Informativo das Tricanas
“AS TRICANAS POVEIRAS”
Grupo Recreativo e Etnográfico
!A L T R U Í S M O
VOLUME 1, EDIÇÃO Nº 11
26 DE FEVEREIRO DE 2011
DIRECTOR:
JORGE SILVA
COORDENAÇÃO:
ARMINDO PEREIRA
Nesta edição:
LINDA COSTUREIRINHA
2
A VOZ DO PRESIDENTE
CANTAR DAS JANEIRAS
3
S. MARTINHO
4
ENCONTRO PELA PAZ
FESTA NATAL
ALBINA DIAS
5
AI! VENHAM VER …
ACTUAÇÃO NO MUSEU
6
ENCONTRO DE DANÇAS
12ª GALA FFPN
7
JANTAR 16º ANIVERSÁRIO
DO MAR DA PÓVOA …
8
DESPORTO –TÉNIS MESA
A PÓVOA CANTA …
9
GARATUJANDO SOBRE A
PÓVOA
10
11
O cabeçalho deste pequeno escrito, lembra-nos um SENTIMENTO DE AMOR. Infelizmente, lenta e progressivamente, isso vai-se esvaindo das nossas veias, o mesmo que dizer, do coração do Ser humano. Há um outro vocábulo que,
em sintonia com esse sentimento, se adapta perfeitamente ao título em epígrafe: FILANTROPIA. Esta palavra, além
de significar interesse pela felicidade do HOMEM, também se manifesta no melhoramento do seu comportamento.
Embora me considerem - e eu também
- um membro da família da Cooperativa de Cultura " A FILANTRÓPICA" (já há quase duas décadas!), não é sobre
filantropia ou a sentimentos de amor, que estou neste momento "agarrado" às teclas do meu computador.
Apenas pretendo chamar a atenção de que, para AMAR o próximo ou o distante, por vezes é necessário denunciar-se
situações com que, no dia-a-dia, a maioria da população se confronta e debate. Há muitas maneiras de o fazer. Uma
delas é através da Comunicação Social, quando feita por pessoas idóneas e inteligentes, como parece ser o caso de um
dos colaboradores do" DIÁRIO DO MINHO": ARTUR GONÇALVES FERNANDES.
Este intróito serve perfeitamente para, com a devida autorização do Director do jornal minhoto, poder transcrever-se
na primeira página deste simples e despretensioso BOLETIM INFORMATIVO, um artigo jornalístico publicado em
16 de Dezembro de 2010 no mesmo periódico e da autoria do colaborador atrás citado, sob o título "OS CÓDIGOS
DA INTELIGÊNCIA". Na verdade, ao debruçar-me sobre a leitura deste DIÁRIO
- o que faço regularmente - e após ter "abordado" o conteúdo do artigo (na minha opinião, muitíssimo bem escrito),
imediatamente deslindei o alcance do assunto ali manifestado. Nada há de mais actual, do que nele está escrito, porque
na realidade, quer queiramos ou não, trata-se de uma "denúncia" sobre comportamento da nossa sociedade - que corroboro na íntegra - e, daí, o apelo ao ALTRUÍSMO. Na minha mente, já há muito andava a germinar a ideia, de
"escrevinhar" algo parecido. Essa ideia só não deu fruto, por - embora considere a minha auto-estima bastante positiva
- me achar com falta de capacidade para o fazer com tanta objectividade e clarividência, como a patenteada no trabalho literário que o autor produziu. Por estar inteiramente de acordo com o seu "desabafo" e absolutamente convicto do
alertar de certas "consciências", com a devida vénia passo a transcrever na íntegra, o seu trabalho jornalístico:
" Os altruístas não exploram os seus amigos, não sugam quem amam nem aqueles que os cercam. Pelo contrário,
respiram e expandem continuamente gratidão, tornando-se rápidos a agradecer desinteressadamente e sem falsa humildade.
Quem decifra o código do altruísmo consegue ler o interior dos outros e ver as lágrimas que nunca deslizaram nos
sulcos do rosto, as dores que nunca foram verbalizadas nem partilhadas e os temores que sempre vestiram os seus
disfarces.
Os pais altruístas captam os conflitos e as inquietações dos filhos; os filhos percebem as preocupações de seus pais;
as pessoas partilham as angústias dos seus autênticos amigos ou, no caso dos professores, os problemas dos alunos,
estando disponíveis para dar um grande para os resolver. Os altruístas doam-se aos outros também porque aprenderam
e interiorizaram o reconhecimento da dádiva daqueles que se sacrificaram por eles, manifestando o sentimento sincero
e desprendido da gratidão. Só os que aprendem a arte de agradecer é que praticam a atitude de se doar e, portanto,
conseguem decifrar adequadamente o código do altruísmo.
O altruísta nunca vive isolado, ensimesmado, gravitando apenas na órbita dos seus interesses. Pelo contrário, tem
prazer em tornar os outros felizes, em promover neles o sorriso e em cultivar o seu bem-estar. Os que não são altruístas passam por cima dos sentimentos alheios, não respeitam as suas crises, transformando-se em verdadeiras
"máquinas sociais desgovernadas e demolidoras". São os primeiros a apontar o dedo, a denunciar as falhas, a julgar, a
atirar pedras, sendo sempre os últimos a abrir os braços para acolher os seus semelhantes.
O antro de podridão, de egoísmo, de corrupção, de inveja, de incompetência, de exploração, de desonestidade e de
violência em que se converteu uma grande parte da humanidade é um reflexo comprovativo de que apenas uma minoria teve a felicidade de desenvolver o código do altruísmo. Sem o código do altruísmo torna-se impossível o desenvolvimento de relações sociais saudáveis.
Quando vemos um jovem a bater nos seus colegas (e são tantos os
casos!) nas escolas, ficamos preocupados, pasmados e abalados, questionando-nos como isso é possível. Não percebemos que tal agressividade representa apenas a ponta do icebergue de uma grande franja de alunos e de outros jovens
que não desenvolveram a capacidade de ser generosos para consigo próprios e para com os outros. A educação cívica,
ética e social "anda pelas ruas da amargura", porque os grandes responsáveis (pais, Estado e educadores) não cumprem o seu dever. Os sistemas educativos e as leis ditas democráticas são demasiadamente permissivos, não promovendo nos jovens o respeito pelos outros nem por si mesmos, não desenvolvendo o autodomínio e a interiorização dos
princípios básicos das boas maneiras, mas, pelo contrário, difundindo o laxismo reinante nas sociedades modernas.
Os jovens não aprendem a perscrutar os seus sentimentos verdadeiramente humanos nem a colocar-se no lugar ou
nas situações dos outros e, como resultado, projectam a sua auto-agressividade naqueles que os rodeiam."
Por uma questão de ética e também pelo altruísmo demonstrado no seu grito de revolta, é minha obrigação felicitar
ARTUR GONÇALVES FERNANDES pelo que escreveu, e ao mesmo tempo agradecer-lhe a "oportunidade" dada,
para lhe poder "roubar" tão belo artigo. Quero também, em nome do G.R.E. "AS TRICANAS POVEIRAS", endereçar
um agradecimento muito sincero ao Senhor Director LUIS DA SIVA PEREIRA, por me ter permitido a inclusão deste
trabalho literário no nosso muito querido Boletim Informativo, que com muita boa vontade e carinho foi criado e
muita dedicação lhe é dispensada.
JORGE SILVA
Página 2
INFORMATIVO DAS TRICANAS
LINDA COSTUREIRINHA na R.T.P.1
(1º. Concurso de Costureiras para VESTIDOS de CHITA)
No passado dia 1 de Novembro (dia de Finados) a R.T.P.1, através do seu programa
"PORTUGAL NO CORAÇÃO", apresentou ao País alguns dos modelos apresentados no Concurso referido em subtítulo, e como nasceu e cresceu o G.R.E."AS TRICANAS POVEIRAS". Para
isso, convidou o seu presidente António Pereira e 4 das costureiras participantes no citado
concurso: ANTONIETA PEREIRA, ALBINA DIAS, CONCEIÇÃO SERRÃO e PAULA SILVA, respectivamente, 1ª., 2ª., 3ª. e 4ª.classificadas.
Aproveitando a presença de alguns destes elementos do Grupo no programa, os seus
apresentadores -Tânia Ribas de Oliveira e João Baião-, entrevistaram o casal António Pereira/Antonieta Pereira e Albina Dias no sentido de darem a conhecer a eventuais espectadores,
algumas histórias ocorridas durante as suas vidas de casados, de namoro e de componentes
do Grupo. Conceição Serrão e Paula Silva, além de falarem da INSTITUIÇÃO, debruçaram-se
essencialmente sobre a confecção e constituição do traje de Tricana.
Como não poderia deixar de ser, o DESFILE foi indispensável. Esse "papel"coube aos mesmos "manequins", que no Auditório Municipal os já haviam personificado: JOANA SERRÃO,
LAURA SILVA, GABRIELA CARVALHO e GLÓRIA SILVA. A passagem de cada um dos modelos,
foi apresentada e comentada pelas autoras das obras. Estas moças - todas elas componentes
do Grupo -, mostraram também a todo o País, o nosso actual traje da TRICANA POVEIRA, com
o pormenor e a simpatia de, cada uma delas ter envergado um avental com as cores de cada
um dos principais bairros da nossa cidade: MATRIZ (vermelho), NORTE (azul/amarelo) e SUL
(verde).
O par JOSÉ e LINA - são casados - envergaram trajes Poveiros de
outrora: ele, com a tradicional camisola poveira; ela, vestida de tricana poveira dos anos 30.
Antonieta Pereira, explicou com mestria e pormenor a composição de ambos os trajes, tendo
inclusivamente, mostrado aos espectadores uma camisola poveira (preta com bordados vermelhos), por si confeccionada há 46 anos, e oferecida ao marido por essa altura.
ANTÓNIO e ANTONIETA PEREIRA estiveram muitíssimo bem - cada um à sua maneira - nas
explicações às perguntas formuladas por ambos os apresentadores. ALBINA DIAS, a pedido
da produção, declamou um poema dedicado às Tricanas da Póvoa de Varzim, a servir de
apresentação ao País, do casal Antonieta e António Pereira - ambos fundadores do Grupo
- assim como outros do seu vasto repertório, com especial destaque aos que foram - propositadamente escritos - para algumas das peças de teatro da autoria do Presidente da Associação.
Ficamos com a nítida sensação de a nossa PÓVOA DE VARZIM ter sido bem representada,
pela simplicidade e eficácia com que um pequeno grupo de elementos do G.R.E."AS TRICANAS POVEIRAS, dignificou a TRICANA POVEIRA e trouxe à memória de muito "boa gente" o
saudoso VESTIDO DE CHITA.
"LINDA COSTUREIRINHA"
Por ter sido sempre... uma das minhas grandes paixões, as costureiras sempre me motivaram, não só por fazerem
de mim um homem feliz - sempre que as contemplava - como também conseguirem impor no meu subconsciente, o
sonho de conseguir uma companheira (para o resto da minha vida) que, por força dessa mesma profissão, fosse
uma TRICANA. Em 8 de Dezembro de 1967, tive a felicidade de concretizar esse SONHO quando, no altar da
igreja de Amorim, me uni a essa mulher: COSTUREIRA e TRICANA numa só.
Este pequeno preâmbulo serve perfeitamente para fazer referência ao Sarau de Variedades que, a que tive a
sorte e o privilégio de assistir, na passada noite de 9 de Outubro de 2010 em pleno palco do Auditório Municipal:
"LINDA COSTUREIRINHA".
O G.R.E. "AS TRICANAS POVEIRAS", dando continuidade ao muito que já tem feito no enriquecimento da Cultura
da nossa Terra, encenou este extraordinário espectáculo com o firme propósito de nele incluir um Desfile de Vestidos de Chita, no intuito de promover o 1º. Concurso de Costureiras. Sem quaisquer dúvidas - venham elas donde
vier - que ANTÓNIO PEREIRA, o autor e director artístico deste espectáculo, e de muitos outros, é presentemente...e
desde há muitos anos, o maior impulsionador do Teatro Amador na Póvoa de Varzim. Não tive qualquer problema
em destacar isso mesmo, há relativamente pouco tempo, num evento cultural sobre o tema, realizado no Arquivo
Municipal, tendo como orador, o professor Humberto Fernandes.
Este SARAU, dividido em duas partes, teve de "tudo"... Para além do Concurso. A música, como não podia deixar
de ser, esteve presente não só através de algumas gravações como também ao vivo, esta interpretada pela
orquestra do Grupo composta pelos músicos: Gilberto Sousa, João Neves, Armando Neves, Joaquim Braga e António Vilaça.
As canções, em magnífico plano, saíram das vozes dos conceituados artistas Poveiros: Antonieta Pereira, André
Pereira, António Nova e Rui Nova. Como quase sempre, as Danças e Cantares estiveram a cargo do G.R.E. "As
Tricanas Poveiras". Em homenagem a todas as costureiras, a poetisa poveira Albina Dias, declamou dois poemas de
sua autoria: "Vestido de chita" e "A Costureirinha".
Continua pág. 4
VOLUME 1, EDIÇÃO Nº 11
Página 3
A voz do Presidente
A dedicação do querer é, ainda, uma obra incompleta!...
Dar o que podemos a uma associação, seja ela cultural, musical ou desportiva, é um contributo
de cidadania.
Não conseguir adquirir o objectivo proposto na mesma, é defraudar um sonho. Um Sonho de
interesse comunitário e dirigido àqueles que gostam de um grupo, que espera melhores condições para oferecer a jovens e menos jovens - o corpo activo da instituição que abracei - com a
pretensão de, apenas, querer dar a conhecer " a todo o mundo" os Usos, Costumes e Tradições
desta terra que amo.
Ser sofredor por uma associação, também é um peso na mente de quem a dirige e da qual não
posso ser alheio dos que por ela também sofrem.
A não conclusão de um objectivo para uma associação, dá mais força para o alcançar e mostrar o quanto é difícil ser corajoso na vontade do seu querer, sabendo esperar pela boa-nova
da sociedade em que vivemos, sempre na esperança daquilo a que chamam justiça.
Ser um justo amigo da associação, embora por vezes, uma ou outra atitude não seja a mais
desejada, é em consciência uma intenção construtiva e de muita dedicação, pelo que luta em
querer mais e melhor.
Os familiares são, por vezes, prejudicados pelo querer e empenho que temos em assumir as
responsabilidades a que nos propusemos. Tudo isto porque surge a má compreensão de certas
mentes "daninhas", muito próprias do nosso burgo, que não merecem qualquer tipo de respeito
e muito menos...um mínimo de consideração!
O retrato "físico" que faço neste pequeno apontamento, vem a propósito do meu sonho ainda
não ter sido concretizado: "O CANTINHO DO ARTISTA".
É um sonho que trago comigo há vários anos e que, na realidade, não passa de esperas e mais
esperas, adiando a sua conclusão. A felicidade deste grupo, que é pobre mas muito rico de
trabalho cultural e não só..., ao longo da sua existência, seria transformar essas esperas naquilo
que as nossas crianças anseiam.
A cidadania que sempre pratiquei nesta bonita cidade que me viu crescer, me educou e me
proporcionou constituir família, há 45 anos.
Por isso, me vejo hoje rodeado de seis bonitos rebentos, que são os meus netos, fruto dos quatro filhos que minha mulher gerou e lhes deu vida.
A minha mensagem final é o desejo sincero de UM BOM ANO DE 2011 e muitas felicidades
para todos, e que a grande ambição do desejado para esta Instituição, seja muito em breve
alcançada, para que "A DEDICAÇÃO DO QUERER, DEIXE DE SER UMA OBRA INCOMPLETA"!
ANTÓNIO PEREIRA
CANTAR AS JANEIRAS
A convite da Câmara Municipal e seguindo o exemplo de anos transactos, o nosso Grupo percorreu algumas artérias da nossa
cidade para CANTAR AS JANEIRAS. É uma forma muito simpática de abraçar o Novo Ano e
visitar velhos amigos da Instituição. Como é costume, os elementos que constituíram o grupo,
apresentaram-se trajados com
vestes usadas em tempos de
outrora, assim como os instrumentos tradicionais confeccionados
por velhos artesãos.
Naturalmente que, além do
nosso GRUPO, participaram
outras Associações do nosso Concelho, todas elas com espírito de
autêntico "poveirismo".
Olhai como é belo!
O vestido de chita
Que os vossos olhos
Vão admirar!
Qual das modelos
É a mais bonita?
Isso não importa,
Pois são os vestidos
Que vão apreciar.
Não é seda nobre
A utilizada,
Mas a chita pobre,
Do tempo passado
Que aquelas mãos hábeis
Da costureirinha,
Com gosto e com arte
Sabem transformar.
Em belos modelos
Que uma princesinha,
Ou até rainha
Poderiam usar.
ALBINA DIAS
Página 4
INFORMATIVO DAS TRICANAS
"LINDA COSTUREIRINHA"
Os vestidos a concurso
Continuação pag.3
As "brejeirices", que preencheram praticamente toda a 2ª. Parte, estiveram a cargo dos actores/actrizes: Lurdes
(Miquelina), Rosalina (Sesaltina) e Manuela (Joaquina) em O COCHICO DAS COMADRES; Tone Costa (avô) e Bruna
(neta) em CONSELHOS DO AVÔ; Antonieta, a mestra, com as costureiras Paula (Lina), Gabriela (Gusta) e Conceição
(Rita) animaram o quadro NA MESTRA DE COSTUREIRAS; José Silva (Zézinho) e Tone Costa (Toninho) foram os
CLIENTES ESPECIAIS da MESTRA.
Deixei propositadamente os VESTIDOS e as COSTUREIRAS para esta fase deste meu pequeno "apontamento",
com a intenção de lhes poder dar um destaque especial. Para isso, nada melhor do que começar por apresentar as
Costureiras concorrentes ao certame: AVELINA FERNANDES GOMES FESTAS (1 vestido), MARIA DO ROSÁRIO OLIVEIRA MARQUES (3 vestidos), ALBINA MOREIRA DIAS DA SIVA (1 vestido), PAULA MARIA SANTOS CUNHA DA
SILVA (1 vestido), MARIA ANTONIETA NUNES PEREIRA (3 vestidos), ELZA FEITEIRA MARANHÃO (2 vestidos) e MARIA
DA CONCEIÇÃO MARQUES SERRÃO DA ROSA (1 vestido). Todas estas senhoras manifestaram a sua paixão pela
COSTURA, não só pelos trabalhos apresentados como também pelo "brilho dos seus olhos" que espelhavam a contemplação das suas OBRAS DE ARTE. Reparou, com toda a certeza, que a frase OBRAS DE ARTE, não tem aspas por
uma razão muito simples: sempre entendi a COSTURA como uma...ARTE. Com a minha mulher, além de ter começado
a gostar de poesia, também comecei a perceber a COSTURA como algo de sublime.
A arte, também é necessária, para mostrar aos outros, o que pode ser feito com tecido, linha, agulha, dedal e,
naturalmente, a máquina de costura: o VESTIDO, por exemplo. Essa arte, esteve também patente na apresentação
dos trabalhos, através de MANEQUINS convidados para o efeito e que, por feliz coincidência, são todos elementos
da associação. Apesar disso, foram todos eles, escolhidos " a dedo" pelas autoras das Obras a concurso, estiveram
francamente BEM. É de toda a justiça, aqui recordar os seus nomes: GABRIELA MARISA SERRÃO DA ROSA CARVALHO (modelo nº.1), ANA FILIPA MARQUES PEREIRA (modelo nº.2), JOANA MARLI DA SILVA RAMOS (modelo nº.3),
ROSA MARIA DINIZ JORGE (modelo nº.4), LAURA MARGARIDA LIMA SILVA (modelonº.5), ANA RITA DA COSTA
FONSECA (modelonº.6), MARIA DE FÁTIMA FORTUNATO GOMES (modelo nº.7), JOANA DE ALMEIDA SERRÃO
(modelo nº.8), BRUNA RENATA DA SILVA RAMOS (modelonº.9), SARA EMILIANA NEIVA DOS SANTOS MARQUES
COUTO (modelo nº.10), CRISTINA FILIPA DA SILVA DOMINGUES CASTRO (modelo nº.11) e MARIA DA GLÓRIA
CUNHA DA SILVA (modelo nº.12). Todas estas jovens, a maioria (9) estudantes, dignificaram os trabalhos que apresentaram e, naturalmente, as suas autoras, ao fazerem 3 passagens no desfile, primorosamente apresentado pelo
André e pelo Tiago. TÂNIA SOFIA BARROS, teve a seu cargo a simpática cenografia da passagem dos modelos e
as, já habituais, LINA e FLORINDA, foram as responsáveis pelos excelentes penteados exibidos pelas intervenientes
no espectáculo.
Tendo consciência do estado deplorável em que se encontra a nossa sociedade - e o País também -, ao qual
alguns "iluminados" teimam em atribuir-lhe o nome sonante de "democracia", obriga-me a reflectir sobre isso mesmo.
Feita a reflexão, e por conhecer a forma como iria ser feita a votação para se apurar o VENCEDOR, considerei
democrática a forma utilizada: foram as próprias concorrentes a pontuar os trabalhos apresentados (com excepção
do seu...naturalmente), com a obrigação de obedecerem aos parâmetros, previamente estabelecidos. Foi a partir
dessa regra que, Angélica Santos, a responsável pela contabilidade da pontuação atribuída por cada uma das
concorrentes (entregue em envelope fechado), anunciou a classificação obtida: 1ª. classificada: MARIA ANTONIETA
NUNES PEREIRA (obteve também o 8º. e 10º. lugar) através do modelo nº.8, envergado pela jovem JOANA DE
ALMEIDA SERRÃO; em 2º. Lugar ficou o trabalho de, ALBINA MOREIRA DIAS DA SILVA, com o vestido nº.5 assente
no corpo de LAURA MARGARIDA LIMA SILVA; a 3ª. Melhor ficou nas mãos de MARIA DA CONCEIÇÂO MARQUES
SERRÃO DA ROSA ao apresentar o seu trabalho no manequim nº.1, GABRIELA MARISA SERRÃO DA ROSA CARVALHO.
Embora reconheça ser repetitivo nos nomes das intervenientes no Concurso, permitam-me, apenas por uma questão de preciosismo, que faça referência às restantes classificações, que foram premiadas com MENÇÕES HONROSAS: 4ª., AVELINA FERNANDES GOMES FESTAS, 5ª., ELZA FEITEIRA MARANHÂO (obteve também o 12º. lugar) e
MARIA DO ROSÁRIO OLIVEIRA MARQUES (obteve também os 7º.e 11º.lugares) e 9º.,PAULA MARIA SANTOS
CUNHA DA SIVA. Com toda a honestidade, devo dizer que, pessoalmente, a tarefa não deveria ter sido muito fácil,
pelo simples facto de todos eles serem muito bonitos, embora reconheça a minha pessoa, como pouco ou nada indicada, para produzir tal afirmação, porque estou consciente da minha falta de aptidão para dar opiniões sobre o
"assunto", apesar de estar casado (há 43 anos) com uma especialista na ARTE.
A apoteose final fez-se com DANÇAS e CANTARES executadas pelos elementos do G.R.E. "AS TRICANAS POVEIRAS" interpretando uma marcha intitulada: Gentes da Minha Terra! Gentes de Portugal!
Não quero terminar este já meu longo e grato registo, sem lembrar a preciosa colaboração de João Couto em
voz OFF e na apresentação da classificação final, assim como da sua colega jornalista Angélica Santos que, seguindo o exemplo de outros eventos, honrou o Grupo com a sua presença e o trabalho desenvolvido. Uma palavra muito
especial de regozijo e, porque não, de gratidão também, para Armindo Pereira e Alfredo Oliveira pelo seu trabalho invisível: Foram os CONTRA REGRA.
Foi muito grato para mim, fazer esta pequena "reportagem" de um espectáculo que, com toda a certeza, irá
perdurar por muito tempo, porque foi na realidade uma grande noite de alegria e de muita categoria. Faço sinceros votos para que, num espaço de tempo muito breve, possamos ter a oportunidade de assistir a um outro do mesmo género.
Bem-haja
Jorge Silva
S.MARTINHO
Como já vai sendo habitual, o tradicional dia de S.Martinho, foi festejado na sede do G.R.E. "AS TRICANAS POVEIRAS". Não faltaram as indispensáveis castanhas, o saboroso caldo verde e o respectivo
acompanhamento... o vinho verde. Foi uma festa agradável pelo convívio e, "ainda por cima", com um
dos componentes da Associação a deliciar-nos com uma série de canções alusivas ao DIA: ANTÓNIO
NOVA.
São ocasiões como esta, que nos proporcionam uma vivência mais descontraída e, através disso mesmo,
uma descompressão do sistema nervoso que, por via do dia-a-dia vivido, foge do seu estado normal.
VOLUME 1, EDIÇÃO Nº 11
Página 5
ENCONTRO PELA PAZ
(Traga uma flor branca... para colocar na taça da PAZ)
Passados 11 anos, numa insistente caminhada pela PAZ no mundo - na nossa perspectiva, a
começar pelo nosso LAR - , eis
que a nossa Instituição mais uma
vez foi convidada para, através
de uma UNIÃO de esforços,
integrar a 12ª. Manifestação de
apoio a esta iniciativa, em prol
de uma sociedade mais JUSTA,
de um País mais FRATERNO, de
um mundo mais SOLIDÁRIO e da
PAZ que todos nós ansiamos.
As nossas Tricanas - trajadas
a rigor - ao desfilar com o garbo e a elegância que as caracteriza e exibindo com altivez o
estandarte da nossa Associação,
enriqueceram o ENCONTRO,
não só pelo empenho demonstrado, mas também pelas suas
vistosas e multicolores vestimentas.
Hoje, mais do que nunca,
todos nós devemos tomar consciência das convulsões que avassalam o mundo e, dentro do que
for possível, ALERTAR os mais
adormecidos, para este flagelo.
Se a PAZ, fosse avaliada pelo
tanto que se fala em nome dela,
com certeza que não haveria
guerra no mundo. Infelizmente,
palavras... "leva-as o vento"!
Esta, é a verdade "nua e crua".
Só um "cego" não vê a INVEJA,
o DINHEIRO, a VAIDADE, a avidez por tudo quanto é fácil, a
sêde do PODER, a ânsia do
PROTAGONISMO e quejandos,
como potenciais motivos para a
falta de PAZ. Tudo isto parece
ser um "FAROWESTE" onde
prevalece a lei do mais forte ou
uma "SELVA" do salve-se quem
puder.
Só palavras e acções como a
que tivemos a honra de participar...não chegam! É necessário
transformar todas as palavras
e iniciativas, na mais pura das
realidades. Este pobre planeta
em que todos vivemos, por
questões políticas e (ou) religiosas, prefere continuar a ignorar
a URGÊNCIA de o transformar
num "sítio" onde valha a pena
viver.
Isto que acabam de ler, fezme lembrar uma frase do Papa
João Paulo II: -"É necessário
voltar sem descanso às verdades fundamentais sobre o
homem, se queremos servir a
grande causa da PAZ na Terra".
Jorge Silva
FESTA DE NATAL
Esta FESTA, realizada em 19 de Dezembro,
destinou-se essencialmente aos filhos e netos
de toda a Família das TRICANAS POVEIRAS.
A reunião iniciou-se às nove horas e meia da
manhã, com encontro no pavilhão da Escola
Flávio Gonçalves, para aí todos se divertirem
em jogos de FUTSAL (feminino, veteranos e
seniores) até ao meio-dia.
Por volta da hora e meia da tarde, mais
uma reunião se efectuou. O tema a "discutir",
foi diferente do da manhã. À volta de mesas,
previamente preparadas para o efeito, sentaram-se as/os atletas do futsal e toda a miudagem presente no evento. Gentilmente oferecido pelas TRICANAS POVEIRAS, o almoço começou a ser servido a todos os comensais, com o
entusiasmo próprio de quem aprecia umas boas TRIPAS À MODA DO PORTO.
À tarde, por volta das três e meia, partiu para um passeio bem animado, o COMBOIO
turístico, para dar uma volta pela cidade, repleto de meninas, meninos e respectivos familiares como acompanhantes. Findo o passeio, houve nova reunião no interior da Sede Social,
para a indispensável reabilitação física, através de um suculento lanche com o visionamento
simultâneo de alguns filmes infantis e a entrega de algumas lembranças e guloseimas a toda
a "criançada" presente.
À noite, houve troca de presentes após o jantar, com dança, karaoke, filmes e, naturalmente a boa disposição.
A despedida foi feita com os desejos mútuos de BOAS FESTAS.
Albina Moreira Dias da Silva mais conhecida por ALBINA Dias, nasceu em Amorim, Póvoa de Varzim,
em 8 de Setembro de 1939.
Foi nessa freguesia que concluiu a 4ª. Classe com 10 anos de idade.
Acabada a escola, começou a ajudar a mãe no campo, sem nunca abandonar o SONHO de um dia
ser costureira.
Aos 15 anos, essa ambição começou a tornar-se realidade, quando ingressou num "atelier " de ALTA COSTURA, na rua da Junqueira tendo como mestra, D. Maria Bastos. Aí aprendeu a arte durante 9
anos.
Exerceu a profissão de modista de Alta- Costura, durante 40 anos e foi monitora em cursos de formação profissional de adultos, patrocinados pelo PRODEP do Ministério da Educação.
Abandonou essa sua paixão há 10 anos, para ajudar a criar e acarinhar os seus 6 netos.
A costureirinha
Minha Póvoa berço d'oiro,
Da famosa costureira
Que havia no passado!
Era na rua da Junqueira,
Que aquela mulher poveira
Deixava graça ao passar.
De blusa bem justinha
Saia muito travadinha,
O avental a baloiçar.
Cabelo em puxo apanhado
O seu andar aprumado
Na chinela de tacão,
Mostrava a graça que tinha
A linda costureirinha,
Dos tempos que já lá vão!
Às vezes com que canseira
Fazendo tanto serão,
Estava aquela costureira
Cosendo sonhos à mão.
Transformava em obra de
arte,
Com agulha e o dedal
Lindos vestidos de sonho
Mas também o avental.
O avental para adornar,
Essa linda tricaninha
Que era como se sabe
Aquela costureirinha!
Albina Dias
Página 6
INFORMATIVO DAS TRICANAS
AI! VENHAM VER...
Integrado nas comemorações do 17º. Aniversário do G.R.E. "AS TRICANAS POVEIRAS" realizou-se no Auditório Municipal um Espectáculo de Variedades e Danças com o título em epígrafe, na tarde (16 horas) do passado dia 5 de Dezembro.
António Pereira, o Autor e Director Artístico do citado espectáculo, resolveu preenche-lo com
Teatro Infantil ("quero ser um pequenino artista"): "QUARTO DE BONECAS"; Teatro de
Revista Poveira: "AI! VENHAM VER..."; Canções interpretadas por: ANDRÉ, ANTÓNIO
NOVA, ANTONIETA, JOSÉ SILVA e TONY VILAÇA; Grupo de Dança: I-LOVE-YOU-DANCE;
Rancho ESTRELA DO NORTE e G.R.E. "AS TRICANAS POVEIRAS".
Com o Auditório completamente cheio, e durante aproximadamente 3 horas, foram apresentadas - em jeito de retrospectiva - Música, Dança, Teatro, Usos, Costumes e Tradições
Poveiras, protagonizadas pelos mais diversos escalões etários, com especial destaque para
os mais pequeninos ao apresentarem-se como verdadeiros actores. Na verdade, os pequenos artistas: RICARDO, FRANCISCO, BRUNA, INÊS, JOANA, GLORINHA, SARA, RITA, TIAGO,
CARLOS, MIGUEL, BEATRIZ e RAQUEL deram "corpo" ao 1º., dos dois ACTOS ("QUARTO DE
BONECAS"), em que assentava o espectáculo. Para maior animação e enriquecimento desta
primeira parte do espectáculo, houve a participação do artista Poveiro ANDRÉ PEREIRA, ao
interpretar as seguintes canções: "NÃO HÁ ESTRELAS NO CÉU", "SONHO DE MENINO" e "O
AZUL DO CÉU". Esta actuação dos mais pequenos (as sementes), é a afirmação do resultado
(o fruto) do trabalho desenvolvido em prol das nossas crianças que, tanto elas como os Corpos Sociais do Grupo, anseiam pelo tão desejado:"CANTINHO DO ARTISTA".
A abertura do 2º. ACTO foi protagonizado pela excelente actuação do RANCHO
ESTRELA DO NORTE, através de algumas danças do seu extensíssimo repertório, levando
até ao delírio, o grande número de assistentes presente no Auditório. A presença deste Grupo Cultural no evento, foi uma demonstração de dignidade e da possibilidade de uma boa
convivência entre Instituições "rivais" por uma PÓVOA cada vez mais plural e cativante.
Para completar este ACTO - composto por 6 quadros - entraram em cena as actrizes
PAULA SILVA (a Sesaltina), LURDES OLIVEIRA ( a Miquelina) e MANUELA ALMEIDA (a Joaquina) para darem vida ao quadro: "O COCHICHO DAS COMADRES...". Antonieta e André
Pereira (avó e neto), cantaram o "Fado desta Cidade" e "Zé Cacilheiro", respectivamente. "
NA TASCA DO ANASTÁCIO!..." - um quadro bastante divertido - deu seguimento ao espectáculo, através da boa disposição dos seus interpretes: António Nova, Antonieta Pereira e
Tony Vilaça, estes últimos na "pele" da Rita e do Manecas e o primeiro a cantar
"QUANDO". O Rancho da "casa", dançou: PÓVOA, NOIVA DO MAR!... JAIME e ANTÓNIO
NOVA, ao "vestirem" o papel dos pescadores Luís e Pedro, preencheram o quadro QUENTES E BOAS!... e protagonizaram um diálogo próprio da gente do mar. Antonieta Pereira
cantou "Toma lá Castanha" e José Silva, através da sua voz, fez jus ao título do quadro,
cantando uma canção com o mesmo nome.
O 4º. Quadro "OS TRÊS ESTAROLAS", representado por José Silva, António Costa e Tony
Vilaça, foi dos mais divertidos da tarde. Sem qualquer sombra de dúvida, estes três artistas
"nada ficam a dever", a muitos profissionais - de nível nacional -, que por esse País fora.
ACTUAÇÃO NO MUSEU
No passado dia 1 de Junho, o G.R.E."As Tricanas Poveiras", a convite do elenco directivo do Agrupamento Escolar Cego do Maio, levou a efeito no Auditório do Museu Municipal uma simbiose de duas das
peças teatrais - O NAUFRÁGIO e o RALHO ENTRE FAMILIAS - que fazem parte do seu espólio artístico,
e à qual, os seus responsáveis lhe deram o título de: "SÃO COISAS DAS GENTES DO MAR".
Com o Auditório quase cheio de público, principalmente composto por professores daquele estabelecimento de ensino, a representação teatral esteve a um nível igual ao que "As Tricanas Poveiras" já nos
habituaram: MUITO BOM. A atestar esta afirmação esteve a prolongada ovação protagonizada por
todos os presentes e pelas palavras proferidas pela directora da Escola Cego do Maio, ao afirmar o
excelente desempenho dos artistas em palco e ao elogiar o conteúdo da peça apresentada, especialmente o seu significado.
Em jeito de despedida dessa noite, a Directora do Museu, Dr.ª Deolinda Carneiro, agradeceu a presença de todos.
VOLUME 1, EDIÇÃO Nº 11
Página 7
ENCONTRO DE DANÇAS E CANTARES
Como já vai sendo habitual, e
por fazer parte do programado para o ano em curso, o
G.R.E. "AS TRICANAS POVEIRAS" organizou mais um desfile Etnográfico, que percorreu
a nossa marginal, numa autêntica demonstração da ETNOGRAFIA representativa de
Terras, dos Grupos intervenientes, pelo garbo com que
exibiam os seus trajes multicolores, alguns considerados... autênticas raridades.
Integrado nas comemorações
do seu 17º ANIVERSÁRIO, o
evento, além do GRUPO anfitrião (G.R.E. "AS TRICANAS
POVEIRAS) teve a participação de outros Grupos similares: GRUPO FOLCLÓRICO DA
MADELENA(Vila Nova de
Gaia); ASSOCIAÇÂO CULTUTRAL RECREATIVA DESPORTIVA SOCIAL CARVALHENSE
(Figueira da Foz); GRUPO
FOLCLÓRICO DE VILA CHÃ
DO MARÂO (Amarante).
Com concentração na Praça 5
de Outubro, o cortejo teve o
seu início às 15h30, desfilando
pela Avenida dos Banhos repleta de público interessado
- até ao recinto do Passeio
Alegre. Aí, por volta das
16h00, os Grupos subiram ao
palco (lá existente) para,
cada um na sua vez, exibirem
as suas Danças e Cantares
numa verdadeira "entrega"
àquilo que mais gostam de
fazer: representar condignamente as suas localidades. Isso
foi conseguido de uma forma
brilhante, agradável e muito
satisfatória, a avaliar pelas
constantes ovações que, entretanto, se fizeram ouvir.
Mais uma vez, a nossa Instituição cumpriu a sua missão, ao
proporcionar aos turistas que
visitam a nossa Terra, momentos
de DIVERSÃO e CULTURA
populares e, através disso,
contribuir nas BOAS-VINDAS
que devem ser endereçadas a
todas as pessoas que gostam
da PÓVOA DE VARZIM.
12ª. GALA DO FUTEBOL POPULAR DO NORTE
No passado dia 9 de Julho de 2010, o G.R.E. "As Tricanas Poveiras"
acompanhado pelos artistas Poveiros ANDRÉ PEREIRA e RUI NOVA, actuaram no Salão d'Ouro do
Casino da Póvoa, com o firme propósito de abrilhantarem a festa da 12ª. Gala do Futebol Popular
do Norte.
Este evento, com o espaço do Salão d'Ouro completamente lotado, contou com as representações dos
11 Concelhos que compõem os campeonatos do Futebol Popular do Norte: GUIMARÃES, ESPINHO,
FAFE, SANTI TIRSO, PÓVOA DE VARZIM, VILA DO CONDE, TROFA, PENAFIEL, BARCELOS, PAREDES e
MARCO DE CANAVEZES. Das entidades convidadas, destacou-se a presença de autarcas, dirigentes
desportivos, atletas, árbitros e membros dos Orgãos Sociais da FFPN, pertencentes a todas as 11
localidades.
Durante o jantar - que foi o...prato forte da Festa - os conceituados artistas Poveiros ANDRÉ PEREIRA e
RUI NOVA, ao deliciarem os convivas com as suas melodiosas canções, criaram a indispensável música/
ambiente que, muito respeitosamente e com muito agrado, foi retribuída com imensas palmas.
"AS TRICANAS POVEIRAS", ao recrear as suas DANÇAS e CANTARES, convidaram alguns dos presentes a um "pezinho de dança", enquanto interpretavam as suas "danças de roda" e algumas "modinhas
Poveiras".
Após a entrega de prémios - aos que mais se destacaram no Futebol Popular do Norte - as nossas
"Tricanas Poveiras", vestidas a rigor com traje de Gala, fecharam com chave de ouro a bonita festa
que ali se desenrolou, entoando uma das suas mais bonitas músicas: " Gentes da Minha Terra!Gentes
de Portugal.
Página 8
INFORMATIVO DAS TRICANAS
Jantar 16º Aniversário
Queiramos ou não, a idade vai sempre aumentando - com o passar dos anos - tanto a de um ser humano como a de outra coisa qualquer. As Instituições, pela ordem natural dessas mesmas coisas...não
fogem à regra. A nossa, viveu essa efeméride no passado dia 20 de Fevereiro, com o habitual jantar
comemorativo que juntou a maioria de toda a sua "gente" entre os amigos do Grupo, com destaque
especial para os seus patrocinadores e, naturalmente, a dos representantes das nossas Autarquias. A
presença do Dr. José Macedo Vieira, além de se a entender como Presidente da Câmara, teve também, como não poderia deixar de ser, a sua vertente de padrinho do Grupo. Em representação da
Junta de Freguesia, esteve o seu Vice-Presidente, Senhor Tomás Pontes. Para além destas duas personalidades, a Mesa de Honra foi composta pela Vereadora da Acção Social, Drª. Andrea Silva; o Presidente das "Tricanas Poveiras", Senhor António Pereira e sua Esposa, D. Antonieta Pereira; o Presidente
da Assembleia Geral, Senhor José Arnaud e sua Esposa D.Lurdes Nova; o Vice-Presidente da Associação, Senhor Armindo Renato e sua Esposa D.Casimira Pereira na companhia da filhinha de ambos. A
presença de cerca de centena e meia de convidados - todos da mesma "família" - transformou a "sala
de jantar" num autêntico recinto de boa disposição e alegria para que todos pudessem saborear um
suculento "assadinho de carne" ( confeccionado por gente da Casa ) ao som de um agradável fundo
musical. No meio de tudo isto, a Direcção das "Tricanas Poveiras", dando seguimento à prática dos
últimos anos, agraciou componentes do Grupo e alguns convidados - pelas mais variadíssimas razões com reproduções (ouro e prata) de alguns utensílios utilizados na pesca, produzidos pelo credenciado e
grande artista em ourivesaria, Senhor António Costa, também ele parte integrante da Instituição, tanto
como componente como director. Entre os agraciados, devemos destacar o Dr. Macedo Vieira e
Senhor Tomás Pontes, não como Autarcas mas...como amigos do Grupo. Outra situação digna de registo, por ser original, foi o facto de um grupo de elementos da Associação, ter oferecido uma prenda/
lembrança ao líder António Pereira - em jeito de homenagem - pela forma digna com que tem liderado a Instituição e a verticalidade que coloca no seu relacionamento com todos.
Durante o jantar
foram visionados - em ecrã gigante - vários excertos de vídeos, com as "passagens" mais significativas
de diversos espectáculos levados a efeito pelo Grupo, durante os últimos anos. Usaram a palavra os
Autarcas presentes, tecendo rasgados elogios ao trabalho desenvolvido em prol da nossa Terra. O
senhor Presidente da Câmara, informou todos os presentes sobre a breve conclusão das obras que
estão sendo efectuadas na nova e futura Sede do Grupo Recreativo e Etnográfico "As Tricanas Poveiras". Para encerrar o encontro, o Presidente da Assembleia Geral, senhor José Arnaud, convidou os
convidados de honra a cortar o bolo de Aniversário, e todos os outros para o saborear.
Do Mar da Póvoa . . . Rumo à Madeira
O título deste trabalho "jornalístico" poderá - assim... à primeira vista -sugerir uma viagem turística à...
ilha da Madeira, protagonizado pelas nossas Tricanas. Porém, a verdade não foi essa.
Na realidade, o rumo tomado, foi o da solidariedade e portanto, o do amor ao próximo, porque o
título apenas se refere a um espectáculo, levado a efeito no passado dia 7 de Março, tendo como
palco o Auditório Municipal, cuja receita "rumou" à citada ilha com a nossa modesta contribuição na
ajuda prestada à reconstrução daquilo que foi o resultado da catástrofe que assolou aquele florido e
encantador pedaço de terra no oceano Atlântico plantado.
Com a "casa" bem emoldurada de público - a evidência da solidariedade do nosso povo -, o espectáculo apresentou-se dividido em duas partes: Teatro Revista (Ralho entre famílias) e Variedades. A
primeira, protagonizada por duas "famílias" - uma de lanchões (ricos) outra de sardinheiros (pobres) genuinamente Poveiras, foi muitíssimo bem interpretada por actores do Grupo (crianças e adultos) e
que nos "transportaram" a tempos de outrora. Para quem pouco conhecimento tem dos "bastidores" do
G.R.E. "As Tricanas Poveiras", deve-se realçar o facto de, nesta representação - tais como noutras passadas - ter actuado uma família de três gerações (avó, filha e neto) o que, para "os tempos que correm", é digno de registo.
A segunda parte, foi preenchida com canções interpretadas por: Sílvia Raquel (fado); António Nova
(canção); Rui Nova e Noé Gavina (presentes no último Festival da Canção Nacional); André Vicente (a
nova revelação); João Nuno e Nanda Caseiro (também como apresentadores); Antonieta Pereira e
José Fernandes (em duo com magníficas canções). Estava prevista a actuação - como cançonetista do artista Dulcídio Marques (também ele, um conceituado artista
plástico) mas, por motivos de saúde manifestados em pleno palco, não lhe foi possível, através da sua
magnífica voz, apresentar algumas das suas canções dedicadas à sua Terra Natal: a Póvoa de Varzim.
Também, como já vai sendo habitual neste tipo de espectáculos, a Poetisa Poveira Albina Dias,
declamou alguns dos seus poemas, com especial destaque para o que dedicou à Madeira.
Por aquilo que nos foi dado apreciar, todo o espectáculo foi do agrado do Público presente, principalmente pelo motivo da sua realização.
O Povo Madeirense está agradecido e as "Tricanas Poveiras" de parabéns.
VOLUME 1, EDIÇÃO Nº 11
Página 9
DESPORTO – Ténis de Mesa
Mais um ano que passa e como se
costuma dizer em equipa ganhadora não
se mexe.
Este ano fica marcado com a inauguração da Sala de Ténis de Mesa, com
estas condições iremos alcançar melhores
resultados, pois por enquanto, as condições que a Associação nos dá são das
melhores.
Não devemos deixar de enaltecer,
o facto de a nossa Associação ter os dois
árbitros com mais jogos realizados no
decorrer do Plano de Ténis de Mesa,
organizado pela nossa Autarquia.
Também não podia deixar de
agradecer a todos os que nos representam pois são eles que nos mantêm em
actividade.
Para a direcção só nos resta agradecer as condições que nos oferecem pois
valeu a pena esperar.
A Póvoa Canta e Encanta
Uma Nobre Causa
Lembro-me de em Agosto de 2008, a nossa Associação ter colaborado com "A Filantrópica",
levando à cena um Serão Poveira, que teve o condão de ter proporcionado uma das maiores enchentes, naquela Cooperativa de Cultura. O público que a ele assistiu, saiu satisfeito
pelo que viram, e grato pela solidariedade do Grupo para com aquele prestigiado pólo de
Cultura da nossa Terra.
Dando continuidade à sua vertente solidária, "As Tricanas Poveiras", utilizando o Auditório
Municipal, realizou no passado dia 7 de Fevereiro, um espectáculo de Teatro/Revista de
solidariedade para com o jovem STÉPHANE (natural da nossa Freguesia de Laúndos), no
sentido de este, se poder deslocar a CUBA para ser sujeito a diversos exames médicos e,
eventualmente, a alguns tratamentos no sentido de minimizar a doença que tanto o apoquenta: paralisia cerebral.
O espectáculo, intitulado "A Póvoa Canta e Encanta", encheu completamente o Auditório
(300 lugares) e encantou todos os que a ele assistiram (maioritariamente habitantes de Laúndos). O trabalho não foi em vão, porque foi conseguida uma importância monetária de
1.500euros (o custo de cada ingresso, foi fixado em 5euros). São atitudes deste "calibre",
que enobrecem pessoas e Instituições. Todos nos devemos lembrar, que necessitamos uns dos
outros.
Página 10
INFORMATIVO DAS TRICANAS
Garatujando sobre a Póvoa
As associações cívicas promovem a integração social e assumem um papel determinante
na divulgação e incremento da cultura, do desporto, da prestação de serviços na área social,
etc., substituindo-se não raras vezes à própria intervenção do Estado.
Nesta sala, é onde se realizam
os ensaios dos números de
dança, de teatro, de costumes
poveiros e de demonstração
etnográfica,
para
fins de divulgação ulterior em
espectáculos públicos.
Compete nomeadamente às autarquias o apoio a estas associações constituídas por cidadãos que mais
não pretendem que ser úteis à sociedade em que se inserem, apoio esse que nem sempre corresponde,
de forma adequada, à reconhecida utilidade que delas advém.
Na nossa Terra, quer pela índole naturalmente prestativa que caracteriza a nossa gente, quer pelo bairrismo que, entre nós, não é uma palavra vã, existem por todo o Concelho numerosas organizações
deste género, de bem-fazer umas, de promoção cultural e social outras, de fomento do desporto tantas
mais, que em muito enriquecem, no seu conjunto ou cada uma de per si, o nosso património associativo.
E isto é tanto mais de apreciar quanto é certo que há, na generalidade do país, cada vez maiores
dificuldades para levar as pessoas às associações, a participar e a trabalhar por carolice.
Pouca gente se dispõe a assumir responsabilidades, embora se vá arreigando no espírito do
cidadão comum que o Estado tem o dever de prover a tudo e, nesse sentido, muitos e muitos
se dispõem a obter benefícios sem a natural contrapartida do cumprimento das
suas obrigações enquanto cidadãos.
O Grupo Recreativo e Etnográfico “AS TRICANAS POVEIRAS” é uma associação cívica
de homens e mulheres da nossa Terra que se agrupam em torno de um objectivo comum que
é, como o seu nome indica, o de perpetuar e divulgar as danças e cantares, os costumes e
tradições culturais e etnográficas da nossa gente.
É, no dilatado conjunto de associações poveiras, uma instituição sui generis do ponto de
vista organizacional, desde logo porque não tem “sócios” no sentido comum do termo. Não
há jóia de inscrição, nem quotas em dinheiro. As pessoas activamente ligadas ao Grupo, são
“sócios por inerência”, isto é, todos trabalham nas mais diversas tarefas para consecução dos
objectivos que o Grupo se propõe e, por se associarem de forma permanente nessas tarefas.
se consideram “sócios”- passe o pleonasmo.
Neste momento o Grupo conta 155 elementos, cabendo a cada um deles determinada função
perfeitamente definida, que desempenha isoladamente ou em equipa, conforme a natureza
do trabalho que é prestado.
Desde as encarregadas da limpeza às pessoas que desempenham funções directivas, dos elementos que cantam e dançam, aos músicos da orquestra e aos que compõem o grupo de teatro, do pessoal da cozinha, da manutenção, da decoração e das relações públicas, todos prestam o seu contributo obedecendo a um bem elaborado plano de actividade, que é exercida
disciplinadamente num perfeito e autêntico espírito de igualdade democrática.
O Grupo nasceu duma forma que se pode classificar de fortuita.
Vários elementos que haviam integrado a Rusga da Lapa (ou do Bairro Sul, como também é
conhecida) a qual intervém, como as Rusgas dos outros Bairros, nas tradicionais Festas de
S.Pedro, juntaram-se num almoço de convívio que constituiu manifestação de saudosa veterania, e que serviu, além do mais, para relembraram “glórias passadas”.
A determinada altura alguém se lembrou de que os presentes bem poderiam constituir um
agrupamento que, com a sua prática e saber de todos eles, seria ainda muito útil na preservação das danças tradicionais e na reposição demonstrativa de antigos costumes poveiros
que a erosão do tempo ameaça diluir na lembrança das pessoas, e são já desconhecidos das
gerações mais jovens.
A ideia foi tida como pertinente e desde logo se decidiu levá-la por diante.
E como sempre acontece em casos semelhantes, há sempre alguém de espírito empreendedor
e de reconhecida capacidade organizativa em quem logo se pensa para corporizar uma ideia
deste género.
Um dos convivas tinha sido elemento de várias rusgas festivas e era, mesmo, ainda, ensaiador de uma delas.
António Pereira, de seu nome, é poveiro e oriundo de famílias poveiras – embora o seu
nascimento tivesse ocorrido acidentalmente no Bombarral, logo veio para esta Terra que é
nossa … e sua, afinal.
Continua pag. 11
Página 11
INFORMATIVO DAS TRICANAS
Garatujando sobre a Póvoa
Só com muito empenho e
disciplina é possível levar a
bom termo esse intento, em
espaço de tão reduzidas
dimensões.
Numa nesga de parede, à
entrada da sala, a imagem de
Nossa Senhora das Dores, de
muita devoção entre a gente
poveira. O nicho, em granito
polido, foi feito por um elemento do Grupo. A imagem
foi benzida pelo ilustre historiador poveiro Monsenhor
Manuel Amorim, infelizmente
falecido.
Continuação
É, inquestionavelmente, um dos poveiros mais activos na área do associativismo, e tem figurado como praticante e como dirigente, em muitas instituições poveiras, nomeadamente ligadas ao desporto e a actividades bairristas.
Coube, pois, ao António Pereira organizar o grupo sugerido, que viria a designar-se GRUPO RECREATIVO E ETNOGRÁFICO “AS TRICANAS POVEIRAS”, atendendo à intenção que presidia à ideia da sua formação.
O Grupo teve a sua fundação oficializada em 04 de Julho de 1993.
Para instalação da sua sede, a Câmara Municipal cedeu um espaço no edifício do antigo
quartel militar, que com o natural crescendo da actividade do Grupo se mostra já exíguo para
as suas necessidades.
Mesmo assim, nas duas pequenas salas onde se aloja, o Grupo consegue manter um aspecto
acolhedor, num ambiente cheio de simbolismo pela típica decoração que se observa por todo
o interior.
Por aqui se verificam as precárias condições de espaço com que o Grupo se debate:
Por cima duma vitrina em que são expostos troféus ganhos em exibições do Grupo e lembranças de espectáculos de merecimento - e que por isso, deveriam ter lugar condigno estão, por carência de lugar apropriado, "armazenados" apetrechos utilizados em peças de
teatro e de reposição evocativa do "Serão Poveiro", de que Santos Graça fala no seu livro
"O Poveiro"- que constitui como que a Bíblia da Grei.(pag. 163 a 165)
A secção de Teatro do Grupo inclui frequentemente nas suas apresentações em público
cenas da vida rural do nosso concelho. Para isso dispõe de alfaias, e objectos de uso quotidiano da nossa gente do campo, que fazem parte da encenação. A exiguidade do espaço disponível obriga a que esses objectos sejam "amontoados" em lugares impróprios, como se vê
nesta imagem, em prateleiras disfarçadas com cortinado, mas deixando ainda à vista alguns
desses objectos como pode observar-se.
A Tricana Poveira, que empresta a sua designação ao Grupo e é fundamentalmente a sua
própria imagem e razão de ser, é a figura saudosa da mulher da nossa Terra cujo traje característico lhe dava a graciosidade e o donaire que muito a caracterizavam.
À semelhança de Ovar, de Aveiro e de Coimbra, também a Póvoa de Varzim tem a sua Tricana, embora o traje que lhe é próprio - diferente do das tricanas de outras paragens - tenha
caído em desuso nas últimas décadas.
As moças de agora, na actual maneira estandardizada de vestir, com jeans todos semelhantes, e suéter completamente incaracterístico, perdeu a graça, o donaire e a feminilidade que
distinguia as moças de há trinta ou quarenta anos atrás.
A Tricana Poveira era a mulher do pescador que andava na pesca do bacalhau, nos mares do
norte, ou daquele que emigrara para o Brasil.
Como não andava na venda do peixe (porque o marido não era pescador aqui no nosso mar),
então ela trabalhava na costura, nas fábricas de conserva, ou noutro tipo de indústria (mais
tarde seria a indústria têxtil), o que lhe permitia vestir melhores roupas do que as das mulheres dos pescadores que trabalhavam e viviam aqui na sua terra.
Assim nasceu a figura da Tricana Poveira, que se vestia de forma diferente e mais luxuosa
que as outras da sua comunidade.
Não há muitos anos era ainda vulgar ver-se na cidade esbeltas tricanas com a sua bonita
indumentária:
- Blusa de seda;
- Saia preta, a cobrir os joelhos e travada;
- Bonito avental rodado, em organza florido, e também em tecido georgette, crepe,
ou shantung de seda estampada, todos com vistosos desenhos coloridos de belo efeito. Era a
peça mais vistosa do traje, que dava à mulher um delicioso ar garrido.
- Meia de seda, que tinha na parte posterior uma insinuante linha de costura que vinha do
tornozelo, subia pela perna bem torneada, e desaparecia, na penumbra da saia.
- Graciosos chinelos de saltos altos muito fininhos, verdadeiras jóias de sapataria em que
alguns artesãos eram especializados.
Fonte - http://garatujando.blogs.sapo.pt
Carlos Ferreira
“AS TRICANAS POVEIRAS”
Grupo Recreativo e Etnográfico
Rua Rocha Peixoto
(Antigo Quartel Militar)
Apartado 136
4494-909 Póvoa de Varzim
www.tricanaspoveiras.pt
Email: [email protected]
Apoio e colaboração
Câmara Municipal da Póvoa de Varzim
Junta de Freguesia da Póvoa de Varzim
Inatel
Rádios e Jornais Locais
Download

Boletim n.º 11 Director: Jorge Silva Coordenador