano, sendo ele Jano. Jano tinha duas faces, uma voltada
para trás e outra para a frente, para que pudesse sempre olhar o passado e o futuro. Também
nós, A.R.C.P.A., aqueles que dela gostam e
aqueles que nela pagam quotas, podem aproveitar esta altura para fazer um balanço sobre
a nossa casa. Contudo, sem duas caras, apenas
uma e sincera. Falhas houve, é certo em todas
as equipas humanas. Empreendimento, o mesmo de sempre. Contudo o associativismo não
pode nunca parar. Não parará. Independentemente dos esforços que a vida nos propõe que
sejam feitos.
2012 é, então, um óptimo ano para se começar a fazer melhor. Para dar e tirar partido
daquele que é o principal lugar de recreação e
união da aldeia, a A.R.C.P.A.
Uma vez o Plano de Atividades aprovado,
muitas serão as iniciativas que irão decorrer.
Sobretudo uma a breve prazo e que tanta
divulgação tem sempre: a Prova de Vinhos.
Esta iniciativa tem como objectivo a divulgação do Vinho que cada um de nós tem na sua
adega. É um exemplo de como se pode tirar
partido do nome A.R.C.P.A. e quem sabe, com
isso ajudar a vender uns garrafões a quem de
fora por lá passe. Outras haverá em que será
a Associação a tirar dividendos dos nossos
préstimos.
Contudo, fica o desejo de um ano muito
virado para o associativismo. Sobretudo nestes
tempos difíceis que o país atravessa, todos
juntos será pelo menos mais animado.
Viva a A.R.C.P.A.
Janeiro 2012
As tarefas rurais
Flora Teixeira
Há já algum tempo que alguém me
pediu para que eu escrevesse algo sobre como se processavam as tarefas rurais, ao longo de cada ano.
Pois bem, embora sucintamente, vou
contar as tarefas por etapas.
Começamos por Janeiro. Como sabem, eu nasci no princípio da década
de 30 e a partir da década de 40 é que
começo a perceber como cada tarefa
era feita e até mesmo começo a integrar-me nas mesmas.
Ora em Janeiro, o forte era a safra da
azeitona. Eu lembro-me que às 5 da
manhã, o caseiro da Casa Morgada,
tocava numa corneta, alto e bom som
que acordava toda a aldeia, voltava a
tocar às 6, para comer o pequeno almoço (que constava de : sopa de cebola e uma boa assadura), às 7, voltava a
tocar para reunir as camaradas e partir
para os olivais, pois alguns eram na
Ribeira e não só. Começava-se sempre
pelos de mais longe e ia-se avançando
sempre na direção do Povo.
Os dias eram pequenos e muito frios.
Iam a pé pelos caminhos que mal se
enxergavam mas era preciso chegar ao
amanhecer ao destino.
Os homens varejavam e as mulheres
apanhavam bago a bago ou de arrebanha, de manhã à noite. Não havia
toldes (o seu uso começou anos mais
tarde).
Na época da ceifa, só as crianças e
os muito velhinhos é que ficavam em
casa. Uns a apanhar a sua, outros por
conta de outrém.
A camarada dos Morgados era sempre a maior, andavam todos envolvidos, pois eram donos de muitos olivais
e ainda oliveiras na terra de outros
proprietários e ainda detentores tam-
bém do melhor lagar de azeite dessa
época, que em anos de grande colheita
trabalhava até ao mês de Março.
A feitoria do azeite já era mais fácil.
Era menos frio dentro do lagar. Trabalhavam por turnos. Começava ás da 4
da manhã e à meia noite terminava.
Entretanto, os donos da azeitona davam de comer ao pessoal, as respetivas
refeições às horas marcadas.
Cada operário tinha a sua tarefa específica. Uns acendiam a fornalha a
para fazer ferver o pote. Outros, guiavam os bois à volta do fareleiro para
moer a azeitona que depois de moída
era levada para ceiras. A seguir era escaldada com água a ferver que fazia
com que se separasse a água do azeite,
tarefa executada pelo lagareiro, título
do mestre do lagar.
Feito o azeite, era medido e entregue
ao respetivo dono mas antes era tirada
a maquia que consistia nuns tantos litros por moinho de azeitonas que por
sua vez eram 4 ou 5 canastras cheias. A
maquia era distribuída, um tanto para
o lagar e o resto era distribuído equitativamente por todos os que integravam as tarefas. Durante a apanha da
azeitona, que era longa visto que era
apanhada à mão, guardavam-na em
casa, em tulhas, até chegar a vez de ser
feita, que nessa altura já estava podre
mas não era rejeitada. Não sei quantos graus teria esse azeite mas o certo
é que nunca foi difícil a sua comercialização e toda a gente o consumia sem
reclamações, Nessa altura não se queixavam do colesterol, se é que existia…
Todas as tarefas eram executadas
com normalidade, dedicação e sacrifício.
Eram outros tempos…
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Janeiro 2012
JULGADOS DE PAZ
O Julgados de Paz são tribunais extrajudiciais que
constituem um sistema de justiça com séculos de experiência e em dezenas de anos de ocaso, até que as
revisões constitucionais de 1989 e 1997 deram as atuais redações, respetivamente previstas no nº 4 do artº
202 e ao nº 2 do artº 209 da Constituição Portuguesa.
O que são?
Os julgados de paz são tribunais com característica
especiais, competentes para resolver causas de valor
reduzido de natureza civil, excluindo as que envolvem as matérias de Direito de Família, Direito das
Sucessões e Direito do Trabalho, de forma rápida e
custas reduzidas.
As questões que ali se podem dirimir não podem ser
superiores a 5000,00 euros, tais como:
- Incumprimento de contratos e obrigações;
- Responsabilidade Civil Contratual e extracontratual;
- Direito sobre móveis, imóveis, como por exemplo,
propriedade, condomínio, escoamento natural de
águas, comunhão de valas, aberturas de janela, portas
e varandas, plantação de árvores e arbustos, paredes e
muros divisórios;
- Arrendamento Urbano;
- Acidentes de viação.
É uma justiça em que os custos a final são fixos, cerca
de 70,00 euros, a cargo da parte que vence, ou repartidos entre o demandante e o demandado, na percentagem que o Juiz de Paz fixar, caso o processo termine
por conciliação, ou resultar de sentença.
Se o processo concluir por acordo alcançado através
de mediação é reduzida a 50% os custos processuais.
As partes têm que de comparecer pessoalmente mas
podem sempre fazer se acompanhar por advogado,
advogado estagiário ou solicitador, embora a sua
constituição não seja obrigatória. Só é obrigatória na
fase de Recurso.
Estes Julgados de Paz existem já em alguns pontos do
nosso Pais e o resultados tem sido muito positivos,
já que conseguem resolver com sucesso, mais de 50%
dos processos ali pendentes, visando alcançar de uma
forma simples e participativa, auxiliados por um mediador de conflitos que procuram uma solução que
satisfaça ambas as partes.
Temos um exemplo, aqui bem perto situado em Santa
Marta de Penaguião, que abrange o agrupamento de
Concelhos de Santa Marta de Penaguião, Peso da Régua, Alijó, Murça, Sabrosa e Vila Real .
Para mais informação consulte o site
www.conselhodosjulgadosdepaz.com.pt
ESTATUTO EDITORIAL
O jornal “O POMBAL” é um órgão de informação regional, com periodicidade mensal, pertencente à Associação Recreativa e Cultural de Pombal de Ansiães e seus associados.
O Jornal “O POMBAL” tem como principais objectivos:
Informar os seus associados e demais leitores acerca das actividades da
Associação.
Fazer a divulgação dos acontecimentos e das potencialidades da nossa
aldeia e região envolvente.
Através da colaboração na feitura do jornal pelos sócios interessados,
contribuir para melhorar a sua formação técnica, cultural e humana.
Constituir um traço de união entre os seus associados e leitores.
Assegurar, nas suas páginas, a possibilidade de expressão e confronto
de diversas correntes de opinião, relativamente a temas de interesse geral.
Assegurar aos seus leitores o direito a ser informado com verdade, rigor
e isenção.
Para tal, a Direcção e Redacção deste jornal comprometem-se a :
Respeitar o normativo da Constituição da República Portuguesa segundo o qual o exercício dos direitos de liberdade de expressão e informação ”não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de
censura”, entendendo-se por censura a sonegação ilícita de informações,
por razões políticas ou outras, e não a necessária e legítima selecção de
notícias e artigos de opinião.
Respeitar os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional,
de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da
boa fé dos leitores encobrindo ou deturpando a informação.
Verificar escrupulosamente as suas fontes de informação, procurando
identificá-las com precisão, reservando-se o direito de analisar, caso a
caso, as circunstâncias excepcionais que possam justificar o recurso, nos
termos da lei, à respectiva confidencialidade, constituindo-se o jornal em
garante da sua autenticidade.
Estabelecer rigorosamente a distinção entre notícias e comentários,
na base do princípio de que “os factos são sagrados, os comentários são
livres”, sem prejuízo da necessidade de ordenar, relacionar e explicar os
acontecimentos referidos.
Assumir a responsabilidade de emitir opinião própria, através de editoriais assinados pela Direcção, sempre de acordo com uma linha editorial
que se define pelas seguintes características:
-liberdade criativa e autonomia em relação a quaisquer forças políticas,
económicas ou de outras natureza;
-vinculação aos princípios democráticos nos domínios político, social
e cultural;
-respeito pelas normas consagradas na Constituição da República Portuguesa e na Declaração Universal dos Direitos do Homem;
-defesa dos valores culturais próprios do quadro nacional, sem prejuízo
do reconhecimento dos particularismos regionais e locais;
-rejeição sistemática da intolerância política, cultural ou religiosa e da
segregação racista;
-defesa de uma perspectiva de desenvolvimento económico e justiça
social para a região onde se insere, tendo em vista a correcção das desigualdades mais flagrantes entre pessoas e grupos sociais.
-consagrar particular atenção, na linha que lhe é tradicional, ao noticiário e à divulgação cultural, e procurar manter as suas colunas abertas à
colaboração de personalidades de relevo, a nível local e regional.
-reservar-se o direito de seleccionar os textos a publicar, excepto aqueles que sejam enviados ao abrigo do direito de resposta.
-seguir a orientação definida nos termos da Lei de Imprensa, pelo seu
Director e por este Estatuto Editorial tendo como limites os princípios
consagrados na Constituição da República Portuguesa.
A Direcção
Janeiro 2012
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Regulamento
Cedência do Salão
Sócio(a) / Filho(a) de Sócio(a) / Cônjuge
Dias
Salão
1
3/4
40€
100€
Loiças
15€
40€
Cozinha
30€
80€
Salão/Loiças/Cozinha
75€
200€
Não Sócio(a)
4150-171 PORTO
Dias
Salão
1
3/4
80€
200€
Loiças
30€
80€
Cozinha
60€
150€
Salão/Loiças/Cozinha
150€
300€
Obs: Para este efeito, as regalias de sócio, adquirem-se desde que se seja sócio(a) há mais de um ano, na
data do pedido.
O salão deverá ser sempre pedido por escrito, com uma antecedência adequada.
Para casamentos, principalmente no Verão e datas festivas, a antecedência deverá ser, no mínimo de
três meses,
Os pedidos serão objecto de apreciação e decisão, por ordem de chegada. Sempre que os pedidos
sejam coincidentes, os sócios terão preferência sobre os não-sócios.
Ex.mo(s) Senhor(es) Associados/Assinantes
Caso pretendam receber o jornal, deverão recortar/copiar e preencher a Ficha de
Assinatura abaixo e enviá-la para a ARCPA, com o respectivo meio de pagamento ou
comprovativo de transferência bancária dos valores indicados, para as seguintes contas:
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (C.a Ansiães) - NIB - 0045 2190 40052054541 39
Caixa Geral de Depósitos (C.a Ansiães)- NIB – 0035 0207 00005044030 35
JORNAL – O POMBAL
FICHA DE ASSINATURA
NOME -__________________________________________________________
MORADA - __________________________________________________________
____________________________________________________________________
Rua Marechal Gomes da Costa, 319, 1º Dtº
5140-083 Carrazeda de Ansiães
LOCALIDADE - ____________________________ CÓD. POSTAL - ________ - ____
PAÍS - ______________________________________________________________
SÓCIOS ARCPA
Assinatura anual
– 8,00 Euros PORTUGAL
– 18,00 Euros EUROPA
– 25,00 Euros RESTO DO MUNDO
NÃO SÓCIOS
Assinatura anual
– 12,00 Euros PORTUGAL
– 25,00 Euros EUROPA
– 35,00 Euros RESTO DO MUNDO
ENVIO CHEQUE No ______________________ BANCO_____________________
VALE POSTAL No - __________________________________________________
ou comprovativo de transferência bancária com a identificação do assinante
DATA - ____ / ____ / ____
Assinatura - ________________________________
Envie para: Jornal O POMBAL * Largo da Igreja, 1 POMBAL
5140-222 POMBAL CRZ – CARRAZEDA DE ANSIÃES
Obs.: O pagamento deverá ser efectuado no início de cada ano.
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Janeiro 2012
Entrevista ao Presidente do Município,
Dr. José Luís Correia
Patricia Pinto
O FUTURO DO CONCELHO DE CARRAZEDA DE ANSIÃES EM 2012
Carrazeda de Ansiães é um dos concelhos do distrito de Bragança. Possui 19 freguesias e tem como Presidente da Câmara
o Dr. José Luís Correia.
Em conversa com o mesmo, sobre o futuro do município no
ano que teve recentemente início, os cortes no sector recreativo
e cultural serão os mais salientes mas pelo contrário foi criada
uma verba para o apoio a jovens do ensino superior, secundário e técnico profissional.
Quais as obras que mais incidência terão nos planos do próximo ano?
«A conclusão do centro cívico. Agora denominado Centro
Tecnológico e Inovarural de Carrazeda de Ansiães. A conclusão da variante de Carrazeda de Ansiães e a conclusão do
Museu Rural de Vilarinho da Castanheira. »
Em que números se traduz o orçamento para esta plano de
obras? E quando foi aprovado?
«Foi aprovado na última assembleia municipal, no dia 28
de Dezembro de 2011 e ronda os quinze milhões, seiscentos e
noventa e um mil euros (15.000.691 euros). »
Que objectivos são assumidos neste plano?
«Os objectivos principais deste plano são concluir obras
que já se arrastam há muitos anos, obras que se tornaram em
problemas e que estão a prejudicar o concelho, não só pela
forma como foram geridas mas também pela falta que fazem
aos cidadãos. E depois, temos uma grande preocupação a nível
social, de acordo com a situação que se vive no país e nós não
somos excepção e por isso mesmo teremos de estar atentos às
dificuldades que muitas pessoas poderão vir a passar.»
A preocupação económica é uma realidade a manter em 2012?
«Sim, nós estamos a tentar realizar alguma contenção de des-
pesas correntes e em algumas áreas, nomeadamente na parte
recreativa e cultural para podermos reforçar outras rubricas
referentes aos apoios dos estratos sociais mais desfavorecidos.
Apoios estes no âmbito da saúde, habitação, deficiência, doenças crónicas, subsistência, natalidade e outras situações de
emergência com as quais estamos preocupados e que certamente nos podem vir bater à porta. E depois temos também a
nível de educação a atribuição de bolsas de estudo a alunos do
ensino superior, do secundário e técnico profissional e depois
também nos preocupa a juventude, pois sabemos que atravessamos um período muito difícil, que é difícil entrar no mercado de trabalho e por isso têm de estar preparados e possuírem
uma formação sólida para poderem singrar, nesse sentido estamos a incluir pela primeira vez no orçamento do município o
apoio à realização de actividades de interesse científico e pedagógico para os jovens do concelho de Carrazeda de Ansiães.»
Quais serão os sectores mais afectados pelos cortes financeiros?
«Nós queremos cortar nas despesas correntes, nas despesas
de funcionamento da câmara e também em algumas despesas
referentes a actividades recreativas, sendo a mais significativa
a não realização do Ansiães na Idade Média, porque vamos
canalizar essa verba, essencialmente, para o apoio à melhoria à
condições de habitação de pessoas muito carenciadas.»
A nível do desenvolvimento social quais são as prioridades
definidas pela Câmara para 2012?
«Inventariar todos os casos de emergência e que evidenciem fortes sinais de carência económica, financeira e social e
encontrar soluções adequadas de acordo com a capacidade de
resposta da Câmara Municipal.»
Janeiro 2012
Como vê a comparticipação que a Câmara prometeu suportar para a aquisição de um carro de desencarceramento para os
Bombeiros Voluntários de Carrazeda?
«É um gesto de colaboração e solidariedade conjugada no
sentido de estarem equipados parta terem capacidade de resposta para eventuais situações que possam vir a exigir este tipo
de equipamentos devido a uma nova realidade que é abertura
do IC5.»
Vai ser um 2012 fácil para a população carrazedense em geral
ou nem por isso?
«É do conhecimento geral que o ano de 2012 vai ser difícil para a grande maioria dos portugueses devido á crise que
atravessamos e às medidas que é necessário implementar para a
ultrapassar. Certamente que a população de Carrazeda também
vai ser sacrificada.»
As previsões futuras apontam para um concelho mais coeso e
inovador ou o contrário?
«Geralmente é nas crises que se encontram as melhores soluções. Sabemos as dificuldades que temos e as que nos esperam
por isso estamos a orquestrar um conjunto de iniciativas que
nos permitam encarar o futuro mais promissor para o concelho
de Carrazeda de Ansiães.»
Um ano que começa a ser marcado por previsões de muitas
dificuldades mas como se costuma dizer, depois da tempestade vem a bonança e o Presidente do concelho de Carrazeda
de Ansiães, o Dr. José Luís Correia, acredita que será uma fase
possível de ultrapassar com o esforço de todos os habitantes do
município.
8
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Janeiro 2012
Os nossos Patrocinadores
OS CONGELADOS DO RAUSS - NORATLÂNTICO
Patricia Pinto
Chama-se João Casimiro
Coelho e nasceu a 8 de Janeiro
de 1945.
É natural de Pombal de Ansiães e comerciante de profissão.
Criou a loja “Os Congelados do Rauss” em Carrazeda
de Ansiães há “meia dúzia de
anos” mas em Matosinhos já
tem o negócio de congelados
de peixe há sensivelmente 30
anos.
Numa sociedade cada vez
mais preocupada com o bem-estar e uma saúde equilibrada,
o consumo de peixe tem sofrido um claro aumento na última década.
Os congelados são uma boa
alternativa ao peixe fresco,
numa altura em que tanto se
fala de crise, os congelados são
uma hipótese de compra que
favorece a carteira de muitas
pessoas.
Entre Abril de 2010 e Abril de
2011 um estudo revelou que a
categoria de pescado embalado
cresceu 7% em volume (29,8
milhões de quilos) e a mesma
proporção em valor para 213
milhões de euros.
O Senhor João Coelho, mais
conhecido por “Rauss”, proporcionou-nos uma conversa
no seu estabelecimento bem
como a visualização das infra-estruturas do mesmo.
Em que ano surgiu este negócio e foi da responsabilidade
de quem?
«Ora bem eu já tinha este
negócio dos Congelados do
Loja em Carrazeda de Ansiães
Rauss, em Matosinhos, há 30
ou 32 anos. E aqui em Carrazeda surgiu porque não existia
nenhum comércio deste género, de congelados, mariscos,
etc, tive a ideia de criar aqui o
negócio e ainda bem, porque
não estou descontente, até pelo
contrário. »
Qual a origem do nome Congelados do Rauss?
«Os Congelados do Rauss foi
uma brincadeira minha, entre
a rapaziada das tainadas, eu estava sempre “Rauss pra cima”,
“Rauss pra baixo” e depois olhe
aproveitei o facto de ter ficado
baptizado como o Rauss e usufruí deste nome para baptizar
também o negócio, a rapaziada até costumava dizer “Ai os
Congelados do Rauss é que são
bons…” (risos)»
Tem sido até à data um negócio rentável?
«Com franqueza esperava
Janeiro 2012
10
mais. Mas atendendo que aqui
o concelho tem pouca população, não está mau, não está
mau. Especialmente nos meses
de Agosto e Dezembro, que é o
mês em que estamos, porque
compensam um bocadinho os
outros. »
Ao todo quantas pessoas emprega na venda de congelados?
«Na venda de congelados…
ora no Porto 8 e aqui 2 portanto são 10 funcionários.»
Referencie-nos alguns dos
produtos que podem ser encontrados nos seus estabelecimentos.
«Menina o que é de peixe
pode ser encontrado tudo.
Desde o marisco, as pescadas
da África do Sul, do Chile, lulas, abróteas, salmão, peixe vermelho (o chamado red fish),
filetes, enfim, toda uma gama
diversificada de congelados de
peixe.»
Considera ter disposição e
dedicação para com o negócio,
ou seja, costuma estar presente ou deixa-o na “mão de terceiros”?
«Lá em baixo, o outro armazém grande dá mais trabalho
do que aqui por isso passo lá
a maior parte do tempo, aqui
deixo-o na mão de terceiros,
entregue a estes dois funcionários em quem confio plenamente e venho cá de vez em
quando ajudar, como hoje, nas
feiras em que estou cá também
dou uma ajuda, por exemplo
na feira dos 20 de Dezembro as
vendas foram um espectáculo,
porque aqui as pessoas como
sabe têm o hábito do polvo,
dos camarões, do bacalhau,
bolinhos de bacalhau, e ainda
bem que dei essa ajuda porque
se não eles os dois não conseguiam dar vazão a tanta coisa.
»
Costuma pesquisar e observar o mercado onde está instalado, promovendo ajustes e
adaptações ao negócio?
«Não, francamente não vale a
11
Janeiro 2012
pena. O rapaz lá anda na rua,
lá vai a alguns restaurantes, uns
clientes, depois também tive
azar com uns em Mirandela
que não pagaram, meti-os em
tribunal e tal e coisa. Isso é um
bocado arriscado porque a melhor coisa é ter aquele dinheirinho certinho e não entrar em
mecanismos que possam desviar esse objetivo. »
E aqui em Carrazeda possui
perspectivas de alargar o negócio ou não vale a pena?
«Não. Está bem assim. Para
ser franco ainda pensei abrir
um comércio deste género
na Pesqueira porque é capaz
de ter mais população do que
aqui, mas olhe já estou com
uma certa idade e chega bem
isto porque já são as quintas,
isto e o turismo, e já acaba por
ser puxado para a minha idade.
»
Pelo que ouve dos comentários dos seus clientes, a satisfação em relação aos seus produtos vendidos é grande?
«Sim, sim menina. Nós temos tudo de qualidade. Desde os polvos, aos camarões de
Moçambique, as pescadas do
Chile como já tinha mencionado, tudo. »
Foi um comércio digamos
que bem acolhido pelas gentes
da terra?
«Nem por isso. Muita gente prefere abastecer os seus
comércios e as suas arcas em
outros locais do que neste local de um filho da terra. Olhe
o exemplo do Lar do Pombal,
fui um grande patrocinador
daquela instituição por largos
tempos, cheguei inclusive a
dar-lhe uma arca congeladora
e a enche-la de peixe e deixaram de consumir não sei bem
porquê.»
O mercado de alimentos
congelados está em grande expansão, isto significa um sinal
positivo em termos de oportunidades de negócio, ou, será
um sinal de um forte aumento
de concorrência?
«É um sinal
positivo porque
como sabe as pessoas estão com
cada vez menos
poder de compra
derivado à crise,
e os congelados
sempre são mais
baratos do que
é o peixe fresco.
Deus me livre se
toda a gente só
pudesse comprar
peixe fresco, olhe
é o caso da amêijoa, aqui custa
três euros e eu
comprei-a a 16, a
fresca, veja bem a
diferença e a congelada serve muito bem e é muito
boa. Se não fosse
estes negócios dos
congelados então
estaríamos muito
pior, ou as pessoas deixariam de
comer ainda menos peixe. »
No que compete às exigências
legais específicas
para edificar um
estabelecimento
desta envergadura, acha as leis
criadas apropriadas ou as mesmas
“caem” num completo exagero?
«Olhe por acaso até pensei que
fossem
mais.
Aqui a câmara
não pôs muitos
entraves,
também favoreceu o
concelho não é
verdade, além de
dar 2 postos de
trabalho favoreceu aqui a população que tem a
oportunidade de
Janeiro 2012
comprar bom peixe a preços
bastante acessíveis e poupam
uns “tostõezinhos” ao fim do
mês. Portanto não senti assim
grande dificuldade em constituir este comércio. »
A seu ver os congelados do
Rauss são um negócio bem
equipado?
«Sim, sim. Não sou só eu que
o digo, pessoas que vêm cá do
Porto e de Lisboa comentam
que está aqui uma peixaria ao
nível das de Lisboa ou do Porto. Gastei aqui uma pequena
fortuna. O bacalhau por exemplo, a menina se for a grandes
superfícies o bacalhau é apresentado lá à toa, amontoado
um em cima do outro e aqui
o bacalhau te uma câmara frigorífica exclusiva para ele que
o mantém com aquela textura
ímpar associada ao bacalhau. »
Qual o país que mais o fornece?
«Espanha. Infelizmente muita coisa é espanhola, principalmente do porto de Vigo e
talvez seja dos melhores portos
a nível mundial. Eu aqui em
Portugal só compro os vegetais, o caso da ervilha e feijão
e essas coisas, mas até a ervilha
eu penso que vem da Holanda
só que é embalada cá em Portugal. »
Quais são os meios de distribuição que utiliza?
«Não tenho venda direta no
sentido de andar por aí na rua,
tenho as lojas, ainda tentei a
venda direta mas era muito
dispendioso, fazia aqui falta o
empregado, e para meter mais
gente também não compensava. Então é mais por encomendas que nos fazem, desde
Vila Flor, Mirandela, Vimioso,
Bragança e o rapaz vai, entrega,
recebe e vem embora, é assim
que nós trabalhamos. »
Os Congelados do Rauss são
um dos patrocinadores do Jornal O Pombal. O que nos tem a
dizer sobre a criação deste jornal e qual o feedback que nos
pode dar?
«É muito positiva a criação
deste jornal, dá valor à terra e
à população daqui. Para não
dizer que faz também publicidade a certas empresas que o
patrocinam e isso é muito vantajoso em termos de rentabilidade de negócio. »
É de salientar que 20% do
peixe consumido em Portugal
é bacalhau. Os Congelados do
Rauss em Carrazeda de Ansiães possuem uma câmara frigorífica destinada e exclusiva
para o bacalhau.
Um negócio rentável para a
economia do concelho e da população. Uma forma de comprar peixe a preços mais acessíveis mas com uma qualidade
extrema.
Nesta loja podemos encontrar uma diversa e rica gama de
congelados de peixe que fazem
parte do conceito de uma alimentação saudável.
Bom Peixe servido com a
maior das simpatias? Visite
este estabelecimento em Carrazeda de Ansiães e torne-se
consumidor assíduo, a qualidade afincada e o preço acessível
não deixarão que se arrependa.
12
13
Janeiro 2012
Janeiro 2012
14
Passagem de ano 2012
António Manuel de Carvalho
Nasceu a 09/08/1924
Faleceu a 03/01/2012
Faleceu
O Sr. António Manuel de Carvalho, sócio 662, de
87 anos de idade.
A família vem por este meio agradecer a todas
as pessoas amigas que o acompanharam à sua última
morada ou que de qualquer modo lhes testemunharam
o seu pesar.
Paz à sua alma.
A Direcção da ARCPA envia os mais sentidos
pêsames à família enlutada.
Mais uma vez a tradição foi cumprida.
Na transição do ano 2011 para 2012, foram várias as pessoas que
se reuniram no salão da A.R.C.P.A para dar as boas vindas ao
ano novo.
A festa bem cedo começou, prolongando-se pela noite fora, com
a animação musical a cargo de Daniel Moutinho, que parecia não
se cansar de animar o pessoal.
Como prova do bom convívio entre os presentes, no que se refere
aos comes e bebes, foi antecipadamente combinado entre todos o
que cada família levaria, juntando-se tudo numa mesa só. Tivemos também uma mesa reservada com pessoas de Carrazeda.
À meia-noite, como é habitual, no soar das 12 badaladas, comeram-se as passas e formularam-se os principais desejos para o
ano 2012, ao som e luz de um pequeno fogo de artifício.
Fez-se o habitual sorteio do cabaz, sendo a feliz contemplada
Maria Isabel Calvário.
E a festa continuou com a animação e alegria visíveis de todos os
presentes, nem a crise estragou essa felicidade e convívio.
A direcção da A.R.C.P.A. aproveita para agradecer a todos os
presentes e desejar a todos u m feliz 2012.
Liliana Marta Carvalho
[email protected]
Carrazeda de Ansiães
15
Janeiro 2012
Figuras e Factos
Pedaços de História
FREGUESIA DE POMBAL DE ANSIÃES
IV – Apoio social a crianças: expostos, desvalidos e abandonados
(Dos finais do século XVIII até ao “Estado Novo”)
Fernando Figueiredo
A Roda, os subsídios e as amas
Os “enjeitados”, como popularmente
eram designadas as crianças que os seus
progenitores entregavam a uma instituição ou abandonavam à porta de alguém,
constituíam um grupo que, por razões
sociais, económicas e morais, tinha por
vezes uma expressão significativa desde
o passado medieval e moderno, mas que
continuou pela contemporaneidade.
Como o seu número era mais significativo nos maiores centros populacionais,
em muitos conventos, mosteiros e misericórdias, funcionava um mecanismo destinado a acolher estes seres indefesos que,
normalmente nos primeiros dias de vida,
ali eram deixados.
Naquelas instituições, eram recolhidos
através desse mecanismo móvel – a Roda
-, que permitia a passagem da criança do
exterior para o interior, sem que, quem
“expunha” e quem recebia, contactassem
fisicamente. Refira-se, no entanto, que as
cumplicidades e as coincidências entre
utentes e funcionárias eram muito maiores do que se pode supor, já que, muitas
mães, aí deixavam os filhos que, depois,
como “rodeiras”, amamentavam e tratavam, com os meios que a instituição
lhes disponibilizava. Muitas delas conseguiam mesmo recuperá-los mais tarde.
Reconheça-se, assim, que esta válvula
de escape permitia reparar ou pelo menos minorar, os efeitos de procedimentos
desviantes de uma sociedade que parecia
tão severa a puni-los, e ainda como compensação das profundas desigualdades
sociais existentes.
Em Portugal, a instituição para receber
estes “filhos de ninguém” foi oficializada
nos finais do século XVIII, passando a
funcionar também em centros mais pequenos.
A existência desses “expostos” na freguesia de Pombal, entregues pela roda concelhia a famílias que deles tomavam conta,
pode ser testemunhada desde 1787, nos
registos de baptismo, já que este sacramento era uma das obrigações impostas
a quem depois os recebia. Mas foi sempre
um número escasso, desde então e ao longo do século seguinte.
Com efeito, a existência da roda continuou a verificar-se na contemporaneidade, No concelho de Carrazeda, era normalmente designada ”roda dos expostos”.
O mesmo aconteceu no de Vilarinho da
Castanheira, enquanto este existiu (até
1853), onde havia as “cazas da roda”.
Na verdade, o Estado liberal do século XIX assumiu as despesas de funcionamento deste antigo organismo, que
tendeu a ir desaparecendo. Mas, de forma complementar e, depois, por outros
meios, esse Estado apoiava as crianças
que, mais genericamente, eram consideradas desvalidas e abandonadas, quer
atribuindo um subsídio de “lactação” de
uns meses às mães, quer, durante alguns
anos, primeiramente até aos sete e, posteriormente até os filhos fazerem18, às
que viviam em “extrema pobreza e não
podiam trabalhar”. Só excepcionalmente
é que as crianças continuavam a ser entregues a amas, dando-se prioridade aos
progenitores e a outros elementos da família mais próximos (avós ou tias). Cada
caso era apreciado pela Câmara que, em
caso afirmativo, fixava o período durante
o qual o subsídio estipulado era atribuído, variando o seu montante ao longo do
tempo. Estes apoios sociais continuaram
pelo período da administração republicana até aos alvores do “Estado Novo” (finais da década de 1920).
Foi com base neste tipo de apoio concelhio, efectuado com meios distritais ou
do próprio município, mas sempre disponibilizados por este, que se recolheu
o contingente da freguesia de Pombal,
conforme se regista no Quadro abaixo.
Neste constam apenas os anos em que
houve crianças desta freguesia envolvidas. É provável que ainda alguém consiga
encontrar algum antigo familiar na lista,
ou de quem tenha qualquer referência.
Está pelo menos uma que, tendo nascido
em 1905, ultrapassou os 100 anos e nos
deixou há pouco: Maria Isabel, filha de
Maria da Assunção.
Veja-se então o quadro.
Janeiro 2012
Ano
Nome da Criança
Nome da Mãe, do Pai
Naturalidade
ou da Ama
Período de
Apoio
1886
Maria Luzia
Ana Baptista
Pombal
3 meses
1887
Ana dos Anjos
Dulce Augusta Exposta
“
6 meses
Beatriz dos Anjos
M.ª da Assunção Gonçalves
“
9 meses
António Luís
Maria Baptista
“
1 ano
António José
Etelvina de Jesus
“
“
1888
1889
Álvaro
Maria Rosa
“
“
António Luís
Ana Maria Baptista
“
6 meses
1892
Manuel
Maria Joaquina
“
“
1893
Albino
Maria Rosa
“
“
1897
Maria
Maria dos Reis
“
9 meses
José
Ana Baptista
“
6 meses
1898
César Augusto
Albina Morais
“
9 meses
Adélia
Maria do Carmo
“
6 meses
Afonso
Maria Morais
“
“
1899
1900
1901
1904
Elisa
Maria Rosa
“
“
Adélia
Maria do Carmo
“
“
Maria
Flora Ferreira
Paradela
“
Maria
Maria Ermelinda
“
11 meses
Maria
Flora Ferreira
“
“
António
Antónia da Costa
“
9 meses
António
Antónia da Costa
“
3 meses
Benjamim
Maria dos Santos
José Joaquim
Luísa Bela de Jesus
“
1 ano
Pombal
“
António Luís
Maria da Luz
“
9 meses
1905
Maria Isabel
Maria da Assunção
“
1 ano
1906
António Lima
João de Deus Pereira
“
“
Adelaide de Jesus
?
“
“
Idília Augusta
Jacinta Nicolau
“
“
Amadeu de Jesus
Elisa de Morais a)
“
4 anos
1909
1910
1911
1912
Obs. Quando não vem especificado o período, assume-se que é um ano.
a) – Ama.
FONTES: ACMCA, Livro N.º 4 – Matrícula de Mães Pobres Subsidiadas (18861901); Livro de Matrícula das Subsidiadas (1888-1893; Livro N.º 2 – Matrícula das
amas dos Expostos (1896-1908); e Livro de Registo das Folhas dos Expostos a Cargo da
Câmara (1909-1926).
Como se pode constatar, na freguesia de Pombal, ao longo
dos setenta e seis anos para os quais existem dados (18531929), estiveram envolvidas 24 crianças, sendo quatro de
Paradela e as restantes de Pombal. Por sua vez, 21 mães, um
pai e uma ama, repartiram esse subsídio, havendo duas mães
que receberam por três filhos, já que outras quatro e mais uma
daquelas apenas viram o abono inicial renovado por mais um
período igual.
Assim, durante os primeiros meses de vida até um
ano, foi concedido um apoio social a familiares de crianças,
que eram maioritariamente mães solteiras, viúvas ou famílias
extremamente necessitadas. Em pleno contraste, o último caso
sobressai não só pelo facto de se tratar de um apoio mais prolongado a uma criança, como também por ser prestado à ama
que dela cuidava.
Noutras localidades do concelho, pelos registos existentes,
desde 1853, houve casos entre esta data e 1929.
Foram
16
sobretudo as povoações da “Frieira” que mais e durante
mais tempo beneficiaram desses apoios, até pela maior
proximidade a que se encontram da vila.
Assim, em termos comparativos, a freguesia e a povoação de Pombal não tiveram uma expressão significativa, a nível do concelho, neste tipo de apoio. Mais:
acolheu alguns expostos, não se sabendo quantos haviam
saído dali como tal para a roda concelhia. Mas foram
em pequeno número e durante pouco tempo as crianças
que por lá passaram, bem como as que tiveram qualquer
tipo de apoio por necessidade ou pobreza manifestas dos
familiares. Contrariamente ao que muitas vezes se pensa,
também o número de filhos naturais – os maiores candidatos à roda – era diminuto na freguesia.
Por isso, o apodo de “Rodados”, atribuído no passado
aos pombalenses e que muitos hoje desconhecem, não
tem o mínimo de relação com “Filhos da Roda”, como
parece justo deduzir.
Refira-se ainda que este tipo de apoio, sendo
escasso e talvez condicionado por alguns factores particulares, aquando da apreciação da atribuição do subsídio, mas implicando também uma diligência para a sua
habilitação que não estaria ao alcance de muitas famílias
necessitadas, envolvendo a participação de outrem mais
informado e quantas vezes envolvido (os pais desses
filhos naturais, por exemplo), tinha sobretudo o carácter
de beneficência e não de um direito universal, tal como
hoje é entendido.
Já agora…o apodo de “rodados”, com o qual os
pombalenses foram contemplados, terá antes a ver com
as marcas deixados pelas ferragens das rodas dos carros
de bois e de carroças em muitas pedras das calçadas e
caminhos, paredes de habitações, lagares, palheiros, etc.,
sinais de grande dinâmica da povoação nesses tempos e
ainda hoje bem visíveis em alguns desses sítios.
Nota: Este artigo surgiu de algum modo com a intenção
de desmistificar o que parece querer sugerir uma inscrição
“selvagem”, feita a tinta vermelha sobre a placa indicativa de
“POMBAL”, quando se vem de Pinhal pela estrada. Como existe
ali há muito tempo e ainda ninguém a mandou limpar…em
nome da verdade e com a situação fundamentada em estudo,
aqui fica o meu contributo. O seu a seu dono!
17
Janeiro 2012
José Alberto Pinto Pereira
RÁDIO ANSIÃES, C.R.L.
Rua Tenente Aviador Melo Rodrigues
5140-100 Carrazeda de Ansiães
Tel. 278 616 365 – 278 616 295
Fax. 278 616 725
Internet: www.ransiaes.sbc.pt
E-mail: [email protected]
A Rádio Ansiães apoia a ARCPA, ciente da colaboração
no progresso do concelho de Carrazeda de Ansiães.
rua marechal gomes da costa 269 r/c - tlf. 278 618 096
QUALIDADE * VARIEDADE * PREÇOS BAIXOS
CARRAZEDA DE ANSIÃES
(junto às traseiras do antigo centro de saúde)
Sabemos que a sua preferência fará o nosso sucesso!
Janeiro 2012
Jornal “O Pombal” n.º 181 de 30 de Janeiro de 2012
CARTÓRIO NOTARIAL LAURINDA GOMES
EXTRACTO DE JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL
Laurinda Maria Teixeira Gomes, Notária do Cartório Notarial de Laurinda Gomes, sito na Rua das Carmelitas, nº 26, 2°
andar, no Porto:
Certifica narrativamente, para efeitos de publicação, que, por
escritura de vinte de Janeiro de dois mil e doze, exarada a folhas
30 e seguintes do livro de notas cento e sessenta e três, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de Justificação Notarial, na qual
foram justificantes:
MARIA DA CONCEIÇÃO ARAÚJO PATRÍCIO NIF
149.871.589 e marido MANUEL ANTÓNIO PATRÍCIO, NIF
144.030.519, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de
Ansiães e residentes na Rua Luís de Camões, n° 65, Mirandela,
ROSA MARIA ARAÚJO BEATO, NIF 181.879.603 e marido JOSÉ FRANCISCO VENÂNCIO BEATO, NIF 181.879.611,
casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da
freguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães e ele da freguesia de Espírito Santo, concelho de Nisa, e residentes na Alemanha, Falkensteiner Str. 20, 61462 Konigstein,
Alemanha;
EVA MANUELA ARAÚJO OLIVEIRA, NIF 209.783.206 e
marido JOÃO JOSÉ OLIVEIRA, NIF 171.731.450, casados no
regime da comunhão de adquiridos, naturais, da freguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães residentes na
Avenida Brigadeiro Figueiredo Sarmento, lote 52, 2°
direito, em Bragança;
Mais certifica que, nessa escritura, foi declarado o seguinte:
Que por inventário por óbito de sua mãe, Maria Miquelina
Gomes que correu os seus termos no Tribunal da Comarca de
Carrazeda de Ansiães sob n° 25/73, com trânsito em julgado
em 21-01-1976, foi adjudicado a ela outorgante e suas irmãs na
proporção de um doze avos para cada uma e a restante metade
para o seu pai Francisco Manuel Araújo, o seguinte bem imóvel,
Prédio rústico, composto de terra de centeio, sito no lugar de
“Salvadeira”, freguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães, com a área de dezanove mil setecentos e oitenta
metros quadrados, a confrontar do norte com Francisco Correia, do sul com Manuel Lima, nascente com caminho, e poente
com Guilhermino Felizardo, inscrito na matriz sob o artigo 854º
descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de
Ansiães sob o número 292;
Que posteriormente por volta do ano de mil novecentos e
oitenta e cinco, o seu pai, Francisco Manuel Araújo, doou em comum aquele direito que detinha no prédio àquelas sua três filhas,
ficando as mesmas a ser únicas titulares do indicado prédio na
proporção de um terço ;
Que a partir dessa data, dividiram entre elas o indicado prédio, em três parcelas, passando cada uma a possuir parte especifica do prédio a saber, Maria da Conceição Araújo Patrício e
marido, Parcela um - prédio rústico com a área de cinco
mil duzentos e oitenta e cinco metros quadrados , a confrontar
do norte com Rosa Maria Araújo Beato, do sul com herdeiros
de Manuel Lima, do nascente com caminho público e do poente
com Guilhermino Felizardo;
Rosa Maria Araújo Beato e marido,
Parcela dois .- prédio rústico com a área de oito mil e noventa e sete metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com
caminho público, do sul com Maria da Conceição Araújo Parício
e do poente com José Augusto Teixeira C:orreia;
Eva Manuela Araújo Oliveira e marido,
Parcela três - prédio rústico com a área de seis mil trezentos
e noventa e oito metros quadrados, a confrontar do norte com
José Augusto Teixeira Correia, do sul com Maria Angélica do
Vale, do nascente com Rosa Maria Araújo Beato e do poente José
Baltazar Lima;
Que o referido prédio com a sua inicial composição encontra-se registado a favor de Teresa de Jesus Mendonça de
Abreu e Lima pela inscrição resultante da apresentação, um de
17/02/1992,
Que este registo se deveu a um erro na transmissão do bem,
nunca tendo aquela, Teresa de Jesus Mendonça de Abreu Lima,
entrado na posse daquele prédio que sabia não lhe pertencer,
dado que o mesmo foi por Cândida Emília Corina Mesquita
Meneses Barbosa de Abreu e Lima, vendido por volta do ano de
mil novecentos e cinquenta a Francisco Manuel Araújo pai das
aqui outorgantes, no estado de casado no regime da comunhão
geral com Maria Miquelina Gomes, partilhado no inventário
acima identificado;
Que esta posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública, desde o ano de mil novecentos e setenta e três, juntamente
com o seu pai, e a partir do ano de mil novecentos e oitenta e cinco em nome próprio, conduziu á aquisição de cada uma daquelas
parcelas, por usucapião, que para si e para os seus representados
invoca, justificando os seus direitos para efeitos de registo, dado
que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extra -judicial.
Está conforme.
PORTO e referido Cartório, aos 20 de Janeiro
de dois mil e doze.
A notária
Assinatura ilegível
Jornal “O Pombal” n.º 181 de 30 de Janeiro de 2012
Conservatória dos Registos Civil, predial e Comercial e cartório Notarial
de Carrazeda de Ansiães
CERTIDÃO
Certifico, para fins de publicação, nos termos do art°. 100º do código do notariado, que
por escritura de justificação notarial, outorgada neste cartório notarial, em 12/01/2012, lavrada
a partir de folhas quarenta e cinco do respectivo livro de notas número sessenta e cinco – C,
Carlos André Rebelo, NIF 132 015 315, e mulher Eulália Juraci Monteiro, NIF 132 015
323, casados sob o regime da comunhão geral, naturais da freguesia de Parambos, concelho de
Carrazeda de Ansiães, onde residem na Rua Dr. António Santos Pinto, declararam:
Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores de cinco sextos indivisos
de um prédio rústico composto de terra de vinha, centeio e pinhal, com a área de oito mil
metros quadrados, sito no Leiroal, freguesia de Parambos, concelho de Carrazeda de Ansiães,
a confrontar do norte e poente com Comissão Fabriqueira, do sul com caminho público e do
nascente com Francisco Sousa, descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de
Ansiães sob o número setecentos e noventa e sete sem qualquer inscrição de aquisição relativamente a cinco sextos indivisos encontrando-se um sexto indiviso lá registado a favor de
Maria Amelia de Carvalho Cardoso de Meneses, conforme inscrição apresentação dois de vinte
e seis de Novembro de dois mil e três, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 562, com o
valor patrimonial para efeitos de IMT de € 1147,69, correspondendo a fracção o de € 956,41,
igual ao que lhe atribuem.
Que adquiriram o referido direito indiviso, já no estado de casados, por partilha meramente
verbal que nunca foi reduzida a escritura pública, no ano de mil novecentos e noventa, por óbito
dos pais da justificante mulher Flaviano Monteiro e Maria. Cândida de Carvalho, que foram
casados e residentes na dita freguesia de Parambos.
Que, deste modo não ficaram a dispor de título formal que lhes permita registar na aludida Conservatória do Registo Predial o identificado direito indiviso, porém, desde o citado ano,
data em que se operou a tradição material do mesmo, eles justificantes, já possuem, em nome
e interesse próprios, a indicada fracção indivisa do prédio em causa, tendo sempre sobre ele
praticado todos os actos materiais de uso e aproveitamento agrícola, tais como, amanhando-o,
semeando-o, cultivando-o, colhendo os produtos semeados, designadamente uvas, colhendo
os seus frutos, aproveitando, assim, dele todas as suas correspondentes utilidades, agindo
sempre como seus proprietários, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos, tudo
isso realizado a vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva
e ininterrupta desde o seu inicio, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e
sempre no convencimento de o fazerem em coisa própria, tendo, assim, mantido e exercido
sobre o identificado prédio, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade
das pessoas vizinhas, uma posse pública, pacifica, continua e em nome próprio, pelo que adquiriram o citado direito indiviso do referido prédio rústico por usucapião, que expressamente
invocam para justificar o seu direito de propriedade para fins de primeira inscrição no registo
predial, direito esse que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título
formal extrajudicial.
Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida
nada há em contrário que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita.
12.01.2012.
A Conservadora, Ana Paula Pinto Filipe da Costa
Jornal “O Pombal” n.º 181 de 30 de Janeiro de 2012
CARTORIO NOTARIAL
da Notária Lic. Ana Maria Gomes dos Santos Reis
Alameda Nossa Senhora de Fátima número 8 em Macedo de Cavaleiros,
Certifico para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação Notarial lavrada neste
Cartório Notarial no dia cinco de Janeiro de dois mil e doze, com inicio a folhas noventa e cinco
do livro de notas DUZENTOS E DEZOITO TRAÇO A. FERNANDO AUGUSTO ARAUJO
e mulher ISABEL MARIA TEIXEIRA ARAUJO, casados sob o regime da comunhão de
adquiridos, ambos naturais da freguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães,
onde residem que são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio:
Prédio rústico composto de terra de centeio, sito no lugar de “Vinhas Velhas”, freguesia
de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães. inscrito na matriz sob o artigo 434,
com o valor patrimonial de 5,39 € descrito na Conservatória do registo Predial de Carrazeda de
Ansiães sob o número duzentos e oitenta e dois, freguesia de Pinhal do Norte.
Que apesar do citado prédio estar inscrito na referida Conservatória a favor de António
Ferreira Campos casado, com actual residência na freguesia de Pinhal do Norte, o mesmo é
pertença dos justificantes, porquanto.
Em dia e mês que não podem precisar, mas que foi há mais de vinte anos, os justificantes
adquiriram por compra verbal a Emília Corina Meneses Barbosa de Abreu e Lima, que foi solteira, maior residente em Pinhal do Norte e já falecida, compra essa que ocorreu por volta do
ano novecentos e oitenta e nove, que nunca reduziram a escritura pública.
Que deste modo, desde essa data, os justificantes passaram a possuir o citado prédio no gozo
pleno das utilidades por ele proporcionadas cultivando-o e colhendo cereal, considerando-se e
sendo considerado como seus únicos donos, na convicção que não lesavam quaisquer direitos
de outrem, tendo a sua actuação e posse, sido de boa fé, sem violência e sem oposição ostensivamente e com conhecimento da generalidade das pessoas que vivem na freguesia onde se situa o
prédio e tudo isto por lapso de tempo superior a vinte anos.
Que esta posse em nome próprio, pacifica, continua e pública, desde há mais de vinte anos,
conduziu a aquisição daquele prédio por usucapião que expressamente invocam, justificando o
seu direito de propriedade para efeito do registo dado que esta forma de aquisição não pode ser
provada por qua]quer outro titulo formal extrajudicial.
Está conforme o original, Macedo de Cavaleiros, cinco de Janeiro de dois mil e doze.
O Colaborador da Notária por expressa delegação, André Miguel Alves Loureiro
Jornal “O Pombal” n.º 181 de 30 de Janeiro de 2012
Conservatória dos Registos Civil, predial e Comercial e cartório Notarial
de Carrazeda de Ansiães
CERTIDÃO
Certifico, para fins de publicação, nos termos do art. 100º do código do notariado, que por escritura de justificação notarial,
outorgada neste cartório notarial, em 17/01/2012, lavrada a partir de folhas cinquenta e três do respectivo livro de notas número
sessenta e cinco - C, João Manuel Pinheiro de Carvalho, NIF 247 723 975, casado sob o regime da comunhão de adquiridos
com Filomena Batista Pinto, natural de Angola, de nacionalidade portuguesa, residente no Alto de Luzelos, vivenda nº 3, freguesia e
concelho de Carrazeda de Ansiães, declarou:
Que, com exclusão de outrem, é dono e legitimo possuidor de um prédio rústico composto de terra de centeio com um
sobreiro e uma oliveira, com a área de sete mil e oitocentos metros quadrados, sito na Cota, freguesia de Pinhal do Norte, concelho
de Carrazeda de Ansiães, a confrontar do norte com Baltazar Carvalho, do sul com caminho, do poente com João B. Carvalho e do
nascente com António Gornes de Carvalho, ainda não descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães, inscrito
na respectiva matriz sob o artigo 2051, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de € 194,52, igual ao que lhe atribui.
Que, entrou na posse do indicado prédio por o ter comprado verbalmente, ainda no estado de solteiro, maior, a João B.
Carvalho e mulher Laurinda de Jesus, casados no regime da comunhão geral, residentes no lugar e freguesia de Pombal, concelho
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Jornal “O Pombal” n.º 181 de 30 de Janeiro de 2012
Conservatória dos Registos Civil, Predial e Comercial e Cartório Notarial
de Carrazeda de Ansiães
CERTIDÃO
Certifico, para fins de publicação, nos termos do art°. 100º do código do notariado, que por
escritura de justificação notarial, outorgada neste cartório notarial, em 13/12/2011, lavrada a partir
de folhas vinte e sete do respectivo livro de notas número sessenta e cinco – C, Adélia do Céu
Carvalho Teixeira, NIF 176 109 382, e marido António Rogério Teixeira, NIF 134 733 908, naturais
da freguesia de Pombal, concelho de Carrazeda de Ansiães, onde residem no Bairro da Bela Vista,
declararam:
Que, com exclusão de outrem, ela e o seu constituinte são legítimos possuidores dos seguintes
bens imóveis, situados na freguesia de Pombal, concelho de Carrazeda dc Ansiães, e ainda não
descritos na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães, que totalizam o valor
patrimonial para efeitos de IMT de € 93,73:
Um) prédio rústico composto de terra de centeio e duas oliveiras, com a área de quatro mil setecentos e dezoito metros quadrados, sito na Queimadinha, a confrontar do norte com Luís Filipe
Almeida, do poente e sul com Adélia do Céu Carvalho Teixeira e do nascente com Joaquim Acácio
de Seixas, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2334, com o valor patrimonial para efeitos de
IMT de € 52,61, igual ao que lhe atribuem;
Dois) prédio rústico composto de terra de centeio e urna oliveira, com a área de três mil setecentos e trinta e seis metros quadrados, sito na Queimadinha, a confrontar do norte e poente
com Adélia do Céu Carvalho Teixeira, do nascente com Joaquim Acácio de Seixas e do sul
com Claudionor Pereira de Seixas, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2335, com o valor
patrimonial para efeitos de IMT de € 41,12, igual ao que lhe atribuem.
Que, entraram na posse dos indicados prédios já no estado de casados, seguramente por volta
do ano de mil novecentos e oitenta e seis por doação meramente verbal que nunca foi reduzida
a escritura pública, feita em dia e mês que não podem precisar, pelos pais da justificante mulher
Victoriano de Carvalho e Fabelina de Jesus Lopes, que foram casados sob o regime da comunhão
geral e residentes na dita freguesia de Pombal, presentemente já falecidos.
Que, deste modo não possuem título formal que lhes permita registar na aludida Conservatória
do Registo Predial os identificados imóveis, todavia, desde o citado ano, data em que se operou
a tradição material dos mesmos, eles justificantes, já possuem, em nome e interesse próprios, os
prédios em causa, tendo sempre sobre eles praticado todos os actos materiais de uso e aproveitamento agrícola, tais como, amanhando-os, semeando-os, cultivando-os, colhendo os produtos
semeados, designadamente centeio, colhendo os seus frutos, aproveitando, assim, deles todas as
suas correspondentes utilidades e pagando todas as contribuições e impostos por eles devidos,
agindo sempre como seus proprietários, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos,
tudo isso realizado à vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva
e ininterrupta desde o seu inicio, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e
sempre no convencimento de o fazerem em coisa própria, tendo, assim, mantido e exercido sobre
os identificados prédios, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das
pessoas vizinhas, uma posse pública, pacífica, continua e em nome próprio, pelo que adquiriram os
citados prédios por usucapião, que expressamente invocam para justificar o seu direito de propriedade para fins de primeira inscrição no registo predial, direito esse que pela sua própria natureza
não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.
Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida
nada há em contrário que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita.
13.12.2011.
A Conservadora, Ana Paula Pinto Filipe da Costa
Jornal “O Pombal” n.º 181 de 30 de Janeiro de 2012
Conservatória dos Registos Civil, predial e Comercial e cartório Notarial
de Carrazeda de Ansiães
CERTIDÃO
Certifico, para fins de publicação, nos termos do art°. 100º do código do notariado, que por
escritura de justificação notarial, outorgada neste cartório notarial, em 12/01/2012, lavrada a partir
de folhas quarenta e sete do respectivo livro de notas número sessenta e cinco - C, Maria Orlanda
Nunes, NIF 127 511 040, e marido Manuel Augusto Sardinha, NIF 127 510 990, casados sob o
regime da comunhão geral, naturais ela da freguesia e concelho de Carrazeda de Ansiães, e ele da
freguesia de Angueira, concelho de Vimioso, residentes em Perlinhas, 427, 1º esquerdo, Rio Tinto,
Gondomar, declararam:
Que, com exclusão de outrem, são donos de um prédio urbano composto de casa de rés do
chão, com a superfície coberta de trinta metros quadrados e a área descoberta de oito metros quadrados, sito na Rua Marechal Gomes da Costa, número duzentos e cinquenta e quatro, freguesia
e concelho de Carrazeda de Ansiães, ainda no descrito na Conservatória do Registo Predial de
Carrazeda de Ansiães, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 487, com o valor patrimonial e
atribuído de dois mil e setenta euros.
Que os seus constituintes entraram na posse do indicado prédio por doação verbal feita pelos
pais da justificante mulher Alfredo de Sá Nunes e Maria Júlia Gonçalves Pereira, que foram residentes na dita freguesia de Carrazeda de Ansiães, já falecidos, em dia que não podem precisar
mas seguramente há mais de vinte e cinco anos.
Que deste modo não possuem título formal que lhes permita registar na aludida Conservatória
do Registo Predial o identificado imóvel, todavia, desde a citada data em que se operou a tradição
material do mesmo, eles justificantes, já possuem, em nome e interesse próprios, o prédio em causa,
tendo sempre sobre ele praticado todos os actos materiais de conservação, uso e aproveitamento,
tais como usando-o para armazém, cuidando-o, nele guardando os utensílios domésticos e
demais pertences, fazendo as necessárias obras de conservação, aproveitando, assim, dele todas
as suas correspondentes utilidades e pagando todas as contribuições e impostos por ele devidos,
agindo sempre corno seus proprietários, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos,
tudo isso realizado a vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva
e ininterrupta desde o seu inicio, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e
sempre no convencimento de o fazerem em coisa própria, tendo, assim, mantido e exercido sobre
o identificado prédio, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das
pessoas vizinhas, uma posse pública, pacifica, continua e em nome próprio, pelo que adquiriram
o citado prédio por usucapião, que expressamente invocam para justificar o seu direito de
propriedade para fins de primeira inscrição no registo predial, direito esse que pela sua própria
natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.
Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida
nada há em contrário que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita.
12.01.2012.
A Conservadora, Ana Paula Pinto Filipe da Costa
de Carrazeda de Ansiães,
ela já falecida, compra essa
feita em dia e més que não
pode precisar, do ano de
mil novecentos e noventa,
e que nunca foi reduzida a escritura pública.
Que, deste modo não possui título formal que lhe permita registar na aludida Conservatória do Registo Predial o identificado
imóvel, todavia, desde o citado ano, data em que se operou a tradição material do mesmo, o justificante, já possui, em nome e interesse próprios, o prédio em causa, tendo sempre sobre ele praticado todos os actos materiais de uso e aproveitamento agrícola,
tais como, amanhando-o, semeando-o, cultivando­o, colhendo os produtos semeados, designadamente centeio, aproveitando, assim,
dele todas as suas correspondentes utilidades, agindo sempre como seu proprietário, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus
encargos, tudo isso realizado vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva e ininterrupta desde o
seu inicio, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de o fazer em coisa própria,
tendo, assim, mantido e exercido sobre o identificado prédio, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das
pessoas vizinhas, uma posse pública, pacifica, continua e em nome próprio, pelo que adquiriu o citado prédio rústico por usucapião,
que expressamente invoca para justificar o seu direito de propriedade para fins de primeira inscrição no registo predial, direito esse
que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.
Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida nada há em contrário que amplie,
restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita.
17.01.2012.
A Conservadora, Ana Paula Pinto Filipe da Costa
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Janeiro 2012
IC5 passo a passo
Praticamente só faltam os carros...
E por fim temos a ligação concluida....
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