os
n
a
15
Juntos Somos Fortes
Lançamos a semente de um
mundo melhor e alimentamos
essa ideia a cada dia
SISTEMA DE COOPERATIVAS DE CRÉDITO RURAL COM INTERAÇÃO SOLIDÁRIA
CENTRAL BASER
Juntos Somos Fortes
No sorriso de nossas crianças está plantada a esperança de um
novo cooperativismo. A Agricultura Familiar cresce e se
desenvolve com a certeza de um futuro cada vez mais
promissor para o crédito solidário.
Índice
Central Cresol Baser
Rua Nossa Senhora da Glória, 52 A,
Bairro Cango, Francisco Beltrão - PR
Cep 85604-090 - Fone/Fax: 46 3520 1981
[email protected] - www.cresol.com.br
Direção Executiva
Presidente: Vanderley Ziger
Vice-Presidente: Flávio Marcos da Silva;
Diretor Financeiro: Alzimiro Thomé;
Diretor-Secretário: Luiz Ademar Panzer;
Primeiro Secretário: Edson Vieira.
Conselho de Administração: Nilceu Evanir Kempf, Denilson
Luiz Rodighero, Osni Ramos, Jose Soares, Wilson Camargo,
Nivaldo Pinheiro Da Rocha
Conselho Fiscal 2010/11: Ivo Oscar Schneider, Paulo Dalek,
Adriano Briatori, Paulo De Souza, Pedro Perehouski Filho,
Nilson Machado Dos Santos
Relações Institucionais: Assessoria Institucional: Adriano
Michelon, Arni D. Hall
Comunicação e Marketing: Aline Fragata, Analice Lourenci e
Marcos Chiapetti
Assessoria Jurídica: Andressa Castro e Débora Glenda B. de
Castro (estagiária)
Assistente da Diretoria: Leonette Alves Netto
Controladoria e Finanças: Roberson Artifon Fieira, Iraci
Biankati de Souza, Rosalino Luis Alba e Delcio Tozetto
Apoio Administrativo: Italita Pierina Marafon, Ivete Bueno De
Macedo, Ivonete Terezinha Da Silva, Renato Socolovski
Verlindo, Adriana Ramazotti Alves.
Recursos Humanos: Andriele Aparecida Lazarotto, Cinthia
Regina Bosse, Flaviana Tubin, Rosane Da Silva
Gestão Filiadas: Adinan Francisco Kielb, Ana Karina L.Toledo,
Andreia M. Cecagno, Fabio Anderson Sangaletti, Ingrid Milan,
Jackson Joaquim, Pablo Jose Guancino, Rafaela Santos Lima
Gestão de Risco: Jeferson Claudio Signor, Everton Jose Do
Nascimento, Lucas Reichembach, Rosangela De Fatima Borges
Produtos e Serviços: Claiquer Carneiro e Vanice C. Da Costa
Sistema Colméia: Alcemar Luiz Candiotto e Volber Sangaletti
Gestão das Informações: Janio de Souza
Informática: Andrei Brancalione, Marcelo Marcon De Vargas
Markus Anater Scheid, Jackson Wilian Garcia Neto
Cresol Tec: Débora Machado e Alano Freire
Auditoria Interna: Ana Paula Maximowski, Eliana Vedovatto,
Giovanni Ronchi, Hans Cristian Koch, Lilian Smaniotto, Valdecir
Martins, Viviane Kayser
Carteira de Crédito: Cleiton M. De Toni , Jose A. Padilha, Delazir
Mascarello, Antonio Luiz Processo
Ações Estratégicas: Ari D David, Hildegard Maria Reichert,
Nivalda Soster, Aline Moraes, Reinaldo A. De Oliveira
Jornalista responsável:
Analice Lourenci - MTb 8456/PR
Arte/projeto gráfico: Marcos Chiapetti
Nasce a Cresol
Desafios dos Primeiros Anos
Evoluções do Sistema
Crescem as conquistas
Avanços e Inovações
Agosto/Setembro de 2010
Ouvidoria Cresol 0800 643 1981
06
07
08
09
Pioneiros do Cooperativismo de
Crédito Solidário
10
Cresol em Números
12
Políticas Públicas Pronaf
Políticas Públicas Complementares
Formação
Habitação Rural
Programa dos Agentes
Programa de Gênero e Geração
14
16
18
20
22
24
ATER
26
Parceiros
28
Inovações Gerando Inclusão
Impressão e Acabamento: Grafisul
Tiragem: 8 mil exemplares
04
Comemoração dos 15 anos da Cresol
30
32
Nasce a Cresol
O
surgimento do Sistema
Cresol de Cooperativas de
Crédito Rural com Interação Solidária há 15 anos, deu origem à
construção de outro cooperativismo,
diferente do cooperativismo chamado
empresarial. No lugar de estruturas
centralizadas e grandes unidades,
optou-se por estruturas descentralizadas, com forma de rede e unidades
pequenas, mas articuladas entre si e
com a comunidade local, contribuindo
assim para a democratização do crédito
rural e para o efetivo controle social.
O conceito de 'interação solidária' expressa a idéia de responsabilidade compartilhada entre cooperados e dirigentes, que devem acompanhar e ter controle sobre seu funcionamento.
O embrião desta nova proposta surge da experiência dos Fundos de
Crédito Rotativo, que desde 1989 era
desenvolvido na região Sudoeste do
Paraná, fruto de convênio entre a
Misereor, organização religiosa da
Alemanha, e a Associação de Estudos,
04
Orientação e Assistência Rural Assesoar, organização não-governamental sediada em Francisco Beltrão,
fundada em 1966. Este fundo era
gerido por um Conselho de Entidades
Populares no Sudoeste do Paraná que
incluía também a CPT (Comissão
O conceito de 'interação
solidária' expressa a idéia
de responsabilidade
compartilhada entre
cooperados e dirigentes,
que devem acompanhar e
ter controle sobre seu
funcionamento.
Pastoral da Terra), a CNBB (Conferência dos Bispos do Brasil) e o MST
(Movimento Sem Terra). Por meio
deste fundo eram financiados pequenos investimentos junto a diversos
grupos informais de agricultores
familiares da região.
Mas era preciso fazer com que
o crédito retornasse, baixando os
índices de inadimplência. Para isso, era
necessário promover o controle
social, ampliar a captação e a disponibilidade de recursos, bem como
amparar juridicamente os contratos.
Tudo indicava a necessidade de uma
instituição financeira, contudo, que
fosse diferenciada do sistema financeiro tradicional. E assim, os primeiros
passos foram dados pra concretizar
este objetivo.
Várias experiências contribuíram para consolidar o projeto de um
sistema de cooperativas de crédito
independentes e autônomas, administradas pelos próprios agricultores,
com crescimento horizontal e inclusão
social.
Após avaliações, entendeu-se
que poderia ser criado um sistema de
cooperativas de crédito partindo de
cinco cooperativas singulares - duas na
região Centro- Oeste e três no
Sudoeste do Paraná, e uma Central de
Serviços para centralizar as normatizações e contabilidade, reduzindo
custos para as filiadas.
Em meados de 1995 foi
solicitado junto ao Banco Central
(Bacen) autorização para o funcionamento da primeira Cooperativa de
Crédito Rural com Interação Solidária
– Cresol. Assim, surge no Sudoeste do
Paraná, uma nova proposta de
cooperativismo e crédito rural,
coordenado pelos próprios agricultores familiares, em parceria com outras
entidades da agricultura familiar,
articulando ações locais e regionais.
O objetivo inicial era estruturar
um sistema alternativo com a participação das organizações da agricultura familiar já existentes, que deveriam
ser sócias, podendo integrar os
conselhos administrativo e fiscal.
Nesse sentido, foi acrescentado nos
estatutos das primeiras cooperativas
um artigo que vinculava ao quadro
social membros dessas entidades, o
que não foi aceito pelo Bacen.
Da constituição das primeiras
cooperativas até a sua abertura,
passaram-se seis meses, período em
que se buscou acertar os detalhes para
o início dos trabalhos, sob a coordenação de um grupo de idealizadores
formado por Valdemiro Kreush, Assis
Miguel do Couto, Adriano Michelon e
Christophe de Lannoy. Ainda, é justo
mencionar a coragem e dedicação de
dezenas de agricultores familiares, que
mesmo sem conhecimento específico
ou experiência na área, encararam o
desafio de compor as primeiras
diretorias das cooperativas.
A data de 10 de janeiro
de 1996 marca a história
do Sistema Cresol. Neste
dia, abrem-se as portas
da primeira Cresol, em
Dois Vizinhos, chegando
ao final do expediente
com R$ 20 mil em
depósitos, um valor
muito significativo para a
época. A partir daí
foram noventa dias de
acompanhamento
contínuo para ajustes
operacionais.
Assembleia de inauguração da Cresol Dois Vizinhos a primeira cooperativa do sistema
05
Desafios dos Primeiros Anos
N
os meses seguinte da abertura da Cresol Dois Vizinhos
foi inaugurada a Cresol
Marmeleiro, Cresol Laranjeiras do Sul,
Pinhão e Capanema, fechando o ano de
1996 com cinco cooperativas e 1.639
sócios, número bem superior aos 100
sócios fundadores.
O ano de nascimento do
Sistema Cresol é também o ano de
criação do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar,
o Pronaf , importante ferramenta para
estruturação das cooperativas e das
famílias agricultoras, e em 1996 foi
então realizado o primeiro convênio
com o Banco do Brasil e a liberação de
710 contratos de Pronaf Custeio.
Foram realizadas ainda mais 1856
operações de crédito e as cooperativas
chegaram ao final deste ano com saldo
positivo. O acesso a linha de crédito do
Pronaf Investimento se concretizou em
1997, com um convênio assinado com
o Banco Regional do Desenvolvimento
do Extremo Sul (BRDE).
Ainda em 1996 foi criada a
primeira Base de Serviços (Baser), em
Francisco Beltrão, para auxiliar os
trabalhos realizados pelas cooperativas
singulares. Mais tarde esta base
tornou-se a primeira
cooperativa central do
Sistema.
Desde a sua
concepção o Sistema
teve o conhecimento
como um dos pilares e
missão, tanto na gestão
das cooperativas,
como na aplicação do
crédito nas atividades
agrícolas dos cooperados. Nesse sentido, já
no primeiro semestre de 1997 os
conselheiros fiscais das cooperativas
singulares participaram do primeiro
curso de formação, ministrado por
Valdemiro Kreusch.
Os primeiros anos do Sistema
Cresol são tidos como um período
experimental, de construção, de teste
e ajustes, considerando a pouca
experiência das pessoas envolvidas no
processo. Pouco se sabia sobre o
cooperativismo de crédito, menos
ainda nos moldes que se propunha.
Mas seguramente o início foi
um período de muito aprendizado e
acima de tudo de amadurecimento da
proposta do Sistema Cresol quanto a
missão, projetos, princípios e finalida-
Sócio Fundadores da Cresol Pinhão.
de. A superação das dificuldades iniciais
sinalizou que seria possível dar
continuidade ao projeto desse novo
cooperativismo.
A existência de um sistema
cooperativo de crédito rural voltado
aos interesses dos agricultores
familiares foi aos poucos se expandindo. Cruzou divisas e chegou a Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, marcando uma nova fase de desenvolvimento
do Sistema Cresol. A história fora do
Paraná começa em 1999, com o
contato das cooperativas de crédito
dos municípios de Abelardo Luz,
Quilombo e Seara, no oeste catarinense, que na época faziam parte do
Sistema Sicoob-Bancoob.
Em 1999 foi firmado
o primeiro Convênio
com o Banco
Nacional do
Desenvolvimento
Econômico (BNDES),
garantindo repasses
de Pronaf
Investimento e
Microcrédito aos
cooperados das
Cresol.
06
Evoluções do Sistema
O
utro marco na trajetória do
Sistema foi a criação, em
2000, do Programa de
Agentes Comunitários de Desenvolvimento e Crédito, com o objetivo
de multiplicar o conhecimento acumulado, capacitando um grupo de
cooperados para atuar como interlocutores nas suas comunidades de origem,
buscando difundir cada vez mais a
essência do cooperativismo, bem
como, as decisões tomadas nas
cooperativas e conhecer as expectativas e demandas do quadro social.
Também em 2000, atendendo a
uma solicitação do Bacen, a primeira
base de serviços do Sistema Cresol foi
transformada em Cooperativa Central,
denominada Central Cresol Baser.
Nesse mesmo ano a Caravana
da Cidadania do então pré-candidato à
Presidência da República, Luiz Inácio
Lula da Silva, visitou a Cresol em
Francisco Beltrão. Um momento de
grande emoção para a agricultura
familiar, mais tarde reconhecida como
categoria pelo já Presidente Lula, com a
sanção da Lei 11.326/2006, que é de
autoria de um dos membros do grupo
de idealizadores do Sistema Cresol –
Assis Miguel do Couto, eleito deputado
federal em 2002, 2006 e 2010, hoje
Jantar de comemoração dos 5 Anos da Cresol
Lula em visita a Cresol Francisco Beltrão, durante a passagem da Caravana da cidadania em 2000.
nacionalmente reconhecido como
representante da agricultura familiar
no parlamento brasileiro.
Cinco anos após a abertura das
primeiras cooperativas, o Sistema
comemorava os expressivos e
crescentes números. As cooperativas,
de cinco passaram para 46, e o número
de cooperados ultrapassava a marca
dos 20 mil em 2001. O total de repasse
de crédito somava R$31,5 milhões, os
depósitos chegavam a R$15,6 milhões
e a carteira de recursos próprios atingia
a marca de R$ 8,6 milhões.
Ainda em 2001 foram firmados
os primeiros convênios com a
Secretaria da Agricultura Familiar, do
Ministério do Desenvolvimento
Agrário (SAF/MDA), para o fortalecimento da área de capacitação e
formação do Sistema Cresol.
Os anos de 1999 a 2001 foram
muito significativos para o Sistema,
fortalecendo, ampliando e dando
maior visibilidade e credibilidade à
proposta de um novo cooperativismo.
Nesse período, ganhou visibilidade
tanto entre o público alvo, como entre
órgãos governamentais e não governamentais, nacionais e do exterior.
Na medida em que se fortalece
como instituição financeira da agricultura familiar, o Sistema Cresol passou a
receber maior reconhecimento por
parte do Governo Federal, dos
movimentos sociais da região Sul e a
estreitar relações de parceria com o
Banco do Brasil.
Com o crescimento surgiram
novas demandas, diferentes realidades
a serem atendidas e com isso uma
necessidade ainda maior de capacitação de funcionários e diretores das
cooperativas. Tal constatação levou o
Sistema a uma reavaliação das ações
estratégicas.
07
Crescem as conquistas
Inauguração da Central Cresol Baser em 2003
E
m 2003 foi inaugurada a sede
própria da Central Cresol Baser,
em Francisco Beltrão/PR. No
mesmo ano a posição assumida pelo
Governo Federal de apoiar e promover
o cooperativismo foi decisiva para o
crescimento e ampliação do Sistema.
Ainda em 2003 foi realizado o primeiro
Fórum das Cooperativas de Economia
Solidária, importante espaço de
discussão e negociação de políticas e
programas junto ao Bacen, Banco do
Brasil e demais órgãos governamentais.
Num ritmo constante de reavaliação e inovação, focado nas necessidades dos cooperados e na sustentabilidade econômica e financeira das cooperativas, a Central Cresol Baser criou, em
2004, o Programa de Habitação
Solidária - HabitaSol, oportunizando aos
cooperados o acesso a moradias dignas
no campo, parte subsidiadas pelo
Governo Federal e parte financiadas
por recursos próprios das cooperativas,
em condições facilitadas.
A transformação promovida no
cenário rural com a construção de boas
moradias despertou governos e outros
agentes financeiros para uma realidade
até então ignorada. Esse importante
passo do Sistema Cresol revelou que a
permanência das famílias agricultoras no
campo requer mais que crédito para
produção.
Em 2004, nova conquista. A
Central Cresol Baser torna-se agente
financeiro do BNDES - a primeira
central de crédito cooperativo do Brasil
credenciada pelo banco. Também
neste ano, amplia-se a discussão do
cooperativismo de crédito no País com
a criação da Associação Nacional do
Coopera-tivismo de Crédito da
Economia Familiar e Solidária (Ancosol). Com isso, necessidades operacionais do Sistema Cresol, como a
construção de um software livre para
gestão das cooperativas, passou a
integrar a pauta de um conjunto de
sistemas cooperativos que tinham
demandas comuns.
Também neste ano, tendo
como pauta um novo arranjo institucional, foi criada mais uma cooperativa
central do Sistema Cresol, denominada
Cresol Central, com sede em
Chapecó/SC. Com isso, parte das
cooperativas situadas em Santa
Catarina e Rio Grande do Sul filiaram-se
à nova central e parte de Santa Catarina
e as situadas no Paraná permaneceram
filiadas à Cresol Baser. A criação da
nova central duplicou as estruturas de
apoio, possibilitando melhor organização interna e o acompanhamento das
cooperativas singulares, com o apoio
indispensável das Bases Regionais.
Nesse período são criadas cinco
novas Bases, acompanhando o
processo de expansão em novas
regiões de atuação, como o norte e o
centro-sul paranaense e o litoral
catarinense. Entre 2005 e 2006 foram
criadas as Bases Litoral/SC, MeioOeste/SC, Fronteira/PR, Norte/PR e
Vale do Ribeira/PR. As novas áreas de
atuação agregaram quadro social do
Sistema Cresol comunidades de
pescadores e indígenas, também
excluídos do acesso ao crédito e serviços financeiros.
Assembleia Geral da Central Cresol Baser em Março de 2001
08
Avanços e Inovações
N
a área de formação, as cooperativas filiadas à Cresol
Baser dão um importante
passo e constituem em 2005 o
Instituto de Formação do Cooperativismo Solidário (Infocos), possibilitando a capacitação de agricultores
familiares, diretores e colaboradores
de toda a área de abrangência da
Cresol Baser.
Também em 2005, a articulação das cooperativas de economia
solidária, encabeçada pela Ancosol,
fortaleceu uma rede nacional de
cooperativas que levou à constituição da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária – Unicafes, agregando os diversos ramos cooperativos.
Ao celebrar a primeira década, em 2006, já como referência
nacional no cooperativismo de
crédito rural solidário, o Sistema
Cresol comemorou o crescimento
do quadro social, a ampliação das
linhas de financiamento, o fortalecimento institucional e o desenvolvimento local impulsionado pela
agricultura familiar. Acompanhando a
evolução do mercado financeiro, foi
lançado um novo produto - o Cartão
de Crédito Cresol.
O Sistema continuou trilhando
um caminho de conquistas. Em 2007
foi realizada a primeira opera-ção de
Pronaf Custeio via BNDES, fruto de
uma luta histórica de oito anos. Com
Abertura da primeira turma de Pós-graduação do cooperativismo solidário, parceria Cresol/Infocos e Unioeste
isso os cooperados tive-ram acesso a
uma nova fonte de re-cursos para
desenvolver seus proje-tos produtivos. Ainda neste ano foi criada a
Cooperativa de Tecnologia da Cresol
- CresolTec, responsável pelo desenvolvimento inicial do software de
gestão de cooperativa de crédito,
denominado Projeto Colméia.
Outro fato marcante em 2007
foi o reconhecimento do Sistema
Cresol no cenário latino-americano
de microfinanças, difundindo a experiência em inúmeros intercâmbios
internacionais.
Em 2008, a Cresol Baser cria a
Cresol Seguros, corretora que atua
junto às cooperativas filiadas. Em
todas as singulares, os cooperados e a
população em geral podem aderir ao
Programa Superproteção Cresol, nas
diferentes modalidades - casa, carro,
vida e investimento agrícola.
Outro marco para o cooperativismo neste ano foi a criação da
Confederação Nacional das Cooperativas de Economia Solidária
(Confesol), fortalecendo ainda mais o
cooperativismo de crédito solidário
no País. Ainda, a Cresol Baser
alcançou a 29ª posição do ranking de
operações indiretas do BNDES,
tornando-se a principal instituição
paranaense neste ranking, ficando
atrás somente dos bancos e instituições financeiras do Brasil.
Em 15 anos de trajetória o Sistema Cresol
acumulou conquistas e superou muitos desafios para
alcançar seu objetivo principal, o fortalecimento da
agricultura familiar. O Sistema Cresol é hoje a soma
de conhecimento e dedicação de centenas de
pessoas ao longo dos anos, num constante
movimento de renovação e aprendizado.
09
Pioneiros do Cooperativismo de Crédito Solidário
Assis do Couto
A força da Agricultura Familiar
em Brasília
Assis Miguel do Couto
Deputado Federal
Idealizador e primeiro
presidente do Sistema Cresol
Assis Miguel do Couto nasceu
na comunidade Santa Cruz, em Santo
Antônio do Sudoeste, hoje município
de Pranchita, no Sudoeste do Paraná. É
casado com Maria Helena Libarde e
tem quatro filhos: Francisco, Helena,
Luiz Henrique e Ana Maria.
“
10
Cresol, um orgulho
para muitos
agricultores que assim
como o Deputado Assis
acreditam na força do
trabalho na terra,
escrevendo mais uma
parte desses 15
anos na história do
cooperativismo s
olidário da Cresol.
”
O agricultor familiar Assis
Miguel do Couto tem uma visão muito
clara dos desafios do início da caminhada na construção do Sistema Cresol.
Idealizador e o primeiro presidente do
Sistema, ele aponta três elementos que
foram decisivos no processo de
constituição desse sistema cooperativo
de crédito: a necessidade dos agricultores em ter uma cooperativa para ajudar
seu próprio desenvolvimento; o papel
dos dirigentes e assessores e sua
vontade de trabalhar, de acertar, que
foram gradativamente superando as
dificuldades; e as parcerias com
entidades, sejam elas ONGs, sindicatos
de trabalhadores rurais, bancos e
governos.
Através desses desafios juntamente com outros pioneiros e agricultores que acreditaram e lutaram por
um cooperativismo solidário, foram em
busca de mais oportunidades, e assim
ano a ano construíram e conquistaram
um Sistema de Cooperativismo de
Crédito que em 15 anos de trajetória
acumulou conquistas e superou muitos
desafios para alcançar seu objetivo
primordial, o fortalecimento da
Agricultura Familiar.
Contudo a Cresol nesses 15
anos conquistou muito mais, em 2002,
o agricultor familiar Assis do Couto, é
eleito com mais de 43 mil votos para o
seu primeiro mandato como Deputado
Federal, onde desde os primeiros anos
muitas conquistas foram realizadas,
como a aprovação da Lei da Agricultura
Familiar (11.326/2006), com autoria do
próprio Deputado Assis, que garante
de maneira diferenciada políticas
públicas que abrangem o crédito, a
habitação rural, cooperativismo,
assistência técnica entre outros
diferenciais, e ainda a representação no
mandato trouxe benefícios através das
emendas para diversas associações,
entidades, organizações, sindicatos e
cooperativas.
O segundo desafio estava na
decisão de concorrer a um novo
mandato, e para essa eleição Assis
cresceu 50% no número de votos,
novamente se elegendo como um
representante da Agricultura Familiar
na Câmara, avançando seu trabalho e
apoio com recursos prestados a essas
associações, casas familiares rurais,
APAES e comunidades, que foram
beneficiadas com máquinas, equipamentos, benfeitorias, com recursos
também destinados para capacitação,
educação, assistência técnica entre
outros. Para Assis o segundo mandato
foi de crescimento, com a experiência
adquirida no primeiro momento como
Deputado e tendo em vista que o
governo do Presidente Lula também se
desenvolveu nesse processo e as
políticas públicas realizadas serviram
para um progresso ainda maior.
Neste ano de 2010, a Cresol
que comemorou 15 anos de luta pela
agricultura familiar, trabalhou mais uma
vez para que seu primeiro Presidente
fosse sua representação na Câmara dos
Deputados Federais, elegendo Assis
para seu terceiro mandato federal.
Um orgulho para muitos
agricultores que assim como o
Deputado Assis acreditam na força do
trabalho na terra, escrevendo mais
uma parte desses 15 anos na história do
cooperativismo solidário da Cresol.
Valdemiro Kreusk
Um entusiasta do
Cooperativismo de Crédito
Valdemiro Kreusch, um dos
grandes entusiastas do cooperativismo e um dos idealizadores do modelo
financeiro do Sistema Cresol. Sua
história tem início no fim da década de
50, com a criação da cooperativa de
bancários de Itajaí, onde foi o primeiro
presidente.
Logo após sua vinda para o
Paraná, em virtude da venda do banco
em que trabalhava em Santa Catarina,
foi convidado para auxiliar o sistema
de cooperativas de crédito do Estado.
Em 1989 Valdemiro assumiu
um grande desafio: recuperar uma
cooperativa de crédito em Itapiranga,
a Credi Itapiranga, que tinha 132
associados e estava no vermelho e não
havia recursos para devolver aos
sócio. Valdemiro foi nomeado pela
assembleia geral para assumir a gestão
da cooperativa na tentativa de
recuperá-la. Ficou por quatro anos e
não apenas saneou a cooperativa em
menos tempo do que o previsto
inicialmente, mas fez crescer o seu
“
O sistema
cooperativo é a
única alternativa
para a agricultura
familiar, desde que
a filosofia de
trabalho para o
desenvolvimento
dos associados seja
posta em prática,
dia após dia
”
patrimônio.
Para Valdemiro, a formação dos
associados com base nos princípios do
cooperativismo e do crédito rural são
essenciais para o desenvolvimento e
consolidação das cooperativas.
Seu Valdemiro iniciou sua
história na Cresol com a visita do
então Agricultor Familiar da região
Sudoeste do Paraná, hoje Deputado
Federal Assis Miguel do Couto, em
1993. Valdemiro lembra que naquela
época ele estava realizando um
trabalho para reestruturar uma
cooperativa de Itapiranga, Santa
Catarina (uma das mais antigas do País,
fundada em 10 de outubro de 1932),
onde através dessa atividade ele o
deputado Assis do Couto começaram
a fomentar juntamente com os
agricultores da região a idéia de uma
cooperativa de crédito alternativo,
com princípios e orientações voltados
ao cooperativismo.
“Inspiramos-nos para criar a
Cresol, no primeiro ato cooperativista
que se tem relato que ocorreu ainda
na pré-história, da luta entre a fera
(animal) X o homem, onde com a
interação solidária, e a junção de força
dos homens, já conseguiam resultados, buscando sempre o foco do
cooperativismo, reafirmando a ideia
de que juntos somos fortes, nasce a
Cresol”, afirma senhor Valdemiro.
Senhor Valdemiro, relembra
nessa visita algumas situações encontradas no início da criação da cooperativa, “... muitas vezes, enfrentamos
situações como a de abrir estradas,
passagem por áreas alagadas...”.
No início eram cinco coopera-
Valdemiro Kreusch
Idealizador do Sistema Cresol
tivas mais uma base, onde através de
muito trabalho, buscando apoio junto
aos agricultores e a sociedade,
fortaleceu-se a Cooperativa de Crédito Rural com Interação Solidária,
fazendo com que hoje o sistema que
compreende dez bases regionais e
mais 80 cooperativas seja sólido,
respeitado, expandindo o princípio da
interação solidária da Cresol.
Para este especialista em
cooperativismo de crédito, que tem
atuado na constituição de outros
sistemas cooperativos de diferentes
ramos, compete ao governo dar
condições de operacionalizar os
créditos para agricultura familiar. “O
sistema cooperativo é a única
alternativa para a agricultura familiar,
desde que a filosofia de trabalho para o
desenvolvimento dos associados seja
posta em prática, dia após dia”, conclui
Valdemiro.
11
Cresol em Números
80.281
80.000
70.000
60.000
50.000
Cooperados
34.340
40.000
30.000
15.175
20.000
1.639
10.000
0
1996
2000
2005
2010*
Dados atualizados até
outubro de 2010
173
168
170
160
140
Unidades de
Atendimento
120
100
80
60
31
40
5
20
0
1996
2000
2005
2010*
Dados atualizados até
outubro de 2010
115,4
EM R$ MILHÕES
120
100
80
Patrimônio
60
32,3
40
20
0
12
0,1
1996
3,1
2000
2005
2010
Dados atualizados até
outubro de 2010
700
EM R$ MILHÕES
700,00
600,00
Total de
Crédito
Liberado
500,00
400,00
300,00
156,2
200,00
100,00
39
1,1
1996
2000
2005
2010*
Dados atualizados até
outubro de 2010
267
EM R$ MILHÕES
250
200
Depósitos
Total
150
100
50
0,2
1996
9,8
2000
33,8
2005
2010*
Dados atualizados até
outubro de 2010
13
Políticas Públicas
PRONAF
O
Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar – PRONAF é um
programa do Governo Federal criado
em 1995, com o intuito de atender de
forma diferenciada os pequenos
produtores rurais que desenvolvem suas
atividades mediante emprego direto de
sua força de trabalho e de sua família.
O programa tem como objetivo
o fortalecimento das atividades
desenvolvidas pelo agricultor familiar,
de forma a integrá-lo à cadeia de
agronegócios, proporcionando-lhe
aumento de renda e agregando valor
ao produto e à propriedade, mediante
a modernização do sistema produtivo,
valorização do produtor rural e a
profissionalização dos produtores
familiares.
O Pronaf foi uma das primeiras
políticas públicas que surgiram em
benefício a Agricultura Familiar, e a
partir do Pronaf desencadearam-se as
demais ações visando o fortalecimento
e crescimento da Agricultura Familiar.
Ao longo dos anos o Programa sofreu
adaptações e melhorias, algumas
melhorias possibilitaram um aumento
significativo dos créditos para a
14
Agricultura Familiar e uma menor taxa
de juros. Tudo isso, atrelado ao crédito
justo e de qualidade fez com que os
cooperados da Cresol tivessem uma
melhoria na qualidade e na agilidade da
contratação dos recursos, tanto de
investimento como de custeio.
Outro ponto positivo são as
diferentes linhas de crédito que o
Pronaf abrange como o do Programa
Mais Alimentos, onde através deles os
cooperados da Cresol tem acesso a
linhas de investimento específicas para
...muitos agricultores
conseguiram ter
acesso ao crédito,
e através dele
mudar a sua vida.
estruturarem sua produção. O
Programa ainda possui linhas diferenciadas como o Pronaf Mulher, Pronaf
Jovem, Pronaf Eco e Agroecologia.
Todas essas linhas têm objetivo de
facilitar os investimentos de determinadas parcelas da população e financiar
atividades que incentivem práticas
ecologicamente corretas.
Para atender a demanda da
Agricultura Familiar surgiram as cooperativas, e mais especificamente as
cooperativas de crédito, que através de
uma visão de inclusão social, desenvolvimento local e incentivo a esse público
acreditou e investiu em um crédito
bem orientado.
A partir das Cooperativas de
Crédito, instituições financeiras voltadas ao microcrédito com o foco na
Agricultura Familiar e nos pequenos
municípios, muitas políticas públicas
foram instituídas, alargando o leque de
programas, linhas de crédito e
financiamentos do microcrédito. Esses
programas visam atingir os agricultores
familiares descapitalizados e dispersos
nas regiões mais pobres, ampliando o
acesso ao crédito e incluindo-os como
beneficiários do Sistema Financeiro
Nacional.
Com o início da Cooperativa de
Crédito Rural com Interação Solidária,
os muitos agricultores conseguiram ter
acesso ao crédito, e através dele mudar
a sua vida. Uma das primeiras cooperativas a operar financiamentos foi a
unidade de atendimento de Marmeleiro no Sudoeste do Paraná.
Há 15 anos acessando o PRONAF
O Coooperado Armindo Deon com sua esposa, que há15 anos acreditam no Crédito Solidário
O cooperado Armindo Deon, um dos sócios fundadores da Cresol Marmeleiro destaca os desafios enfrentados e os
benefícios trazidos pela cooperativa, “sempre trabalhei com a
agricultura, há 15 anos estou junto com a Cresol, acreditamos
que seria possível criar essa cooperativa e juntamos forças. No
começo foi difícil como em tudo, mas até hoje vemos a
diferença de outras instituições financeiras, desde o primeiro
ano até hoje cada safra estou financiando com o Pronaf, hoje
são meus filhos que cuidam da lavoura e se associaram para
poder utilizar os benefícios do financiamento.”
“Desde o momento em que foi convidado a participar
do quadro social da cooperativa , sempre me dediquei para o
desenvolvimento dos agricultores familiares da região,
sabemos da importância de uma cooperativa de crédito que
fale com o agricultor, identificando-se com as necessidades e
ajudando a cada cooperado de maneira diferenciada. O crédito
unido as ações sociais que a cooperativa desempenha ajudou a
transformar a realidade de cada agricultor, hoje sabemos que
os desafios vencidos consolidaram o nome da nossa cooperativa”, finaliza Seu Deon
15
Políticas Públicas
Complementares
Na história de conquistas da
Agricultura Familiar, as políticas
públicas são referências de crescimento e desenvolvimento, dando
incentivo e uma nova visibilidade ao
meio rural.
Incentivos e diferentes programas
para a Agricultura Familiar começam a
surgir a partir das lutas dos agricultores, ações focadas no desenvolvimento da Agricultura Familiar e
fomento ao homem do campo.
Podemos destacar também a
amplitude dos programas, abrangendo
diferentes áreas da Agricultura Familiar brasileira, como ações voltadas a
Habitação Rural, dignificando a moradia do campo e trabalhando para a
permanência do agricultor em suas
propriedades. Surgem também
programas que facilitam e dão novos
caminhos a Assistência Técnica, com
incentivos e novos direcionamentos ao
trabalhador rural, apoiados agora no
ATER.
Os produtos da Agricultura
Familiar foram os grandes beneficiados
com as políticas públicas. Com o
surgimento do Programa de Aquisição
de Alimentos (PAA), que tem como
objetivo principal garantir a comercialização dos alimentos da Agricultura
Familiar, através da aplicação de um
preço mínimo a serem praticados
como garantia de compra. Com o PAA
surgiram outras iniciativas como o
Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE), o qual determina que
no mínimo 30% dos recursos
repassados pelo FNDE (Fundo
Nacional de Desenvolvimento da
16
Fonte: Portal MDA
A Agricultura Familiar é uma grande geradora de riquezas, além
de produzir os alimentos a Agricultura é hoje um ator social importante.
São milhares de famílias que dependem e vivem da
Agricultura Familiar, e mais do que isso são milhões de brasileiros que
consomem o que é produzido através do trabalho do campo.
Educação) para alimentação escolar,
sejam destinados à compra de
produtos da Agricultura Familiar,
diretamente do produtor ou através
de suas organizações.
O Programa de Garantia de
Preços para a Agricultura Familiar
(PGPAF), é uma das ações de apoio à
Agricultura Familiar que compõe o
Pronaf, surge com o objetivo de
garantir a sustentação de preços dos
produtos, estimular a diversificação da
produção agropecuária e articular as
diversas políticas de crédito e de
comercialização agrícola.
Através destas e de outras ações
que permeiam a Agricultura Familiar, o
crédito tem um papel fundamental
para o crescimento e desenvolvimento
do agricultor e da economia local. As
Cooperativas de Crédito da Cresol,
acreditam e fomentam a utilização de
um crédito bem orientado para os seus
cooperados, gerando crescimento e
renda as propriedades.
As Cooperativas Cresol são um
canal de incentivo às políticas públicas
criadas pelo Governo Federal.
“Estamos vivendo um momento na
Agricultura Familiar que com certeza
ficará marcado por conta das
conquistas, dos avanços e das políticas
Cooperada da
Cresol Coronel Vivida
Sirlei da Silva
PAA - Programa de Aquisição de Alimentos
que estão se consolidando para o setor.
A Agricultura Familiar é uma grande
geradora de riquezas, além de
produzir os alimentos a Agricultura é
hoje um ator social importante. São
milhares de famílias que dependem e
vivem da Agricultura Familiar, e mais
do que isso são milhões de brasileiros
que consomem o que é produzido
através do trabalho do campo. Os
avanços que aconteceram, a organização das entidades, o surgimento de
novos atores e o cooperativismo como
uma grande força, além das políticas
públicas que surgiram nesse período
são fatores que garantem um futuro
promissor para a Agricultura Familiar”,
destaca o Presidente da Central Cresol
Baser, Vanderley Ziger.
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) tem por objetivo garantir
o acesso aos alimentos em quantidade, qualidade e regularidade necessárias
às populações e promover a inclusão social no campo por meio do fortalecimento da Agricultura Familiar.
Os alimentos adquiridos pelo Programa são
destinados às pessoas em
situação de insegurança
alimentar e nutricional,
atendidas por programas
sociais locais e demais
cidadãos em situação de
risco alimentar.
Fonte: Portal MDA
PNAE – Programa Nacional da Alimentação Escolar
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante, por meio
da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos de
toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e
educação de jovens e adultos) matriculados em escolas públicas.
O objetivo do Programa é atender as necessidades nutricionais dos alunos
durante sua permanência em sala de aula, contribuindo para o crescimento, o
desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos estudantes,
ajudando também a promover a formação de hábitos alimentares saudáveis.
A Lei 11.947/2009 determina que no mínimo 30% dos recursos
repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
para alimentação escolar, sejam destinados à compra de produtos da
Agricultura Familiar, diretamente do produtor ou através de suas organizações.
PGPAF – Programa de Garantia de Preços
para a Agricultura Familiar
O Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar
(PGPAF), criado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em
2006, possibilita que o agricultor familiar pague os financiamentos de custeio
e investimento com um bônus, que corresponde a diferença entre os preços
garantidores e o preço de mercado, nos casos em que o valor do produto
financiado esteja abaixo do preço de garantia.
O programa é uma garantia a mais aos agricultores familiares de que
seus financiamentos de custeio e/ou investimento, no momento de serem
pagos, terão valor compatível com o custo de produção.
PROAGRO - Programa de Garantia da
Atividade Agropecuária
Proagro oferece cobertura que, ao mesmo tempo, atendam ao
produtor e à sua produção, à sua família, à geração de garantias a seus
financiadores, investidores, parceiros de negócios, todos interessados na
maior diluição possível dos riscos.
17
Formação
A
Central Cresol Baser
está sempre preocupada
com a formação e a
capacitação de seus diretores,
conselheiros, cooperados e demais
colaboradores que compõem o
Sistema de cooperativas Cresol.
Para isso em 2005 criou o
Instituto de Formação do Cooperativismo Solidário (Infocos), para
oferecer a públicos distintos, formação
em cooperativismo, orientando o
desenvolvimento sustentável e solidário. O desafio é por meio de
processos educativos, revitalizar a
participação das pessoas, ampliando na
prática cotidiana, os valores e princípios do cooperativismo, forta-lecendo e
consolidando a agricultura familiar,
alicerçados na solidariedade, na
intercooperação, na inclusão socioeconômica, cultural, ambiental e política.
Nesse período em que o
Infocos está atuando na formação dos
atores das Cooperativas Cresol
Encontro de formação de novos colaboradores em Francisco Beltrão
muitos desafios foram vencidos e
experiências foram vivenciadas.
Alguns trabalhos podem ser
destacados nessa caminhada, que hoje
são referência na formação e qualificação dos colaboradores Cresol, como o
Programa de Gênero e Geração, com
4ª etapa do Cooperativa Escola realizada em Gurapuava com as Bases Centro e Norte
18
objetivo de resgatar princípios
cooperativistas tanto nos jovens,
quanto nas mulheres, idosos e
crianças, fomentando o desenvolvimento da Agricultura Familiar em
todas as instâncias.
Outra ação importante nas
Cooperativas é o incentivo ao
Programa dos Agentes Comunitários
de Desenvolvimento e Crédito, com
objetivo de promover a participação
de mais pessoas no processo de gestão
das cooperativas, os agentes fomentam discussões sobre o papel do
crédito na agricultura e orientam
outros agricultores a desenvolverem
projetos em harmonia com a natureza.
Dentro desse contexto de
capacitação surgiu também o Curso
Qualificação Profissional em Gestão
Cooperativa que tem por objetivo
principal oportunizar ao quadro social,
diretores, funcionários e agricultores
Aula Inaugural da 2ª turma de Pós graduação no Cooperativismo Solidário_Base Sudoeste
formação em cooperativismo e
qualificação profissional somado ao
projeto de desenvolvimento entendido como processo social que atenda as
mais diversas exigências e necessidades da vida da Agricultura Familiar.
O Infocos em parceria com a
Central Cresol Baser também atua
com o Programa Cooperativa Escola,
na perspectiva de emancipação e
fomento ao cooperativismo solidário,
tendo como foco a capacitação de
conselheiros, diretores, colaboradores que compõe o quadro social das
cooperativas visando melhoria na
prática de gestão e atendimento as
exigências legais. Através do Programa
“Cooperativa Escola” pretende-se
sistematizar, reorganizar e aprofundar
as práticas já realizadas e, ainda,
”
propor outras experiências que se
somam às necessidades da Agricultura
Familiar e do Cooperativismo
Solidário.
O Instituto também incentivou
as parcerias com outras entidades que
nesse período também puderam
organizar um curso de especialização
em Gestão do Cooperativismo Solidário que possibilita o enfoque nas
discussões, de questões relacionadas à
realidade das organizações cooperativas de economia solidária, considerando os aspectos econômicos e de
gestão, na perspectiva solidária.
A missão do Infocos é de
buscar novas ferramentas para a
capacitação dos atores do cooperativismo, e acima de tudo divulgar e
difundir os princípios cooperativistas,
incentivando cada vez mais a Agri-
cultura Familiar. O curso de especialização em Gestão do Cooperativismo
Solidário possibilita o enfoque nas
discussões, de questões relacionadas à
realidade das organizações cooperativas de economia solidária, considerando os aspectos econômicos e de
gestão, na perspectiva solidária.
O principal papel do Infocos é
atuar junto ao quadro social e de
diretores e funcionários das cooperativas oferecendo cursos de capacitação,
educação e pesquisa. Conhecendo e
compreendendo como se faz o
cooperativismo solidário, os agricultores familiares podem participar mais
fortemente de sua cooperativa e
tornando-se sujeitos de mudança na
sociedade em que vivem.
“A democratização do conhecimento é uma das bandeiras que o
Infocos e a Cresol Baser carregam
nesses 15 anos de cooperativismo de
crédito rural realizado pelas Cooperativas Cresol, buscando a
cada dia uma educação
cooperativa, solidária e
participativa. A grande
missão do Infocos é a
de organizar os processos educativos de
forma diferenciada primando sempre pela participação e cooperação de
todos os atores da Agricultura Familiar ”,destaca Adyr
Fioreze, Presidente do Infocos.
... A grande missão do Infocos é a de
organizar os processos educativos de forma
diferenciada primando sempre pela
participação e cooperação de todos os
atores da Agricultura Familiar
Adyr Fioreze, Presidente do Infocos.
”
19
Habitação Rural
Para muitas famílias de cooperados da Cresol, o sonho de construir
uma casa nova, já está sendo realizado. Valorizar a habitação rural é uma
prática da Cresol, buscando uma
maior auto-estima do trabalhador do
campo e atuando para a diminuição
do êxodo rural. Nesses 15 anos de
caminhada muitas atividades já foram
realizadas com esse foco, uma delas é
o Programa Habitasol que surgiu em
2004 e desde então foram mais de
3111 habitações financiadas através
do Programa de Habitação Rural da
Cresol - Habitasol.
A habitação rural de boa
qualidade serve como estímulo à
permanência dos agricultores no
campo, primando pela qualidade de
vida e desenvolvimento da Agricultura Familiar. Pensando dessa
forma é que a Cresol buscou através
do Habitasol dignificar as famílias
agricultoras, atendendo seus
cooperados, contribuindo com o
crescimento e desenvolvimento da
Agricultura Familiar e sua inclusão
social.
“Agora toda noite deito e durmo tranquila,
me sinto segura. Agora até gosto de escutar o
barulhinho da chuva que antes me
amedrontava. Sempre sonhei com isso, mas
sem a Cresol nada seria possível”
Antes Depois
20
A paisagem do campo está
mudando. Hoje a partir do incentivo
dos Programas de Habitação muitas
famílias de agricultores estão
realizando o sonho de uma boa
moradia. Com recursos do Governo
Federal e financiado através do
Programa de Habitação Solidária da
Cresol (Habitasol), muitas famílias já
tem acesso a um financiamento para
sua casa nova.
O Programa de Habitação
Solidária da Cresol atua em diferentes modalidades de financiamentos
como o Programa Minha Casa Minha
Vida, para municípios com menos de
50mil habitantes, em parcerias com o
Poder Público e com Instituições
Financeiras, com recursos subsidiados do Orçamento Geral da União.
Outra grande parceira da Cresol na
área habitacional é a Caixa Econômica Federal, que financia casas
através de recursos do FGTS.
O Habitasol está ajudando
muitas famílias a chegarem mais
próximo do sonho de uma casa nova,
um exemplo é a família do senhor
Luiz Alves do Nascimento, que
através do financiamento da Cresol
começou a construir a sua casa.
“Através da Cresol consegui o
financiamento para comprar as
minhas vacas e começar a trabalhar
com a produção de leite, é isso que
sustenta a minha família, e conhecendo as facilidades da Cooperativa
acreditamos que seria possível
construir a nossa casa que esperamos
por tanto tempo, e agora vamos
conseguir”, conta Seu Luiz .
O sonho de uma casa nova é
uma realidade para essa e muitas
famílias de cooperados da Cresol,
que podem desfrutar de mais
conforto, comodidade e segurança,
na sua propriedade. O campo agora
tem uma paisagem mais feliz.
“Agora toda noite deito e
durmo tranquila, me sinto segura.
Agora até gosto de escutar o
barulhinho da chuva que antes me
amedrontava. Sempre sonhei com
isso, mas sem a Cresol nada seria
possível”, diz a esposa Dona Noemi
do Nascimento na nova moradia.
Antes Depois
21
Programa dos Agentes
Encontro de Agentes Base Litoral
22
Quinze anos após o surgimento
do Sistema Cresol, pode-se afirmar
que muito se avançou na organização
dos agricultores familiares e nas
possibilidades de acesso ao crédito. A
compreensão que os agricultores têm
em relação às cooperativas de crédito
e ao cooperativismo foi um dos
trabalhos que sempre estiveram
presentes no dia a dia da caminhada da
Cresol.
A construção de uma nova
organização de crédito com conhecimento, capaz de dar conta das
diferentes necessidades dos associados
e, sobretudo, que fosse construída e
assumida de forma coletiva pelos
agricultores familiares, era a proposta
Uma
realidade a
serviço do
agricultor
ão é um programa que acaba
nele mesmo, mas sim uma
proposta de formação e
desenvolvimento que articula cultura,
informação e conhecimento dos
agricultores e sua relação com o
mundo exterior, despertando para as
lutas maiores e as necessidades de
visualizar ações integradas entre os
diversos atores da sociedade.
O programa de formação de
N
da Cresol, e para isso foi fundamental
integrar os agricultores nas decisões da
cooperativa, fortalecer a organização
de base, ampliar os debates nas
comunidades e municípios, desmistificando a imagem da Cresol de ser
apenas mais um agente financeiro que
vinha oferecer dinheiro sem qualquer
comprometimento com a aplicação
correta e com o desenvolvimento da
agricultura familiar.
Com essas reflexões, foi
definido a necessidade de capacitar os
associados, dirigentes e técnicos para
construir novos canais de interlocução
e metodologias adequadas, para
aproximar o cooperado na gestão da
cooperativa. Nasce então o programa
dos Agentes.
O programa tem como meta
incentivar nos agentes o interesse
pelos valores culturais da família e da
comunidade, a busca permanente por
conhecimento, a participação nos
espaços sociopolíticos, a gestão da
produção e da cooperativa, a leitura
crítica dos projetos de produção e
desenvolvimento, entre outras,
fortalecendo a organização e a
identidade da agricultura familiar.
Cada contexto, cada tempo,
cada pessoa ou grupo social constitui-
Agentes Comunitários de Desenvolvimento e Crédito ganha cada dia mais
importância no Sistema Cresol de
Cooperativas de Crédito Rural com
Interação Solidária. Desafiadas a
operar com menores margens de
ganho e com diminuição nos gastos
operacionais, as cooperativas para se
manterem competitivas, devem
avançar na construção de mecanismos
de controle social e de instrumentos
se de uma multiplicidade de experiências, de percepções e de sentidos, fruto
da forma como vivencia as experiências e dos significados que atribui a essa
dinâmica. A esses processos denominamos “conhecimentos situados nas
experiências de vida”, os quais passam
inúmeras vezes por novos processos
de debates e (re)construções, adquirindo outras significações e sentidos.
Esse movimento dinâmico e rico são
elementos fundamentais a serem
considerados no percurso do Programa dos Agentes. Portanto, as pessoas
escolhidas para serem agentes se
encontram em constante formação
agregando e qualificando a cada dia
seus conhecimentos.
Agentes fazendo o trabalho de proteção de fontes em Pinhão Paraná
“
Em cada reunião descobrimos mais motivos para ficarmos
na terra e cuidar dela cada vez melhor, os exemplos que
aprendemos e trocamos nos encontros dos agentes, de como
cuidar a propriedade, é o que nos motiva a continuar.
Flor de Liz Bernardi - Agente São João.
”
que melhorem a relação com os
associados bem como diminuam os
riscos de inadimplência. Construir
uma nova relação entre cooperativa,
agricultor e crédito, que seja ética,
recíproca e preocupada com a
sustentabilidade econômica e social,
não é só uma necessidade, mas,
sobretudo, uma maneira de evitar
problemas futuros, tanto para a
cooperativa quanto para o agricultor.
23
Programa de
Gênero e Geração
O Programa consiste no desenvolvimento de ações
para a inclusão social e bem estar familiar
O desenvolvimento alternativo e sustentável é possível quando as
relações sociais constituídas e suas
estruturas organizativas fazem parte
de um projeto no qual a valorização
social das pessoas está voltada
principalmente às mulheres e aos
jovens. Partindo desse pressuposto,
o Programa de Gênero e Geração do
Cooperativismo Solidário quer
aproximar e envolver cada vez mais a
família em todo o processo da
Cooperativa.
O Programa Gênero e Geração busca a inclusão social, no qual
o relacionamento homem/mulher é
fundamental para desenvolver as
ações. Porém, se faz necessário criar
políticas públicas direcionadas às
mulheres e aos jovens, oportunizando geração de renda, lazer, formação, saúde e educação que vão
garantir o desenvolvimento social
sustentável.
O Bem Estar Familiar é um
dos obejetivos do Programa que
também prima por tornar o cooperativismo um instrumento popular
de desenvolvimento local sustentável, articulando iniciativas econômicas que ampliem as oportunidades
de trabalho, de distribuição de
renda, de produção de alimentos e
melhoria de qualidade de vida, com
participação de jovens e mulheres de
maneira ativa.
“
é um grande
incentivo, uma nova
esperança. Tenho
certeza que assim
como eu as
mulheres da minha
comunidade estão
cheias de vontade
de crescer e agora
conhecendo suas
qualidades que
estavam escondidas
não vamos parar
por aqui
”
Palestra e encontro sobre Gênero e Geração em Santa Catarina
24
Gênero e Geração
DO COOPERATIVISMO SOLIDÁRIO
O Programa está sendo
executado pela Central Cresol Baser
em parceira com o Infocos, com a
Unicafes Paraná, com o TRIAS, com
as Bases Regionais e ainda conta com
as parcerias locais. O Programa
Gênero e Geração abrangerá 10
regiões, sendo oito no Estado do
Paraná e duas em Santa Catarina na
área de abrangência dos municípios
nos quais está inserido o Sistema
Cresol e outras entidades vinculadas
à Unicafes Paraná.
Hoje em dia, muitas vezes a
palavra “gênero” aparece em contextos onde esperávamos encontrar
a palavra “sexo”. Em vez de se falar
de diferença entre os sexos, fala-se
de diferença entre os gêneros. Em
vez de discriminação por causa de
sexo, fala-se em discriminação por
causa de gênero. As pessoas desavisadas podem achar que o termo
“gênero” é inofensivo. Seria apenas
um sinônimo de sexo. No entanto tal
palavra esconde toda uma ideologia:
a “ideologia de gênero”.
Não existe um homem natural
nem uma mulher natural. O ente
humano nasce sexualmente neutro.
A sociedade é que constrói os papéis
masculinos ou femininos. “Gêneros”
são papéis socialmente construídos.
O Programa Gênero busca a
inclusão social, no qual o relacionamento homem/mulher é fundamental para desenvolver as ações. Porém,
se faz necessário criar políticas
públicas direcionadas às mulheres e
aos jovens, oportunizando geração
de renda, lazer, formação, saúde e
educação que vão garantir o desenvolvimento social sustentável.
“Os encontros são de grande
Primeiro encontro do programa de Gênero e Geração realizado na Central Cresol Baser
ajuda para todos, despertou ideias e
vontades. Agora pretendo montar
um negócio que gere renda e bons
frutos para mim e para minha família,
comecei a descobrir o meu potencial
e valor”, comenta Julieti Beckmann
Cavallini Ribeiro participante do
encontro de Gênero.
Adelina Moreira Batista, outra
participante dos encontros de
Gênero, enfatiza, “é um grande
incentivo, uma nova esperança.
Tenho certeza que assim como eu as
mulheres da minha comunidade
estão cheias de vontade de crescer e
agora conhecendo suas qualidades
que estavam escondidas não vamos
parar por aqui”.
A importância da compre-
ensão de processos que afetam as
relações de gênero, de geração e de
família exige uma atenção especial
que permita desvendar algumas
questões em busca de resultados
para um envolvimento constante e
cada vez mais pró-ativo desses
atores.
O Programa Gênero e
Geração quer tornar o cooperativismo um instrumento popular de
desenvolvimento local sustentável,
articulando iniciativas econômicas
que ampliem as oportunidades de
trabalho, de distribuição de renda, de
produção de alimentos e melhoria de
qualidade de vida, gestão social, e
com participação de jovens e
mulheres de maneira ativa.
25
ATER
Assistência
Técnica e
Extensão Rural
...orientar as
ações para o
desenvolvimento
das famílias e
comunidades rurais,
priorizando ações
técnicas produtivas
com tecnologias
sustentáveis e
estimulando a
organização social
dos agricultores.
26
Técnico da Cresol Ituporanga, Eder Petri
em visita a propriedade de Daniel Staroshi
O resgate do Serviço de
Assistência Técnica e Extensão Rural
(ATER) pública, desencadeado pelos
movimentos sociais, ainda na década
de noventa e consolidada com a
criação da Política Nacional de
Assistência Técnica e Extensão Rural
(PNATER) no início de 2004, recoloca
na pauta das políticas de governo a
importância desse serviço para a
agricultura familiar.
A crise sócio-ambiental gerada
pelos modelos convencionais de
desenvolvimento e de desenvolvimento rural passaram a exigir diferentes estratégias, tanto por parte
da sociedade, quanto das políticas
públicas, capaz de reverter não só o
êxodo e as diferenças sociais, que
foram crescentes ao longo das últimas
quatro décadas, como também a
forma de encarar o desenvolvimento
rural, de maneira mais integrado e
com visão global das necessidades e
das diferenças.
Torna-se então, evidente a
necessidade de um novo serviço de
ATER, não apenas na sua concepção
enquanto proposta tecnológica, mas
também na sua nova organização
social, política e institucional, que
combinado com o crédito rural e
demais políticas públicas para o meio
rural brasileiro, busquem orientar as
ações para o desenvolvimento das
famílias e comunidades rurais, priorizando ações técnicas produtivas
com tecnologias sustentáveis e
estimulando a organização social dos
Técnico da Cresol Pinhão, Joecir dos Reis prestando
assistência ao cooperado João Carlos Izaton
Técnico da Cresol Francisco Beltrão Dair Ferron em visita a propriedade do cooperado Nelson Parizotto
agricultores.
Na prática, com a promulgação da nova PNATER, abre-se outras
possibilidades de organização do
serviço de assistência técnica e
extensão rural, entre elas, podemos
citar: a) prestação do serviço ATER por
organizações da sociedade civil,
constituídas para essa finalidade, sendo
pago inclusive com recursos públicos,
b) participação das entidades e dos
beneficiários na gestão desse serviço.
Várias articulações surgiram
buscando dar forma a essa proposta.
Entre as opções está a organização dos
serviços de ATER cooperativada,
como alternativa entre a ATER oficial
(estatal) e a ATER privada, com
caráter público, porém não governamental.
Para o Sistema Cresol, que
muito tem estimulado a organização
cooperativista na agricultura familiar e
economia solidária, o fortalecimento
do cooperativismo de ATER significa,
não só, superar as dificuldades de
acesso ao conhecimento, auxiliar na
elaboração dos projetos de financiamento, no planejamento das propriedades e no acompanhamento da
aplicação, mas, sobretudo, fortalecer
o grande projeto cooperativista que a
agricultura familiar e a economia
solidária estão construindo.
Acompanhamento técnico no dia de campo dos
cooperados da Cresol Salto do Lontra
27
PARCEIROS
PARCEIROS
28
A Cresol éa soma de muitas mãos
parceiras que acreditaram no
cooperativismo de crédito solidário e na
força da Agricultura Familiar.
A
s parcerias têm como objetivo
somar esforços na integração
das organizações, no fortalecimento de iniciativas de desenvolvimento das cooperativas.
Nesses 15 anos de crescimento
da Cresol, as parcerias foram fundamentais para a superação dos desafios
e a construção de novos caminhos. A
Cresol é hoje sem dúvida a soma de
muitas mãos parceiras que acreditaram no cooperativismo de crédito
solidário e na força da agricultura
familiar.
Manter bom relacionamento
com parceiros do Sistema Cresol
Baser faz parte dos princípios do
cooperativismo vivido pela Cresol. As
cooperativas buscam manter canais de
diálogo permanentemente abertos ou
na busca de alternativas que ofereçam
condições necessárias para o desenvolvimento dos diferentes projetos de
vida e de produção das famílias
agricultoras.
Muitos parceiros financeiros
foram ano a ano construindo a história
da Cresol. Hoje o Sistema tem
operações e parcerias com o Banco
Central do Brasil, BNDES – Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social, BB – Banco do
Brasil, além de Bancos Privados como
o BRDE – Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul,
Banco Safra, Banco Bradesco,
Bansicredi e outros.
Crescemos... E com isso nossos
números, contratos, financiamentos
também se expandiram, fazendo com
que a Cresol se tornasse a primeira
cooperativa de crédito rural com
interação solidária credenciada pelo
BNDES, como agente financeiro para
contratar todas as linhas de crédito
existentes.
Além das parceiras financeiras o
Sistema Cresol Baser reconhece a
importância e apóia a participação de
seus funcionários e diretores nas
atividades das associações e entidades
de classe em que esteja filiada, visando
não apenas a defesa dos interesses da
instituição, mas também a integração.
Algumas Entidades e Instituições
parceiras ajudam cada dia a escrever
parte da história da Cresol.
Infocos – Instituto de Formação
do Cooperativismo Solidário é uma
instituição ligada a Central Cresol
Baser, tem como desafio atuar junto ao
quadro social oferecendo capacitação
e educação.
Ancosol - Associação Nacional do
Cooperativismo de Crédito da
Economia Familiar e Solidária tem
como objetivo ampliar os poderes
políticos e jurídicos, contribuindo para
a dinamização sócioeconômica da
agricultura familiar.
Unicafes - União de Cooperativas da Agricultura Familiar e
Economia Solidária tem como missão
tornar o cooperativismo um instrumento popular de desenvolvimento
sustentável e social dos produtos e
agricultores familiares, articulando
iniciativas econômicas que ampliem as
oportunidades de trabalho, distribuição de renda, de produção de
alimentos e melhoria na qualidade de
vida.
Confesol – Confederação das
Cooperativas Centrais de Crédito
Rural com Interação Solidária tem
como objetivo difundir o cooperativismo de crédito, através da promoção
da educação cooperativista e organizando os serviços de interesse das
associadas.
Complementam as parcerias dos
Sistemas Cooperativos: Central das
Cooperativas de Leite – Sisclaf,
Coorlaf, Cooplaf, Cooperativas de
Comercialização – Coopafi e
Cooperiguaçu.
As cooperativas de crédito
também se articulam com os Fóruns
Regionais de entidades da Agricultura
Familiar, movimentos sindicais dos
trabalhadores rurais e da agricultura
familiar, Conselhos de Desenvol-
vimento Territorial, Conselhos Estaduais de Desenvolvimento Rural e da
Agricultura Familiar (Cedraf).
Atualmente a Cresol possui
assento nos Conselhos Estaduais e
Nacional de Desenvolvimento Rural e
da Agricultura Familiar, órgãos de
representatividade do cooperativismo
familiar.
O Sistema Cresol também man-
tém parcerias com Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA), da
Agricultura (MAPA), das Cidades, com
Secretaria Estadual da Agricultura e
Abastecimento (SEAB), EMATER,
EMBRAPA, IAPAR, SEBRAE, EPAGRI,
Universidade Federal do Paraná
(UFPR), Escola técnica UFPR,
universidades estaduais, institutos de
pesquisa, entre outros.
Parcerias Internacionais:
A parceria com organizações internacionais faz parte
da história da Cresol Baser. O Fundo de Crédito Rotativo,
com recursos oriundos da ONG alemã Misereor, foi
responsável pelos primeiros financiamentos feitos para
agricultores familiares nas regiões Sudoeste e CentroOeste do Paraná. O desdobramento deste Fundo deu
origem às primeiras cooperativas Cresol, em 1996.
A parceria com o governo belga também é de longa
data, inicialmente através da ACT e depois por Trias.
Também da Bélgica, o banco BRS apoiou, no ano 2004, o
projeto de estruturação de auditorias, classificação das
cooperativas e desenvolvimento do sistema de Intranet.
Da Holanda, através do banco cooperativo
Rabobank, veio o apoio para o desenvolvimento de
sistemas de controle e gestão nas cooperativas singulares, além do desenvolvimento de novos produtos para
atender a demanda do quadro social.
A cooperação internacional foi decisiva para a
construção da Cresol e importante fonte de recursos
para o desenvolvimento de ações de fundamental
importância para a estruturação das cooperativas a
médio e longo prazo.
29
Inovações
Gerando Inclusão
Com o objetivo de atender novas
demandas do quadro social e das
unidades Cresol com finalidades de
prestação de serviços bem como de
gerar rentabilidade, e inclusão dos
agricultores familiares ao Sistema
Financeiro, nesses 15 anos de Cresol
muitos produtos e serviços foram
desenvolvidos.
A criação, implementação e
adequação constante de produtos e
serviços é meta estratégica, para um
maior acesso dos agricultores familiares as inovações do cenário
financeiro.
Para atender a necessidade do
quadro social são oferecidos produtos
e serviços diferenciados e específico ao
público da Cresol como os Financiamentos com Recursos Próprios, (Cré-
dito Investimento, Crédito Custeio
Agropecuário, Crédito Pessoal),
Créditos Pessoais ou Conveniados,
Financiamentos com Recursos Oficiais,
Pronaf, Conta Corrente, Cheque,
Poupança, Cartão de Crédito,
Pagamento de Aposentados, Recebimentos de Títulos, Seguros, Recargas de Celulares, dentre outras
facilidades para o agricultor familiar.
Cartão Cresol
O Cartão Cresol é uma ferramenta que traz inúmeros
benefícios e melhorias aos associados e para as
cooperativas. Ele surge em 2006 tornando a Cresol uma das
únicas instituições brasileiras emissoras de Cartões de
Crédito com uma rede de credenciadas e bandeira própria.
O cartão possibilita benefícios e maior comodidade aos
cooperados. Ele não tem custo e garante um prazo maior ao
pagamento das contas, permitindo à movimentação de
valores através desse meio eletrônico de pagamento.
Uma forma fácil, segura e rápida para os cooperados
pagarem ou financiarem suas compras. Hoje são mais de 16
mil usuários do Cartão Cresol com mais de dois mil e
quinhentos estabelecimentos conveniados no Paraná e
Santa Catarina.
Outros Produtos e Serviços das Cooperativas Cresol
Conta Corrente - Movimentação financeira com
menos burocracia no atendimento e mais rapidez
nas operações.
próprios para o custeio da safra, com juros especiais
e atendimento técnico especializado.
Investimento Agrícola - Crédito através de recursos
Poupança - Aplicação com rendimento diário ou
mensal, jeito seguro de poupar e garantir um futuro
tranquilo.
próprios e com juros especiais para investimento nas
propriedades rurais.
Microcrédito - Crédito rápido, fácil e sem burocracia
Cheque - Pagamento facilitado de compras no
30
para as necessidades do dia a dia.
comércio em geral com o Cheque Cresol, aceito em
estabelecimentos de todo o Brasil.
Habitasol - Programa de financiamento para Habi-
Custeio Agrícola - Repasses de crédito de recursos
tação Rural que oportuniza melhoria na qualidade
de vida no campo.
Corretora de Seguros
Preocupada com o bem estar familiar e a segurança de
seus cooperados aliados a práticas como transparência,
democracia nas decisões e ética para um cooperativismo
forte e com responsabilidade social surge em 2008 a Cor-
retora Cresol Seguros, com o objetivo de auxiliar ainda mais
a agricultura familiar da Cooperativa de Crédito Rural com
Interação Solidária na proteção de suas conquistas.
Pensando na proteção da família, assegurando a
produção e garantindo os investimentos, a Cresol investe
nos seguros como forma de oferecer proteção adequada
aos seus cooperados e familiares com a Corretora Cresol
Seguros.
A Corretora Cresol Seguros atua juntamente com as
Cooperativas filiadas a Central Cresol Baser e em parceira
com outros sistemas de cooperativas. Em todas as singulares, agricultores cooperados e a população em geral podem
encontrar atendimento no Programa Superproteção
Cresol, que oferece proteção para casa, carro, vida e investimentos agrícolas.
Os objetivos da Corretora Cresol Seguros é desenvolver políticas adaptadas ao quadro de associados da Cresol,
trabalhando juntos aos cooperados um aumento da cultura
ao seguro, sempre protegendo o patrimônio dos associados
dando mais garantia para os financiamentos das cooperativas e com um destaque especial para o Microsseguro e
Seguro Popular.
A missão da Cresol Seguros é beneficiar
os agricultores familiares cooperdos da Cresol e
ajudálos a viver vidas mais tranquilas
e seguras, protegendo o sócio e sua família
de qualquer dano que venha ocorrer.
Pronaf - Repasse de custeio e investimento agrícola
Recebimento de Títulos e Contas - Pagamento de
com recursos de instituições financeiras que operam
no PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar).
contas é mais fácil na Cresol, recebemos títulos e
convênios (água, luz, telefone, IPVA, etc) com código
de barra.
Crédito com Recursos Próprios - Financiamento de
Recarga de Celulares - Recarga de celulares Pré-
eletrodomésticos, computadores, telefonia rural,
celulares, terras, veículos e casa própria, com
recursos financeiros da cooperativa local.
pagos de todas as operadoras que atuam nos estados
do Paraná e de Santa Catarina.
Crédito Agroecológico - Baseado nos princípios da
agroecologia, com o objetivo de apoiar práticas
ambiental e economicamente sustentáveis.
Pagamento de Aposentados - Pagamento de benefício do INSS diretamente nos caixas das cooperativas,
com atendimento especial e preferencial dos nossos
colaboradores, sem complicação e sem filas.
31
Comemoração dos
15 anos da Cresol
“Encontro do
Cooperativismo Solidário”
Mais de 3000 Agricultores Familiares, participaram dos três dias de evento, no Parque de Exposições em Francisco Beltrão
A
união das Cooperativas da
Agricultura Familiar e Economia
Solidária (Unicafes Paraná) e a
Central Cresol Baser promoveram em
parceria o “Encontro do Cooperativismo Solidário e da Agricultura
Familiar” em comemoração aos 15
anos do Sistema de Crédito com
Interação Solidária, com o objetivo de
aprofundar temas de importância do
cooperativismo solidário e trocar
experiências com outras organizações
cooperativas do Brasil e países da
Europa, América Latina, América
Central e Caribe.
O Encontro disponibilizou aos
32
dirigentes, colaboradores, gestores
públicos, estudantes, agricultores,
informações e propostas, que poderão
contribuir no fortalecimento de uma
nova visão de organização social,
econômica e cultural.
O cooperativismo Solidário passa
por um momento político e estrutural
importante, com perspectivas de um
cenário promissor, cheio de novas
oportunidades e desafios. Mesmo com
os avanços dos últimos anos, o Brasil
deverá continuar se fortalecendo e as
ações de desenvolvimento de governo
em favor do cooperativismo de
economia solidária se justificam na
medida em que visam a promoção da
democracia econômica, o combate às
desigualdades e a pobreza presentes na
sociedade e a garantia da reprodução
dos projetos de vida e de produção dos
indivíduos.
A programação do Encontro
contou com a presença com um dos
principais personagens no cenário do
cooperativismo do sudoeste, Valdemiro
Kreusch idealizador do Sistema Cresol
e um dos primeiros cooperados da
Unicafes Paraná. O Deputado Federal e
primeiro Presidente do Sistema Cresol
Assis do Couto, também esteve
presente e destacou algumas conquistas
os
n
a
15
Juntos Somos Fortes
1º Bispo da Diocese de Duque de Caxias Dom Mauro Morelli fala no primeiro dia do evento
do cooperativismo, como acesso ao
crédito, desenvolvimento local e
sustentável, articulação com movimentos sociais e unificação dos ramos.
Os participantes do evento acompanharam palestras, oficinas e debates
com temas pertinentes ao cooperativismo de crédito e a economia solidária.
Um dos painéis tratou a sobre a
Agricultura Familiar, Segurança Alimentar e Nutricional e a missão do
Cooperativismo Solidário, mediado
pelo presidente da Unicafes Paraná,
Olivo Dambros e com a participação de
Dom Mauro Morelli, O 1º Bispo da
Diocese de Duque de Caxias e Presidente do CONSEA-MG, que abordou a
importância da formação da família e o
desafio que a Agricultura Familiar
enfrenta para manter a família unida.
Outro painel discutiu sobre a
Interiorização do Desenvolvimento,
Territorialidade e o Novo Rural, com a
participação do mediador Vanderley
Ziger, Presidente da Central Cresol
Baser e dos painelistas Eriberto
Buchmann, Coordenador Geral de
Apoio às Organizações Associativas
d o M DA , A d o n i r a m Pe r a c c i ,
Secretário da Agricultura FamiliarMDA/SAF, Valter Bianchini, Secretário
da Agricultura e do Abastecimento e a
mexicana, Izabel Cruz Hernandéz,
Presidente do Forolacfr.
Como marco dos 15 anos do Sis-
tema Cresol, e também com o início
da Safra 2010/2011 o Ministro do
Desenvolvimento Agrário Guilherme
Cassel esteve no Encontro do Cooperativismo Solidário e assinou a
primeira liberação da Safra para um
dos cooperados da Cresol.
Cassel destacou a importância da
Agricultura Familiar para a alimentação da produção brasileira, “a
Agricultura Familiar prova mais uma
vez que é essencial para nós brasileiros, responsável pela maior parte da
produção de alimentos de consumo
no País ela deve ser cada vez mais
enaltecida, como ocorre nesse evento
do Sudoeste do Paraná, consagrando o
cooperativismo e a agricultura”.
Nos três dias de comemorações
dos 15 anos do Sistema Cresol a
presença de várias autoridades, entre
elas, o governador Orlando Pessuti
(PMDB), os ministros Altemir Gregolin (Pesca e Aquicultura) e
Guilherme Cassel (Desenvolvimento
segue
Ministro do MDA, Guilherme Cassel assina a liberação do Pronaf aos cooperados da Cresol no 2º dia do evento
33
Agrário), deputados, prefeitos e
lideranças de movimentos sociais,
marcaram o encontro.
“Essas conquistas são frutos
incansáveis da parceria do Governo do
Paraná com o Governo Lula. É uma
satisfação trabalhar para o crescimento da agricultura familiar, me orgulho
com as parceiras da economia, do
crédito solidário, do cooperativismo
que nós estamos construindo em todo
o mundo. As experiências do Cooperativismo Solidário aqui no
Sudoeste são referência para todos
que buscam um mundo mais justo”,
conclui Pessuti.
Governador do Paraná - Orlando Pessuti em sua fala, no terceiro dia em Comemoração aos 15 anos da Cresol
Encerramento marcado por emoção e homenagens
Encerrando as atividades do Encontro do Cooperativismo Solidário, os participantes se dirigiram até ao prédio
da Central Cresol Baser, onde foi realizado o lançamento de
três livros comemorativos aos 15 anos da Cresol.
Um dos momentos mais especiais e emocionantes
do Encontro foi à homenagem ao ex-presidente da
Unicafes Paraná Ademir Dalazen, que faleceu em um
acidente de carro no dia 5 de fevereiro de 2010, quando
voltava de Brasília.
“Eu vivi com o Dalazen muitos sonhos, vimos nossos
filhos nascer, nossas conquistas serem alcançadas, nossos
desafios superados. O primeiro sonho do Dalazen era de
ter um pedaço de terra, e através de muita luta ele
realizou esse sonho, mas não parou na sua caminhada e
sempre ajudou os outros companheiros a alcançarem
também esses sonhos, onde além da terra, ter qualidade
Público presente em frete ao prédio da Central Cresol Baser
na Comemoração dos 15 anos do Sistema
34
de vida nessa terra”, lembra Assis do
Couto, Deputado Federal e primeiro
Presidente do Sistema Cresol.
Muitas mãos ajudaram a construir essa
caminhada de 15 anos da Cresol. O Sistema
Cresol de Cooperativas de Crédito Rural
com Interação Solidária é fruto da luta dos
agricultores familiares por acesso ao crédito
e por uma vida digna e sustentável no
campo, para a homenagem o monumento
comemorativo traz a caracterização
simbolizada através das mãos de uma
agricultura familiar unida, que coopera e
cresce, uma família que com o cooperativismo conseguiu vencer os desafios
e se tornar referência.
Inauguração do Monumento dos 15 anos
do cooperativismo solidário da Cresol
As sementes da vida precisam ser semeadas com paz e amor, e assim, poder
gerar o alimento que precisamos pra viver. Viver com alegria, coragem e
determinação de seguir adiante. Viver o presente com sabedoria e plenitude para
que o ontem seja um sonho de felicidade e cada amanhã uma visão de esperança.
Feliz Natal
e um
Ótimo 2011
NATAL
Central Cresol Baser
Rua Nossa Senhora da Glória, 52 A, Bairro Cango, Francisco Beltrão - PR
Cep 85604-090 - Fone/Fax: 46 3520 1981 - [email protected]
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